Você está na página 1de 35

Política Externa Brasileira

Acordo de cooperação entre Brasil e Benin possibilita negociação de


produtos de Defesa
Angola e Brasil retomam cooperação na área de sangue e
hemoderivados
Responsável pela Cooperação Técnica Trilateral com Organismos
Internacionais da ABC

China

Qual o perfil dos negócios entre Brasil e China

Meio Ambiente

MCTI e Itamaraty discutem preparação da Cúpula da Amazônia

Línguas Estrangeiras

The End of Hypocrisy


La disputa entre China y Estados Unidos por el litio en América Latina
Qu’attendre de la visite de Lula en Chine ?
Acordo de cooperação entre Brasil e Benin
possibilita negociação de produtos de Defesa
Ministério da Defesa ,

O Ministro da Defesa, José Mucio Monteiro Filho, assinou, nesta quarta-


feira (12), um acordo de cooperação com o Governo do Benin, para
viabilizar a venda de produtos e serviços de defesa brasileiros. O encontro
ocorreu durante a 13ª edição da Laad Defence & Security, no Rio de
Janeiro, onde o Ministro recebeu seu homólogo, Fortunet Alain Nouatin.

A partir do acordo, o Brasil passa a contar, formalmente, com mais uma


parceria estratégica na costa ocidental africana, além de África do Sul,
Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné-Equatorial, Marrocos, Namíbia,
Nigéria, São Tomé e Príncipe e Senegal. A iniciativa é uma oportunidade
para abertura de negócios aos dois países e contribui para a ampliação do
comércio internacional. O acordo também prevê a troca de experiência para
instrutores militares; e a cooperação em assistência humanitária; entre
outros.

Estiveram presentes, ainda, pelo Ministério da Defesa (MD) brasileiro, o


Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, Almirante de
Esquadra Renato Rodrigues de Aguiar Freire; o Secretário de Produtos de
Defesa, Rui Chagas Mesquita; e o Chefe de Assuntos Estratégicos, Tenente-
Brigadeiro do Ar Hudson Costa Potiguara.

Diálogo

Durante o dia, o Ministro José Mucio reuniu-se com representantes de


diversos outros países, como Arábia Saudita, Argélia, Argentina,
Eslováquia, Estados Unidos, Itália e Uruguai. Durante os encontros, foram
tratados temas como a exportação da aeronave KC-390, utilizada pela Força
Aérea Brasileira, e do blindado Guarani, em uso pelo Exército; e o
intercâmbio em exercícios militares; entre outros.
Compareceram às reuniões bilaterais o Secretário-Adjunto do Exército para
Aquisições, Logística e Tecnologia da Embaixada dos Estados Unidos no
Brasil, Douglas Bush; o Chefe do Estado-Maior do Exército da Argélia,
Chanegriha Said; o Ministro da Defesa da Eslováquia, Jaroslav Nad; o
Ministro da Defesa do Uruguai, Javier García; o Chefe do Estado-Maior
Conjunto das Forças Armadas da Arábia Saudita, Fayyad bin Hamed Al-
Ruwaili; o Vice-Ministro da Defesa da Itália, Matteo Perego Di Cremnago;
e o Ministro da Defesa da Argentina, Jorge Enrique Taiana.
Responsável pela Cooperação Técnica Trilateral
com Organismos Internacionais da ABC
ABC - Agência Brasileira de Cooperação ,

Em recente entrevista à plataforma RAES, Cecília Malaguti comentou que


um dos objetivos prioritários da RAES, impulsionada pelo Governo do
Brasil, através da ABC, do Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação (FNDE) e com apoio da Organização das Nações Unidas para a
Alimentação e a Agricultura (FAO), é o estabelecimento de programas de
alimentação escolar sustentáveis nos 33 países da América Latina e do
Caribe.

Cecília também conta que, desde a decisão estratégica de estabelecer


parcerias com organismos internacionais para a promoção da Cooperação
Sul-Sul Trilateral, a alimentação escolar tornou-se fundamental. “Em 2009,
a partir da aprovação da lei de alimentação escolar pelo governo brasileiro,
a alimentação escolar passou a ser um eixo estratégico da Cooperação Sul-
Sul Trilateral, em particular com a FAO”, avalia.

“O tema da alimentação escolar agregado à agricultura familiar e à


governança da política pública se transformou na base dos três pilares da
atuação do governo brasileiro na área de segurança alimentar e nutricional
junto com FAO e outros organismos internacionais”.

Abaixo, confira a entrevista completa e saiba mais sobre esse importante


programa de cooperação.

Qual é a importância de uma rede de países cada vez mais


consolidada e articulada?

A nossa plataforma teve um longo processo de construção. E, durante esse


momento desafiador que impôs a pandemia, o ambiente virtual foi
fundamental para que pudéssemos dar continuidade nesse exercício de
discussão sobre as boas práticas de cooperação que os países colocam à
disposição nos projetos de Cooperação Sul-Sul. Nesse caso específico,
junto à FAO. Então, a Rede de Alimentação Escolar Sustentável (RAES) se
mostrou importantíssima para que não houvesse uma ruptura no processo
de diálogo, entre os países, durante a pandemia.

A RAES foi essencial nesse processo e essa plataforma, cada vez mais
aperfeiçoada, vai ser uma ferramenta à disposição dos países. Sabemos que
nada vai substituir a troca de experiências presencial, mas a plataforma e o
fortalecimento de uma rede de alimentação escolar devem perdurar e ser
impulsionados.

Por que o Brasil tem se esforçado tanto para a implementação e


o fortalecimento da RAES ao longo dos últimos anos?

Uma rede pressupõe que os países que a compõem tenham um objetivo


comum. Se o objetivo comum vai impactar nos planos de desenvolvimento
dos países, nada mais lógico do que buscarmos fortalecer a implementação
de uma estrutura que se coloca à disposição de todos os países da região. É
esse o fim dessa cooperação: uma cooperação técnica para apoiar o plano
de desenvolvimento dos países buscando sua sustentabilidade e seu
desenvolvimento pleno.

Consideramos que a alimentação escolar é crucial para o desenvolvimento


dos países. É por isso que o Brasil continua se esforçando para que cada vez
mais haja uma atuação melhor, mais abrangente, mais focada e eficiente no
âmbito da RAES.

Na avaliação da senhora, quais as vantagens da cooperação


técnica brasileira em alimentação escolar não somente para os
países parceiros, mas também para as políticas públicas do
Brasil? O que aprendemos dessas experiências ao longo dos
anos?

Avaliamos que, ao se desenvolver esse exercício de divulgação e de


compartilhamento de uma experiência brasileira, há a possibilidade de uma
análise crítica pelo parceiro que está ali posto. Esse exercício de troca é
muito importante para que possamos também utilizar isso no
aperfeiçoamento dos nossos próprios instrumentos. É sempre bom ouvir
realidades diferentes, desafios pelos quais outros países estejam passando.
Isso alimenta o processo de reflexão sobre aquele instrumento e é
fundamental para o aprimoramento de qualquer iniciativa, seja um
programa, uma política, uma experiência. Isso traz benefícios mútuos.

Nossos princípios da Cooperação Sul-Sul trazem essa vantagem de, ao


trabalhar no compartilhamento, também receber essa reação para que a
gente possa não só aperfeiçoar nossos instrumentos como também assegurar
que o Brasil esteja presente, que a Cooperação venha a ser uma extensão da
política externa brasileira. É sempre lembrado, por todos nossos diretores, o
fundamento do artigo 4º da Constituição Federal, de que o papel do governo
brasileiro é apoiar o desenvolvimento dos povos. E isso se fundamenta
nesse marco importantíssimo que é a nossa Constituição.

Já são 14 anos de execução da Cooperação Técnica Brasileira


junto com a FAO e com os países da América Latina e o
Caribe. Quais aspectos a senhora destacaria que tornam esta
modalidade de Cooperação Sul-Sul Trilateral inovadora e bem-
sucedida?

Posso dizer que a resposta está nesse documento que estamos lançando
sobre os benefícios e avanços dessa parceria. Quando o governo brasileiro
decidiu consolidar e avançar na construção de uma relação com os
organismos internacionais no âmbito da Cooperação Sul-Sul, foi para que
pudéssemos ampliar a nossa atuação, o nosso desempenho na cooperação,
porque com base nessa parceria, poderíamos atender um maior número de
demandas, e também fazer com que houvesse um aprofundamento das
nossas iniciativas, um complemento aos vários projetos bilaterais que já
tínhamos nos países da América Latina, Caribe e África.

Essa parceria se mostrou muito profícua nessa complementaridade e no


aprofundamento de atividades. Ainda temos alguns desafios no que tange às
responsabilidades das partes envolvidas, no reconhecimento de todos os
atores, no processo de divulgação e de entendimento claro dos parceiros, do
que se trata cada relação, equilibrando o protagonismo de todas as partes.
Mas, se formos fazer uma avaliação de quando começamos, lá em 2008,
com o acordo-marco entre Brasil e FAO para estabelecer essa parceria,
registramos um avanço enorme na construção dessa ferramenta e dessa
nova modalidade de cooperação. E isso está retratado com muita clareza no
documento sobre os 14 anos da nossa cooperação lançado na 37ª
Conferência Regional da FAO para a América Latina.

Qual a importância de a RAES ter, agora, uma plataforma


disponível em vários idiomas? Qual o significado dessa
conquista em termos de ações futuras?

A importância de termos essa plataforma e de ela viabilizar as informações


nos idiomas da América Latina e do Caribe é enorme e fundamental.
Quando o Governo Brasileiro ampliou os países com que atuava, a primeira
providência que tomamos foi assegurar um núcleo de tradução na Agência
Brasileira de Cooperação. Porque sabemos que a preocupação de falar a
língua do outro é uma demanda que deve estar amparada. A relação só vai
se dar de maneira fluida se as duas partes tiverem essa ligação linguística.

Com isso, poderemos avançar no nosso objetivo comum: termos os 33


países da ALC com programas sustentáveis de alimentação escolar. Se o
objetivo é esse, temos que divulgar e transmitir essas informações em todas
as línguas que o continente fala. É fundamental ouvir e falar a língua do
outro, estar aberto e preparado para isso.

Quais serão os melhores resultados que esta plataforma pode


trazer?

Nosso ideal é que todos os países da região façam parte da Rede e, nesse
locus, deve haver um exercício de discussão de metas de curto, de médio e
de longo prazos, para que consigamos identificar e selecionar as estratégias
e as prioridades que devemos perseguir.

São estratégias que devem ter fases diferenciadas, podendo ter diferentes
extensões, uma mais momentânea, outras mais paulatinas, que evoluam
gradualmente, assegurando que todos os países possam vir a ter programas
de alimentação escolar sustentáveis. Devemos levar essas discussões ao
abrigo da Rede.
Angola e Brasil retomam cooperação na área de
sangue e hemoderivados
Agência Brasil ,

Uma comitiva de médicos e especialistas do Ministério da Saúde de Angola


realiza esta semana uma série de visitas e reuniões em Brasília, Belo
Horizonte e Salvador. A proposta é retomar a cooperação bilateral com o
país, sobretudo na área de sangue e hemoderivados. O país africano
enfrenta um grave problema de saúde pública: a anemia falciforme.

Até 2020, havia 11.540 casos registrados da doença. A estimativa oficial é


de que quase 2% dos nascidos vivos em Angola tenham esse tipo de
hemoglobinopatia. A taxa de pessoas com o chamado traço falciforme,
mutação genética em que a doença não se manifesta, mas que pode ser
passada para os filhos, é de quase 20% no país.

A visita técnica da comitiva ao Brasil inclui uma videoconferência para


apresentação de curso em formato de ensino à distância (EAD) do teste do
pezinho, capaz de detectar a anemia falciforme.

A ação, coordenada pela Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do


Itamaraty, envolve técnicos de triagem neonatal do Ministério da Saúde
brasileiro e de professores da Universidade Federal do Paraná (UFPR). A
proposta é implementar em Angola uma política nacional da doença
falciforme.

“Elegemos o Brasil por ser uma referência na América Latina e a nível


mundial na abordagem de pessoas com doença falciforme”, explicou o
diretor do Instituto de Hematologia de Angola e chefe da missão no Brasil,
Francisco Domingos.

“Iniciamos, por projeto piloto, implementar a experiência do Brasil com o


teste do pezinho. Não vamos fazer como o Brasil faz, com [teste para]
várias doenças. Vamos começar [apenas] pela anemia falciforme”.
A cooperação, segundo Domingos, prevê ainda projetos para qualificar a
doação de sangue em Angola, já que as doações no país só acontecem entre
familiares. Angola, atualmente, processa cerca de 80 bolsas de sangue por
dia, totalizando 150 mil por ano, mas apenas 20% vêm de voluntários. A
ideia é utilizar a experiência brasileira na captação de voluntários para
ampliar e qualificar o processo em Angola.
Qual o perfil dos negócios entre Brasil e China
Nexo Jornal , Marcelo Roubicek

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou nesta quarta-feira (12)


na China. O petista terá em três dias uma série de compromissos
diplomáticos e de negócios.

A China é o principal parceiro comercial do Brasil, tanto nas exportações


como nas importações. Além disso, os investimentos chineses no país
tiveram forte crescimento em anos recentes.

Neste texto, o Nexo traça o perfil dos negócios entre os dois países e mostra
quais temas comerciais poderão ser tratados na visita de Lula à China.

O que a China compra do Brasil

Desde 2009, a China é o principal destino de exportações brasileiras. A


partir daquele ano, o país asiático abriu distância para o segundo maior
parceiro do Brasil, os EUA. Em 2022, a China foi a compradora de 26,8%
do total de vendas brasileiras ao exterior.

US$ 89,4 bilhões foi o total das exportações do Brasil à China em


2022. Isso equivale a cerca de R$ 448 bilhões

O aumento do peso da China nas exportações brasileiras nas primeiras


décadas do século 21 foi movido pelo crescimento acelerado da economia
do país asiático. Nesse contexto, a demanda chinesa por commodities
brasileiras cresceu substancialmente. Commodities são produtos com pouca
diferenciação entre si, que suprem cadeias de produção de bens industriais e
alimentos.

Nos primeiros anos da década de 2020, os principais produtos comprados


pela China do Brasil continuam sendo bens de baixo valor agregado. Ou
seja, são mercadorias que têm pouco valor adicionado ao longo da cadeia
produtiva antes de serem comercializadas — diferentemente, por exemplo,
de bens industriais com cadeia mais complexa.

O gráfico abaixo mostra os cinco produtos mais vendidos por produtores


brasileiros à China em 2022. Juntos, os cinco tipos de bens responderam
por mais de 86% de todas as exportações ao país asiático no ano.
TOP 5

O que o Brasil compra da China

Nas importações, assim como no caso das exportações, a China é o maior


parceiro do Brasil. Ou seja, os brasileiros compram do país asiático mais do
que de qualquer outro país do mundo. A participação chinesa nas
importações brasileiras em 2022 ficou em 22,3% — um pouco acima dos
18,8% dos EUA.

US$ 60,7 bilhões foi o total das importações do Brasil da China em


2022. Isso equivale a cerca de R$ 304 bilhões

Se o Brasil vende produtos de baixo valor agregado à China, não se pode


dizer o mesmo sobre as compras. O Brasil importa bens de valor agregado
mais alto.

As importações brasileiras da China são diversificadas em uma ampla gama


de bens. A lista inclui:

Componentes de equipamentos eletrônicos, como válvulas e tubos


Compostos químicos usados como insumos na indústria farmacêutica
Equipamentos de telecomunicações
Inseticidas, herbicidas e semelhantes
Fertilizantes
Máquinas e aparelhos elétricos
Produtos de ferro e aço, como lâminas e tubos
Medicamentos

Como as exportações brasileiras à China totalizaram US$ 89,4 bilhões em


2022 e as importações ficaram em US$ 60,7 bilhões, isso significa que o
Brasil teve um superavit nas relações comerciais com o país asiático.
US$ 28,7 bilhões foi o superavit do Brasil no comércio com a China
em 2022

Esse resultado representou quase metade de todo o saldo da balança


comercial do Brasil no ano (US$ 61,8 bilhões). Ou seja, o comércio
brasileiro com a China é importante não só pelo forte fluxo de produtos,
mas também por representar uma fonte relevante de entrada de recursos no
país — e em moeda estrangeira.
Os investimentos chineses no Brasil
O comércio não é a única forma pela qual dinheiro da China entra no Brasil.
O país também recebe investimentos de empresas do país asiático, em
diferentes áreas.

Segundo relatório publicado em março de 2023 pelo Banco Central, o


Brasil tinha em 2021 um estoque de US$ 659,3 bilhões em investimentos
diretos feitos por empresas e pessoas físicas de outros países. Isso significa
que, ao longo dos anos, o país recebeu centenas de dólares de capital vindo
de fora.

Em 2021, a participação da China nesse total era de US$ 29,9 bilhões. O


gráfico abaixo mostra como o capital chinês ganhou espaço no Brasil desde
2010, apesar da queda em 2019 e, especialmente, em 2020, primeiro ano da
pandemia.
APORTES CHINESES

Também segundo os dados do Banco Central, dois setores foram, por larga
margem, os maiores alvos dos aportes chineses: a indústria extrativa e o
setor de eletricidade e gás. Os investimentos recebidos por cada atividade
até 2021 estavam na casa dos US$ 12 bilhões. Outras áreas que, em menor
medida, receberam investimentos chineses foram: indústria de
transformação, setor automotivo e instituições financeiras.

Os dados do Banco Central seguem a mesma linha de números compilados


pelo Conselho Empresarial Brasil-China e publicados em agosto de 2022.
Segundo o estudo, o Brasil recebeu US$ 5,9 bilhões em novos
investimentos chineses em 2021, concentrados no setor de energia elétrica,
tecnologia da informação (como, por exemplo, aplicativos e sites como
QuintoAndar) e petróleo e gás. Outras atividades que receberam aportes
foram a área financeira, a indústria de eletrônicos e o setor automotivo.

Os números também mostram que o Brasil foi, em 2021, o maior destino de


investimentos chineses voltado para outros países, superando outros lugares
como Países Baixos, Colômbia e Indonésia.

Os negócios que rondam a viagem de Lula

Além de simbolizar uma reaproximação do ponto de vista diplomático, a


viagem de Lula à China em abril de 2023 tem também objetivos comerciais.
O presidente é acompanhado por uma comitiva de ministros, políticos e
empresários.

A expectativa é que, durante a viagem, os dois países assinem cerca de 20


acordos em diferentes áreas, somando negócios privados e negócios
públicos. Isso inclui a venda de aeronaves pela Embraer à China; um acordo
da Suzano com uma empresa chinesa de navios para construção de unidades
para transporte de celulose; e a compra de centenas de caminhões da
montadora JAC pela Seara, empresa de alimentos. O governo brasileiro
também tenta acordos para ampliar a lista de produtos agrícolas importados
pela China.

Além disso, Lula deverá participar de reuniões para tentar obter


investimentos em áreas de infraestrutura e tecnologia. Os dois países devem
assinar, por exemplo, um acordo para a construção de um novo satélite para
monitoramento da Amazônia.

O presidente também deve visitar uma fábrica da Huawei, gigante chinesa


de tecnologia que é pivô de disputas entre o país asiático e os EUA. Os
semicondutores — metais usados para fabricação de chips — também
poderão ser tema de conversas entre a comitiva brasileira e empresários e
representantes chineses. Os semicondutores também são alvo de disputa no
choque entre EUA e China.

De acordo com a BBC Brasil, autoridades chinesas esperam que a comitiva


brasileira sinalize uma possível adesão à Nova Rota da Seda. Trata-se de
um grande programa de financiamento, pela China, de megaobras e
estruturas logísticas em diferentes partes do mundo. No fundo, a Nova Rota
da Seda é um resumo simbólico das grandes pretensões geopolíticas da
China no século 21.

Outra frente dessas pretensões é a questão do poder da moeda chinesa. A


China tenta ampliar o alcance e influência do yuan no sistema monetário
global, em um momento em que se questiona a dominância do dólar no
cenário mundial.

O governo brasileiro já anunciou estar próximo de acordo para que o


comércio com a China não seja feito com intermédio do dólar. Existe a
possibilidade de que Lula assine, durante a viagem, algum documento para
avançar ainda mais no tema.
MCTI e Itamaraty discutem preparação da
Cúpula da Amazônia
Diplomacia Business ,

O Ministério das Relações Exteriores (MRE) iniciou nesta segunda-feira


(10) uma série de diálogos internos no âmbito do governo federal como
parte da preparação para a organização da Cúpula da Amazônia, proposta
pelo Brasil e que será realizada em agosto deste ano. O Ministério da
Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) foi a primeira pasta a receber a
equipe de organizadores para debater a inserção de agendas envolvendo
ciência, tecnologia e inovação. Outras pastas ministeriais também serão
consultadas.

O evento internacional será realizado em Belém, no Pará, cidade que


também é candidata a sediar a COP 30 em 2025. O encontro vai reunir os
chefes de Estado dos oito países que integram a Organização do Tratado de
Cooperação Amazônica (OTCA).

Para se ter uma ideia da relevância do tema, Brasil e Peru, por exemplo, têm
mais de 60% de seus territórios na região Amazônica.

No MCTI, a atenção para a região recebeu novo patamar ao incorporar na


estrutura do ministério uma subsecretaria dedicada à Amazônia e para o
tema de mudanças climáticas, um dos eixos prioritários da nova gestão, que
foi alçado à categoria de diretoria. Além disso, o estreito contato com a
comunidade acadêmica e científica, em especial aos dedicados aos assuntos
amazônicos.

“É uma excelente iniciativa, para a qual podemos fazer contribuições”,


afirmou o chefe de gabinete do MCTI, Rubens Diniz.

A proposta do MRE é realizar em maio um seminário nacional que possa


promover debates, incluindo a participação da sociedade civil e comunidade
científica, de modo a subsidiar as propostas e posições que serão
apresentadas pelo governo brasileiro durante a Cúpula.
Em outra frente, a organização também pretende fomentar eventos
preparatórios na cidade-sede nos dias que antecedem a Cúpula de modo a
promover espaços de diálogo e de cooperação internacional em torno de
questões e desafios comuns aos países da Amazônia, como na área de
ciência e tecnologia.

“Eventos preparatórios são oportunidades para colaboração e reunião de


esforços em torno de desafios comuns”, expressou o embaixador Antônio
Ricarte, responsável pela organização da Cúpula, durante a reunião.

A secretária de Políticas e Programas Estratégicos do MCTI, Marcia


Barbosa, que tem sob sua responsabilidade assuntos de bioeconomia,
ecossistemas e biodiversidade, mudanças climáticas, desastres naturais,
destacou a possibilidade de abordar as redes nacionais de trabalho, como a
RedeVírus MCTI, como um ponto colaborativo entre pesquisadores dos
países que integram a Amazônia. “Vírus não tem passaporte”, afirmou
Barbosa sobre as preocupações que a ação humana na região pode
desencadear.
The End of Hypocrisy
Foreign Affairs , Henry Farrell
American Foreign Policy in the Age
of Leaks
The U.S. government seems outraged that people are leaking classified
materials about its less attractive behavior. It certainly acts that way: three
years ago, after Chelsea Manning, an army private then known as Bradley
Manning, turned over hundreds of thousands of classified cables to the anti-
secrecy group WikiLeaks, U.S. authorities imprisoned the soldier under
conditions that the UN special rapporteur on torture deemed cruel and
inhumane. The Senate’s top Republican, Mitch McConnell, appearing on
Meet the Press shortly thereafter, called WikiLeaks’ founder, Julian
Assange, “a high-tech terrorist.”

More recently, following the disclosures about U.S. spying programs by


Edward Snowden, a former National Security Agency analyst, U.S. officials
spent a great deal of diplomatic capital trying to convince other countries to
deny Snowden refuge. And U.S. President Barack Obama canceled a long-
anticipated summit with Russian President Vladimir Putin when he refused
to comply.

Despite such efforts, however, the U.S. establishment has often struggled to
explain exactly why these leakers pose such an enormous threat. Indeed,
nothing in the Manning and Snowden leaks should have shocked those who
were paying attention. Former Defense Secretary Robert Gates, who
dissented from the WikiLeaks panic, suggested as much when he told
reporters in 2010 that the leaked information had had only a “fairly modest”
impact and had not compromised intelligence sources or methods. Snowden
has most certainly compromised sources and methods, but he has revealed
nothing that was really unexpected. Before his disclosures, most experts
already assumed that the United States conducted cyberattacks against
China, bugged European institutions, and monitored global Internet
communications. Even his most explosive revelation -- that the United
States and the United Kingdom have compromised key communications
software and encryption systems designed to protect online privacy and
security -- merely confirmed what knowledgeable observers have long
suspected.

The deeper threat that leakers such as Manning and Snowden pose is more
subtle than a direct assault on U.S. national security: they undermine
Washington’s ability to act hypocritically and get away with it. Their danger
lies not in the new information that they reveal but in the documented
confirmation they provide of what the United States is actually doing and
why. When these deeds turn out to clash with the government’s public
rhetoric, as they so often do, it becomes harder for U.S. allies to overlook
Washington’s covert behavior and easier for U.S. adversaries to justify their
own.

Few U.S. officials think of their ability to act hypocritically as a key


strategic resource. Indeed, one of the reasons American hypocrisy is so
effective is that it stems from sincerity: most U.S. politicians do not
recognize just how two-faced their country is. Yet as the United States finds
itself less able to deny the gaps between its actions and its words, it will
face increasingly difficult choices -- and may ultimately be compelled to
start practicing what it preaches.

A HYPOCRITICAL HEGEMON

Hypocrisy is central to Washington’s soft power -- its ability to get other


countries to accept the legitimacy of its actions -- yet few Americans
appreciate its role. Liberals tend to believe that other countries cooperate
with the United States because American ideals are attractive and the U.S.-
led international system is fair. Realists may be more cynical, yet if they
think about Washington’s hypocrisy at all, they consider it irrelevant. For
them, it is Washington’s cold, hard power, not its ideals, that encourages
other countries to partner with the United States.

Of course, the United States is far from the only hypocrite in international
politics. But the United States’ hypocrisy matters more than that of other
countries. That’s because most of the world today lives within an order that
the United States built, one that is both underwritten by U.S. power and
legitimated by liberal ideas. American commitments to the rule of law,
democracy, and free trade are embedded in the multilateral institutions that
the country helped establish after World War II, including the World Bank,
the International Monetary Fund, the United Nations, and later the World
Trade Organization. Despite recent challenges to U.S. preeminence, from
the Iraq war to the financial crisis, the international order remains an
American one.

This system needs the lubricating oil of hypocrisy to keep its gears turning.
To ensure that the world order continues to be seen as legitimate, U.S.
officials must regularly promote and claim fealty to its core liberal
principles; the United States cannot impose its hegemony through force
alone. But as the recent leaks have shown, Washington is also unable to
consistently abide by the values that it trumpets. This disconnect creates the
risk that other states might decide that the U.S.-led order is fundamentally
illegitimate.

Of course, the United States has gotten away with hypocrisy for some time
now. It has long preached the virtues of nuclear nonproliferation, for
example, and has coerced some states into abandoning their atomic
ambitions. At the same time, it tacitly accepted Israel’s nuclearization and,
in 2004, signed a formal deal affirming India’s right to civilian nuclear
energy despite its having flouted the Nuclear Nonproliferation Treaty by
acquiring nuclear weapons. In a similar vein, Washington talks a good game
on democracy, yet it stood by as the Egyptian military overthrew an elected
government in July, refusing to call a coup a coup. Then there’s the “war on
terror”: Washington pushes foreign governments hard on human rights but
claims sweeping exceptions for its own behavior when it feels its safety is
threatened.

The reason the United States has until now suffered few consequences for
such hypocrisy is that other states have a strong interest in turning a blind
eye. Given how much they benefit from the global public goods
Washington provides, they have little interest in calling the hegemon on its
bad behavior. Public criticism risks pushing the U.S. government toward
self-interested positions that would undermine the larger world order.
Moreover, the United States can punish those who point out the
inconsistency in its actions by downgrading trade relations or through other
forms of direct retaliation. Allies thus usually air their concerns in private.
Adversaries may point fingers, but few can convincingly occupy the moral
high ground. Complaints by China and Russia hardly inspire admiration for
their purer policies.

The ease with which the United States has been able to act inconsistently
has bred complacency among its leaders. Since few countries ever point out
the nakedness of U.S. hypocrisy, and since those that do can usually be
ignored, American politicians have become desensitized to their country’s
double standards. But thanks to Manning and Snowden, such double
standards are getting harder and harder to ignore.

THE IMPORTANCE OF BEING EARNEST

To see how this dynamic will play out, consider the implications of
Snowden’s revelations for U.S. cybersecurity policy. Until very recently,
U.S. officials did not talk about their country’s offensive capabilities in
cyberspace, instead emphasizing their strategies to defend against foreign
attacks. At the same time, they have made increasingly direct warnings
about Chinese hacking, detailing the threat to U.S. computer networks and
the potential damage to U.S.-Chinese relations.

But the United States has been surreptitiously waging its own major
offensive against China’s computers -- and those of other adversaries -- for
some time now. The U.S. government has quietly poured billions of dollars
into developing offensive, as well as defensive, capacities in cyberspace.
(Indeed, the two are often interchangeable -- programmers who are good at
crafting defenses for their own systems know how to penetrate other
people’s computers, too.) And Snowden confirmed that the U.S. military
has hacked not only the Chinese military’s computers but also those
belonging to Chinese cell-phone companies and the country’s most
prestigious university.

Although prior to Snowden’s disclosures, many experts were aware -- or at


least reasonably certain -- that the U.S. government was involved in
hacking against China, Washington was able to maintain official deniability.
Protected from major criticism, U.S. officials were planning a major public
relations campaign to pressure China into tamping down its illicit activities
in cyberspace, starting with threats and perhaps culminating in legal
indictments of Chinese hackers. Chinese officials, although well aware that
the Americans were acting hypocritically, avoided calling them out directly
in order to prevent further damage to the relationship.

But Beijing’s logic changed after Snowden’s leaks. China suddenly had
every reason to push back publicly against U.S. hypocrisy. After all,
Washington could hardly take umbrage with Beijing for calling out U.S.
behavior confirmed by official U.S. documents. Indeed, the disclosures left
China with little choice but to respond publicly. If it did not point out U.S.
hypocrisy, its reticence would be interpreted as weakness. At a news
conference after the revelations, a spokesperson for the Chinese Ministry of
National Defense insisted that the scandal “reveal[ed] the true face and
hypocritical conduct regarding Internet security” of the United States.

The United States has found itself flatfooted. It may attempt, as the former
head of U.S. counterintelligence Joel Brenner has urged, to draw
distinctions between China’s allegedly unacceptable hacking, aimed at
stealing commercial secrets, and its own perfectly legitimate hacking of
military or other security-related targets. But those distinctions will likely
fall on deaf ears. Washington has been forced to abandon its naming-and-
shaming campaign against Chinese hacking.

Manning’s and Snowden’s leaks mark the beginning of a new era in which
the U.S. government can no longer count on keeping its secret behavior
secret. Hundreds of thousands of Americans today have access to classified
documents that would embarrass the country if they were publicly
circulated. As the recent revelations show, in the age of the cell-phone
camera and the flash drive, even the most draconian laws and reprisals will
not prevent this information from leaking out. As a result, Washington faces
what can be described as an accelerating hypocrisy collapse -- a dramatic
narrowing of the country’s room to maneuver between its stated aspirations
and its sometimes sordid pursuit of self-interest. The U.S. government, its
friends, and its foes can no longer plausibly deny the dark side of U.S.
foreign policy and will have to address it head-on.
SUIT THE ACTION TO THE WORD, THE WORD TO THE
ACTION

The collapse of hypocrisy presents the United States with uncomfortable


choices. One way or another, its policy and its rhetoric will have to move
closer to each other.

The easiest course for the U.S. government to take would be to forgo
hypocritical rhetoric altogether and acknowledge the narrowly self-
interested goals of many of its actions. Leaks would be much less
embarrassing -- and less damaging -- if they only confirmed what
Washington had already stated its policies to be. Indeed, the United States
could take a page out of China’s and Russia’s playbooks: instead of framing
their behavior in terms of the common good, those countries decry anything
that they see as infringing on their national sovereignty and assert their
prerogative to pursue their interests at will. Washington could do the same,
while continuing to punish leakers with harsh prison sentences and
threatening countries that might give them refuge.

The problem with this course, however, is that U.S. national interests are
inextricably bound up with a global system of multilateral ties and relative
openness. Washington has already undermined its commitment to liberalism
by suggesting that it will retaliate economically against countries that offer
safe haven to leakers. If the United States abandoned the rhetoric of mutual
good, it would signal to the world that it was no longer committed to the
order it leads. As other countries followed its example and retreated to the
defense of naked self-interest, the bonds of trade and cooperation that
Washington has spent decades building could unravel. The United States
would not prosper in a world where everyone thought about international
cooperation in the way that Putin does.

A better alternative would be for Washington to pivot in the opposite


direction, acting in ways more compatible with its rhetoric. This approach
would also be costly and imperfect, for in international politics, ideals and
interests will often clash. But the U.S. government can certainly afford to
roll back some of its hypocritical behavior without compromising national
security. A double standard on torture, a near indifference to casualties
among non-American civilians, the gross expansion of the surveillance state
-- none of these is crucial to the country’s well-being, and in some cases,
they undermine it. Although the current administration has curtailed some
of the abuses of its predecessors, it still has a long way to go.

Secrecy can be defended as a policy in a democracy. Blatant hypocrisy is a


tougher sell. Voters accept that they cannot know everything that their
government does, but they do not like being lied to. If the United States is
to reduce its dangerous dependence on doublespeak, it will have to submit
to real oversight and an open democratic debate about its policies. The era
of easy hypocrisy is over.
La disputa entre China y Estados Unidos por el
litio en América Latina
BBC News Mundo ,

Más de la mitad del litio del mundo está en Argentina, Bolivia y Chile, un
triángulo que ha despertado el interés de gobiernos e inversores por entrar a
esos mercados.

Países como China y Estados Unidos no quieren perderse la oportunidad de


contar con un metal clave para fabricar las baterías que utilizan los autos
eléctricos, un mercado en expansión al que están entrando cada vez más
jugadores.

"Las principales potencias están luchando por conseguir los minerales


necesarios para la transición energética y América Latina es un campo de
batalla principal", le dice a BBC Mundo Benjamin Gedan, director del
Programa América Latina del centro de estudios Wilson Center.

"Estados Unidos llegó tarde a la fiesta y Washington claramente está


ansioso por la ventaja inicial de China", agrega.

Las compañías chinas llevan años buscando sitios para abastecerse del
llamado oro blanco en distintas partes del mundo, especialmente en
América Latina, donde están las mayores reservas del mundo del metal.

Bolivia lidera la lista con unas reservas conocidas estimadas en 21 millones


de toneladas, seguido por Argentina (19,3 millones) y Chile (9,6 millones),
según el Servicio Geológico de EE.UU.

Y México, aunque solo tiene 1,7 millones de toneladas (situándose en el


noveno lugar de la lista), se ha vuelto un jugador relevante en
Norteamérica, no solo por su cercanía geográfica con Estados Unidos y
Canadá, sino porque se está convirtiendo en un centro de producción de
automóviles eléctricos (especialmente tras el reciente anuncio de gigantes
que instalarán fábricas en su territorio, como Tesla y BMW).
"Actividad maligna"

La general Laura Richardson, jefa del Comando Sur de Estados Unidos,


advirtió que China"continúa expandiendo su influencia económica,
diplomática, tecnológica, informativa y militar en América Latina y el
Caribe", durante una presentación ante el Comité de Servicios Armados de
la Cámara de Representantes en marzo.

"Esta región está llena de recursos y me preocupa la actividad maligna de


nuestros adversarios aprovechándose de eso. Pareciera que están invirtiendo
cuando en realidad están extrayendo", argumentó Richardson.

Sobre el "triángulo del litio" en Sudamérica, compuesto por Argentina,


Bolivia y Chile, dijo que "la agresividad de China y su juego en el terreno
con el litio, es muy avanzado y muy agresivo".

¿Qué dice China?

Así como Estados Unidos y otros países están embarcados en su plan para
recuperar parte de su independencia energética, China también se ha venido
preparando desde hace varios años con la mira puesta en los minerales más
apetecidos por el comercio global, entre ellos el litio.

"China tiene un alto grado de dependencia extranjera de algunos recursos


minerales importantes, y una vez que cambie la situación internacional,
ciertamente afectará la seguridad económica o incluso la seguridad
nacional", dijo el ministro de Recursos Naturales, Wang Guanghua, a
comienzos de enero en una entrevista con la agencia estatal de noticias
Xinhua.

El gobierno ha incluido 24 minerales estratégicos en su Plan Nacional de


Recursos Minerales publicado en 2016.

Entre ellos, hay metales como hierro, cobre, aluminio, oro, níquel, cobalto,
litio y tierras raras, además de los tradicionales recursos energéticos como
el petróleo, el gas natural, el gas de esquisto y el carbón.
El plan señala que los minerales son clave para "salvaguardar la seguridad
económica nacional, la seguridad de la defensa nacional y el desarrollo de
industrias emergentes estratégicas".

Explosivo aumento de las inversiones chinas

Mientras las empresas chinas avanzan en Sudamérica con gigantescas


inversiones mineras, los países del triángulo pretenden aprovechar la
tecnología y el capital de las empresas chinas con el objetivo de promover
el desarrollo industrial local.

Solo en los tres primeros meses de este año, compañías chinas han cerrado
ambiciosos acuerdos para invertir en Bolivia, Argentina y Chile.

En Bolivia, las firmas chinas, CATL, BRUNP y CMOC, comprometieron


cerca de US$1.000 millones en proyectos de litio en los departamentos de
Potosí y Oruro, según el centro de estudios Atlantic Council.

En Argentina, la empresa Chery Automobile invertirá unos US$400


millones en la construcción de una planta para fabricar vehículos eléctricos,
posiblemente en Rosario.

Y en Chile, Tsingshan Holding Group, Ruipu Energy, Battero Tech, y


FoxESS se comprometieron a invertir un parque industrial de litio en la
ciudad de Antofagasta, por un monto aún desconocido.

La relación comercial entre Argentina y China se ha vuelto cada vez más


estrecha en la minería del litio, con el anuncio de al menos nueve proyectos
de inversión solo en 2022 en las zonas de Salta, Catamarca, y Jujuy.

Competencia tecnológica y geopolítica entre los gigantes

Según el director asociado del Adrienne Arsht Latin America Center del
centro de estudios Atlantic Council, Pepe Zhang, "Estados Unidos está
buscando activamente fortalecer su posición en las cadenas de suministro
globales de minerales críticos y tecnologías verdes".
En ese contexto, "el litio está demostrando ser un área cada vez más crítica
en la competencia tecnológica y geopolítica entre Estados Unidos y China",
le dice a BBC Mundo.

Y China va con el pie puesto en el acelerador.

Este año, estima Zhang, se perfila como uno importante para las inversiones
del gigante asiático en el mineral en la región.

Las proyecciones indican que los US$1.400 millones comprometidos para


este año superarían los US$1.100 millones de inversión en 2021 y 2020.

"Solo en enero, vimos a tres empresas chinas comprometerse con una


inversión de US$1.000 millones en Bolivia", dice el investigador.

El factor de "seguridad nacional"

La Casa Blanca también ha establecido explícitamente como una de sus


prioridades asegurar una cadena de suministro de minerales por razones
estratégicas.

"Los minerales críticos proporcionan los componentes básicos para muchas


tecnologías modernas y son esenciales para nuestra seguridad nacional y
prosperidad económica", señaló el gobierno de Joe Biden el año pasado a
través de un comunicado.

Minerales como litio, cobalto y tierras raras, utilizados en muchos


productos, que van desde computadoras hasta electrodomésticos, y que son
insumos clave para producir tecnologías como baterías y vehículos
eléctricos, turbinas eólicas o paneles solares.

A medida que parte del mundo intenta avanzar en la transición hacia


energías menos contaminantes, la demanda global por estos minerales
críticos "se disparará entre un 400% y un 600% durante las próximas
décadas", señala el texto.

Y, agrega, para minerales como el litio y el grafito, "la demanda aumentará


aún más, hasta un 4.000%".
"Un tira y afloja entre Washington y Pekín"

"China tiene una ventaja por la voluntad de Pekín de invertir en la


producción de baterías en América Latina", argumenta Gedan.

Mientras que "Estados Unidos se centra principalmente en adquirir materias


primas para que las empresas estadounidenses construyan tecnologías
ecológicas".

Ante esa disyuntiva, es probable que los países latinoamericanos consideren


la oferta asiática más atractiva que el tradicional modelo de exportar sus
commodities con muy poco valor agregado.

"Estados Unidos claramente está ansioso por ponerse al día", dice el


experto. "No es de extrañar que Sudamérica se encuentre atrapado en un tira
y afloja entre Washington y Pekín".
Qu’attendre de la visite de Lula en Chine ?
Le Grand Continent ,

Le président brésilien est l’un des derniers chefs d’État d’une longue série à
se rendre en visite officielle en Chine au cours des derniers mois (Olaf
Scholz, Ebrahim Raïssi, Pedro ánchez, Emmanuel Macron…) Arrivé hier,
mardi 11 avril, il doit rencontrer le président chinois Xi Jinping vendredi.

L’objectif annoncé est la « formation d’un groupe de nations » visant à


mettre fin à la guerre en Ukraine.

Depuis le début du conflit, le Brésil occupe une position floue


consistant à voter aux côtés des pays occidentaux et autres États en
faveur d’un arrêt des combats aux Nations unies, tout en refusant de
s’opposer publiquement à Poutine et à l’invasion russe.
En ce sens, l’actuel président brésilien Luiz Inácio Lula da Silva suit la
même ligne que son prédécesseur Jair Bolsonaro.
Lors d’une rencontre avec son homologue allemand en janvier, Lula
n’a pas laissé entendre qu’il considérait que la guerre avait été
provoquée par la Russie, évoquant plutôt « l’OTAN » ou bien des «
revendications territoriales » comme casus belli.

En se rendant à Pékin — lors d’une visite initialement prévue en mars


dernier —, le président brésilien espère pouvoir convaincre son homologue
chinois de jouer un rôle de médiateur auprès de Poutine afin de créer des
conditions favorables à un cessez-le-feu. Tandis que le président français
n’a pas obtenu d’avancées sur ce point lors de sa récente visite, il est
incertain qu’une tentative brésilienne obtienne plus de succès — d’autant
que la proposition de Lula visant à restituer les territoires ukrainiens
envahis à Kyiv à l’exception de la Crimée s’est confrontée à un refus
catégorique de l’Ukraine.

Au-delà de la guerre en Ukraine, les deux dirigeants discuteront également


de sujets commerciaux, industriels et liés au changement climatique.
La Chine est le principal partenaire commercial du Brésil. Toutefois, la
balance commerciale est en faveur de Brasília, ce qui constitue une
exception parmi les principaux pays commerçant avec Pékin.
Selon un conseiller de Lula, le Brésil chercherait également à attirer
des investissements chinois afin de développer une industrie de semi-
conducteurs.
Sondé sur la question de la provenance de ces investissements, le
président brésilien a déclaré « n’avoir pas peur du grand méchant loup
», en référence aux efforts américains visant à décourager les
investissements chinois sur le continent américain.

Revenu au pouvoir en janvier — après avoir exercé pendant 8 ans la


présidence du pays entre 2003 et 2011 —, Lula a déclaré à maintes reprises
vouloir faire à nouveau du Brésil une puissance dotée d’une voix sur le plan
international, après quatre années de présidence Bolsonaro ayant terni la
réputation et la crédibilité du pays. Cependant, le « non-alignement »
brésilien est plus perçu par les puissances occidentales comme une
neutralité qui traduirait une préférence pour les intérêts russes. Membre des
BRICS — un groupe créé au cours du deuxième mandat de Lula —, le
Brésil est toujours un pays proche de la Russie tandis que le ministre des
Affaires étrangères russe Sergueï Lavrov est attendu à Brasília la semaine
prochaine.

Contrairement à la France, qui n’est qu’un partenaire commercial et


économique modeste de la Chine en comparaison d’autres puissances
(États-Unis, Japon, Corée du Sud notamment), les importations brésiliennes
— et particulièrement de produits agricoles — sont vitales pour Pékin (le
Brésil est notamment le premier fournisseur de poulet, de soja et de sucre
de la Chine). Cependant, le poids de la relation commerciale entre les deux
pays est peu susceptible de donner du poids à la proposition brésilienne sur
le plan diplomatique, tandis que Xi refuse d’aller au-delà d’une posture de
médiation de façade pour mettre fin à la guerre.

Você também pode gostar