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A LÍNGUA PORTUGUESA NO MUNDO COMO

ELEMENTODE UNIÃO E INTERVENÇÃO CÍVICA

CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portugues)

Formadora: Helena Xavier

Formanda: Sara Matias


Antes de mais importa referir que a Comunidade dos Países de Língua portuguesa
(CPLP) foi criada a 17 de julho de 1996, na cidade de Lisboa, Portugal. Confere a esta
Organização personalidade jurídica e é dotada de autonomia financeira.
Em 1983, no decurso de uma visita oficial a Cabo Verde, Jaime Gama, o então
ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, referiu: “ O processo mais adequado
para tornar consistente e descentralizar o diálogo tricontinental dos sete países de língua
portuguesa espalhados por África, Europa e América seria realizar cimeiras rotativas
bienais de Chefes de Estado ou Governo, promover encontros anuais de Ministros de
Negócios Estrangeiros, efetivar consultas políticas frequentes entre diretores políticos e
encontros regulares de representantes na ONU ou em outras organizações
internacionais, bem como avançar com a constituição de um grupo de língua portuguesa
no seio da União Interparlamentar".

Na década de 90, o processo ganhou impulso decisivo, pelo então Embaixador do


Brasil em Lisboa, José Aparecido de Oliveira.

A sua base construtiva assenta em pressupostos históricos, linguísticos e culturais


comuns, definindo vários objetivos gerais: a materialização de projetos de promoção e
difusão da língua portuguesa. Neste contexto, a CPLP trabalha para promover a liberdade
de expressão, o pluralismo dos meios de comunicação social, a igualdade de acesso às
expressões artísticas e culturais, ao saber artístico e tecnológico, a concertação político-
diplomática entre os seus estados-membros, nomeadamente para o reforço da sua
presença no cenário internacional e principalmente para a afirmação e defesa da língua
portuguesa no mundo.

É ainda regida pelos seguintes princípios:

• Igualdade soberana dos Estados-membros


• Não-ingerência nos assuntos internos de cada estado, ou seja, referimo-nos a uma
Organização que não interfere legalmente nos assuntos internos de cada país.
• Respeito pela sua identidade nacional
• Reciprocidade de tratamento
• Primado da paz, da democracia, do estado de direito, dos direitos humanos e da
justiça social
• Respeito pela sua integridade territorial
• Promoção do desenvolvimento
• Promoção da cooperação mutuamente vantajosa

Esta Organização Governamental é composta por sete Estados, sendo eles:


Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e
Príncipe. Em 2002, com a independência, Timor-Leste tornou-se no oitavo Estado-
membro da CPLP. Em 2014, a Guiné-Equatorial tornou-se o nono membro de pleno
direito.

Cada Estado-membro tem uma bandeira nacional, como se pode observar nas
figuras abaixo.

Angola, Luanda

Brasil, Brasília
Cabo Verde, Cidade da Praia

Guiné-Bissau, Bissau

Guiné Equatorial, Malabo


Moçambique, Maputo

Portugal, Lisboa

São Tomé e Príncipe, São Tomé


Timor-Leste, Díli

A CPLP tem como critérios de adesão: a adoção da língua portuguesa como língua
oficial, a abolição da pena de morte e a proteção e promoção dos direitos humanos.

O papel da CPLP em matéria de direitos humanos parece ser, sobretudo, o de


oferecer uma plataforma para partilha de boas práticas entre os Estados-Membros, numa
lógica de influência sem interferência.

Para concluir, refiro ainda que são inúmeras as vantagens desta Organização
Governamental: como espaço de diálogo e discussão, em relação a outros tipos de
associações de Estados, compensam em larga medida as limitações autoimpostas . Cada
país pode expressar ainda livremente os seus pontos de vista, sem formalismos nem
necessidade de intérpretes.

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