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A BÊNÇÃO DO PRIMOGÊNITO

Três Marias MG- 11/06/2017 Palavra Culto de Domingo

 A BÊNÇÃO DO PRIMOGÊNITO
Gostaria de compartilhar hoje sobre a bênção de Jacó e Esaú. Eles eram irmãos
gêmeos, mas não idênticos, pois um era cabeludo e o outro era liso. Esaú era o
filho primogênito, mas Jacó nasceu segurando os irmãos pelo calcanhar, por
isso foi chamado de suplantador.
Com o passar do tempo, ficou claro que Jacó tinha um coração para apreciar e
desejar a bênção da primogenitura, enquanto seu irmão era indiferente a isso.
Até que um dia Esaú chegou cansado de uma caçada e decidiu vender o direito
da bênção da primogenitura em troca de um prato de lentilhas.
A bênção da primogenitura incluía uma porção dobrada em relação aos
outros irmãos e também uma posição sacerdotal para conduzir os outros a
Deus, uma autoridade real espiritual e a capacidade de profetizar a bênção de
Deus. Assim, vemos que a bênção da primogenitura incluía uma unção
sacerdotal, real e profética.
Quando chegou o tempo de Isaque liberar a bênção ao primogênito, Jacó se
disfarçou fazendo-se como o seu irmão, colocando pelos de cabras sobre os
braços e roupas do seu irmão com o fim de enganar Isaque e receber a bênção.
Embora Deus não aprovasse as ações de Jacó, o Senhor se agradou do seu
coração desejoso de receber a bênção.
Então, lhe disse Isaque, seu pai: Chega-te e dá-me um beijo, meu filho. Ele se
chegou e o beijou. Então, o pai aspirou o cheiro da roupa dele, e o abençoou, e
disse: Eis que o cheiro do meu filho é como o cheiro do campo, que o SENHOR
abençoou; Deus te dê do orvalho do céu, e da exuberância da terra, e fartura
de trigo e de mosto. Sirvam-te povos, e nações te reverenciem; sê senhor de
teus irmãos, e os filhos de tua mãe se encurvem a ti; maldito seja o que te
amaldiçoar, e abençoado o que te abençoar. (Gn 27.26-29-RA)
O Senhor tem sempre a melhor bênção para liberar sobre os seus filhos. Nós
somos como Jacó, nós recebemos a bênção do primogênito. Não somos o
primogênito, mas a bênção dele veio sobre nós.
Hoje, na verdade, somos chamados de a “igreja dos primogênitos” (Hb 12.23).
Assim, podemos crer que a bênção de Jacó está sobre a nossa vida.
Vamos entender cada elemento da bênção do primogênito.
A BÊNÇÃO DO PRIMOGÊNITO
Três Marias MG- 11/06/2017 Palavra Culto de Domingo
Deus te dê
Em primeiro lugar, a bênção de Deus não é conquistada pelo nosso esforço ou
merecimento, mas ela nos é dada. Nós simplesmente recebemos de Deus.
Quando Deus dá, ninguém pode tomar. Procure receber todas as coisas em sua
vida em vez de conquistá-las. Saúde, prosperidade, casamento feliz, ministério
frutífero, tudo isso é simplesmente recebido de Deus à parte de nossas obras.
“Pede-me e eu te darei as nações e as extremidades da terra por tua
possessão”, diz o Senhor.
Muitos tentam conquistar aquilo que já é deles. Isso faz com que percam
muito tempo até que vejam a bênção de Deus.
Uma das verdades mais extraordinárias da Palavra de Deus é que as coisas do
céu são recebidas, e não conquistadas. O homem pensa que, para que Deus o
abençoe, ele precisa merecer ser digno do favor e da bênção de Deus por seus
próprios esforços. Esta, no entanto, não é a maneira de Deus agir. Muitos não
vivem a realidade da bênção porque simplesmente não conseguem receber.
Vivemos em um mundo onde somos desafiados a fazer e a conquistar sempre
confiando em nossos esforços. No mundo, somos instigados a fazer, mas no
cristianismo devemos entender que já está feito.
Em vez de dependerem da graça de Deus e seu favor para que as bênçãos
fluam, os crentes dependem de seus próprios esforços para tentar merecer a
bênção de Deus. Mas você não pode receber a bênção de Deus com base em seu
próprio desempenho. Elas são inteiramente baseadas na graça de Deus.

Do orvalho do céu
Primeiro recebemos do céu, depois desfrutamos do que está na terra. E a
primeira coisa com a qual somos abençoados é com o orvalho do céu. O que é o
orvalho do céu? Se todas as bênçãos mencionadas aqui são naturais, então não
precisamos da bênção do primogênito. Precisamos apenas ser fazendeiros, pois
o orvalho natural cai sobre bons e maus, justos e injustos. Então, o orvalho
aqui deve apontar para algo espiritual.
Como o bramido do leão, assim é a indignação do rei; mas seu favor é como o
orvalho sobre a erva.(Pv 19.12-RC)
O orvalho aponta para o favor, a graça de Deus. Receber o orvalho do céu é o
mesmo que receber o favor do céu. Se você tem ouvido algum bramido de leão,
não é do Leão da Tribo de Judá, mas daquele que anda em derredor como leão,
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sem, contudo, ser um leão. O que está sobre nós hoje é o favor do rei como
orvalho do céu.
Talvez você não possui uma formação universitária, não tem amigos
importantes, veio de uma família pobre ou possui alguma deficiência física,
mas você hoje tem o mais importante, o Senhor liberou o favor do céu sobre a
sua vida, e isso é tudo o que importa. Se o céu o favorece, os anjos vão
trabalhar por você.
Numa ocasião, o Senhor falou com Gideão, dizendo que ele venceria os
inimigos. Gideão, porém, pediu um sinal.
Eis que eu porei uma porção de lã na eira; se o orvalho estiver somente nela, e
seca a terra ao redor, então, conhecerei que hás de livrar Israel por meu
intermédio, como disseste. E assim sucedeu, porque, ao outro dia, se levantou
de madrugada e, apertando a lã, do orvalho dela espremeu uma taça cheia de
água. Disse mais Gideão: Não se acenda contra mim a tua ira, se ainda falar só
esta vez; rogo-te que mais esta vez faça eu a prova com a lã; que só a lã esteja
seca, e na terra ao redor haja orvalho. (Jz 6.37-39-RA)
O que Gideão não sabia é que tudo isso era um sinal do evangelho. O carneiro
aponta para Cristo, assim como a sua lã. Primeiro a lã estava cheia do orvalho,
mas tudo ao redor estava seco. Quando Cristo veio, todos nós estávamos secos.
Estávamos secos em nossos relacionamentos, nossa saúde e nosso espírito.
Espíritos malignos andam por lugares secos e estavam em nossa vida.
O Senhor, porém, era o único que tinha o céu aberto sobre si e era cheio do
favor do céu, o orvalho de Deus. Mas, na cruz, o céu se fechou sobre Ele e o fogo
da ira de Deus caiu sobre a lã, tornando-a seca, para que agora todos nós ao
seu derredor pudéssemos ser encharcados com o orvalho do favor de Deus. É
assim que recebemos o orvalho do céu.

E da exuberância da terra
Mais uma vez, a bênção não se refere a coisas naturais, pois, nesse caso,
teríamos de nos tornar fazendeiros e nem precisaríamos da bênção do
primogênito. A palavra “exuberância” no original hebraico é gordura. Isso
aponta para a unção do Espírito Santo.
É precioso que as palavras exuberância e fartura venham juntas, pois o que o
Senhor tem para nós é sempre algo grande e exuberante. Os pobres ofereciam
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pombinhos diante de Deus, mas os ricos traziam bois cheios de gordura. O que
o Senhor tem para nós é sempre plenitude, abundância e riqueza.

E fartura de trigo e de mosto


O trigo e o mosto apontam para o pão e o vinho, isso evidentemente aponta
para a Ceia do Senhor.
O trigo e o vinho representam os elementos da Ceia, enquanto o azeite aponta
para o óleo da unção. Esses três elementos colocados juntos nos farão mais
abençoados do que todos os povos. Isso nos mostra que precisamos ter
revelação da importância da Ceia e da unção com óleo.
Em muitos lugares das Escrituras, nós encontramos um grupo de três produtos
reunidos: cereal (trigo), vinho e azeite. Esses três elementos representam a
provisão completa de Deus para o seu povo.
O pão procede do trigo que foi moído. Cristo foi moído como um grão de trigo
na cruz para que hoje ele possa ser o pão que nos satisfaz. Se, ao comer o pão,
você entender como o trigo foi moído, você receberá cura e saúde para o seu
corpo.
O vinho é resultado da uva que foi pisada e prensada. O Senhor Jesus é a
videira que se tornou o vinho para a nossa salvação. Quando tomamos o cálice
e compreendemos como a uva foi pisada na cruz, nós somos lavados e
justificados diante de Deus.
É interessante que a última coisa que o Senhor fez com os seus discípulos antes
de sua morte foi celebrar a Ceia e, depois da sua ressurreição, a primeira coisa
que Ele fez foi celebrar a Ceia com os dois discípulos que iam no caminho de
Emaús. E Ele fez isso no mesmo dia que ressuscitou. Isso mostra como a Ceia é
importante, ela deve estar presente do começo ao fim.
Todas as bênçãos de Deus procedem do pão, do vinho e do óleo.
Ele te amará, e te abençoará, e te fará multiplicar; também abençoará os teus
filhos, e o fruto da tua terra, e o teu cereal, e o teu vinho, e o teu azeite, e as
crias das tuas vacas e das tuas ovelhas, na terra que, sob juramento a teus
pais, prometeu dar-te. Bendito serás mais do que todos os povos; não haverá
entre ti nem homem, nem mulher estéril, nem entre os teus animais. O SENHOR
afastará de ti toda enfermidade; sobre ti não porá nenhuma das doenças
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malignas dos egípcios, que bem sabes; antes, as porá sobre todos os que te
odeiam. (Dt 7.13-15-RA)
Depois que o Senhor nos dá o pão, o vinho e o azeite, então seremos mais
abençoados que todos os povos e o Senhor afastará de nós toda enfermidade.

Sirvam-te povos, e nações te reverenciem


Se fôssemos colocar essa expressão na linguagem de hoje diríamos: “Que
corporações e companhias te sirvam! Que bancos se curvem diante de você!”
Isso não significa que você vai dominá-los, mas que eles terão interesse em
trabalhar por você. Eles virão atrás de você.
Maldito seja o que te amaldiçoar, e abençoado o que te abençoar
Essa bênção foi primeira liberada a Abraão, mas agora vemos que também
está sobre a sua descendência, que somos nós.
Maldições podem ser proferidas ou escritas. A promessa é que aqueles que nos
amaldiçoarem serão amaldiçoados. Aquele que se levanta contra nós, na
verdade, se levanta contra Deus. É por isso que o Senhor Jesus disse que
devemos abençoar aqueles que nos amaldiçoam, pois quando nos amaldiçoam,
eles trazem sobre si terríveis maldições, e precisamos ter compaixão por eles.
Todos os impérios que se levantaram contra Israel foram destruídos. Isso está
comprovado na história. O povo de Israel não era perfeito, mas estava debaixo
da aliança. Nós também não somos perfeitos, mas desfrutamos da mesma
bênção. É uma coisa perigosa se levantar contra nós.
Depois que Isaque abençoou Jacó, Esaú veio e pediu para receber a mesma
bênção, mas a resposta de Isaque foi muito poderosa. Ele disse: “Eu abençoei, e
a bênção não pode ser revertida. Ele está abençoado”. Isso é uma palavra para
nós, a nossa bênção não pode ser revertida. Jacó não foi abençoado porque era
melhor que Esaú e nem nós o somos por causa de nosso merecimento. Se não
foi o nosso merecimento que nos capacitou a receber a bênção, não será a falta
de merecimento que poderá nos fazer perdê-la. A sua bênção é irreversível
(Gn 27.34-40).

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