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INSTITUTO FEDERAL DA BAHIA

DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA

Disciplina: Cálculo Numérico


Prof. Lurimar Smera Batista

Derivada Numérica
Derivada de Primeira Ordem
Seja y(w) uma função que possui derivadas na ordem n + 1 em w. A expansão em Série de Taylor
na vizinhança de w,
n
X (w − x)i i (w − x)n+1 n+1
y(w) = y (x) + y (λ)
i=0
i! (n + 1)!
(w − x) ′ (w − x)2 ′′ (w − x)n n (w − x)n+1 n+1
y(w) = y(x) + y (x) + y (x) + ... + y (x) + y (λ) (1)
1! 2! n! (n + 1)!
Onde λ está entre x e w. y

y(w)

x w x
∆x
Figura 1: Representação de f (w), w, x e ∆x. w é sucessor a x

Neste caso: ∆x = w − x, logo w = x + ∆x, substituindo em 1 obtém-se:


∆x ′ ∆x2 ′′ ∆xn n ∆xn+1 n+1
y(x + ∆x) = y(x) + y (x) + y (x) + ... + y (x) + y (λ) (2)
1! 2! n! (n + 1)!
y

y(w)

w x x
∆x
Figura 2: Representação de f (w), w, x e ∆x. w é antecessor a x

Neste caso: ∆x = x − w, logo w = x − ∆x, substituindo em 1 obtém-se:


∆x ′ ∆x2 ′′ ∆xn n ∆xn+1 n+1
y(x − ∆x) = y(x) − y (x) + y (x) − ... ± y (x) ∓ y (λ) (3)
1! 2! n! (n + 1)!

1
I) Utilizando a Equação 2, fazendo, para n ≥ 2, ∆xn → 0, obtém-se:

∆x ′
y(x + ∆x) = y(x) + y (x) + Er(λ)
1!
Logo:

y(x + ∆x) − y(x)


y′ (x) ≈ (4)
∆x
∆x ′′
Para Er(λ) = − y (λ).
2

II) Utilizando a Equação 3, fazendo, para n ≥ 2, ∆xn → 0, obtém-se:

∆x ′
y(x − ∆x) = y(x) − y (x) + Er(λ)
1!
Logo:

y(x) − y(x − ∆x)


y′ (x) ≈ (5)
∆x
∆x ′′
Para Er(λ) = y (λ).
2

III) Realizando a subtração de 2 e 3,


∆x ′ ∆x2 ′′ ∆xn n ∆xn+1 n+1
y(x + ∆x) = y(x) + 1! y (x) + 2! y (x) + ... + n! y (x) + (n+1)! y (λ)

∆x ′ ∆x2 ′′ ∆xn n ∆xn+1 n+1
y(x − ∆x) = y(x) − 1!
y (x) + 2!
y (x) − ... ± n!
y (x) ∓ (n+1)!
y (λ)

2∆x ′ 2∆x3 ′′′ 2∆xn+1 n+1


y(x + ∆x) − y(x − ∆x) = 1! y (x) + 3! y (x) + ... + (n+1)! y (λ)

Fazendo, para n ≥ 3, ∆xn → 0, obtém-se:


2∆x ′
y(x + ∆x) − y(x − ∆x) = y (x) + Er(λ)
1!
Logo:
y(x + ∆x) − y(x − ∆x)
y′ (x) ≈ (6)
2∆x
∆x2 ′′′
Para Er(λ) = − y (λ).
6

2
Derivada de Segunda Ordem
Realizando a soma de 2 e 3,
∆x ′ ∆x2 ′′ ∆xn n ∆xn+1 n+1
y(x + ∆x) = y(x) + 1! y (x) + 2! y (x) + ... + n! y (x) + (n+1)! y (λ)
+
2 n n+1
∆x ′ ∆x ∆x ∆x
y(x − ∆x) = y(x) − 1! y (x) + 2! y ′′ (x) − ... ± n! y n (x) ∓ (n+1)! y
n+1
(λ)

2∆x2 ′′ 2∆x4 iv 2∆xn n


y(x + ∆x) + y(x − ∆x) = 2y(x) + 2! y (x) + 4! y (x) + ... + (n)! y (λ)

Fazendo, para n ≥ 4, ∆xn → 0, obtém-se:

y(x + ∆x) + y(x − ∆x) = 2y(x) + ∆x2 y′′(x) + Er(λ)

Logo:
y(x − ∆x) − 2y(x) + y(x + ∆x)
y′′ (x) ≈ (7)
∆x2
∆x2 iv
Para Er(x) = − y (λ).
12

3
Solução Numérica de Equações Diferenciais Ordinárias (EDO)
Método das Diferenças Finitas (MDF)

EDO de Primeira Ordem


Seja a Equação Diferencial Ordinária de primeira ordem:
f (x) y′ (x) + h(x) y(x) = r(x), y(x1) = y1 , x ∈ [x1, xn ] (8)
Onde:
∂y(x)
• y(x) é uma função continua no intervalo x ∈ [x1, xn ], y′ (x) = ;
∂x
• f (x), h(x) e r(x) são chamadas funções coeficientes da EDO, também, continuas
em x ∈ [x1, xn ].
Subdividindo o intervalo [x1, xn ] em pequenos subintervalos de dimensão ∆x, con-
forme a Figura 3.

...
x1 x2 x3 xn x
∆x
Figura 3: Discretização do intervalo [x1 , xn ] em n − 1 subintervalos (divisões).

Sabendo-se que:
xn − x1
• ∆x = xi − xi−1 = e yi = y(xi)
n−1
Utilizando a Equação 5 para aproximação da derivada, y′ (x), ou seja,
y(xi) − y(xi − ∆x)
y′(xi ) ≈
∆x
yi − yi−1
yi ′ ≈ (9)
∆x
Para x = xi a Equação 8 é escrita:
f (xi) y′(xi ) + h(xi) y(xi) = r(xi)
fi yi ′ + hi yi = ri (10)

Substituindo a Equação 9 na Equação 10 e realizando algumas operações algé-


bricas obtém-se:
 
yi − yi−1
fi + h i yi = r i
∆x
   
fi fi
− yi−1 + + h i yi = r i (11)
∆x ∆x
4
Ou simplesmente:

Ai yi−1 + Bi yi = Ci (12)

Onde:    
f (xi ) f (xi)
A(xi) = − ; B(xi) = + h(xi) ; e C(xi) = r(xi)
∆x ∆x

Equações Algébricas
Sabendo-se que y(x1) = y1 é conhecido (condição de fronteira), aplicando a Equação
12 em cada subintervalo de [x1, xn ].

Para i = 2, x = x2, A2 y1 + B2 y2 = C2 ;

Para i = 3, x = x3, A3 y2 + B3 y3 = C3 ;

Para i = 4, x = x4, A4 y3 + B4 y4 = C4 ;
.. ..
. .
Para i = n − 1, x = xn−1, An−1 yn−2 + Bn−1 yn−1 = Cn−1 ;

Para i = n, x = xn , An yn−1 + Bn yn = Cn

O conjunto de equações formam um sistema de equações algébricas com n − 1


equações e n − 1 incógnitas, ou seja,

      
B2 0 0 ··· 0 0 0 y2 C2 A2 y1

 A 3 B3 0 ··· 0 0 0 
 y3  
  C3  
  0 

 0 A 4 B4 ··· 0 0 0  y4   C4   0 
= − (13)
      
.. .. .. .. .. .. .. .. ..
. . . . . . . . .
  
 ···      
      
 0 0 0 · · · An−1 Bn−1 0  yn−1   Cn−1   0 
0 0 0 ··· 0 A n Bn yn Cn 0

Para determinar os valores de da função y(x) em x ∈ [x1 , xn ] é necessário resolver


um simples sistema de sistema de equações lineares:

[M][y] = [w]

5
Exemplo: Utilizando o método das diferenças finitas determinar a solução
numérica para a EDO: −2y ′ (x) + 2xy(x) = x3, onde y(0) = 0 e x ∈ [0, 1].
Neste caso f (x) = −2, h(x) = 2x, r(x) = x3, x1 = 0, xn = 1 e y(x1) = 0.
xn − x1 1−0
Considerando n = 5, logo ∆x = = = 0, 25, então:
n−1 5−1

x f (x) h(x) r(x) A(x) B(x) C(x)


0, 000 −2, 000 0, 0000, 000 8, 000 −8, 000 0, 000
0, 250 −2, 000 0, 5000, 016 8, 000 −7, 500 0, 016
0, 500 −2, 000 1, 0000, 125 8, 000 −7, 000 0, 125
0, 750 −2, 000 1, 5000, 422 8, 000 −6, 500 0, 422
1, 000 −2, 000 2, 0001, 000 8, 000 −6, 000 1, 000
      
−7, 5 0, 0 0, 0 0, 0 y2 0, 016 (−8, 00)(0, 00)
 8, 0 −7, 0 0, 0 0, 0   y3  =  0, 125  −  0
     
 
 0, 0 8, 0 −6, 5 0, 0   y4   0, 422   0 
0, 0 0, 0 8, 0 −6, 0 y5 1, 000 0
Solução: y ≈ (0, 000; −0, 002; −0, 020; −0, 090; −0, 286)
Exercı́cios
1. Utilizando o método das diferenças finitas determinar a solução numérica das
equações diferenciais ordinárias:
(a) y ′ (x) − y(x) = x, y(0) = 1 e x ∈ [0, 1].
(b) 2y ′ − 3xy = 0, y(0) = −1 e x ∈ [0, 1].
(c) 5y ′ + 3xy = x3, y(0) = 0 e x ∈ [0, 2].
dy  π  π2 hπ 
2
(d) − y cot x = 2x − x cot x, y = +1 e x∈ , 2π .
dx 2 4 2
2. Aplicando a lei da voltagem de Kirchhoff em um circuito RC, obtém-se a
Equação Diferencial
dQ 1
R + Q = E(t),
dt C
onde Q = f (t) é a carga elétrica (desconhecida) armazenada no capacitor em
um instante t, R é a resistência, C a capacitância e E(t) é a força eletromotriz
que depende de t. Admitamos que a resistência é de 2 ohms, a capacitância
de 0, 4 f arad e a força eletromotriz decai exponencialmente, ou seja, E(t) =
1
6e−2t cos t + 2 volts.
t +1
(a) Determinar o valor da carga elétrica quando t = 5 seg.
(b) Determinar o instante em que Q(t) atinge um máximo e dar o valor desta
carga.

6
EDO de Segunda Ordem com Condições de contorno de Neumann
Seja a Equação Diferencial Ordinária de segunda ordem:
g(x) y′′(x) + f (x) y′ (x) + h(x) y(x) = r(x),

(14)
y(x1) = y1 , y(xn ) = yn , x ∈ [x1, xn ]
Onde:
• y(x) é uma função continua no intervalo x ∈ [x1, xn ];

′′ ∂ 2y(x) ∂y(x)
• y (x) = 2
e y′ (x) = ;
∂x ∂x
• g(x), f (x), h(x) e r(x) são chamadas funções coeficientes da EDO, também,
continuas em x ∈ [x1, xn ].
Subdividindo o intervalo [x1, xn ] em pequenos subintervalos de dimensão ∆x, con-
forme a Figura 4.

...
x1 x2 x3 xn x
∆x
Figura 4: Discretização do intervalo [x1 , xn ] em n − 1 subintervalos (divisões).

xn − x1
Sabendo-se que: ∆x = xi − xi−1 = e yi = y(xi)
n−1
Utilizando as Equações 6 e 7 para aproximação das derivadas primeira e segunda,
y (x) e y′′ (x), ou seja,

y(xi − ∆x) − y(xi + ∆x)


y′ (xi) ≈
2∆x
yi−1 − yi+1
yi ′ ≈ (15)
2∆x

y(xi − ∆x) − 2y(xi) + y(xi + ∆x)


y′′ (xi) ≈
∆x2
yi−1 − 2yi + yi+1
yi′′ ≈ (16)
∆x2
Para x = xi a Equação 14 é escrita:

g(xi) y′′(xi) + f (xi ) y′ (xi) + h(xi) y(xi) = r(xi)


gi yi′′ + fi yi ′ + hi yi = ri (17)

7
Substituindo as relações 15 e 16 na Equação 17 e realizando algumas operações
algébricas obtém-se:
   
yi−1 − 2yi + yi+1 yi+1 − yi−1
gi + fi + h i yi = ri
∆x2 2∆x
     
gi fi 2gi gi fi
− yi−1 + − + h i yi + + yi+1 = ri (18)
∆x2 2∆x ∆x2 ∆x2 2∆x
Ou simplesmente:
Ai yi−1 + Bi yi + Ci yi+1 = Di (19)
Onde:    
g(xi ) f (xi ) 2g(xi)
A(xi) = − ; B(xi) = − + h(xi) ;
∆x2 2∆x ∆x2
 
g(xi) f (xi)
C(xi) = + ; e D(xi) = r(xi)
∆x2 2∆x

Equações Algébricas
Sabendo-se que y(x1) = y1 e y(xn) = yn são condições de fronteiras, aplicando a
Equação 19 em cada subintervalo de [x1, xn ].
Para i = 2, x = x2, A2 y1 + B2 y2 + C2 y3 = D2 ;
Para i = 3, x = x3, A3 y2 + B3 y3 + C3 y4 = D3 ;
Para i = 4, x = x4, A4 y3 + B4 y4 + C4 y5 = D4 ;
.. ..
. .
Para i = n − 1, x = xn−1, An−1 yn−2 + Bn−1 yn−1 + Cn−1 yn = Dn−1 ;

O conjunto de equações formam um sistema de equações algébricas com n − 2


equações e n − 2 incógnitas, ou seja,
      
B2 C 2 0 0 · · · 0 0 y2 D2 A2 y1
 A B C 0 ··· 0 0  0
  y3   D3  
     
 3 3 3 
 0 A B C ··· 0 0   y4  =  D4  −  0  (20)
      
 4 4 4
 .. .. .. .. .. ..   ..   ..   ..
 . . . . ···. .  .   .   .


0 0 0 0 · · · An−1 Bn−1 yn−1 Dn−1 Cn−1 yn
Para determinar os valores de da função y(x) em x ∈ [x1 , xn ] é necessário resolver
um simples sistema de sistema de equações lineares:

[M][y] = [w]

8
Exemplo: Utilizando o método das diferenças finitas determinar a solução
numérica para a EDO: x2y ′′ (x) + 2xy ′(x) − 2y(x) = x2, onde y(1) = 0, y(4) = 4 e
x ∈ [1, 4].
Neste caso g(x) = x2, f (x) = 2x, h(x) = −2, r(x) = x2, x1 = 1, xn = 4, y(x1) = 0
e y(xn ) = 4.
xn − x1 4−1
Considerando n = 5, logo ∆x = = = 0, 75, então:
n−1 5−1

x g(x) f (x) h(x) r(x) A(x) B(x) C(x) D(x)


1, 000 1, 000 2, 000 −2, 000 1, 000 0, 444 −5, 556 3, 111 1, 000
1, 750 3, 062 3, 500 −2, 000 3, 062 3, 111 −12, 889 7, 778 3, 062
2, 500 6, 250 5, 000 −2, 000 6, 250 7, 778 −24, 222 14, 444 6, 250
3, 250 10, 562 6, 500 −2, 000 10, 562 14, 444 −39, 556 23, 111 10, 562
4, 000 16, 000 8, 000 −2, 000 16, 000 23, 111 −58, 889 33, 778 16, 000
      
−12, 89 7, 78 0, 00 y2 3, 06 (3, 111)(0, 00)
 7, 78 −724, 22 14, 44   y3  =  6, 25  −  0 
0, 0 14, 44 −39, 56 y4 10, 56 (23, 111)(4, 00)

Solução: y ≈ (0, 000; 0, 690; 1, 532; 2, 629; 4, 000)

Exercı́cios

Utilizando o método das diferenças finitas determinar a solução numérica das


equações diferenciais ordinárias:
1. y ′′ (x) + xy ′ (x) + y(x) = 2x, y(0) = 1, y(1) = 0 e x ∈ [0, 1].
2. y ′′ (x) + (x + 1)y ′ (x) − 2y(x) = (1 − x2)e−x , y(0) = −1, y(1) = 0 e
x ∈ [0, 1].
π  h πi
′′ ′ −2x
3. cos(x)y (x) + xy (x) + y(x) = e , y(0) = 0, y = π e x ∈ 0, .
2 2
4. 2y ′′ (x) + 2y ′(x) + 5y(x) = 3cos(8x), y(0) = 1, y ′ (0) = −1 e x ∈ [0, 1].
5. y ′′ (x) + 2y ′ (x) + 2y(x) = −2 cos(2x) − 4sen(2x), y(0) = 1, y ′ (0) = 1 e
x ∈ [0, 4].

9
EDO de Segunda Ordem com Condições de contorno de Neumann e de
Dirichlet
Seja a Equação Diferencial Ordinária de segunda ordem:

 g(x) y′′ (x) + f (x) y′ (x) + h(x) y(x) = r(x),
∂y(x1) (21)
 y(x1) = y1 , = yd , x ∈ [x1, xn ]
∂x
Onde:
• y(x) é uma função continua no intervalo x ∈ [x1, xn ];
∂ 2y(x) ∂y(x)
• y′′ (x) = e y ′
(x) = ;
∂x2 ∂x
• g(x), f (x), h(x) e r(x) são chamadas funções coeficientes da EDO, também,
continuas em x ∈ [x1, xn ].
Subdividindo o intervalo [x1, xn ] em pequenos subintervalos de dimensão ∆x, con-
forme a Figura 5.

...
x1 x2 x3 xn x
∆x
Figura 5: Discretização do intervalo [x1 , xn ] em n − 1 subintervalos (divisões).

xn − x1
Sabendo-se que: ∆x = xi − xi−1 = e yi = y(xi)
n−1
Utilizando as Equações 6 e 7 para aproximação das derivadas primeira e segunda,
y (x) e y′′ (x), ou seja,

y(xi − ∆x) − y(xi + ∆x)


y′ (xi) ≈
2∆x
yi−1 − yi+1
yi ′ ≈ (22)
2∆x

y(xi − ∆x) − 2y(xi) + y(xi + ∆x)


y′′ (xi) ≈
∆x2
yi−1 − 2yi + yi+1
yi′′ ≈ (23)
∆x2
Para x = xi a Equação 21 é escrita:

g(xi) y′′(xi) + f (xi ) y′ (xi) + h(xi) y(xi) = r(xi)


gi yi′′ + fi yi ′ + hi yi = ri (24)

10
Substituindo as relações 22 e 23 na Equação 24 e realizando algumas operações
algébricas obtém-se:
   
yi−1 − 2yi + yi+1 yi+1 − yi−1
gi + fi + h i yi = ri
∆x2 2∆x
     
gi fi 2gi gi fi
− yi−1 + − + h i yi + + yi+1 = ri (25)
∆x2 2∆x ∆x2 ∆x2 2∆x
Ou simplesmente:

Ai yi−1 + Bi yi + Ci yi+1 = Di (26)

Onde:    
g(xi ) f (xi ) 2g(xi)
A(xi) = − ; B(xi) = − + h(xi) ;
∆x2 2∆x ∆x2
 
g(xi) f (xi)
C(xi) = + ; e D(xi) = r(xi)
∆x2 2∆x

Equações Algébricas
∂y(x1)
Sabendo-se que y(x1) = y1 e = yd são condições de fronteiras. Utilizando
∂x
a Equação 6 para aproximação da derivada, y′ (x) no ponto x2, ou seja,
∂y(x1) y(x1 + ∆x)) − y(x1)
yd = y′ (x1) = ≈
∂x ∆x
y2 − y1
yd ≈ (27)
∆x
y(x2) = y2 ≈ ∆x yd + y1 (28)

Conhecendo y1 e y2 e aplicando a Equação 26 em cada ponto de [x3 , xn ].

Para i = 2, x = x2, A2 y1 + B2 y2 + C2 y3 = D2 ;
Para i = 3, x = x3, A3 y2 + B3 y3 + C3 y4 = D3 ;
Para i = 4, x = x4, A4 y3 + B4 y4 + C4 y5 = D4 ;
.. ..
. .
Para i = n − 1, x = xn−1, An−1 yn−2 + Bn−1 yn−1 + Cn−1 yn = Dn−1 ;

O conjunto de equações formam um sistema de equações algébricas com n − 2

11
equações e n − 2 incógnitas, ou seja,
      
C2 0 0 0 ··· 0 0 0 y3 D2 A2 y1 + B2 y2
B C 0 0 ··· 0 0 0  y4   D3   A3 y2 
 3 3      
A B C 0 ··· 0 0 0 y5 D4 0
= − (29)
     
 4 4 4 
 .. .. .. .. .. .. .. .. ..
 . . . . ···. . . . .
     
     
0 0 0 0 · · · An−1 Bn−1 Cn−1 yn Dn−1 0

Para determinar os valores de da função y(x) em x ∈ [x1 , xn ] é necessário resolver


um simples sistema de sistema de equações lineares:

[M][y] = [w]

12

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