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Você já parou para pensar que Deus escolheu Se revelar ao mundo como Pai?

“Jesus disse: ‘Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém pode vir ao Pai senão
por Mim. Se vocês realmente Me conhecessem, saberiam quem é Meu Pai. Mas, de
agora em diante, vão conhecer e ver o Pai’. Filipe disse: ‘Senhor, mostre-nos o Pai, e
ficaremos satisfeitos’. Jesus respondeu: ‘Filipe, estive com vocês todo esse tempo e
você ainda não sabe quem Eu sou? Quem Me vê, vê o Pai! Então por que Me pede
para mostrar o Pai?’.”

João 14:6-9 NVT

Deus deseja que nos relacionemos com Ele como Pai. Ver Deus como Pai é
desfrutar da maravilhosa condição de ser filho d’Ele em um relacionamento
próximo, eterno, surpreendente e transformador. Mas o maior desafio é superar
a orfandade espiritual.

“Alguém que reconhece a importância de ter Deus em sua vida, mas que não O
vê como Pai, nunca poderá de fato experimentar o real e intenso
relacionamento com Ele.”
Fabiano Ribeiro

A orfandade é um sentimento de não se sentir aceito como filho. Sua principal


consequência é a rejeição; é um sentimento de não pertencimento e de
inadequação. É um espírito que governa por meio de uma mentalidade de
escravo. Trata-se de uma mentalidade espiritual, um sistema de crenças em que
a pessoa não consegue se sentir amada, nem querida.

A origem da orfandade surgiu no coração de Satanás, o primeiro órfão não foi o


ser humano, mas o próprio Satanás. A Bíblia nos revela que Satanás era um
filho de Deus muito talentoso e muito querido. Aparentemente, o orgulho tomou
conta de seu coração: ele desejou ser maior do que o Pai, decidiu sair de casa,
e criar seu próprio reino e seu próprio modo de agir. Desde então, ele tenta tornar
as pessoas cada vez mais parecidas com ele e mais distantes de ser como o
Deus Pai.
“Como você caiu dos céus, ó estrela brilhante, filho da alvorada! Foi lançado à terra,
você que destruía as nações. Pois dizia consigo: ‘Subirei aos céus e colocarei meu
trono acima das estrelas de Deus. Dominarei no monte dos deuses, nos lugares
distantes do norte. Subirei aos mais altos céus e serei como o Altíssimo’.”
Isaías 14.12-14 NVT

A Bíblia mostra que Satanás era um filho de Deus. Ao que parece, um orgulho
enorme achou lugar nele, junto com o desejo de ser maior que o Pai. Foi quando
decidiu sair de casa (santuário celestial).

“Filho do homem, entoe este cântico fúnebre para o rei de Tiro. Transmita-lhe a
seguinte mensagem do Senhor Soberano: ‘Você era o modelo de perfeição, cheio de
sabedoria e beleza.
Estava no Éden, o jardim de Deus. Suas roupas eram enfeitadas com todas as pedras
preciosas: rubi, topázio, esmeralda, crisólito, ônix e jaspe, safira, berilo e turquesa,
todas trabalhadas com cuidado para você sobre o ouro mais puro. Foram-lhe
entregues no dia em que você foi criado.
Eu o escolhi e o ungi, como querubim guardião. Você tinha acesso ao monte santo de
Deus e andava entre as pedras cintilantes.
Era irrepreensível em tudo que fazia desde o dia em que foi criado, até que se achou
maldade em você. Seu rico comércio o levou à violência, e você pecou. Por isso o bani
em desonra do monte de Deus.
Eu o expulsei, ó querubim guardião, de seu lugar entre as pedras cintilantes. Seu
coração se encheu de orgulho por causa de sua beleza. Sua sabedoria se corrompeu
por causa de seu esplendor. Por isso o atirei à terra e o expus ao olhar dos reis.
Você profanou seus santuários com seus muitos pecados e seu comércio desonesto.
Por isso fiz sair de dentro de você um fogo que o consumiu. Reduzi-o a cinzas no
chão, à vista de todos que observavam. Todos que o conheciam estão horrorizados
com seu destino; você chegou a um terrível fim, e não mais existirá’.”
Ezequiel 28.12-19 NVT

Desde o Éden, a natureza pecaminosa na humanidade carrega consigo o DNA


da orfandade. De fato, todos estamos sujeitos a uma “orfandade estrutural”,
relacionada às heranças que o primeiro espírito órfão deixou sobre a
humanidade. Lembrando que o órfão espiritual não tem nada a ver com a
ausência de pais biológicos. Trata-se de uma mentalidade espiritual, um sistema
de crenças, e as atitudes que se refletem em uma pessoa que ainda não
descobriu o seu lugar de filiação em Jesus são semelhantes às encontradas em
Satanás.
“ ̶ Vocês estão imitando seu verdadeiro pai.

‘Não somos filhos ilegítimos!’, retrucaram. ‘O próprio Deus é nosso verdadeiro Pai!’.
Jesus lhes disse: ‘Se Deus fosse seu Pai, vocês Me amariam, porque Eu venho até
vocês da parte de Deus. Não estou aqui por Minha própria conta, mas Ele Me enviou.
Por que vocês não entendem o que Eu digo?... Pois são filhos de seu pai, o diabo, e
gostam de fazer as coisas perversas que ele deseja’.”
João 8:41-44 NVT

AUTOSSUFICIÊNCIA – O texto de Isaías diz: “Subirei aos céus...” revela-se,


aqui, uma mente completamente autocentrada, um espírito familiar que tem a
tendência de fazer o que quer, não considerando qual é a vontade do Pai.
O diabo em sua obstinação, não se importou com o que o Pai teve a dizer sobre
seus planos e atividades. Por causa desse egoísmo extremado as pessoas
influenciadas pelo espírito de orfandade se colocam longe do amor do Pai e têm
tanto dificuldade em receber amor quanto em amar.

AUTOEXALTAÇÃO – “...colocarei meu trono acima das estrelas de Deus...”


Lúcifer disse que exaltaria seu trono. A marca da autopromoção, do querer ser
visto. Deus só promove quem não promover a si mesmo. O que é edificado com
esforço próprio, precisa ser sustentado por esforço próprio.

AUTOENTRONIZAÇÃO – “...Dominarei no monte dos deuses, nos lugares


distantes do norte. Subirei aos mais altos céus e serei como o Altíssimo’.” Lúcifer
também disse que seria como o Altíssimo em uma terra distante, ou seja,
construiria seu próprio reino. Ele decidiu viver uma vida independente do amor e
sustento de Deus; ele escolheu se tornar órfão deliberadamente.
Com essa atitude Ele espera em seu próprio reino, honra e exaltação de seus
súditos; ele quer realmente receber glórias e louvores, ele busca tudo que é do
Pai.
A mente órfã tem um sistema de valores diferente e acredita que pode fazer
melhor. Em função da orfandade, as pessoas têm no coração, um desejo de ter
um “trono”, um lugar onde pessoas os reconheçam e os elogiem por suas
capacidades, onde haja glórias: um reino particular. O foco exagerado em si
mesmo, autossuficiência, superautonomia e orgulho são um forte traço de
orfandade.
O foco de Satanás é a destruição de nossas referências. Quando Adão escolheu
ouvir a Satanás, perdeu seu lar, um lugar de refúgio, nutrição, conforto e paz.
Podemos aprender aqui que lar é onde Deus está, ou seja, onde desfrutamos
dessa presença manifesta e disponível para nós.
O órfão espiritual vive em um ambiente como se não tivesse um lar, vive a vida
como se não tivesse um pai. Um órfão não sabe o que é viver com segurança,
estabilidade e aconchego de um lar. Ele vive a vida como se não houvesse lugar
para ir, como se não tivesse lar, sente solidão mesmo em ambientes cheios de
pessoas. Sentimentos de medo, rejeição, ansiedade, e desabrigo acontecem
mesmo se a pessoa tem um lugar para passar a noite.
Inabilidade de se conectar com um pai pode trazer um filho para um lugar de
desolação.

“Todos pecaram e estão afastados da presença gloriosa de Deus.”


Romanos 3:23 NTLH

O pecado alimenta a desconexão com o Pai - “Mas as suas maldades separaram


vocês do seu Deus; os seus pecados esconderam de vocês o rosto d’Ele, e por
isso Ele não os ouvirá.” (Isaías 59:2 NVI). Assim como Adão e Eva se
esconderam de Deus, as pessoas passaram a se esconder e viver o estilo de
vida de um órfão, fazendo tudo sozinhas e vivendo como se ninguém estivesse
ao seu lado.

A humanidade absorveu a natureza da orfandade tentando se esconder de Deus,


tentando encobrir seus erros por si mesma, tentando culpar um ao outro levando
ao lugar onde o eu é o centro.

A pessoa com espírito de orfandade tenta lidar com medo e vergonha; tem medo
de falar com o Pai porque teme a rejeição. Assim aprendemos a esconder que
sentimos medo, e nossos corações se tornam duros; aprendemos a rejeitar o
amor, conforto e ajuda de outras pessoas; aprendemos a esconder a vergonha
e fazer de conta que tudo está perfeito. No entanto, quanto mais fingimos, mais
inseguros nos tornamos.

Entenda que a orfandade não é um demônio, mas um conjunto de sentimentos,


pensamentos e sofismas. Trata-se de uma cultura, uma cosmovisão implantada
e nutrida por demônios, como uma armadilha. Assim, a solução não é uma
libertação momentânea ou um entendimento intelectual, mas, sim, um processo
de cura. E tal cura só pode ser encontrada na Casa do Pai, a começar por nosso
arrependimento.

A maior dificuldade é permitir ser adotado. Adotar alguém como filho é mais fácil
do que adotar alguém, verdadeiramente, como pai.
“...porque todos que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. Pois vocês
não receberam um espírito que os torne, de novo, escravos medrosos, mas sim o
Espírito de Deus, que os adotou como Seus próprios filhos. Agora nós O chamamos
‘Aba, Pai’, pois o Seu Espírito confirma a nosso espírito que somos filhos de Deus. Se
somos Seus filhos, então somos Seus herdeiros e, portanto, coerdeiros com Cristo. Se
de fato participamos de Seu sofrimento, participaremos também de Sua glória.”
Romanos 8:14-17 NVT

Você já adotou Deus como Pai?


Você já permitiu ser adotado como filho de Deus?
Onde você se encontra hoje?
IDENTIFICANDO A ORFANDADE
A orfandade é uma arma cruel que o inimigo usa e trabalha sem descanso para
nos tornar miseráveis e inoperantes, desintegrando a nossa real identidade.
A Bíblia fala sobre FORTALEZAS DO RACIOCÍNIO HUMANO e falsos
argumentos, Satanás tenta governar, exercer influência na vida das pessoas e
aprisionar por meio de mentiras que moldam o comportamento delas. São
crenças ou mentalidades, falsas verdades como lentes pintadas ou sugestões
engenhosas que existem em um nível subconsciente e que, sem perceber,
influenciam as nossas decisões.

“Usamos as armas poderosas de Deus, e não as armas do mundo, para


derrubar as fortalezas do raciocínio humano e acabar com os falsos
argumentos. Destruímos todas as opiniões arrogantes que impedem as
pessoas de conhecer a Deus. Levamos cativo todo pensamento rebelde e o
ensinamos a obedecer a Cristo.”
2 Coríntios 10:4-5 NVT

A orfandade se expressa por meio de algumas mentalidades e sentimentos que


iremos identificar aqui:
MENTALIDADE DE ESCRAVO – um escravo nasce da insignificância. E quando
cresce, aprende que sua vida não tem valor, e que suas opiniões não são
importantes. O sentimento de insignificância leva a pessoa a não se importar
com o que faz ou com o que fala, pois pensa que suas atitudes são
insignificantes, por exemplo: criticar, fazer comentários depreciativos sobre as
pessoas, fazer fofoca, falar palavrões usar as palavras para ofender ou diminuir
as pessoas.
“ ̶ Eu sou o vidente, respondeu Samuel. Suba adiante de mim até o lugar de
adoração. Ali comeremos juntos e, pela manhã, eu lhe direi o que você quer
saber, e depois poderá seguir viagem. E não se preocupe com as jumentas
que se perderam há três dias, pois foram encontradas. Eu lhe digo que as
esperanças de Israel estão centradas em você e sua família! Saul respondeu:
‘Mas sou apenas da tribo de Benjamim, a menor das tribos de Israel, e minha
família é a mais insignificante de todas as famílias dessa tribo! Por que o
senhor fala comigo dessa maneira?’.”
“Samuel respondeu: ‘Embora a seus próprios olhos você se considerasse
insignificante, não se tornou o líder das tribos de Israel? Sim, o Senhor o ungiu
rei sobre o povo!’.” 1Samuel 9:19-21; 15:17 NVT
O sentimento de insignificância também é expresso no relacionamento com
Deus. A pessoa se sente insignificante para Deus e dificilmente acredita que Ele
vai ouvir e atender suas orações gerando incredulidade em seu coração.
Exemplo de pensamentos: “Por que Deus se importaria com isso? Deus não
responderá se eu orar sobre isso!”

SENTIMENTO DE REJEIÇÃO – a pessoa que apresenta características da


orfandade é alguém dominado ao ponto da escravidão por sentimento de
desamparo e abandono, de inadequação, não inclusão, de não pertencimento,
derivado do sentimento de rejeição e de uma identidade pessoal distorcida.
Alguns pensamentos característicos desse sentimento são:
• Eu sou sozinho;
• Eu sou indesejado;
• Eu não sou digno;
• Eu não tenho valor;
• Se eu alcançar essa posição as pessoas vão me valorizar;

“O anjo do Senhor apareceu a Gideão e disse: ‘O Senhor está com você,


guerreiro corajoso!’ [...] ‘Mas, Senhor, como posso libertar Israel?’ perguntou
Gideão. ‘Meu clã é o mais fraco de toda a tribo de Manassés, e eu sou o
menos importante de minha família!’.”
Juízes 6:12,15 NVT

Resultados da rejeição:

● Rebelião. ● Medo.

● Ira. ● Desesperança.

● Amargura. ● Desconfiança.

● Culpa. ● Autocomiseracão.

● Inferioridade. ● Competição.

● Baixo autoestima. ● Ciúmes.

● Escapismo em compulsões e vícios. ● Sensação de inadequação

SENTIMENTO DE JUSTIÇA PRÓPRIA – Esse sentimento surge quando uma


pessoa se sente impotente e desprotegida. Isso tende a vir de uma mentalidade
órfã que a faz pensar: “Estou sozinho, preciso me defender” ou “Estou
abandonado, preciso sobreviver”. Esses pensamentos ativam as defesas
internas, o medo do fracasso, o medo da humilhação, resultado do instinto de
sobrevivência.

“Corá, filho de Isar, neto de Coate, bisneto de Levi, reuniu Datã e Abirão, filhos
de Eliabe, e Om, filho de Pelete, todos da tribo de Rúben, e eles se insurgiram
contra Moisés. Com eles estavam duzentos e cinquenta israelitas, líderes bem
conhecidos na comunidade e que haviam sido nomeados membros do concílio.
Eles se ajuntaram contra Moisés e Arão, e lhes disseram: ‘Basta! A assembleia
toda é santa, cada um deles é santo, e o Senhor está no meio deles. Então, por
que vocês se colocam acima da assembleia do Senhor?’.”

“Então Moisés mandou chamar Datã e Abirão, filhos de Eliabe. Mas eles
disseram: ‘Nós não iremos! Não basta a você nos ter tirado de uma terra onde
há leite e mel com fartura para matar-nos no deserto? E ainda quer se fazer
chefe sobre nós? Além disso, você não nos levou a uma terra onde há leite e
mel com fartura, nem nos deu uma herança de campos e vinhas. Você pensa
que pode cegar os olhos destes homens? Nós não iremos!’.”
Números 16:1-3, 12-14 NVI

O sentimento de justiça própria leva a pessoa a tentar fazer justiça com as


próprias mãos, com rebeldia e espírito de ofensa. A pessoa sempre se vê como
vítima ou como justiceira.
O fato de agir para fazer justiça com as próprias mãos é uma característica de
orfandade, pois a pessoa não consegue enxergar que Deus Pai é a nossa justiça
e nosso protetor.

“Mas Davi sentiu bater-lhe o coração de remorso por ter cortado uma ponta do
manto de Saul e então disse a seus soldados: ‘Que o Senhor me livre de
fazer tal coisa a meu senhor, de erguer a mão contra ele, pois é o ungido do
Senhor’.”
1 Samuel 24:5,6 NVI

As motivações egoístas sempre levam as pessoas a uma autoproteção e


geralmente o caminho que seguem é o da ofensa gerando um bloqueio na
conexão com Deus e no fluxo de milagres.
“E sentiam-se muito ofendidos. Então Jesus lhes disse: ‘Um profeta recebe
honra em toda parte, menos em sua cidade e entre sua própria família’. E, por
causa da incredulidade deles, realizou ali apenas uns poucos milagres.”
Mateus 13:57-,58 NVT
MENTALIDADE DE ESCASSEZ – a mentalidade de escassez mantém o seu
foco na falta de recursos e na falta de provisão. O medo da escassez se
concentra no que falta e não nas promessas de Deus Pai. Esse enfoque
deficiente leva ao estresse, à ansiedade e, em alguns casos, a consequências
físicas e espirituais.

“É claro que vocês não morrerão!, a serpente respondeu à mulher. Deus sabe
que, no momento em que comerem do fruto, seus olhos se abrirão e, como
Deus, conhecerão o bem e o mal.” A mulher viu que a árvore era linda e que
seu fruto parecia delicioso, e desejou a sabedoria que ele lhe daria. Assim,
tomou do fruto e o comeu. Depois, deu ao marido, que estava com ela, e ele
também comeu.”
Gênesis 3:4-6 NVT

Adão e Eva tinham tudo no Jardim do Éden. Todos os frutos eles poderiam
comer, e eles foram criados à imagem e semelhança de Deus. Mas, no momento
da tentação, a mentalidade de escassez influenciou suas decisões; não
enxergaram o que já tinham. Pessoas com essa mentalidade carregam a crença
comum de que nunca haverá o suficiente para eles. Vivem com no medo, lutando
com a sensação de que o poço está prestes a secar.
Essa mentalidade de escravo carrega um espírito de pobreza; eles sempre
acham que seus recursos são limitados. Acreditam que sempre que alguém
recebe algo isso tira um pouco da provisão que poderia ser deles; desenvolvem
o pensamento de sobrevivência com o medo da falta, que é baseado em
mentiras. Essas pessoas não conseguem reconhecer a provisão de Deus Pai
em suas vidas. Podem ser avarentas, ambiciosas, egoístas ou consumistas.

“Se vamos chamar Deus de nosso Pai. Isso nos obriga a viver pela fé na
provisão de Deus. Quando confiamos diariamente em Deus como nosso
provedor, então vamos usufruir dos recursos do céu.”
(Kris Vallotton)
“Mas, a todos que creram n’Ele e O aceitaram, Ele deu o direito de se tornarem
filhos de Deus. Estes não nasceram segundo a ordem natural, nem como
resultado da paixão ou da vontade humana, mas nasceram de Deus.”
João 1:12-13 NVT

Como já dissemos, a orfandade é um sentimento de não se sentir aceito como


filho. Sua principal consequência é a rejeição e um sentimento de não
pertencimento e de inadequação. É um espírito que governa por meio de uma
mentalidade de escravo. Trata-se de uma mentalidade espiritual, um sistema de
crenças em que a pessoa não consegue se sentir amada, nem querida.
É um assunto espiritual, com potencial de destruir as emoções e até o físico,
porque sempre haverá somatizações. E, por se tratar de uma ação espiritual,
precisamos fazer uso de armas espirituais.

“Usamos as armas poderosas de Deus, e não as armas do mundo, para


derrubar as fortalezas do raciocínio humano e acabar com os falsos
argumentos. Destruímos todas as opiniões arrogantes que impedem as
pessoas de conhecer a Deus. Levamos cativo todo pensamento rebelde e o
ensinamos a obedecer a Cristo.”
2 Coríntios 10:4,5 NVT

As fortalezas do inimigo funcionam como resistências e bloqueios no raciocínio


humano que impedem de conhecer a Deus como Pai. São mentiras e engano do
diabo. Suas mentiras impedem que as pessoas desfrutem de um relacionamento
mais íntimo com o Deus Pai.

TROCANDO AS LENTES
Funcionam como lentes pintadas que nos levam a ter uma percepção distorcida
da vida tanto no comportamento das pessoas como no relacionamento com
Deus. Muitas pessoas podem sofrer com múltiplas lentes pintadas. Podem ser
lentes de medo, rejeição, orgulho, superioridade, assédio moral ou ciúmes.
Quaisquer que sejam as lentes que identificarmos, torna-se necessário trabalhar
com Jesus para trocá-las pela mentalidade d’Ele.
“Eu o aconselho a comprar de Mim ouro purificado pelo fogo, e então será rico.
Compre também roupas brancas, para que não se envergonhe de sua nudez, e
colírio para aplicar nos olhos, a fim de enxergar.”
Apocalipse 3:18 NVT

Você consegue perceber qual lente você tem usado e em quais mentiras
tem acreditado?
Peça a Deus que lhe revele qual mentalidade tem controlado sua vida.

METANOIA: MUDANÇA DE MENTE


“Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela
renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e
comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.”
Romanos 12:2 NVI

A Bíblia nos ensina que somos transformados quando nossa mente é renovada
e trocamos as mentalidades que aprendemos com as mentiras de Satanás pela
verdade de Deus.

“Uma vez que vocês ressuscitaram para uma nova vida com Cristo,
mantenham os olhos fixos nas realidades do alto, onde Cristo está sentado no
lugar de honra, à direita de Deus. Pensem nas coisas do alto, e não nas coisas
da terra. Pois vocês morreram para esta vida, e agora sua verdadeira vida está
escondida com Cristo em Deus.”
Colossenses 3:1-3 NVT

“Finalmente, irmãos, tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que
for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa
fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas.”
Filipenses 4:8 NVI
“Aqueles que são dominados pela natureza humana pensam em coisas da
natureza humana, mas os que são controlados pelo Espírito pensam em coisas
que agradam ao Espírito. Portanto, permitir que a natureza humana controle a
mente resulta em morte, mas permitir que o Espírito controle a mente resulta
em vida e paz. Pois a mentalidade da natureza humana é sempre inimiga de
Deus. Nunca obedeceu às leis de Deus, e nunca obedecerá.”

Romanos 8:5-7 NVT

O arrependimento não é somente uma profunda tristeza, mas também uma


mudança em nossa mentalidade porque essa mentalidade determina o nosso
comportamento. Agora somos filhos amados de Deus, e nossa mentalidade
precisa ser renovada pela cultura do Reino de Deus e pela mentalidade de filhos.

“Arrependam-se, pois o reino dos céus está próximo”.


Mateus 3:2 NVT

Metanoia (do verbo grego antigo μετά, metá, ‘além’, ‘depois’; νοῦς, nous,
‘pensamento’, ‘intelecto’), no seu sentido original, significa mudar o próprio
pensamento.
Metanoein, no contexto das discussões teológicas foi traduzido como
“arrepender-se”. Pode-se compreendê-lo melhor à luz da noção de conversão,
uma transformação completa do pensamento. Tal conversão não se limita a uma
mudança de mentalidade, mas também implica mudança de comportamento, de
atitude, de maneira de ser e de viver.
O sentido do arrependimento é uma mudança de pensamento em conjunto com
as ações. Deixar o comportamento de órfão e escravo, que é resultado do que
aprendemos no mundo, é adquirir um novo comportamento, que é resultado da
nova mentalidade de filho, príncipes e herdeiros do Reino.
RECONHECENDO E SUBSTITUINDO A ORFANDADE

“Examina-me, ó Deus, e conhece meu coração; prova-me e vê meus


pensamentos. Mostra-me se há em mim algo que Te ofende e conduze-me
pelo caminho eterno.”
Salmo 139:23,24 NVT

O espírito órfão incorpora a mentalidade de um filho(a) separado(a) de seu Pai


Amoroso. Sentimentos de abandono, mentiras e pecados e atos egoístas
florescem para remediar a perda de identidade, provisão e proteção.
Para remover esse espírito de orfandade, é necessário conectar-se ao coração
do Pai através de encontros com o amor paterno de Deus.

“Pois vocês não receberam o espírito que os torne escravos medrosos e servis,
mas receberam o Espírito que os adota como verdadeiros filhos, pelo qual
clamamos: ‘Aba, Pai’. O próprio Espírito fala no íntimo dos nossos corações,
dizendo-nos que somos realmente filhos de Deus.”
Romanos 8:15,16 NBV-P

“E a esperança não nos decepciona, porque Deus derramou Seu amor em


nossos corações, por meio do Espírito Santo que Ele nos concedeu.”
Romanos 5:5 NVI

Devemos aceitar as verdades de Deus e renunciar aos laços com o espírito de


orfandade pelo processo de identificar, renunciar e substituir o espírito órfão.
Precisamos de uma fonte externa para nos ajudar a discernir que esses
pensamentos estão em oposição as verdades de Deus Pai.

“Então conhecerão a verdade, e a verdade os libertará”.


João 8:32 NVT

Quando confrontamos a mentalidade órfã com a verdade de Deus, precisamos


renunciar em confissão e arrependimento e substituí-la pela verdade de Deus.
“Mas, agora, abandonem todas estas coisas: ira, indignação, maldade,
maledicência e linguagem indecente no falar. Não mintam uns aos outros, visto
que vocês já se despiram do velho homem com suas práticas e se revestiram
do novo, o qual está sendo renovado em conhecimento, à imagem do seu
Criador.”
Colossenses 3:8-10 NVI

CRIE UMA CONEXÃO FORTE COM O PAI


Construir uma conexão forte com o Pai é a base para vencer o espírito de
orfandade e resistir aos seus ataques. É nessa conexão que recebemos
identidade, propósito, proteção e provisão.

“Contudo, sempre que alguém se volta para o Senhor, o véu é removido. Pois o
Senhor é o Espírito, e onde está o Espírito do Senhor, ali há liberdade.
Portanto, todos nós, dos quais o véu foi removido, podemos ver e refletir a
glória do Senhor, e o Senhor, que é o Espírito, nos transforma gradativamente
à Sua imagem gloriosa, deixando-nos cada vez mais parecidos com Ele.”
2 Coríntios 3:16-18 NVT

“E todos nós, no entanto, não temos um véu sobre nosso rosto e podemos ser
espelhos que refletem claramente a glória do Senhor. À medida que o Espírito
do Senhor trabalha dentro de nós, somos transformados com glória cada vez
maior, e tornamo-nos mais e mais semelhantes a Ele.”
2 Coríntios 3:18 NBV

“Jesus respondeu: ‘Eu afirmo a vocês que o Filho não pode fazer nada de Si
mesmo. Ele só faz o que vê o Pai fazer, porque o que o Pai faz o Filho também
faz.”
João 5:19 NBV

FIRMANDO NA VERDADE DE DEUS


Na Bíblia, o diabo é descrito como o pai da mentira e seu desejo e objetivo estão
em oposição direta a Deus. Ele sempre agiu e agirá com base na mentira e no
engano. Ao contrário de Deus, que é a essência da verdade. Restaurar a
verdade de Deus em nossas vidas enfraquece os esquemas do diabo e fortalece
nossa identidade de filhos.
“Pois são filhos de seu pai, o diabo, e gostam de fazer as coisas perversas que
ele deseja. Ele foi assassino desde o princípio. Sempre odiou a verdade, pois
não há verdade alguma nele. Quando ele mente, age de acordo com seu
caráter, pois é mentiroso e pai da mentira.”
João 8:44 NVT

“Então conhecerão a verdade, e a verdade os libertará”.


João 8:32 NVT

“Jesus disse: ‘Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém pode vir ao Pai
senão por mim’.”
João 14:6 NVT

“A própria essência de Tuas palavras é verdade; todos os Teus justos estatutos


permanecerão para sempre.”
Salmo 119:160 NVT

A Palavra de Deus é a verdade e funciona como um escudo protetor contra os


ataques do diabo e suas mentiras. Temos que afirmar a Palavra de Deus e
combater as mentalidades negativas que governam nossas vidas.

APLICAÇÃO:
1° Ore a Deus pedindo para Ele revelar a você quais mentalidades têm
governado sua vida. Anote qualquer lembrança ou sentimento que vierem à
sua mente.

2° Renuncie e peça perdão a Deus por permitir que essa mentalidade domine
seus sentimentos.

3° Ore a Deus Pai para que Ele lhe revele a verdade que substitui essas
mentalidades.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FROST, Jack. Sentindo o abraço do Pai. Bvbooks


PAES, Leila Paes e RIBEIRO, Fabiano. Escolha ser filho. Editora Inspire
RIBEIRO, Fabiano. Paternidade bem resolvida. Editora Inspire
SILVA, Dawna de. Movendo atmosfera. Editora Chara
SILVA, Dawna de. Sozo. Editora Chara
SILVA, Dawna de. Vencendo o medo. Editora Chara
VALLOTTON, Kris. Os caminhos sobrenaturais da realeza. Bvbooks.

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