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Índice

Introdução..................................................................................................................................3
Desenvolvimento........................................................................................................................4
Infecções Virais......................................................................................................................4
A patogenicidade................................................................................................................4
Vírus.......................................................................................................................................4
Fontes de contaminação.........................................................................................................4
Influência de tratamento.........................................................................................................4
Acção do vírus no organismo.................................................................................................4
Principais vias de contaminação.............................................................................................5
Tratamento..............................................................................................................................5
Tratamento de sintomas.....................................................................................................5
Medicamentos antivirais....................................................................................................6
Tipos de infecções virais........................................................................................................7
Disseminação de vírus............................................................................................................8
Prevenção de Infecções Virais...............................................................................................9
Medidas gerais...................................................................................................................9
Vacinas.............................................................................................................................10
Imunoglobulinas...............................................................................................................11
Conclusão.................................................................................................................................12
Bibliografia..............................................................................................................................13
Introdução
Desenvolvimento

Infecções Virais

As infecções virais são produzidas por micro-organismos de estrutura simples, denominados


vírus, com tamanho menor que um fungo ou uma bactéria e que necessitam de uma célula
viva para se reproduzirem.
A maioria das infecções virais são subclínicas, ou seja, com pouca sintomatologia. Essa
manifestação clínica depende de vários fatores, dentre eles a virulência do vírus e a
suscetibilidade do paciente. (Bianchin,2016)

A patogenicidade é uma propriedade do agente e se refere à sua capacidade de produzir


Doença no hospedeiro.
a patogenia das infecções víricas é determinada pela combinação dos efeitos diretos e
indiretos da replicação viral e das respostas do hospedeiro à infecção. Os mecanismos pelos
quais os vírus produzem doenças em seus hospedeiros podem ser examina- dos em diferentes
níveis (Flores, 2017).

Vírus

Pequenos parasitas intracelulares obrigatórios com genoma constituído por um só tipo de


ácido nucleico que utilizam o aparato enzimático da célula hospedeira para síntese de seus
componentes e sua perpetuação na Natureza (Cavalcanti, 2005)

Fontes de contaminação

Influência de tratamento

Acção do vírus no organismo

Um vírus é um organismo infeccioso pequeno, muito menor do que um fungo ou uma


bactéria, que precisa invadir uma célula viva para se reproduzir (replicar). O vírus adere a
uma célula (chamada de célula hospedeira), entra nela e libera seu DNA ou RNA dentro
dela. O DNA ou RNA do vírus é o material genético que contém todas as informações
necessárias para fazer cópias (réplicas) do vírus. O material genético do vírus passa a
controlar a célula e a obriga a multiplicar o vírus. Geralmente, a célula infectada morre
porque o vírus a impede de realizar suas funções normais. Antes de morrer, a célula libera
novos vírus que infectarão outras células.
Os vírus são classificados como vírus de DNA ou vírus de RNA, dependendo de usarem
DNA ou RNA para se replicar. Os vírus de DNA incluem os herpesvírus. Os vírus de RNA
incluem os retrovírus, como o HIV (vírus da imunodeficiência humana) e os coronavírus,
tais como SARS-CoV2 (coronavírus 2 da síndrome respiratória aguda grave) que causa
COVID-19. Os vírus de RNA, principalmente retrovírus, são propensos a sofrer mutação.
Isso significa que o conjunto de instruções genéticas que contêm todas as informações que
o vírus precisa para funcionar pode mudar à medida que o vírus se dissemina.

Alguns vírus não matam as células que infectam mas, em vez disso, alteram as funções da
célula. Às vezes, a célula infectada perde o controle do processo normal de divisão e se
torna cancerosa.

Alguns vírus, como o vírus da hepatite B e o vírus da hepatite C, podem causar infecções
crônicas. Uma hepatite crônica pode durar anos, até mesmo décadas. Em muitos indivíduos,
a hepatite crônica é muito leve e causa poucos danos hepáticos. No entanto, em algumas
pessoas, ela acaba por resultar em cirrose (grave formação de tecido cicatricial do
fígado), insuficiência hepática e, por vezes, câncer hepático. (Kramer, 2021)

Principais vias de contaminação

Os vírus não se multiplicam em água ou em alimentos. Assim, a contaminação ocorre no


local da produção por contacto de alimentos com águas e efluentes poluídos (contaminação
primária), ou durante a manipulação, preparação e distribuição por manipuladores infectados
(contaminação secundária) (Economica, 2022)

Tratamento

 Tratamento de sintomas
 Às vezes, medicamentos antivirais

Tratamento de sintomas
Não há tratamentos específicos para muitos vírus. No entanto, muitas medidas podem
ajudar a aliviar certos sintomas, como as seguintes:
 Desidratação: líquidos em abundância, às vezes administrados por veia (via
intravenosa)
 Diarreia: às vezes, um medicamento antidiarréico, como a loperamida
 Febre e dores: paracetamol ou anti-inflamatórios não esteróides (AINEs)
 Enjoo e vómito: uma dieta líquida clara e às vezes um antiemético (antienjoo), como
ondansetrona
 Algumas erupções cutâneas: cremes emolientes ou humectantes e às vezes um anti-
histamínico tomado por via oral para coceira
 Corrimento nasal: às vezes descongestionantes nasais, como fenilefrina ou
fenilpropanolamina
 Dor de garganta: às vezes pastilhas para garganta contendo os anestésicos benzocaína
ou diclonina

Nem toda pessoa que apresenta esses sintomas precisa de tratamento. Se os sintomas forem
leves, pode ser melhor aguardar para que desapareçam por si. Alguns tratamentos podem
não ser adequados para bebês e crianças pequenas.

Medicamentos antivirais
Medicamentos que combatem as infecções virais são chamados medicamentos antivirais.
Não há medicamentos antivirais eficazes para muitas infecções virais. No entanto, há
diversos medicamentos para gripe, muitos medicamentos para infecção por um ou mais
herpesvírus e muitos medicamentos antivirais novos para tratamento de HIV , hepatite
C, hepatite B e Ebola.
Muitos medicamentos antivirais podem interferir na reprodução dos vírus. Muitos
medicamentos usados para tratar a infecção pelo HIV agem dessa maneira. Visto que os
vírus são minúsculos e se multiplicam dentro das células utilizando as próprias funções
metabólicas das células, o número de funções metabólicas que os medicamentos antivirais
conseguem bloquear é limitado. Por outro lado, as bactérias são organismos relativamente
grandes que se reproduzem, normalmente, de forma autônoma fora das células e têm muitas
funções metabólicas contra as quais os antibióticos podem atuar. Portanto, os
medicamentos antivirais são muito mais difíceis de serem desenvolvidos do que os
antibióticos. Além disso, ao contrário dos antibióticos, que são geralmente eficazes contra
muitas espécies diferentes de bactérias, a maioria dos medicamentos antivirais é geralmente
eficaz contra somente um (ou muito poucos) vírus.
Medicamentos antivirais

Os medicamentos antivirais podem ser tóxicos para as células humanas. Além disso, os
vírus podem desenvolver resistência aos medicamentos antivirais.

A maioria dos medicamentos antivirais pode ser administrada por via oral. Alguns podem
também ser administrados por injeção na veia (intravenosa) ou muscular (intramuscular).
Alguns são aplicados como pomadas, cremes ou colírio ou são inalados como pó.

Os antibióticos não são eficazes contra as infecções virais, mas quando uma pessoa
apresenta uma infecção bacteriana além de infecção viral, muitas vezes é necessário
administrar um antibiótico.

Medicamentos interferon são réplicas de substâncias que ocorrem naturalmente e que


desaceleram ou interrompem a multiplicação de vírus. Esses medicamentos são usados para
tratar certas infecções virais como
 Hepatite B crônica
 Hepatite C crônica
 Verrugas genitais
Os interferons podem causar efeitos colaterais, como febre, calafrios, fraqueza e dores
musculares. Esses efeitos começam normalmente de sete a doze horas após a primeira
injeção e perduram por até doze horas.

Os anticorpos do sangue de uma pessoa que tenha se recuperado da infecção viral (soro
convalescente) e anticorpos que são produzidos em um laboratório, a partir de células vivas
que foram alteradas para produzir os anticorpos desejados (anticorpos monoclonais), são
usados para tratar algumas infecções virais, incluindo COVID-19 e Ebola (Kramer, 2021).

Tipos de infecções virais

Provavelmente, as infecções virais mais comuns são


 Infecções respiratórias: infecções do nariz, da garganta, das vias respiratórias
superiores e dos pulmões
As infecções respiratórias mais comuns são as infecções do trato respiratório superior, as
quais incluem dor de garganta, sinusite e o resfriado comum.
Outras infecções respiratórias virais incluem gripe, pneumonia e coronavírus.
Em crianças pequenas, os vírus comumente também causam crupe (inflamação das vias
respiratórias superiores e inferiores, chamada laringotraqueobronquite) ou das vias
respiratórias inferiores (bronquiolite).
As infecções respiratórias têm mais probabilidade de causar sintomas graves em bebês,
pessoas mais idosas e em pessoas com doença pulmonar ou cardíaca.

Outros vírus infectam outras partes específicas do corpo:

 Trato gastrointestinal: as infecções do trato gastrointestinal, como gastroenterite,


são comumente causadas por vírus, como norovírus e rotavírus.
 Fígado: essas infecções resultam em hepatite.
 Sistema nervoso: alguns vírus, como o vírus da raiva e o vírus do Oeste do Nilo,
infectam o cérebro, causando encefalite. Outros infectam as camadas de tecido que
recobrem o cérebro e a medula espinhal (meninges)
causando meningite ou poliomielite.
 Cútis: as infecções virais que afetam somente a pele às vezes resultam
em verrugas ou outras manchas. Muitos vírus que afetam outras partes do corpo,
como catapora, também causam uma erupção cutânea.
 Placenta e feto: alguns vírus, como o vírus Zika, o vírus da rubéola e
o citomegalovírus, podem infectar a placenta e o feto de gestantes.
Alguns vírus costumar afetar muitos sistemas do organismo. Esses vírus incluem
os enterovírus (como coxsackievírus e ecovírus) e os citomegalovírus (Kramer, 2021).

Disseminação de vírus

Os vírus são propagados (transmitidos) de várias formas. Eles podem ser

 Engolidos
 Inalados
 Disseminados pelas picadas de insetos, como mosquitos, certas moscas que picam ou
carrapatos.
 Transmitidos sexualmente (em doenças sexualmente transmissíveis)
 Disseminados durante a transfusão de sangue contaminado
Novos vírus humanos às vezes se desenvolvem a partir de vírus que geralmente afetam os
animais (por exemplo, SARS-CoV e SARS-CoV-2). Isso ocorre quando o animal infectado
hospedeiro entra em contato próximo com seres humanos suscetíveis.
Muitos vírus que antes estavam presentes somente em poucas partes do mundo hoje estão
se espalhando. Esses vírus incluem o vírus Chikungunya, o vírus da febre hemorrágica da
Crimeia-Congo, o vírus da encefalite japonesa, o vírus da febre do Vale do Rift, o vírus do
Oeste do Nilo, o vírus do Rio de Ross, o vírus Zika e o vírus da encefalomielite ovina
(“louping ill”). Esses vírus estão se disseminando, em parte, porque a mudança climática
gerou mais áreas onde os mosquitos que propagam o vírus podem viver. Além disso,
viajantes podem se infectar, depois regressar para casa e ser picados por um mosquito que
dissemina o vírus para outras pessoas (Kramer, 2021).

Prevenção de Infecções Virais

A prevenção de infecções virais pode incluir

 Medidas gerais
 Vacinas
 Imunoglobulinas
As vacinas e as imunoglobulinas ajudam o corpo a defender-se melhor contra doenças
causadas por certos vírus (ou bactérias). O processo de fortalecimento das defesas do
organismo é chamado imunização.
Medidas gerais
As pessoas podem ajudar a prevenir muitas infecções virais adotando medidas de bom
senso para protegerem a si mesmas e aos outros (medidas de proteção pessoal). Essas
medidas variam, dependendo da forma de disseminação do vírus. As medidas incluem o
seguinte:

 Lavar as mãos frequentemente e cuidadosamente com água e sabonete


 Consumir somente alimentos e líquidos que tenham sido preparados ou tratados
adequadamente
 Evitar contato com pessoas infectadas e superfícies contaminadas
 Espirrar e tossir em lenços (que devem ser descartados) ou no braço, cobrindo
completamente a boca e o nariz
 Usar práticas de sexo seguro
 Prevenir mordidas e picadas de carrapatos, mosquitos e outros artrópodes
 Uso de máscara; distanciamento físico, quando apropriado (por exemplo, para
prevenção contra a COVID-19)
Vacinas
As vacinas agem estimulando os mecanismos de defesa naturais do organismo
(chamado imunização ativa). As vacinas são administradas antes da exposição a um vírus
para prevenir infecções.
As vacinas virais de uso geral incluem:

 COVID-19
 Hepatite A
 Hepatite B
 Papilomavírus humano (HPV)
 Gripe
 Encefalite japonesa (inflamação do cérebro)
 Sarampo, caxumba e rubéola
 Poliomielite
 Raiva
 Rotavírus
 Varicela
 Cobreiro (herpes zóster)
 Febre amarela
Há uma vacina contra varíola disponível, mas ela é aplicada somente em pessoas com alto
risco de contrair a infecção, como certas equipes militares.
Atualmente, múltiplas vacinas contra a COVID-19 estão em uso no mundo todo. Nos
Estados Unidos, três vacinas possuem autorização de uso emergencial (EUA) concedida
pela Agência de Controle de Alimentos e Medicamentos dos EUA, mas a aprovação
integral continua pendente.
Uma vacina contra o Ebola, em uso na África Ocidental em escala limitada durante
epidemias desde 2016, foi aprovada pela Agência Reguladora de Administração de
Alimentos e Medicamentos dos EUA, em dezembro de 2019, para uso em pessoas de 18
anos de idade ou mais.
As doenças virais podem ser erradicadas com vacinas adequadas. A varíola foi erradicada
em 1978. A poliomielite foi erradicada de todos os países, com exceção de alguns, onde a
logística e os sentimentos religiosos continuam a interferir na vacinação. O sarampo foi
quase totalmente erradicado de algumas partes do mundo, como as Américas. No entanto,
como o sarampo é altamente contagioso e a cobertura da vacinação é incompleta mesmo em
regiões onde ele é considerado erradicado, é improvável que ele seja completamente
eliminado em curto prazo.
Imunoglobulinas
As imunoglobulinas consistem em uma solução esterilizada de anticorpos (também
chamados imunoglobulinas) coletados do sangue de um grupo de pessoas. As
imunoglobulinas são administradas diretamente a uma pessoa (denominado imunização
passiva).
As imunoglobulinas podem ser coletadas do sangue de:

 Pessoas que são saudáveis de modo geral (essas imunoglobulinas são chamadas
imunoglobulinas humanas agrupadas)
 Pessoas que têm muitos anticorpos que defendem contra um organismo infeccioso
específico, muitas vezes porque foram infectadas por aquele organismo anteriormente
(essas imunoglobulinas denominam-se globulinas hiperimunes)

A globulina hiperimune está disponível somente para algumas doenças infecciosas,


como hepatite B, raiva, tétano e catapora. Ela é geralmente administrada depois de a pessoa
ter sido exposta a um microrganismo, mas antes de adoecer. Por exemplo, pessoas que
foram mordidas por um animal que possa ter raiva recebem imediatamente a globulina
hiperimune contra a raiva.
As imunoglobulinas são aplicadas por injeção no músculo ou na veia. A imunidade
conferida pelas imunoglobulinas dura somente alguns dias ou semanas, até que o corpo
elimine os anticorpos injetados.

As imunoglobulinas também podem ajudar a tratar algumas infecções. Por exemplo, elas
podem ser aplicadas em pessoas cujo sistema imunológico não responda adequadamente a
uma infecção (Kramer, 2021).
Conclusão

Bibliografia
Cavalcanti, S. (2005). Morfologia e Classificação do virus . Morfologia e Classificação do
virus , p. 6.

Economica, A. d. (Março de 2022). ASAE. Obtido em 10 de Março de 2022, de Vacinas:


https://www.asae.gov.pt/seguranca-alimentar/riscos-biologicos/virus.aspx

Flores, E. F. (2017). Patogenia das infecções víricas - Interações dos virus com as celulas e
com os hospedeiros . p. 189.

Kramer, L. D. (junho de 2021). Manual MSD. Obtido em 10 de Março de 2022, de


https://www.msdmanuals.com/pt/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/considera
%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-infec%C3%A7%C3%B5es-virais/considera
%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-infec%C3%A7%C3%B5es-virais

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