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Resumo do Livro: Palmas para João Cristiano

No ano de 1805 no Reino da Dinamarca, em uma cidade pequena chamada Odense, que
ficava localizada em uma ilha perto da capital, nasceu João Cristiano, que em dinamarquês chama-
se Hans Christian. Era filho único da Família Andersen, tinha um pai sonhador e que gostava de ler
histórias para ele.
Quando era bebê e chorava, seu pai lia poemas em voz alta para ver ser ele calava, mas não
adiantava muito. Quando cresceu um pouco mais, sendo ainda pequeno, começou a entender, a
se distrair e a gostar das histórias que eram contadas.
Era bem criativo e inteligente, porque pegava os brinquedos, os bonecos e os bichos que o
pai fazia e repetia as histórias que ouvia do pai, acrescentando as que ele próprio inventava.
O pai queria que ele fosse sapateiro, mas ele detestava essa ideia. Quando João Cristiano
tinha que ajudar o pai na banca de trabalho logo se distraia e era levado por suas imaginações e
pensamentos.
Ele sonhava com muitos personagens do teatro e da ópera, e queria um dia poder usar
aquelas roupas e ser muito aplaudido na capital, ficando famoso, já que morava em uma cidade
pequena e não seria possível isso naquele momento, pois era filho de um sapateiro e de uma
lavadeira.
Então, isso era o que ele mais desejava na vida: ser importante, reconhecido por todos e
receber aplausos de muita gente.
Nessa época estavam havendo muitas guerras na Europa e o pai dele quis ser soldado para
lutar ao lado do famoso general francês Napoleão, mas assim que ele retornou, adoeceu e morreu,
deixando João Cristiano e sua mãe.
Então as vezes, a avó pedia para que ele pudesse ir brincar com ela, e ele adorava, porque
ela era jardineira de um hospital, e ele podia ficar brincando no meio dos canteiros, das flores, com
as borboletas e passarinhos. Algumas vezes a avó também o levava para conversar com umas
senhoras que teciam em um galpão próximo ao jardim.
Naquela época só as pessoas ricas compravam tecidos ou encomendavam roupas prontas,
as demais pessoas precisavam do trabalho das mulheres que trabalhavam em roças para fazer o
pano e costurar. Muitas vezes ele com suas gracinhas, invenções, desenhos e contação de história
fazia com que elas se distraíssem.
Uma vizinha, viúva de um pastor e sua irmã se encantaram por João Cristiano, e o chamavam
para ir até a casa delas para lerem em voz alta livros que elas traziam da biblioteca. E ao falarem
sobre traduções e linguagem dos poetas, ele ficou fascinado e escreveu sua primeira história,
inspirada numa canção antiga e cheia de personagens, que elas gostaram bastante.
Mas logo ele desistiu dessa ideia de escrever, não era isso que queria fazer quando crescesse,
porque o que ele queria mesmo era ser famoso, reconhecido por todo mundo e aplaudido, então
acreditava que só conseguiria esse reconhecimento se fosse ator, trabalhando no palco com teatro,
ópera, e dança, pois até aquele momento ninguém tinha visto um contador de histórias virar
celebridade ou ganhar aplausos.
Então quando completou 14 anos, disse para a mãe que iria para a capital do Reino da
Dinamarca, conhecida como Copenhagen, para tentar o sonho de ser famoso. Sua mãe e avó o
ajudaram e incentivaram nessa decisão de tentar a sorte na cidade grande, então ele partiu em
uma carruagem, e depois atravessou de navio para o destino que havia escolhido.
Ele ficou encantado com a alta movimentação do lugar, os prédios bonitos, as praças, e a
elegância das pessoas. Tentou entrar em um teatro de primeira, mas não o deixaram passar da
porta. Depois foi procurar as pessoas que passaram pela sua cidade Odense e haviam prometido
lhe ajudar. No começo elas eram legais e receptivas, mas quando percebiam que ele não tinha
onde ficar e nem trabalho certo, elas começavam a questioná-lo e o aconselhavam a estudar e
procurar ser o aprendiz de alguém para pagar suas despesas.
Arranjaram para ele uma oficina de carpinteiro, onde ele aprenderia marcenaria. E ele se
instalou em um quarto alugado que custava quase tudo o que ganhava. Como não era o que ele
queria, não teve sucesso como marceneiro, e continuou tentando o teatro. Não deu certo como
cantor, ator e nem dançarino, então acabou publicando alguns poemas no jornal e foi se animando,
mas foi muito criticado por não ter uma boa gramática e nem conhecer literatura, e ficou triste.
Como ele havia ficado amigo do diretor do teatro, ele o ajudou arranjando uma bolsa para ele
estudar, e assim as coisas começaram a melhorar. Ele estudou em diferentes lugares, e continuou
escrevendo poemas e peças teatrais. Os críticos não gostavam dele, o achavam esquisito,
desengonçado e chato, mas ele seguia insistindo no seu sonho.
Começou a escrever coisas diferentes, histórias para crianças, de um jeito que ninguém ainda
havia feito. Tinha um estilo brincalhão, divertido, sonhador e poético, que lhe tornou original e
diferente de todo mundo, fazendo com que dessa vez as coisas dessem certo para ele.
Isso durou anos, até que ele conseguiu outra bolsa, mas para viajar. Visitou Alemanha,
França, Itália, Paris, Roma, Florença, conheceu escritores famosos e encantou-se com as obras de
arte que viu por lá. Então tudo o que ele havia vivido, estava sendo somado com o que estava
presenciando agora, e era só contar de um jeito novo.
João Cristiano escreveu histórias de cegonhas, de cisnes selvagens, de porquinhos, de
caracóis, besouros e ratinhos de campo. Um dos contos mais lindos escritos por ele foi “Os Cisnes
Selvagens”, porque ele destaca duas coisas importantes: a dificuldade de ficar em silêncio e a
intensidade do amor entre irmãos, já que ele havia sido um menino muito sozinho, por ser filho
único, e dava valor nesse crescimento ao lado de outras crianças.
Escreveu também um conto belíssimo sobre um passarinho, chamado “O Rouxinol do
Imperador”. Outro inesquecível, que passou de gerações e foi sucesso durante séculos foi “O
Patinho Feio”, igualzinho a ele, que teve tanta gente zombando e rindo, mas que agora só recebia
aplausos.
Outros 15 contos e histórias escritos por ele foram: “A pequena Ida, vendedora de flores”; “A
colina dos elfos”; “Polegarzinha”; “As roupas novas do imperador”; “A princesa e a ervilha”; “A
pastora e o limpador de chaminés”; “O soldadinho de chumbo”; “Isqueiro mágico”; “Nicolau grande
e Nicolau pequeno”; “A pequena vendedora de fósforos”; “A menina que pisou no pão”; “Os
sapatinhos vermelhos”; “A rainha da neve”; “Daqui a milhares de anos” e “A pequena sereia”.
Ele é mais famoso do que nunca, suas histórias foram traduzidas em 145 línguas e estão entre
as mais lidas de toda a literatura. Foram adaptadas para teatro, cinema, televisão, quadrinhos,
desenhos animados, internet, jogos e em DVD’S.
O mais importante prêmio internacional para a literatura infantil chama-se Hans Christian
Andersen, em sua homenagem. E há estátuas para ele e seus personagens em muitos lugares do
mundo. Se o menino João Cristiano fosse contar sua própria história, reconheceria que seu sonho
virou realidade, e seu nome chegou a todos os continentes. Seus personagens são íntimos de
diversas crianças e pessoas em diferentes países. Seu desejo de ser muito famoso e aplaudido se
realizou. Suas palavras chegaram longe e fizeram seu nome Hans Christian Andersen, ou João
Cristiano, ser conhecido no mundo todo, ainda hoje, 200 anos depois.

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