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Risco ambiental da poeira na atmosfera: uma análise da poluição do ar.

Cláudia Marília João Capassura

Resumo

O objectivo deste artigo é analisar os riscos ambientais da poeira na atmosfera. É uma


pesquisa explicativa, na qual oferece-se uma doce de ideias sobre o risco ambiental da poeira
na atmosfera e analisadas minuciosamente com bases bibliograficas. Portanto, depois de
avaliadas as hipóteses chegou-se à que os riscos ambientais da poeira na atmosfera são:
atentado à saúde humana; risco a produção das plantas, uma vez que as particulas nocivas que
são espalhadas pelo ar na atmosfera em forma de poeira não atenta apenas a saúde humana,
mas também a toda vida existente no ecossistema, na qual, em todos os aspectos corre risco
de uma extinsão se o ser humano não rever as suas atitudes ante o meio ambiente. Assim,
abre-se espaço para uma discussão de como combater este fenómeno, que seriamente
necessita de uma atenção de urgência, não só no campo da educação, mas também em todos
os campos de forma a criar políticas adquadas para satisfazer a necessidades da educação
ambiental.

Palavras-chave: Risco ambiental; poluição atmosférica; poeira na atmosfera.

Abstract
The purpose of this article is to analyze the environmental hazards of dust in the atmosphere.
It is an explanatory research, in which a sweets of ideas about the environmental risk of dust
in the atmosphere are offered and analyzed in detail with bibliographical bases. Therefore,
after evaluating the hypotheses, it was arrived at that the environmental risks of dust in the
atmosphere are: attack on human health; risk the production of plants, since the harmful
particles that are spread through the air in the atmosphere in the form of dust not only affect
human health, but also all life existing in the ecosystem, in which, in all aspects, there is a risk
of a extinction if human beings do not review their attitudes towards the environment. Thus,
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there is room for a discussion on how to combat this phenomenon, which seriously needs
urgent attention, not only in the field of education, but also in all fields in order to create
adequate policies to meet the needs of environmental education.

Keywords: Environmental risk; atmospheric pollution; dust in the atmosphere.

Introdução

A abordagem dos riscos ambientais está vinculada a importantes temas intensamente


debatidos no meio acadêmico, como a questão da interdisciplinaridade e do papel da ciência e
da tecnologia no mundo atual. Sob o ponto de vista pedagógico, o mapeamento de riscos
ambientais tem fortalecido seu potencial de se configurar, seja como estratégia de ensino
formal, no âmbito escolar, seja como atividade de educação não formal, fora do âmbito
escolar. Tanto na pesquisa quanto no ensino destacam-se, também, a vinculação com a
temática local/regional/global, com grande potencial para a aplicação em estudos das escalas
dos fenômenos e para as formas de representação espacial dos riscos.

Sem nos distanciarmos destes debates, este artigo tem como objectivos gerais analisar os
riscos ambientais da poeira; identificar os factores que contribuem para nesses riscos
ambientais da poluição do ar.
Monteiro (1991, p.10) argumenta que risco está ligado aos termos latinos risicu e riscu,
ligados por sua vez a resecare, que significa ‘cortar’. Neste caso, o autor encara este sentido
apropriado ao hazard, pois este significa uma ruptura numa continuidade, como um risco,
contendo a idéia de corte-ruptura, como, por exemplo, ‘[...] numa seqüência de estados
atmosféricos que se bifurcasse ou dirigisse a outras trajetórias menos prováveis ou
inesperadas’.
Para Brüseke (1997, p. 124-125), mesmo que os riscos ambientais afetem, cada vez mais,
maiores grupos sociais persiste a dificuldade em determinar se ocorrerá um evento previsto ou
não: O risco ambiental não pode ser confundido com o anúncio de um fato x na hora y. O
risco não expressa uma corrente de determinações que conduzam necessariamente a um
resultado prognosticado. Por isso, falar sobre riscos, no campo ambiental, tem sempre o
caráter de um alerta que mobiliza argumentativamente a imaginação de movimentos lineares
que levam impreterivelmente à catástrofe, ou pelo menos, a um dano irreparável, se... Se nós
não fizermos alguma coisa.
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Nessa ordem das ideias dos autores acima citados, podemos dizer que a poluicão do ar
constitui um grave risco ao meio ambiente, uma vez que este mesmo ar afecta o ambiente em
forma de poeira, que é uma mistura de gases levantando todo o conjunto bactérias, deixando
o ambiente quase totalmente poluido.
A poluição atmosferica

A poluição atmosférica ou poluição do ar é definida como mudanças na atmosfera que são


suficientes para causar danos à saúde do homem e do meio ambiente.

Os poluentes aumentam quando ocorre uma inversão térmica. Normalmente, a temperatura do


ar decresce com o aumento da altitude. Entretanto, durante uma inversa térmica a temperatura
do ar aumenta com a altitude. Os poluentes emitidos em condições normais são mais quentes
e menos densos que o ar a sua volta. Como resultado, eles sobem e são dispersados. Em uma
situação de inversão, os poluentes sobem somente até o ponto onde eles encontram um ar que
é mais quente do que eles. Quando essa camada de ar quente esta a baixa altitude, os
poluentes se concentram próximo do nível do solo porque não podem penetrar na camada de
ar quente ( Filho, 1989, p. 3).
Considera-se poluente qualquer substância presente no ar e
que, pela sua concentração, possa torná-lo impróprio, nocivo
ou ofensivo à saúde, inconveniente ao bem-estar público,
danoso aos materiais, à fauna e à flora ou prejudicial à
segurança, ao uso e gozo da propriedade e às atividades
normais da comunidade (CONAMA, 1990).

Os poluentes atmosféricos podem ter origem natural, como no caso do pó da superfície da


Terra carreado pelos ventos e as cinzas e gases provenientes de incêndios florestais naturais e
de erupções vulcânicas, ou serem causados pelas atividades humanas, como os produtos
resultantes da queima de combustíveis fósseis, de processos industriais e o desmatamento. A
poluição do ar é causadora de problemas de saúde como asma e câncer de pulmão. Além das
doenças respiratórias, estudos recentes indicam que elevados níveis atmosféricos de material
particulado fino prejudicam as funções vasculares, aumentando os riscos de infarto do
miocárdio, hipertensão arterial, acidentes vasculares cerebrais e insuficiência cardíaca.

Poeira e os seus efeitos nocivos sobre o meio ambiente

Poeiras: suspensão no ar de partículas esferoidais de pequeno tamanho dar valor, formadas


durante o manuseamento de certos materiais e por processos mecânicos de desintegração
(Poeiras, 2010).
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Particulas essas que são por vezes causadoras da poluição do ambiente, causando danos a
saúde de muitos seres vivos, principalmente ao ser humano.
Para Tostes (1994), “meio ambiente é toda relação, é multiplicidade de
relações. É relação entre coisas, como a que se verifica nas reações químicas e
físico-químicas dos elementos presentes na Terra e entre esses elementos e as
espécies vegetais e animais; é a relação de relação, como a que se dá nas
manifestações do mundo inanimado com a do mundo animado (...) é
especialmente, a relação entre os homens e os elementos naturais (o ar, a água,
o solo, a flora e a fauna); entre homens e as relações que se dão entre as
coisas; entre os homens e as relações de relações, pois é essa multiplicidade de
relações que permite, abriga e rege a vida, em todas as suas formas. Os seres e
as coisas, isoladas, não formariam meio ambiente, porque não se
relacionariam” (apud DULLEY, 2004, p. 18, 19 ).

Coimbra (2002), define o meio ambiente como um conjunto de elementos abióticos (físicos e
químicos) e bióticos (flora e fauna), organizados em diferentes ecossistemas naturais e sociais
em que se insere o Homem, individual e socialmente, num processo de interação que atenda
ao desenvolvimento das atividades humanas, à preservação dos recursos naturais e das
características essenciais do entorno, dentro das leis da Natureza e de padrões de qualidade
definidos.
Assim, o meio ambiente é tudo quanto é ecossistema capaz de assegurar a vida e o bem-estar
de um ser vivo. Este mesmo ecossistema que se ameaça em quase todas vezes pela poluição e
que as vezes é provocado pelo próprio Homem, mesmo sabendo que pode atentar a sua vida.
Tipos de poiras

Segundo Ritti & Pinto (s/d, p. 157) As poeiras, para efeito de risco ocupacional, são pequenas
partículas sólidas, suspensas ou capazes de se manterem suspensas no ar, formadas pela
quebra mecânica de um material sólido.

Assim, os autor supracitado, classificam a poira de seguente forma:


 Poeiras minerais: a composição da poeira mineral não é necessariamente a mesma do
material que lhe deu origem, pois a proporção de materiais que a compõem pode
diferenciar-se daquela que compõe a rocha. Exs.: sílica, asbesto, carvão mineral.
 Poeiras vegetais: são aquelas geradas pelo processamento de culturas vegetais,
principalmente do algodão e da cana-de-açúcar.
 Poeiras alcalinas: são aquelas provenientes principalmente do calcário.
A poeira mineral
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A poeira mineral é produzida principalmente em acções de perfurações, britagem pedras, etc.


Ainda que os minerais tenham suas composições diferentes, no geral, todos eles geram a
poeira sílica, que é bastante nociva a saúde, podendo provocar até câncer.
Neste artigo, temos como foco a poeira mineral, classificando-a como a mais comum, uma
vez que é encontrado em todo canto do meio ambiente, onde quando há maior preciptação da
terra ela tende a evaporar, causando um total encomodo no ambienta, ao mesmo tempo
levantado uma serie de bacterias que colocam em risco a saúde ambiental.
As conseqüências que a inalação desse tipo de poeira pode trazer são silicose, asbestose e
pneumoconiose.
Riscos da poeira

A atividade antrópica, por sua vez, acaba por intensificar a poluição do ar com o lançamento
contínuo de grandes quantidades de substâncias poluentes (Oliveira, 1997).

Como risco entende-se a combinação da probabilidade e da(s) consequência(s) da ocorrência


de um determinado acontecimento perigoso.

A maioria das poeiras penetra no organismo humano através das vias respiratórias. A inalação
é de longe a forma mais importante de interacção com o funcionamento do organismo
humano. Nos locais de trabalho, as 3 formas de contaminação estão intimamente associadas e
na maioria dos casos ocorrem simultaneamente, embora com graus de extensão diferentes,
consoante a natureza da poeira e da actividade desenvolvida.

Algumas das variáveis que condicionam a forma como uma está exposto às poeiras são:

 Vias de penetração;

 Local de exposição (uma exposição a poeiras num local arejado pode ser inofensiva,
mas grave num local fechado);

 Frequência (respirar durante um ou dois dias pó de cimento provoca dificuldades


respiratórias; mês após mês, ano após ano, pode levar ao aparecimento de edema
pulmonar ainda que as concentrações no ar sejam muito baixas);

 Quantidade de poeira em contacto com o organismo;

 Toxicidade da poeira.

Os riscos da exposição da poeira são graves, olhando pelo ambiente onde se é exposta e que
tipo de poeira se é exposta, apesar da sua reação a saúde ambiental assim como humana sejam
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lentas na sua manifestação pós-exposição, mas são fatais, uma vez que causam todo tipo de
doenças respiratórias, com o risco maior que é o câncer.

Considerações Finais

É preciso cuidar do meio ambiente, pois ele estando com defices sanitárias a vida pode ser
bem dificil de se viver, sem querer ser redundante, a sanidade ambiental é muito importante.
A poeira, é um dos factores que causa a maior parte das doenças respiratória em todo mundo,
sendo assim, necessário que nos cuidemos dela.

Como procuramos frisar, este trabalho supõe que a população que convive com as situações
de risco ambiental é tão indicada para identificar tais situações quanto os técnicos e
pesquisadores que as estudam cientificamente. Assim, essa abordagem de riscos só poderá ser
considerada bem sucedida, na medida em que for colocado em primeiro plano o respeito e a
valorização da percepção e as formas pelas quais os diferentes setores da sociedade podem
contribuir para a identificação das situações de risco e prevenção aos danos a elas associados.

Assim, este artigo procurou analisar os factores que influenciam na poluição do ar pela poeira,
dando infâse das suas implicações à saúde de todos os seres vivos do ecossistema.
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Referências

DULLEY, R. D. (2004) Noção de natureza, ambiente, meio ambiente, recursos ambientais e


recursos naturais, São Paulo.
COIMBRA, J. de A. A.( 2002) O outro lado do meio ambiente: uma incursão humanística na
questão ambiental. Campinas: Millennium.
Poeiras. (2010). Poeiras. Obtido de www.fiequimetal.pt/images/livros/Poeiras.
CONAMA . ( 1992) Conselho Nacional do Meio Ambiente, Resoluções Conama.

Filho J. B. G. (1989) poluição do ar: Aspectos Técnicos e Econômicos do Meio Ambiente,


Brasil.

BRÜSEKE, F. J. (1997) Risco social, risco ambiental, risco individual. Ambiente &
Sociedade. Campinas.

MONTEIRO, C.(1991) Clima e excepcionalismo: conjeturas sobre o desempenho da


atmosfera como fenômeno geográfico. Florianópolis: Editora da UFSC.

Ritti H. F. & Pinto V. G. ( s/d) Introdução à Higiene e Segurança do Trabalho, Brasil.

OLIVEIRA, R. C. (2002) .Avaliação do movimento de cádmio, chumbo e zinco em solo


tratado com resíduo-calcário. Dissertação de Mestrado, Programa de Pós-Graduação em
Agronomia. Universidade Federal de Lavras, MG,

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