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1. Introdução...........................................................................................................................3
1.3. Metodologia.................................................................................................................4
3.1. Portugal........................................................................................................................7
3.2. Brasil............................................................................................................................7
3.4.1. Timor-Leste...............................................................................................................8
12. Conclusão......................................................................................................................24
13. Bibliografia...................................................................................................................25
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1. Introdução
A unidade dessa língua é manifesta na sua gramática fundacional, no léxico que a define e
nas convenções que a delineiam, conferindo-lhe uma identidade reconhecível por todos os
falantes do vasto espectro lusófono. Todavia, esta unidade não é uma âncora que tolhe a sua
evolução, mas, sim, um alicerce sólido que permite a proliferação de uma miríade de
manifestações linguísticas singulares.
A diversidade do português, espelhada nas suas variantes geográficas, revela-se tão ampla
quanto as culturas e territórios que abraça. Das nuances do português europeu aos múltiplos
matizes do português brasileiro, sem esquecer das influências linguísticas regionais que
conferem singularidade a cada região, a língua portuguesa é uma galeria de arte linguística
em constante mutação.
1.3. Metodologia
Levantamento Bibliográfico:
Realizar uma ampla pesquisa bibliográfica para colectar informações relevantes sobre a
unidade e diversidade da língua portuguesa. Isso incluirá livros didácticos, manuais de
gramática, estudos linguísticos, obras literárias e documentos académicos.
Análise e Síntese:
A unidade e diversidade da Língua Portuguesa são temas que têm sido explorados por
diversos estudiosos da linguística e da sociolinguística. De acordo com Nascimento (2005), a
unidade da Língua Portuguesa está profundamente enraizada em sua história e na
disseminação global promovida pelos navegadores portugueses durante as Grandes
Navegações. Isso é evidenciado pelo fato de que o legado histórico e cultural deixado por
Portugal desempenha um papel fundamental na manutenção da unidade da língua. O Brasil,
como o maior país lusófono do mundo, é um exemplo notável dessa disseminação.
Além disso, a unidade da língua é mantida por meio de uma gramática normativa que
estabelece regras formais para a escrita e a comunicação verbal. As instituições académicas,
como a Real Academia de Letras em Portugal e a Academia Brasileira de Letras no Brasil,
têm um papel importante na preservação e regulamentação da língua, como afirmado por
Madeira (2017).
Brito (2019) destaca que "A essência da diversidade da Língua Portuguesa reside na sua
capacidade de incorporar influências, expressões e nuances de inúmeras culturas e épocas ao
longo de sua evolução. Essa é uma língua que abraça as marcas do tempo e da geografia,
absorvendo as contribuições de diferentes civilizações, povos e regiões. Ela não é uma língua
estática, mas uma língua viva e dinâmica que reflecte a própria natureza em constante
transformação da sociedade."
Além disso, a Língua Portuguesa desempenha um papel vital na identidade cultural das
comunidades de falantes. Ela é uma ferramenta de comunicação, mas também um meio de
expressão de valores, tradições e identidades. Cada comunidade lusófona contribui para a
diversidade da língua, trazendo sua perspectiva única e suas experiências culturais para o
cenário linguístico global (Brito, 2019).
A língua portuguesa, com sua rica história e influência global, apresenta uma fascinante
miríade de variedades geográficas que reflectem não apenas sua adaptabilidade, mas também
sua capacidade de se enraizar em diferentes contextos geográficos, históricos e culturais. Essa
diversidade linguística é uma celebração da evolução da língua ao longo dos séculos e de
como ela se integrou às várias regiões do mundo (Rebelo, 2013).
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3.1. Portugal
Portugal, como sua pátria original, mantém uma rica diversidade de sotaques e variações
regionais. Lisboa, Porto e os Açores, por exemplo, têm sotaques distintos que reflectem a
diversidade geográfica do próprio país. Essas variações são influenciadas por factores
históricos e dialectos locais e contribuem para a riqueza da língua. O português europeu
preserva traços de suas raízes latinas, mas também incorpora influências de línguas
estrangeiras devido às interacções históricas, como o árabe e outros idiomas europeus
(Rebelo, 2013).
3.2. Brasil
"O Brasil, a maior nação lusófona, apresenta uma notável diversidade de sotaques,
dialectos e vocabulário. Sua vastidão geográfica e diversidade cultural resultaram em
uma multiplicidade de variações linguísticas. As variações geográficas na pronúncia
são evidentes em todo o país, com sotaques distintos nas regiões Norte, Nordeste,
Sudeste, Sul e Centro-Oeste. O sotaque carioca no Rio de Janeiro é muito diferente do
sotaque baiano no nordeste, e essas diferenças frequentemente reflectem as
influências culturais e históricas específicas de cada região. Além disso, o português
brasileiro incorporou elementos de línguas indígenas, línguas africanas e idiomas de
imigrantes, como o italiano, o alemão e o japonês, tornando-o uma das variedades
mais diversificadas e ricas do português." (Bagno, 1999)
Nos países africanos de língua oficial portuguesa, como Angola, Moçambique, Cabo Verde,
Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe, a língua portuguesa também desenvolveu suas próprias
características distintas. Essas variedades africanas do português são influenciadas pelas
línguas locais e pelas experiências históricas e culturais únicas de cada nação (Rebelo, 2013).
Em Macau, uma Região Administrativa Especial da China, o português é uma das línguas
oficiais, junto com o chinês. A variante do português em Macau também é influenciada pela
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língua chinesa e pela cultura local, criando uma variedade linguística única na região
(Madeira, 2017).
Goa, na Índia, também tem uma história rica de influência portuguesa. O português foi a
língua oficial durante a colonização, e embora não seja mais amplamente falado, ainda tem
presença e influência na região. Essa influência é vista em nomes de lugares, costumes e até
na culinária goesa (Nascimento, 2005).
3.4.1. Timor-Leste
Em Timor-Leste, a língua portuguesa é uma das línguas oficiais e é influenciada pelo tétum, a
língua indígena predominante. Essa influência do tétum se reflecte na gramática e no
vocabulário do português em Timor-Leste, ilustrando como a língua se adapta e coexiste com
línguas locais em diferentes contextos (Madeira, 2017).
"A variação linguística, que abrange as dimensões dialectal, social e individual, é uma
característica intrínseca e dinâmica da língua portuguesa e de qualquer língua viva. Ela
reflecte a adaptabilidade da língua às diversas situações comunicativas, às influências
culturais e às características pessoais de seus falantes" (Castro, 2015).
Segundo Mota, 2012, a variação dialectal refere-se às diferenças regionais na forma como as
pessoas falam e escrevem a língua. No caso do português, isso é evidente nas variações
geográficas discutidas anteriormente, como o português europeu e o brasileiro, além das
variações dentro desses países. Por exemplo, em Portugal, o uso de certas palavras,
construções gramaticais e sotaques pode variar significativamente entre o norte e o sul do
país.
No Brasil, as diferenças dialectais são ainda mais pronunciadas, com sotaques distintos em
cada região e uma ampla variedade de vocabulário regional. Essas variações dialectais são
muitas vezes acompanhadas de um forte senso de identidade regional e cultural. Elas podem
influenciar a maneira como as pessoas se expressam e se identificam com sua região de
origem (Castro, 2015).
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A variação social, por sua vez, está relacionada às diferenças linguísticas associadas a
factores sociais, como classe social, educação, profissão e grupos sociais específicos. Ela se
manifesta na escolha de palavras, no uso de gírias, no Registro formal ou informal da língua e
até mesmo na pronúncia.
A variação social também pode estar relacionada a questões de prestígio linguístico, onde
certas formas de falar são consideradas mais "corretas" ou "elevadas" do que outras. Isso
pode criar complexidades sociais na comunicação e influenciar a percepção das pessoas sobre
o status linguístico de diferentes grupos. Essas dinâmicas sociais na linguagem foram
exploradas por Mateus (2000) em seu trabalho sobre fonologia e morfologia.
A variação individual refere-se às diferenças linguísticas que ocorrem de pessoa para pessoa,
mesmo quando elas compartilham a mesma região geográfica e contexto social. Como
destaca Mário A. Perini (2023) em "Para uma nova gramática do português", essas variações
podem ser influenciadas por factores pessoais, como experiências de vida, histórico familiar,
preferências linguísticas e até mesmo características fisiológicas, como a anatomia da boca e
da garganta.
"A língua portuguesa é um património linguístico diversificado e rico, abrangendo uma vasta
área geográfica e múltiplas culturas. Dentro dessa diversidade linguística, destacam-se duas
normas-padrão principais: a Norma-Padrão Europeia (NPE) e a Norma-Padrão Brasileira
(NPB). Estas duas normas são fundamentais para a compreensão da língua portuguesa e
desempenham papéis distintos e complementares, reflectindo as histórias, culturas e
realidades geográficas de Portugal e Brasil" (Mateus, 2023, p. 45).
De acordo com Cunha e Cintra (2023), "a Norma-Padrão Europeia (NPE) é a variante da
língua utilizada em Portugal e em algumas outras regiões europeias de língua portuguesa. Ela
reflecte as raízes históricas da língua e mantém características que remontam à sua origem. A
NPE é a base da língua escrita e formal em Portugal" (p. 78).
Por outro lado, "a Norma-Padrão Brasileira (NPB), como destacado por Cunha e Cintra
(2023), é a variante utilizada no Brasil. Ela também é uma norma escrita e formal, mas difere
em alguns aspectos gramaticais e vocabulário, em parte devido às influências indígenas,
africanas e outras culturas presentes na história do Brasil" (p. 102).
É fundamental compreender que ambas as normas padrão, NPE e NPB, são vitais para a
preservação e a promoção da língua portuguesa. Elas representam as identidades linguísticas
de Portugal e do Brasil, reflectindo as histórias e as culturas distintas desses países. Ambas as
normas padrão também desempenham papéis essenciais na educação, na comunicação
internacional e na produção literária.
É crucial reconhecer que a língua é uma entidade viva que está constantemente evoluindo. As
normas padrão, sejam elas a NPE ou a NPB, podem influenciar e ser influenciadas pelas
variedades regionais, sociais e individuais. Essa dinâmica é o que mantém a língua
portuguesa vibrante e relevante em um mundo em constante mudança.
Exemplo NPE: Em termos de gramática, a NPE tende a seguir regras mais conservadoras do
português clássico. Por exemplo, utiliza-se o pretérito mais-que-perfeito composto: "Ele já
havia chegado quando saí."
Exemplo NPB: Já na NPB, é comum utilizar o pretérito perfeito simples em vez do mais-
que-perfeito composto: "Ele já chegara quando saí."
Exemplo NPB: No Brasil, a NPB é flexível e pode ser usada em contextos formais e
informais. Por exemplo, em uma reunião de negócios, os participantes podem adoptar a NPB
em suas apresentações, mas ao saírem para um almoço informal, a linguagem pode se tornar
mais descontraída.
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Exemplo NPB: Na NPB, a palavra comum para "ônibus" é "ônibus", mas em algumas
regiões do Brasil, como o Rio de Janeiro, é comum usar o termo "colectivo".
Moçambique, localizado na costa leste do continente africano, é um país cuja rica diversidade
linguística e cultural se reflecte na sua variante da língua portuguesa. O país possui uma
história complexa e uma população diversificada, composta por grupos étnicos diversos, cada
um com suas línguas e tradições. Neste ensaio, exploraremos a norma-padrão moçambicana
do português, destacando suas características distintivas em relação às normas-padrão
europeia e brasileira, bem como os fenómenos linguísticos que a tornam única.
A língua portuguesa, legado do período colonial, é a língua oficial de Moçambique, mas sua
adaptação e desenvolvimento no país foram profundamente influenciados pela diversidade
étnica e cultural. A norma-padrão moçambicana é uma representação fascinante dessa
intersecção entre a língua portuguesa e as línguas e culturas locais.
Pronúncia e Sotaque
Gramática e Vocabulário
O vocabulário também é influenciado pelas línguas locais. Muitas palavras de origem bantu
são usadas no dia-a-dia, como "muxungo" para se referir a um estrangeiro, uma palavra que
não teria equivalente nas normas-padrão europeia ou brasileira.
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Um exemplo notável é o uso do prefixo "xi" de origem bantu, que é adicionado a muitas
palavras para denotar algo pequeno ou diminutivo. Por exemplo, "xicoco" pode ser usado
para se referir a uma pequena concha, enquanto "coco" é a palavra padrão para "concha."
Variações Regionais
Exemplos
1. Pronúncia e Sotaque:
2. Vocabulário:
NPE: Em Portugal, é comum usar o termo "telemóvel" para se referir a um telefone celular.
NPM: Em Moçambique, o termo mais utilizado para descrever um telefone celular é "celular"
ou "telefone móvel."
3. Gramática:
NPE: A NPE emprega regras gramaticais mais conservadoras, como o uso do pretérito mais-
que-perfeito composto. Por exemplo, "Ele já havia chegado quando saí."
NPM: Na NPM, é mais comum utilizar o pretérito perfeito simples em vez do mais-que-
perfeito composto. Por exemplo, "Ele já chegara quando saí."
NPE: A NPE na Europa não sofre influências significativas das línguas locais, uma vez que
Portugal possui uma tradição linguística mais homogénea.
5. Variações Regionais:
NPM: Moçambique, como um país vasto, apresenta variações regionais significativas em sua
língua, incluindo diferenças no sotaque, na pronúncia e no vocabulário entre diferentes
regiões do país.
7. Alimentação e Gastronomia:
NPM: Em Moçambique, uma iguaria típica é o "matapa," um prato feito com folhas de
mandioca cozidas no leite de coco.
O Brasil e Moçambique são dois países lusófonos situados em continentes diferentes, mas
compartilham uma conexão profunda por meio da língua portuguesa. Além disso, a diáspora
lusófona em várias partes do mundo contribui para a preservação e difusão da língua e da
cultura lusófona. Vamos explorar essa relação única e a influência da língua portuguesa em
ambas as nações e na diáspora.
Brasil
O Brasil, o maior país da América do Sul, é o lar da maior comunidade de língua portuguesa
no mundo. A língua portuguesa foi trazida ao Brasil pelos colonizadores portugueses no
século XVI e desde então se desenvolveu de maneira única, incorporando influências
indígenas, africanas e de outras origens étnicas. A língua portuguesa no Brasil é conhecida
por sua riqueza e diversidade, com variações regionais de sotaque, vocabulário e até mesmo
gramática.
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A influência da língua portuguesa no Brasil vai além da comunicação quotidiana. Ela está
profundamente enraizada na cultura, na literatura e nas artes brasileiras. Grandes escritores
como Machado de Assis, Clarice Lispector e Guimarães Rosa contribuíram para a riqueza da
literatura em língua portuguesa. Além disso, o samba, a bossa nova e outras manifestações
culturais têm letras e músicas que exploram a língua de maneira única, proporcionando uma
experiência única de sonoridade e poesia.
Moçambique
A diáspora lusófona é uma comunidade dispersa pelo mundo que compartilha a língua e a
cultura portuguesa. Ela inclui brasileiros, moçambicanos, portugueses e outros lusófonos que
vivem em países ao redor do mundo, como Estados Unidos, Canadá, França, Reino Unido e
muitos outros.
A língua portuguesa, um dos idiomas mais falados do mundo, possui um estatuto único nos
países onde é falada. No Brasil, Portugal e Moçambique, a língua portuguesa desempenha
papéis fundamentais nas esferas políticas, educacionais, culturais e sociais" (Perini, 2023).
Portugal, como o país de origem da língua, tem um profundo respeito e compromisso com a
sua preservação e promoção. A língua portuguesa é o idioma oficial e é usada em todas as
esferas da vida nacional. Portugal também desempenha um papel vital na regulação da língua
portuguesa globalmente".
Perini (2023) afirma que a influência de Portugal na língua portuguesa estende-se além das
suas fronteiras. Países africanos lusófonos, como Moçambique e Angola, têm fortes laços
linguísticos e culturais com Portugal, reflectindo a história colonial compartilhada. O
português europeu, com as suas características específicas de pronúncia e vocabulário,
continua a ser uma referência para a norma-padrão da língua portuguesa"
"O português é uma das línguas mais faladas do mundo, com mais de 260 milhões de
falantes em todos os continentes. Além dos países lusófonos tradicionais, há
comunidades significativas de falantes de português em países como Estados Unidos,
Canadá, França, Reino Unido, Índia e China. Isso se deve em grande parte à diáspora
lusófona e ao crescente interesse na aprendizagem do português como segunda
língua" (Cunha & Cintra, 2023).
Uma característica notável da língua portuguesa é a sua diversidade. Dentro dos países
lusófonos, existem variações regionais significativas em termos de sotaque, vocabulário e até
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mesmo gramática. No Brasil, por exemplo, as diferenças entre o português falado no Rio de
Janeiro e o falado em São Paulo são evidentes. Essa diversidade reflecte a riqueza da língua e
a sua capacidade de se adaptar às diferentes culturas e contextos (Bechara, 2023).
Além disso, as línguas locais em países como Moçambique e Angola têm uma influência
notável na norma-padrão do português nessas regiões. Vocabulário, pronúncia e até mesmo
estruturas gramaticais podem ser influenciados pelas línguas africanas locais. Isso não apenas
enriquece a língua, mas também destaca a interconexão entre as diferentes culturas que
contribuem para a língua portuguesa (Madeira, 2017, p. 115).
Além disso, o português é uma língua oficial das Nações Unidas, o que significa que é usada
em documentos oficiais e em debates internacionais. Isso permite que os países lusófonos
participem activamente das discussões globais em questões como paz, segurança,
desenvolvimento sustentável e direitos humanos (Nascimento, 2005)
lírica até o realismo mágico, com autores renomados como Machado de Assis, José
Saramago, Mia Couto e muitos outros" (Mendes, 2006, p. 128).
"O cinema lusófono é outra forma importante de expressão cultural. Filmes de directores
como Glauber Rocha, Fernando Meirelles, Pedro Almodôvar e outros têm recebido
reconhecimento internacional e ampliado a presença do português nas telas de cinema em
todo o mundo" (Brito, 2019).,
O futuro da língua portuguesa é promissor. O seu estatuto como uma das línguas mais faladas
e ensinadas no mundo reflecte a sua riqueza linguística e cultural. A língua portuguesa é uma
ponte que une as nações lusófonas e as comunidades de falantes em todo o mundo, criando
uma rede global de conexões e colaborações.
As línguas africanas têm uma influência profunda nessas variedades regionais, afectando
principalmente o vocabulário, a pronúncia e as estruturas gramaticais. Palavras de origem
africana foram incorporadas ao léxico dessas variedades, tornando-as distintas do português
europeu. Além disso, a entonação e o sotaque também reflectem influências locais.
Nessas áreas de fronteira, é comum encontrar pessoas que são fluentes em ambas as línguas,
criando uma espécie de bilinguismo de fronteira. O resultado desse contacto é o surgimento
de variedades linguísticas mistas conhecidas como "portunhol" ou "portunholês." Essas
línguas híbridas são uma combinação de elementos do português e do espanhol e são
frequentemente utilizadas em situações de comunicação informal entre falantes das duas
línguas.
12. Conclusão
Por outro lado, a diversidade linguística do português, marcada por variantes regionais,
sotaques, modismos e adaptações contextuais, é uma manifestação da influência de diferentes
culturas e da evolução histórica da língua. Essa diversidade, longe de constituir um obstáculo
à comunicação, é um testemunho da capacidade do português de se adaptar às diferentes
realidades culturais e geográficas.
Nossa pesquisa nos permitiu compreender que a unidade e diversidade da língua portuguesa
são características intrínsecas a essa língua. Ela desempenha um papel fundamental na
comunicação, na expressão artística, na difusão do conhecimento e no enriquecimento das
trocas culturais. Portanto, a língua portuguesa, como património vivo, merece ser estudada e
celebrada com a devida consideração e respeito.
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13. Bibliografia
Cunha, C., & Cintra, L. F. L. (2023). Nova Gramática do Português Contemporâneo (10ª ed.).
Lexikon Editora Digital.
Perini, M. A. (2023). Para uma nova gramática do português (5ª ed.). Editora Nova Fronteira.
Possenti, S. (1996). Por que (não) Ensinar Gramática na Escola. Editora Mercado de Letras.