Você está na página 1de 22

boletim

2.º Semestre
2019

dgpj.justica.gov.pt número 2
ed itor ial
Caros amigos,
Esta segunda edição do Boletim de Cooperação In-
ternacional da Direção-Geral da Política de Justiça
(DGPJ) vem dar continuidade aos trabalhos desenvol-
vidos na área da Cooperação Internacional no domí-
nio da Justiça. Assim, é com grande entusiasmo que
continuamos a desenvolver ações que permitem, por
um lado aprofundar e reforçar os laços de parceria já
existentes e, por outro, continuar a apoiar a capacita-
ção dos nossos países parceiros.
O segundo semestre de 2019 ficou marcado pela rea-
lização da XVI Conferência dos Ministros da Justiça
dos PLOP, em novembro, e pela XXI Assembleia Plená-
ria da COMJIB, em julho.
índ ice
Foram igualmente várias as ações realizadas. No qua- pág3 Reunião dos Correspondentes da Conferência
dos Ministros da Justiça dos PLOP
dro do espaço Ibero-americano continuamos a apoiar
pág3 Reunião Técnica sobre Mobilidade
a Linha de Trabalho das Novas Tecnologias, uma área
que Portugal é responsável por desenvolver. No âm- pág4 Conferência dos Ministros da Justiça
dos Países de Língua Oficial Portuguesa
bito dos “Encontros de Direito Internacional a DGPJ pág5 Assembleia Plenária da Conferência
organizou um o Seminário Internacional subordinado dos Ministros da Justiça dos Países
Ibero-americanos
ao tema “Inteligência Artificial: da ética à justiça e a
proteção de dados”. pág6 Cooperação Multilataral
pág8 Visita Oficial da Ministra da Justiça a Cabo Verde
No âmbito da cooperação bilateral entre Portugal e
pág12 Abertura dos Cursos de Formação
os seus principais parceiros de cooperação, os países para Magistrados e Oficiais de Justiça
de língua oficial portuguesa, manteve-se, bastante pág14 Cooperação entre Portugal Moçambique
intensa, à semelhança do primeiro semestre. Houve,
pág16 Cooperação Bilateral
contudo, um reforço das relações com algumas visi-
tas de delegações estrangeiras para conhecer as boas pág18 Cooperação
práticas desenvolvidas pelo Ministério da Justiça. pág20 Outras Iniciativas
Desejo-vos um excelente ano 2020,
Cooperação Internacional

Boletim Semestral - número 2

O Diretor-Geral, 2.º Semestre 2019


Miguel Romão
Direção-Geral da Política de Justiça

pág 2 cooperação internacional2


cooperação
multilateral

Reunião dos IV Reunião Técnica


Correspondentes sobre Mobilidade
na Comunidade dos Países
da Conferência de Língua Portuguesa
dos Ministros
da Justiça dos PLOP As delegações dos Estados-membros da
Comunidade dos Países de Língua Portu-
guesa (CPLP) reuniram-se nos dias 29 e 30
de outubro, em Lisboa, para dar seguimento
à discussão sobre a Mobilidade na CPLP, de
acordo com o mandatado pelo XXIV Conse-
lho de Ministros da CPLP, decorrido em julho
de 2019, no Mindelo, Cabo Verde.
A reunião técnica, contou com a presença
de representantes dos nove Estados-mem-
bros - Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bis-
sau, Guiné Equatorial, Moçambique, Por-
tugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, e
foram presididas pelo Chefe da Delegação
de Cabo Verde junto da CPLP, Embaixador
Eurico Monteiro.
Nos dias 19 e 20 de setembro, teve lugar nas ins- A mobilidade dos cidadãos dos países de
talações da Direção-Geral da Política de Justiça, língua portuguesa é uma aspiração antiga e
em Lisboa, a reunião dos Correspondentes Na- com um grande impacto no estreitamento
cionais da Conferência dos Ministros da Jus- de relações económicas, sociais e culturais
tiça dos Países de Língua Oficial Portuguesa entre os Estados que integram a CPLP.
(CMJPLOP), sob a orientação da Presidência bra-
sileira.
Esta reunião teve como intuito preparar a passa-
gem de testemunho da Presidência da Conferên-
cia, do Brasil para Cabo Verde, fazer um balanço
do Plano de Trabalho desenvolvido pela Presi-
dência cessante e, também auscultar os demais
Correspondentes Nacionais acerca das temáticas
a serem abordadas no decurso da XVI CMJPLOP,
que teve lugar no passado mês de novembro, na
Ilha do Sal, em Cabo Verde.

cooperação internacional2 pág 3


cooperação
multilateral

XVI Conferência
dos Ministros da Justiça
dos Países de Língua Oficial
Portuguesa
e da Justiça, Conselheiro Mário
Belo Morgado.
Na Conferência, o Primeiro-Mi-
nistro de Cabo Verde, Dr. Ulisses
Correia e Silva, salientou que o
cibercrime é uma “ameaça glo-
bal” e “cujo combate exige um
esforço conjunto, atendendo à
sua especificidade, os contor-
nos que vem atingindo anual-
mente e os danos e prejuízos
que acarreta aos países”. Os
trabalhos culminaram com a
assinatura da Declaração de
Santa Maria.
No passado dia 22 de novembro realizou-se A Conferência foi antecedida de um Seminário
na Ilha do Sal, em Cabo Verde, a XVI Conferên- Internacional sob o tema “Cibercrime e prova
cia dos Ministros da Justiça dos Países de Língua eletrónica: harmonização de legislação e a
Oficial Portuguesa (CMJPLOP) subordinada ao Convenção de Budapeste na Comunidade
tema “Combater o Cibercrime: um novo desa- dos Países de Língua Portuguesa”. À margem
fio para a Justiça”. da Reunião teve ainda lugar uma reunião dos
Correspondentes Nacionais da CMJPLOP.
Esta reunião assinala o início da Presidência ca-
bo-verdiana por um período de dois anos.
A Conferência contou com a participação de os trabalhos culminaram com a assinatu-
representantes dos Ministérios da Justiça de
ra da Declaração de Santa Maria
Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné
Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e
Príncipe e Timor-Leste, estando em representa-
ção de Portugal o Secretário de Estado Adjunto

pág 4 cooperação internacional2


cooperação
multilateral

XXI Assembleia Plenária


da Conferência dos Ministros
da Justiça dos Países
Ibero-americanos

No decurso da XXI Assembleia Plenária dos Mi- e os países da América Latina. A mesma platafor-
nistros da Justiça Ibero-americanos, organiza- ma permitirá ainda a troca de informações entre
ção acompanhada através da Direção-Geral da autoridades judiciárias destes países, de modo a
Política de Justiça, a Ministra da Justiça, Francis- aumentar a coordenação e tornar mais efetiva a
ca Van Dunem, assinou no dia 25 de julho por cooperação transnacional, designadamente em
Portugal, o Tratado relativo à Transmissão Ele- casos de criminalidade organizada.
trónica de Pedidos de Cooperação Judiciária
O Ministério da Justiça português foi também
Internacional entre autoridades centrais dos
eleito para os órgãos de direção da Conferência
países ibero-americanos, no momento em que
dos Ministros da Justiça dos Países Ibero-ameri-
foi aberto a assinatura na cidade de Medellín,
canos, fazendo parte da sua Comissão Delegada
Colômbia.
e assumindo o cargo de Secretário-Geral Ad-
Este tratado permitirá o envio e a receção de pe- junto desta organização internacional. Portugal
didos de cooperação judiciária através de uma assegurará ainda no próximo biénio a coorde-
plataforma eletrónica segura, tornando mais cé- nação da linha de trabalho da Conferência so-
lere a cooperação internacional, designadamente bre Novas Tecnologias para a administração da
nos casos de extradição ou de pedidos de obten- justiça.
ção de provas, entre Portugal, Espanha, Andorra
cooperação internacional2 pág 5
cooperação
multilateral

Portugal lidera Rede de Cooperação


de Procuradores Antidrogas da CPLP

como objetivos a troca de informação de in-


teligência, a designação de pontos de contac-
to, a elaboração de um plano estratégico e o
estabelecimento de um quadro de boas prá-
ticas.
Os Procuradores-Gerais dos países da CPLP
deram impulso e prosseguimento a uma ten-
dência regional dos últimos anos, na procura
pelas Procuradorias de outras soluções de
cooperação para além da cooperação formal,
nomeadamente a criação de redes constituí-
das por procuradores especializados, que são
os pontos de contacto dos seus países, e que
Com a coordenação da Procuradoria-Geral da pretendem complementar e antecipar a coo-
República de Portugal realizou-se, em Lisboa, peração formal.
nos dias 4 a 6 de dezembro, a primeira reunião Pretende-se assim, pôr em contacto os Pro-
dos pontos de contacto da Rede de Procurado- curadores que estão a dirigir as investigações,
res Antidrogas da Comunidade dos Países de estabelecendo mecanismos de coordenação e
Língua Portuguesa (RPA-CPLP), tendo estado de rápida troca de informações de procurador
presentes representantes das Procuradorias- para procurador, fortalecendo a confiança mú-
-Gerais de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné- tua e os contactos diretos, realizados de manei-
-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e ra informal e flexível.
Príncipe, Timor-Leste e da Região Administrati-
va Especial de Macau, do Escritório das Nações
Unidas contra a Droga e o Crime (UNODC) e do
Ministério da Justiça.

Objetivos da RPA-CPLP
A RPA-CPLP surgiu no âmbito do XVI Encontro
de Procuradores-Gerais da Comunidade dos
Países de Língua Portuguesa, realizado em
Brasília, no dia 24 de novembro de 2018, tendo

pág 6 cooperação internacional2


cooperação
multilateral

Reunião da Rede das Instituições


Públicas de Assistência Jurídica
Decorreu em Brasília, entre 4 e 6 de de-
zembro, a VIII Reunião da Rede das Ins-
tituições Públicas de Assistência Jurídica
dos Países de Língua Portuguesa (RIPAJ),
cuja representação do Ministério da Justi-
ça de Portugal coube à Direção-Geral da
Política de Justiça.
A RIPAJ, criada em 2011, reúne as Defen-
sorias Públicas e Ministérios da Justiça no
âmbito da CPLP, de modo a partilhar prá-
ticas e a melhorar a cooperação interna-
cional no acesso ao direito e à justiça, de-
signadamente para as vítimas de crimes.

Reunião do Comité Diretivo


do Programa EL PAcCTO
Decorreu nos dias 17 e 18 de dezembro, em
Bruxelas, a reunião do Comité Diretivo do EL
PAcCTO - Europa Latinoamérica Progra-
ma de Asistencia contra el Crimen Trans-
nacional Organizado, uma iniciativa comum
de países europeus e latino-americanos que
começou a ser concebida em 2015 e materiali-
zada em 2017, sendo financiado pela Comissão
Europeia por um período de cinco anos, e cujo
objetivo passou por efetuar um balanço das
ações implementadas no âmbito do Plano Anual
de Ação (PAA 2019) do Programa.
Esta reunião de coordenação do Programa teve
igualmente como propósito apresentar as linhas
gerais de ação e estratégicas do PAA para 2020.
cooperação internacional2 pág 7
cooperação bilateral
PLOP CABO VERDE

Visita Oficial
da Ministra da Justiça
a Cabo Verde

Decorreu entre os dias os dois países, foi ain-


24 a 27 de setembro a da celebrado um me-
visita oficial da Ministra morando de entendi-
da Justiça, Francisca Van mento no domínio da
Dunen, a Cabo Verde. cooperação na área da
Medicina Legal e Ciên-
Do Programa constou
cias Forenses.
uma visita de cortesia
ao Presidente da Repú- A delegação portugue-
blica, a visita à Escola sa teve ainda a oportu-
Portuguesa, a participa- nidade de visitar o Pro-
ção na Sessão Comemo- jeto Piloto de Informa-
rativa do Dia Nacional dos Direitos Humanos, na tização do Registo Criminal, a Direção Nacio-
qual a Ministra da Justiça proferiu uma palestra nal da Polícia Judiciária.
alusiva à Justiça e os Direitos Humanos.
Além do encontro com a Ministra da Justiça e cooperação na área da Medicina Le-
Trabalho de Cabo Verde, Janine Lelis, em que gal e Ciências Forenses
foi revista a cooperação na área da Justiça entre
pág 8 cooperação internacional2
cooperação bilateral
PLOP CABO VERDE

APOIO AO SETOR DA JUSTIÇA COM CABO VERDE

Ações de Formação Cooperação Técnica


No quadro da cooperação bilateral no setor da na Realização
Justiça com Cabo Verde, realizaram-se duas ações
de formação na Cidade da Praia, no segundo se- de Perícias de
mestre de 2019.
Uma missão da Direção-Geral da Política de Jus-
Parentesco
tiça levou a efeito junto de técnicos do Ministério
da Justiça e Trabalho de Cabo Verde, uma ação de
Formação em Elaboração e Gestão de Projetos,
na Cidade da Praia, na semana de 21 a 25 de ou-
tubro de 2019.
Esta ação alcançou os resultados desejados, ao
dotar os participantes com as ferramentas essen-
ciais de conhecimento em matéria de elaboração
e gestão de projetos, possibilitando o reforço das
competências e habilidades técnicas dos mesmos
para o melhor desempenho das suas funções e a
melhoria do serviço prestado pelas instituições a
Por ocasião da realização da XVI Conferên-
que pertencem, com vista ao desenvolvimento
cia dos Ministros da Justiça dos Países de
do setor da Justiça e do país em geral.
Língua Oficial Portuguesa (CMJPLOP), foi
Uma missão do Instituto Nacional de Medicina celebrada a assinatura de um Aditamen-
Legal e Ciências Forenses (INMLCF), levou a efei- to ao Memorando de Entendimento na
to junto de técnicos do Laboratório de Genética área da Medicina Legal e Ciências Foren-
da Polícia Judiciária de Cabo Verde, uma ação de ses, com vista à concretização da Coope-
Formação e Treino na Realização de Testes de ração Técnica na Realização de Perícias
ADN, na Cidade da Praia, no período de 11 a 15 de Parentesco, na cidade de Santa Maria,
de novembro. ilha do Sal, Cabo Verde, no dia 22 de no-
vembro.
Esta ação, alcançou os resultados desejados, ao
dotar os participantes com as ferramentas es- Este aditamento, no âmbito da coopera-
senciais de conhecimentos práticos e teóricos, ção técnica na realização de perícias de
nomeadamente na colheita e identificação de parentesco, constitui um complemento ao
amostras biológicas a indivíduos, bem como todo Memorando de Entendimento assinado
o fluxo de trabalho que deve ser realizado, a nível entre os Ministérios da Justiça de Portugal
laboratorial, até à obtenção do perfil genético (ex- e de Cabo Verde, em 25 de setembro de
tração, quantificação, amplificação e eletroforese 2019, cujo objeto se traduz na promoção
capilar), bem como, a análise desses perfis gené- e desenvolvimento da cooperação entre os
ticos com vista à realização dos cálculos estatís- dois países no domínio da medicina legal e
ticos necessários para a realização de relatórios ciências forenses.
periciais.
cooperação internacional2 pág 9
cooperação bilateral
PLOP ANGOLA

Inspeção-Geral da Administração
do Estado de Angola Visita Portugal
Decorreu, nos dias 17 a 20 de setembro, a visita ria, na perspetiva de desenvolver, futuramente,
do Inspetor-Geral da Administração do Estado uma cooperação mais próxima.
de Angola, Sebastião Domingos Guza, ao Tri-
bunal de Contas, ao Conselho de Prevenção da
Corrupção, à Procuradoria-Geral da República, à
Polícia Judiciária e ao Instituto de Gestão Finan-
ceira e Equipamentos da Justiça.
Nos respetivos encontros foram abordados
assuntos relacionados com o combate à cor-
rupção, pelo que procurou a delegação da Ins-
peção-Geral da Administração do Estado de
Angola conhecer a experiência das várias enti-
dades portuguesas com atribuições nesta maté-

GESTÃO PENITENCIÁRIA PSIQUIÁTRICA


No quadro das relações de cooperação entre

Troca de Experiências o Gabinete de Intercâmbio e Cooperação do


Ministério do Interior de Angola e o Ministé-
entre Angola rio da Justiça de Portugal, no dia 9 de julho, o

e Portugal
Diretor do Hospital Penitenciário Psiquiátrico
de Luanda realizou uma visita de trabalho ao
Hospital Prisional de São João de Deus, em
Caxias, organizada pela Direção-Geral de Re-
inserção e Serviços Prisionais.

A delegação angolana procurou inteirar-se


da experiência portuguesa em matéria de
Gestão Penitenciária Psiquiátrica, num qua-
dro de desenvolvimento, pelo Ministério do
Interior de Angola, de um programa de res-
truturação das áreas de assistência médica e
medicamentosa, bem como o acompanha-
mento psicológico dos reclusos internados
nos diferentes Estabelecimentos Penitenciá-
rios de Angola.

pág 10 cooperação internacional2


cooperação bilateral
PLOP ANGOLA

Reunião da Comissão Mista


Intergovernamental Portugal - Angola
A 13 de dezembro de 2019, teve lugar, em
Luanda, a 1.ª Reunião da Comissão Mista
Intergovernamental Portugal – Angola
(CMI).
Esta CMI é a primeira deste novo mecanis-
mo de cooperação entre os dois países,
constituindo um instrumento privilegia-
do para contribuir para a plena aplicação
dos instrumentos bilaterais, da área de
atuação dos vários ministérios. Integra-
ram a CMI altos funcionários dos Minis-
térios de Portugal e Angola, tendo-se
debatido o reforço da cooperação bila-
teral e abordado os principais temas da agen- ção, envolvendo praticamente todas as áreas
da regional e internacional, nomeadamente as ministeriais dos dois países.
próximas presidências pro tempore da CPLP, por
Nesta primeira reunião foram apenas abrangidas
Angola, no biénio 2020-2022, e de Conselho da
as seguintes áreas: Finanças, Economia, Justiça,
União Europeia, por Portugal, no primeiro se-
Administração Local e Eleitoral, Ensino Superior,
mestre de 2021.
Ciência e Tecnologia e Negócios Estrangeiros.
As ações de cooperação em curso abrangem as Por último, acordou-se que a próxima CMI terá
áreas onde se verificam atividades de coopera- lugar em Portugal em 2020.

cooperação internacional2 pág11


cooperação bilateral
PLOP TIMOR-LESTE

SESSÃO SOLENE

Abertura dos Cursos


de Formação para
Magistrados
e Oficiais de Justiça

Decorreu no dia 19 de setembro, no Centro de A cerimónia contou com a presença do Presi-


Estudos Judiciários, a sessão de abertura dos dente do Tribunal de Recurso de Timor-Leste,
cursos de formação para Magistrados e Oficiais Deolindo dos Santos, acompanhado pela repre-
de Justiça de Timor-Leste. sentação diplomática do seu país e, pela parte
Portuguesa, com o alto pa-
Esta iniciativa, na dupla
trocínio das Secretárias de
dimensão de formação de
Magistrados e de Oficiais
significa o estreitamento e o refor- Estado Adjunta e da Justi-
ço da cooperação na área judiciária, ça, Helena Mesquita Ribei-
de Justiça, significa o es-
ro e dos Negócios Estran-
treitamento e o reforço da contribuindo desta forma para o re-
geiros e da Cooperação,
cooperação na área judi- forço da língua portuguesa Teresa Ribeiro.
ciária, contribuindo desta
forma para o reforço da
língua portuguesa.

pág 12 cooperação internacional2


cooperação bilateral
PLOP TIMOR-LESTE

Encontro entre Secretária de Estado Adjunta


e da Justiça e Presidente do Tribunal de Recurso
de Timor-Leste
Por ocasião da cerimónia e da Justiça a fim de tra-
da abertura dos cursos de tar assuntos relaciona-
formação de Magistrados dos com a Magistratura
e Oficiais de Justiça de Ti- no quadro da Coopera-
mor-Leste, o Presidente do ção portuguesa no do-
Tribunal de Recurso de Ti- mínio da Justiça.
mor-Leste reuniu com a Se-
cretária de Estado Adjunta

Cooperação entre Encontro entre


o Ministério da Justiça Secretária de Estado
de Portugal e o Ministério da Justiça de Portugal
da Justiça de Timor-Leste e o Secretário de Estado
No quadro da visita do Ministro da Justiça de de Terras e Propriedades
Timor-Leste, Manuel Carceres da Costa e do en-
contro com a Ministra da Justiça de Portugal, de Timor-Leste
Francisca Van Dunem, no dia 17 de setembro,
foi assinada a primeira alteração ao Protoco-
lo que enquadra as atividades de cooperação,
no domínio da Justiça, entre os dois países. A
presente alteração ao Protocolo prevê o ajusta-
mento de aspetos técnicos relativos ao desen-
volvimento de futuras ações de cooperação nas
diversas áreas da Justiça, bem como a abran-
gência de peritos/especialistas, com formação
diversa, provenientes dos vários quadrantes do Decorreu no dia 1 de outubro o encontro entre
setor da Justiça. a Secretária de Estado da Justiça, Anabela Pe-
droso e o Secretário de Estado de Terras e Pro-
priedades de Timor-Leste, Mário Ximenes.
No encontro foram abordados assuntos relacio-
nados com os arquivos centrais sobre terras e
propriedades em Timor-Leste e o procedimen-
to de registo predial em Portugal, ficando assim
demonstrada, uma vez mais, a vontade dos paí-
ses em reforçar e alargar a cooperação a outras
áreas do setor da Justiça.

cooperação internacional2 pág13


cooperação bilateral
PLOP MOÇAMBIQUE

DIREITOS HUMANOS

Cooperação
entre Portugal Moçambique
No quadro do Projeto de Apoio ao Setor da
Justiça com Moçambique deslocaram-se a
Portugal, entre 21 e 24 de outubro repre-
sentantes da Direção Nacional de Direitos
Humanos e Cidadania do Ministério da
Justiça Moçambicano, com o objetivo de
conhecerem o processo relativo ao Meca-
nismo de Revisão Periódica Universal da
ONU (MRPU).
Nomeadamente conhecer experiência de
Portugal na elaboração de relatórios e a
metodologia seguida para a implementa-
ção das recomendações saídas do MPRU,
assim como, visitar diferentes entidades
com intervenção na área dos Direitos Hu-
manos em Portugal, em particular as que
intervêm na implementação das referidas
recomendações dirigidas a Portugal.
A delegação moçambicana reuniu com o
Alto Comissariado para as Migrações, a Co-
missão Nacional para os Direitos Humanos
no Ministério dos Negócios Estrangeiros, o
Ministério da Administração Interna, o Ga-
binete de Documentação e Direito Compa-
rado da Procuradoria-Geral da República,
a Provedoria de Justiça e o Gabinete de
Estratégia e Planeamento do Ministério do
Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

pág 14 cooperação internacional2


cooperação bilateral
PLOP MOÇAMBIQUE

AÇÃO DE CAPACITAÇÃO

Formadores em Matéria de Facilitação,


Supervisão Académica e Liderança
No período de 25 a 29 de novembro, deslo- e, que teve como objetivo dotar os forman-
caram-se a Moçambique dois peritos desig- dos de conhecimentos e competências
nados pelo Centro de Estudos Judiciários relacionadas com técnicas e metodologias
para levarem a efeito a ação de Capacitação eficazes de comunicação, liderança, gestão
de Formadores em matéria de Facilitação, da formação e inteligência emocional em
Supervisão Académica e Liderança. ambiente pedagógico judiciário.
A referida ação de capacitação contou com
a participação de formadores do Centro de
Formação Jurídica e Judiciária de Maputo

AÇÃO DE CAPACITAÇÃO

Formadores em Matéria
de Ética e Integridade
No período de 16 a 20 de dezembro des- éticas da profissão judiciária (quer as que
locou-se a Moçambique um Magistrado e incidem diretamente sobre o exercício de
Professor no Centro de Estudos Judiciários, funções, quer as que recaem sobre a con-
no âmbito de uma ação de Capacitação de dução da vida pessoal, que as atinentes à
Formadores em matéria de Ética e Integri- vida social do magistrado), bem como de
dade, destinada a formadores do Centro de técnicas e metodologias eficazes de forma-
Formação Jurídica e Judiciária de Maputo. ção nesta área.
Esta ação teve como objetivo dotar os
formandos de conhecimentos e compe-
tências relacionadas com as exigências

cooperação internacional2 pág15


cooperação bilateral
PLOP MOÇAMBIQUE

TECNOLOGIA

Informatização do Contencioso
Administrativo, Fiscal e Aduaneiro
No período de 2 a 13 de dezembro, uma de- ção da Justiça (DGAJ) e do Tribunal Central
legação, constituída por cinco quadros do Tri- Administrativo Sul.
bunal Administrativo de Moçambique, des-
locou-se a Lisboa para realizar uma visita de
estudo no âmbito da Informatização do Con-
tencioso Administrativo, Fiscal e Aduaneiro.
A referida delegação teve oportunidade de

Photo by Fabian Irsara on Unsplash


aprofundar conhecimentos, bem como tro-
car experiências em matéria de Informatiza-
ção de Contencioso, junto do Instituto de
Gestão Financeira e Equipamentos da Justi-
ça (IGFEJ), da Direção-Geral da Administra-

AÇÃO DE CAPACITAÇÃO

Tramitação de Recursos
No período de 2 a 10 de novem- Conselho Superior da Magis-
bro, trinta e três Juízes Desem- tratura, da respetiva Estrutu-
bargadores do Tribunal Supre- ra, Competências e Funciona-
mo de Moçambique participa- mento, assim como, do Con-
ram numa ação de formação tencioso do Supremo Tribunal
em matéria de Tramitação de de Justiça, tendo, por sua vez,
Recursos, que contou com a o Tribunal da Relação de Lis-
colaboração do Tribunal da Re- boa, apresentado, nomeada-
lação de Lisboa. mente, a tipologia e tramita-
ção de recursos no âmbito da
Do Programa contou, designa-
Secção Criminal, Secção Cível
damente, a apresentação pelo
e Secção Social.

pág 16 cooperação internacional2


cooperação bilateral
PLOP SÃO TOMÉ E PRINCIPE

Projeto de Cooperação
com São Tomé e Príncipe
Com vista à operacionalização do programa investigação criminal, melhorar as condições
de cooperação, PEC 2016-2020, na vertente de funcionamento e organização de trabalho
da Justiça, realizou-se de 7 a 21 de dezembro na Polícia Judiciária, com a simplificação da
uma assistência técnica à Polícia Judiciária de metodologia e dos procedimentos, assistir
São Tomé e Príncipe. na implementação do laboratório de Polícia
Científica (LPC), e outros objetivos que con-
Identificada como uma ação prioritária na
tribuam para a consolidação da Polícia Judi-
cooperação com São Tomé e Príncipe, a as-
ciária de São Tomé e Príncipe na resposta às
sistência técnica tem por objetivos assistir a
questões mais frequentes sobre a prevenção e
Polícia Judiciária são-tomense na reestrutura-
investigação da criminalidade no país.
ção e organização dos seus serviços, sessões
e brigadas, visando reforçar a capacidade de

PLOP GUINÉ-BISSAU

Reforço da Cooperação no Domínio


dos Registos e Notariado
Decorreu entre os dias 10 e 12 de julho a visita to civil e estatísticas vitais, efetuar o balanço
da delegação da Direção-Geral da Identifica- do estado da cooperação entre os dois países
ção Civil, Registos e Notariado da Guiné-Bis- no âmbito do registo civil e notariado e identi-
sau, a Portugal. ficar áreas de cooperação para a execução da
Estratégia REGISTO CIVIL HORIZONTE 2028.
A visita teve como propósito reforçar a co-
operação na área dos Registos e do Notariado
no apoio à implementação da Estratégia Na-
cional do Registo Civil e Produção de Estatísti-
cas REGISTO CIVIL HORIZONTE 2028.
Num contexto de partilha de conhecimento
e troca de experiências com o Instituto dos
Registos e do Notariado, com o Instituto de
Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça,
com a Ordem dos Notários e por fim com um
Cartório Notarial, pretendeu a delegação gui-
neense efetuar um diagnóstico sobre as reais
necessidades de cooperação na área do regis-

cooperação internacional2 pág17


cooperação
VISITAS INTERNACIONAIS | CHINA

Visita da Procuradoria
da Província de Guangdong
Decorreu no dia 26 de novembro a visita da Pro- criminal portugueses e chineses e o desenvolvi-
curadoria da província de Guangdong (China) a mento da cooperação futura em matéria penal.
instituições do setor da Justiça de Portugal.
No encontro com a Procuradoria-Geral da Re-
pública e na visita ao Juízo Central Criminal de
Lisboa, a delegação da China tomou conheci-
mento sobre o funcionamento do sistema de
Justiça, mais concretamente, o sistema de fun-
cionamento do Ministério Público e do sistema
penal português.
Foram ainda abordados os assuntos relaciona-
dos com a cooperação entre órgãos de justiça

VISITAS INTERNACIONAIS | EUA

Deputado do Estado da Califórnia


Visita Estabelecimento Prisional de Lisboa
Decorreu no dia 30 de julho a visita do
Deputado à Assembleia de Sacramento,
do Estado da Califórnia (EUA), Reginald
Jones-Sawyer ao Estabelecimento Pri-
sional de Lisboa, com o objetivo de co-
nhecer e aprofundar o tema da reforma
prisional, justiça social e questões de rea-
bilitação dos reclusos em Portugal.
No decorrer da sua visita, o deputado
demonstrou interesse em conhecer e
aprofundar os temas da reforma prisio-
nal. Mostrou ainda interesse no tema
da descriminalização do uso de drogas
e consequentes programas de reabilita-
ção em curso, bem como o seu impacto
na reintegração do recluso na sociedade.

pág 18 cooperação internacional2


cooperação
VISITAS INTERNACIONAIS | ISRAEL

Delegação do Ministério
da Justiça de Israel Visita Portugal
Realizou-se no dia 19 de junho, uma visita dos cimento sobre o funcionamento do sistema de
funcionários do Ministério da Justiça de Israel ao Justiça em Portugal e beneficiaram da partilha
Palácio da Justiça, em Lisboa. de experiências que o Tribunal da Comarca de
Lisboa, na pessoa da Juíza Presidente da Comar-
A delegação do Ministério da Justiça de Israel,
ca de Lisboa e do Administrador Judiciário, pôde
composta por elementos dos serviços da Auto-
transmitir.
ridade dos Tribunais israelitas, tomaram conhe-

VISITAS INTERNACIONAIS | ITÁLIA


VISITAS INTERNACIONAIS | CHINA
Conselho Judiciário Procuradores
Militar de Itália de Pequim
Visitam Portugal

Decorreu nos dias 13 e 14 de novembro a visita do


Conselho Judiciário Militar de Itália a Portugal. Uma delegação de Procuradores do Muni-
cípio de Pequim visitou Portugal, no dia 14
A delegação italiana teve como propósito, nas de novembro, a fim de tomar conhecimento
visitas efetuadas ao Supremo Tribunal de Justiça, do sistema de funcionamento do Ministério
ao Tribunal da Relação de Lisboa, à Procuradoria- Público português
-Geral da República e aos serviços do Ministério
Público, conhecer o Sistema de Justiça em Portu- Designadamente no que respeita à expe-
gal e beneficiar da experiência portuguesa relati- riência e boas práticas dos órgãos no que
vamente à extinção dos Tribunais Militares, bem concerne à supervisão e gestão de proces-
como as implicações resultantes dessa decisão. sos, à execução de medidas penais obriga-
tórias, a crimes relacionados com o local de
Manifestaram ainda interesse em conhecer as re- trabalho, a crimes financeiros e contencioso
gras e os institutos, do ponto de vista teórico-prá- civil de interesse público.
tico, do Direito Penal e Processo Penal português.
cooperação internacional2 pág19
outras iniciativas

SEMINÁRIO | INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Encontros
INTELIGÊNCIA de Direito
ENCONTROS DE DIREITO INTERNACIONAL

ARTIFICIAL
Internacional
Da Ética à Justiça
e a Proteção de Dados Pessoais
No dia 29 de novembro decorreu mais uma
29edição
de novembro de de
dos Encontros 2019
Direito Internacio-
nal, com
Auditório um seminário
do Campus de Justiça,intitulado “Inteligên-
TorreciaH –Artificial:
Piso 2, Lisboa
da Ética à Justiça e a Proteção
de Dados”.
PROGRAM A
O recurso à Inteligência Artificial tem vindo
9h30 > Receção dos participantes
a aumentar nos últimos anos, em diversas
9h45 > Boas-vindas
áreas,
Direção-Geral incluindo
da Política de Justiça na Justiça, o que tem cha-
10h00mado> Aspetos a Éticos da Inteligência
atenção Artificial organizações in-
de várias
Prof. Dr. João César das Neves
ternacionais, nomeadamente o Conselho
Universidade Católica Portuguesa

10h30da > Inteligência


Europa Artificial, Quid Juris?
e a União Europeia, para as van-
Eng.º Luís Grangeia
tagens da sua utilização, mas também para
Especialista em Segurança Informática

11h00 as > Inteligência


repercussões Artificial e Justiça,
que pode ter e as questões
Benefícios para os Sistemas de Justiça
que
Eng.ª Teresa pode
Rodrigues suscitar.
Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça

11h30 > Cumprimento do RGPD Através da Arquitetura


de Sistemas e de Algoritmos
Dra. Inês Oliveira
Encarregada da Proteção de Dados do Ministério da Justiça, DGPJ

12h00 > Perguntas e Respostas


Image by Gerd Altmann from Pixabay

12h30 > Encerramento

E NTRA DA L IVRE
Inscrições: gri@dgpj.mj.pt

Direção-Geral da Política de Justiça – Ministério da Justiça


Av. Dom João II, n.º 1.08.01 E,
Edifício H, Pisos 1/2/3 – 1990-097 Lisboa, Portugal
T: + 351 217 924 000 • F: + 351 217 924 090

pág 20 cooperação internacional2


dgpj.justica.gov.pt
Av. Dom João II, n.º 1.08.01 E, Edifício H, Pisos 1/2/3, 1990-097 Lisboa
T: + 351 217 924 000 • F: +351 217 924 090 • email: correio@dgpj.mj.pt

Você também pode gostar