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SINTAXE DA ORAÇÃO E PERÍODO

FRASE

Frase é um enunciado que possui sentido completo, podendo ter apenas


uma palavra ou várias, com ou sem verbo.

ORAÇÃO

Uma frase pode ser uma oração. Para isso, é preciso que ela tenha
verbo em sua composição e também que seja dotada de sentido
completo, ou seja, compreensível. Compare, a seguir uma frase que é
oração com uma que não é.

PERÍODO

O período é composto por uma ou mais orações, sempre com sentido


completo. O período também pode ser simples ou composto:

PREDICADO

O predicado é o restante da oração, isto é, a parte que informa algo


sobre o sujeito.

PREDICADOS VERBAIS

Os predicados verbais são o resultado da ligação entre o sujeito e o verbo,


ou entre o verbo e os complementos.

Os verbos podem ser transitivos, intransitivos ou de ligação. Se ficou


confuso, aguarde que a explicação em detalhes segue abaixo:

Verbo Intransitivo
Não necessita de complemento, pois é dotado de sentido completo.
Verbo Transitivo
Nesse caso, o verbo precisa de complemento para ser entendido.

Ele é chamado de transitivo porque transita, ou seja, deve ir adiante para


passar a informação adequada.

Exemplo: Os filhos de João precisam.

Se você ouvir a oração, imediatamente irá perguntar: de quê? Não dá


para entender de que os filhos de João precisam. A oração está
incompleta.

Para gerar esse entendimento, esse trânsito do verbo, ele pode ser direto
ou indireto.

Quando o verbo é transitivo direto, o complemento está ligado diretamente


a ele.

Exemplo: Nós vemos crianças brincando.

Para explicar o significado de verbo transitivo indireto, iremos utilizar o


exemplo anterior: “Os filhos de João precisam de dinheiro”.

Nesse caso, temos uma preposição (de) unindo o verbo precisar


indiretamente a dinheiro.

Verbos de Ligação
Os verbos de ligação expressam características de estado ao sujeito.
Podem expressar:

● Estado permanente: Alice é adulta.


● Estado de transição: Rodrigo está desempregado.
● Estado de mutação: Fabiana ficou doente.
● Estado de continuidade: Eduarda continua linda.
● Estado aparente: Tatiana parece bem.
vale lembrar que quando o núcleo significativo de um predicado é um
verbo, ele é chamado de predicado verbal.

Exemplo: As crianças brincaram na sala.

O sujeito é “As crianças”, tendo como predicado “brincaram na sala”.

“Brincaram” é um verbo que indica ação, então é o núcleo significativo.


Neste caso, temos um predicado verbal.

PREDICATIVOS NOMINAIS

O predicado nominal é aquele onde o núcleo significativo da oração é um


nome (substantivo ou adjetivo).

Além disso, ele se caracteriza pela indicação de estado ou qualidade, e é


formado por um verbo de ligação mais o predicativo do sujeito. Parece
difícil? Veja a seguir.

Exemplo: Joana é inteligente.

O adjetivo “inteligente” é o predicativo do sujeito “Joana”, isto é, sua


característica de estado ou qualidade. Isso é comprovado pelo “ser” (é),
que é o verbo de ligação entre Joana e sua característica atual.

Então, entende-se que predicativo do sujeito é um termo que atribui


características ao sujeito por meio de um verbo.

No caso acima, o predicativo “inteligente” caracterizou Joana, utilizando o


verbo ser para ligá-la à característica.

PREDICADO DO SUJEITO

O predicativo do sujeito nem sempre é um adjetivo, como no caso acima.


Ele pode ser:
● Um adjetivo ou locução adjetiva: Joana é inteligente (adjetivo,
caso acima). A comida está sem sal (locução adjetiva).
● Substantivo ou palavra substantivada: Meu caderno parece uma
agenda. A vida é um constante recomeçar (verbo substantivado).
● Pronome substantivo: Meu caderno não é esse.
● Numeral: Eles estão em vinte.

Predicado Verbo-Nominal
Logicamente, você deve ter percebido que um predicado verbo-nominal é
aquele que apresenta tanto um verbo quanto um nome como núcleos
significativos. É bem isso… Mas tem mais.

Para ser predicado verbo-nominal, o predicado deve apresentar sempre


um predicativo do sujeito, além de uma ação ou atividade do sujeito mais
uma qualidade sua.

Exemplo: Os alunos saíram mais cedo da aula. Por isso, estavam


sorridentes.

O sujeito “Os alunos” possui como predicado o verbo sair e também


“sorridentes”, que é um nome (adjetivo). Afinal, “estavam sorridentes” é o
predicativo do sujeito e estar é o verbo de ligação.

COMPLEMENTOS VERBAIS

Os complementos verbais completam o sentido de verbos, como o


nome diz, sendo objetos diretos ou indiretos.

● Objeto Direto: completa verbos transitivos diretos, ou seja, que não


necessitam de preposição para entendimento.
● Objeto Indireto: complementam verbos transitivos indiretos,
necessitando de preposição.

O objeto direto pode ser também:


● Um substantivo ou expressão substantivada: Eu abri as portas.
Ela contemplou o amanhecer.
● Um pronome oblíquo direto: Convidei-o para a festa de amanhã.
● Qualquer pronome substantivo: A garota que possui cachecol
vermelho me chamou.

Os complementos verbais também podem ser objetos transitivos indiretos,


se o verbo assim pedir.

Exemplo: Eu preciso de carinho.

O verbo “precisar” necessita de complemento com preposição para fazer


sentido. Afinal, não é correto dizer “eu preciso carinho”, por exemplo.

COMPLEMENTO NOMINAL

Os complementos de uma oração também podem ser nominais, isto é,


completam o sentido de uma palavra sem ser um verbo.

Eles podem ser substantivos, adjetivos ou advérbios, sempre


acompanhados de preposição.

Exemplo 1: César estava orgulhoso de seus alunos.

“Orgulhoso” é um adjetivo, tendo “de seus alunos” como complemento


nominal.

AGENTE DA PASSIVA

Os agentes da passiva são os termos de uma oração que praticam a ação


expressa pelo verbo, quando este está na voz passiva.

Desse modo, costumam ser acompanhados pelas preposições “por” e


“de“. Vamos pegar os exemplos acima para você acompanhar.
● Os alunos foram motivo de orgulho de César.
● Luiz foi alvo de inveja de Carla.
● O beco foi caminhado vagarosamente por Bernadete.

ADJUNTO ADVERBIAL

Os adjuntos adverbiais são aqueles que modificam um verbo, adjetivo ou


advérbio.

Exemplo 1: Eles brigam muito.

Exemplo 2: Cecília é pouco interessante.

Exemplo 3: Dormi bastante mal esta noite.

“Muito” está classificando um verbo (brigar); “pouco” está classificando um


adjetivo (interessante) e “bastante” está classificando outro advérbio (mal).
Nesses exemplos, “muito”, “pouco” e “bastante” são os advérbios.

Os adjuntos adverbiais podem ser:

● Advérbios (muito, pouco, bastante, longe, ali, ligeiramente).


● Locuções adverbiais (no mar, na varanda, o tempo todo).
● Orações: Quando o leite ferver, desligue (advérbio de tempo).

São variadas as classificações dos adjuntos adverbiais

● Acréscimo: Além de bonita, é simpática.


● Afirmação: Certamente irei ao colégio hoje.
● Causa: Por vergonha, nos calamos.
● Companhia: Fui ao cinema com meu namorado.
● Concessão: Apesar do calor, eu gostei do passeio.
● Condição: Se eu for junto, você poderá ir.
● Conformidade: Conforme contato telefônico, confirmo minha
presença.
● Dúvida: Talvez eu vá à formatura.
● Finalidade: Viajei a fim de espairecer.
● Frequência: Vou ao trabalho todos os dias.
● Instrumento: Escreva a prova à caneta.
● Intensidade: Chovia muito quando saí do bar.
● Limite: Vá daqui ao ponto de ônibus.
● Lugar: Morei em São Leopoldo.
● Matéria: O anel é feito de ouro.
● Meio: Vim até aqui de metrô.
● Modo: O sol esquentou suavemente a colina.
● Negação: Não aceito trabalho incompleto.
● Preço: O preço dos apartamentos está muito alto.
● Substituição ou Troca: Por conta do preço da gasolina, deixou o
carro em casa e foi trabalhar de ônibus.
● Tempo: O escritório fecha ao meio-dia.

ADJUNTO ADNOMINAL

O adjunto adnominal especifica o substantivo, com função de adjetivo. Por


esse motivo, pode ser expresso por adjetivos, locuções adjetivas, artigos,
pronomes adjetivos ou numerais adjetivos.

Exemplo 1: O brilhante professor entregou uma bela monografia à amiga


de classe.

Temos como sujeito “o brilhante professor”, sendo “entregou” o núcleo do


predicado verbal.

“Uma bela monografia” é o objeto direto do verbo entregar, tendo como


objeto indireto “à amiga de classe”.

Vamos aos adjuntos adnominais: no sujeito, temos o artigo “o” e


“brilhante”, pois caracterizam o professor.
O numeral “uma” e o adjetivo “bela” se referem à monografia (substantivo),
tendo o artigo “a” (contraído na crase = a + a) e a locução de classe como
adjuntos adnominais de “amiga”.

APOSTO

O aposto se relaciona com o sujeito, caracterizando-o, complementando


uma informação já completa, mas que trará ainda mais dados a ele.

Exemplo 1: Roberto Carlos, o rei, fez sua apresentação de Natal.

Exemplo 2: Xuxa, a rainha dos baixinhos, esteve no estúdio hoje.

VOCATIVO

Já o vocativo não possui ligação sintática com o sujeito e nem com o


predicado. Ele serve para chamar ou interpelar um ouvinte, se
relacionando com a segunda pessoa do discurso. Veja:

Exemplo 1: Neymar, faça um gol para mim!

Exemplo 2: Joana, fique quieta!

Exemplo3: Ó, Jesus, intercedei por nós!

Os vocativos são o receptor da mensagem, ou seja, a quem ela é dirigida.


Podem ser acompanhados de interjeições de apelo (ó, olá, eh).

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