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1. Introdução...........................................................................................................................3
1.3. Metodologias...............................................................................................................3
5. A literatura lusófona......................................................................................................16
7. Conclusão.............................................................................................................................20
8. Bibliografia..........................................................................................................................21
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1. Introdução
Para elaboração do presente trabalho farei uma analise bibliográfica permitirá identificar os
principais conceitos e teorias relacionados à Lusofonia, além de analisar as contribuições
académicas existentes sobre o assunto.
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A história da CPLP remonta aos séculos XV e XVI, quando Portugal estava no auge de sua
expansão colonial. Durante esse período, exploradores portugueses, como Vasco da Gama e
Pedro Álvares Cabral, navegaram por oceanos desconhecidos e estabeleceram uma rede de
colónias em diferentes partes do mundo. Em muitos desses territórios colonizados, o
português foi imposto como língua oficial, tornando-se um elemento duradouro da herança
cultural dessas regiões (Ferreira, 2015).
A semente da ideia de uma organização que reunisse as nações de língua portuguesa foi
plantada nas décadas de 1980 e 1990, quando líderes e intelectuais dos países de língua
portuguesa começaram a explorar maneiras de fortalecer os laços entre eles. Essa ideia
ganhou força e culminou na criação da CPLP em 17 de Julho de 1996, durante uma cúpula
realizada em Lisboa, Portugal (Ferreira, 2015).
O objectivo central da CPLP desde a sua fundação tem sido promover a cooperação política,
económica, cultural e social entre seus Estados-membros. A língua portuguesa, sendo um elo
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comum, desempenha um papel central nas actividades da organização. A CPLP também tem
buscado promover a paz, a estabilidade, a democracia e o desenvolvimento entre seus
membros, além de fortalecer os laços culturais e históricos compartilhados (Gomes Cravinho,
2018).
A CPLP não é apenas uma organização que celebra a língua portuguesa, mas também uma
plataforma que permite que seus membros colaborem em questões globais e regionais. Ela
tem servido como um fórum onde os líderes dos países-membros podem discutir questões de
interesse comum, coordenar posições em questões internacionais e buscar soluções conjuntas
para desafios globais (Gomes Cravinho, 2018).
A Conferência dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) tem uma série de objectivos
fundamentais que orientam suas actividades e missões. Esses objectivos são amplos e
abrangem diversas áreas, reflectindo a natureza multilateral da organização e sua aspiração de
promover o desenvolvimento, a cooperação e a promoção da língua e cultura portuguesas. A
seguir, estão os principais objectivos da CPLP:
A Conferência dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) possui uma estrutura organizacional
que visa coordenar e facilitar suas actividades, bem como promover a cooperação entre seus
Estados-membros (Medina, 2017). Essa estrutura é composta por diversos órgãos e
instituições, cada um com funções específicas. Abaixo, a estrutura da CPLP:
A Conferência dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) funciona por meio de uma série de
mecanismos e processos que visam promover a cooperação entre seus Estados-membros nas
áreas política, económica, cultural, educacional e social (Leitão & Marques, 2017). A seguir,
veremos como a CPLP funciona:
A Conferência dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) enfrenta uma série de desafios em
sua busca por promover a cooperação entre os países-membros e alcançar seus objectivos
(Franco, 2019).
A missão e os objectivos do Instituto Camões são fundamentais para entender seu papel na
promoção da língua portuguesa e da cultura lusófona em escala global.
Presença Global: O Instituto Camões estabelece e mantém uma presença global com
centros e leitorados em diferentes países, onde a língua portuguesa é ensinada e onde
actividades culturais são promovidas. Esses centros funcionam como embaixadores
culturais de Portugal, contribuindo para a difusão da língua e cultura portuguesas.
Uma das principais áreas de actuação do Instituto Camões é o ensino da língua portuguesa.
Como frisado por" Venâncio (2018), "O Instituto Camões tem uma missão multifacetada que
inclui a promoção da língua portuguesa, a divulgação da cultura lusófona, o fortalecimento
dos laços culturais entre Portugal e outros países lusófonos e a promoção da cooperação
internacional. Através de uma extensa rede de centros e leitorados, a instituição oferece
cursos de português para estrangeiros em diversos países, abrangendo desde iniciantes até
níveis avançados. Essa abordagem visa tornar o português acessível a pessoas de diferentes
origens culturais e linguísticas, promovendo a comunicação e o entendimento intercultural.
Além de sua presença física em todo o mundo, o Instituto Camões também mantém uma
presença digital significativa. Ele oferece recursos digitais, cursos online e material de apoio
para estudantes de português em todo o mundo, tornando o aprendizado mais acessível.
Além disso, a instituição facilita a cooperação cultural e educacional entre Portugal e outros
países, promovendo intercâmbios académicos, parcerias entre instituições culturais e
projectos de desenvolvimento cultural. Isso fortalece os laços entre Portugal e seus parceiros
lusófonos e contribui para uma comunidade cultural mais vibrante e integrada.
O primeiro acordo ortográfico foi assinado em 1945, principalmente entre Portugal e Brasil,
com a intenção de padronizar a ortografia da língua portuguesa. No entanto, não foi ratificado
por todos os países lusófonos, o que limitou sua eficácia.
O terceiro acordo ortográfico, também conhecido como o Acordo Ortográfico de 1990, foi o
mais abrangente e ambicioso. Foi assinado em Lisboa em 1990 e visava unificar a ortografia
em todos os países lusófonos, incluindo Portugal, Brasil, Moçambique, Angola, Cabo Verde,
Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
Em Portugal, o acordo foi implementado de forma mais abrangente, mas também enfrentou
críticas e resistência por parte de alguns sectores da sociedade.
Outros países da CPLP, como Cabo Verde e São Tomé e Príncipe, adoptaram o Acordo
Ortográfico de 1990 de forma mais abrangente, mas a adesão vária em diferentes regiões
devido à diversidade linguística e cultural.
Moçambique e Angola optaram por não ratificar o Acordo Ortográfico de 1990 e continuam a
seguir suas próprias normas ortográficas devido à rica diversidade linguística e influências
específicas.
O Timor-Leste também não aderiu ao acordo, preferindo preservar suas próprias tradições
ortográficas devido à influência histórica de Portugal.
5. A literatura lusófona
A literatura lusófona é um universo literário vasto e fascinante que abrange obras escritas em
língua portuguesa, reflectindo a riqueza e a diversidade cultural dos países e regiões que
compartilham o idioma. Essa tradição literária é um testemunho do encontro de culturas, das
experiências históricas e das vozes distintas que contribuíram para moldar o panorama
literário lusófono ao longo dos séculos (Ribeiro, 2021).
A história da literatura lusófona tem suas raízes no trovadorismo, um movimento literário que
floresceu nos séculos XII e XIII em Portugal. Nesse período, surgiram as "Cantigas de Amor
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No século XVI, um dos expoentes máximos da literatura lusófona, Luís de Camões, emergiu
com sua obra-prima épica, "Os Lusíadas." Esta epopeia narra as aventuras ousadas dos
navegadores portugueses durante a Era dos Descobrimentos, exaltando a exploração e os
feitos heróicos. "Os Lusíadas" é considerado um dos épicos mais importantes da literatura
mundial e marca a transição para o Renascimento português (Carvalho, 2019).
A literatura lusófona é caracterizada pela diversidade de temas e estilos. Ela explora questões
de identidade, colonialismo, independência, relações humanas e sociedade. Além disso,
muitos autores incorporam influências culturais locais, enriquecendo ainda mais suas
narrativas (Machado, 2020).
que moldaram essa tradição literária ao longo dos séculos, conectando pessoas de diferentes
origens através da língua portuguesa e das histórias que ela conta (Machado, 2020).
Os escritores de língua portuguesa têm deixado uma marca indelével na cena literária global,
e muitos deles foram agraciados com diversos prémios literários ao longo dos anos. Esses
prémios reconhecem não apenas a excelência literária, mas também a contribuição cultural e
o impacto de suas obras.
O Prémio Camões é uma das mais prestigiosas honrarias literárias do mundo lusófono, sendo
reconhecido como o maior reconhecimento literário na língua portuguesa. Estabelecido em
1988, esse prémio é uma colaboração entre Portugal e Brasil e tem como objectivo
homenagear e celebrar os escritores que, ao longo de suas carreiras, contribuíram de maneira
excepcional para a riqueza e a diversidade da literatura em língua portuguesa (Medina, 2017).
O Prémio Camões é concedido anualmente a um autor cujas obras tenham deixado uma
marca indelével na literatura lusófona, abrangendo uma ampla gama de estilos literários e
temas. É um reconhecimento não apenas da excelência literária, mas também do impacto
cultural e intelectual que a obra de um escritor teve não apenas em seu próprio país, mas
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também em todo o mundo lusófono e, em muitos casos, além das fronteiras desse universo
linguístico.
O prémio leva o nome do renomado poeta português Luís de Camões, cuja epopeia "Os
Lusíadas" é uma das obras mais icónicas da literatura lusófona. A escolha do nome de
Camões para baptizar esse prémio é emblemática, pois reflecte a busca contínua por
excelência literária e a promoção da língua portuguesa em todo o mundo.
Essa distinção literária não apenas honra os escritores, mas também enriquece a herança
cultural e intelectual da língua portuguesa, promovendo-a internacionalmente (Medina,
2017).
João Cabral de Melo Neto (1990, Brasil): Um dos poetas mais influentes da
literatura brasileira do século XX, conhecido por sua linguagem concisa e
lírica.
José Saramago (1995, Portugal): Um dos autores mais renomados da
literatura contemporânea, Saramago é conhecido por obras como "Ensaio
sobre a Cegueira" e "Memorial do Convento." Ele também ganhou o Prémio
Nobel de Literatura em 1998.
Mia Couto (2013, Moçambique): Reconhecido por sua prosa poética e
narrativas que exploram questões culturais e sociais, Mia Couto é uma das
vozes mais importantes da literatura moçambicana.
Raduan Nassar (2016, Brasil): Autor de obras influentes como "Lavoura
Arcaica" e "Um Copo de Cólera," Nassar é conhecido por sua escrita intensa e
introspectiva.
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7. Conclusão
Em conclusão, este trabalho explorou o papel fundamental das instituições na Lusofonia,
destacando a importância da cooperação regional, cultural e diplomática entre os países que
partilham a língua portuguesa. Através da revisão bibliográfica, pudemos perceber como
essas instituições desempenham um papel central na promoção do desenvolvimento
sustentável, na manutenção da paz e na solidificação dos laços entre as nações lusófonas.
A análise crítica da literatura revelou que a Lusofonia é muito mais do que uma comunidade
linguística; é um espaço de colaboração que se estende a várias áreas, incluindo cultura,
educação, política e economia. As instituições têm desempenhado um papel vital na
coordenação dessas esferas de cooperação e na busca por soluções conjuntas para os desafios
contemporâneos que afectam os países membros.
8. Bibliografia
Carvalho, A. R. (2019). A Importância da Língua Portuguesa na CPLP. Editora Lusomundo.