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Aposto e Vocativo

2°RH – B
Mayara Landim
Aposto e vocativo –
Aposto e vocativo são termos de uma oração.
O aposto é uma palavra ou expressão que exerce algum tipo de relação com o
substantivo ou pronome de uma oração.
Já o vocativo é um termo independente.
Assim, o aposto está subordinado a outro termo da oração, enquanto o vocativo,
não.
O aposto pode ser classificado em: explicativo, enumerativo, recapitulativo ou
resumidor, comparativo, distributivo, circunstancial, de especificação, e da
oração.
O que é aposto?
O aposto é uma palavra ou expressão que exerce uma função junto ao
substantivo, pronome ou oração.
Essa função pode ser explicar, especificar, resumir, comentar ou indicar algo,
mas, atenção, o aposto não pode ser formado por adjetivo, apenas por
substantivo ou pronome substantivo (um pronome que exerce função de
substantivo).

Para exemplificar, vamos analisar a seguinte oração:


1. Santos Dumont, o pai da aviação, foi um inventor genial.

A expressão “o pai da aviação” é um aposto que exerce a função de explicar


quem foi Santos Dumont.
Vamos analisar agora uma segunda oração:

2. Santos Dumont, persistente e corajoso, foi um inventor genial.

Nessa oração, os adjetivos “persistente” e “corajoso” exercem a função de


predicativo do sujeito, isto é, atribuir uma condição ou qualidade ao sujeito; no
caso, Santos Dumont.

Assim, a oração 1 explica que o Santos Dumont a que ela se refere não é
qualquer Santos Dumont, é o “pai da aviação”. Já a oração 2 aponta as
características (qualidades) de Santos Dumont, um indivíduo persistente e
corajoso.
O aposto exerce diferentes funções em relação a um substantivo, pronome ou
oração. Enquanto o vocativo refere-se a um chamamento.

Tipos de aposto
Existem os seguintes tipos de aposto:
Aposto explicativo: explica ou identifica o termo ao qual se refere:

D. João VI, rei de Portugal, nasceu em 13 de maio de 1767.

O aposto “rei de Portugal”, nessa oração, explica ou identifica quem foi d. João
VI.
Aposto enumerativo: enumera, desdobra, os elementos contidos em um só termo:

Elas só queriam isto: respeito, reconhecimento e dignidade.

Nessa oração, o aposto “respeito, reconhecimento e dignidade” enumera,


desdobra, o que está contido no termo “isto”.

Aposto recapitulativo ou resumidor: resume, com um só termo, uma série de


elementos citados na oração:

Escritores, pintores e escultores, todos são artistas e representam a realidade.

O aposto “todos”, nessa oração, resume em si os três elementos citados.


O aposto resumidor ou recapitulativo resume os termos anteriores do enunciado.

Exemplos:

Saúde, educação e acesso à cultura, tudo isso são prioridades para a melhoria de
um país.
Paz e sossego, esses são os meus desejos para as férias.
Roupas, jogos e livros, tudo pronto para as férias!
Aposto comparativo: realiza uma comparação implícita, isto é, não direta:

Crianças, pássaros selvagens, nunca deixam de surpreender.

Nessa oração, “crianças” são comparadas, no aposto, a “pássaros selvagens”.

Aposto distributivo — distribui funções, objetos, ideias, qualificações etc. entre


elementos da oração:

Pegue dois pães: um para você e o outro para o seu pai.

Com base no aposto “um para você e o outro para o seu pai”, observamos que,
nessa oração, os dois pães são distribuídos entre o filho e o pai.
Aposto circunstancial — indica, além da qualidade de um ser, uma circunstância
(tempo, lugar, causa etc.)

Em criança, a sua vida passava mais devagar.

Nessa oração, o aposto “Em criança” mostra uma circunstância (época) em que a
vida passava mais devagar. Além disso, o termo “criança” também qualifica um
ser.
Aposto de especificação — especifica, caracteriza, um termo genérico:

Minha irmã Carolina.

Nessa frase, o aposto “Carolina” especifica a qual irmã o enunciador refere-se.

Mas não confunda aposto de especificação com adjunto adnominal. Observe a seguinte frase:

A prosa de Machado de Assis é bastante irônica.

Nesse caso, “de Machado de Assis” não é um aposto de especificação, mas um adjunto
adnominal. Isso fica claro quando você substitui “de Machado de Assis” por “machadiana”:

A prosa machadiana é bastante irônica.

Portanto, o adjunto adnominal “de Machado de Assis” qualifica o substantivo “prosa”.


Aposto da oração — comentário sobre o fato expresso na oração ou palavra que
sintetiza a oração.

Antes da palestra, sentiu as pernas tremerem, indício de seu nervosismo.

Assim, o aposto “indício de seu nervosismo” é um comentário sobre o fato


indicado na oração, ou seja, sentir as pernas tremerem antes da palestra.

Ou ainda:

Podia estudar à noite, o que não o impedia de trabalhar.

Nesse enunciado, o aposto “o” é uma palavra que sintetiza, resume, a oração
“Podia estudar à noite”.
O aposto é uma palavra ou expressão que explica ou especifica outro termo da
oração.
Geralmente, a pausa entre um termo e outro vem separado dos demais termos da
oração por vírgula, dois pontos ou travessão.
Tipos de aposto
Segundo a intenção do discurso, o aposto pode ser classificado em:

• explicativo
• distributivo
• enumerativo
• comparativo
• resumidor ou recapitulativo
• especificativo
• aposto de oração
Aposto e Vocativo
Enquanto o aposto explica um termo anterior dito no enunciado, o vocativo, é
um chamamento, uma invocação, ou pode caracterizar uma pessoa que chama
pela outra no enunciado.

Além disso, o vocativo corresponde a um termo que não possui relação sintática
com outro termo da oração, de forma que não faz parte nem do sujeito e nem do
predicado. Enquanto isso, o aposto mantém relação sintática com outros termos
da oração.

Exemplos:

Moisés, venha jantar! (Vocativo)


Moisés, o profeta religioso, é considerado o grande libertador dos judeus.
(Aposto)
Aposto e vocativo são termos integrantes de uma oração, mas desempenham
funções diferentes. O aposto é um termo que serve para explicar, resumir,
especificar ou desenvolver um substantivo ou equivalente. Diferentemente de
vocativo, termo usado apenas para nomear, evocar ou chamar o ser a quem nos
dirigimos. Trata-se de um elemento isolado na oração.

O aposto pode ou não ser destacado por sinais de pontuação. Já o vocativo deve
aparecer sempre destacado com sinais de pontuação.
Vocativo
O vocativo é um termo independente, que não pertence nem ao sujeito, nem ao
predicado. É um chamamento, uma invocação ou um apelo usado no discurso
direto.

Exemplos de vocativo:

Bruna, você vai demorar muito?


Ouça, querida, o que eu estou dizendo!
Ó meninos!
Mãe, é verdade que a educação vem de casa?
Atenção, pessoal!
O vocativo é um chamamento, uma invocação ou um apelo. É usado numa
situação de comunicação, quando o falante se dirige ao ouvinte, ou seja, quando
quem fala chama, nomeia ou invoca a pessoa com quem está falando.

É utilizado no discurso direto, apresentando frequentemente uma entonação


apelativa e exclamativa. Deve ser destacado com vírgulas ou com outro sinal
que pontuação que transmita esse destaque, como ponto de exclamação ou
reticências. Pode vir acompanhado de interjeições de apelo, sendo a interjeição
ó a mais utilizada pelos falantes.

O vocativo pode aparecer no início, no meio ou no fim das frases, mas não
possui qualquer relação sintática com os outros termos da oração. É um termo
independente, não pertencendo nem ao sujeito, nem ao predicado.
Exemplos de vocativos:

• Filho, estou aqui te esperando!


• Ó Pedro, você pode parar com esse barulho todo?
• Espera, meu amor, que eu estou chegando!
• Venha, Felipe, está na hora de dormir.
• Não coma tão depressa, menina!
• Você viu a confusão no recreio, professora?
• Ah, filha! Que birra desnecessária!
• Crianças!
• Rodrigo!
Vocativo x Aposto
O vocativo é frequentemente confundido com o aposto. Contudo, enquanto o
vocativo é um termo independente que não estabelece qualquer tipo de relação
sintática com outros termos da oração, o aposto estabelece uma função sintática
com outro termo da oração, relacionando-se com ele.

O vocativo é um termo que indica o “chamamento”, “invocação”, “interpelação”


de uma pessoa (interlocutor) real ou fictícia.
Geralmente, ele é isolado por vírgulas quando a pausa for curta, ou com o ponto
de exclamação, interrogação ou reticências, quando for uma pausa longa.

Embora esteja incluso nos termos acessórios da oração, para muitos gramáticos
ele não se classifica nessa categoria. Isso porque, para estes estudiosos, o
vocativo não estabelece relação sintática com os outros termos como acontece
com o aposto e os adjuntos adverbial e adnominal.
Formação do vocativo
O vocativo pode ser formado por:

• Substantivo, por exemplo: Laís, faça o trabalho de casa.


• Adjuntos adnominais, por exemplo: Força, meu amor, nós conseguiremos.
• Pronome pessoal do caso reto, por exemplo: Atenção, você, diminua a
velocidade.
Exemplos de vocativos
O vocativo pode aparecer de diversas maneiras nas orações. Ele pode surgir no
final ou início da frase, acompanhar interjeições, surgir entre o nome ou o verbo e
o complemento, e ainda, após ou antes a verbo no imperativo.

Segue abaixo alguns exemplos:

• Professora, queremos saber as notas. (início da frase)


• Não diga dessa forma, Manuela! (final da frase)
• Oh, meu amor, isso não se faz. (acompanha interjeições)
• Veja, meu querido, que lindo lugar. (após o verbo no imperativo)
• Nesse momento, Luiz Paulo, deixe a luz acesa. (antes do verbo no imperativo)
• Tivemos azar, amiga, de ninguém nos encontrar. (nome e complemento)
• Amanhã será, Dona Elisa, dia da festa (verbo e complemento)

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