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Introdução

O presente trabalho aborda duma maneira concisa e coerente alguns conteúdos inerentes
a as Formas de organização/cooperação e técnica de dinâmica de grupo dizer para que a
dinâmica de grupo atinja esses objetivos, faz-se necessário um planejamento daquilo
que se pretende trabalhar em aula com os estudantes (modalidade de dinâmica que se
utilizará), considerando o conhecimento que se tem intenção de que o estudante
aprenda. Além de ter presente no planejamento intenção, organização e sistematização
dos conceitos, as atividades de estudo com dinâmica de grupo devem primar por
espaços que levem o estudante a expressar-se socialmente, dialogando com os demais
integrantes, ouvindo seus pontos de vista, compartilhando ideias e administrando
conflitos que fazem parte desse processo. A sala de aula é um espaço privilegiado para a
construção do conhecimento com o outro, inclusive problematizando situações que
conduzam ao desenvolvimento de competências e habilidades requeridas na prática
profissional.
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As Formas de Organização / cooperação e Técnicas de Dinâmica de Grupo.


Organização

Para OLIVEIRA (2007:34) a organização é a gestão dos processos do ensino-


aprendizagem, tendo em vista a garantia do sucesso dos estudantes. Por isso, essas
dimensões extra-escolares destacam-se dos dois níveis: o do espaço social e o dos
direitos, das obrigações e das garantias, cada um com aspectos relevantes na
conceituação e definição da qualidade de educação.

1.1.2. Cooperação

Segundo ALBERTO (1999:45), Cooperação é o termo que descreve um esforço


conjunto e coordenado de dois ou mais indivíduos. Por outro lado, é aquela situação que
estimula num individuo a se esforçar, juntamente com os outros membros de seu grupo,
por uma meta que deverá ser partilhada igualmente entre eles.

1.1.3. Grupo

Segundo ALBERTO (2000:135) é quando um conjunto de pessoas movidas por


necessidades semelhantes se reúnem em torno de uma tarefa especifica, ou seja, um
grupo com objetivo.

1.1.4. Grupos espontâneos, grupos mistos, grupos de acordo com afinidades

Propor aos alunos uma turma que se organizem em grupos de 4 ou 5 alunos para a
realização do trabalho de grupo, sem qualquer outra indicação, leva inevitavelmente,
nos primeiros anos do ensino básico, a que prevaleçam, como critério, as afinidades
afectivas e, consequentemente, neste nível etário, a opção por colegas do mesmo sexo.
A reação aquela proposta pode ser rápida e, de imediato, deixar a ilusão de uma certa
eficácia. Contudo, a formação de grupos espontâneos levanta alguns problemas, a curto
e médio prazo, que devem ser previstos e reflectidos:

a. Possibilidade de haver alunos que, na fase da escolha, se marginalizam, são


excluídos pelos outros, ou que sendo finalmente aceites, o são com a
condescendência mais ou manos explicita que marcará o início do seu trabalho
no grupo.
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b. Neste nível etário, as amizades são frequentemente pouco duradoiras e, por


vezes, trazem para o relacionamento no trabalho conflitos estéreis, autocracias
afectivas, submissões indesejáveis;
c. Os grupos formados por alunos do mesmo sexo reproduzem as características do
desenvolvimento desse sexo nessa fase etária, sem o contraponto do outro sexo,
favorável a um crescimento equilibrado;
d. Os alunos com problemas comportamentais (não adaptados à vida escolar) têm
tendência a associar-se no mesmo grupo, perspectivando a aula como mera
extensão do campo de batalha que a escola constitui para eles.

Explicitadas que estão algumas das vantagens e desvantagens das diferentes opções a
fazer, aquando da terminação dos grupos, cabe a cada professor refletir, acrescentar e
contrapor, com base na sua prática e no seu conhecimento das questões levantadas no
quotidiano pedagógico, e daí partir para a definição dos seus critérios na constituição
dos grupos de trabalho no concreto das suas turmas.

Contudo, na sequência de uma lógica de explanação, prosseguimos concluindo com o


que poderá ser uma opção global relativamente aos critérios na formação de grupos:

a) Grupos de 4 ou 5 alunos
b) Grupos heterogêneos;
c) Grupos mistos (rapazes e raparigas)
d) Grupos de alunos que manifestem afinidades de interesses ou de trabalho e
afectivos.

Quando e como formar os grupos

Se a turma vai trabalhar em grupo apenas durante uma fase da sua aprendizagem (caso
da resolução de um problema ou de um trabalho de projecção), os grupos devem surgir
após a apresentação do problema ou tema.

São então possíveis dois caminhos para a formação dos grupos.

1ᵒ. Assegurar que, antes da constituição dos grupos, os alunos tiveram tempo ou
oportunidade de se conhecerem, para que possam surgir escolhas minimamente
fundamentada.

2ᵒ. Conversar com os alunos sobre o que vai ser trabalhado em grupo e quais os
objectivos (atitudes/ capacidades/ conhecimentos) que uma tal técnica pode privilegiar,
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em comparação com o trabalho individual; salientar, também, o que não vai ser o
trabalho de grupo (há alunos com más experiências, bloqueadoras da sua adesão a esta
forma de trabalho).

3ᵒ. Deixar claro que o trabalho individual terá frequentemente lugar e em que
circunstancias.

4ᵒ. Esclarecer os alunos sobre o que devem ter presente, nas escolhas que vão fazer,
com vista à constituição dos grupos.

Técnica para a formação de grupos

Na organização de grupos obedece às seguintes fases ou processos:

A. Dialoga-se com a turma sobre o como, o quando e o porquê vão fazer trabalho
de grupo. Quando o trabalho de grupo está associado a determinado
problema/projecto, os alunos devem conhecer previamente os seus objectivos e a
estratégia global.
B. Informa-se os alunos de que, na constituição dos grupos, vão ser respeitadas as
suas preferencias, pelo menos parcialmente: terão, no seu grupo, um dos colegas
com quem mais gostariam de trabalhar e não terão o colega com menos
gostariam de trabalhar. Propõe-se, então, que respondam por escrito a um
pequeno questionário, garantindo-se que nunca, em nenhuma situação, alguém
que não seja o professor vira ter conhecimento das suas respostas.
C. Recebe-se de todos os alunos da turma a resposta por escrito às duas questões
seguintes:
a) Quem são os três colegas (rapazes e raparigas) com quem gostarias mais de
trabalhar?
b) Quem é o colega (rapaz ou rapariga) com quem gostarias menos de trabalhar?

D. A partir das respostas individuas dos alunos:


a) Faz-se um diagrama destas com as preferencias, destacando com uma mesma
cor, à medida que vão surgindo, os casos de reciprocidade na
escolha/preferencia
b) No diagrama, por baixo do nome de aluno da turma, escreve-se o nome do
colega com quem menos gostaria de trabalhar (embora, obviamente, nem sempre
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se trate de rejeição, usaremos, a partir daqui, nesta descrição, o termo rejeitado,


por simplificar as referências a estes casos).
E. Das observações do diagrama de setas, podem verificar-se três tipos de
situações:
a. Alunos rejeitados (que designaremos por tipo 1)
b. Alunos não mencionados em qualquer das preferencias, ou com os quais não há
qualquer reciprocidade (tipo2)
c. Alunos relativamente aos quais há uma ou mais reciprocidades na escola e que
podem agrupar-se em pares de escolha reciproca (tipo2)
F. Fazem-se três listas de nomes
a. 1ᵃ- dos alunos do tipo1
b. 2ᵃ- dos alunos do tipo2
c. 3ᵃ- de todos os pares dos alunos do tipo3
G. Tendo em vista a formação dos 6 grupos, retiram-se das duas primeiras listas os
6 nomes que correspondem aos alunos cujas problemáticas parecem mais
complexas.

Dá-se início a formação dos 6 grupos, distribuindo os 6 alunos selecionados em G pelos


grupos (um em cada grupo).

Admitindo que há entre 6 alunos casos tipo 1 e do tipo 2, procede-se, depois, de


seguinte modo:

H. A cada aluno do tipo 2, com o qual se iniciou a constituição de um grupo, junta-


se um par (tipo3), tal que, um dos elementos do par tenha sido mencionado nas
preferencias desse aluno.
I. A cada aluno do tipo 1 junta-se um colega com o qual ele tenha reciprocidade na
preferência; não havendo essa possibilidade, junta-se um par de alunos (tipo 3)
que não o tenham rejeitado e tal que, pelo menos um dos elementos do par tenha
sido mencionado nas preferencias do aluno.

J. Depois de se eliminarem na 3ᵃ lista os pares já integrados, escolhe-se, entre os


restantes pares, aquele com que se vai completar cada um dos 6 grupos.

Nesta fase, procura-se garantir que os grupos sejam mistos e têm-se em atenção as
rejeições manifestadas pelos dois elementos do par.
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Nos grupos assim conseguidos, há garantia de que:

a. Cada grupo tenha 4 ou 5 alunos;


b. Cada aluno tem no seu grupo pelo menos um dos 3 colegas com quem poderia
trabalhar e não está com quem menos gostaria de trabalhar;
c. Quase sempre se consegue que os grupos, sejam, na totalidade, mistos.

Obviamente não poderá ser resolvido desta forma a situação em que um dos alunos da
turma é rejeitado por um número superior a, porém, uma tal situação revela um
profundo isolamento do aluno na turma, o que sugere medidas no âmbito pedagógico,
por parte do professor ou do conselho de Turma, visando a mudança das condições
subjectivas e objectivas em que decorre a aprendizagem do aluno.

Importância de formas de organização de grupos

Ensino e aprendizagem frontal, individual e em grupos, se pode atingir uma activação


dos alunos capaz de repercutir-se favoravelmente no avanço do ensino. Esta importância
pode ser vista em diferentes planos ou perspectivas: O intercâmbio das formas de
organização do ensino e aprendizagem está relacionado com mudanças no tipo
fundamental de procedimento metódico. Ensino e aprendizagem frontal pode
corresponder ao método expositivo ou de elaboração conjunta, enquanto o ensino e
aprendizagem por pares ou grupos corresponde mais ao método de ensino independente.
E, nos métodos básicos também muda a actividade dos alunos: no procedimento frontal
os alunos estão activos de um modo receptivo e dirigido e no ensino e aprendizagem
individual, o trabalho individual dos alunos com responsabilidade individual e,
finalmente, o ensino e aprendizagem por grupos é o trabalho independente dos alunos
com responsabilidade colectiva.

O Intercâmbio das Formas de Organização do Ensino Aprendizagem possibilita que se


possam alcançar efeitos específicos na aquisição e assimilação de conhecimentos, no
desenvolvimento de faculdades, capacidades, habilidades, hábitos, métodos e
procedimentos do trabalho intelectual. Este efeito tem sua explicação, entre outras
coisas, no facto de que a forma de organização do ensino na situação dos alunos
enquanto aprendestes: a estrutura de organização do ensino representa uma condição
especial para a actividade intelectual dos alunos; por exemplo, existe uma diferença
entre a forma de aprendizagem na situação colectiva e independente de uma tarefa em
grupo e aquisição receptiva de conhecimentos no ensino frontal expositiva. Cada forma
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de organização do ensino possui certo “valor próprio” para a educação Intelectual dos
alunos. O intercâmbio das formas de organização do ensino tem uma influência
favorável sobre a independência dos alunos, a mobilidade intelectual, a consciência,
exatidão, originalidade e sobre outras características qualitativas da actividade mental.

Com as Diferentes Formas de Organização do Ensino Aprendizagem se oferecem


também possibilidades especiais para corresponder ao princípio da unidade de
uniformidade e diferenciação nas condições do processo de aprendizagem:
investigações têm demonstrado que o intercâmbio entre as formas de organização do
ensino tem resultados na aprendizagem muito mais positivos que o ensino somente em
modo frontal: para equilibrar as indesejáveis diferenças de rendimento, para dedicar-se
em separado a um aluno ou grupo de alunos, para fixar tarefas individuais a um aluno
ou a um grupo de alunos, para utilizar de modo diferente os meios de trabalho didáctico,
etc., se ampliará essencialmente se s utilizem todas as formas de organização do ensino
aprendizagem.

Conceito de Dinâmica de grupo

É toda actividade que se desenvolve com um objectivo (reuniões, grupos de trabalhos,


grupos em escolas, grupo de crescimento, etc.), que objectiva integrar, desinibir,
divertir, reflectir, aprender, apresentar, promover o conhecimento, incitar à
aprendizagem, competir e aquecer, pode ser denominado dinâmica do grupo. Ou seja,
ainda o simples encontro de pessoas que se mobilizem para buscar qualquer objectivo
grupal é uma dinâmica de grupo.

Dinâmica de grupo constitui um valioso instrumento educacional que pode ser utilizado
para trabalhar o ensino-aprendizagem quando se opta uma concepção de educação que
valoriza tanto a teoria quanto a pratica r considera todos os envolvidos neste processo
como sujeitos.

Importância da dinâmica do grupo

 Promove a construção do saber em conjunto;


 Estimula a capacidade criadora, mexe com a desenvoltura dos participantes;
 Melhora sua produtividade, mostra a possibilidade de transformações
 Estimula o trabalho em equipa e pode melhor as relações interpessoais,
possibilitando um caminho para se interferir na realidade, modificando.
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Objectivos de Dinâmica de grupos

As dinâmicas de enriquecimento interpessoal têm como finalidade desenvolver um


melhor inter-relacionamento entre alunos, promovendo interações positivas. As
dinâmicas de interesse informativo completam dados significativos para a formação do
educador, possibilitando obter compreensão, insights e comportamentos
profissionalmente adequado no trato com os educandos.

Técnicas de trabalho em grupo

Para compreender o funcionamento de um grupo também pode ser importante para a


realização de dinâmicas em sala de aula. Certas técnicas, também chamadas de
“dinâmicas de grupo”, são muitas vezes utilizadas para possibilitar a organização e a

Criatividade na produção do conhecimento. Elas podem gerar um processo de


aprendizagem mais coletivo e mais rico. Inúmeras são essas técnicas e vários são os
manuais (são alguns deles: “Facilitando o trabalho com grupos.

 Objetivos – o professor deve ter clareza sobre o que quer com a técnica e deve
pensá-la respeitando esses objetivos.
 Ambiente – o espaço onde se desenvolverá a técnica deve ser adequado e
pensado de modo a não inibir os participantes. Algumas técnicas podem ser
percebidas como constrangedoras, por isso devem ser pensadas para serem
executadas em ambientes fechados, por exemplo.
 Duração – as técnicas devem ser pensadas com tempo determinado para seu
início e fim.
 Número de participantes – estar atento a quantas pessoas participarão é
fundamental para pensar a técnica mais adequada e para providenciar os
materiais necessários.
 Materiais – os recursos necessários ao desenvolvimento da técnica podem ser os
mais variados, desde o papel, lápis, tinta, som, até equipamentos mais
complexos, como projetores multimídia, filmadoras, iluminação etc.
 Perguntas e conclusões – o momento da síntese do que foi produzido permite
resgatar a experiência e os sentimentos de cada um, bem como chegar a
conclusões sobre o tema discutido.
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 As técnicas de grupo podem servir para desinibir e diminuir a tensão da turma,


para apresentação dos participantes, para integração do grupo, para capacitação e
comunicação. A quantidade de técnicas já descritas é muito grande e vários são
os manuais que as descrevem. Para concluir o conceito de Dinâmica de Grupo
Dinâmica é toda atividade que se desenvolve com um grupo (reuniões,
workshops, grupos de trabalho, grupos em escolas, grupo de crescimento ou
treinamento, plenário/grandes eventos, etc.), que objetiva integrar, desinibir,
“quebrar o gelo”, divertir, refletir, aprender, apresentar, promover o
conhecimento, incitar à aprendizagem, competir e aquecer, pode ser denominada
Dinâmica de Grupo. Ou seja, ainda, o simples encontro de pessoas que se
mobilizem para buscar qualquer objetivo grupal é uma Dinâmica de Grupo. A
actividade que leva o grupo a uma movimentação, a um trabalho em que se
perceba, como cada pessoa se comporta em grupo, como é a comunicação, o
nível de iniciativa, a liderança, o processo de pensamento, o nível de frustação,
se aceita bem o facto de não ter sua ideia levada em conta. As dinâmicas de
grupo têm sido cada vez mais utilizadas nas organizações, não apenas pelos
profissionais de Recursos Humanos – RH (ou seres Humanos – SH, ou Talentos
Humanos – TH)), como por todos os que lideram e/ou participam de grupos. É
um poderoso facilitador de mudanças. A expressão dinâmica de grupo é
definida de várias formas. A dinâmica de grupo como processo facilita a tomada
de consciência do indivíduo, amplia seus horizontes de visão, estimula a
mudança atitudinal, mas, também, pela “troca” com os demais participantes de
um grupo.
 É uma ideologia política, que estuda as formas de organização e direção dos
grupos;
 É o campo de pesquisa que estuda a natureza e as leis de desenvolvimento dos
grupos, bem como suas relações com outros indivíduos, grupos e instituições;
 É um conjunto de técnicas utilizadas para o descobrimento e desenvolvimento
de habilidades e potenciais individuais e/ou grupais e das relações intra e
interpessoais.

Papéis. Líderes e porta-voz


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Na formação de grupo deve existir o líder e o porta-voz, que zelem pelo comportamento
do grupo. Na dinâmica de grupo, abre-se um espaço em que os alunos têm
comportamentos e revelam atitudes muitas vezes inesperados para o professor.

Uma observação atenta e sistemática permite a constatação de que são diversos papeis
assumidos por cada aluno num grupo e, até, na mesma aula.

Assim é, também, com certos lideres emergenciais: as condições em que decorre a vida
de um grupo, a sua dinâmica, a forma como interagem com os seus elementos perante
uma proposta de trabalho, vão condicionar ou despertar lideranças. No encontro de uma
aptidão individual com uma situação grupal, um aluno sente-se incentivado a coordenar
e adinamizar as actividades. A maneira como o faz vai depender das características da
sua personalidade, da atitude dos colegas perante a aprendizagem e do grau de
autonomia já alcançado por cada aluno do grupo:

a. Líder autocrático- impõe a sua concepção, as suas ideias, as suas estratégias e


organiza, distribuindo tarefas, sem atender à opinião dos colegas; pensa e age
sozinho, convencido e convencendo o grupo de que, ao proceder assim, está a
agir em proveito de todos.
b. Líder passivo- não impõe, não dirige. É seguido sem hesitações. Quase sempre
pelo seu carisma, tem a confiança cega dos colegas, que privilegiam as suas
opiniões, o apoiam e esperam dele a primeira palavra.
c. Líder democrático- dirige com o consentimento consciente (não passividade ou
submissão a crítica). Coordena e orienta as actividades. Anima, questiona,
integra as participações dos colegas, facilita a comunicação, concilia e transige,
critica e aceita críticas.

Cooperação

Para MORTON DEUTSCH (4) descreve. A situação cooperativa como sendo aquela na
qual as metas podem ser conseguidas (até certo ponto) por qualquer indivíduo, somente
se todos os indivíduos puderem atingir suas respectivas. Na situação social competitiva,
se a meta é atingida um dado indivíduo, os demais (até certo ponto) estarão impedidos
de atingir suas metas. Para o propósito de sua teoria, DEUTSCH analisa as situações em
suas possibilidades psicológicas quanto a organização, motivação, produtividade grupal,
orientação, relações, comportamento individual e desenvolvimento.
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 A Organização diz que vários aspectos da organização parecem relevantes às


diferenças entre cooperação e competição. Estes incluem a interdependência, a
homogeneidade de subunidades, a especialização de funções, a estabilidade e a
flexibilidade da situação ou organização. É de se esperar, com relação às funções
assumidas por indivíduos em cooperação, maior coordenação de esforços, inter-
relações mais frequentes- menor homogeneidade com respeito à quantidade de
contribuições ou participações - maior especialização de função e maior
estabilidade estrutural. Em face de circunstâncias mutáveis, maior flexibilidade
organizacional (mudança de funções para adaptar-se a circunstâncias) será
manifestada entre indivíduos em cooperação.
 Motivação (análise de forças). A direção das forças que operam em indivíduos
em cooperação será mais uniforme que a direção das que operam em indivíduos
em competição. Será mais em direção ao término de tarefas, isto é, haverá mais
pressão no sentido de obter resultado do indivíduo em cooperação. A força do
grupo em direção à meta, num grupo cooperativo, Orientação. O indivíduo em
cooperação terá maior conhecimento e respeito dos membros ativos que o
indivíduo em competição. Haverá também maior
 Orientação grupal entre os indivíduos em cooperação.

Produtividade do grupo. Os indivíduos em cooperação produzirão mais por

Unidade de tempo, como um grupo, que os indivíduos em competição (também Como


um grupo). A produtividade qualitativa dos indivíduos em cooperação

 (Como um grupo) será mais alta e eles aprenderão mais.

Relações interpessoais. Os indivíduos em cooperação serão mais amistosos entre si. A


produção do grupo será avaliada mais altamente pelos indivíduos em cooperação.
Haverá maior percentagem de funções grupais e individuais entre indivíduos em
cooperação e eles terão de si mesmos a percepção de estar

 Produzindo efeitos mais favoráveis em seus companheiros. Comportamento


individual. É de se esperar maior homogeneidade de comportamento nas
situações competitivas. Para verificar suas hipóteses, das quais são parte as
mencionadas, DEUTSCH (5) escolheu dez grupos experimentais de cinco alunos
de cursos de Introdução à Psicologia. A situação cooperativa foi produzida por
instruções que mencionavam, essencialmente, que
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 Os esforços do grupo, como um todo, seriam apreciados em comparação aos de


quatro outros similarmente constituídos. A nota, ou recompensa que cada
membro receberia, seria determinada pelas posições de seu grupo em relação às
dos demais.

A situação de competição foi produzida por outro tipo de instruções: cada membro seria
apreciado em comparação com os outros quatro membros de seu grupo. Cada um
receberia uma nota, de acordo com sua própria contribuição. Com relação aos aspectos
do funcionamento do grupo, os resultados indicaram que os indivíduos em cooperação
mostraram maior coordenação de esforços, maior diversidade na quantidade de
contribuições, pressão para término de tarefa, atenção para com os colegas,
comportamento amistoso durante as discussões, avaliação mais favorável do grupo e sua
produção, percepção de efeitos favoráveis em seus colegas. Maior produtividade do
grupo ou da organização resultará quando os membros cooperam em suas inter-relações.
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Conclusão

Após a realização do trabalho, concluímos que As Formas de organização/cooperação e


técnica de dinâmica de grupo existem várias Para compreender o funcionamento de um
grupo também pode ser importante para realização de dinâmicas em sala de aula. Certas
técnicas, também chamadas de “dinâmicas de grupo”, são muitas vezes utilizadas para
possibilitar a organização e a criatividade na produção do conhecimento. Elas podem
gerar um processo de aprendizagem mais coletivo e mais rico. Inúmeras são essas
técnicas e vários são os manuais (são alguns deles: “Facilitando o trabalho com grupos”,
de Eliane Poranga Costa (Editora Wak, 2003); “Intervenções grupais na Educação”,
organizado por Stela Regina de Souza Fava (Editora Ágora, 2005); “Exercícios práticos
de dinâmica de grupo”, de Silvio José Fritzen (Editora Vozes, 2001)) que as descrevem,
no entanto, sempre que o professor optar por uma deve considerar alguns elementos, os
quais descreveremos a seguir.
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Bibliografia
PATO, Maria Helena. Trabalho de grupo, no ensino basico.13 ed, texto
editores,Lda,Lisboa,2010.
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Índice
Introdução..........................................................................................................................3

As Formas de Organização / cooperação e Técnicas de Dinâmica de Grupo...................4

Organização.......................................................................................................................4

Cooperação........................................................................................................................4

Grupo.................................................................................................................................4

Grupos espontâneos, grupos mistos, grupos de acordo com afinidades............................4

Quando e como formar os grupos.....................................................................................5

Técnica para a formação de grupos...................................................................................6

Importância de formas de organização de grupos.............................................................8

Conceito de Dinâmica de grupo........................................................................................9

Importância da dinâmica do grupo....................................................................................9

Objectivos de Dinâmica de grupos..................................................................................10

Técnicas de trabalho em grupo........................................................................................10

Papéis. Líderes e porta-voz..............................................................................................11

Cooperação......................................................................................................................12

Conclusão........................................................................................................................15

Bibliografia......................................................................................................................16

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