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Atualizações 2022

Atualizações

Sumário
Pediatria 3

Ginecologia e Obstetrícia 16

Clínica Médica 24

Preventiva 29
Atualizações

Pediatria
Imunizações
Em setembro de 2022, foi lançado o novo Protocolo Nacional de Imunização (PNI). Dentro
dele, foram realizadas duas atualizações importantes sobre a vacina contra HPV e a vacina
meningocócica ACWY. Vamos destrinchar um pouco mais essas atualizações:

1. HPV
Como era o PNI: vacina disponível para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos,
em 2 doses.
Para imunossuprimidos a vacina estava disponível para mulheres de 9 a 45 anos e homens
de 9 a 26 anos, em 3 doses.
Como ficou a atualização de 2022: vacina disponível para meninas e meninos de 9 a 14 anos,
em 2 doses.
Para imunossuprimidos a vacina está disponível para mulheres e homens de 9 a 45 anos,
em 3 doses.

2. Meningocócica ACWY
Como era o PNI: vacina disponível para adolescentes entre 11 e 12 anos.

Como ficou a atualização de 2022: vacina disponível para adolescentes entre 11 e 14 anos.

3. Outras atualizações

3.1 Pneumocócica 23
A vacina Pneumocócica 23, passou a fazer parte do Calendário vacinal em um caso especial:
a partir dos 5 anos para os povos indígenas, sem comprovação da vacina pneumocócica
10 valente.

3.2 Covid-19
A vacinação contra a Covid-19 está em constante mudança. Recentemente, foram conquistados
dois marcos importantes:
• Vacina CoronaVac: aprovada para crianças de 3 a 5 anos.
• Vacina Pfizer: aprovada pela ANVISA para crianças de 6 meses a 5 anos, porém ainda
em fase de implantação nas unidades vacinadoras.
• Aprovação da 4ª dose para adolescentes de 12 a 17 anos imunodeprimidos, gestantes
e puérperas.


Atualizações

4. Calendário Nacional de Vacinação 2022


4.1 Calendário vacinal - crianças

Vacinas para a criança


Intervalo entre
Número de doses
as dose
Idade
Vacina Proteção contra Composição
recomendada
Esquema
Reforço Recomendado Mínimo
básico

Formas graves
Bactéria viva
BCG

de tuberculose, Dose única - Ao nascer - -


(1)

atenuada
meníngea e miliar
recombinante (2)

Antígeno
Hepatite B

recombinante
Dose
Hepatite B de superfície - Ao nascer - -
ao nascer
do vírus
purificado

1ª dose:
2 meses
Poliomielite
1,2,3 (VIP -
inativada)

2 reforços
Vírus inativado 2ª dose:
Poliomielite 3 doses com a vacina 60 dias 30 dias
tipos 1,2, e 3 4 meses
VOP
3ª dose:
6 meses

1º reforço:
6 meses
1º reforço:
(VOP - atenuada)
Poliomielite 1 e 3

após
15 meses
Vírus vivo 3ª dose
Poliomielite atenuado - 2 reforços - da VIP
tipos 1 e 3 2º reforço:
2º reforço: 6 meses
4 anos após
1º reforço

1ª dose:
G1P1 (VRH)
Rotavírus
humano

Diarreia Vírus vivo 2 meses


2 doses - 60 dias 30 dias
(3)

por rotavírus atenuado


2ª dose:
4 meses

Toxoides
diftéricoe 1ª dose:
2 meses
DTP+Hib+HB (penta)

tetânico
Difteria, tétano, purificados
coqueluche, e bactéria da 2 reforços 2ª dose:
Haemophilus coqueluche 3 doses com a vacina 4 meses 60 dias 30 dias
influenzae B inativada. DTP
e hepatite B Oligossacarídeos
conjugados do 3ª dose:
HIB, antígeno de 6 meses
superfície de HB

1ª dose: 30 dias da
2 meses
Pneumocócica

Pneumonias, 1ª para a
(PCV 10) (4)

Polissacarídeo
10-valente

meningites, otites, 2ª dose e


capsular de 2ª dose:
sinusites pelos 2 doses Reforço 60 dias de 60 dias
10 sorotipos 4 meses
sorotipos que da 2ª dose
pneumococos
compõem a vacina para o
Reforço:
reforço
12 meses


Atualizações

1ª dose: 30 dias da
Polissacarídeos
Meningocócica

3 meses 1ª para a 2ª
C (conjugada)

capsulares
Meningite dose e de
purificados 2ª dose:
meningocócica 2 doses Reforço 60 dias 60 dias da
(4)

da Neisseria 5 meses
tipo C 2ª dose
meningitidis do
Reforço: para o
sorogrupo C
12 meses 1º reforço

Dose:
(atenuada)

9 meses
amarela

Vírus vivo
Febre

Febre amarela 1 dose Reforço - 30 dias


(5)

atenuado Reforço:
4 anos
rubéola (SCR) (6)

2 doses
caxumba e
Sarampo,

(primeira dose
Sarampo, caxumba Vírus vivo
com SCR e - 12 meses - 30 dias
e rubéola atenuado
segunda dose
com SCRV)

30 dias
caxumba, rubéola

2 doses
entre a
(SCRV) (4) (7)

(segunda
Sarampo,

e varicela

dose de
Sarampo, caxumba Vírus vivos dose da
- 15 meses - tríplice
e rubéola e varicela atenuados SCR e
viral e a
primeira
dose de
de varicela)
tetraviral
Hepatite A

Antígeno do vírus
(HA) (4)

Hepatite A da hepatite A, 1 dose - 15 meses - -


inativada

1º reforço:
Toxoides
6 meses
Difteria, tétano e
pertussis (DTP)

diftérico Considerar 1º reforço:


15 meses 1º ref. 9 meses após
e tetânico doses
Difteria, tétano e após 3ª dose 3ª dose
purificados anteriores 2 reforços
coqueluche 2º ref. 3 anos 2º reforço:
e bactéria da com penta
após 1º reforço 6 meses
coqueluche, e DTP 2º reforço: após
inativada 4 anos 1º reforço

3 doses A cada
Toxoides
(considerar 10 anos.
tétano (dT)
Difteria e

diftérico
doses Em caso de A partir dos
Difteria e tétano e tetânico 60 dias 30 dias
anteriores ferimentos 7 anos
purificados,
com penta e graves, a
inativada
DTP) cada 5 anos
humano (HPV)
Papilomavírus

Partícula da 2ª dose:
Papilomavírus 9 a 14 anos para
cápsula do vírus 6 meses
humano 6, 11, 16 e 2 doses - meninas -
antígeno de após
18 (recombinante) e meninos
superfície 1ª dose

A partir dos
Pneumocócica

(PPV 23) (8)

Meningite, sepse, Polissacarídeo 5 anos para


23-valente

pneumonia, capsular de os povos


1 dose - - -
sinusite, otite 23 sorotipos indígenas, sem
e bronquite pneumococos comprovação da
vacina PCV 10

1 dose
(corresponde
Varicela

Vírus vivo
Varicela à segunda - 4 anos - 30 dias
(9)

atenuado
dose da
varicela)


Atualizações

Vacinas para o adolescente

Intervalo entre
Número de doses
as dose
Idade
Vacina Proteção contra Composição
recomendada
Esquema
Reforço Recomendado Mínimo
básico

2ª dose:
3 doses (iniciar 2ª dose: 1 mês 1 mês
recombinante

Antígeno ou completar após 1ª dose após


Hepatite B

recombinante de o esquema, de 1ª dose


Hepatite B - -
superfície do vírus acordo com 3ª dose:
purificado a situação 3ª dose:
4 meses
vacinal) 6 meses após
após
1ª dose
1ª dose

A cada
3 doses (iniciar
Difteria e tétano

10 anos.
Toxoides diftérico ou completar
Em caso de
Difteria e tetânico o esquema, de
(dT)

ferimentos 60 dias 60 dias


e tétano purificados, acordo com
graves,
inativada a situação
a cada
vacinal)
5 anos

Reforço,
Dose única, caso a
Dose única para
para pessoas pessoa
Febre amarela

pessoas que
que nunca tenha
(atenuada)

nunca foram
Febre foram recebido
Vírus vivo atenuado vacinadas - -
amarela vacinadas uma dose
ou sem
ou sem da vacina
comprovante
comprovante antes de
de vacinação
de vacinação completar
5 anos
Sarampo, caxumba

Iniciar ou
e rubéola (SCR)

completar
Sarampo,
Vírus vivos 2 doses, de
(1) (2)

caxumba e - - - 30 dias
atenuados acordo com
rubéola
a situação
vacinal
humano (HPV) (3)

Iniciar ou
Papilomavírus

Papilomavírus Partícula da completar


9 a 14 anos 2ª dose:
humano 6, cápsula do vírus 2 doses, de
- para meninas e 6 meses após a -
11, 16 e 18 antígeno de acordo com
meninos 1ª dose
(recombinante) superfície a situação
vacinal

A partir de
Pneumocócica

Meningite,
(PPV 23) (4)

Polissacarídeo 5 anos para


23-valente

sepse,
capsular de os povos
pneumonia, 1 dose - - -
23 sorotipos indígenas, sem
sinusite, otite
pneumococos comprovação da
e bronquite
vacina PCV 10

Polissacarídeos
Meningocócica

capsulares
(conjugada)

Meningite
purificados
ACWY

meningocócica
da Neisseria 1 dose - 11 e 14 anos - -
sorogrupos
meningitidis dos
A, C, W e Y
sorogrupos
A, C, W e Y


Atualizações
Papilomavírus humano

Iniciar ou
Papilomavírus Partícula da completar
(HPV) (3)

9 a 14 anos 2ª dose:
humano 6, cápsula do vírus 2 doses, de
- para meninas e 6 meses após a -
11, 16 e 18 antígeno de acordo com
meninos 1ª dose
(recombinante) superfície a situação
vacinal

A partir de
Pneumocócica

Meningite,
(PPV 23) (4)

Polissacarídeo 5 anos para


23-valente

sepse,
capsular de os povos
pneumonia, 1 dose - - -
23 sorotipos indígenas, sem
sinusite, otite
pneumococos comprovação da
e bronquite
vacina PCV 10

Polissacarídeos
ACWY (conjugada)
Meningocócica

capsulares
Meningite
purificados
meningocócica
da Neisseria 1 dose - 11 e 14 anos - -
sorogrupos
meningitidis dos
A, C, W e Y
sorogrupos
A, C, W e Y

Teste do coraçãozinho
Cardiopatias congênitas críticas (ou dependentes de canal) se manifestam no período
neonatal com hipóxia, insuficiência cardíaca ou baixo débito sistêmico. Geralmente precisam
de intervenção cirúrgica ou de cateterismo até o final do primeiro mês de vida.
Entre as principais cardiopatias congênitas críticas estão: atresia pulmonar com septo
ventricular íntegro, síndrome da hipoplasia do coração direito, estenose pulmonar valvar
crítica, atresia pulmonar com comunicação interventricular, tetralogia de Fallot com atresia
pulmonar ou com estenose pulmonar crítica, ventrículo único com atresia pulmonar ou
estenose pulmonar crítica (ex.: atresia tricúspide) e anomalia de Ebstein da valva tricúspide.
A maioria das cardiopatias congênitas críticas ou graves pode ser diagnosticada intraútero
por ultrassonografia gestacional e ecocardiografia fetal. O rastreio também deve ser
realizado no pós-natal. Devemos realizar o teste do coraçãozinho rotineiramente, em todos
os recém-nascidos com idade gestacional ≥ 35 semanas e que estão em bom estado geral,
assintomáticos, em alojamento conjunto, de preferência entre 24 e 48 horas de vida.
O teste deve ser realizado com oxímetro de pulso, que deve ser colocado no membro superior
direito (medida pré-ductal) e em um dos membros inferiores (medida pós-ductal). Em relação
à interpretação dos valores, temos:


Atualizações

1. Sociedade Brasileira de Pediatria 2011

DC de cardiologia + C de neonatologia da SBP: novembro de 2011

Triagem neonatal de cardiopatia congênita crítica


Teste através da oximetria de pulso
Membro superior direito e em um dos membros inferiores
Entre 24 e 48 horas de vida e antes da alta hospitalar

SpO2 < 95% ou ≠ ≥ 3% SpO2 < 95%

Realizar outra oximetria


em 1 hora

SpO2 < 95% ou ≠ ≥ 3% SpO2 ≥ 95% e ≠ < 3%

Realizar ecocardiograma Seguimento neonatal


Não dar alta até esclarecimento diagnóstico de rotina

2. Sociedade Brasileira de Pediatria 2022


Na atualização de 2022, o teste passa a ser interpretado da seguinte forma:
Teste negativo: SpO2 ≥ 95% E a diferença entre as medidas no membro superior direito
(MSD) e o membro inferior (MI) deve ser ≤ 3%.
Neste caso, a probabilidade de cardiopatia congênita crítica é pequena e o recém-nascido
(RN) deve seguir os cuidados de rotina. Lembrando que um teste do coraçãozinho negativo
não exclui completamente a presença de cardiopatia congênita; caso o RN apresente
diagnóstico fetal ou sinais clínicos sugestivos, deve-se realizar avaliação cardiológica.
Teste positivo: SpO2 ≤ 89% no MSD OU no MI.
Nessa situação, a avaliação cardiológica e ecocardiográfica devem ser realizadas para
confirmação diagnóstica. O RN não deve receber alta até o esclarecimento do diagnóstico.
Teste duvidoso: SpO2 entre 90% e 94% ou uma diferença entre as medidas do MSD
e MI ≥ 4%.


Atualizações

Neste caso, o teste deve ser repetido após 1 hora (por até 2 vezes). Se as medidas se
mantiverem nestes valores mesmo após a 3ª avaliação, o teste será considerado positivo
e o RN deve realizar ecocardiograma. Segue o fluxograma atualizado:

Fluxograma para interpretação do teste do coraçãozinho

TESTE DO CORAÇÃOZINHO
Aferir a oximetria de pulso na mão direita (MSD)
e em um dos pés (MI) entre 24 e 48 horas de vida
(recém-nascidos com IG > 35 semanas, assintomáticos)

SpO2 ≤ 89% SpO2 entre 90 e 94% ou SpO2 ≥ 95% e ≠ entre


≠ entre MSD e MMI ≥ 4% MSD e MMI ≤ 3%

Repetir o teste após 1 hora

SpO2 ≤ 89% SpO2 entre 90 e 94% ou SpO2 ≥ 95% e ≠ entre


≠ entre MSD e MMI ≥ 4% MSD e MMI ≤ 3%

Repetir o teste após 1 hora

SpO2 ≤ 89% SpO2 entre 90 e 94% ou SpO2 ≥ 95% e ≠ entre


≠ entre MSD e MMI ≥ 4% MSD e MMI ≤ 3%

TESTE POSITIVO
Realizar avaliação neonatal e cardiológica
TESTE NEGATIVO
completa (exame clínico e ecocardiograma)
Seguimento neonatal de rotina
Não dar alta até esclarecimento diagnóstico!

Teste do coraçãozinho: conheça a diferença entre os critérios de


avaliação de 2011 e 2022
De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a melhor ferramenta e de mais fácil
acesso para detectar precocemente a hipoxemia em bebês com Cardiopatias Congênitas
Críticas (CCC) é a oximetria de pulso, o popular teste do coraçãozinho.
Como ferramenta de triagem neonatal a ser realizada em todo recém-nascido maiores ou
iguais a 35 semanas, o teste do coraçãozinho detecta alterações nos níveis normais de
oximetria. Para um bebê com 24 a 48 horas de vida, a oximetria normal é acima ou igual a 95%
nos membros superior direito e inferior.


Atualizações

1. Como interpretar o teste


De acordo com a atualização de 2022 feita pela SBP, em casos onde a oximetria de algum
dos membros seja menor ou igual a 89%, o recém-nascido deve passar por uma avaliação
cardiológica completa.
Já nos casos em que a saturação for maior ou igual a 95% e a diferença entre a oximetria
entre o membro superior direito e o inferior for menor que 3%, não há necessidade de uma
nova checagem. Assim, a rotina neonatal segue normalmente.
Contudo, há ainda um terceiro caso. Neste quadro, a saturação do recém-nascido fica
entre 90 e 94% ou a diferença entre o membro superior direito e o membro inferior seja maior
ou igual a 4%.
Aqui, o teste é visto como duvidoso e pode ser repetido até duas vezes com intervalos de
uma hora. Após a terceira testagem e um contínuo resultado duvidoso, o bebê precisa
passar por uma avaliação cardiológica completa. O mais importante é não dar alta até que o
diagnóstico fique esclarecido!
Vale lembrar que quem define o critério do teste do coraçãozinho no SUS é o Ministério da
Saúde, que publicou uma cartilha em 2021 e decidiu não modificar a conduta em relação
ao teste.
Assim, ele ainda orienta com base nos critérios de 2011 da SBP. Portanto, o resultado normal
é maior ou igual a 95% e menos de 3% de diferença entre a medida do membro superior direito
para o inferior.
Já em casos em que a saturação está abaixo de 95% ou com uma diferença maior ou igual
a 3% entre os membros, o exame deve ser repetido após uma hora. Se após um novo teste
a saturação estiver dentro do esperado, o bebê pode continuar normalmente com a rotina
neonatal, mas caso a alteração persista, o recém-nascido deve ser encaminhado para
avaliação cardiológica completa.
“O mais provável é que as provas utilizem os mesmos critérios do Ministério da Saúde, caso
contrário deve estar especificado no questão”, Fulana da Silva, pediatra e curadora de pediatria
da Aristo.

Principais cardiopatias congênitas críticas são:


• Atresia pulmonar com septo ventricular íntegro,
• Atresia pulmonar com comunicação interventricular,
• Síndrome da hipoplasia do coração direito,
• Estenose pulmonar valvar crítica,
• Tetralogia de Fallot com atresia pulmonar ou com estenose pulmonar crítica,
• Ventrículo único com atresia pulmonar ou estenose pulmonar crítica
(ex.: atresia tricúspide),
• Anomalia de Ebstein da valva tricúspide.

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Atualizações no Protocolo de Reanimação Neonatal 2022

Protocolo de Reanimação Neonatal

1. Preparo da assistência: briefing


Aqui tivemos uma mudança discreta, porém que já costumava aparecer com certa frequência
nas: a temperatura da sala de parto. Como era e como ficou?

• Protocolo de 2016: temperatura entre 23 °C a 26 °C.

• Protocolo de 2022: temperatura entre 23 °C a 25 °C.

Vejam que a mudança foi mínima, porém pode render muitos acertos nas provas!

2. Clampeamento do cordão umbilical


Nesse aspecto do protocolo tivemos duas alterações importantes. A primeira, já citada,
anteriormente, na nossa apostila de cuidados iniciais com recém nascidos, é o tempo para
o clampeamento do cordão umbilical, em recém-nascidos com BOA vitalidade. Como era e
como ficou?

• Protocolo de 2016: tempo para clampeamento em RN's ≥ 34 semanas era de 1-3 minutos,
e para RN's < 34 semanas era entre 30 e 60 segundos.

• Protocolo de 2022: É citado apenas o tempo mínimo de clampeamento, sem limite máximo.
Para RN's ≥ 34 semanas o tempo mínimo é de 60 segundos, e para RN's < 34 semanas o
mínimo é de 30 segundos.

A outra mudança relevante dentro desse tópico é com relação ao clampeamento imediato
do cordão. Nos recém-nascidos que NÃO apresentavam boa vitalidade ao nascer e,
provavelmente, necessitaram de medidas de reanimação, era realizado o clampeamento
do cordão imediatamente após o nascimento e o RN era levado à mesa de reanimação.
O novo protocolo traz uma tentativa de estímulo ao RN antes de clampear o cordão. Como
era e como ficou?

• Protocolo de 2016: era recomendado o clampeamento imediato se o RN não se apresentava


com boa vitalidade (respiração e tônus muscular em flexão) ou se a circulação placentária
não estivesse intacta (descolamento prematuro de placenta, placenta prévia ou rotura, ou
prolapso, ou nó verdadeiro de cordão).

• Protocolo de 2022: "No RN que não está com boa vitalidade ao nascer, sugere-se fazer
o estímulo tátil no dorso, de modo delicado e no máximo duas vezes, para ajudar a iniciar
a respiração antes do clampeamento imediato do cordão". Não são citados casos com
circulação placentária não intacta.

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Atualizações no Protocolo de Reanimação Neonatal 2022

E por que essa mudança? Estudos sugerem que o clampeamento do cordão após o início da
respiração é importante para que a transição da circulação fetal para a neonatal ocorra de
maneira adequada. Quando o clampeamento é feito antes do início da respiração, o enchimento
das câmaras esquerdas do coração não é feito pela circulação placentária de forma adequada.

Outra mudança recente da SBP, que não faz parte do documento de reanimação neonatal,
mas do documento de recomendações sobre o clampeamento do cordão umbilical,
construído em parceria com a Febrasgo, é sobre o clampeamento do cordão umbilical em
RN's filhos de mães com HIV. Pela Organização Mundial da Saúde e pela SBP, é recomendado
o clampeamento tardio do cordão umbilical para as gestantes vivendo com HIV e aquelas
cujo status sorológico para o HIV é desconhecido. Um adendo importante aqui é que as
recomendações do Ministério da Saúde não mudaram, portanto, fiquem atentos à referência
utilizada pela prova!

3. Perguntas iniciais
Aqui houve uma das mudanças mais importantes do protocolo! No protocolo de 2016, entre as
três perguntas iniciais, uma era se o RN era termo, lembram? Agora essa pergunta foi alterada
para gestação ≥ 34 semanas. Vejam como ficou:

• Protocolo 2016:

1. O bebê é a termo?

2. Ele tem um tônus bom (flexão)?

3. Ele está chorando/respirando?

• Protocolo 2022:

Gestação ≥ 34 semanas?

Respirando ou chorando?

Tônus muscular em flexão?

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Atualizações no Protocolo de Reanimação Neonatal 2022

No protocolo anterior, quando o RN estava entre 34 e 37 semanas e respondesse sim


às duas outras perguntas, aguardávamos o tempo de clampeamento e depois levávamos
o RN ao berço aquecido. Agora esses RN's podem permanecer no contato pele a pele.

4. Ventilação
Seguindo a ordem das medidas de reanimação, vamos iniciar as mudanças pela ventilação
com pressão positiva (VPP). Lembrando que a VPP é a medida mais importante da reanimação
neonatal! O que mudou?

• Protocolo 2016: a máscara laríngea era utilizada para RN's com dificuldade de intubação
orotraqueal.

• Protocolo 2022: a máscara laríngea pode ser considerada como interface para a VPP
antes da intubação traqueal, a depender da capacitação do profissional para a inserção
da máscara laríngea e para a intubação traqueal. Vale lembrar que para o uso da máscara
laríngea o RN deve ser ≥ 34 semanas e/ou com peso ≥ 2.000g.

Máscara laríngea

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Atualizações no Protocolo de Reanimação Neonatal 2022

Outro tópico novo que foi citado no protocolo de 2022 é a possibilidade de intubação
orotraqueal com auxílio de videolaringoscopia. Essa técnica não era citada em 2016 e no novo
protocolo ela é recomendada de acordo com a disponibilidade de material e treinamento do
profissional.

Videolaringoscópio.

5. Medicações
Para facilitar o atendimento ao recém-nascido e reduzir as chances de erro, as doses de
medicações foram padronizadas.

• Protocolo 2016: a dose endotraqueal recomendada era 0,05-0,10 mg/kg e a endovenosa


0,01 a 0,03 mg/kg.

• Protocolo 2022: agora a recomendação foi padronizada, então a dose endotraqueal


recomendada é 0,10 mg/kg e a endovenosa 0,02 mg/kg.

Outra atualização, que já havíamos citado na apostila digital (cuidados iniciais com recém
nascidos) é a possibilidade do uso da via intra óssea, nos casos em que o cateterismo
umbilical não for possível.

6. Desconforto respiratório
Nesse aspecto, a diferença é bem sutil e já era realizada amplamente na prática clínica.

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Atualizações no Protocolo de Reanimação Neonatal 2022

• Protocolo 2016: o CPAP era citado como tratamento do desconforto respiratório no


fluxograma de RN's que haviam precisado de medidas de reanimação.

• Protocolo 2022: o CPAP, além de entrar no fluxograma de reanimação, entra como


medida isolada para tratamento do desconforto respiratório em sala de parto. A diretriz
traz a seguinte recomendação: "o uso do CPAP na sala de parto para RN ≥ 34 semanas
com FC ≥ 100 bpm e respiração espontâneas, mas desconforto respiratório e/ou SatO2
baixa, pode ser considerado, mas é preciso cautela nessa indicação devido à associação
entre o uso do CPAP e pneumotórax".

Estudos demonstraram que o CPAP precoce, ainda em sala de parto, reduz o número de
admissões em UTI neonatal e, dessa forma, a morbidade do RN.

7. Transporte
O protocolo de 2016 não trazia recomendações específicas para o transporte desses
pacientes da sala de parto para a unidade de terapia intensiva neonatal. O novo protocolo
traz algumas recomendações:

• O RN deve ser monitorado até a estabilidade cardiorrespiratória, antes de ser transportado,


pelo alto risco de deterioração clínica. É contraindicado o transporte de pacientes com FC
< 100 bpm, com risco iminente de parada cardíaca;

• A incubadora deve estar ligada, com temperatura máxima de 35 °C;

• Deve-se utilizar um coxim para adequado posicionamento de via aérea;

• Alocar a sonda orogástrica aberta se o transporte for realizado com CPAP;

• Sugere-se retirar o cateter umbilical, se possível.

8. Ética no atendimento

• Protocolo 2016: era sugerida a discussão da suspensão das medidas de reanimação em


recém-nascidos que mantivessem assistência após 10 minutos.

• Protocolo 2022: o tempo aqui foi elevado para 20 minutos. Com o avanço das técnicas de
monitorização e de hipotermia terapêutica, observou-se que alguns RN's com assistolia
aos 10 minutos de vida poderiam apresentar desfechos favoráveis.

Essas foram as principais medidas no protocolo de reanimação neonatal, entre 2016 e 2022.
Como todas as atualizações as bancas adoram cobrar esses temas, portanto, leiam com
atenção e atentem-se aos principais tópicos!

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Atualizações

Ginecologia e Obstetrícia
Toxoplasmose na gestação
Conhecer as principais infecções com possibilidade de transmissão vertical é imprescindível
para a sua prova, além de ser essencial para a prática clínica! São seis os principais agentes
que devemos nos preocupar, compondo a famosa STORCH+Z.

S Sífilis

To Toxoplasma

R Rubéola

C Citomegalovírus

H Herpes

+ +

Zi Zika vírus

Principais agentes da transmissão vertical da toxoplasmose

Neste material, daremos atenção especial à toxoplasmose na gestação. Sabe por quê? Porque
no início de 2022 o Ministério da Saúde lançou uma nova edição do Manual de gestação de
alto risco, que trouxe atualizações sobre a conduta nas gestantes com suspeita ou confirmação
de toxoplasmose materna aguda. Mas não se desespere, vamos detalhar todas as novidades
para você e, no final do capítulo, você será capaz de acertar todas as questões sobre o tema!

1. O Toxoplasma gondii
O Toxoplasma gondii é um protozoário intracelular obrigatório, presente em praticamente
todas as partes do mundo. Existem, essencialmente, três modos de infecção:
• Ingestão de cistos presentes em carne crua ou mal cozida
• Ingestão de oócitos contaminando alimentos, água ou solo
• Transmissão vertical

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Atualizações

Toxoplasma gondii Toxoplasma gondii Toxoplasma gondii


(taquizoítos) (cisto tecidual) (oócito)

Formas do Toxoplasma gondii

A infecção primária induz a imunidade protetora do hospedeiro, observada pela presença de


anticorpos específicos.

2. Transmissão vertical da toxoplasmose


A toxoplasmose congênita é um problema de saúde pública mundial, tendo em vista sua
potencial gravidade. Os humanos funcionam como hospedeiros intermediários ao ingerir
oócitos ou cistos teciduais do Toxoplasma gondii. No sistema digestivo, o parasita ingerido
se transforma em uma forma de rápida multiplicação (taquizoítos), que pode atravessar a
parede intestinal e se disseminar, atingindo outros órgãos, inclusive a placenta. Mas lembre-se:
a transmissão vertical só ocorre nos casos de primo-infecção ou reativação de infecção
latente em pacientes imunocomprometidos!
O risco de passagem pela placenta e infecção fetal aumenta com a idade gestacional; no
entanto, quanto mais precoce for a infecção, maiores serão os danos gerados ao concepto.

3. Manifestações clínicas da toxoplasmose aguda


A infecção materna, na maioria das vezes, é assintomática, por isso o rastreio da infecção no
pré-natal é tão importante.

Mas você sabe quais os sintomas levantam a suspeita de toxoplasmose aguda?


Geralmente os sintomas da toxoplasmose aguda são inespecíficos e incluem febre, dores
de cabeça, mialgia, odinofagia, hepatoesplenomegalia e exantema maculopapular difuso, ou
seja, trata-se de uma síndrome mono-like.

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Atualizações

4. Rastreamento no pré-natal
O Ministério da Saúde preconiza o rastreamento da toxoplasmose por meio da pesquisa
de anticorpos IgG e IgM para toxoplasmose já na primeira consulta de pré-natal. Lembre-se
que a imunoglobulina IgM é a primeira a se tornar positiva diante de uma infecção aguda,
porém, no caso da toxoplasmose, ela pode permanecer positiva por vários anos, e essa
informação é essencial para o nosso raciocínio clínico, portanto, não se esqueça! Já a IgG
é uma imunoglobulina mais específica e demora cerca de 2 semanas para surgir depois da
positivação da IgM.
Para facilitar a interpretação dos resultados de sorologia para toxoplasmose, vamos pensar
em quatro cenários clínicos e discutir o que fazer em cada um deles.

IgM- IgM- IgM+ IgM+


IgG- IgG+ IgG- IgG+

Gestante Gestante Infecção Infecção


suscetível imune aguda aguda
ou ou
Falso-positivo Infecção
antiga

Possíveis resultados sorológicos e suas interpretações

CENÁRIO 01: a gestante é suscetível


Quando temos uma sorologia IgM e IgG negativas significa que a nossa paciente nunca teve
contato com o Toxoplasma gondii, por isso, nossa obrigação é fornecer informações sobre
como prevenir a infecção primária e evitar a transmissão vertical.
• Devemos repetir a sorologia para toxoplasmose mensalmente ou, ao menos, a cada
2-3 meses.
• Orientações de profilaxia da toxoplasmose:
– Não comer carne crua ou mal passada
– Não comer ovos crus ou mal cozidos
– Beber somente água filtrada ou fervida
– Usar luvas para manipular alimentos e carnes cruas
– Lavar bem frutas, verduras e legumes (recomenda-se não comer verduras cruas)
– Evitar contato com gatos e com tudo que possa estar contaminado com as suas fezes
– Usar luvas e máscara se manusear terra

18


Atualizações

CENÁRIO 02: a gestante é imune


Este é o melhor cenário, aluno Aristo! Nossa gestante já teve contato com o Toxoplasma gondii
e seu sistema imune já desenvolveu uma resposta capaz de controlar o parasita, portanto,
a menos que ela tenha alguma imunossupressão, a transmissão vertical é improvável e não
há nenhuma conduta específica que devemos tomar no pré-natal.
Cuidado! Se a sorologia for feita tardiamente na gestação, não poderemos descartar
completamente uma infecção no início da gestação. Por isso, é fundamental solicitar a
sorologia no primeiro trimestre.

CENÁRIO 03 e 04: o IgM é positivo


Aqui o bicho pega! Quando estamos diante de uma gestante com IgM positivo, a primeira
hipótese diagnóstica tem que ser de toxoplasmose materna aguda. Isso porque a toxoplasmose
materna aguda é o pior cenário possível, quando a possibilidade de transmissão vertical
e toxoplasmose congênita é real!
Quando temos um IgM+ e um IgG-, temos duas possibilidades diagnósticas:
• Ou se trata de um falso-positivo de IgM.
• Ou se trata de uma infecção aguda, quando o IgG ainda não positivou.
Lembre-se que comentamos que o IgG demora duas semanas para se tornar positivo depois
que o IgM positiva! Portanto, a conduta aqui é iniciar a espiramicina e repetir a sorologia
em 2 semanas.
• Se o IgG vier negativo, temos um falso-positivo de IgM e devemos suspender a espiramicina
e conduzir a nossa paciente como suscetível.
• Se temos um IgG positivo, trata-se de toxoplasmose materna aguda.

IgM+
IgG-

Espiramicina

+
Nova sorologia
em 2 semanas

IgG- IgG+

IgM Infecção aguda


falso-positivo

Conduta diante de IgM+ e IgG- para toxoplasmose na gestação

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Atualizações

A espiramicina é um medicamento que atinge altas concentrações placentárias, então é capaz


de diminuir o risco de transmissão vertical. No entanto, não atravessa a barreira placentária e,
uma vez que o feto esteja infectado, ela não deve ser usada para o seu tratamento.
Quando temos um IgM+ e um IgG+, a nossa conduta irá depender da idade gestacional. Nas
gestações menores de 16 semanas, devemos iniciar espiramicina e solicitar o teste de
avidez de IgG. Uma alta avidez significa que a infecção ocorreu há mais de 16 semanas e,
por isso, antes da gestação. Já uma baixa avidez significa que a infecção ocorreu em menos
de 16 semanas, logo, temos uma toxoplasmose materna aguda.
Nas gestações maiores de 16 semanas, não há utilidade em solicitar o teste de avidez de IgG
e sempre iremos considerar um quadro de toxoplasmose materna aguda!

E o que devemos fazer na toxoplasmose materna aguda?!

Toxoplasmose
materna aguda

Pré-natal de alto risco

IG < 16 semanas IG≥ 16 semanas

• Iniciar ESQUEMA TRÍPLICE


• Iniciar ESPIRAMICINA Pirimetamina + sulfadiazina
+ ácido folínico

US seriada
PCR do líquido amniótico (ig > 18 semanas)

Manter espiramicina US normal US alterado Manter esquema


até o parto PCR negativo PCR positivo tríplice até o parto

Conduta na toxoplasmose materna aguda

Após as 16 semanas de idade gestacional, nos casos de toxoplasmose materna aguda


devemos utilizar o esquema tríplice com pirimetamina, sulfadiazina E ácido folínico.
A gestante deve seguir em pré-natal de alto risco, em que existe a possibilidade de investigação
de acometimento fetal. Se não houver evidências de acometimento fetal (US normal e PCR
do líquido amniótico negativa) podemos manter espiramicina até o parto. No entanto, diante
de qualquer evidência de acometimento fetal, a gestante deve manter o esquema tríplice
até o parto.
Para casos de toxoplasmose materna aguda diagnosticada no terceiro trimestre gestacional,
devido a elevada taxa de transmissão vertical recomenda-se iniciar o esquema tríplice sem
a realização da amniocentese.
Dê uma olhada na questão abaixo e entenda o que mudou!

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Atualizações

Questão 01
(SCMSP - SP - 2021) Uma paciente primigesta de dezessete anos iniciou o pré-natal
tardiamente, com idade gestacional de dezenove semanas e quatro dias. Na consulta de
retorno, então com vinte e uma semanas e seis dias, tem sorologia para toxoplasmose,
com IgM e IgG positivos. Com base nessa situação hipotética, assinale a alternativa que
apresenta a melhor condução a partir do resultado recebido.
a) Iniciar espiramicina 3g ao dia e encaminhar a gestante para a realização de amniocentese
e pesquisa de PCR para toxoplasmose no líquido amniótico.
b) Realizar teste de avidez da IgG para toxoplasmose e encaminhar a gestante para
a realização de amniocentese e pesquisa de PCR para toxoplasmose no líquido
amniótico se o teste apresentar alta avidez.
c) Realizar teste de avidez da IgG para toxoplasmose e encaminhar a gestante para
a realização de amniocentese e pesquisa de PCR para toxoplasmose no líquido
amniótico se o teste apresentar baixa avidez.
d) Iniciar espiramicina 3g ao dia, realizar teste de avidez da IgG para toxoplasmose
e manter a medicação se o teste apresentar alta avidez.
e) Iniciar espiramicina 3g ao dia, realizar teste de avidez da IgG para toxoplasmose
e manter a medicação se o teste apresentar baixa avidez.
CCQ: Gestantes com > 16 semanas e IgM e IgG positivo para
toxoplasmose devem iniciar o tratamento com esquema tríplice
Na questão temos uma gestante com IgM e IgG positivos e 19 semanas. Logo, não adianta
solicitar o teste de avidez. Nestes casos, iniciaremos o tratamento com pirimetamina,
sulfadiazina e ácido folínico, e solicitar exames para investigação de infecção fetal. Caso
haja infecção fetal, mantemos a terapia com sulfadiazina + pirimetamina + ácido folínico
até o parto.
E foi isso que mudou, aluno Aristo! Até 2021, iniciávamos o tratamento com espiramicina
mesmo nas gestações com mais de 16 semanas, até que os resultados da ultrassonografia
e do PCR de líquido amniótico estivessem disponíveis. Apenas iniciávamos o esquema
tríplice se houvesse acometimento fetal. Portanto, cuidado ao estudar as questões antigas!
Na época da prova, o gabarito seria a alternativa A, mas, atualmente, a questão está
desatualizada.

Referências:
1. Manual de gestação de alto risco [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção Primária à Saúde.
Departamento de Ações Programáticas – Brasília: Ministério da Saúde, 2022.

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Atualizações

TARV na gestação
Em julho de 2022, o Ministério da Saúde lançou o novo Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas
para Prevenção da Transmissão Vertical de HIV, Sífilis e Hepatites Virais (PCDT-TV). Esse
documento orienta o manejo de todas as mulheres e suas parcerias sexuais relacionadas
às infecções sexualmente transmissíveis (IST) com potencial transmissão vertical, em que a
grande mudança ocorrida foi em relação ao tratamento do HIV na gestação.

Vamos entender o que mudou?

Modificações no uso de TARV na gestação - 2022

Como era

Antes de 12 semanas: avaliar em conjunto com a paciente


o risco-benefício, mas, em geral, iniciar a TARV o mais
precocemente possível.

Gestantes que vão iniciar • Preferencialmente: TDF + 3TC + EFZ.


a TARV na gestação
• Resistência ao EFZ ou sem genotipagem:
TDF + 3TC + ATV/r.

Após 12 semanas: TDF + 3TC + DTG

• Carga viral indetectável: não realizar a troca da TARV.


Gestantes que já usavam
• Carga viral detectável: avaliar os motivos para a falha
TARV antes da gestação
terapêutica e indicar a coleta da genotipagem do HIV
(caso a CV-HIV seja ≥ 500 cópias/mL).

Como ficou

Gestantes que vão iniciar Iniciar o mais rápido possível TDF + 3TC + DTG,
a TARV na gestação independentemente da idade gestacional.

• Carga viral indetectável: não realizar a troca da TARV.


Gestantes que já usavam
• Carga viral detectável: avaliar os motivos para a falha
TARV antes da gestação
terapêutica e indicar a coleta da genotipagem do HIV
(caso a CV-HIV seja ≥ 500 cópias/mL).
TDF = Tenofovir; 3TC = Lamivudina; DTG = Dolutegravir; ATV/ r= Atazanavir/ritonavir;

RAL = Raltegravir; EFZ = Efavirenz.

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Atualizações

Nas pacientes com diagnóstico de HIV no terceiro trimestre de gestação, podemos iniciar
a TARV com TDF + 3TC + RAL (raltegravir) por atingir a supressão viral mais rapidamente.

E por que tudo isso mudou?

Em 2018, a Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou o mundo sobre a possível associação
entre o uso de dolutegravir (DTG) no período pré-concepcional e durante o primeiro
trimestre de gestação e os defeitos do tubo neural. No entanto, os estudos mais recentes
não demonstraram diferenças estatisticamente significativas na ocorrência de defeitos de
tubo neural entre mulheres expostas ao DTG na concepção quando comparadas com as
que conceberam em uso de EFZ ou de esquemas de ARV sem DTG. Além disso, a Nota
Informativa 1/2022 - CGIST/DCCI/ SVS/MS de 25 de janeiro de 2022 liberou o uso do DTG
na gestação desde o primeiro trimestre de gestação e o Protocolo Clínico e Diretrizes
Terapêuticas para Prevenção da Transmissão Vertical de HIV, Sífilis e Hepatites Virais
(PCDT-TV) consolidou essa recomendação.

23


Atualizações

Clínica Médica

Insuficiência cardíaca (IC)

ANTES DEPOIS

Antigamente os estágios de Foi revisada a nomenclatura de cada


desenvolvimento da IC eram: estágio de desenvolvimento da IC:

1. Estágio A = com risco de IC, sem


1. Estágio A = com risco de IC.
cardiopatia estrutural.

2. Estágio B = doença estrutural e sem


2. Estágio B = pré-IC.
sintomas de IC.

3. Estágio C = doença estrutural com


3. Estágio C = IC sintomático.
sintomas prévios ou atuais de IC.

4. Estágio D = IC refratária. 4. Estágio D = IC avançado.

Mudança na nomenclatura

1. IC com FE reduzida (ICFER): quando 1. IC com FE reduzida (ICFER): quando


a FE ≤ 40%. a FE ≤ 40%.

2. IC com FE intermediária/ borderline: 2. IC com FE melhorada: quando a FE era


quando a FE era > 40% e < 50%. ≤ 40% e no seguimento ficou > 40%.

3. IC com FE preservada (ICFEP): 3. IC com FE levemente reduzida:


quando é ≥ 50% e há evidência no quando está entre 41% e 49% e há
aumento das pressões de enchimento evidência no aumento das pressões de
ventricular. enchimento ventricular.

4. IC com FE preservada (ICFEP):


quando é ≥ 50% e há evidência no
aumento das pressões de enchimento
ventricular.

24


Atualizações

Tratamento da ICFEr

1. Inibidores de SGLT-2 são incluídos


como classe essencial para o
tratamento de todos os pacientes,
1. Inibidores de SGLT-2 poderiam ser independente dos níveis glicêmicos,
considerados. e, junto aos betabloqueadores,
antagonista do receptor de aldosterona
e vasodilatadores, são considerados
redutores de mortalidade na IC.

2. Sacubitril-valsartana passa a ser o


vasodilatador de primeira escolha.
2. O vasodilatador de primeira escolha
Na diretriz brasileira, em contrapartida,
devia ser IECA ou BRA.
mantém-se a indicação preferencial
aos IECA ou BRA.

3. Ivabradina está indicada em pacientes


com FEVE ≤ 35%, em terapia quádrupla
otimizada e em dose máxima tolerada, 3. Ivabradina mostrou reduzir a
desde que esteja com frequência morbimortalidade para o seu perfil
cardíaca ≥ 70 bpm e ritmo sinusal. de indicação.
Porém, os resultados da avaliação da
mortalidade não eram tão evidentes.

4. Pacientes com piora da função


cardíaca (hospitalizados nos últimos
06 meses ou recebendo
diureticoterapia endovenosa), com
peptídeos natriuréticos elevados
(BNP ≥ 300 pg/mL ou NT-proBNP
≥ 1.000 pg/mL se em ritmo sinusal)
a despeito da terapia quádrupla
otimizada, podem se beneficiar do uso
de estimuladores da guanilato ciclase
(vericiquat), com o objetivo de reduzir
a hospitalização e a mortalidade.

25


Atualizações

Tratamento da ICFEr

1. Inibidores de SGLT-2 podem ser


1. Nenhuma droga era descrita como benéficos em reduzir a hospitalização
redutora de mortalidade no paciente e a mortalidade em pacientes com
com ICFEp. ICFEp (ainda não abordado na diretriz
brasileira).

2. Antagonistas de receptores de
mineralocorticoides, BRA e IECA
podem ser considerados na ICFEp
a fim de reduzir a hospitalização.

3. O uso rotineiro de inibidores da


fosfodiesterase ou de nitratos
é ineficaz.

Diabetes mellitus

ANTES DEPOIS

Diagnóstico
1. O rastreio de diabetes era
1. O rastreio de diabetes é recomendado
recomendado para todas as pessoas a
para todas as pessoas a partir dos
partir dos
35 anos.
45 anos.

2. Para parentes assintomáticos de


primeiro grau de um paciente com
2. Para parentes assintomáticos de
diabetes tipo 1, são novas as opções
primeiro grau de um paciente com
de screening: testes que detectam
diabetes tipo 1, era recomendado:
autoanticorpos anti-insulina,
pesquisa dos autoanticorpos ICA e
transportador 8 do zinco, antígeno
antiGAD.
2 de ilhota pancreática e ácido
glutâmico descarboxilase.

26


Atualizações

Tratamento de pré-DM

1. Recomenda-se o uso de metformina


em pacientes com idade menor que 1. Recomenda-se o uso de metformina
60 anos, obesos com IMC acima de em pacientes com idade entre 25 e
35 kg/m², mulheres com história de 29 anos, em casos de: IMC ≥ 35 kg/
diabetes gestacional, na presença de m²; mulher com diabetes gestacional
síndrome metabólica, com hipertensão prévia; glicemia plasmática elevada ≥
ou quando a glicemia em jejum for 110 mg/dL; e/ou HbA1c elevada ≥ 6,0%.
maior que 110 mg/dL.

Tratamento de DM

1. No paciente em que há indicação ao


1. Não havia indicação de combinação uso de insulina, é recomendada a
padrão para o tratamento com associação com agonistas do receptor
insulinoterapia. GLP-1, aumentando a eficácia e a
durabilidade do efeito do tratamento.

2. Em pacientes com DM-2 e doença


aterosclerótica ou múltiplos fatores de
risco para esta última doença,
2. A combinação SGLT2 e GLP-1 não era
a associação de inibidores de SGLT2
indicação formal para pacientes de
com agonistas do receptor de
elevado risco cardiovascular.
GLP-1 é recomendada e está associada
à redução do risco de eventos
cardiovasculares e renais deletérios.

Por fim, a Sociedade Brasileira de


Diabetes atualizou as metas terapêuticas
a serem atingidas:

Adicionada a categoria • 7% para a maioria dos pacientes.


“idoso muito comprometido”.
• Entre 7 e 7,5% para idosos funcionais.

• Abaixo de 8,5% para idosos muito


frágeis, comprometidos, com o objetivo
de reduzir hipoglicemias.

27


Atualizações

Asma

Diagnóstico de asma
1. O texto do fluxograma de diagnóstico foi alterado, passando a enfatizar que é diferente
a abordagem diagnóstica entre o paciente que já está em tratamento de controle e o que
não está.

Tratamento da asma
• Buscou-se reforçar que a associação entre corticoide inalatório e formoterol, utilizado
como medicamento de alívio em qualquer etapa do tratamento, é superior ao uso de beta-
agonista de curta duração.
• Não se deve utilizar inibidores de acetilcolina (LAMA) em monoterapia na asma devido
ao maior risco de agudizações severas. Deve-se utilizar associado a corticoides inalatórios.
• Enfatizou-se que a corticoterapia oral de manutenção deve ser o último recurso terapêutico,
independente da faixa etária, na ausência de outras alternativas e com demais drogas
de primeira linha em dose otimizada.
• O tezepelumab, um anticorpo monoclonal, foi incluído no arsenal terapêutico em pacientes
com asma T2 ou não T2, principalmente na asma grave. Vale ressaltar que, atualmente,
essa droga não está disponível no Brasil.

28


Atualizações

Preventiva
1. Profilaxia da raiva
ANTES: em casos de acidentes GRAVES com animais NÃO suspeitos, indicava-se a
profilaxia em duas doses, no dia 0 e 3, concomitante à observação do animal agressor. Se o
animal permanecesse assintomático após o décimo dia, encerrava-se o caso. Se morresse
ou ficasse sintomático, aplicava-se outra dose entre os dias 7 e 10, associava-se o soro e
fechava-se a profilaxia de cinco doses com mais duas nos dias 14 e 28.
HOJE: a partir de março de 2022, para os acidentes graves com animais não suspeitos, não
se indica a profilaxia imediatamente. A recomendação é observar o animal por 10 dias;
apenas se ele morrer ou apresentar sinais sugestivos de raiva, indica-se a vacina (dias 0, 3,
7 e 14) e soro.

Profilaxia da raiva humana pós-exposição


Animal agressor
Cão ou gato Morcegos
exposição

Mamífero doméstico
Tipo de

Animal não e outros


de interesse
Animal passível de observação passível de mamíferos
econômico: bovídeos,
por 10 dias e sem sinais observação por 10 silvestres
equídeos, caprinos,
sugestivos de raiva dias ou com sinais (inclusive os
suínos e ovinos
sugestivos de raiva domiciliados)
Contato
indireto

• Lavar com água e sabão. • Lavar com água e sabão.


• NÃO INDICAR PROFILAXIA • NÃO INDICAR PROFILAXIA

• Lavar com água e sabão


• NÃO INDICAR PROFILAXIA.
Manter o animal em observação
por 10 dias. Se permanecer • Lavar com água e sabão
Leve

vivo e saudável, suspender a • INICIAR PROFILAXIA: VACINA* dias 0, 3,


observação no 10º dia e encerrar 7 e 14 • Lavar com
o caso. Se morrer, desaparecer água e sabão
ou apresentar sinais de raiva,
• INICIAR
indicar VACINA* dias 0, 3, 7 e 14
PROFILAXIA:
VACINA* (dias
• Lavar com água e sabão
0, 3, 7 e 14) e
• NÃO INDICAR PROFILAXIA. SORO (SAR
Manter o animal em observação ou IGHAR)*
por 10 dias. Se permanecer • Lavar com água e sabão
Grave

vivo e saudável, suspender a


• INICIAR PROFILAXIA: VACINA* (dias 0, 3, 7 e
observação no 10.º dia e encerrar
14) e SORO (SAR ou IGHAR)*
o caso. Se morrer, desaparecer
ou apresentar sinais de raiva,
indicar VACINA* (dias 0, 3, 7 e
14) e SORO (SAR ou IGHAR)*

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Atualizações

Observações

A vacina deverá ser administrada por via intradérmica ou via intramuscular.


Via intradérmica: volume da dose: 0,2mL. O volume da dose deve ser dividido em duas
aplicações de 0,1mL cada e administradas em dois sítios distintos, independente da
*VACINA
apresentação da vacina, seja 0,5 mL ou 1,0 mL (dependendo do laboratório produtor).
4 (quatro)
Local de aplicação: inserção do músculo deltoide ou no antebraço.
doses, nos dias
Via intramuscular: dose total – 0,5 mL ou 1, 0 mL (dependendo do laboratório produtor).
0, 3, 7 e 14
Administrar todo o volume do frasco.
Local de aplicação: no músculo deltoide ou vasto lateral da coxa em crianças menores de
2 (dois) anos. Não aplicar no glúteo.

O SAR, ou a IGHAR, deve ser administrado no dia 0. Caso não esteja disponível, aplicar o
mais rápido possível até o 7.º dia após a aplicação da 1.ª dose de vacina. Após esse prazo
é contraindicado. Existindo clara identificação da localização da(s) lesão(ões), recentes ou
*SORO (SAR cicatrizadas, deve-se infiltrar o volume total indicado, ou o máximo possível, dentro ou ao
ou IGHAR) redor da(s) lesão(ões). Se não for possível, aplicar o restante por via IM, respeitando o volume
máximo de cada grupo muscular mais próximo da lesão.
Soro antirrábico (SAR): 40. UI/k de peso.
Imunoglobina humana antirrábica (IGHAR 20 UI/k de peso.

2. Tratamento da hanseníase
ANTES: até julho de 2021, o tratamento medicamentoso da hanseníase era indicado conforme
as classificações paucibacilar ou multibacilar.
HOJE: após a emissão da Nota técnica n.º16/2021-CGDE/DCCI/SVS/MS, ficou definida a
chamada poliquimioterapia única (PQT-U), sendo diferente apenas o tempo de tratamento
para cada forma.

Tratamento da Hanseníase

Paucibacilar (PB) 6 DOTS Indeterminada Poliquimioterapia única (PQT-U)


(6 meses de tratamento) Tuberculoide
Rifampicina 600 mg 1x/mês +
Dimorfa
Multibacilar (MB) 12 DOTS dapsona (100 mg 1x/mês + 100 mg/dia) +
(Borderline)
(12 meses de tratamento) clofazimina (300 mg 1x/mês + 50 mg/dia)
Virchowiana

3. Epidemiologia da tuberculose
De acordo com o Relatório Global da Tuberculose de 2021, da OMS, pela primeira vez
em uma década, o número de mortes por tuberculose aumentou. Foram três mil mortes
a mais em relação ao ano anterior e isso ocorreu devido ao redirecionamento da atenção
para o combate à Covid-19. Nas Américas, a Organização Pan-Americana de Saúde traçou
a meta de eliminar (reduzir em 95%) a mortalidade da doença até 2035.

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Atualizações

4. Sigilo médico
Em janeiro de 2022, a Lei nº 14.289/22 tornou obrigatória a preservação do sigilo sobre
a condição de pessoas portadoras de infecção pelo HIV, de hepatites crônicas (B e C), de
hanseníase e de tuberculose (a quebra é permitida nos casos determinados por lei, por
justa causa ou por autorização expressa da pessoa acometida, ou, quando se tratar de criança,
de seu responsável legal).
O sigilo deve ser observado por todos os profissionais de saúde, sendo o atendimento, público
ou privado, organizado de forma a não permitir a identificação, pelo público em geral, da
condição de pessoa que vive com alguma dessas infecções. A notificação dessas condições
continua sendo obrigatória, mas tem caráter sigiloso.

5. Esterilização voluntária
Em setembro de 2022, foi sancionada a Lei nº 14.443/22 (“Nova Lei da Laqueadura”), que
reduz de 25 para 21 anos a idade mínima permitida para a esterilização cirúrgica voluntária
e diminui o tempo entre a manifestação e a realização do ato cirúrgico para 60 dias.
Neste projeto de lei, também fica permitida a esterilização sem a necessidade de
consentimento do cônjuge e a realização após o parto. Além disso, fica estipulado o prazo
máximo de trinta dias para a disponibilização de métodos contraceptivos.

Nova lei da laqueadura

Lei 14.443 de 2022 (nova Lei da Laqueadura)

Homens ou mulheres de: Período mínimo de 60 dias


21 anos OU com pelo menos entre a manifestação do desejo
2 filhos vivos e a realização do procedimento

O procedimento pode ser realizado logo após o parto, respeitando o período mínimo
de 60 dias entre a manifestação do desejo e a realização do procedimento.

Não há mais a necessidade de consentimento de ambos os cônjuges para a esterilização.

31


Atualizações

6. Período de isolamento dos casos de Covid-19


Em janeiro de 2022, o tempo de isolamento dos pacientes com Covid-19 foi atualizado pela
Recomendação n.º 001/2022, da seguinte forma:

PACIENTES IMUNOCOMPETENTES COM SG POR COVID-19


(QUADROS LEVES OU MODERADOS)
Tempo do
início dos 5 DIAS 7 DIAS 10 DIAS
sintomas
SEM SEM
SEM SINTOMAS COM SINTOMAS
SINTOMAS SINTOMAS
Ao 7º dia Ao 10º dia
Ao 7º dia completo*, se
completo*, se completo, se
estiver COM sintomas
o caso estiver o caso estiver
Ao 5º dia completo*, respiratórios ou febre.
Condição SEM sintomas SEM sintomas
se o caso estiver SEM
de saúde respiratórios respiratórios
sintomas respiratórios
E sem febre E sem febre
E sem febre E sem uso
E sem uso de E sem uso de
de medicamentos antitérmicos
medicamentos medicamentos
E há pelo menos 24 horas.
antitérmicos antitérmicos E
E há pelo há pelo menos
Com testagem no 7º dia com
menos 24 horas. 24 horas.
RT-PCR ou TR-Ag.
Não é
Não é
necessário
Com testagem no 5º dia necessário
Teste testar para
com RT-PCR ou TR-Ag. testar para sair
sair do
do isolamento.
isolamento.

RESULTADO NÃO RESULTADO RESULTADO NÃO RESULTADO


Resultado DETECTADO/ DETECTADO/ x DETECTADO/ DETECTADO/ x
NÃO REAGENTE REAGENTE NÃO REAGENTE REAGENTE

A partir do 8º dia
completo, sair
do isolamento
se o caso estiver
Sair do Sair do
SEM sintomas Sair do
isolamento isolamento
respiratórios isolamento
após 5 dias após 7 dias Manter o
Manter E sem febre no 10º dia
completos completos isolamento
o isolamento E sem uso de completo
e manter e manter até o 10º dia
Saída do até 10º dia medicamentos do início
as medidas as medidas completo
isolamento completo antitérmicos há dos sintomas
adicionais adicionais dia completo
do início pelo menos e manter as
até o 10º dia até o 10º dia do início dos
dos sintomas. 24 horas medidas de
completo completo sintomas.
e manter prevenção
do início dos do início dos
as medidas e controle***.
sintomas**. sintomas**.
adicionais até o
10º dia completo
do início dos
sintomas**.

* Dia completo: o dia 0 é o dia do início dos sintomas e o dia 1 é o primeiro dia completo após o início dos sintomas, ou seja,
24 horas após o início dos sintomas, e assim sucessivamente.

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Atualizações

** Medidas adicionais a serem adotadas até o 10º dia completo do início dos sintomas nos casos de término
de isolamento a partir do 5º dia:

• Usar máscara bem ajustada ao rosto, preferencialmente cirúrgica ou PFF2/N95, em casa ou em público.

• Evitar contato com pessoas imunocomprometidas ou que possuam fatores de risco para agravamento da covid-19,
como também locais com aglomerações de pessoas, como transporte público, ou onde não seja possível manter
o distanciamento físico.

• Não frequentar locais onde não possa usar máscara durante todo o tempo, como restaurantes e bares; e evitar
comer próximo a outras pessoas, tanto em casa como no trabalho, por pelo menos 10 dias completos após o início
dos sintomas.

• Não viajar durante o seu período de isolamento. No caso de interromper o isolamento antes do 10º dia do início,
orienta-se fazer o teste RT-PCR ou TR-Ag e só viajar se o resultado for não detectado/reagente e que esteja
sem sintomas antes da viagem. Caso não seja possível realizar o teste, orienta-se adiar a viagem por pelo menos
10 dias a contar do início dos sintomas.
ATENÇÃO

• Caso esses indivíduos não consigam usar máscara quando estiverem próximos a outras pessoas, o isolamento
deve ser de 10 dias completos após o início dos sintomas.

• Se continuar com febre ou outros sintomas respiratórios, os indivíduos devem esperar para interromper
o isolamento até permanecer afebril sem uso de medicamentos antitérmicos E remissão dos sintomas respiratórios
por no mínimo 24 horas.
*** Após o término do período do isolamento e das medidas adicionais descritas acima, reforça-se a importância
da continuidade da vacinação contra a covid-19, de acordo com o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação
contra a covid-19, de modo a evitar as internações e os óbitos pela doença, principalmente entre os grupos
de maior risco para agravamento. Assim como, a manutenção da adoção das medidas não farmacológicas, tais
como: distanciamento físico, etiqueta respiratória, higienização das mãos, uso de máscaras, limpeza e desinfeção
de ambientes, de modo a reduzir a transmissão do vírus SARS-CoV-2.

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