Você está na página 1de 33

Notas Oficiais

Avanços na Política Migratória de acolhida humanitária e reunião


familiar em favor de haitianos e apátridas residentes no Haiti – Nota
Conjunta do MRE e MJSP
Liberação de brasileiras na Alemanha

Política Externa Brasileira

Brasil e OIT definem temas prioritários para novo programa de


Cooperação Sul-Sul Trilateral
LAAD: Ministro da Defesa assina acordo de cooperação com o
Governo da Eslovênia
Delegação da República do Congo conhece políticas brasileiras de
alimentação escolar
Alckmin defende fortalecimento da amizade entre Brasil e Japão

Ásia

EUA promete defender Filipinas no disputado Mar da China


Meridional

Economia

Em declaração ao FMI, Haddad chama atenção para risco de


fragmentação econômica global

Línguas Estrangeiras

México, Colombia y Honduras: ¿por qué Perú ha optado por aislarse?


L’Europe finit-elle à Taïwan ?
Foreign Ministry Spokesperson Wang Wenbin’s Regular Press
Conference on April 11, 2023
Liberação de brasileiras na Alemanha
Ministério das Relações Exteriores ,

O Ministério das Relações Exteriores recebeu com satisfação a informação


de que as cidadãs brasileiras Jeanne Cristina Paolini Pinho e Katyna Baía de
Oliveira, que estavam presas desde 6/3/23 em Frankfurt, na Alemanha,
foram liberadas hoje.

Ao longo do último mês, o Consulado-Geral do Brasil em Frankfurt


realizou visitas consulares, em diferentes ocasiões, às nacionais no presídio,
além de ter conduzido gestões junto às autoridades carcerárias e judiciárias
locais para acompanhar o trâmite legal. Intermediou, ainda, contatos com
familiares e advogados das brasileiras. Representante daquela repartição
consular recebeu hoje, no aeroporto de Frankfurt, familiares das brasileiras
e os acompanhou ao presídio para o momento da soltura.

Ao longo do processo, o Itamaraty manteve coordenação estreita com o


Ministério da Justiça e Segurança Pública, que conduziu o envio dos
elementos de prova solicitados pela Justiça alemã por meio dos
instrumentos de cooperação jurídica internacional.
Avanços na Política Migratória de acolhida
humanitária e reunião familiar em favor de
haitianos e apátridas residentes no Haiti – Nota
Conjunta do MRE e MJSP
Ministério das Relações Exteriores ,

Por meio das Portarias Interministeriais MJSP/MRE nº 37, de 30 de março


de 2023, e nº 38, de 10 de abril de 2023, o governo brasileiro renovou e
avançou a política humanitária e de reunião familiar em favor de nacionais
haitianos e apátridas afetados por calamidade de grande proporção, por
desastre ambiental ou pela situação de instabilidade institucional na
República do Haiti.

A primeira Portaria, destinada à concessão de vistos de acolhida


humanitária, estende o prazo de validade do visto de acolhida humanitária
de 180 para 365 dias, o máximo permitido em lei. A medida visa a conferir
maior previsibilidade e segurança jurídica aos haitianos em situação de
vulnerabilidade.

A Portaria subsequente permite que nacionais haitianos e apátridas já


estabelecidos no Brasil possam solicitar autorização de residência prévia
para seus familiares que ainda se encontram no Haiti. O procedimento
pretende agilizar a concessão de vistos com base no direito à reunião
familiar.

O governo brasileiro reafirma seu compromisso com a continuidade das


políticas humanitárias em favor do Haiti.
LAAD: Ministro da Defesa assina acordo de
cooperação com o Governo da Eslovênia
Ministério da Defesa ,

Nesta terça-feira (11), o Ministro da Defesa, José Múcio Monteiro Filho,


firmou um acordo de cooperação em Defesa com o seu homólogo no
Governo da Eslovênia, Marjan Sarec. O documento foi assinado durante
encontro bilateral na 13ª edição da Laad, feira de Defesa e Segurança que
ocorre entre 11 e 14 de abril no Rio de Janeiro.

O acordo firmado promove a cooperação em áreas como Política e


Legislação de Defesa, Educação e Treinamento Militar, Medicina Militar,
Cultura e Desporto, entre outros temas.

Estiveram presentes, também, o Secretário-Geral do Ministério da Defesa


(MD), Luiz Henrique Pochyly da Costa; e o Chefe de Assuntos Estratégicos
do MD, Tenente-Brigadeiro do Ar Hudson Costa Potiguara; além de
autoridades eslovenas.

Relações internacionais

Neste primeiro dia de Laad, além da Eslovênia, houve reuniões bilaterais


com representantes da África do Sul, da Coreia do Sul, do Peru e do
Suriname. Durante os encontros, foram mencionadas as atuações do Brasil
em defesa da Amazônia, por meio do Centro Gestor e Operacional do
Sistema de Proteção da Amazônia (CENSIPAM), bem como sobre
equipamentos produzidos no País, como a aeronave de transporte KC-390,
da Força Aérea Brasileira. O intuito foi reforçar os laços de parceria, além
de trocar conhecimentos na área de Defesa e Segurança.
Brasil e OIT definem temas prioritários para novo
programa de Cooperação Sul-Sul Trilateral
ABC - Agência Brasileira de Cooperação ,

O Governo do Brasil e a Organização Internacional do Trabalho (OIT)


realizaram, nesta terça-feira (4), jornada estratégica de diálogos sociais
tripartites com o objetivo de identificar e definir os temas prioritários para a
nova fase do Programa de Parceria Brasil-OIT para Promoção da
Cooperação Sul-Sul 2023-2027.

A oficina de planejamento reuniu representantes do Escritório da OIT


Brasil, da Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e de outras áreas
políticas, do Ministério das Relações Exteriores (MRE), bem como dos
Ministérios do Trabalho e Emprego (MTE), da Previdência Social (MPS),
dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDH), do Desenvolvimento e
Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), dos trabalhadores
representados pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) Nacional, dos
empregadores representados pela Confederação Nacional da Indústria
(CNI), do Ministério Público do Trabalho (MPT) e do Tribunal Superior do
Trabalho (TST).

Na mesa de abertura, a diretora-adjunta da ABC, Embaixadora Maria Luiza


Ribeiro Lopes, e o diretor do Escritório da OIT para o Brasil, Vinícius
Pinheiro, ressaltaram os avanços e a importância do Programa de Parceria
Brasil-OIT para a Promoção da Cooperação Sul-Sul, estabelecido em 2009.

“Após quase 15 anos de vigência do Programa de Parceria Brasil-OIT e


aporte brasileiro de US$ 26 milhões de dólares, foram alcançados
resultados expressivos com importantes avanços no aprimoramento de
marcos legais e de políticas públicas dos países parceiros, bem como no
fortalecimento de espaços de diálogo entre atores governamentais e não
governamentais”, ressaltou a embaixadora Luiza Lopes.

"O Programa de Cooperação Sul-Sul Brasil-OIT representa um


compromisso com a colaboração entre países em desenvolvimento, dentro
do contexto da Agenda do Trabalho Decente, com base em seus quatro
eixos estratégicos: o respeito aos princípios e direitos fundamentais do
trabalho, a criação de mais e melhores empregos para homens e mulheres, a
extensão da proteção social e o diálogo social.", disse Pinheiro.

Pinheiro destacou ainda o fato importante de que o debate em torno das


prioridades para o programa de Cooperação Sul-Sul e Trilateral OIT-Brasil
esteja acontecendo no momento em que a OIT, sob a liderança do diretor-
geral Gilbert F. Houngbo, construiu uma Coalização Global pela Justiça
Social, na qual o Brasil poderá ter papel de relevo. A Coalizão atuará como
plataforma para elevar o debate político sobre justiça social e enfrentar os
desafios que atualmente afetam o mundo do trabalho.

O resultado conjunto da oficina será sistematizado a fim de subsidiar a


elaboração do documento do novo Programa de Cooperação Sul-Sul Brasil-
OIT, a ser compartilhado com todas as instituições participantes e assinado
durante a Reunião Anual Brasil-OIT, previsto para em junho de 2023 na
sede da OIT em Genebra, durante a 111ª Conferência Internacional do
Trabalho.
Delegação da República do Congo conhece
políticas brasileiras de alimentação escolar
ABC - Agência Brasileira de Cooperação ,

Dezessete representantes do Governo da República do Congo se encontram


em Brasília, entre os dias 10 e 14 de abril, a fim de conhecer o Programa
Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), executado pelo Fundo Nacional
de Desenvolvimento da Educação (FNDE), no âmbito de diversas políticas
de agricultura familiar e de segurança alimentar e nutricional.

A Embaixadora Luiza Lopes, Diretora-Adjunta da Agência Brasileira de


Cooperação (ABC), do Ministério das Relações Exteriores (MRE),
inaugurou as atividades da “Visita de Estudos”, em cerimônia realizada em
10 de abril, no Palácio do Itamaraty, em Brasília. A iniciativa é coordenada
pela ABC, em parceria com o FNDE e o Centro de Excelência contra a
Fome, no Brasil, do Programa Mundial de Alimentos (PMA).

A Embaixadora fez um balanço histórico de todo o trabalho de construção


do PNAE, que celebra 68 anos de existência. “O PNAE já conta com quase
70 anos de existência. Já passou por mais de 20 governos, sempre
evoluindo qualitativa e quantitativamente até o seu atual estado”, reforçou.
Em seu discurso, A Embaixadora Luiza Lopes lembrou que os congoleses
já estiveram no Brasil em 2012 com o mesmo intuito de conhecer o PNAE.

A chefe da delegação africana e Ministra de Assuntos Sociais, da


Solidariedade e da Ação Humanitária do Congo, Senhora Irene Kimbatsa,
agradeceu a recepção e a programação que inclui visitas de campo e
reuniões com as instituições que participam do PNAE. “Novamente as
autoridades brasileiras nos recebem para compartilhar conhecimentos
relativos ao programa de alimentação escolar no Brasil, o que é muito
importante para o Congo”.

A presidente do FNDE, Fernanda Pacobayhba, ressaltou a parceria entre a


alimentação escolar e a agricultura familiar. “Nós garantimos não só uma
alimentação escolar com produtos de qualidade, mas fortalecemos a própria
economia dos municípios, uma vez que a compra é local”. A Senhora
Fernanda Pacobayhba lembrou aos congoleses que o Fundo está
inteiramente à disposição para estreitar ainda mais a parceria.

Já Daniel Balaban, diretor do Centro de Excelência contra a Fome, no


Brasil, do Programa Mundial de Alimentos (PMA), salientou que
programas de alimentação escolar têm impactos positivos também em
questões de gênero e de mudança do clima. “O programa precisa assegurar
sua sustentabilidade, garantir a compra local de produtos, a variedade da
produção com qualidade de armazenamento e logística de transporte de
alimentos”, ressaltou. “É um processo complexo, mas com resultados muito
positivos nos países que estão desenvolvendo programas de alimentação
escolar, a exemplo do Brasil”.

Durante toda a semana, a delegação conhecerá de perto detalhes sobre a


legislação que envolve o PNAE, a dinâmica do modelo de alimentação
escolar, conjugado com a agricultura familiar, em que 30% dos produtos
são comprados diretamente de produtores locais. Os congoleses visitarão,
ainda, escolas urbanas e rurais beneficiadas pelo Programa no DF, o
CEASA - Centro de Distribuição de Alimentos -, além de propriedades de
agricultores familiares que fornecem os alimentos consumidos nas escolas.
Alckmin defende fortalecimento da amizade entre
Brasil e Japão
Planalto ,

Em encontro com representantes do Grupo de Notáveis (Wise Group) para


uma Parceria Econômica Estratégica Brasil – Japão, o presidente em
exercício, Geraldo Alckmin, defendeu o fortalecimento das relações entre
os dois países e destacou a importância da presença japonesa para o
desenvolvimento do Brasil.

Liderada, do lado brasileiro, pelo empresário Eduardo Eugênio Gouveia


Vieira, que preside a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro
e por Masami Ijima, Conselheiro da Mitsui, pelo lado japonês, a comitiva
entregou à Presidência da República nesta terça, 11/4, documento com uma
série de sugestões para o estreitamento das relações. O mesmo documento
também será entregue ao governo japonês.

Com representantes de grandes empresas japonesas como Nippon Steel,


Toyota, Mitsui Group e Japan Bank, o grupo de empresários sugere, por
exemplo, o início das negociações para um acordo comercial Mercosul-
Japão, a dispensa de visto de turista para entrada de brasileiros e japoneses
nos dois países, além da destinação de investimentos na geração de fontes
de energia limpa.

Alckmin destacou o potencial do Brasil para receber investimentos e a


vocação do País na área de energia renovável e em outros setores
industriais. Ele lembrou que o presidente Lula está comprometido com a
sustentabilidade e a proteção ao meio ambiente.

“O Brasil tem compromisso de combater as mudanças climáticas. O


presidente Lula tem destacado isso em todas as oportunidades. O Brasil tem
compromisso com o desmatamento ilegal zero e com a preservação dos
nossos biomas”, afirmou.
O presidente em exercício também se mostrou simpático à ideia de
reciprocidade entre os países na questão do visto, se disse entusiasta do
acordo Mercosul-Japão e lembrou que, em 2023, celebram-se 115 anos do
início da imigração japonesa ao Brasil.
EUA promete defender Filipinas no disputado
Mar da China Meridional
GZH , AFP

Os Estados Unidos prometeram nesta terça-feira (11) defender as Filipinas


no disputado Mar da China Meridional, enquanto acontecem os maiores
exercícios militares conjuntos de sua História, em um esforço para contra-
atacar a influência chinesa crescente na região.

Quase 18.000 soldados participarão dos exercícios anuais, que receberam o


nome de 'Balikatan' ("ombro a ombro" em filipino) e que, pela primeira vez,
incluirão uma manobra com munição real no Mar da China Meridional,
reivindicado em sua quase totalidade por Pequim.

As manobras começam 24 horas após a China concluir três dias de


manobras militares ao redor de Taiwan, que considera parte de seu
território, em protesto contra uma visita aos Estados Unidos da presidente
taiwanesa, Tsai Ing-wen.

As manobras da China terminaram oficialmente ontem, mas Taiwan voltou


a detectar, nesta terça-feira, a presença de navios de guerra e aeronaves
chinesas perto de seu território.

Em diálogos conjuntos incomuns em Washington com seus pares filipinos,


os secretários de Estado, Antony Blinken, e de Defesa, Lloyd Austin,
conversaram sobre um acordo fechado na semana passada para que as
forças americanas usem outras quatro bases militares filipinas, incluindo
uma base naval próxima de Taiwan.

Blinken disse que os Estados Unidos reafirmam seu "compromisso


inabalável de apoiar as Filipinas ante qualquer intimidação ou coerção,
inclusive no Mar da China Meridional".

O tratado de defesa mútuo, assinado em 1951, depois que as Filipinas se


tornaram independentes de Washington, "aplica-se a ataques armados a
qualquer uma de nossas Forças Armadas, aeronaves ou navios, incluindo
nossa Guarda Costeira, em qualquer ponto do Mar da China Meridional",
detalhou Austin, em entrevista coletiva.

Estados Unidos e Filipinas planejam novos exercícios no Mar da China


Meridional para este ano, que incluirão outros países, segundo Austin. O
secretário disse que os Estados Unidos estão alocando mais de US$ 100
milhões para as bases neste ano fiscal, e irão fornecer às Filipinas novos
equipamentos militares, como drones e defesa aérea.

Questionado se as Filipinas estão preocupadas com a reação da China, o


comandante interino da Defesa filipina, Carlito Galvez, respondeu: "Não
esperamos nenhuma reação violenta, considerando que este exercício foi
pensado para a nossa defesa coletiva".

A notícia da expansão do acesso a bases fez com que a China acusasse os


Estados Unidos de "colocar em risco a paz e estabilidade regionais". "Os
países nesta parte do mundo devem manter uma independência estratégica e
resistir firmemente à mentalidade de Guerra Fria e ao bloco de confronto",
disse na semana passada o embaixador chinês em Manila, Huang Xilian.

- Exercícios de reconquista -

Após a cerimônia de início das manobras, em um campo militar de Manila,


o coronel Michael Logico, porta-voz das Forças Armadas filipinas,
declarou: "Para proteger nosso território soberano, temos que nos preparar
para retomar uma ilha arrebatada".

Esta é a primeira vez que os exercícios acontecem durante a presidência de


Ferdinand Marcos, que deseja reforçar os laços com Washington, depois do
distanciamento criado por seu antecessor Rodrigo Duterte.

Nos últimos meses, os dois países aliados concordaram em retomar as


patrulhas marítimas conjuntas no Mar da China Meridional e concluíram
um acordo para aumentar a presença militar americana no arquipélago.

- Proximidade de Taiwan -
A proximidade entre Filipinas e Taiwan pode tornar este país insular um
aliado crucial dos Estados Unidos no caso de uma invasão chinesa. Pequim
considera a ilha, de governo democrático e autônomo, parte de seu
território, e afirma que pretende retomá-la.

As manobras "Balikatan" irão mobilizar 12.200 americanos, 5.400 filipinos


e 100 australianos, quase o dobro do contingente do ano passado. Os
exercícios incluem simulações de desembarque anfíbio na ilha de Palawan,
próxima a um arquipélago reivindicado por Pequim e Manila, e o uso dos
mísseis Patriot e Himars americanos.

Também incluem uma manobra com fogo real no Mar da China Meridional,
a menos de 300 quilômetros ao leste do recife de Scarborough, objeto de
disputa entre Pequim e Manila.

"Com os exercícios, as forças das Filipinas e dos Estados Unidos


aperfeiçoarão a interoperabilidade, aumentarão as habilidades e
complementarão as capacidades por meio da colaboração, garantindo que
estaremos preparados para responder juntos aos desafios do mundo real",
disse o comandante americano da Primeira Ala Aérea do Corpo de
Fuzileiros Navais, general Eric Austen, durante cerimônia em Manila.
Em declaração ao FMI, Haddad chama atenção
para risco de fragmentação econômica global
O Globo ,

Em manifestação enviada ao Fundo Monetário Internacional (FMI), o


ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que uma política
monetária mais restritiva no Brasil está baixando a inflação e que a
trajetória de “consolidação fiscal do governo” abrirá espaço para
“acomodação” dos juros.

Mas, além de dar sua visão sobre o cenário econômico do Brasil, Haddad
também fez considerações sobre a economia mundial no texto que enviou
ao Comitê Monetário e Financeiro do Fundo Monetário Internacional
(IMFC, na sigla em inglês), que está reunido em Washington.

Haddad, afirmou considerar a fragmentação econômica “um risco


importante, que deve ser enfrentado com determinação”. Para ele, a
crescente concentração dos fluxos comerciais e de investimentos entre
países alinhados geopoliticamente, especialmente em setores estratégicos, é
extremamente preocupante.

Em seu relatório de projeções econômicas, divulgado nesta terça-feira, o


FMI reduziu suas estimativas para o crescimento do mundo e do Brasil.

Haddad não compareceu às reuniões de primavera do FMI e do Banco


Mundial, que reúnem autoridades econômicas de todo o mundo em
Washington, porque integra a comitiva do presidente Lula que foi à China.
No lugar do ministro, na capital americana, está o secretário de Política
Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello. O presidente do
Banco Central, Roberto Campos Neto, também participa dos encontros dos
organismos multilaterais.

O ministro afirma que as políticas industriais e tecnológicas nacionais nas


economias centrais contribuem ainda mais para esse processo, e isso pode
levar a perdas de bem-estar para mercados emergentes e economias em
desenvolvimento (EMDEs) que precisam de diversificação e integração
com cadeias produtivas de alto valor agregado.

“A redução da atividade global, a menor integração vertical das empresas, o


protecionismo aberto ou disfarçado e o desvio de investimentos podem
agravar a situação. Estamos convencidos de que garantir uma ordem
econômica internacional baseada em regras que promovam a integração
econômica, a diversificação da produção, o compartilhamento de
conhecimento e menos pobreza e desigualdade é a melhor maneira de evitar
uma maior fragmentação”, destacou o ministro.

Mudanças climáticas

Em outro ponto do documento, Haddad considera que combater as


mudanças climáticas e seus efeitos já devastadores em países e
comunidades mais vulneráveis requer uma estreita cooperação
internacional.

“A pandemia mostrou o potencial e as deficiências da cooperação global


diante de um desafio global esmagador. As autoridades de todo o mundo
reagiram prontamente, seguindo diferentes estratégias e abordagens,
inclusive o FMI. No entanto, estamos convencidos de que uma cooperação
internacional mais estreita teria resultado muito melhor, especialmente para
os países mais pobres e populações mais vulneráveis”, aponta.

Para Haddad, o progresso na implementação da agenda do Acordo de Paris


– plano em que os governos acordaram em manter o aumento da
temperatura média mundial abaixo dos 2°C em relação aos níveis pré-
industriais – exige que as economias avançadas intensifiquem o
financiamento climático para apoiar os esforços de mitigação, adaptação e
transição das EMDEs.

O ministro defende ainda a simplificação do sistema tributário,


"excessivamente complexo, regressivo, distorcido e difícil de lidar, que
sobrecarrega desnecessariamente as empresas e acentua as desigualdades
regionais e sociais".
Pobres no orçamento

Em relação ao Brasil, além de defender a reforma tributária e o novo


arcabouço fiscal, que serão enviados ao Congresso neste ano, Haddad
afirma que o governo brasileiro, nesses primeiros três meses, passou a
priorizar as necessidades imediatas de gastos, e reverteu isenções fiscais,
inclusive sobre combustíveis, que haviam sido concedidas no ano passado.

“Apresentamos ao Congresso e à sociedade uma nova estrutura fiscal que


pode estabilizar com credibilidade a dívida pública ao longo do tempo e,
posteriormente, colocá-la em uma trajetória claramente descendente”,
explica o ministro. Segundo ele, o governo poderá registrar um superávit
fiscal primário de 1% do PIB em 2026, último ano do mandato do governo.

Reformar o sistema tributário para torná-lo mais simples e justo é outra


prioridade imediata. O documento apresentado por Haddad afirma que a
nova administração está totalmente engajada com o Congresso para permitir
a aprovação de uma reforma tributária há muito esperada para estabelecer
simplificar procedimentos, evitar guerras fiscais entre unidades federativas
e aumentar a transparência e a justiça no sistema.

“O principal objetivo não é aumentar a receita, mas melhorar a qualidade da


mobilização de receita. O sistema tributário do Brasil é excessivamente
complexo, regressivo, distorcido e pesado. Ele onera indevidamente as
empresas e acentua as desigualdades regionais e sociais”, destaca.

Haddad explicou ao FMI que a reforma tributária prevista inclui uma


revisão abrangente dos gastos tributários para abordar as características
perversas e regressivas do regime tributário brasileiro, e combater a
“captura” do Estado.

Para o ministro, embora não seja uma panaceia, a reforma tributária será um
grande passo para estabelecer um sistema mais simples e justo que
aumentará a eficiência da economia. “Recentemente, todos os 27
governadores estaduais manifestaram seu apoio à proposta de reforma
tributária em tramitação no Congresso, e esperamos que seja promulgada
até o fim deste ano”, prevê o ministro.
Foreign Ministry Spokesperson Wang Wenbin’s
Regular Press Conference on April 11, 2023
china-embassy.gov.cn ,

At the invitation of the Acting Minister of Foreign Affairs of Uzbekistan


Bakhtiyor Saidov, State Councilor and Foreign Minister Qin Gang will
attend the fourth Foreign Ministers’ Meeting among the Neighboring
Countries of Afghanistan in Samarkand, Uzbekistan and visit Uzbekistan
from April 12 to 13.

CCTV: We have noted that tomorrow Brazilian President Lula da Silva


will pay a state visit to China shortly after his recovery. Can you share
more information about this?

Wang Wenbin: Since President Lula da Silva postponed his visit to China
due to medical reasons, the two sides have maintained close communication
about the visit. The fact that President Lula da Silva will lead a large
delegation to China on his state visit so soon after his recovery speaks to the
high importance both sides attach to this visit and our bilateral relations.

China stands ready to work together with the Brazilian side and take this
visit as an opportunity to upgrade our mutually-beneficial friendly
cooperation in various sectors and bring more positive energy to developing
countries’ solidarity, cooperation and joint response to global challenges.

CCTV: In March last year, China successfully hosted the third Foreign
Ministers’ Meeting among the Neighboring Countries of Afghanistan
in Tunxi, Anhui Province, and issued the Tunxi Initiative of the
Neighboring Countries of Afghanistan on Supporting Economic
Reconstruction in and Practical Cooperation with Afghanistan (Tunxi
Initiative), which won extensive recognition from the international
community. Given the current circumstances, what expectations does
China have for the fourth Foreign Ministers’ Meeting among the
Neighboring Countries of Afghanistan?
Wang Wenbin: China looks forward to having in-depth exchanges of views
with participating parties on the current situation in Afghanistan at the
meeting, so as to cement the consensus among neighboring countries on the
Afghan issue, and make concrete efforts to deliver on the outcomes and
consensus reached at previous meetings, especially the Tunxi Initiative. We
will support the Afghan interim government and the Afghan people in
overcoming difficulties and challenges to realize peaceful reconstruction,
economic development, security and stability, and in the meantime
responding earnestly to the legitimate concerns in the world so that there
will be more favorable conditions for expanding bilateral cooperation
between Afghanistan and its neighbors and for making Afghanistan part of
the regional connectivity network and economic integration process. By
making those common efforts, we hope to make this region more peaceful,
stable and prosperous.

CGTN: Could you share more about the background and China’s
considerations and expectations for the visit by State Councilor and
Foreign Minister Qin Gang to Uzbekistan?

Wang Wenbin: This is State Councilor and Foreign Minister Qin Gang’s
first visit to Uzbekistan. During the visit, he will meet with President of
Uzbekistan Shavkat Mirziyoyev and hold talks with Acting Foreign
Minister Bakhtiyor Saidov. They will exchange views on bilateral relations,
high-level exchanges between the two sides, and international and regional
issues of shared interest. We believe this visit will fully deliver on the
common understandings between the presidents of the two countries,
deepen mutually beneficial cooperation in various areas, and contribute to
the growth of China-Uzbekistan relations.

RIA Novosti: According to media reports, the US administration is


trying to restart high-level talks with China, including rescheduling the
visit of Secretary of State Antony Blinken to Beijing, which was called
off after the incident with the Chinese balloon. But Beijing has frozen
high-level diplomatic contacts with Washington. Do you have any
comments on this?

Wang Wenbin: The responsibility for the current difficulties in China-US


relations does not lie with China. The US needs to stop interfering in
China’s internal affairs and harming China’s interests, and stop undermining
the political foundation for our bilateral relations while stressing the need to
put “guardrails” on the relationship. The US needs to work with China to
bring the bilateral relations back onto the right track of sound and steady
growth.

AFP: French President Macron’s recent comment that Europe must


not follow either Washington or Beijing on the Taiwan issue has
sparked some criticism in Europe. The director of the Polish Institute
of International Relations said that a brain death has occurred
somewhere. What’s China’s view on the controversy?

Wang Wenbin: We have stated China’s position on the issue. Let me


reiterate that the Taiwan question is entirely China’s internal affair. The
one-China principle is a prevailing consensus among the international
community and a basic norm in international relations. The biggest threat
facing peace in the Taiwan Strait is the “Taiwan independence” separatist
activities and foreign forces’ connivance and support for those activities.
We hope all parties will understand the true nature of the Taiwan question,
continue to follow the one-China principle and firmly oppose “Taiwan
independence” separatist activities.

China Daily: On April 10, World Bank Group President David


Malpass said that due to an improved outlook for China’s recovery,
World Bank has revised China’s growth prospects for 2023 from 4.3%
to 5.1% and the 2023 global growth outlook from 1.7% to 2%. A latest
OECD report also raised China’s economic outlook to 5.3%. Do you
have any comment?

Wang Wenbin: Since early this year, the Chinese economy has continued to
show sound momentum of recovery with strong impetus for growth. Main
economic indicators such as consumption and investment have picked up,
and market expectation has significantly improved. Recently, many
international organizations have revised up their forecasts for China’s
economic growth this year. Mainstream international media organizations
and renowned economists also said that China’s economic data are
messages of hope, and that the rebound of China’s economic activities and
demand will further galvanize world economic growth.
China cannot develop in isolation from the world, and the world also needs
China for its development. As President Xi Jinping said, China will
accelerate the development of its domestic market, while vigorously
advancing high-standard opening up, and steadily expanding institutional
opening up in terms of rules, regulations, management and standards. China
stands ready to share with countries in the world the new opportunities
presented by Chinese modernization. The third China International
Consumer Products Expo opened in Haikou yesterday. The 133rd China
Import and Export Fair will be held in Guangzhou this weekend. Later this
year, China will host the third Belt and Road Forum for International
Cooperation and the sixth China International Import Expo. China will open
its door wider, with better environment and more quality services. In a
world fraught with uncertainties, the certainty China provides becomes a
bulwark for world peace and development. We have the confidence and
ability to sail the giant ship of the Chinese economy steadily ahead against
all winds and waves, and make even greater contributions to the global
economy.

Bloomberg: The first question is on Ghana. Ghana is poised to secure


approval from the IMF for $3 billion bailout. We’re wondering if
China will be providing financing insurance to Ghana. The second
question is on Australia. Australia has reached an agreement with
China that creates the pathway for the resolution of the dispute over
barley, according to the Australian foreign minister. Could the foreign
ministry provide any more information on it?

Wang Wenbin: About your first question, China attaches high importance to
developing countries’ debt issues and have taken real actions both
bilaterally and multilaterally to play a constructive role. As Ghana’s friend,
China understands its current difficulties. Relevant financial institutions are
working with Ghana to find a proper solution. As to your specific question,
I would refer you to the competent authorities.

On your second question, I would also refer you to the competent


authorities. Let me say broadly that China and Australia are each other’s
important trade and economic cooperation partners. Our two economies
have a lot to offer each other and such cooperation is good for both sides.
To improve and ensure a sound China-Australia relationship is not only in
the fundamental interest of both peoples, but also conducive to peace and
development in the Asia-Pacific and beyond.

China is ready to work with Australia to further implement the important


common understandings reached between the leaders at their Bali meeting
and the outcomes of the China-Australia Foreign and Strategic Dialogue.
By following the principles of mutual respect, mutual benefit and seeking
common ground while shelving differences, we aim to reestablish trust
between the two countries and bring bilateral relations to the right track
and, in this process, resolve our respective concerns on trade and economic
issues in a balanced way through constructive consultation to the benefit of
both peoples.

TASS: Japan’s Foreign Ministry released this year’s Diplomatic


Bluebook today. It expresses serious concerns about the joint activities
of Russian and Chinese armed forces near Japan’s borders. Do you
have any comment?

Wang Wenbin: As for China-Russia military cooperation, we have stated


our position on many occasions. Relevant cooperation is not targeted at any
third party and is in full compliance with international law and practice. It
poses no threat to any country and is not for others to judge. We urge the
Japanese side to quit playing up regional tensions, stop inciting and fueling
bloc confrontation, and act on its stated desire of building a constructive
and stable relationship with China.

Global Times: It was reported that in recent days, the ROK main
opposition Democratic Party of Korea organized a “Fukushima
Nuclear Power Plant Contaminated Water Release Response Team” to
visit Japan to convey their deep concern to the Japanese side over the
release into the ocean of nuclear-contaminated water from Fukushima
Daiichi nuclear power station. Many Japanese people held rallies to
oppose the Japanese government pushing forward the discharge plan,
saying that such moves threaten the health of the people of Japan as
well as the rest of the world. What is your comment?
Wang Wenbin: We have noted the reports. China has repeatedly expressed
grave concern over and strong opposition to the Japanese government’s
decision to discharge the nuclear-contaminated water from the Fukushima
Daiichi nuclear power plant into the sea.

The nuclear-contaminated water had direct contact with the reactors’ cores
melt during the Fukushima nuclear accident. It contains over 60
radionuclides, many of which cannot be treated effectively with existing
technologies. Some long-lived radionuclides may spread with ocean
currents and form a bioconcentration effect, which will multiply the total
amount of radionuclides in the environment, causing unpredictable hazards
to the marine environment and human health.

According to provisions in general international law and UNCLOS, Japan


has the obligation to take all possible measures to prevent pollution of the
environment, the obligation to notify and fully consult with states likely to
be affected, the obligation to assess and monitor the environmental impact,
the obligation to take precautions to minimize hazardous effects, the
obligation to ensure transparency, and the obligation to engage in
international cooperation.

However, the Japanese side has been shunning its responsibilities and
obligations under various pretexts. Without fully exploring potential
options, it decided on the ocean discharge plan out of selfish interests,
shifting the risks to other countries and the rest of humanity. This is
extremely irresponsible.

We once again urge Japan to take seriously the legitimate concerns of the
international community and the Japanese people and dispose of the
nuclear-contaminated water in a way that is safe and consistent with
international obligations, international safety standards and international
good practice, including by duly studying other options than ocean
discharge, instead of shifting unforeseen risks to the international
community. Pending consensus with neighboring countries and other
stakeholders as well as relevant international agencies through full
consultation, Japan must not start the ocean discharge process.
NHK: Japan’s Diplomatic Bluebook calls China an important
neighbor. But citing China’s external attitudes and military moves, it
also describes the country as posing the “biggest strategic challenge”.
Do you have any comment?

Wang Wenbin: China is firmly opposed to Japan’s using such platitudes to


smear and discredit China, play up the so-called “China threat” and
interfere in China’s internal affairs. We urge Japan to correct its
wrongdoing, stop inciting and creating bloc confrontation, earnestly abide
by the post-war international order and basic norms governing international
relations, fulfill its obligations under international law, and act on its stated
desire of building a constructive and stable relationship with China.

Dragon TV: Recently, the Memphis Zoo in the US held a farewell party
for the giant panda Ya Ya, whose health conditions have been on the
mind of many internet users in China. Do you have any updates on the
giant panda’s return to China?

Wang Wenbin: Based on what we have learned from relevant authorities,


according to the giant panda collaborative research agreement between the
Chinese Association of Zoological Gardens and the Memphis Zoo, their
cooperation expired on April 7. The Memphis Zoo held a farewell
ceremony for the giant panda on April 8. The US Fish and Wildlife Service
will issue an export license for Ya Ya and Le Le in accordance with
required procedures after the comment period ends on April 12. The
Chinese side has made full preparations for the return of Ya Ya and will
coordinate more closely with the US institutions concerned to complete a
pre-departure health evaluation and send the giant panda safely home as
soon as possible once the export permit is issued.

At present, an expert from the Chinese Association of Zoological Gardens


and two technicians from the Beijing Zoo are now working with the
Memphis Zoo on the caring of the giant panda and they have got a general
understanding of the daily care of Ya Ya. The overall condition of the giant
panda is relatively stable except for the fur condition caused by skin
disease. The Chinese side has already made preparations to welcome Ya Ya
home in terms of quarantine sites, living quarters, feeding plans, medical
care and feed supplies.
AFP: It’s about the recently-concluded PLA drills around Taiwan.
Taiwan’s defense ministry says it has detected nine Chinese warships
and 26 aircraft around the island today even after the drills had
officially ended. Can you explain why the ships and aircraft are still
there?

Wang Wenbin: We have made clear China's position on this question. Let
me stress again that China stands ready to take resolute measures to
safeguard its sovereignty and territorial integrity. Let me also add that
Taiwan is an inalienable part of China’s territory and there is no such thing
as “Taiwan’s defense ministry”.
México, Colombia y Honduras: ¿por qué Perú ha
optado por aislarse?
El País , Renzo Gómez Vega

Nunca en la historia republicana de Perú, desde hace dos siglos, las


relaciones del país con tres Gobiernos de la región habían quedado
reducidas a encargados de negocios. En los últimos cuatro meses se ha
producido una escalada de tensión cuyo último estallido se produjo en los
últimos días de marzo, cuando la presidenta Dina Boluarte anunció el retiro
definitivo del embajador de Perú en Colombia. Un mes antes, el Gobierno
peruano había tomado una decisión igual de drástica con México y
Honduras. ¿Qué sucedió para que se desencadenaran estas fracturas con
países con los que Perú tiene una larga tradición de relaciones bilaterles?

El origen se remonta al 7 de diciembre pasado, cuando Pedro Castillo


intentó dar un autogolpe de Estado que se diluyó en cuestión de horas y por
el que se le han dictado 18 meses de prisión preventiva —más tarde el juez
le impuso una segunda medida por 36 meses por ser el presunto líder de una
organización criminal—. Castillo fue detenido esa misma tarde mientras se
dirigía a la Embajada de México en Lima para solicitar asilo político. Al día
siguiente de su empresa fallida, cuando Dina Boluarte ya se había cruzado
la banda presidencial por ser su primera vicepresidenta, una autoridad lo
visitó en la sede de la Dirección de Operaciones Especiales (Diroes), donde
se encontraba recluido. Era Pablo Monroy, embajador de México en Perú.
Dos semanas después, Monroy abordó a la fuerza un vuelo hacia Ciudad de
México: el Gobierno de Boluarte lo declaró persona non grata y lo expulsó
del país. Fue precisamente Monroy quien, por esos días recibió a la
exprimera dama, Lilia Paredes y a los hijos de Pedro Castillo, a los que el
Gobierno de Andrés Manuel López Obrador concedió el asilo.

En todo este tiempo, el presidente mexicano no solo ha esgrimido una


férrea defensa hacia Castillo, sino que no ha escatimado calificativos hacia
Boluarte, a la que no ha reconocido hasta ahora como la mandataria
constitucional de Perú. Además le ha negado la entrega de la presidencia
pro témpore de la Alianza del Pacífico, una iniciativa de integración
regional que comparten con Colombia y Chile. “He visto encuestas donde
la presidenta espuria tiene 15% de aprobación […]. México va a seguir
apoyando al presidente ilegalmente destituido y vamos a seguir
demandando que se le libere”, ha dicho López Obrador.

Su homólogo colombiano, Gustavo Petro, ha tomado la misma postura


frente Boluarte. Ha calificado como “masacre” a la represión de las fuerzas
del orden contra los manifestantes e incluso ha llegado a decir que en el
Perú la Policía Nacional “marcha como nazi contra su propio pueblo,
rompiendo la Convención Americana de Derechos Humanos”. A mediados
de febrero, el Congreso peruano declaró persona non grata a Petro.

En aquella ocasión la Cancillería colombiana intentó calmar las aguas,


sosteniendo que se trataba de “un acto de carácter político” que no “afecta
la relación” entre ambas naciones. Sin embargo, sirvió de poco, pues un
mes después, en la XXVIII Cumbre Iberoamericana, en Santo Domingo,
volvieron a subir los decibeles cuando Petro afirmó que Pedro Castillo
había sido víctima de un Golpe de Estado. “Debería estar aquí, lo sacaron.
Está preso”, señaló. Ello mereció una respuesta inmediata en el mismo
evento de la ministra de Relaciones Exteriores, Ana Cecilia Gervasi: “Si
Pedro Castillo no está aquí es porque dio un Golpe de Estado”. El 29 de
marzo, el Ejecutivo dispuso el retiro definitivo del embajador de Perú en
Colombia, Félix Denegri Boza. Tal y como había sucedido, en febrero, con
la remoción de los diplomáticos Manuel Talavera Espinar en México y
Jorge Raffo Carbajal en Honduras.

El internacionalista Ramiro Escobar observa con preocupación las


relaciones de Perú con sus pares en la región desde que Dina Boluarte
asumió el poder. “Estamos en una tendencia hacia el aislamiento. Tenemos
frentes abiertos con varios países. Es preciso recomponer esas grietas,
porque nos encontramos en un momento importante de América Latina,
donde el continente se está transformando políticamente”.

Escobar indica que debieron agotarse vías de solución para estas asperezas
antes de tomar decisiones de este calibre. “Se pudieron mandar misiones
diplomáticas. Antes de dar el paso de retirar definitivamente a un
embajador hay pasos previos como la diplomacia discreta. Todo se puede
hacer para negociar y buscar consensos. Torre Tagle siempre se distinguió
por ser una cancillería cauta e inteligente, siempre en busca de las mejores
relaciones con los países vecinos, que son anillos de interés muy
importantes. Pero se está desarrollando una política exterior áspera.
Pareciera que Cancillería está siguiendo la lógica de la Comisión de
Relaciones Exteriores del Congreso. Costará revertir estos
distanciamientos”, explica.

Por su parte, Francisco Belaunde, también internacionalista, señala que la


reacción peruana es una protesta frente a la postura de mandatarios que
deslegitiman al Gobierno. “No se trata de una voluntad de aislamiento del
Perú, sino de una derivación del hecho de que en la región hay más
gobiernos de izquierda, algunos de los cuales han decidido jugársela por
Castillo. Más que aislarse de motu propio, el gobierno de Boluarte se ve
aislado por gobiernos que no lo reconocen”.

Belaunde destaca lo importante que son las formas en el diálogo político,


sobre todo cuando se trata de un jefe de Estado. “Todos los países tienen
derecho a expresarse sobre cuestiones democráticas y de derechos
humanos, pero importa mucho de qué manera lo haces. La Unión Europea y
Estados Unidos se han referido de manera muy diplomática sobre lo que
está sucediendo en el marco de las protestas en contra del gobierno, muy
distintas a las declaraciones de López Obrador y Petro. Era inevitable
reaccionar frente a gobiernos que emiten opiniones políticas que sí se
pueden considerar injerencia”, expone. Xiomara Castro, presidenta de
Honduras, pidió por ejemplo la liberación de Pedro Castillo en la Cumbre
de la CELAC, en Buenos Aires.

Las relaciones de Perú con México, Colombia y Honduras han quedado


reducidas a encargados de negocios. Eso quiere decir que los vínculos
comerciales continúan, pero que los vínculos políticos se encuentran
perturbados. Un efecto concreto de las tensiones actuales es que México ha
renunciado a participar en la Feria Internacional del Libro Lima 2023, que
se realizará en el mes de julio. México era el país invitado de honor.

“En el fondo gravita un problema que deben tener en cuenta los


mandatarios involucrados. Si bien los presidentes dirigen la política
exterior, las cancillerías y los diplomáticos de carrera son quienes trabajan
para llevarla por buen camino. Son los profesionales”, indica Ramiro
Escobar. Cada quien a lo suyo para ponerle paños fríos al conflicto y no
deteriorar todavía más las relaciones. Esa es la misión, y la gran dificultad,
para los próximos meses.
L’Europe finit-elle à Taïwan ?
Le Point , Arthur Chevallier

Et si la vocation de l'Union européenne était de devenir française ? Revenu


de Chine, Emmanuel Macron a formulé des vœux d'indépendance vis-à-vis
des Américains en souhaitant l'ouverture d'une troisième voie afin de
constituer « une autonomie stratégique ». Autrement dit, dans l'hypothèse
d'un affrontement entre Pékin et Washington, Bruxelles refuserait de choisir
son camp, et obéirait à son propre agenda, sur lequel Taïwan n'est pas une
priorité. Comment ne pas percevoir, dans cette doctrine dite « réaliste »,
l'influence d'une tradition bien française et dont le général de Gaulle s'était
inspiré ?

Au début des années 1960, la République populaire de Chine est entourée


d'un cordon sanitaire tissé par les Occidentaux. Même si Mao a remporté
une bataille décisive contre Tchang Kaï-chek, désormais exilé dans l'île de
Formose, l'ONU ne reconnaît aucune autorité au parti révolutionnaire. Le
général de Gaulle, de retour aux affaires, entend renouer avec
l'indépendance de la France en matière d'alliances.

De même qu'il n'avait pas hésité, pendant la Seconde Guerre mondiale, à


entretenir des relations cordiales avec la Russie soviétique afin de tempérer
la domination de l'Angleterre et des États-Unis, il envisage de reconnaître la
Chine de Mao. Cette souveraineté diplomatique est, d'un point de vue
théorique, justifiée par une idée simple : la France entretient des liens avec
des pays, et non avec des régimes politiques.

La force juridique des valeurs et des principes

En janvier 1964, dans un communiqué commun, Pékin et Paris annoncent le


rétablissement de leurs relations et l'ouverture d'ambassades. Inutile de
préciser combien cette équipée solitaire, opérée avec un culot et une
décontraction sidérants, a surpris l'Occident. De Gaulle se contentait,
comme bien souvent, d'accomplir un destin auquel il croyait la France
attachée. C'est dans cette même perspective que ses successeurs tiendront,
par exemple, à maintenir de bonnes relations avec le monde arabe.

Depuis, la France cultive cette réputation de façon plus ou moins prononcée


en fonction des époques. Elle croit bon, à des moments décisifs et quand ça
lui paraît pertinent, d'être une « non-alignée » de circonstance, comme ce
fut le cas, par exemple, à l'occasion de la guerre en Irak à laquelle le
président Chirac refusa de participer.

Emmanuel Macron essayerait-il d'appliquer cette doctrine à l'échelle de


l'Europe ? L'idée n'est pas mauvaise, mais elle entre en contradiction avec la
raison d'être de l'Union européenne, à savoir la force juridique des valeurs
et des principes. Bruxelles a systématiquement, parfois avec une sincérité à
géométrie variable, conditionné les alliances politiques au respect de
principes intangibles. L'UE n'a jamais fait commerce du cynisme et a
construit un modèle d'influence qui est aussi la raison – affichée, du moins
– de son existence : les droits de l'homme. Du respect desquels dépend, en
gros, le reste.

L'humanisme le plus élémentaire

De récents scandales ont démontré les limites du genre, mais le principe est
inchangé. Dans ces conditions, comment l'Europe justifierait-elle les
contraintes imposées à ses membres, par exemple la Hongrie ou la Pologne,
régulièrement rappelés à l'ordre pour leurs manquements au respect des
principes de l'Union, alors qu'elle se montrerait solidaire de la Chine,
coupable d'un génocide contre les populations ouïgoures – dont la
reconnaissance a été votée par la majorité présidentielle… – et qui s'apprête
à violer la souveraineté de Taïwan ?

N'y aurait-il pas, en la matière, une contradiction idéologique à laquelle


personne ne pourrait survivre ? Si les Américains, dont Emmanuel Macron
semble vouloir se départir, mènent des guerres parfois odieuses, ils sont
loin, depuis un an, d'être les plus interventionnistes et les plus méchants.
Autrement dit : soutenir l'Ukraine ou Taïwan est moins la preuve d'un
alignement sur Washington que d'une conviction collective relative à la
paix, d'une part, et à l'humanisme le plus élémentaire, d'autre part. C'était,
du moins jusqu'à aujourd'hui, la nature des discours tenus par les
responsables européens pour justifier leurs implications dans le conflit.

Que dire, enfin, de l'articulation de cette doctrine avec la présence dans


l'Otan de la plupart des membres de l'UE ? Est-il utile de rappeler l'achat
massif d'avions F-35 de l'Allemagne aux États-Unis ? Affirmer que Taïwan
n'est pas une priorité stratégique n'est pas moralement répréhensible ; c'est,
en revanche, un revirement d'ampleur vis-à-vis des prétentions de l'Union
européenne, et probablement aussi de sa raison d'être, de son logiciel, de
son leitmotiv, de la justification à la fois pratique et théorique de son
existence.

Você também pode gostar