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Conteúdos:
Colocação pronominal;
Aposto;
Vocativo;
Adjunto adnominal;
Complemento nominal.
Colocação Pronominal:
Se refere à posição dos pronomes em relação ao verbo na língua
portuguesa. Existem três formas principais de colocação pronominal: próclise,
mesóclise e ênclise.
Próclise: ocorre quando o pronome vem antes do verbo. A próclise é utilizada
nas seguintes situações:
Quando houver palavra atrativa, ou seja, uma palavra que atraia o pronome para
antes do verbo. Exemplo: "Não me faça esperar" (a palavra "não" atrai o
pronome "me" para antes do verbo "faça").
Em orações iniciadas por palavras negativas, como "não", "jamais", "nunca",
entre outras. Exemplo: "Nunca me esqueço desse dia."
Em orações interrogativas e exclamativas. Exemplo: "Por que me
abandonaste?"
Em orações iniciadas por pronomes relativos. Exemplo: "O livro que me
emprestaste é ótimo."
Mesóclise: ocorre quando o pronome é colocado no meio do verbo, geralmente
em tempos verbais específicos, como o futuro do presente e o futuro do
pretérito do indicativo. Exemplo: "Dar-lhe-ei uma resposta em breve." (futuro do
presente).
Ênclise: ocorre quando o pronome é colocado depois do verbo. A ênclise é
utilizada nas seguintes situações:
Quando não há palavra atrativa, ou seja, não há palavra que atraia o pronome
para antes do verbo. Exemplo: "Ela se levantou cedo."
Em orações iniciadas por palavras afirmativas ou neutras. Exemplo: "Eu me
lembro do seu aniversário."
Após a partícula "que" em orações subordinadas substantivas. Exemplo:
"Espero que se divirtam na festa."
Aposto:
É um termo que tem a função de explicar, esclarecer ou especificar um
nome ou expressão que aparece na oração. Ele funciona como um
complemento do substantivo, ampliando o seu significado. Geralmente, o
aposto é separado do restante da oração por vírgulas.
Existem dois tipos principais de apostos: explicativos e especificativos.
Aposto explicativo: é aquele que acrescenta informações adicionais, mas não é
essencial para a compreensão da frase. Ele pode ser removido sem alterar o
sentido principal da oração. Exemplo:
Meu irmão mais velho, Pedro, é um médico renomado.
Nesse caso, "Pedro" é o aposto explicativo, acrescentando uma informação
sobre o substantivo "meu irmão mais velho". A oração continua fazendo
sentido mesmo se o aposto for removido: "Meu irmão mais velho é um médico
renomado."
Aposto especificativo: é aquele que traz uma informação essencial para a
compreensão da frase, delimitando ou identificando o substantivo a que se
refere. Ele não pode ser removido sem causar alteração no sentido da oração.
Exemplo:
A cidade de Paris é conhecida como a Cidade Luz.
Nesse exemplo, "a Cidade Luz" é o aposto especificativo, pois é uma
informação essencial para identificar a cidade a que se refere. Se retirarmos o
aposto, a frase perde seu sentido específico: "A cidade de Paris é conhecida."
Vocativo:
É um termo utilizado para chamar, invocar ou se dirigir diretamente a
alguém ou a um grupo de pessoas em uma frase. Ele é utilizado para
estabelecer uma comunicação direta com o interlocutor, seja para chamá-lo,
saudá-lo, adverti-lo, entre outros. Geralmente, o vocativo é isolado por vírgulas
ou por pausas na fala.
O vocativo pode ser usado em diferentes contextos, como em diálogos,
discursos, cartas, e-mails, entre outros. É uma forma de direcionar a atenção do
interlocutor para a mensagem que será transmitida.
Alguns exemplos de vocativo são:
"João, venha aqui, por favor!"
"Senhoras e senhores, é com prazer que anuncio o vencedor do prêmio."
"Meu caro amigo, como você está?"
"Querido pai, gostaria de lhe contar uma novidade."
No primeiro exemplo, "João" é o vocativo utilizado para chamar a atenção da
pessoa específica. No segundo exemplo, "Senhoras e senhores" é o vocativo
utilizado para se dirigir a um grupo de pessoas. Já nos dois últimos exemplos,
"Meu caro amigo" e "Querido pai" são vocativos utilizados para estabelecer uma
relação afetiva com o interlocutor.
Adjunto Adnominal:
É um termo utilizado para caracterizar, especificar ou delimitar um
substantivo na oração. Ele desempenha a função de complementar o sentido
do substantivo, acrescentando informações sobre suas características,
qualidades, origem, posse, entre outros aspectos. O adjunto adnominal é um
tipo de termo acessório da oração e pode ser constituído por diferentes
classes gramaticais, como artigos, adjetivos, numerais, pronomes e locuções
adjetivas.
Alguns exemplos de adjuntos adnominais são:
O livro interessante (adjetivo): o adjetivo "interessante" caracteriza o
substantivo "livro", acrescentando uma qualidade.
A casa amarela (adjetivo): o adjetivo "amarela" especifica o substantivo "casa",
indicando sua cor.
Dois carros novos (numeral + adjetivo): o numeral "dois" e o adjetivo "novos"
atuam como adjuntos adnominais, indicando a quantidade e a qualidade dos
substantivos "carros".
Meu amigo querido (pronome + adjetivo): o pronome possessivo "meu" e o
adjetivo "querido" caracterizam o substantivo "amigo", indicando posse e afeto,
respectivamente.
A cidade de São Paulo (locução adjetiva): a locução adjetiva "de São Paulo"
especifica o substantivo "cidade", indicando sua origem.
É importante observar que o adjunto adnominal não possui autonomia sintática,
ou seja, depende do substantivo ao qual se refere para ter significado completo.
Além disso, o adjunto adnominal pode ser facultativo, ou seja, sua presença
não é obrigatória para a compreensão da frase.
Complemento Nominal:
É um termo que complementa o sentido de um nome (substantivo,
adjetivo ou advérbio) na oração. Ele é responsável por completar ou especificar
o sentido do nome, atribuindo-lhe informações adicionais, como características,
qualidade, origem, destino, entre outros aspectos.