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Introdução
O trabalho com o tema acima exposto (a conferencia dos países de língua portuguesa e o
seu papel linguístico, político, cultural, social e económico), a CPLP constitui um órgão
que visa aprimorar e estabilizar a economia dos países membros da CPLP sendo isto, o
principal foco deste órgão, isto não quer dizer que a CPLP não tenha outras ambições que
visam reconstituir as instituições que actuam noutras áreas de trabalho. A CPLP visa
resolver conflitos dos seus países membros, trazer as novas tecnologias e Construir, em
constante aperfeiçoamento, para que, em conjunto, possam adequar melhor às expectativas
dos cidadãos e aos desafios de um mundo em acelerada transformação, a CPLP tem vários
campos de actuação mas as elencadas constituem as principais.
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A conferência dos países de lingua portuguesa


A ideia de criação de uma comunidade de países e povos que partilham a Língua
Portuguesa – nações irmanadas por uma herança histórica, pelo idioma comum e por uma
visão compartilhada do desenvolvimento e da democracia – foi sonhada por muitos ao
longo dos tempos. Em 1983, no decurso de uma visita oficial a Cabo Verde, o então
ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Jaime Gama, referiu que: "O processo
mais adequado para tornar consistente e descentralizar o diálogo tricontinental dos sete
países de língua portuguesa espalhados por África, Europa e América seria realizar
cimeiras rotativas bienais de Chefes de Estado ou Governo, promover encontros anuais de
Ministros de Negócios Estrangeiros, efectivar consultas políticas frequentes entre
directores políticos e encontros regulares de representantes na ONU ou em outras
organizações internacionais, bem como avançar com a constituição de um grupo de língua
portuguesa no seio da União Interparlamentar.

A CPLP nasceu em Lisboa, no dia 17 de Julho de 1996, por ocasião da Cimeira


Constitutiva de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua
Portuguesa, reunindo Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné- Bissau, Moçambique, Portugal e
São Tomé e Príncipe. Seis anos mais tarde, em 20 de Maio de 2002, com a conquista, de
sua independência, Timor-Leste tornou-se o oitavo país membro da Comunidade.

Conferências de chefes de estado e de governo


I Conferência, Lisboa 16/07/1996

Foi acordada a criação da CPLP pelos representantes dos sete Estados-membros


fundadores: Angola, Cabo Verde, Brasil, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé
e Príncipe. Com base na solidariedade e amizade, são fixados os Estatutos e a Declaração
Constitutiva.

II Conferência, Praia 16/07/1998

A Cimeira, centrada nas questões da Educação, aprova a cooperação entre as instituições de


Ensino Superior no espaço da comunidade e, entre outras medidas, o Acordo Geral de
Cooperação da CPLP.

III Conferência, Maputo 17/07/2000


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O lema desta cimeira é “Cooperação, Desenvolvimento e Democracia na Era da


Globalização”. O líder da Resistência timorense, Xanana Gusmão, assiste aos trabalhos
como Observador Convidado.

IV Conferência, Brasília-31/07/2002

No plano político, é a cimeira da Paz: pela primeira vez não há mais guerra no espaço da
CPLP e Timor-Leste, independente, junta-se aos sete fundadores como oitavo Estado-
membro da Comunidade. É aprovado o programa conjunto de luta contra a SIDA.

V Conferência, São Tomé-26/07/2004

O lema desta cimeira é a Sociedade da Informação, declarando-se o “interesse em


promover um exercício renovado da democracia por meio das tecnologias de informação e
das comunicações, criando novos canais de diálogo entre a sociedade e o Estado e
ampliando e aprimorando a prestação de serviços públicos por via electrónica".

VI Conferência, Bissau-17/07/2006

A comunidade adoptou formalmente os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio,


identificando a partir desta data projectos e programas, constantes do Plano Indicativo da
Cooperação (plurianual), para a erradicação da fome e pobreza, bem como a promoção da
igualdade de género, redução da mortalidade infantil, melhoria do acesso à saúde, entre
outras medidas.

VII Conferência, Lisboa-25/07/2008

O tema da cimeira, “A Língua Portuguesa: Um Património Comum, Um Futuro Global”,


permitiu a adopção de uma Declaração sobre a Língua Portuguesa, que consagra o
compromisso de uma actuação conjunta com vista a uma efectiva universalização da
Língua Portuguesa, através de medidas concretas e exequíveis.

VIII Conferência, Luanda-23/07/2010

Sob o tema “Solidariedade na Diversidade no Espaço da CPLP”, consolidou-se a


importância da defesa e promoção da Língua Portuguesa e o crescente desenvolvimento das
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relações entre os Estados-membros, traduzido na potencial cooperação económica, técnico-


científico, cultural, comercial, de circulação de pessoas e investimentos.

IX Conferência, Maputo-20/07/2012

Os Chefes de Estado e de Governo aclamaram “A CPLP e os desafios de Segurança


Alimentar e Nutricional” como lema para o biénio sob presidência moçambicana,
ambicionando contribuir para a concretização do direito humano à alimentação adequada e
para a erradicação da fome e da pobreza na Comunidade. Saíram, igualmente, reforçados os
mecanismos de concertação política entre os Estados membros em prol da preservação dos
seus legítimos interesses e da projeção da Organização no cenário internacional. Foi
sublinhada, com especial enfâse, a importância da Cooperação em todos os outros
domínios. A Ação Cultural, para o crescimento do conhecimento mútuo, e a promoção e
defesa da língua portuguesa mereceram, também, especial destaque.

X Conferência, Díli-23/07/2014

Na primeira cimeira realizada na Ásia, a escolha de “A CPLP e a Globalização” como tema


da X Conferência implica o reconhecimento da necessidade de dotar a CPLP de uma
estratégia sobre a cooperação económica e empresarial e identificar possíveis mecanismos
para o apoio ao investimento e negócios no espaço comunitário, com vista a dinamizar a
inserção da CPLP no contexto da Globalização, onde se insere a Língua Portuguesa. Fica
definida a elaboração de uma Nova Visão Estratégica para o futuro da Organização.

XI Conferência, Brasil-01/11/2016

Elegeram Sua Excelência o Senhor Michel Temer, Presidente da República Federativa do


Brasil, como Presidente da Conferência de Chefes de Estado e de Governo da CPLP, para
os próximos dois anos.

Celebraram os 20 anos de constituição da CPLP, que logrou consolidar-se como foro


privilegiado de diálogo e de colaboração entre os países de Língua Portuguesa, bem como
plataforma para a projeção do idioma que os une, tendo-se tornado uma organização
internacional reconhecida pela comunidade internacional.
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XII Conferência, Cabo Verde-18/07/2018

Elegeram Sua Excelência o Senhor Jorge Carlos de Almeida Fonseca, Presidente da


República de Cabo Verde, como Presidente da Conferência de Chefes de Estado e de
Governo da CPLP, para o biénio 2018-2020.

Papeis da CPLP
O papel linguístico da CPLP:

 Estabelecer estratégias conjuntas para o respeito pela diversidade linguística


ajudando a preservar riquezas fundamentais do património da humanidade;
 Implementar a língua portuguesa nas organizações internacionais;
 Promoção da língua portuguesa, nomeadamente através do ensino da língua no
espaço da CPLP e do seu fortalecimento como língua estrangeira;
 Implementação de acordo ortográfico homónimo que privilegia a existência de
terminologias científicas e técnicas harmonizada em todo espaço da CPLP;
 Promoção e defesa da língua portuguesa;
 Promover o ensino do português nos outros países;
 Fazer do português uma língua de referência internacional

O papel cultural da CPLP:

 Estabelecer estratégias conjuntas para o respeito pela diversidade cultural;


 Assumir o compromisso de unir a voz e o seu voto à causa da promoção do dialogo
intercultural, com a consciência de que as culturas do mundo constituem
património comum;
 Reconhecer o dever de serem reconhecidas as culturas e consolidadas em benefício
das gerações (presentes e futuras);

O papel político da CPLP

 Promoção da concertação política e diplomática entre os seus estados membros;


 Estabilizar as consultas, intercâmbios, troca de experiências e colaboração, que
facilitarão e reforçarão a cooperação bilateral entre os estados membros e, ao nível
multilateral, que darão Projecções no mundo global;
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 A concertar a política diplomática que possibilitará à CPLP desempenhar um papel


de relevo na gestão de situações de instabilidade e conflito dos países membros,
bem como de garante da democracia;
 Tracejamento de estratégias de esforços feitos juntos de organização internacional
para o reconhecimento da língua portuguesa como língua de trabalho em várias
organizações internacionais e regionais;
 Construir, em constante aperfeiçoamento, para que, em conjunto, possam adequar
melhor às expectativas dos cidadãos e aos desafios de um mundo em acelerada
transformação.

O papel social da CPLP

 Demostrar disponibilidade dos cidadãos (aceitar a liberdade de expressão) para


estreitar laços a reforçar a cooperação ao nível da sociedade civil;
 Assumir um papel activo na promoção do uso do português na sociedade de
informação;
 Promover desenvolvimento, estabilidade e bem-estar social dos povos da CPLP;
 Contribuir para o enriquecimento da sociedade humana universal e como
contrapeso às forças centrifugadoras da globalização;
Trabalhar para promover a liberdade de expressão, o pluralismo dos meios de
comunicação social;

O papel económico da CPLP

 Promover desenvolvimento económico e estabilidade da economia dos povos da


CPLP;
 Incorporar sistematicamente os assuntos relacionados com as migrações
internacionais nas estratégias de desenvolvimento nacionais, regionais e globais,
tanto no mundo desenvolvido como no em desenvolvimento, estabilizando a
economia do país;
 Impulsionar relações empresariais no espaço lusófono, ao fomentar o comércio e o
investimento entre Estados-membros da CPLP e os respectivos blocos regionais de
que cada qual faz parte, através de parcerias estratégicas;
 A redução dos índices de pobreza e a promoção do desenvolvimento sustentável.
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 Examinar os mecanismos de canalização dos recursos financeiros afectos à


política europeia de cooperação e apoio ao desenvolvimento dos Estados membros
da CPLP.
 Apoiar os países da CPLP a terem acesso rápido aos Fundos Europeus para o
Desenvolvimento (FED), mormente os destinados ao sector privado;
 Analisar regularmente os mercados com o objectivo de identificar as principais
vantagens e desvantagens vividas pelas empresas para, em sua consequência, propor
aos Governos dos Estados-membros da CPLP medidas e soluções que possam
aperfeiçoar o sistema e abrir portas à eficaz circulação de bens, serviços e pessoas;
 Fazer a CPLP de uma estrutura organizada, com edifício próprio, que estimula
parcerias estratégicas nos mercados da CPLP, que apoia associações empresariais
e investiga novas formas de financiamento, contribuindo para uma maior circulação
de informação e de formação de recursos humanos.
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Conclusão
Chegados a este ponto, concluímos que é importante coordenar a hierarquia de diferentes
prioridades dos Estados-membros da CPLP, agarrar as oportunidades e fazer face às
ameaças ao projecto comunitário. No que concerne ao âmbito económico, político, social e
cultural, ainda não completamente explorado, deve avaliar correctamente as vantagens e
ultrapassar as fraquezas do espaço de comércio e investimento que constitui um papel
imprescindível para o crescimento deste órgão ( CPLP), e continuar a lutar para que a
CPLP não seja apenas uma instituição física que dinamiza reuniões multilaterais, mas tenha
respostas e obtenha resultados positivos baseados numa visão de futuro de
Desenvolvimento dos seus países membros.
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Referências bibliográfica
Artigo de investigação. SOUSA GALITO, Maria (2011). Âmbito Económico da CPLP. CI-
CPRI, AI, !º14, pag. 1-19.

Fórum da Lusofonia - 21 de Janeiro de 2009, Centro Cultural Malaposta, em Lisboa. “A


Importância Estratégica da CPLP no Mundo Global” Eng. Domingos Simões Pereira
(Secretário Executivo da CPLP).
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Índice
Introdução..........................................................................................................................................3
A conferência dos países de lingua portuguesa.................................................................................4
Conferências de chefes de estado e de governo................................................................................4
Papeis da CPLP...................................................................................................................................7
Conclusão.........................................................................................................................................10
Referências bibliográfica..................................................................................................................11

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