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LITERATURA PORTUGUESA NO MUNDO

Conto infantil

Formadora: Helena Xavier


Formanda: Sara Matias, Nº16

]
1. Literatura de contos literários de autores portugueses.

“Era uma vez um menino branco, chamado Miguel, que vivia numa terra de meninos

brancos e dizia:

É bom ser branco

porque é branco o açúcar, tão doce

porque é branco o leite, tão saboroso

porque é branca a neve, tão linda.

Mas certo dia o menino partiu numa grande viagem e chegou a uma terra onde todos os

meninos são amarelos.

Arranjou uma amiga, chamada Flor de Lótus que, como todos os meninos amarelos,
dizia:

É bom ser amarelo

porque é amarelo o sol

e amarelo o girassol

mais a areia amarela da praia.

O menino branco meteu-se num barco para continuar a sua viagem e parou numa terra

onde todos os meninos são pretos.

Fez-se amigo de um pequeno caçador, chamado Lumumba que, com os outros meninos

pretos, dizia:

É bom ser preto

como a noite

preto como as azeitonas


preto como as estradas que nos levam a toda a parte.

O menino branco entrou depois num avião, que só parou numa terra onde todos os

meninos são vermelhos. Escolheu, para brincar aos índios, um menino chamado Pena de

Águia. E o menino vermelho dizia:

É bom ser vermelho

da cor das fogueiras

da cor das cerejas

e da cor do sangue bem encarnado.

O menino branco foi correndo mundo até uma terra onde todos os meninos são

castanhos. Aí fazia corridas de camelo com um menino chamado Ali-Bábá, que dizia:

É bom ser castanho

como a terra do chão

os troncos das árvores

é tão bom ser castanho como o chocolate.

Quando o menino voltou à sua terra de meninos brancos, dizia:

É bom ser branco como o açúcar

amarelo como o sol

preto como as estradas

vermelho como as fogueiras

castanho da cor do chocolate.

Enquanto, na escola, os meninos brancos pintavam em folhas brancas desenhos de

meninos brancos, ele fazia grandes rodas com meninos sorridentes de todas as cores.”

Informação bibliográfica: “Meninos de todas as cores” – texto poético de Luísa


Ducla Soares.
Editor: Edições Nova Gaia, ano 2010.

1.1 Resumo do conto literário selecionado.

Esta é uma história que nos apresenta um menino branco, Miguel, que
vivia na terra dos meninos brancos, afirmando que era bom ser branco.
Associava a cor da sua pele a coisas boas.
Um certo dia, Miguel partiu numa viagem de comboio e chegou a uma
terra onde os meninos eram todos amarelos. Arranjou uma amiga chamada flor
de Lótus, que como todos os meninos amarelos também achavam que ser de cor
amarela era bom, associando também a coisas boas.
A viagem do Miguel prosseguia, até que chegou à terra dos meninos
vermelhos, que diziam exatamente a mesma coisa que os meninos amarelos e os
meninos brancos.
Durante a viagem ainda parou na terra dos meninos pretos e dos meninos
castanhos, que disseram tudo o que os outros meninos de todas as outras cores,
tinham dito anteriormente.
No fim da viagem, Miguel aprendeu que afinal é bom haver tantas cores
e tanta diversidade. Que todos somos diferentes fisicamente, mas no fundo
somos todos iguais. Que não importa a cor da pele, o que importa realmente é
haver amizade e respeito uns pelos outros.
Conclusão

“Meninos de todas as cores”, é um texto poético de Luísa Ducla Soares, que a


UNICEF e a OIKOS adotaram como base de uma campanha contra o racismo.

Este é um conto que para além de ser de leitura fácil e agradável, aborda também
questões da cidadania. Um conto excelente para trabalhar questões muito atuais da
nossa sociedade, como a diversidade e multiculturalidade.
Este deveria ser um livro de leitura obrigatória, promovendo assim o combate ao
racismo tão presente ainda no mundo.

Webgrafia

https://contadoresdestorias.wordpress.com/2007/07/04/meninos-de-todas-as-cores-luisa-
ducla-soares/

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