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ENCONTRO DA INTERCESSÃO

LIÇÃO 4: POSSESSÃO DEMONÍACA E AUTORIDADE DO NOME DE JESUS


“E voltaram os setenta com alegria, dizendo: Senhor, pelo teu nome, até os demônios se
nos sujeitam.” (Lucas 10.17)
Verdade Prática: O relato do endemoninhado gadareno mostra a soberania absoluta de
Jesus Cristo sobre o Diabo e seus demônios.
Jesus expulsa o demônio Jesus estava expulsando um demônio que era mudo.
da mudez Quando o demônio saiu, o mudo falou, e a multidão ficou
admirada. (Lucas 11.14)
Ao serem expulsos, os Além disso, de muitas pessoas saíam demônios gritando:
demônios saíam "Tu és o Filho de Deus! " Ele, porém, os repreendia e não
gritando permitia que falassem, porque sabiam que ele era o Cristo.
(Lucas 4.41)
Satanás e seus anjos "Então ele dirá aos que estiverem à sua esquerda:
serão lançados no lago ‘Malditos, apartem-se de mim para o fogo eterno,
de fogo preparado para o diabo e os seus anjos. (Mateus 25.41)
Jesus nos deu poder Estes sinais acompanharão os que crerem: em meu nome
sobre os demônios expulsarão demônios; falarão novas línguas; (Marcos
16.17)
O chefe dos demônios já e do juízo, porque o príncipe deste mundo já está
foi vencido por Jesus, na condenado. (João 16.11)
cruz do Calvário e, tendo despojado os poderes e as autoridades, fez deles
um espetáculo público, triunfando sobre eles na cruz.
(Colossenses 2.15)
Em breve, Deus Em breve o Deus da paz esmagará Satanás debaixo dos pés
esmagará Satanás de vocês. A graça de nosso Senhor Jesus seja com vocês.
debaixo de nossos pés (Romanos 16.20)

Leitura Bíblica: Marcos 5.1-20


“E chegaram ao outro lado do mar, à província dos gadarenos (Decápolis, atualmente a
Jordânia). E, saindo ele do barco, lhe saiu logo ao seu encontro, dos sepulcros, um homem
com espírito imundo; O qual tinha a sua morada nos sepulcros, e nem ainda com cadeias o
podia alguém prender; Porque, tendo sido muitas vezes preso com grilhões e cadeias, as cadeias
foram por ele feitas em pedaços, e os grilhões em migalhas, e ninguém o podia amansar. E
andava sempre, de dia e de noite, clamando pelos montes, e pelos sepulcros, e ferindo-se com
pedras. E, quando viu Jesus ao longe, correu e adorou-o. E, clamando com grande voz, disse:
Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Conjuro-te por Deus que não me
atormentes. (Porque lhe dizia: Sai deste homem, espírito imundo.) E perguntou-lhe: Qual é o
teu nome? E lhe respondeu, dizendo: Legião é o meu nome, porque somos muitos. E rogava-
lhe muito que os não enviasse para fora daquela província (ambiente cultural e espiritual). E
andava ali pastando no monte uma grande manada de porcos. E todos aqueles demônios lhe
rogaram, dizendo: Manda-nos para aqueles porcos, para que entremos neles. E Jesus logo lho
permitiu. E, saindo aqueles espíritos imundos, entraram nos porcos; e a manada se
precipitou por um despenhadeiro no mar (eram quase dois mil), e afogaram-se no mar. E
os que apascentavam os porcos fugiram, e o anunciaram na cidade e nos campos; e saíram
muitos a ver o que era aquilo que tinha acontecido. E foram ter com Jesus, e viram o
endemoninhado, o que tivera a legião, assentado, vestido e em perfeito juízo, e temeram. E
os que aquilo tinham visto contaram-lhes o que acontecera ao endemoninhado, e acerca dos
porcos. E começaram a rogar-lhe que saísse dos seus termos (Desestruturou a ordem social).
E, entrando ele no barco, rogava-lhe o que fora endemoninhado que o deixasse estar com ele.
Jesus, porém, não lho permitiu, mas disse-lhe: Vai para tua casa, para os teus, e anuncia-lhes
quão grandes coisas o Senhor te fez, e como teve misericórdia de ti. E ele foi, e começou a
anunciar em Decápolis quão grandes coisas Jesus lhe fizera; e todos se maravilharam.”
1 – A POSSESSÃO MALIGNA
- O relato do gadareno encontra-se também em Mateus e Lucas, com algumas variações.
- O fato revela informações sobre possessão demoníaca e o poder absoluto de Jesus sobre
o reino das trevas. É o prenúncio da vitória final de Cristo sobre Satanás e seus anjos e
uma prova viva de que podemos confiar em Jesus.

1.1 Harmonização nas narrativas


- Mateus afirma que foram dois endemoniados (Mt 8.28). Marcos e Lucas registram
apenas um (Mc 5.2; Lc 8.27). Os pormenores descritos em Marcos são de um só, razão
pela qual a narrativa está centrada nele. Marcos e Lucas registram apenas o mais violento
e o mais feroz deles.
- Mateus apresentou apenas o resumo do episódio, pois a sua ênfase é a autoridade de
Jesus sobre os espíritos malignos. Ele omite o fato de o porta-voz dos demônios se
identificarem como “legião” e também o desejo do gadareno, após sua libertação, seguir
Jesus.
1.2 A opressão
- Os demônios aparecem como agentes de satanás causadores de males, dando suas
vítimas características típicas, como: Força sobre-humana (Mt 8.28; 17.15; At 19.16),
poder de adivinhar (At 16.16) e conhecimento sobrenatural (v.7)
- Eles atacam suas vítimas e, ao possuí-las, dominam seus corpos (Mc 1.21-28; Mt 15.21-
28), suas faculdades mentais, levando-as à loucura e demência (Mt 4.24; 8.28-34; 17.15)
e às vezes aproveitando-se de doenças e incapacitando-as de falar, de ver (Mt 9.32; 12.22)
e ficar erguido (ereto) (Lc 13.10-17)
- Expulsar demônios era um sinal da chegada do reino de Deus. Adão deveria ter
expulsado Satanás do Jardim do Éden, e Jesus (novo Adão) expulsou os agentes de
Satanás no mundo.
1.3 Um quadro estarrecedor
- O endemoninhado gadareno vivia nos sepulcros, desnudo, e era tão violento que nem
mesmo os grilhões e as cadeias podiam detê-lo. Corria pelos montes e desertos, ferindo-
se com pedras. O fato de procurar viver nos sepulcros já era uma demonstração de sua
total anomalia. O comportamento violento e sobrenatural do gadareno, para sua própria
destruição e perturbação de seus vizinhos, revela a natureza destruidora de Satanás.
2 – A LEGIÃO DEMONÍACA
2.1 Uma legião
- Jesus perguntou como o espírito imundo se chamava, ao que ele respondeu: “Legião é
o meu nome, porque somos muitos” (v.9). Uma legião romana era constituída por 6.000
soldados. Ainda que o número de demônios não seja exato, ou que Legião seja uma
identidade, eles eram muitos. Eles são numerosos e poderosos, organizados e batalham
sob uma mesma bandeira: a de Satanás.
- Não está claro se a resposta foi dada pelo homem possesso ou pelos demônios. De
mesmo modo, não sabemos quem lhe rogou que os não mandasse fora do país. O fato é
que o suplicante invocou o nome de Deus para se proteger, pois Jesus tinha absoluto poder
para fazer com eles o que bem desejasse.
- Ao chamar alguém pelo nome (“Qual o teu nome?”) parece uma maneira de ganhar
poder sobre essa pessoa, mas esse não era o método que Jesus usava em todos os seus
exorcismos. Os demônios já haviam identificado Jesus, porém por meio dessa pergunta
Jesus revelou o seu poder superior. Os demônios foram forçados a se revelar diante Dele.
2.2 Expulsar e não dialogar
- Alguns procuraram estabelecer diálogo com os demônios porque Jesus perguntou ao
espírito imundo qual era o seu nome. Isso é visto com frequência nos movimentos
neopentecostais pela mídia televisiva. “Expulsai os demônios” (Mt 10.8). Esta é a ordem
que recebemos do Senhor, e não manter diálogo com eles.
- O Diabo é o pai da mentira (Jo 8.44). Ninguém deve acreditar nem ficar impressionado
com as declarações dos demônios, porque eles são mentirosos. No caso do gadareno, isso
ocorreu porque o demônio foi obrigado a confessar publicamente quem era o responsável
pela miséria do gadareno.
2.3 A presença de Jesus
- “Que tenho eu contigo?” é uma expressão idiomática que implica aborrecimento,
rejeição ou vontade de separar-se. A única outra ocorrência dessa expressão no NT
aparece quando Jesus repreende Maria (João 2.4).
- O poder e a presença de Jesus incomodam o reino das trevas. O espírito imundo
perguntou: “Vieste aqui atormentar-nos antes do tempo?” (Mt 8.29).
- Isto mostra que a presença de Jesus é um tormento para o reino das trevas e também
que esse encontro serviu como prenúncio da condenação final do Diabo e seus anjos (Mt
25.41).
OBS 1: APARIÇÃO DE DEMÔNIOS, VISAGENS E FANTASMAGORIAS
- Para alguns teólogos, os demônios não são apenas de anjos caídos como muitos de nós
aprendemos. Apesar de não ter uma definição direta sobre esses entes na Bíblia,
claramente, assim como com os anjos, existem múltiplas categorias de demônios.
Satanás, por exemplo, é descrito como um ser angelical (querubim). Outros anjos caíram
e foram com ele. Mas essa é apenas uma categoria. Existem também outras categorias
como dos espíritos imundos. Para alguns desses teólogos, eles são diferentes dos
espíritos enganadores e malignos.
- E Jesus não diz quem são esses espíritos, qual é a sua procedência e hierarquia. Mas
pela manifestação, dá para perceber é que são entes com: inteligência tosca, obsessão
por ocupar corpos; são territoriais e culturais, e podem voltar aos lugares onde saiu.
Jesus expulsou muitos desses, onde podemos citar o caso clássico da legião do Gadareno.
- No livro de Enoque, citado pela epístola de Judas, diz algo muito intrigante, onde nos
afirma que esses espíritos imundos são os Nefilins mortos (Gigantes de Genesis) onde
os chama de “nuvens rastejantes sob a terra”, que procuram habitar e possuir corpos
humanos.
- Muitos acreditam também que pessoas podem ser acometidas de um psiquismo
demoníaco, sem possuir demônios externos. A própria pessoa é tão acometida pelo ódio,
medo, vingança, culpa, fragilidade, angústia e amargura a ponto de tudo isso funcionar
nela como um demônio. Ou seja, a pessoa se endiabra e se torna um espírito mal
(demônio). Alguns teólogos reformados creem nessa vertente misteriosa, que é pouco
falada e estudada. Tem outros casos que, além da pessoa ser acometida de doenças
psíquicas, são somados a elas demônios. Esses são os piores casos e mais difíceis.
- Tem outros que você é capaz de sentir uma carga demoníaca de um nível angelical em
algumas pessoas. Mas não é todo dia que encontramos possessos assim.
- Como já vimos, a grande lição para nós de tudo isso é que para todos esses seres têm
sentenças, condenações e limitações impostas por Deus. Portanto, a palavra não fecha
tudo isso com muita clareza ou sistematicamente. Mas nos abre leques para termos
discernimento no que diz respeito a essa dimensão espiritual.
OBS 2: DEMÔNIOS E POSSESSÕES NO NT.
- No AT os demônios eram muito associados as práticas de idolatria pagã. Também
apareciam em domínio das nações gentias. Para Israel, adorar os deuses de outras nações
era o mesmo que adorar Satanás e seus demônios. A apostasia grave de Israel e a tirania
das potencias estrangeiras durante o período interbíblico provocou infiltração de muitos
demônios em Israel nesse período. Em decorrência disso, Jesus expulsou esses espíritos
malignos de várias pessoas (endemoninhados). A frequência e intensidade das
manifestações demoníacas durante o ministério de Jesus são singulares, não acontecendo
nada igual no AT e nem desde então.
- Em relação aos demônios no NT, a maior incidência de possessões descrita em toda a
Escritura foi na Galileia. Em Jerusalém, os demônios já possuíam as pessoas de maneira
contínua. Estavam fundidos com a ideologia, pensamento, filosofia, religiosidade, ódio
dos fariseus pelos não fariseus. Onde o ódio e o legalismo estão presentes, não precisa
haver possessão. Os “Demônios” da religião perversa já estavam em ação. Inclusive
esses que combinaram a crucificação de Jesus. Quando o diabo entrou em Judas, por
exemplo, a Bíblia diz que não houve debate. Pelo contrário, houve consentimento. O
apóstolo se identificou com a maldade e se tornou um com o Satanás.
- Nos tempos de Jesus na Galileia, no entanto, havia resistências das pessoas aos
demônios. Aconteciam debates e possessões. As pessoas clamavam para que os demônios
saiam. Se estudarmos a fundo como foi formada a Galileia, as etnias, sentimentos,
opressões, medos, percebemos que era um lugar que faltava identidade. Era um círculo
ou região vazia, daí vem o nome Galil – Galiléia. Ou seja, uma alma sem identidade que
se encontro com as trevas geram um debate da pessoa com o espírito do mal.
3 – O PODER DE JESUS
3.1 Os demônios sabem quem é Jesus
- O relato da possessão do gadareno e de sua libertação é uma amostra do poder absoluto
de Jesus até sobre todo reino das trevas. Os próprios demônios sabem quem é Jesus (At
19.15) e conhecem a sua procedência: “Que temos contigo, Jesus Nazareno? Vieste
destruir-nos? Bem sei quem és: o Santo de Deus” (Mc 1.24).
- Eles tinham uma queixa aparentemente legítima: ele tinha vindo antes do tempo, ou
seja, o dia do julgamento. Mas Jesus já estava inaugurando o reino de Deus, e os poderes
das trevas já estavam sendo quebrados. Os demônios sabem que há um tempo
determinado para o juízo divino sobre as hostes infernais e temem por isso.
- Eles têm medo de Jesus e estremecem diante Dele (Tg 2.19). Jesus veio para desfazer
as obras do Diabo (1 Jo 3.8). Jesus não atirou os demônios no abismo (lugar de
confinamento de espíritos malignos – Ap 20.1-3), mas permitiu que entrassem nos porcos
e que se atirassem pelo precipício. Esse acontecimento tem várias interpretações, onde
cada evangelista sugere uma ênfase:
- Marcos: essa foi uma demonstração dramática do poder de Jesus sobre o mal e da
presença do reino já em funcionamento em seu ministério. A razão para essa “permissão”
parece ser que a vitória de Jesus sobre o mal só estava começando. Esse ato, então, foi
um sinal do reino; porém, o reino viria com poder e o poder do mal seria derrotado na
cruz.
- Mateus: é provável Jesus estivesse levando em consideração que o dia do Juízo final
ainda não havia chegado, ou porque o subsequente afogamento deles demonstrou os
valores perversos das pessoas na comunidade, que valorizavam mais os suínos do que o
resgate de dois seres humanos.
- Lucas: o afogamento dos porcos nas profundezas do lago sugere que, ao atender ao
pedido dos demônios, Jesus os enviou para um lugar que prefigura o abismo.
3.2 A soberania de Jesus
- Nessa passagem vemos que aqueles demônios, ou pelo menos o porta-voz deles,
suplicando, pediram três coisas:
- Que Jesus não os mandasse para outra região (v.10); para o abismo antes do tempo
(Mt 8.29); e lhes permitisse entrar na manada de porcos que passava pelo local na
ocasião (v. 11-12).
- Os demônios não são nada diante do Senhor Jesus. Marcos parece mostrar Satanás e
seus demônios como inconvenientes, e não como seres todo-poderosos diante de Jesus
(Mc 1.23-26, 34; 3.11). O inimigo de nossa alma não pode fazer o que quer (Jó 1.12; 2.4-
5). Os demônios fizeram esses pedidos porque não podiam resistir ao poder de Jesus.
3.3 A libertação do oprimido
- A extraordinária libertação do gadareno logo chamou a atenção do povo. Muita gente
se reuniu para ver o que havia acontecido, pois a cura repentina do endemoninhado era
algo espantoso. Em comparação a sua condição anterior violenta e a recente destruição
dos porcos, o homem “assentado, vestido, em perfeito juízo” (Lc 8.34-36) forneceu uma
eloquente expressão de tranquilidade, vida e restauração que provém do poder de Jesus.
- Esse homem se tornaria o primeiro missionário gentio. Enquanto entre os judeus, Jesus
ordenou o silêncio (Marcos 1.34, 44; 3.12; 8.30; 9.9,30), mas no território pagão de
Decápolis, a preparação do solo para a futura missão da igreja poderia começar.
- Glorificamos a Deus quando vemos pessoas oprimidas pelo maligno sendo libertadas
pelo poder de Jesus. Ele nos delegou essa tarefa. (Mt 10.8; Lc 10.19-20)
4 – OS PORQUEIROS
4.1 O local do acontecimento
- Segundo Mateus, o fato aconteceu na “província dos gadarenos” (Mt 8.28); no entanto,
Marcos e Lucas falam da província ou terra “dos gerasenos” (Mc 5.1; Lc 8.26).
- Gadara situava-se a 8 km do lago de Genesaré, nome alternativo do mar da Galileia;
- Vila de Gerasa, a atual Jeras, na Jordânia, ficava a cerca de 60 km ao sul do lago.
- Ambos os territórios faziam parte da região ao leste da Galileia chamada Decápolis (Mc
5.20). Ou seja, o Evangelho de Marcos descreve Jesus se locomovendo deliberadamente
em território pagão de Decápoles (10 cidades-estados gregas independentes,
organizadas numa sociedade política comum).
- Segundo o historiador Josefo, o território de Gadara se estendia até o lago da Galileia.
Moedas daquele tempo traziam o nome de Gedara com o desenho de um barco impresso.

4.2 Sobre a manada de porcos


- A população de Decápolis era mista, composta por judeus e gentios. A criação de porcos
não era permitida aos judeus; por isso, é provável que o porqueiro fosse gentio. O prejuízo
foi grande, já que eram dois mil porcos (v.13).
- Os porcos não resistiram à opressão e se precipitaram por um despenhadeiro, afogando-
se no lago (Lc 8.33). A tradição judaica dizia que demônios e porcos são uma boa
combinação. Os judeus consideravam os demônios e os porcos como pertencentes à
mesma ordem, e os porcos eram considerados o lar dos espíritos imundos. Essa tradição
parece ser expressa quando os demônios pediram para entrar na manada de porcos.
4.3 O estranho pedido do povo
- Em Lucas 8.37, diz ainda que o medo fez com que essas pessoas rejeitassem a maior
oportunidade da vida deles. Talvez tivessem ficado com medo do poder da cura que
ocorreu com o homem. Jesus pediu que o gadareno continuassem com os seus (familiares
e conhecidos). Jesus não ficou porque o povo pediu, mas Jesus deixou o liberto ali para
que todos se enxerguem suas trevas, enfermidades e testemunho de libertação.
- Um outro motivo de Jesus ter sido convidado a se retirar da terra dos gadarenos, foi
por causa dos prejuízos dos porqueiros (Mc 5.16-17). A perda financeira causada pela
destruição da manada de porcos pode ter sido um outro motivo. Os porcos valiam mais
que a vida humana, na concepção daquela gente. Essa estranha recepção causa-nos
tristeza e espanto: como o herói é convidado a se retirar?
Hoje não é diferente. Há os que substituem Jesus por qualquer coisa. É muito comum
“coisificar” as pessoas e personificar as coisas. Para alguns hoje em dia, os animais valem
muito mais do que o ser humano. Os noticiários mostram diariamente como muitos
governantes tratam os imigrantes de modo inferior aos animais. Esse espírito já existia
nos tempos do NT (Lc 13.15-16). Na passagem que estudamos, aquela população rejeitou
Jesus.
CONCLUSÃO
- A possessão demoníaca é um fenômeno estarrecedor que só pode ser contido pelo poder
de Jesus. O Senhor Jesus manifestou seu poder sobre toda a natureza, sobre o vento, sobre
o mar, sobre a morte, sobre as enfermidades, sobre o poder das trevas.
- Os demônios estremecem diante Dele. O poder de Satanás é muito limitado diante do
poder de Jesus. Todos nós precisamos de Jesus, da comunhão com Ele, para Dele receber
poder e assim expulsar aos demônios, pois Ele nos deu essa autoridade (Lc 10.19-20).

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