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na área da Justiça
NÚMERO 5, DEZEMBRO DE 2013
Nota Introdutória
Diretora-Geral da DGPJ
PÁGINA 2 BOLETIM DA COOPERAÇÃO NA ÁREA DA JUSTIÇA
Timor-Leste
Tribunais
No quadro do Protocolo de Cooperação entre o Ministério da
Justiça da República Portuguesa e o Ministério da Justiça da
República Democrática de Timor-Leste, realizou-se, entre outu-
bro e dezembro de 2013, um estágio profissional destinado a
quatro oficiais de justiça timorenses, em secretarias de tribunais
portugueses.
A ação de formação, ministrada em contexto real de trabalho,
teve como objetivo a capacitação de recursos humanos afetos
aos tribunais de Timor-Leste, com vista à melhoria de procedi-
mentos no seio da administração judiciária timorense.
“A AÇÃO DE
A organização esteve a cargo da Direção-Geral da Política de Justiça (DGPJ) e da Direção-
FORMAÇÃO
Geral da Administração de Justiça (DGAJ), tendo os quatro funcionários judiciais sido acolhi-
(...)TEVE COMO dos nas secretarias dos Tribunais das Comarcas de Cascais, Oeiras, Seixal e dos Juízos de Sintra
OBJETIVO A Durante um período de 10 semanas, os oficiais de justiça timorenses tiveram oportunidade de
CAPACITAÇÃO conhecer os procedimentos relativos aos vários serviços das secretarias judiciais, nomeadamen-
DE RECURSOS te, os das secções centrais e de processos, e o serviço externo, tendo também estado presentes
HUMANOS na sala de audiências e nas demais diligências. Cada estagiário contou com o apoio de um
AFETOS AOS
secretário judicial, no papel de orientador da formação, tendo sido acompanhados nas suas
TRIBUNAIS DE
tarefas diárias, de forma permanente, por colegas portugueses.
TIMOR-LESTE”
Desta forma, a experiência permitiu dotar os estagiários de conhecimentos acrescidos quanto à
tramitação processual nos tribunais, à deontologia profissional dos oficiais de justiça e fortale-
cer o conhecimento da linguagem portuguesa específica do setor.
Investigação Criminal
No quadro da reestruturação do modelo de investi-
gação criminal em São Tomé e Príncipe, a Polícia
Judiciária (PJ) de Portugal disponibilizou um peri-
to, para apoio à revisão da Lei Orgânica da Polícia
de Investigação Criminal (PIC). Esta assessoria,
que decorreu de 21 de novembro a 6 de dezembro
de 2013, incidiu, entre outras questões, sobre a
autonomia administrativa, a gestão de meios, a car-
reira profissional específica e os moldes de proce-
dimentos na gestão de recursos, de logística e de
documentação.
Esta missão contou ainda com o apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
(PNUD), do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua I.P. e da Embaixada de Portugal em S. Tomé.
Registos e Notariado
Dois peritos portugueses do Instituto dos Registos e
Notariado (IRN) deslocaram-se a S. Tomé e Príncipe,
no período de 22 de novembro a 6 de dezembro.
A missão teve como objetivo realizar um estudo de
diagnóstico aos serviços de registos e notariado santo-
menses, em particular, no que respeita ao registo civil.
Na prossecução deste fim, foram efetuadas visitas de
trabalho às conservatórias, delegações e postos de regis-
tos na ilha de S. Tomé e na Região Autónoma do Prín-
cipe, tendo-se procedido, entre outros aspetos, ao
levantamento do número total de assentos de nasci-
mento. A ronda pelos vários serviços visou aferir das condições de
trabalho (volume de atividade, a segurança jurídica dos
procedimentos instituídos e a qualidade global do trabalho
efetuado) e proceder ao levantamento das características
técnicas dos espaços visitados, com vista a efetuar, futura-
mente, um novo planeamento dos espaços e a sua infor-
matização.
O arquivo mereceu particular atenção, sendo urgente uma
intervenção para conservação.
Os peritos do IRN irão delinear uma proposta de Plano de
Reformulação do Setor, contemplando a atualização de
legislação, ações de formação de recursos humanos afetos
aos registos e, ainda, melhorias ao nível da emissão de
bilhetes de identidade, permitindo ganhos importantes
Assentos de nascimento na Conservatória de S. Tomé: quanto à garantia e à fiabilidade deste documento.
antes e depois da organização
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Moçambique
Tribunais
Na semana de 9 a 13 de setembro, deslocaram-se a Lisboa Entre 25 a 29 de novembro, quatro Sub-
oito Juízes dos Tribunais Administrativos e Fiscais de Procuradores-Gerais moçambicanos deslo-
Moçambique, que frequentaram um Curso de Direito Fis- caram-se ao Supremo Tribunal de Justiça
cal, organizado pelo Centro de Estudos Judiciários, con- de Portugal para uma troca de impressões
templando, entre outras, matérias de tributação das indús- relativas a recursos no quadro da jurisdição
trias de mineração, petrolífera e de gás natural. criminal.
Contratos Internacionais
De 26 a 29 de novembro, 10 juristas
moçambicanos frequentaram uma ação de
formação em matéria de elaboração e cele-
bração de contratos internacionais ministra-
da pelo Centro de Estudos Judiciários, que
contou com a colaboração de distintos peri-
tos portugueses.
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Legística
De 2 a 6 de dezembro, teve lugar, na Direção-Geral da Política
de Justiça, a segunda edição do Curso de Legística, organizado
por esta Direção-Geral, a solicitação de Moçambique.
A ação de formação teve como destinatários dez juristas
moçambicanos, e o seu programa incidiu sobre temáticas como
a qualidade da legislação, a legística formal, a participação no
processo legislativo, o acesso à informação jurídica e a avaliação
de impacto.
A programação do curso contemplou ainda um
encontro na Assembleia da República, no qual foi
apresentado o processo legislativo parlamentar, bem
como uma deslocação à Presidência do Conselho de
Ministros, na qual se abordou o processo legislativo
governamental.
No final do curso, os formandos expressaram a sua
satisfação com a troca de experiências proporcionada.
Investigação Criminal
Com o apoio do Inspetor da Polícia Judiciária (PJ) Portuguesa que, de forma permanente, se encontra em
Cabo Verde a prestar assessoria à Polícia Judiciária cabo-verdiana, foram dinamizadas várias ações de coo-
peração entre estas duas entidades, tendo como objetivo o aprofundamento de conhecimentos em áreas
específicas da investigação criminal e a melhoria dos meios ao dispor da Policia Judiciária de Cabo Verde.
Neste âmbito, tiveram lugar, em Cabo Verde, ações de formação em investigação forense – módulo de
fotografia e em informação criminal – módulo “analyst notebook”. Em Lisboa, decorreram três estágios
profissionais, sendo um desenvolvido no Laboratório de Policia Cientifica, na área de biologia, outro no
Gabinete Nacional da Interpol e o último em instalações do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciên-
cias Forenses, na área dos testes de paternidade.
Tendo como objetivo contribuir para a melhoria de meios foram ainda ofertados uma licença do software
Analyst Notebook e 8 computadores portáteis, destinados a brigadas da PJ e aos Gabinetes de “Pesquisa e
Análise” e de “Prevenção e Controlo” da Unidade de Investigação Financeira.
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O TAIEX é um instrumento no quadro do alargamento da União Europeia que visa prestar assistência técnica aos
novos Estados-Membros, aos países aderentes ou candidatos à UE.
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