Você está na página 1de 8

LIÇÃO 3 – Estudo dos casos

&1. *Em Latim, cada caso tem um nome específico. São eles:

Nominativo – é o sujeito

Vocativo – é o vocativo

Genitivo – é o adjunto adnominal restritivo

Dativo – é o objeto indireto

Ablativo – é o adjunto adverbial

Acusativo- é o objeto direto

NOMINATIVO

&2. O nominativo é o caso do latim para aquelas palavras que desempenham função de
sujeito.

O que é o sujeito?

Na frase: “Pedro quebrou a janela da casa”

Quem pratica a ação de quebrar a janela da casa? Pedro.

Logo, Pedro é o sujeito.

O sujeito de uma oração, portanto, é quem pratica a ação.


Outro exemplo: Paulo chutou a bola.

Quem chutou a bola? Paulo

Logo, Paulo é o sujeito da oração.

VOCATIVO

&4. O vocativo é o caso em Latim para aquelas palavras que desempenham o papel de
vocativo.

O que é o vocativo?

O vocativo é um chamamento.

Por exemplo: Meus filhos, não façam isso!

O vocativo sempre vem entre vírgulas. Pode aparecer no começo, no meio ou no fim da frase.

Exemplos:

Mãe, onde a senhora se encontra?

Onde, mãe, a senhora se encontra?

Onde a senhora se encontra, mãe?

&5. Note que o vocativo aparece sempre entre vírgulas


GENITIVO

&6. O genitivo é o caso em Latim para aquelas palavras que desempenham papel de adjunto
adnominal restritivo.

O que é o adjunto adnominal restritivo?

Primeiramente, é necessário definir adjunto adnominal.

&7. A palavra adjunto adnominal significa: junto, junto, junto ao nome (ad= nome; junto; ad=
junto; nominal= nome)

Logo, o adjunto adnominal é um termo que está junto e faz referência ao nome.

Exemplo: O mexicano desnorteado estranhou o Brasil

São adjuntos adnominais as seguintes palavras: “O” e “desnorteado”, pois acompanham e


fazem referência ao nome “mexicano”

&8. Já o adnominal restritivo é o termo que está junto e que restringe um termo.

Exemplo: A casa de Pedro.

Os adjuntos adnominais da frase acima são: “a” e “de Pedro”, pois fazem referência e
acompanham o nome “casa”

O adjunto adnominal restritivo da frase é “de Pedro”, pois restringe a palavra “casa”. A casa
não é de Paulo, de Henrique ou de Lucas, a casa é de Pedro.

Outro exemplo: O cavalo do rei

“Do rei” é adjunto adnominal restritivo, pois restringe a palavra cavalo.


DATIVO

&9. O Dativo é o caso, em latim, para aquelas palavras que desempenham a função de objeto
indireto.

O que é os objetos de uma oração?

Os objetos são os complementos de um verbo. Alguns verbos têm necessidade desses


complementos para o seu sentido tornar-se completo. Todavia, há verbos que não necessitam
dos objetos, pois o seu sentido é completo por si mesmo.

Exemplos: Pedro chutou a bola

No caso, “a bola” é o objeto da oração, pois complementa o verbo. Basta fazer a pergunta:
Pedro chutou o quê? A resposta é: a bola. Assim, “a bola” é o objeto da oração.

Outro exemplo: Pedro escreveu a carta

No caso, “a carta” é o objeto da oração, pois complementa o verbo e é seu efeito. Basta fazer a
já conhecida pergunta: Pedro escreveu o quê? Pedro escreveu a carta. Assim “a carta” é o
objeto da oração.

_____________________________________________________________________________

*Antes de continuar, convém que seja explicado a transitividade verbal

&10. EXPLICAÇÃO SOBRE A TRANSITIVIDADADE VERBAL

A exigência de um complemento é chamada de transitividade (do latim transire = passar)

Os verbos que necessitam de complemento são chamados verbos transitivos.

Alguns exemplos de verbos transitivos: chutar (quem chuta, chuta algo; logo necessita de
complemento); escrever (quem escreve, escreve algo; necessita, então, de complemento);
lembrar (quem lembra, lembra de algo) ...
Já os verbos que não necessitam de complementos são denominados de verbos intransitivos.

Alguns exemplos: Voar (o pássaro voou; não se pergunta o que é que ele voou; o verbo voar
possui sentido completo por si mesmo; não necessita de complemento); gritar (Quem grita,
grita; esse verbo não necessita de complemento para apresentar sentido completo); andar
(quem anda, anda)...

Dentro dos verbos transitivos há 3 classificações:

 Verbo transitivo direto


 Verbo transitivo indireto
 Verbo transitivo direto/indireto

Verbo transitivo direto: é aquele verbo que passa diretamente para o seu complemento,
sem o uso de preposições.

Lembrando: preposição é um elemento de ligação entre as palavras (de, da, para, à...). A
preposição liga dois termos, a fim de estabelecer relações entre eles. Exemplos: Estou com
você, eu fui para o hospital...

Exemplos: Chutei a bola (no caso, a não é preposição, mas artigo); Mateus estudou a lição (“a”
não é preposição, mas artigo) ...

Verbo transitivo direto: é aquele verbo que passa indiretamente (com o auxílio de uma
preposição) para o seu complemento.

Exemplos: Obedeci a meu pai (quem obedece, obedece a alguém; o “a”, nesse caso, é
preposição); Assisti a um debate de filosofia (quem assiste, no sentido de ver, exige a
preposição “a”); eu recorri ao imperador (o verbo recorrer necessita de uma preposição, no
caso é o “ao”, portanto é transitivo indireto).
Verbo transitivo direto/indireto: é aquele verbo que necessita de dois complementos (um
complemento sem preposição e outro com preposição).

Exemplo: Mateus escreveu uma carta para minha família. Nesse caso, quando fazemos a
pergunta “quem escreveu uma carta?”, a resposta “Mateus” não responde totalmente as
informações contidas no verbo. Temos, então, que fazer outra pergunta: “Mateus escreveu
uma carta para quem?”.

Nota-se, portanto, a presença de dois complementos, um sem preposição (uma carta) e outro
com preposição (para a família).

Outro exemplo: Pedro deu um presente para seu irmão (o verbo “dar” exige dois
complemento, quem dá, dá alguma coisa para alguém).

_____________________________________________________________________________

*Retornemos ao Dativo (objeto indireto)

&11. O objeto indireto (caso Dativo no Latim) é o complemento de um verbo transitivo


indireto. Ou seja, é um complemento de um verbo que apresenta preposição.

Exemplos:

Obedeci a meu pai

O termo “pai”, traduzir-se-á como uma palavra no caso Dativo no Latim.

Recorri ao imperador.

O termo “imperador”, traduzir-se-á como uma palavra no caso Datino no Latim.


ABLATIVO

&12. O Ablativo é o caso, em latim, para aquelas palavras que desempenham a função de
adjunto adverbial.

O que é o adjunto adverbial?

A palavra adjunto adverbial significa: junto, junto, junto ao verbo (ad-junto+ junto + ad-junto
+ verbial-verbo)

O adjunto adverbial, portanto, é o termo que, junto ao verbo, modifica-o e confere-lhe


circunstância semântica (tempo, modo, lugar, intensidade, negação, afirmação)

Exemplos:

Ele não foi à aula. “Não” é advérbio de negação (modifica o verbo, conferindo-lhe sentido de
negação); “à aula” é advérbio de lugar (modifica o verbo, conferindo-lhe circunstância de
lugar)

Ele estuda excessivamente. “Excessivamente” é advérbio de modo (modifica o verbo,


conferindo-lhe um modo- “Ele estuda de modo excessivo”).
ACUSATIVO

&13. Acusativo é o caso, em Latim, para aquelas palavras que desempenham papel de objeto
direto.

O que é o objeto direto?

O objeto direto é o complemento de um verbo transitivo direto (como foi visto


anteriormente). Ou seja, é um complemento sem preposição de um verbo.

Exemplos:

Pedro chutou a bola. “A bola” é objeto direto, pois é o complemento do verbo “chutar” (quem
chuta, chuta algo; o quê Pedro chutou? A bola) e não apresenta preposição (o verbo passa
diretamente para seu complemento, o objeto direto).

Mateus quebrou um vaso. “Um vaso” é o objeto direto, pois é o complemento do verbo
transitivo direto quebrar (quem quebra, quebra algo; Mateus quebrou o quê? Um vaso) e não
apresenta preposição (apresenta, sim, artigo indefinido).

Você também pode gostar