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CONVERSOR SÉRIE “ THIMATIC C “ TIPO BRG

ÍNDICE PÁGINA

- Características básicas............................................................................................................. 02

- Características gerais............................................................................................................... 03

- Descrição dos esquemas.......................................................................................................... 05

- Funcionamento e contrôle....................................................................................................... 05

- Tabela de sinais na régua de bornes........................................................................................ 13

- Indicadores luminosos............................................................................................................. 15

- Instruções para colocação em marcha de motores C.C. com conversores CA/CC – BRG......... 16

Nota: Esquemas de ligações e funcionamento anexos.

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ACIONAMENTO COMPACTO TIPO “ B R G”

BIDIRECIONAL, REGENERATIVO, TRIFÁSICO, ONDA COMPLETA,


TOTALMENTE CONTROLADO

CARACTERÍSTICAS BÁSICAS

MECÂNICAS:

- Dimensões reduzidas;
- Fácil acesso a todos os componentes;
- Suporte para os módulos eletrônicos com rotação de 90º;
- Chapa acrílica para proteção contra contatos acidentais;
- Intercambialidade mecânica entre os vários tipos da série.

ELÉTRICAS:

- Conversor tiristorizado com dissipadores de calor isolados entre si por material de alta rigidez;
- Conjunto RC de proteção;
- Fusíveis ultra-rápidos para proteção dos tiristores, providos de indicação de fusão e “micro-
switchs” para intervenção;
- Transformadores de isolação entre o módulo de potência e os circuitos de regulação;
- Transformadores de isolação para realimentação de corrente;
- Divisor para sinal taquimétrico, previsto para um nível entre 10 e 290V;
- Ventilador de refrigeração, quando necessário, e termostatos de proteção montados diretamente
sobre os dissipadores;
- Régua de bornes numerados, agrupando os principais pontos de teste para medições e controle
de funcionamento.

REGULADOR ELETRÔNICO

O regulador é formado por dois módulos no sistema “plug-in” com saída através de contatos
folhados à ouro. Os dois módulos são acoplados por meio de conectores montados sobre um circuito
impresso, que dispõe das calibrações do divisor taquimétrico, (ou seja, da máxima velocidade) e do
valor do limite de corrente.

A substituição dos módulos é, portanto, possível sem modificações das calibragens fundamentais.

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O módulo mais interno, ou “módulo de corrente”, compreende a fonte de alimentação estabilizada, o
regulador de corrente, os defasadores e os formadores de pulso, enquanto o módulo externo ou
“módulo de velocidade”, compreende as entradas, as proteções e o regulador de velocidade, e é
determinado de acordo com os tipos de funções requeridas.

Devido à intercambiabilidade dos módulos típicos, é possível obter diferentes funções utilizando o
mesmo tipo de conversor, através de simples substituição do módulo.

- Regulador de duplo anel fechado, sobreposto


- Ligação à rede independente da seqüência de fases
- Comutação de 50 para 60Hz por meio de 4 pontos de solda localizados no módulo de corrente,
sem necessidade de qualquer calibração
- Fonte de alimentação estabilizada (± 14Vcc) com transformador de rede provido de proteção
contra curto-circuito e sobrecarga, circuito de controle para inibição dos pulsos de disparo e
desenergização de todos os relés no caso de falta ou insuficiência de tensão de alimentação.
- Referência estabilizada (+ 10Vcc) de alta precisão e estabilidade térmica para alimentação dos
potenciômetros externos de referência
- Circuitos de comutação para inserção das referências (externas e internas) de velocidade e de
corrente e liberação dos reguladores
- Velocidade máxima calibrável através de um potenciômetro de várias voltas localizado no fundo
do suporte dos módulos eletrônicos
- Defasadores tipo “trem de pulsos” com tempo de subida inferior a 0,1ms
- Relé de velocidade zero
- Relé eletrônico de corrente para tempo inverso com faixa de ajuste entre 2 e 70ms para I
instantânea = 2 x I calibrada.

CARACTERÍSTICAS GERAIS

Os acionamentos compactos resultam da combinação de elementos eletrônicos de potência (tiristores


e diodos de silício) com uma unidade de comando e regulação.

A série BRG é um acionamento com funcionamento em quatro quadrantes. Entende-se com essa
denominação, aqueles acionamentos que operam nos dois sentido de rotação e freiam eletricamente
em ambos os sentidos.

É composto de duas pontes retificadoras em anti-paralelo do tipo trifásica, totalmente controlada, e é


formada por doze diodos de silício (tiristores) montados sobre dissipadores distintos, isolados entre
si com material de alta rigidez dielétrica ( >15KV/mm) refrigerados por convicção natural ou forçada
conforme potência do acionamento. A refrigeração natural se emprega para correntes de saída até
50ª Para intensidades superiores se utiliza a convicção forçada com um ou mais ventiladores.

Para o controle e proteção da ventilação são instalados termostatos que atuam a 88º C, de modo que
se obtêm um controle total da temperatura dos dissipadores.
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Todos os componentes do grupo são facilmente acessíveis e portanto podem ser substituídos com
toda comodidade.

O circuito de lógica de mudança de ponte é realizado, de tal modo que é reduzida o tempo morto de
passagem de uma ponte à outra, na ordem de 3-4 ms. Com tal tempo, a descontinuidade de
regulação não é sentida e se contém uma precisão muito boa.

A regulação normal prevista é uma regulação de velocidade a duplo anel: anel interno de corrente
sobreposto ao anel de velocidade; a realimentação prevista e de um dínamo taquimétrico com um
nível de sinal compreendido entre 10V mínimo e 290V máximo. Está previsto a possibilidade de uso
de dois sinais de referência fixos internos e de uma referência variável externa. O sinal de referência
passa através de um circuito de aceleração e desaceleração progressiva, com ajustes independentes,
para evitar variações bruscas de velocidade.

Está previsto também a possibilidade de funcionamento com regulação de corrente ou para se


modificar o limite máximo de corrente. Tudo isto requerendo um simples fechamento de alguns
pontos de solda, previstos nas placas de circuito impresso. Até o limite máximo de corrente pode ser
modificado, mediante a solda de determinados pontos situados no fundo de suporte de placas.

O disparo é de “ trem de impulsos”, com uma característica de ser independente da ordem das fases
de conexão do equipamento à rede, e pode ser adaptado para funcionamento em 50Hz ou 60Hz
mediante a solda dos correspondentes pontos.

Nas placas se encontram indicados luminosos (Led) para visualizar as seguintes funções: tensões
estabilizadas corretas, motor em marcha, relé de mínima velocidade atuado, relé térmico disparado e
início da intervenção do relé de sobrecarga a tempo inverso.

Toda a regulação esta contida em duas placas:

- A placa 6.002.0 compõe-se de alimentação, disparo e regulação de corrente;

- A placa 6.206.0 compõe-se de circuito de referência, circuito de limitação de corrente, circuito


de aceleração e desaceleração, circuito regulador de velocidade, relé eletrônico de mínima
velocidade e relé térmico a tempo inverso.

Ambas as placas são extraíveis para uma fácil substituição e os ajustes das constantes são realizados
mediante pontos de solda. Muitos sinais internos das placas vão à régua de bornes para facilitar a
medição e controle.

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CARACTERÍSTICAS MECÂNICAS

Sobre o fundo da estrutura estão localizados os elementos de potência: dissipadores de refrigeração,


tiristores, transformadores de impulsos, grupo RC, transformadores de corrente e fusíveis ultra-
rápidos. Em cima estão as placas eletrônicas de regulação. Estas são marcadas com a posição “1”,
(placa interna) e com a posição “2” (placa exterior). São montadas contrapostas de modo que os
componentes aparecem tanto no interior como no exterior. Cada Placa é provida de dois conectores
de conexão direta, um de 10 pistas e outro de 22 pistas, indicados com as seguintes letras:

A (10 pistas – placa 1) -B (22 pistas – placa1)


C (10 pistas – placa 2) -D (22 pistas – placa2)

Os conectores estão fixados em um fundo de circuito impresso onde se encontra os ajustes de


velocidade máxima e de corrente máxima da ponte. Este suporte para placas pode girar 90º e é
conectado mediante cabos flexíveis, de diversas cores, aos elementos de potência e a régua de bornes
de saída disposta sobre parte frontal. Esta borneira é composta de 38 bornes individuais, mais os
correspondentes a Ra-Sa-Ta de alimentação e sincronização, que estão separados dos restantes.

DESCRIÇÃO DOS ESQUEMAS

Os esquemas fundamentais de um conversor compacto são os seguintes:

- esquema de ligações externas - Tipo BRG


- esquema funcional do regulador de velocidade para BRG
- esquema funcional do regulador de corrente para BRG
- esquema de interligações internas para BRG

Os números que aparecem nos esquemas identificam os bornes do conector, da regulação e da


potência.

Os esquemas funcionais mostram as funções realizadas pela placa mediante uma simbologia de
blocos. Cada bloco é indicado (sempre que possível) com um número que indica o circuito integrado
que desempenha a função, e pela sua conexão de saída o número do terminal onde pode controlar
este sinal.

O esquema de ligações externas, no qual o conversor aparece simplesmente como um quadro com os
números da régua de bornes, depende do tipo de acionamento que se está considerando. Algumas
conexões, no entanto, são independentes disto, e, portanto, estão indicadas no esquema específico.

FUNCIONAMENTO E CONTROLE

Para descrever o funcionamento temos que consultar os esquemas funcionais anexos.


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Observando o esquema de ligações externas, verificamos o esquema do circuito de potência que é
formado por duas pontes em ligação anti-paralela, ventilador, transformadores de corrente, grupo
RC e fusíveis U.R..Em relação ao regulador pode-se considerar os seguintes blocos de
funcionamento:

Alimentador trifásico 0.078.0

Fundo 0.080.0

Placa pos. 1 6.002.0, que compreende:

- alimentação estabilizada
- disparo e formação de pulsos
- regulador de corrente de armadura com lógica de comutação das pontes

Placa pos. 2 6.206.0, que compreende:

- 2 referências internas com comando


- 1 referência externa com comando
- seleção do sentido de rotação CW ou CCW
- rampa de aceleração e desaceleração
- regulação de velocidade com limite PD e PI
- relé de mínima velocidade
- relé térmico a tempo inverso

ALIMENTADOR TRIFÁSICO 0.078.0

É constituído de um bloco de 3 transformadores monofásicos 150VA - 220, 380, 440/20V,


interligados através de uma placa de circuito impresso.

A alimentação entra nos 3 bornes Ra, Sa, Ta. A tensão de saída é levada à placa 6.002.0,l através de
ligação com cabo múltiplo colorido, depois de passar por 3 fusíveis de 1A. Se necessário, a leitura
destas tensões pode ser feita dos fusíveis ou dos pontos 8A, 9A e 10A da placa 1, tendo sempre
como comum o borne 6 da borneira do conversor.

FUNDO 0.080.0

O fundo em circuito impresso serve como interligação entre as placas para a borneira, os T.C. e os
transformadores de pulso. Alguns componentes são montados neste fundo:

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- as resistências para carga dos T.C., selecionadas pelos pontos de solda conforme tabela. O
fechamento destes pontos fixam o limite máximo de corrente a ser obtido no alimentador.

- o divisor do sinal taquimétrico conforme o borne de entrada utilizado. O fechamento dos pontos
V1 \e V2 e o ajuste do trimpot T0 fixo a máxima tensão do dínamo taquimétrico, e desta forma, a
máxima velocidade do motor (ver esquema).

- o divisor com entrada no borne 14 e com ajuste no trimpot T1. Permite uma eventual correção de
referência de velocidade através de um sinal adicional externo (± 10V com condições de ajuste na
faixa de ± 5% a ± 100%).

PLACA 6.002.0

a) FONTE ESTABILIZADA CC

A fonte C.C. recebe a tensão alternada do grupo de alimentação em C.A. 0.078.0. Compõem-se de:
um retificador trifásico com tensão positiva na ordem de +24V : +27V e tensão negativa na ordem
de -24V : -27V, e 2 estabilizadores de tensão com saída em +14V e -14V. Um circuito de controle,
com indicação luminosa, verifica estas tensões e bloqueia a tensão “+A” (+24V) no caso de ausência
de uma das tensões estabilizadas. Para medições pode-se colocar um multímetro nos seguintes
bornes:
- entre os bornes 9 - 5 se deve ter +24 : +27VCC
- entre os bornes 9 - 7 se deve ter -14VCC
- entre os bornes 9 - 8 se deve ter +14VCC
No caso de ausência de qualquer uma das tensões de saída 9com as 3 fases Ra, Sa, Ta presentes)
verificar os fusíveis colocados na placa 0.078.0 dos transformadores de alimentação (debaixo da
borneira).

b) DISPARO

Os circuitos de disparo foram desenhados de modo que seu funcionamento independe da sequ6encia
de fases da rede.

A tensão alternada trifásica, procedente do transformador de alimentação é filtrada e defasada 60º


em retardo, e posteriormente convertida em sinal retangular. Conforme a frequência de rede seja 50
ou 60Hz é preciso atuar sobre os pontos de solda “F” para trocar a constante do filtro. A conversão
em sinal retangular se realiza mediante transistores. Da onda quadrada ai obtida se geram as ondas
de sincronização triangulares, que se ajustam com os trimpots, e uma vez comparadas com a saída
do regulador de corrente, geram o correspondente impulso de disparo (integrados 13-15-17): estes
impulsos de larga duração são depois modulados de forma que se obtenha trem de impulsos de
aproximadamente 1ms de duração compostos por períodos de trabalho de 45us e períodos de
repouso de 45us (integrados 14-16-18).

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Estes trens de impulsos vêm combinados de modo que se obtenha para cada tiristor um duplo tre de
impulsos deslocados 60º um do outro. Através de um grupo de transistores e amplificadores de
potência, os impulsos são enviados aos transformadores de pulsos. Cada transistor alimenta o
transformador de pulso relativo ao diodo controlado da ponte direta e da ponte inversa. O comum
destes transformadores recebe a alimentação (+A) de 2 transistores, um para disparo da ponte direta
e outro para disparo da ponte inversa, que desta forma determinam qual das duas pontes deve
conduzir (ver lógica de comutação. Existe um ponto de leitura L0 (test point) no qual se pode medir
os seis impulsos da ponte obtidos por soma de três dos impulsos de disparo. O controle de impulsos
vai ao conector “B” da placa (bornes 16-17-18-19-20 e 21) e aos transformadores de impulsos
situados sobre a ponte de potência (entrada C; + ; saída G e K). Os impulsos de cada tiristor devem
ser duplos e defasados entre si de 60º.

c) REGULADOR DE CORRENTE DE ARMADURA E LÓGICA DE COMUTAÇÃO

O regulador de corrente recebe como sinal de referência a saída do regulador de velocidade. Esta
referência pode ser medida entre os bornes 26 e 9, e pode variar de +10V a -10V, onde +10V é o
limite máximo da ponte direta e -10V é o limite máximo da ponte inversa.

O sinal de realimentação de corrente se recebe dos transformadores de corrente conectados em V; as


saídas estão conectados aos bornes 1-2-3 B do conector da placa 6.002.0, sendo retificada a corrente
e cargada sobre resistências; o sinal pode ser lido no ponto 9 B. A leitura mediante instrumentos
pode ser efetuada no borne “31”(+2V, corrente limite máximo).

O sinal obtido, invertido (através do integrado 6 com saída no pino 1) é a realimentação tanto no
funcionamento da ponte direta como na ponte inversa no funcionamento da ponte direta, o sinal de
referência (transmitido ao integrado 3 pino 1 e ao integrado 10 pino 5) e confrontado diretamente
com o sinal de realimentação de corrente. No funcionamento da ponte inversa, o sinal de referência
negativo é invertido (integrado 3 pino 7) antes de ser confrontado com o sinal de realimentação
negativa. A diferença entre a referência e a realimentação entra no integrado somador 6 (pino 6)
onde existe um adaptamento de ganho (função da relação I máx./ I mot. ), e entra no integrado 1
(pino 6).

O sinal de erro, antes de entrar no regulador, é modulado em função da descontinuidade da corrente,


de modo a linearizar o ganho deste mesmo anel, independente do nível da corrente.; Tal circuito é
formado pelo integrado 5 (pino 7) e pelo integrado 10 (pinos 7-8).

A saída do regulador (integrado 1), que trabalha no campo 0 / +10V, passa por um circuito de
adaptação que transforma o sinal de -6V (180º) a 0V (0º) operado também por um bloco de ângulo
mínimo em função da corrente (integrado 5 pino 6), para evitar a falta de comutação durante a fase
de recuperação. Esse sinal é enviado ao circuito de disparo (ponto de leitura L1), e deve ser
adaptado para funcionamento a 60Hz fechando-se os ponto de solda F.

Durante a pausa de comutação e em parada, o estágio de regulação (integrado 1) é zerado, de modo


que prevalece o bloco de ângulo mínimo. Durante o trabalho este bloco é bloqueado.
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A lógica do sistemas trabalha de acordo com a solicitação de corrente e opera a comutação da ponte
direta à inversa, e vice-versa, segundo a solicitação de corrente e depois que a primeira corrente é
zerada. Para evitar erro de interpretação devido ao “off-set”, quando a solicitação de corrente é
muito baixa, a lógica opera uma contínua comutação das pontes. Quando a solicitação supera o nível
mínimo (na ordem de 3-4% do valor limitado) prevalece este sinal e a condução e permitida à ponte
solicitada. Tais sinais são transmitidos: ao integrado 4 pino 1 que sente a solicitação; ao integrado 6
(pino 7) que habilita esta solicitação só quando esta corrente é anulada e quando há liberação (borne
24 cm +24V); ao integrado 9 que memoriza a solicitação, na presença da condição precedente, e
mantém uma sucessiva comutação , na presença da condição precedente, e mantém uma sucessiva
comutação quando na presença de corrente nula (pino 3 positivo para solicitação PD, pino 4 positivo
para solicitação PI).

Tal solicitação passa por transistores que entram em condução com +24V no caso de comando, e
bloqueiam no caso de não comando. O Led LLI indica o comando PI e o Led LLO indica o
comando PD.

O ganho do regulador de corrente pode ser alterado através dos pontos de solda G1 – G2.

d) PONTOS DE TESTES NA PLACA 6.002.0

Ponto L0 – Serve para controlar os pulsos de disparo. Com o acionamento em marcha deve-se
observar uma série de trem de pulsos distanciados cerca de 60º um do outro, com duração de 1 ms.,
formados por pulsos de amplitude aprox. +14V e de duração 40-40 µs com 40-50 µs de repouso.

Ponto L1 – Serve para controlar o sinal de comando do disparo 0V <= V <= + 10V para 0º <= α
acc <= 180º.

PLACA 6.206.0

a) ALIMENTAÇÃO

+14V, -14V, +A entrando pelas pistas 8C, 9C, 10C, 7C e 5C do conector 10 pistas.

b) REFERÊNCIA DE VELOCIDADE

É um sinal de +10V obtido a partir da alimentação +14V mediante um regulador ajustável, de alta
estabilidade térmica. Esta tensão pode ser medida entre os bornes “4” (entrada 4C) e borne “9”, e
alimenta todos os potenciômetros internos de referência.

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c) TRIMPOT DE REFERÊNCIA DA VELOCIDADE LENTA E SUA SELEÇÃO

Este trimpot dá referência de velocidade lenta quando se libera o respectivo comando: borne “ 1”
(entrada 1C) a +24V. A tensão máxima desta referência é cerca de +2,5V correspondente a 25% da
velocidade máxima.

d) TRIMPOT DE REFERÊNCIA DA VELOCIDADE DE TRABALHO E SUA SELEÇÃO

Este trimpot, liberado pelo seu respectivo comando: borne “2” (entrada 2C) a +24V, dá uma
referência de velocidade de trabalho que pode variar de 0 a +10V correspondentes a 100% da
velocidade máxima.

e) REFERÊNCIA EXTERNA DE VELOCIDADE

Compreendida entre 0 e +10V está conectada ao borne “27” (entrada 13D). Esta referência fica
ativada conectando +24V ao borne “3” (entrada 3C). O valor +10V corresponde a 100% de
velocidade máxima.

No caso de seleção simultânea de várias referências de velocidade, o circuito está projetado de modo
que seleciona automaticamente a maior das 3; assim sendo não se efetua a soma. O sinal de
referência predominante se transmite ao circuito formador das rampas de aceleração e desaceleração,
para evitar variações excessivamente bruscas de velocidade.

Este circuito de rampa está feito de forma que em regime permanente dá um sinal de saída igual ao
de entrada, porém durante os regimes transitórios de variação desta, tanto em crescimento ou
decrescimento da saída, não pode exceder os valores ajustados nos potenciômetros “acc”
(aceleração) e “dec” (desaceleração).

f) RAMPA DE ACELERAÇÃO E DESACELERAÇÃO

Para liberar este circuito deve-se conectar +24V ao borne “22” (entrada 6D) ou fechar o ponto de
solda S2, com isso se atua nos potenciômetros de aceleração e desaceleração, em caso contrário os
potenciômetros não atuam e o tempo total de aceleração ou desaceleração ficará fixado em torno de
200m/s.

O termo aceleração e desaceleração são referentes ao sentido de funcionamento “frente” (“CW”


referência positiva). Para a marcha reversa os dois parâmetros se invertem.

Os ajustes dos tempos compreendidos entre 1 e 20 seg. ou de 5,5 a 55 seg., para se obter uma
completa excursão do sinal de referência de 0 a 100%, se consegue segundo o ponto de solda “T1”
estando aberto ou soldado, e atuando sobre os potenciômetros aceleração – desaceleração, tendo em
conta que os tempos maiores se conseguem na posição “0” do potenciômetro, e os menores na
posição “100” (todo a direita).

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O passo de um a outro tempo é praticamente linear conforme a posição do potenciômetro, de acordo
com a fórmula:

T = T máx. – (T máx. – T min.) P (onde P é a posição do potenciômetro).


100

A saída da rampa pode-se ver no borne “35” (saída 19D da placa) e corresponde exatamente a
referência de entrada, uma vez finalizado o estado transitório. Este sinal pose-se empregar, também,
como sinal de referência para outros acionamentos. Durante a fase de aceleração se tem sinais
lógicos de aproximadamente –10V no borne “34” (saída 18D), em fase de desaceleração se tem
+10V e durante o funcionamento em regime temos 0V.

g) REGULADOR DE VELOCIDADE

Este regulador recebe a referência da rampa e compara com o sinal de realimentação procedente do
dínamo taquimétrico (entrada 10D depois da atenuação). O máximo sinal do dínamo taquimétrico
aceitável em 10D é de ± 10V, e este valor deve corresponder a velocidade máxima do motor.

O ajuste da velocidade máxima se obtém conectando o Dínamo Taquimétrico às entradas 9-11, 9-12,
9-13 da borneira, conforme a máxima tensão de saída do mesmo, de acordo com os valores
indicados no esquema funcional do regulador de corrente e atuando-se sobre o trimpot de 10 Voltas
“TO”, para o ajuste fino. Deve-se observar que girando o trimpot “TO” aumenta-se a velocidade.

As constantes do regulador podem ser otimizadas atuando sobre o ponto de solda “A1” (ajuste da
ação integral) e com os pontos de solda G1, G2, G3, (ajuste de ganho do bloco na relação 1-2-4);
quantos mais pontos de solda se efetuam mais lenta a regulação.

Um sinal adicional de referência exterior, ajustável mediante o trimpot “T1” situado na placa de
fundo 0.080.0 pode ser ligada ao borne “14” (entrada 9D). Este sinal menor ou igual a 10V pode
assumir um peso de 5% até 100% conforme a posição de “T1”. A saída do regulador entra em um
inversor, cuja saída constitui-se na referência do regulador de corrente.

h) RELÉ ELETRÔNICO DE MÍNIMA VELOCIDADE

É formado por um circuito desacoplador que envia a tensão de realimentação a um circuito


amplificador, cuja saída está ligada a um transistor. Este transistor conduz quando o circuito
amplificador está na condição “nível alto”, e corta quando a tensão supera um valor mínimo pré-
fixado pelo trimpot min. Vel. (T3).

A saída para Relé (lista 2D, borne “18”) está em +24V quando a tensão presente excede ao valor
mínimo fixado, e passa a 0V com tensões inferiores. O Led LLO visualiza a condição de estado.

A saída do desacoplador (pista 14D) vai ao borne “28”. Esta saída corresponde à velocidade real do
motor e pode ser utilizada para ligar eventuais indicadores.
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i) LIMITE DE CORRENTE

Este limite, com valor compreendido entre o 0 e 100% do valor ajustado com os pontos de solda do
circuito de fundo (ver regulador de corrente), pode ser controlado atuando sobre o trimpot “I máx.
PD” e “I máx. PI” respectivamente para a ponte direta e para a ponte inversa. Girando-se os
trimpots totalmente no sentido anti-horário a corrente será praticamente nula.

O limite atua comparando o valor de referência da corrente total (saída 12D) com o valor do trimpot
de corrente máxima e atua sobre o regulador de velocidade enquanto o valor de saída deste tende a
superar o nível predisposto, de modo que se mantenha dentro deste valores. Durante a posição de
parada este limite é fixado a 0, bloqueando deste modo o regulador de velocidade junto ao bloco de
demanda de corrente positiva ou negativa. O desbloqueio se realiza conectando +24V a entrada “24”
(pista 8D) e se visualiza pelo acendimento do Led LL1.

j) RELÉ TÉRMICO

Este relé se baseia sobre o princípio de permitir uma eventual superação da corrente ajustada,
durante um tempo inversamente proporcional ao valor desta superação. O tempo é ajustável entre 2
a 70 seg. para uma intensidade instantânea igual a 2 vezes o intensidade nominal ajustada.

O ajuste se efetua colocando o alimentador no limite da corrente máxima ajustada e atuando sobre o
trimpot “T2” até que acenda LL2. O tempo de atuação do relé pode ser predisposto no trimpot T.
relé T.

A saída do circuito, borne “17” (saída 1D) é um transistor conduzindo +24V em condições normais
(LL2 aceso) e bloqueado depois do disparo do térmico. O circuito uma vez “disparado” se mantém
bloqueado, e para a inibição é necessário ligar +24V a entrada 17D, borne “33”, ou pode cortar a
tensão de alimentação, esperando alguns segundos antes de restabelecer.
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TABELA DE SINAIS NA RÉGUA DE BORNES

BORNE FUNÇÃO TENSÃO C/ TENSÃO C/ ENTRADA SAÍDA


EQUIPAMENTO EQUIPAMENTO
PARADO. EM MARCHA.
REFERIDA AO BORNE 9 (OV)
1 Liberação de -0,6V +24V se selecionada X
velocidade lenta. –0,6V não
selecionada
2 Liberação de -0,6V +24V se selecionada X
velocidade de trabalho. –0,6V não
selecionada
3 Liberação de -0,6V +24V se selecionada X
velocidade externa –0,6V não
selecionada
4 Tensão para referências +10V +10V X
estabilizadas.
5 Tensão não estabilizada +24V +24V X
6 OV de potência para 0V 0V X
relés
7 Tensão estabilizada -14V -14V X
8 Tensão estabilizada +14V +14V X
9 0V 0V 0V X
10
11 Entradas do Dínamo V = 0V -290V <= V <= +290V X
12 Taquimétrico
13
14 Entrada para correção V = 0V -10V <= V <= +10V X
de velocidade.
15 Alimentação comum +24V +24V X
dos transf. De pulsos.
16 Tensão não estabilizada +24V +24V X
17 Saída do transistor relé -24V em condições normais; 0V se o X
térmico térmico já interviu se não acionar o reset.
18 Saída transistor relé 0V c/motor +24V c/motor em X
mínima velocidade parado. +24V marcha e 0V
c/motor girando c/motor parado.
19 Liberação p/progr. ext. 0V +24V se selecionada X
corrente p/ponte PD 0V não selecionada
20 Liberação de CCW 0V +24V X
21 Liberação de CW 0V +24V X
22 Liberação de rampa 0V +24V c/rampa X
ACC/DEC 0V s/rampa
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23 Liberação p/ 0V +24V se selecionada X
programação ext. 0V não selecionada
corrente p/ ponte PI
24 Comando de liberação 0V +24V X
acionamento.
25 Sinal proporcional à 0V 0 a –2V X
corrente do motor
26 Sinal de referência de 0V -10V a _10V X
corrente proporcional à
corrente solicitada e
ao sentido da corr.
PD e PI
27 Referência externa de 0V 0 a +10V conforme X
velocidade a velocidade
solicitada.
28 Saída proporcional a 0V 0 a –10V X
velocidade do motor proporcional à
velocidade do motor
29 Limite externo para 0V 0 a +10V X
corrente PD e PI
30 Entrada de referência 0V -10 a +10V X
na rampa s/ escolha
CW e CCW
31 Sinal proporcional à 0V 0 a +2V X
corrente do motor
32 Sinal de condução da 0V +24V ponte direta X
ponte 0V ponte inversa
33 Rearme do relé térmico 0V condições X
normais. +24V
durante o rearme.
34 Sinal indicador 0V -10V c/ ref. X
mudança de velocidade Crescente. 0C c/ref.
Estável. +10V c/ ref.
Descrecente.
35 Saída da rampa 0V ± 10V X
36 Inibidor de corrente 0V +5a +10V bloco PD X
0V regime
-5a +10V bloco PI
37 Presença de corrente 0V +24V X
ou reguladores
liberados
38 Não usado

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BORNE FUNÇÃO ENTRADA SAÍDA
Ra, Sa, Ta Alimentação da regulação com 220/380/440V trifásico, em fase X
com a alimentação de potência.
R, S, T Alimentação de Potência X
V1, V2 Alimentação monofásica 220V para ventiladores (se tiver) X
T1, T2 Contatos NF vindos dos sensores de temperatura nos X
dissipadores
F1, F2 Contatos NF nos fusíveis abertos em caso de fusão X
+ Saída positiva da ponte de potência X
- Saída negativa da ponte de potência X

INDICADORES LUMINOSOS (LED)

PLACA 6.002.0

LL0 – Aceso para ponte PD


LL1 – Aceso para ponte PI
LL2 – Aceso com regulador de corrente liberado
LL3 – Aceso com fontes estabilizadas normais. Apagado com fontes em curto ou defeito.

PLACA 6.206.0

LL0 – Visualização do relé de mínima velocidade. Aceso com motor em movimento


LL1 – Aceso com conversor liberado para marcha
LL2 – Aceso em funcionamento normal. Apagado na intervenção do relé térmico.
LL3 – Aceso no início da intervenção do relé térmico (enquanto conta tempo para intervir).

INSTRUÇÃO PARA COLOCAÇÃO EM MARCHA DE MOTORES DE C.C. COM


CONVERSORES C.A./C.C. TRIFÁSICOS – TIPO “BRG”:

1. INSPEÇÕES

1.1 – MOTOR

- Verificar com um “megger – 500V” que a resistência de isolação dos enrolamentos


contra massa seja superior à 2 M

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- Assegurar-se de que o motoventilador esteja ligado corretamente, (de acordo com a
tensão) e que o sentido da rotação coincida com o da seta afixada na carcaça do mesmo,
limpar o filtro sempre que perceber que o mesmo esteja com pó.

- Certificar-se de que as conexões elétricas tenham sido feitas conforme o esquema


fornecido anexo ao motor e que os valores das tensões de alimentação sejam aqueles
constantes da placa de identificação.

- Verificar se não existe corpos estranhos na parte interna do motor e girar o rotor com as
mãos, observando que este gire livremente.

- Verificar se os parafusos de fixação estão bem apertados.

- Assegurar-se de que os rabichos das escovas estejam bem fixados e não interfiram com
as molas.

- A superfície do coletor e os sulcos entre as lâminas devem estar limpos e isentos de


graxa, verniz ou outro material estranho.

- Para máquinas com rolamentos relubrificáveis, verificar que estes estejam


suficientemente lubrificados.

1.2 – CONVERSOR

- Verificar se o conversor sofreu avarias ou se soltou algum fio de cablagem, decorrentes


do transporte.

- Verificar se não existe alguma peça solta, estranha ao conversor.

- Verificar que as conexões e o aperto dos bornes estejam bem feito.

- Certificar-se de que a tensão e a frequência da rede são compatíveis com o conversor.

2. LIGAÇÕES

- A instalação deve ser feita de acordo com o esquema elétrico fornecido junto com o conversor.
As bitolas dos cabos devem ser suficientes para não apresentarem aquecimento exagerado.

- Aterrar o painel do conversor e o motor.

- Deve ser usado cabo blindado (coaxial) para o Dínamo Taquimétrico; potenciômetro de
referência, tacômetro e amperímetro (se forem instalados a distância do conversor).
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A blindagem deve ser aterrada só no armário, conforme o esquema elétrico.

- Certificar-se que as fases de alimentação do regulador eletrônico sejam as mesmas da


alimentação de potência, ou seja, Ra deve ser a mesma fase de R, Sa a mesma de S e Ta a mesma
de T. Não é necessário se preocupar com a sequência de fases ou sentido do campo girante.

- Antes de apertar o botão “Liga” medir:

. a tensão de entrada nas 3 fases;


. a tensão de campo do motor;
. a tensão entre os bornes 9 e 27 do conversor “BRG”. Deve ser zero com o potenciômetro
seletor de velocidade à esquerda e ir aumentando até +10V ao girar o potenciômetro no
sentido horário;
. apertar o botão “Liga”, girar o potenciômetro e medir a tensão entre os bornes 11 (12 ou 13)
e 9 (0V) do conversor “BRG”.

No caso de queima de fusível ultra-rápido, trocar obrigatoriamente pelo mesmo tipo e capacidade.

Os motores e conversores saem da VARIMOT testados, calibrados e regulados, porém, caso seja
necessário algum ajuste, contatar o Depto. De Engenharia da VARIMOT, onde poderão ser obtidas
informações complementares.

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Obs: Os dados e informações técnicas contidas nesse manual, poderá sofrer alterações sempre que
necessário e a qualquer momento, sem prévio aviso.

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