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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE


INSTITUTO DE ENSINO A DISTÂNCIA

Tema:

Nome do Estudante: Helena Maria Baptista de Castro Jamo

Código do Estudante: 708194344

Disciplina: Sociolinguísticas

Ano de Frequência: 2º ano

Nome do Docente: Isaías Herminio Pedro

NAMPULA, MAIO DE 2021


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Índice

Introdução..........................................................................................................................................3
1.Introdução à Sociolinguística..........................................................................................................5
1.1.Surgimanto ada Sociolinguística..................................................................................................5
1.2.Definição de Sociolinguística e indica o expoente máximo dessa ciência....................................5
1.3.Qual é o objecto de estudo da Sociolinguística.............................................................................5
1.4. O contexto social condicionou a historia da língua portuguesa...................................................5
1.5.Caracterize as fases da evolução da língua portuguesa.................................................................6
2. Língua e Sociedade........................................................................................................................6
2.1.Estabeleça a relação entre língua e sociedade...............................................................................6
2.2.Aponte dois factores que condicionam a varação das línguas.......................................................6
2.3. Quadro esquemático resumindo os conceitos de Dialecto, gíria e eufemismo.............................6
3. Mudança Linguístic........................................................................................................................7
3.1. Definir a mudança linguística......................................................................................................7
3.2.Distinguir a mudança linguística e variação linguística................................................................8
3.3.Caracteristicas das diferentes mudanças linguísticas....................................................................8
4. Universais linguísticos....................................................................................................................8
1. Conceito e universos linguísticos...................................................................................................8
2.Tipos de universos linguísticos........................................................................................................8
5.Relação Língua e Pensamento.........................................................................................................9
6. Relação entre Língua e Cultura......................................................................................................9
6.1. Relação entre língua e Cultura.....................................................................................................9
7. A Hipótese Sapir e Whorf............................................................................................................11
8. Comunidade de fala e teorias de Labov e Hymes.........................................................................12
8.1. O conceito de comunidade de fala.............................................................................................12
8.2. Teoria de Lalov.........................................................................................................................12
9. Aquisição de Língua Segunda......................................................................................................13
9.1. Características da ALS..............................................................................................................13
10. Variação linguística....................................................................................................................14
Conclusão.........................................................................................................................................16
Referencias Bibliográficas................................................................................................................17
Referencias Bibliograficas................................................................................................................18
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Introdução

O presente trabalho de Sociolinguística da cadeira de Especialidade, foi concebido para fazer


a abordagem das Unidade 1 a 12, com os seguintes objectivos:

Geral: Compreender como surgiu a sociolinguística.

Específicos:

 idenficar o objjeco de estudo da Sociolinguistica,


 Indicaras fases da evolução da Língua Portuguesa,
 Identificar a rela;ao entre língua e Sociedade,
 Relacionar a Linguistica com a variação da língua,
 Definir a Mudanca Linguistica,
 caracterizar as diferentes mudanças linguísticas,
 Sistematizar aas teorias de Comunidade,
 Distinguir os Conceitos de variedade, variável e variante.
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1.Introdução à Sociolinguística

1.1.Surgimanto ada Sociolinguística


Nos fins do século XIX, surge uma nova escola linguística que critica essa teoria naturalista
das Línguas: a escola neogramaticista. Na verdade, o surgimento da Sociolinguística, é uma
continuação de estudos iniciados no século XX e nasce marcada por uma origem
interdisciplinar. Neste século, estudiosos e pesquisadores conciliam Linguística com
Antropologia e surge a Antropologia Linguística que defende que linguagem, cultura e
sociedade são considerados fenómenos inseparáveis. Há uma união entre os estudiosos das
ciências sociais com os estudiosos da língua. A Sociolinguística surge do interesse de vários
pesquisadores em conciliar a linguagem com os aspectos de ordem social e cultural. Nos
prenúncios dessa ciência, podemos destacar dois pesquisadores:

1.2.Definição de Sociolinguística e indica o expoente máximo dessa ciência


Dell Hymes que em 1962 publica um artigo em que propõe um novo domínio da pesquisa: a
etnografia da fala, mais tarde conhecida como etnografia da comunicação. Esse novo
domínio, procura definir as funções da linguagem a partir da observação da fala e das regras
sociais próprias de cada comunidade;
William Labov que em 1963 observa a diversidade linguística em uma comunidade (ilha da
Martha's Vineyard em Massachussetts - E.U.A.) e sublima o papel decisivo dos factores
sociais na explicação da variação linguística, ou melhor, da diversidade linguística observada.
No ano seguinte (1964), Labov fixa um modelo de descrição e interpretação do fenómeno
linguístico no contexto social de comunidades urbanas ao finalizar sua pesquisa sobre a
estratificação social do inglês de Nova York. Esse modelo de descrição passa a ser conhecido
como Sociolinguística Variacionista ou Teoria da Variação, de grande impacto na Linguística
contemporânea.

1.3.Qual é o objecto de estudo da Sociolinguística.

O objecto de estudo da Sociolinguística será a diversidade linguística.

1.4. O contexto social condicionou a historia da língua portuguesa.

O Português surge do latim que se falava em Roma. Com as guerras e as conquistas romanas,
esse idioma expandiu-se por toda a Europa. Os romanos impuseram sua língua, sua cultura e
seus costumes aos povos conquistados. Para garantir a dominação política, os romanos
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exigiam que, em todo o vasto Império, o latim fosse de uso obrigatório nas escolas, nas
transacções comerciais, nos documentos, nos actos oficiais e no serviço militar.  

1.5.Caracterize as fases da evolução da língua portuguesa.

a) Fase pré-histórica: vai do século V ao Século IX (mistura do latim vulgar com falares
locais).

b) Fase proto-histórica: vai do século IX ao XII. Nessa fase, já se encontram documentos


escritos em latim bastante transformado, misturado com palavras portuguesas.

c) Fase histórica: Fase do português arcaico: vai do século XII ao século XVI.

2. Língua e Sociedade

2.1.Estabeleça a relação entre língua e sociedade.


Analisar e sistematizar as variantes em uma comunidade é o objectivo da Sociolinguística (ou
Teoria da Variação modelo teórico - metodológico que tem como base a relação entre língua e
sociedade, ou seja, os aspectos sociais que determinam as relações entre os homens.

2.2.Aponte dois factores que condicionam a varação das línguas.


São muitas as influências que, nesse âmbito, determinam o modo de falar dos milhões de
falantes que compõem a nossa língua: condição social e económica; lugar de origem ou de
situação; contacto entre línguas; acesso ou privação aos bens culturais que a sociedade produz
e perpetua; identidade sexual; etnia; modo de actuação nos diversos sectores da sociedade
(trabalhos institucionais, relações pessoais); situações diversas de grau de formalidade ou
informalidade; influência da escola; influência da mídia.

Da mesma forma, tais factores, além de influenciar a maneira do indivíduo realizar sua fala,
também determinam o modo como ele irá perceber, avaliar e julgar a variação, assim como a
sua própria fala.

2.3. Quadro esquemático resumindo os conceitos de Dialecto, gíria e eufemismo.


As variações da língua são:

Dialecto

Podemos entender por dialecto as variações de pronúncia, vocabulário e gramática


pertencentes a uma determinada língua. Os dialectos não ocorrem somente em regiões
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diferentes, pois numa determinada região existem também as variações dialetais etárias,
sociais, referentes ao sexo masculino e feminino e estilísticas.

A gíria
O dicionário Michaellis (1998:1034) trata a gíria como uma linguagem especial de um grupo
pertencente a uma classe ou a uma profissão, ou como uma linguagem de grupos
marginalizados.
Na mesma perspectiva, o dicionário Aurélio (1999:989) complementa a definição acima com
a expressão “linguagem de malfeitores, malandros etc”, usada para não ser entendidos pelas
outras pessoas e fala ainda em “calão” e “geringonça”, que segundo o próprio Aurélio é
“coisa malfeita e de duração ou estrutura precária.

O Eufemismo

Eufemismo, segundo o dicionário Aurélio (1999), é uma figura de estilo que emprega termos
mais agradáveis para suavizar uma expressão. É uma forma de tornar mais amena, mais
bonita, ou mais importante, coisas que não o são.

2.4.Fale sobre a Linguagem e discriminação sexual

As mulheres possuem algumas peculiaridades no uso da língua e os homens possuem outras.


Para exemplificar essas variações referentes ao sexo observamos os diminutivos como
“bonitinho”, “gracinha”, “menininha”, sendo usados mais pelas mulheres e aumentativos de
nomes próprios como “Carlão” e “Marcão” sendo mais usados por homens.

3. Mudança Linguístic

3.1. Definir a mudança linguística

Segundo wikilingue

Chama-se mudança linguística ao processo de modificação e transformação que, em sua


evolução histórica, experimentam todas as línguas em general, e as unidades linguísticas da
cada um de seus níveis em particular
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3.2.Distinguir a mudança linguística e variação linguística.

A mudança linguística diferencia-se da variação linguística em que no primeiro as


modificações são diacrónicas e, por tanto, as estuda a linguística histórica, enquanto
as variações são sincrónicas e a analisa,
Apresente num quadro resumo as diferenças entre mudança linguística e variação linguística.

3.3.Caracteristicas das diferentes mudanças linguísticas

segundo Lalov, Weinreireich, Herzog:

 Não corresponde a diversos resultados da fala, só quando se generaliza (vindo dum


subconjunto da comunidade), Como regra (exemplo: informar de que o (de) tem
tendências de desparecer.

 Não pode confundir – se estrutura com homogeneidade. A variação nunca é


desordenada, há regras. Falar uma língua é dominar as estruturas heterogéneos que o
constituem (falar de olhão, de braga).

 Nem sempre a variação implica mudanças no sistema, porem toda a mudança resulta
de variabilidade do sistema.

 A mudança ocorre nos idiolecticos. Estes não são coesos nem internamente
consistentes pois dependem de factores socias.

4. Universais linguísticos

1. Conceito e universos linguísticos

Chama-se universais linguísticos às semelhanças existentes em todas as línguas e que


permitem afirmar que, por exemplo, todas as línguas faladas têm vogais e consoantes. Os
universais linguísticos interessam à psicolinguística, à etnolinguística e à tipologia linguística.

2.Tipos de universos linguísticos

Uma primeira tipologia distingue entre universais absolutos e implicativos. Os universais


absolutos são verdadeiros para todas as línguas conhecidas e são relativamente poucos (por
exemplo: todas as línguas têm pronomes). Os universais implicacionais são relevantes para
línguas que contam com um rasgo determinado que sempre se acompanha de outro (por
exemplo, se uma língua tem número trial também o tem dual).
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5.Relação Língua e Pensamento


5.1. HARDER e HUMBOLDT postularam que a linguagem dá ao pensamento humano os
seus limites e os seus contornos. A linguagem limita o pensamento: (o que a linguagem não
expressa é porque não existe). Para eles, entre estes dois conceitos não existe nenhuma
independência – defendem a ideia de uma unidade orgânica. Para a corrente dualista. Os dois
processos são diferentes e um nada tem a ver com o outro.

5.2. Jean PIAGET defende a ideia de que a linguagem e o pensamento são processos
unitários, tendo se baseado no que apelidou de o egocentrismo da fala que a criança
manifesta.

5.3. A Psicologia genética postula que:

1. A faculdade da palavra não é inata ao homem, a não ser na medida em que os


iindivíduos herdam a estrutura do cérebro e dos órgãos para “assim poderem
falar, tanto assim é que existem indivíduos que não falam. Finalmente afirmam
que o pensamento e a palavra são produtos sociais.

2. Estudos feitos confirmam a ideia da unidade orgânica entre o pensamento e a


linguagem.

6. Relação entre Língua e Cultura

6.1. Relação entre língua e Cultura


A língua é um produto social e o sistema linguístico influencia, de certa maneira, a nossa
maneira de abordar e interpretar o mundo.

Porém, a relação entre língua e cultura já não é bionívoca como pode parecer, pois que a
língua evolui mais de vagar que a cultura.

6.2.Cultura é criação. porque cultura é o conjunto de manifestações humanas que contrastam


com a natureza ou comportamento natural. Por seu turno, em biologia uma cultura é
normalmente uma criação especial de organismos (em geral microscópicos) para fins
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determinados (por exemplo: estudo de modos de vida bacterianos, estudos microecológicos,


etc.). No dia-a-dia das sociedades civilizadas (especialmente a sociedade ocidental) e no
vulgo costuma ser associada à aquisição de conhecimentos e práticas de vida reconhecidas
como melhores, superiores, ou seja, erudição; este sentido normalmente se associa ao que é
também descrito como “alta cultura”, e é empregado apenas no singular (não existem culturas,
apenas uma cultura ideal, à qual os homens indistintamente devem se enquadrar). Dentro do
contexto da filosofia, a cultura é um conjunto de respostas para melhor satisfazer as
necessidades e os desejos humanos. Cultura é informação, isto é, um conjunto de
conhecimentos teóricos e práticos que se aprende e transmite aos contemporâneos e aos
vindouros.

6.3. Lingua é um produto social e sistema linguístico influenciado de certa maneira.


Linguagem é qualquer e todo sistema de signos que serve de meio de comunicação de idéias
ou sentimentos através de signos convencionais, sonoros, gráficos, gestuais etc., podendo ser
percebida pelos diversos órgãos dos sentidos, o que leva a distinguirem-se várias espécies de
linguagem: visual, auditiva, tátil, etc., ou, ainda, outras mais complexas, constituídas, ao
mesmo tempo, de elementos diversos.

6.4. O pensamento lógico se caracteriza por operar mediante conceitos e raciocínios. 


• Existem padrões que possuem um começo no pensamento e criam um final, iso acontece em
miléssimos de segundos, por sua vez milhares de começos e finais fazem disso um
pensamento lógico; este depende do ambiente externo e para estar em contato com ele
dependemos dos cinco sentidos. 
• O pensar sempre responde a uma motivação, que pode estar originada no ambiente natural,
social ou cultura, ou no sujeito pensante.
• O pensar é uma resolução de problemas. A necessidade exige satisfação.
• O processo de pensamento lógico sempre segue uma determinada direção. Esta direção vai
em busca de uma conclusão ou da solução de um problema, não segue propriamente uma
linha reta e sim um formato zigue-zague com avanços, paradas, rodeios, e até mesmo
retrocessos.
• O processo de pensar se representa como uma totalidade coerente e organizada, no que diz
respeito a seus diversos aspectos, modalidades, elementos e etapas.
• O pensamento é simplesmente a arte de ordenar as matemáticas, e expressá-las através do
sistema linguístico.
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• As pessoas possuem uma tendência ao equilíbrio, uma espécie de impulso para o


crescimento, a saúde, e ao ajuste.

7. A Hipótese Sapir e Whorf


7.1. As ideias desses dois estudiosos costumam ser referidas como a "hipótese de Sapir-Whorf
(1969)", podendo ser assim sintetizadas:

(i) a linguagem determina a forma de ver o mundo, e consequentemente, de se relacionar com


esse mundo (hipótese do determinismo linguístico);

(ii) para diferentes línguas há diferentes perspectivas e diferentes comportamentos (hipótese


do relativismo linguístico). É interessante destacar que, para Sapir, tanto a língua como a
cultura (realidade social) são passíveis de modificações: é da natureza da linguagem a
mudança, visto que "não há nada perfeitamente estático" e a "deriva geral de uma língua tem
fundo variável" (pg,137).

7.2.Na teoria de Sapir Whorf também pode se dizer qua há um paradoxo: embora ambas
estejam sujeitas a mudanças, essas se dão em velocidades diferentes - a língua se modifica
mais lentamente, pois "um sistema gramatical, no que depende dele próprio, tende a persistir
indefinidamente. Em outras palavras, a tendência conservadora se faz sentir muito mais
profundamente nos lineamentos essenciais da língua do que da cultura" (p. 61). As
consequências disso são que as culturas não poderão ser sempre simbolizadas pela linguagem,
conforme a passagem do tempo; e que será muito mais fácil simbolizar a cultura no passado
do que no momento actual.
7.3. A linguagem determina a realidade social. Porque segundo Segundo Sapir, "não há duas
línguas que sejam bastante semelhantes para que se possa dizer que representam a mesma
realidade social’ (1969:20 grifo meu). Assim, para efeito da discussão proposta nesta secção,
tomo o termo 'sociedade' como equivalente à 'realidade social' e, grosso modo, à 'cultura'.
De acordo com Sapir, a realidade é produzida pela linguagem, o que significa dizer que não
há mundos iguais, visto que não há línguas iguais. Para o autor, a linguagem possui,
sobretudo, o papel de produzir e organizar o mundo mediante o processo de simbolização.
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8. Comunidade de fala e teorias de Labov e Hymes

8.1. O conceito de comunidade de fala


Comunidade de Fala é um grupo de pessoas que se consideram como usuários da mesma
língua. Neste sentido, existe uma comunidade de fala Dos Chineses, uma vez que eles julgam
falantes Chines e não Pequines, Cantores, etc.

8.2. Teoria de Lalov

Alguns linguistas tendem a rejeitar esse conceito, como sugere Labov (1972), é impossível
compreender tais fenómenos fora do contexto social da comunidade onde eles se produzem.
Portanto, um estudo que leva em conta a variação linguística, um método produtivo para a
observação e colecta de dados, deve partir das situações concretas de uso da fala, ou seja, da
comunidade de fala, que, segundo o autor, é constituída por um grupo que compartilha um
mesmo sistema normativo de valores na interpretação dos fenómenos linguísticos, bem como
normas e atitudes diante do uso da linguagem. 

Teoria de Hymes

Para Hymes (1967/1972) o conceito de comunidade de fala está ligado a pessoas que
compartilham regras de conduta e interpretação de fala de pelo menos uma variedade
linguística. Na base de sua descrição de comunidade de fala está, antes do critério linguístico,
o critério social, ou seja, a comunidade de fala deve descrever entidades sociais, mais que
linguísticas. Dentro dessa visão, compartilhar apenas as regras gramaticais não é condição
suficiente para se caracterizar uma comunidade. Ele critica aqueles que limitam seu espectro,
discordando desse ponto de vista. Referindo-se a Bloomfield (1933), diz que, no passado, a
noção de comunidade de fala reduzia-se à noção de língua; aqueles que falavam a mesma
língua (ou a mesma primeira língua, ou língua padrão) eram definidos como membros de uma
mesma comunidade de fala. Para o autor essa é uma definição muito limitada.

8.3. . As pessoas não falam sempre da mesma maneira. A variação linguística reflete,
justamente, a necessidade de as pessoas serem vistas como iguais às outras em algumas
situações ou como diferentes em outras. De acordo com essa necessidade elas dão a
orientação ao seu discurso. Também a influencia do espaço dentro da duração vocal.
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9. Aquisição de Língua Segunda

9.1. Características da ALS


De acordo corn uma teoria geral de ALS, uma característica fundamental da aquisição de
L2 é que ela tem urn desenvolvimento progressivo, em passos sucessivos, ou uma
aproximação a uma norma da língua-alvo.

Outra característica importante da interlíngua do aprendente e que muitas estruturas podem


ser descritas em termos de etapas de desenvolvimento. A aprendizagem de uma língua não
é uma questão de tudo ou nada. É urn processo que leva o seu tempo e pode-se
acompanhar a progressao da aquisição de urna dada estrutura através , de uma série de
passos. Para algumas estruturas, estes têrn evidenciado grandes similaridades entre falantes
e línguas, e são também mais ou menos semelhantes para aprendentes de L2, adultos ou
crianças.

9.2. Este termo refere-se à cessação da aprendizagem, resultando num sistema de


interlíngua mais estável, porém incompleto ou não-nativo. A aquisição incompleta é
normalmente mais saliente entre aprendentes adultos, mas mesmo os aprendentes crianças,
que alcançam urn nível final de quase-nativos ou semelhante ao nativo, mostram
evidências de fossilização. Numa tentativa de explicar porque e que os aprendentes
fossilizam, apresentam-se hipóteses cobrindo fenómenos tão variados como causas
neurológicas, cognitivas, ou de atitude. Alguns pesquisadores destacaram o valor da
instrução numa língua para ajudar a concentrar a atenção dos aprendentes em aspectos da
língua fossilizada dos quais eles, de outro modo, não teriam verdadeira consciência.
Contudo, é incerto se a fossilização é ou não uma condição crónica de aprendizagem mal
sucedida da língua-alvo.

9.3. As interlínguas são vistas como o resultado de varias estrategias de aquisição que os
aprendentes usam. Uma dessas estratégias e a simplificação das estruturas e elementos da
língua-alvo, onde os aprendentes produzem estruturas reduzidas corn padrões fonológicos
simples, morfologia reduzida e ordem de palavras não marcada. É típico que as
interlínguas simplificadas contenham também um pequeno número de verbos e
substantivos básicos usados em sentidos alargados. Existe ainda uma preferência por
construções analíticas e perifrásticas. A simplificação pode ocorrer a todos os níveis de
aquisição, embora seja mais frequente e generalizada nos estágios iniciais.
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A sobregeneralização das estruturas da língua-alvo é uma noção geralmente aplicada ao uso


pelo aprendente de uma estrutura, regra au item correctos da língua-alvo, num leque mais
vasto de contextos linguísticos do que e possível nessa língua. Por outras palavras, o
aprendente não adquiriu ainda as condições-limite numa estrutura alvo correcta que cinge o
seu uso aos contextos específicos.

Uma terceira característica proeminente das interlínguas é a transferência. Transferência é


a extrapolação de estruturas, items e regras da língua materna ou outra língua para a
língua-alvo. Isto resulta, com frequência, em formas da língua-alvo não gramaticais ou
incorrectas, chamadas interferências.

10. Variação linguística


Como se observam as Variações?
Veja-se o exemplo que se segue.
Nas frases abaixo, temos uma variável: a marcação de plural no sintagma nominal (SN). A
variação na marcação de plural do SN pode tomar as formas:
1. Os meninos
2. Os menino f
Em configuração proposta por Tarallo (2004), a forma entre parênteses angulares < > indica a
variável; os colchetes [], as variantes. Assim, temos: <s>

A Sociolinguística trabalha com três termos que podem ser facilmente confundidos entre si:

Variedade - e o termo que corresponde, grosso modo, ao termo dialecto.

Variante - o termo variante e utilizado nos estudos de Sociolinguística para designar o item
Linguístico que e alvo de mudança.

Variável e o traço, forma ou construção Linguística cuja realização apresenta variantes


observadas pelo investigador.

Podemos considerar cinco campos de estudo da variação linguística:

1. Variação diacrónica as diversas manifestações de uma língua através dos tempos;


2. Variação sincrónica - as variações em um mesmo período de tempo;

3. Variação diatópica geolinguistica ou dialectal: a variação relacionada com factores


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geográficos (pronuncia diferente, diferentes palavras para designar as mesmas realidades ou


conceitos, acepções de um termo diferentes de região para região, expressões ou construções
frásicas pr6prias de uma região);

4. Variação diastratica modos de falar que correspondem a c6digos de comportamento de


determinados grupos sociais.

5. Variação diafasica - variação relacionada com as diferentes situações de comunicarão,


factores de natureza pragmática e discursiva: em função do contexto, um falante varia o seu
registo de língua, adaptando-o as circunstâncias.
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Conclusão
Nos fins do século XIX, surge uma nova escola linguística que critica essa teoria naturalista
das Línguas: a escola neogramaticista.

O objecto de estudo da Sociolinguística será a diversidade linguística.

Analisar e sistematizar as variantes em uma comunidade é o objectivo da Sociolinguística (ou


Teoria da Variação modelo teórico - metodológico que tem como base a relação entre língua e
sociedade, ou seja, os aspectos sociais que determinam as relações entre os homens.

Chama-se mudança linguística ao processo de modificação e transformação que, em sua


evolução histórica, experimentam todas as línguas em general, e as unidades linguísticas da
cada um de seus níveis em particular

Chama-se universais linguísticos às semelhanças existentes em todas as línguas e que


permitem afirmar que, por exemplo, todas as línguas faladas têm vogais e consoantes. Os
universais linguísticos interessam à psicolinguística, à etnolinguística e à tipologia linguística.

A língua é um produto social e o sistema linguístico influencia, de certa maneira, a nossa


maneira de abordar e interpretar o mundo.

Porém, a relação entre língua e cultura já não é bionívoca como pode parecer, pois que a
língua evolui mais de vagar que a cultura.

Comunidade de Fala é um grupo de pessoas que se consideram como usuários da mesma


língua. Neste sentido, existe uma comunidade de fala Dos Chineses, uma vez que eles julgam
falantes Chines e não Pequines, Cantores, etc.

De acordo corn uma teoria geral de ALS, uma característica fundamental da aquisição de
L2 é que ela tem urn desenvolvimento progressivo, em passos sucessivos, ou uma
aproximação a uma norma da língua-alvo.
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Referencias Bibliográficas

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Terezinha Cristina Campos de Resende COMUNIDADE DE FALA REVISTA DE


LINGUAGEM, CULTURA E DISCURSO ANO 3 - NUMERO 4 - JANEIRO A JUNHO
2006 

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Calouste Gulbenkian.

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