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BOLETIM OFICIAL
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ÍNDICE
CONSELHO DE MINISTROS
Decreto-Legislativo nº 4/2020:
Procede à primeira alteração do Decreto-Legislativo nº 1/2008, de 18 de agosto, que aprova a estrutura
orgânica da Polícia Judiciária........................................................................................................... 1542.
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Judiciária, importa consubstanciar o processo de atribuições em especial para, ministrar formação inicial e
modernização iniciada nos últimos tempos, reforçar especifica do pessoal da PJ, aperfeiçoar os conhecimentos
a dinâmica da organização, sabendo manter o que se técnicos e científicos nas disciplinas de prevenção e
encontra consolidado por largos anos de prática, objetivos investigação criminais, ciências forenses e áreas afins,
cuja prossecução a presente lei orgânica visa garantir. bem como estabelecer parcerias, cooperação e intercâmbio
No que diz respeito à natureza e às atribuições, com instituições congéneres ou de natureza académica,
estabelecem-se regras de aperfeiçoamento e clarificação aperfeiçoando a cooperação, produzindo, promovendo e
do modelo mais adequado a combater, em especial, a divulgando o trabalho cientifico nos domínios das ciências
criminalidade organizada e a que lhe está associada, bem criminais e forenses.
como a altamente complexa e violenta, cujas caraterísticas No que tange ao Serviço de Inspeção e Disciplina -
exigem a gestão de um sistema integrado de informação SID, prevê-se a sua automatização e reforço das suas
a nível nacional, reafirmando que a Polícia Judiciária competências, passando o mesmo a funcionar na dependência
constitui um corpo superior de polícia criminal com do Diretor Nacional.
estatuto próprio, que distingue das demais forças policiais
e de segurança. Por razões de coerência e sistematização legislativa
Esta perspetiva advém do estabelecido na lei de procede-se à integração do Gabinete de Recuperação de
investigação criminal, relativo a um quadro normativo Ativos (GRA) na Orgânica da PJ, visando, designadamente
que associa as funções de investigação e prevenção à uma melhor articulação com o Sistema de Segurança
centralização nacional da informação criminal e respetiva Nacional. O GRA foi criado pela Lei n.º 18/VIII/2012, de
coordenação operacional. 13 de setembro, na dependência da Direção Nacional da
Polícia Judiciária, mas que não dispunha até agora de
É neste sentido que o Governo entendeu solicitar à qualquer enquadramento orgânico.
Assembleia Nacional a autorização legislativa, que lhe
foi concedida pela Lei n.º 72/IX/2020, de 2 de março, para, Procede-se, ainda, pelo presente diploma, a alterações
dentro do prazo de cento e vinte dias, aprovar o diploma pontuais, nomeadamente, a redefinição das autoridades da
de alteração à Orgânica da Polícia Judiciária, o Decreto- polícia criminal, nos termos previstos na lei de segurança
Legislativo n.º 1/2008, de 18 de agosto. interna, bem como na definição dos objetos apreendidos
pela Polícia Judiciária, no âmbito de processos-crimes e
As alterações que se preconizam pelo presente diploma contraordenacionais que venham a ser declarados perdidos
visam alinhar a nova orgânica às recentes revisões do a favor do Estado, devendo ser-lhes preferencialmente
Código Penal e Código do Processo Penal, bem como à afetos, quando se trate de bens com interesse para o
Lei que estabelece as medidas de natureza preventiva e exercício das respetivas competências legais.
repressiva contra a lavagem de capitais, bens, direitos
e valores, e medidas preventivas e repressiva contra É ainda objeto de alteração, a redefinição das competências
o terrorismo e seu financiamento, Lei de investigação dos departamentos de apoio à investigação criminal, com
Criminal e de execução da politica criminal. especial enfoque das do Laboratório da Polícia Científica
(LPC), do Gabinete de Perícia Financeira e Contabilista
Em especial, incide a presente alteração na redefinição e do Serviço de Armamento e Segurança.
da estrutura, organização e funcionamento dos diversos
órgãos e serviços que a integram Polícia Judiciaria, as Igualmente, mostra-se necessário definir pela presente
suas atribuições e competências, em matéria de prevenção alteração, a institucionalização do Grupo de Operações
e investigação criminal e realização de exames forenses. Especiais (GOE), na dependência do Diretor Nacional,
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Assim, e) […]
Ao abrigo da autorização legislativa concedida pela Lei f) Assegurar a execução do controlo do sistema de
n.º 72/IX/2020, de 2 de março; e interceções de comunicações, nos termos da lei.
No uso da faculdade conferida pela alínea b) do n.º 2 do 3- Sem prejuízo do disposto nos artigos 4º e 11º da Lei n.º
artigo 204º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: 30/VII/2008, de 21 de julho, alterada pela Lei 56/IX/2019,
de 15 de julho, que regula a investigação criminal, é da
Artigo 1º competência exclusiva da Polícia Judiciária, a investigação
Objeto de crimes com dimensão transnacional ou que impliquem
cooperação internacional e, ainda, os seguintes crimes:
O presente diploma procede à primeira alteração do
Decreto-Legislativo n.º 1/2008, de 18 de agosto, que aprovou a) Tráfico de estupefacientes e substâncias psicotrópicas;
a estrutura orgânica da Polícia Judiciária.
b) Cibercriminalidade e crimes cometidos através
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[…]
[…]
1- São autoridades da polícia criminal, nos termos e
1- […] para efeitos previstos no Código de Processo Penal e na
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[…]
7- […]
1- Os funcionários mencionados no n.º 1 do artigo 11º,
8 - A violação do disposto nos n.ºs 3 a 7 constitui quando devidamente identificados, têm livre acesso aos
contraordenação punida com coima de 50.000$00 a estabelecimentos e locais referidos no n.º 1 do artigo 4º, bem
450.000$00, sendo os limites máximos e mínimos reduzidos como a todos os demais que possam ser sujeitos a ações
a metade, em caso de negligência, cuja aplicação é da de prevenção ou investigação criminal e de coadjuvação
competência do Diretor Nacional, que pode delegar e de autoridades judiciárias.
determinar a entidade da Polícia Judiciária a quem
compete a respetiva investigação. 2- […]
9- […] 3- […]
10- […] 4- […]
5- […]
11- A negligência é punível relativamente à contraordenação
a que se refere o n.º 8. 6- […]
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Artigo 16º
outros organismos;
[…] h) Emitir diretivas, ordens de serviço e instruções que
1- […] julgar convenientes;
a) […] i) Definir a estrutura organizacional, estabelecer as
dotações de pessoal e proceder à sua distribuição
b) […] pelos serviços;
2- […] j) Determinar ou propor ao membro do Governo
responsável pela área da Justiça a adoção
3- Sem prejuízo do disposto no n.º 1, no âmbito de de medidas organizativas e administrativas
investigação criminal e de apoio técnico à investigação tendentes ao aperfeiçoamento e eficácia dos
criminal, diante de um contexto de circunstâncias serviços;
excecionais que justifique, pode o Diretor Nacional, por
despacho fundamentado, criar equipas de projeto ou k) Propor o provimento dos lugares vagos no quadro da
multidisciplinares, sendo o número do pessoal que integra Polícia Judiciária;
cada equipa e estatuto remuneratório são fixados por l) Tomar o compromisso de honra e dar posse ao
Portaria dos membros do Governo responsáveis pelas pessoal da Polícia Judiciária;
áreas das Justiça e das Finanças.
Artigo 17º
m) Exercer o poder disciplinar, nos termos do disposto
na lei;
[…] n) Orientar a elaboração do plano de atividades e
1- […] orçamento da Polícia Judiciária;
a) O Diretor Nacional; o) Aplicar coimas em processos de contraordenação
cuja instrução caiba à Polícia Judiciária;
b) O Diretor Nacional Adjunto, que coadjuva o Diretor
Nacional; p) Assegurar as ações de cooperação e as relações com
outras entidades públicas e privadas que não
c) O Gabinete da Cooperação Internacional; estejam reservadas por lei à competência de
outras entidades, podendo propor ao membro
d) A Direção Central de Investigação Criminal; do Governo responsável pela área da Justiça
e) O Departamento de Informação Criminal, Polícia protocolos, acordos ou outros instrumentos
Técnica, Prevenção e Apoio Tecnológico; internacionais que as circunstâncias aconselhem;
f) O Departamento de Apoio à Investigação Criminal; q) Emitir pareceres e prestar informações que lhe forem
solicitados pelo membro do Governo responsável
g) O Serviço de Inspeção e Disciplina; pela área da Justiça e pelo Procurador-Geral
h) […] da República;
r) Apresentar ao membro do governo responsável pela
i) […] área da Justiça, até à elaboração da proposta
j) […] de Orçamento, o plano de atividades;
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expediente e arquivo;
i) […] b) Emitir ordens e instruções tendentes à execução das
diretivas, despachos e instruções permanentes
j) Exercer as demais competências que lhe forem de serviço cuja aplicação deva assegurar;
delegadas pelo Diretor Nacional.
c) Distribuir o pessoal pelos serviços que dirige;
Subsecção III
d) Exercer o poder disciplinar;
Diretor da Direção Central e Diretores de Departamento
e) Emitir informações e pareceres que lhe forem
Artigo 23º
solicitados pelo Diretor Nacional ou pelo Diretor
[…] Nacional Adjunto;
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a) […] […]
b) […] 1- […]
c) […] a) […]
d) […] b) […]
c) […]
e) […]
d) […]
f) […]
e) Apoio técnico às secções de investigação na prevenção
g) […] e investigação criminal e nas ações de pesquisa
e vigilância e, também de computação forense,
h) […] através da exame informática;
i) […] f) […]
j) […] 2 - […]
k) […] a) […]
l) […] b) […]
m) […] c) […]
n) […] d) […]
Artigo 34º e) […]
[…] f) […]
1 - O Gabinete da Cooperação Internacional é dirigido g) […]
pelo Diretor Nacional ou por um Coordenador Superior
ou por um Coordenador de Investigação Criminal que ele h) […]
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1- Compete genericamente à Polícia Judiciária: a) Homicídio, bem como ofensas à integridade física
de que venha a resultar a morte do ofendido,
a) coadjuvar as autoridades judiciárias na investigação; quando o agente do respetivo facto delituoso
não seja conhecido;
b) desenvolver e promover as ações de prevenção e
investigação da sua competência ou que lhe b) Corrupção e crimes de responsabilidade;
sejam cometidas pelas autoridades judiciárias
competentes. c) Tráfico de pessoas e auxílio à imigração ilegal,
sem prejuízo das competências da Direção de
2- Compete especificamente à Polícia Judiciária: Estrangeiros e Fronteiras;
a) A investigação dos crimes cuja competência d) Incêndio, explosão, exposição de pessoas a substâncias
reservada lhe é conferida pela presente lei, pela radioativas e libertação de gases tóxicos ou
lei da Investigação Criminal, e dos crimes cuja asfixiantes, desde que, em qualquer caso, o
investigação lhe seja cometida pela autoridade facto seja imputável a título de dolo;
judiciária competente para a direção do processo;
e) Poluição com perigo efetivo para a vida e perigo
b) Assegurar a ligação dos órgãos e autoridades de grave para a integridade física de outrem;
polícia criminal e de outros serviços públicos
nacionais com as organizações internacionais de f) Tortura ou tratamentos cruéis, degradantes ou
cooperação de polícia criminal, designadamente desumanos;
a INTERPOL, a AFRIPOL e a EUROPOL; g) Roubo em instituições de crédito e similares,
c) Assegurar os recursos nos domínios da centralização, repartições das Finanças e Correios;
tratamento, análise e difusão, a nível nacional, da h) Outros crimes contra a fé pública, não previstos
informação relativa à criminalidade participada e na alínea j) do n.º 3, do artigo 3º;
conhecida, da perícia técnico-científica e adequada
às atribuições de prevenção e investigação i) Crimes contra a comunidade internacional;
criminais, necessários à sua atividade e que
apoiem a ação dos demais órgãos de polícia j) Crimes contra a segurança coletiva;
criminal; k) Crimes contra as instituições e os valores do Estado
d) Centralizar as informações em matéria de prevenção Democrático;
criminal e combate à criminalidade organizada
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l) Motim de presos;
e dos crimes sobre estupefacientes e substâncias
psicotrópicas; m) Crimes relativos ao exercício de funções públicas;
e) Assegurar o recebimento e tratamento das n) Organização e associações criminosas; e
comunicações relativas a lavagem de capitais
e a financiamento do terrorismo, nos termos das o) Crimes contra o património em geral.
convenções internacionais a que Cabo-Verde 5 - Pode ainda a Polícia Judiciária assumir a direção de
está vinculado; investigações e processos relativos a crimes de competência
f) Assegurar a execução do controlo do sistema de genérica sempre que estes tenham conexão com crimes
interceções de comunicações, nos termos da lei. de sua competência reservada ou que em razão da
complexidade e gravidade do processo, tal competência
3 - Sem prejuízo do disposto nos artigos 4º e 11º da lhe seja cometida pelo Procurador-Geral da República,
Lei n.º 30/VII/2008, de 21 de julho, alterada pela Lei ouvido o Diretor Nacional.
56/IX/2019, de 15 de julho, que regula a investigação
criminal, é da competência exclusiva da Polícia Judiciária, 6 - Excetua-se do disposto nos números anteriores os
a investigação de crimes com dimensão transnacional crimes para que sejam competentes os tribunais militares.
ou que impliquem cooperação internacional e, ainda, os Artigo 4º
seguintes crimes:
Competência em matéria de prevenção criminal
a) Tráfico de estupefacientes e substâncias psicotrópicas;
1- No domínio da prevenção criminal, compete à Polícia
b) Cibercriminalidade e crimes cometidos através Judiciária efetuar a deteção e dissuasão de situações
de tecnologias de informação e comunicação; propícias à prática de crimes, em especial:
c) Criminalidade económico-financeira; a) Vigiar e fiscalizar lugares e estabelecimentos em
que se proceda à exposição, guarda, fabrico,
d) Contra a comunidade internacional, atentado transformação, restauração e comercialização
contra entidades estrangeiras, ultraje de de antiguidades, arte sacra, livros e mobiliário
símbolos estrangeiros, incitamento à guerra usados, ferro-velho, sucata, veículos e acessórios,
e ao genocídio, recrutamento de mercenários artigos penhorados, de joalharia e de ourivesaria,
e organização para discriminação; elétricos e eletrónicos e quaisquer outros que
e) Contra a Soberania e a Independência Nacional; possam ocultar atividades de recetação ou
comercialização ilícita de bens;
f) Terrorismo e seu financiamento;
b) Vigiar e fiscalizar estabelecimentos que proporcionem
g) Lavagem de capitais e de outros produtos ou bens; ao público a pernoita, acolhimento ou estada,
refeições ou bebidas, parques de campismo e
h) Tráfico e viciação de veículos furtados e roubados; outros acampamentos e outros locais, sempre que
i) Contra a liberdade de pessoas e crimes sexuais e exista fundada suspeita de prática de prostituição,
jogo clandestino, tráfico de pessoas, tráfico de
j) Falsificação de moeda, títulos de crédito, valores armas, tráfico de estupefacientes e fabrico ou
selados, títulos públicos e selos. passagem de moeda falsa;
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c) Vigiar e fiscalizar os estabelecimentos de venda ao suporte digital, dos contratos efetuados que lhes forem
público de aparelhos eletrónicos e informáticos contratados pelos respetivos clientes, com menção dos
ou que prestem serviços do mesmo tipo, sempre veículos e identificação completa dos locatários.
que, pela sua natureza, permitam, através de
utilização ilícita, a prática de crimes de contrafação 7 - Os objetos adquiridos pelos estabelecimentos e
de moeda, falsificação de documentos ou crimes locais mencionados na alínea a) do n.º 1 não podem ser
informáticos; modificados ou alienados antes de decorridos vinte dias
contados a partir da entrega das relações a que se referem
d) Vigiar e fiscalizar locais de embarque ou de os n.ºs 3 e 5.
desembarque de pessoas ou de mercadorias,
fronteiras, meios de transporte, locais públicos 8- A violação do disposto nos n.ºs 3 a 7 constitui
onde se efetuem operações comerciais, de bolsa contraordenação punida com coima de 50.000$00 a
ou bancárias, estabelecimentos de venda de 450.000$00, sendo os limites máximos e mínimos reduzidos
valores selados, casas ou recintos de reunião, a metade, em caso de negligência, cuja aplicação é da
de espetáculos ou de diversões, casinos e salas competência do Diretor Nacional, que pode delegar e
de jogo e quaisquer locais que possam favorecer determinar a entidade da Polícia Judiciária a quem
a delinquência; compete a respetiva investigação.
e) Vigiar e fiscalizar atividades suscetíveis de 9 - As ações a que se referem as alíneas b) a e) do n.º 1
propiciarem atos de devassa ou violência sobre são realizadas sem prejuízo das atribuições dos restantes
as pessoas, ou de manipulação da credulidade órgãos de polícia criminal.
popular, designadamente anúncios fraudulentos, 10 - As ações realizadas no âmbito da prevenção criminal
mediação de informações, cobranças e angariações podem ser documentadas em expediente próprio.
ou prestações de serviços pessoais;
11- A negligência é punível relativamente à contraordenação
f) Promover e realizar ações destinadas a fomentar a a que se refere o n.º 8.
prevenção geral e a reduzir o número de vítimas da
prática de crimes, motivando os cidadãos a adotarem Artigo 5º
precauções e a reduzirem os atos e as situações que Competência em matéria contraordenacional
facilitem ou precipitem a ocorrência de condutas
criminosas; A Polícia Judiciária tem competência contraordenacional
nos casos previstos na lei.
g) Proceder às diligencias adequadas ao esclarecimento
das situações e à recolha de elementos probatórios; Artigo 6º
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3 - Detenção em flagrante delito, quando no decurso 4 - Os modelos dos meios de identificação previstos
de revistas e buscas sejam apreendidos ao suspeito nos números anteriores são aprovados por portaria do
objetos que tiverem servido ou estivessem destinados a membro do Governo responsável pela área da Justiça.
servir a prática de um crime ou constituam seu produto, Artigo 14º
seja punível com pena de prisão, ainda que com pena
alternativa de multa. Dispensa temporária de identificação
4 - A realização de quaisquer dos atos previstos nos 1- A Polícia Judiciária pode dispensar temporariamente
números anteriores obedece, subsidiariamente, à tramitação a necessidade de revelação da identidade e da qualidade
do Código de Processo Penal, tem de ser de imediato dos seus funcionários de investigação, dos meios materiais
comunicada à autoridade judiciária titular da direção e dos equipamentos utilizados.
da instrução para os devidos efeitos e sob as cominações
da lei processual penal e, no caso dos n.ºs 2 e 3, o detido 2- A Polícia Judiciária pode determinar o uso de um
tem de ser apresentado no prazo legalmente previsto à sistema de codificação da identidade e categoria dos
autoridade judiciária competente, sem prejuízo de esta, funcionários de investigação envolvidos na formalização de
se assim o entender, determinar a apresentação imediata. atos processuais, sem prejuízo da respetiva descodificação
Artigo 11º para fins processuais, por determinação da autoridade
judiciária competente.
Especificidades e exigências das funções
1 - As funções da Polícia Judiciária são de carácter 3- A dispensa temporária de identificação e a codificação
permanente e obrigatório, sendo a permanência nos a que se referem os números anteriores são reguladas por
serviços assegurada, fora do horário normal, por um serviço Portaria do membro do Governo responsável pela área
de piquete, que funciona de acordo com o regulamento da Justiça, sob proposta da Direção Nacional.
aprovado por portaria conjunta dos membros do Governo 4- A autorização da dispensa temporária de identificação
responsáveis pelas áreas da Justiça e das Finanças. e da codificação referida nos números anteriores são
2 - Todo o pessoal da Polícia Judiciária tem o dever da competência do Diretor Nacional ou da de quem o
de comunicar superiormente qualquer facto do seu substituiu.
conhecimento que possa estar relacionado com a preparação Artigo 15º
ou execução de algum crime, quer se encontrem ou não
a decorrer investigações. Direito especial de acesso
3 - O pessoal de investigação criminal que tenha 1- Os funcionários mencionados no n.º 1 do artigo 13º,
conhecimento da preparação ou consumação de algum quando devidamente identificados, têm livre acesso aos
crime deve, em qualquer circunstância, mesmo que se estabelecimentos e locais referidos no n.º 1 do artigo 4º, bem
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encontre fora da sua área de atividade normal, tomar as como a todos os demais que possam ser sujeitos a ações
providências para evitar a sua prática ou para descobrir de prevenção ou investigação criminal e de coadjuvação
e prender, com respeito pela lei, os seus agentes. de autoridades judiciárias.
Artigo 12º
2 - Na realização das ações de investigação criminal ou
Segredo de justiça e profissional de coadjuvação judiciária, podem os mesmos funcionários
1 - Todos os atos praticados no domínio de investigação entrar, observadas as formalidades legais, em quaisquer
criminal e de coadjuvação das autoridades judiciárias repartições ou serviços públicos, empresas, sociedades
estão sujeitos ao segredo de justiça nos termos da lei. comerciais, industriais e cooperativas, escritórios,
aeroportos, portos e outras instalações que não sejam
2 - As ações de prevenção, os processos contraordenacionais, domicílio de cidadãos.
disciplinares, de inquérito, de sindicância, de averiguações
e ainda quaisquer factos com elas relacionados estão 3 - Quando se tratar de investigações urgentes, destinadas
sujeitos ao segredo profissional. à conservação da prova, a entrada prevista no número
3 - O pessoal da Polícia Judiciária não pode fazer anterior pode efetuar-se sem formalismos legais, sempre
revelações públicas relativas a processos ou sobre matéria que possível na presença de proprietários, diretores,
de índole reservada, salvo o que se encontra previsto neste gerentes, representantes, responsáveis, encarregados e
diploma sobre informação pública e ações de natureza equiparados ou empregados.
preventiva junto da população e ainda o disposto nas 4 - Quando as circunstâncias o justificarem, pode o
leis de processo penal. pessoal da investigação criminal, na realização das ações
4 - As declarações a que alude o número anterior, referidas nos números anteriores, fazer-se acompanhar
quando admissíveis, dependem de prévia autorização do de peritos ou de pessoal de apoio técnico especializado,
Diretor Nacional, ou a quem tenha sido delegada essa podendo o Diretor Nacional, quando as circunstâncias e
competência, sob pena de procedimento disciplinar, sem o tipo de funções o justifiquem, emitir credenciais para
prejuízo da responsabilidade penal a que houver lugar. o efeito, com referência expressa ao local ou locais e
períodos de validade.
Artigo 13º
Meios de identificação profissional 5 - Em todos os casos previstos nos n.ºs 2 e 3 é sempre
obrigatória a elaboração de informação ou auto respetivo,
1- Às autoridades da polícia criminal e ao restante com descrição, nomeadamente, dos pressupostos,
pessoal da carreira de investigação criminal é atribuído fundamentos e resultados das investigações.
um cartão de livre-trânsito e um crachá, que utilizam
como meios de identificação profissional e de acesso nas 6 - Os funcionários titulares de livre trânsito e de
situações e condições previstas nos artigos seguintes. credencial emitida nos termos do artigo 13º, podem utilizar,
2 - Em ações públicas, os funcionários referidos no mediante a sua exibição, transportes públicos coletivos
número anterior identificam-se através de quaisquer terrestres, marítimos e aéreos nas viagens realizadas
meios que revelem inequivocamente a sua qualidade. em território nacional, devendo, porém, relativamente
aos aéreos, ser ainda portadores de requisição emitida
3 - Para o pessoal de apoio e para o pessoal operário pelo Diretor Nacional ou pelo Diretor Nacional Adjunto
ou auxiliar é emitido um cartão de modelo próprio para que refira expressamente a viagem ou viagens concretas
meros efeitos de identificação profissional. a realizar.
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2- Podem ser criados outros Departamentos de 1- Ao Diretor Nacional compete, em geral, dirigir e
Investigação Criminal, ou de Apoio à Investigação coordenar superiormente a Polícia Judiciária e, em especial:
Criminal, especializados segundo áreas de criminalidade a) Representar a Polícia Judiciária;
e de perícia forense, por portaria do membro do Governo
responsável pela área de justiça, sob proposta do Diretor b) Presidir ao Conselho Superior da Polícia Judiciária;
Nacional, ouvido o Procurador Geral da República.
c) Presidir ao Conselho de Administrativo;
3- Junto do Diretor Nacional funciona o Conselho
Superior de Polícia Judiciária. d) Colocar os diretores de departamentos;
Artigo 23º e) Fixar o modo de dependência e articulação entre
a Direção Central de Investigação Criminal,
Direção os Departamentos de Investigação Criminal,
1- A Direção Nacional é dirigida por um Diretor o Gabinete de Recuperação de Ativos (GRA) e
o Grupo de Operações Especiais- GOE;
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área do território nacional cuja atribuição lhe tenha sido de polícia criminal, a execução das diligências
delegada, previamente, pelo Diretor Nacional, Procurador que lhe forem solicitadas pelos seus congéneres
Geral da República e/ou Procurador da República. estrangeiros;
2 - Compete ainda à Direção Central de Investigação c) Promover a realização de diligências que, em matéria
Criminal: de investigação criminal, devam ser executadas
pelas autoridades competentes;
a) orientar e coordenar, a nível da unidade orgânica
no domínio da respetiva competência, o Grupo d) Receber e encaminhar às autoridades estrangeiras
de Operações Especiais - GOE e o núcleo de de polícia criminal os pedidos de detenção
expediente e arquivo; provisória que devam ser executados no âmbito
dos processos de extradição;
b) Emitir ordens e instruções tendentes à execução das
diretivas, despachos e instruções permanentes e) Proceder ou mandar proceder à detenção de indivíduos
de serviço cuja aplicação deva assegurar; sob pedido oficial de extradição, promovendo
a sua apresentação ao ministério público do
c) Distribuir o pessoal pelos serviços que dirige; tribunal competente;
d) Exercer o poder disciplinar; f) Providenciar pela entrega dos cidadãos já extraditados
e) Emitir informações e pareceres que lhe forem por decisão com trânsito em julgado às autoridades
solicitados pelo Diretor Nacional ou pelo Diretor legítimas do estado requerente;
Nacional Adjunto; g) Colaborar na remoção para território nacional dos
f) Apresentar superiormente, até 31 de janeiro, o extraditados para cabo verde e acordar com as
relatório anual de atividades; autoridades estrangeiras a data e a forma da
sua execução;
g) Exercer as competências que lhe forem delegadas
ou subdelegadas. h) Dar cumprimento às diretrizes e recomendações
de serviço emanadas pelo secretariado-geral da
Subsecção IV organização internacional de polícia criminal;
Competências das secções centrais de investigação criminal
i) Propor superiormente a adoção de medidas suscetíveis
Artigo 35º de contribuir para a prevenção e repressão da
Competências e composição das secções centrais criminalidade, especialmente, internacional,
de investigação criminal promovendo a aplicação das recomendações e
resoluções aprovadas pela organização internacional
As secções centrais de investigação criminal têm de polícia criminal;
competências operacionais especializadas nos domínios
de prevenção e investigação de crimes com dimensão j) Estabelecer estreita colaboração com as autoridades
transnacional ou que impliquem cooperação internacional, policiais e outras entidades, designadamente as de
que pelas suas naturezas graves, violentas e complexas, fronteiras, aduaneiras, portuárias, aeroportuárias
atentam contra o normal funcionamento das instituições e a guarda costeira nacional, procedendo ao
democráticas, o regular exercício dos direitos, liberdades intercâmbio de informações relativas a criminosos
e garantias fundamentais dos cidadãos e a legalidade internacionais e à difusão de documentação de
democrática. interesse policial;
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e dos sistemas de comunicação e exploração. g) Outras áreas afins de interesse para a investigação
Artigo 49º criminal.
Direção 6 - Ao Laboratório da Polícia Científica compete proceder
às diligências ou exames que exigem conhecimentos
O Departamento de Informação Criminal, Polícia científicos especializados, nomeadamente, nos setores
Técnica e Apoio Tecnológico é dirigido por um coordenador referidos no n.º 5.
superior ou coordenador de investigação criminal.
Artigo 50º 7 - O Laboratório da Polícia Científica pode recorrer à
colaboração de outros estabelecimentos ou laboratórios da
Dever de colaboração
especialidade ou propor que neles se efetuem os exames.
1 - Para efeitos de registo policial, todas as autoridades 8 - O Laboratório da Polícia Científica submete ao
remeterão os respetivos boletins ao Departamento de Diretor Nacional, para aprovação, e em cada período de
Informação Criminal, Polícia Técnica e Apoio Tecnológico. dois anos, os processos e mecanismos de acreditação e
2 - Os serviços centrais dos departamentos governamentais controlo de qualidade.
responsáveis pelos registos, notariado, identificação,
estabelecimentos prisionais e os tribunais enviarão 9 - O Laboratório da Polícia científica goza de autonomia
ao Departamento de Informação Criminal e de Polícia técnica e científica.
Técnica os elementos com manifesto interesse para Subsecção IX
efeitos de registo. Gabinete de Perícia Financeira e Contabilística
Subsecção VII Artigo 53º
Departamento de apoio à investigação criminal Direção e Competências
Artigo 51º 1- O Gabinete de Perícia Financeira e Contabilística é
Direção, composição e estrutura dirigido por um Coordenador de Investigação Criminal,
1 - O Departamento de Apoio à Investigação Criminal Inspetor Chefe, Especialistas Superiores ou Especialistas,
é dirigido por um Coordenador Superior ou por um detentores de licenciatura adequada, de reconhecida
Coordenador de Investigação Criminal. competência profissional e experiência para o exercício
das funções, nomeado pelo Diretor Nacional, sendo
2 - O Departamento de Apoio à Investigação Criminal equiparado a um chefe de área.
compreende os seguintes serviços e setores:
2- Ao Gabinete de Perícia Financeira e Contabilística
a) O Laboratório da Polícia Científica; compete, designadamente:
b) O Gabinete de Perícia Financeira e Contabilística; e a) Realizar perícias contabilísticas, financeiras,
c) O Serviço de Armamento e Segurança. económicas e bancárias e elaborar pareceres;
3 - Os serviços de apoio podem ser constituídos por: b) Coadjuvar as autoridades judiciárias, prestando
assessoria técnica nas fases de investigação,
a) Áreas; de instrução e de julgamento.
b) Setores; 3- O Gabinete de Perícia Financeira e Contabilística
c) Núcleos. goza de autonomia técnica e científica.
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b) Quaisquer outras receitas que lhe sejam atribuídas Compete ao Conselho Superior:
por lei, contrato ou a outro título; a) Elaborar o projeto do seu regimento interno e do
c) O reembolso de despesas efetuadas pela Polícia seu regulamento eleitoral, a homologar pelo
Judiciária, no cumprimento de pedidos de membro do Governo responsável pela área da
cooperação judiciária internacional em matéria Justiça;
penal, cuja execução lhe tenha sido delegada, b) Dar parecer, quando solicitado pelo Diretor Nacional,
abrangidas pelo n.º 2 do artigo 26º da Lei n.º sobre os assuntos de interesse para a Polícia,
6/VIII/2011, de 29 de agosto. designadamente em matéria das suas condições
de funcionamento;
3 - As quantias cobradas ao abrigo do disposto no número
anterior são pagas à Polícia Judiciária, de acordo com a c) Pronunciar-se, com carácter consultivo, sobre projetos
tabela aprovada por portaria do Governo responsável legislativos que digam respeito à Polícia, quando
peal área da Justiça. para tal for solicitado pelo Diretor Nacional;
4- As receitas referidas no n.º 2 são consignadas à d) Apresentar ao Diretor Nacional sugestões sobre
realização de despesas da Polícia Judiciária durante a medidas relativas à dignificação dos serviços e
execução do orçamento do ano a que respeitam, podendo a melhoria das condições sociais e de trabalho
os saldos não utilizados transitar para o ano seguinte. do pessoal da Polícia;
Artigo 65º e) Emitir parecer quando proposta a aplicação de
Despesas confidenciais pena disciplinar de aposentação compulsiva
ou de demissão;
1- A Polícia Judiciária pode realizar despesas sujeitas
a regime de despesas confidenciais, definido neste artigo, f) Emitir parecer sobre proposta de atribuição de
nos casos em que o conhecimento ou divulgação da menção de mérito excecional, insígnias ou títulos
identidade dos prestadores de serviços possa colocar em e concessão de outros agraciamentos.
risco a sua vida ou integridade física ou o conhecimento Artigo 68º
de circunstancialismo da realização da despesa possa Sistema eleitoral
comprometer quer a eficácia quer a segurança das
atividades de investigação e apoio à investigação. 1- Os membros eleitos são escolhidos por voto secreto e
nominal de entre os elementos de cada uma das categorias,
2- As despesas confidenciais ou classificadas são no que se refere ao pessoal de investigação, e de entre os
justificadas por documento assinado pelo Diretor Nacional. elementos de todas as carreiras e categorias do pessoal
3- A prestação de contas das despesas realizadas ao de apoio no que se reporta ao restante pessoal.
abrigo deste artigo é feita perante o Procurador-Geral 2- São membros efetivos os elementos mais votados e
da República. suplentes os que lhes seguirem por ordem decrescente
4- As demais regras de gestão orçamental deste tipo de de votos.
despesas são fixadas por Despacho dos membros do Governo 3- Em caso de empate, haverá nova eleição restrita aos
responsáveis pelas áreas das Finanças e da Justiça. elementos em relação aos quais o mesmo se tiver verificado.
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os serviços de prevenção e de investigação criminal de prevista, que cabe àquele órgão do estado;
que seja incumbido, nomeadamente:
c) Tem como limites os poderes do membro do governo
a) Realizar operações, ações, diligências e atos de responsável pela área da justiça, que decorre do
investigação criminal e os correspondentes atos preceituado no n.º 1 do artigo 1º, e a autonomia no
processuais; domínio do planeamento operacional e execução
b) Proceder a vigilâncias ou detenções; técnica das ações de investigação a que se reporta
o n.º 3 do artigo 2º.
c) Pesquisar, recolher, compilar, tratar e remeter
às respetivas unidades a informação criminal 3 - O Procurador-Geral da República pode, no entanto,
com menção expressa na investigação em curso; ordenar inspeções gerais periódicas aos processos cuja
investigação criminal respetiva seja da competência
d) Elaborar relatórios, informações, mapas, gráficos da Polícia Judiciária para fiscalização de como aquela
e quadros; direção foi exercida e de como os atos de investigação
criminal e da respetiva instrução penal foram praticados,
e) Executar outras tarefas de investigação criminal nomeadamente, quando ao cumprimento da Constituição
que lhe forem superiormente determinadas; e das Leis que os regem e tendo em vista, ainda, apurar
f) Colaborar em ações de formação; o seu grau de eficácia.
g) Conduzir viaturas de serviço quando superiormente 4 - Em resultado de dados obtidos, em qualquer das
autorizado. ações de fiscalização referidas nos números anteriores,
pode o Procurador-Geral da República emitir diretrizes ou
Artigo 79º instruções genéricas que visem a melhoria da atividade
Grupo de Operações Especiais processual e o aumento da eficácia da investigação criminal.
1- O Grupo de Operações Especiais GOE constitui, Artigo 82º
no quadro das competências da Polícia Judiciária, uma Inquéritos, inspeções e sindicâncias
unidade de apoio à investigação criminal em situações
de crise, violência iminente ou declarada, cuja resolução 1- O Procurador-Geral da República pode propor ao
ultrapasse os meios normais e convencionais de atuação, membro do Governo responsável pela área da justiça
à ordem do Diretor Nacional, sem prejuízo do disposto na a realização de inquéritos, inspeções e sindicâncias
legislação aplicável no âmbito da articulação das forças e aos serviços da Polícia Judiciária, se entender que, da
serviços de segurança no Sistema de Segurança Interna. apreciação dos dados referidos no n.º 3 do artigo anterior,
existe matéria indiciária que o justifique, indicando o
2- O GOE deve cooperar e articular com as outras âmbito e o objeto de incidência.
forças e serviços de segurança do Sistema de Segurança
Nacional (SSN), bem como com organismos ou equipas 2- A realização desses inquéritos ou sindicâncias
análogas estrangeiras. também pode ser efetuada por solicitação do membro do
Governo responsável pela área da justiça ou por proposta
3- A organização, competência e funcionamento do do Diretor Nacional, cabendo, em todos os casos, ao
GOE são regulados por Portaria do membro do Governo, Ministério Público a instrução dos processos disciplinares
responsável pela área da justiça, sob proposta do Diretor que devam seguir-se, sendo, no seu termo, submetidos a
Nacional. decisão daquele membro do Governo.
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3- O Diretor Nacional pode ordenar a realização de c) Chefiar e orientar o desenvolvimento das atividades
inquéritos, averiguações, inspeções e sindicâncias aos da respetiva unidade orgânica;
serviços da Polícia Judiciária, para verificar o grau de
cumprimento e implementação das orientações e decisões d) Fazer executar as diretivas, despachos e instruções
que visam a melhoria e eficácia dos serviços. permanentes de serviços cuja aplicação deva
assegurar;
4- As conclusões obtidas deverão ser dadas a conhecer
ao membro do Governo responsável pela área da Justiça. e) Fazer o acompanhamento profissional no local de
trabalho, apoiando e motivando os trabalhadores
Artigo 83º e proporcionando os adequados conhecimentos
necessários ao exercício do respetivo posto ou
Regime disciplinar função, bem como promover os procedimentos
adequados ao aumento da qualidade do serviço;
1- O regime disciplinar rege-se pelos princípios e
normas estabelecidos no Regulamento Disciplinar da f) Divulgar junto dos funcionários os documentos
Polícia Judiciária. internos e as normas de procedimentos a adotar
pelo serviço, bem como debater e esclarecer
2- Os funcionários têm o dever de comunicar por as ações a desenvolver para cumprimento dos
escrito ao superior hierárquico competente os factos do objetivos do serviço, de forma a garantir o
seu conhecimento que constituam infração disciplinar. empenho e a assunção de responsabilidades
por parte dos funcionários;
3- O Diretor Nacional, o Diretor Nacional Adjunto, os
diretores de departamentos, os Coordenadores Superiores g) Proceder, de forma objetiva, à avaliação do mérito
e os Coordenadores de Investigação Criminal, têm dos funcionários que exercem funções na sua
competência disciplinar sobre o pessoal que lhes está unidade orgânica e, consequentemente, propor
orgânica e funcionalmente subordinado. a frequência de ações de formação consideradas
úteis e necessárias ao suprimento das necessidades
4- O âmbito da competência a que se refere o número formativas, sem prejuízo do direito à autoformação;
anterior, é fixado pelo Regulamento Disciplinar da Polícia
Judiciária, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 3/2009, de 12 h) Proceder ao controlo efetivo da assiduidade,
de janeiro. pontualidade e cumprimento do período normal
de trabalho por parte dos funcionários;
CAPÍTULO V
i) Autorizar a passagem de certidões de documentos
PESSOAL COM FUNÇÕES arquivados na respetiva unidade orgânica, exceto
quando contenham matéria confidencial ou
3 297000 000000
DE COORDENAÇÃO OU CHEFIA
reservada, bem como a restituição de documentos
Secção I aos interessados.
Designação e Competências 3- Compete, ainda, ao chefe de área:
Artigo 84º a) Apresentar ao Diretor Nacional o relatório anual
de atividades;
Unidade de Investigação Criminal
b) Exercer as competências delegadas e subdelegadas
1- A criação de unidade de investigação criminal, deve pelo Diretor Nacional;
ser previamente autorizada pelo membro do Governo
responsável pela área da justiça, sob proposta devidamente c) Exercer as demais competências que lhes sejam
fundamentada da Direção Nacional da Polícia Judiciária. conferidas por lei ou regulamento.
Artigo 86º
2- O responsável pela Unidade local de Investigação
Criminal é designado por despacho do Diretor Nacional, Chefe de setor
em comissão de serviço, pelo período de três anos,
renovável por iguais períodos, entre os Coordenadores de 1- O chefe de setor é designado por despacho do Diretor
Investigação Criminal ou Inspetores Chefes, com mais Nacional, em regime de comissão de serviço, pelo período
de cinco anos na categoria. de três anos, renovável por iguais períodos, de entre
Inspetores-chefes, Especialista, Técnico Administrativo,
3- A instalação e competências da unidade de investigação Segurança, com mais de 5 (cinco) anos de função, de
criminal, criada ao abrigo do disposto no n.º 1, são definidas reconhecida competência profissional, idoneidade, e
por despacho do Diretor Nacional da Policia Judiciaria. experiência para o exercício do cargo, habilitados com
formação ministrada pelo Centro de Formação da Polícia
Artigo 85º Judiciária.
Chefe de área 2- Compete ao chefe de setor:
1- O chefe de área é designado por despacho do Diretor a) Coadjuvar o diretor da unidade orgânica ou chefe
Nacional, em regime de comissão de serviço, pelo período de área;
de três anos, renovável por iguais períodos, de entre
Coordenadores de Investigação Criminal, Inspetores b) Representar a sua unidade orgânica;
Chefes, Especialista Sénior ou por Especialista Superior, c) Chefiar e orientar o desenvolvimento das atividades
habilitados com formação ministrada pelo Centro de da respetiva unidade orgânica;
Formação da Polícia Judiciária.
d) Emitir informações que lhe forem solicitadas
2- Compete ao chefe de área: superiormente;
a) Coadjuvar o diretor da unidade orgânica; e) Fazer a articulação entre os diversos núcleos que
organicamente estejam integrados no setor
b) Representar a sua unidade orgânica; que dirige.
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Diretor Nacional, quando os índices de criminalidade O presente Decreto-Legislativo entra em vigor no dia
o justifiquem, e estudo prévio demonstre inequívoca e seguinte ao da sua publicação.
cumulativamente:
Visto e aprovado em Conselho de Ministros.
a) A impossibilidade real de proceder com eficácia
às respetivas investigações no quadro das José Maria Pereira Neves – Marisa Helena do Nascimento
competências territoriais previstas no presente Morais.
diploma; Promulgado em 13 de agosto de 2008.
b) A previsão fundamentada de disponibilidade Publique-se.
material de manutenção ao longo do tempo de
meios adequados ao cumprimento dos objetivos O Presidente da República, PEDRO VERONA RODRIGUES
visados com a criação do novo Departamento. PIRES.
2- A criação de novos Departamentos é efetuada por Referendado em 14 de agosto de 2008.
diploma do Governo, ouvido o Procurador-Geral da
República. O Primeiro-Ministro, José Maria Pereira Neves.
I SÉRIE
BOLETIM
O FI C I AL
Registo legal, nº 2/2001, de 21 de Dezembro de 2001
I.N.C.V., S.A. informa que a transmissão de actos sujeitos a publicação na I e II Série do Boletim Oficial devem
obedecer as normas constantes no artigo 28º e 29º do Decreto-Lei nº 8/2011, de 31 de Janeiro.
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