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Introdução

O presente trabalho aborda o seguinte tema: orações relativas, que têm como objectivo, caracterizar
as orações relativas dentro duma frase. E dissemos que, segundo MATEUS, M. H. M. et al, (1989˸
655), orações relativas são orações subordinadas pelos tradicionalmente designados pronomes, ˮ
advérbios ˮ ou ˮ adjectivos relativos ˮ. Na sua modalidade mais típica as relativas são formas de
modificação de uma expressão nominal antecedente, mas podem ser igualmente uma forma de
modificação de uma outra oração. Existem também relativas sem antecedente expresso, as relativas
livres.

Na elaboração do presente trabalho, usou-se a metodologia bibliográfica, e para facilitar a leitura,


este esta estruturado em: introdução, desenvolvimento, conclusão e referências bibliográficas.
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Orações relativas

Segundo RIBEIRO,HELGA, et al, (2010:240 ), orações é cada unidade frásica contida dentro de
uma frase.
Ex: As crianças dormem, enquanto os pais jantam.
Ex: As crianças estão irrequietas, os adultos estão tranquilos.
Segundo AZEREDO et al (2010 ˸ 140), oração é cada uma destas frases simples, assim associadas
numa frase complexa.
Ex: O balão subiu rapidamente e já não o vemos.
Ex: Embora tivesse procurado o balão no ar, já não o vi.
Para MATEUS, M. H. M. et al, ( 1989˸ 655 ), orações relativas são orações subordinadas pelos
tradicionalmente designados pronomes, ˮ advérbios ˮ ou ˮ adjectivos relativos ˮ. Na sua
modalidade mais típica as relativas são formas de modificação de uma expressão nominal
antecedente, mas podem ser igualmente uma forma de modificação de uma outra oração. Existem
também relativas sem antecedente expresso, as relativas livres.
As orações relativas com antecedente nominal são de dois tipos: as relativas restritivas ou
determinativas e as relativas apositivas, explicativas ou não restritivas.
Orações relativas restritivas ou determinativas
As relativas ou determinativas contribuem para a construção do valor referencial da expressão
nominal.
Ex: os chapéus que estavam no arrumaria desapareceram.
O homem de que tu me falaste esta a chorar.
Compraram varias toalhas com as quais cobriram as mesas.
Orações relativas apositivas ou explicativas de SN
Aspectos gerais das relativas apositivas
As relativas apositivas exprimem um comentário do locutor acerca duma entidade denotada por um
SN, o antecedente da relativa. Ao contrario das relativas restritivas, não contribuem para a
construção do valor referencial da expressão nominal que antecedem tem um carácter parentético,
que e dado na oralidade por pausas e na escrita por virgulas ou traços:
Ex: Lisboa, que e a capital de Portugal, e uma cidade com uma luz especial.
O António, que faz anos amanha, regressou do estrangeiro.
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Os teus primos que vivem na Califórnia chagam hoje.


Orações relativas apositivas de F
As orações relativas apositivas de F constituem um comentário acerca da proposição anterior, como
em (1):
Ex: (a) Os amigos prepararam-me uma festa, o que muito me espantou.
(b) O Porto e uma cidade essencialmente barroca, o que a aproxima de outras cidades europeias.
Este tipo de orações pode ser introduzido por:
(i) O que, como em (1 a, b);
(ii) que, como em (2);
(2) ˮ[…] as galerias vigarizam os pintores. De duas maneiras: ou pagam lhes o ordenado
mensal, que e o caso do Baptista, entregando mensalmente um quadro ou coisa do género […]ˮ.
(Entrevista GO992 do P.F)

(iii) N + que:

(3) ˮ[…] e diverti-me imenso, coisa que é raríssima comigo, que eu não […]acho graça
nenhuma àqueles filmes um bocado pró idiota. (Entrevista GOO616 do P. F).

(4) ˮ Projecto do governo prevê duas carreiras paralelas, situação que é rejeitada pelos
sindicato(JN, 18-11-80).

(iv) N + D+ que:

(5) O projecto do governo prevê duas carreiras paralelas, situação essa que é rejeitada pelos
sindicatos.

As construções exemplificadas em (3), (4) e (5) contem aposições nominais complexas


i.e.,aposições constituídas por um N, sem D expresso e relativa com uma única forma de
determinação desse nome ; essa relativa e assim, em relação ao N , restritiva. Os nomes (coisa,
situação) são uma espécie de retoma anafórica do conteúdo da frase anterior.

Em (iv) encontramos uma estrutura idêntica, mas neste caso, o N situação e determinada
simultaneamente pelo D à sua direita e pela relativa restritiva.
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No caso (i), exemplificado em (1a, b), a questão que se coloca e a natureza de o que: um só
morfema ou um antecedente seguido de que? Tradicionalmente, o e considerado um pronome
demonstrativo, equivalente a aquilo. No entanto, não há exemplos gramaticais de apositivas de frase
em que seja possível cindir o de que:

(6) * Os amigos preparam me uma festa, o de que gostei muito.

Esta impossibilidade permite pensar que estamos perante ou um só morfema o que, de natureza
nominal ou um sequencia formada por o e que, mas em ouve necessariamente reanálise. Veremos,
no ponto seguinte, que a questão de o que se volta a colocar nas relativas livres.

Orações Relativas sem Antecedente Expresso ou relativas Livres

Caracterização Geral

(1) Quem vai ao mar perde o lugar.


(2) Recebi quem tu recomendaste.

Verificamos que se trata de frases complexas caracterizadas por uma estrutura de subordinação, em
as orações em a negrita são um constituinte da oração superior com uma função sintáctica própria.
Assim (1) a oração em destaque é sujeito da oração matriz em (2) é objecto directo. Um teste
simples de substituição ou de pronominalização permite verificar a natureza de constituinte dessas
orações
a) Alguém perde o lugar.
b) Recebi-os.
Além de sujeito e objecto, este tipo de Orações pode desempenhar outras funções na oração matriz:
̶ Objecto indirecto:
(1) Dei a quem precisava mais.
̶ Obliquo:
(2) Moro onde encontrei casa mais barato.
̶ Predicativo:
(5) A Maria é quem está atenta mais nas aulas.
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Conclusão

Após a realização deste trabalho e feitas algumas abordagens em torno do tema, conclui-se que, o
presente tema tem como objectivo, distinguir as orações relativas dentro duma frase.

Conclui-se de igual modo que na introdução segundo MATEUS, M. H. M. et al, ( 1989˸ 655 ),
orações relativas são orações subordinadas pelos tradicionalmente designados pronomes, ˮ
advérbios ˮ ou ˮ adjectivos relativos ˮ. Na sua modalidade mais típica as relativas são formas de
modificação de uma expressão nominal antecedente, mas podem ser igualmente uma forma de
modificação de uma outra oração. Existem também relativas sem antecedente expresso, as relativas
livres.
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Bibliografia

MATEUS, M. H. M. et al, Gramática da língua portuguesa. 2ª Ed., Lisboa, Caminho, 1989.

RIBEIRO, Helga et al, Gramática moderna da língua portuguesa. Lisboa, Escolar editora, 2010.

AZEREDO, M. Olga et al, da comunicação à expressão Gramática pratica de português. Lisboa,


Lisboa editora A. S., 2010.
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Índice

Introdução.............................................................................................................................................3

Orações relativas..................................................................................................................................4

Orações relativas restritivas ou determinativas....................................................................................4

Orações relativas apositivas ou explicativas de SN.............................................................................5

Orações relativas apositivas de F.........................................................................................................5

Orações Relativas sem Antecedente Expresso ou relativas Livres......................................................6

Conclusão.............................................................................................................................................8

Bibliografia...........................................................................................................................................9
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