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UFOs e sua relação com a física do espaço/tempo

Por: Douglas Albrecht

Dentre as várias teorias que tentam explicar o fenômeno UFO ou OVINI, está a
que postula que os seres e objetos não identificados que nos visitam e estão presente nos
relatos de avistamentos e abduções, estão vindo do futuro.

Desde o inicio da Ufologia, lá pelos idos de 1947, várias hipóteses e teorias tentam
explicar o fenômeno, buscando responder ao questionamento mais básico, de onde veem
e porquê? O presente artigo, tem a presunção de discutir apenas uma dessas linhas de
pesquisa, a que trata sobre a possibilidade de tanto os UFOs, quanto os seres nos relatos
dos abduzidos, serem provenientes de um tempo diferente do nosso, um tempo no futuro.

Para isso vamos tentar juntar os pedaços desse quebra-cabeça, e construir uma
linha de raciocínio que possa ao menos mostrar se há alguma chance real de isso
realmente ser verdade, dentro é claro, dos conhecimentos em física que a humanidade já
conseguiu desenvolver até agora.

Antes de pegar pesado, gostaria de contar uma história.

Essa história está publicada no livro The vertical plane (Os mortos se comunicam
por computador – EDICEL), cuja o autor se chama Ken Webster. Ken, conta em primeira
pessoa, experiências vividas por ele e sua namorada, nos idos de 1984. Tudo ocorre num
chalé de sua propriedade, localizado na vila de Dodleston a 6,5 Km, a oeste de Chester,
cidade sede do condado de Cheshire, próxima à fronteira com o país de Gales na
Inglaterra. O tal chalé, chamado chalé Meadow, como quase tudo por lá têm muita história
para contar sendo datado do século XVIII.

Ken e sua namorada Debbie, se depararam durante o processo de reforma, com


alguns acontecimentos, que na parapsicologia, é chamado de efeito poltergeist,
começando com marcas de pegadas nas paredes do chalé, visíveis o suficiente para contar
os dedos dos pés e definir o número, que para eles pareciam de um pé nº34.

Porém, avançando sem spoiler, junto com o casal, estava hospedada no chalé uma
amiga de sua namorada, chamada Nic. Nic, era escritora, e queria aproveitar o tempo, até
deixar a amiga, escrevendo pequenas peças, em uma máquina de datilografia. Ken ajudou
a amiga da namorada, trazendo ao chalé um computador da marca BBC, que continha um
editor de texto chamado EDWORD, e é justamente a partir daí, que as coisas mudam de
um simples e compreensível poltergeist, para um evento que desafia a física que
conhecemos até agora.

Um domingo de manhã, resolveram os três, sair e ir visitar um amigo de Ken, em


uma cidade próxima. O computador foi deixado ligado por Nic. Ao retornar a noite, Ken
sentou-se para verificar o que Nic, vinha produzindo, e notou que a tela mostrava uma
mensagem: BBC B 32K / Acorn DFS.

Era de se esperar que a tela do EDWORD, estivesse à vista, e não a tela de entrada
e nomeação de um arquivo. Ao retornar a tela de índice de arquivos do programa
EDWORD, Ken notou a presença de um arquivo chamado KDN (iniciais de Ken, Debbie,
Nick), nomeação diferentes dos nomes dados aos textos que Nick vinha produzindo, Ken
acessou o arquivo, e um zumbido acompanhado de um estalido no computador,
precederam a aberturada da mensagem, que se dirigia de forma especifica aos 3
moradores do chalé. A parte mais importante da mensagem são os dizeres “Ponham para
fora suas coisas”.

Após essa mensagem, vieram outras e outras durante um período de 2 anos, o


autor das mensagens dizia que vivia na casa, só que no ano de 1521, chamava-os de
invasores e que podiam ver e ouvi-los, se identificou como sendo Thomas Harden, e diz
que uma caixa, que emite uma luz branca, foi deixada por uma pessoa com vestes
estranhas em seu quarto, e que desde então ele consegue se comunicar com Ken Webster.

Porém não para por aí, outros ‘Intrusos de outros tempos’, também enviaram
mensagens a Ken, através de seu microcomputador BBC. Ken, passou a receber
mensagens de um comunicante do ano de 2109.

Ken teve auxílio no estudo de seu caso de algumas pessoas, inclusive


pesquisadores da SPP (Society for Psychical Research, SPR), que investigaram o chalé,
e inclusive fizeram um relatório do ocorrido com Ken. Um fato curioso nessa história, era
que o comunicante de 2109, dizia que controlava o acesso de Ken a comunicação com
Thomas em 1521, ocorreu inclusive um pedido do comunicante de 2109, para que Ken,
entrasse em contato com um ufólogo inglês chamado Gary M. Rowe, pedido que foi
atendido por Ken.
A partir daí ao que parece, o comunicante de 2109, trava uma troca de mensagens com
Gary, deixando Ken e sua namorada de expectador somente, fato que o deixou
desconfortável, porque Gary começou a usar uma linguagem oculta com o comunicador
de 2109.

Como até aqui a história, já beirava a ficção, outros fatos ainda se desenrolaram e um
comunicante do ano de 2105, que enviou uma mensagem ao casal de trasncomunicadores
de Luxemburgo Maggie e Jules Harsch-Fischbachs, contento seu nome e um pedido para
que o casal entrasse em contato com Ken.

Nesse ponto, Ken, obteve respostas mais concretas do que ele sua namorada vivenciaram
no chalé, durante 2 anos consecutivos, ao entrarem em contado com uma pessoa do ano
de 1521.

Maggie e Jules Harsch-Fischbachs, são trasncomunicadores, e também recebem


mensagem via computador, estão conectados com um grupo de pesquisadores, cientistas
e outras entidades, de outro plano. No encontro com Ken o casal, forneceu informações
adicionais sobre sua experiencia de contato intertemporal, que foi passada por uma
entidade que se denominava apenas como ‘O Técnico’.

O casal Maggie e Jules Harsch-Fischbachs, trasncomunicadores.


Professor Ken Webster – Professor de Economia. Foto: TCI-BRASIL.

Segundo a entidade comunicante com o casal Harsch-Fischbachs, o fato ocorrido com


Ken, nada mais era que uma sobreposição de dimensões.

Mas o que seria sobrepor dimensões? Como é possível? Se é, é possível em qualquer local
ou é necessário um lugar em especial? Indo mais além, o Técnico, ainda diz que,
documentos deverão ser encontrados que relatam a presença dessa caixa de luz, que por
sua vez apresenta na tela os eventos do futuro, como descrito por Thomas Harden.

O próprio Thomas, revela a Ken no livro que ele próprio registrou sua experiência em um
manuscrito, e que deixou para a posteridade o relato. Esse manuscrito até hoje não foi
encontrado.

Ou seja, há um manuscrito escrito em 1521, por Thomas Harden, contando sua


experiencia de comunicação com uma caixa de luz, que através de uma tela, conseguia se
comunicar com um tal de Ken Webster em 1984, ou seja 463 anos a frente. Segundo o
Técnico, não será Ken Webster que encontrará esse manuscrito, mas outra pessoa, no
futuro de Ken, que o fará.

Se levarmos em conta que em 2105, essa história já é dada como verdadeira, e que hoje,
pelo menos ainda não foram encontrados os manuscritos de Thomas Harden, sobre a
comunicação com o futuro, então temos ainda 84 anos, para que alguém encontre um
manuscrito de 1521, contando sobre o aparecimento de uma caixa de luz branca, onde era
possível a comunicação com seres do futuro, nesse caso Ken Webster em 1984.

É difícil resumir essa introdução, pois a história de Ken é muito maior que meu resumo,
porém o que descrevi, possui ligação direta com o tema do artigo, a possibilidade da
viagem no tempo, e a sua conexão com o fenômeno UFO.

A história de Ken, trata-se de comunicação entre personagens de tempos distintos,


passado-presente-futuro, 1521-1984-1109, respectivamente. Porém na teoria de que os
UFOs, são visitantes do futuro, há uma diferença, que leva em conta a matéria em si, os
avistamentos e os processos de abdução, são feitos por seres, constituídos de matéria.

Para isso precisamos revisar, um pouco do conhecimento existente até agora sobre a física
da matéria e sua relação com o espaço/tempo.

Antes de Einstein, dominava Newton, onde o tempo era absoluto e definitivamente


separado do espaço. Einstein a partir de 1905, deu um ponto final nessa interpretação, e
uniu para sempre o espaço e o tempo, criando o conceito de espaço/tempo.

A interpretação da gravidade também mudou com Einstein, a matéria e a energia


passaram a influenciar geometricamente o que se chamou de tecido do espaço/tempo,
criando assim uma relação solidaria entre matéria e espaço/tempo. Segundo a
relatividade, grandes massas modelam o tecido do espaço/tempo na qual estão inseridas,
e essa deformação, afeta o tempo, tido agora como uma 4ªdimenssão, da qual todos
estamos sujeitos a obedecer. Ainda na relatividade, a velocidade também provoca
distorções nesse tecido que nos envolve. A grandes velocidades o espaço é encurtado e o
tempo passa mais devagar.

Porém a relatividade e as coisas do espaço/tempo, também possuem um fator importante,


o fator observador. Para Einstein, e dentro da teoria da relatividade, o tempo é relativo a
cada observador, o que coloca o ponto de vista de cada um, como um fator determinante
dos fatos ocorridos em qualquer tempo. Seja na história de Ken Webster, seja discutindo
se UFOs, vieram do futuro, ambos possuem observadores, e ambos possuem seu próprio
ponto de vista, regidos por assim dizer por teorias relativas a cada um, porém com leis
físicas comum a todos.
O doutor em Cosmologia e físico teórico, professor Lucasiano emérito da Universidade
de Cambridge o Drº Stephen Hawking, possui uma importante contribuição nesse tema,
dobre viagens no tempo e sua possibilidade real de ocorrer com objetos materiais.

Sua história com essa teoria começa nos primórdios de seu trabalho sobre buracos negros,
junto com outro físico teórico e matemático Roger Penronse. Primeiramente temos que
dizer que os físicos estudam a matemática e a teórica envolvida na física da viagem no
tempo, é um assunto estudado, porém leva outra denominação, comumente chamada de
“Curva fechada do tipo temporal”, toda vez que se falar em curva fechada do tipo
temporal, o assunto com certeza será viagens no tempo.

Para Hawkins, uma curva fechada do tipo temporal, pode ser criada no que ele chamou
de Horizonte de Cauchy gerado finitamente.

Os horizontes de Cauchy decorem de algumas soluções teóricas para os buracos negros,


juntamente com soluções do espaço anti-de Sitter.

Porém o que é importante saber sobre o Horizonte de Cauchy, é que ele pode ser criado,
encurvando o espaço tempo ou criando uma singularidade, ou seja duas situações
existente no cosmos.

Aqui é necessário fazer a seguinte pergunta. Existem civilizações avançadas a ponto de


conseguirem criarem singularidades e com isso produzir um horizonte de Cauchy finito,
capaz de enviá-los de volta no tempo? Se existe como é possível e que tipo de tecnologia
seria necessário para materializar tal feito tecnológico?

Hawkins, ainda diz que tal civilização poderia ter condições de criar um horizonte de
Cauchy do tipo finito, criando uma região, cuja a curvatura do espaço tempo é tão intensa,
que possibilitaria o acesso ao passado.

Mas como funcionaria? e que tipo de energia seria necessária? Segundo o eminente
cosmólogo, horizontes de Cauchy finitos, necessitariam de energia negativa para
possibilitar as viagens no tempo. Mais uma vez a teoria quântica, exemplifica que a
energia negativa pode ser encontrada nas flutuações dos campos quânticos, que ocorrem
nesse momento no tecido do espaço tempo, ao qual todos nos estamos inseridos. Uma
civilização com essa capacidade, teria tecnologia suficiente para manipular esse tipo de
energia, que hoje só pode ser encontrada nos horizontes de Cauchy dos buracos negros,
que por sua vez são do tipo infinito, e não permitem volta ao passado.
Porém Hawkins adverte que no caso de objetos macroscópicos como pessoas ou uma
nave espacial, fisicamente, só seria possível cruzar o horizonte de Cauchy finito se a
pessoa ou o equipamento estivesse protegidos de rajadas de alta intensidade de radiação,
algo que parece ser possível somente para civilizações no futuro.

Porém a pessoa ou a nave espacial, ainda teria que lidar com um postulado, que diz que
“As leis físicas, conspiram para impedir que objetos macroscópicos viajem no tempo”.
Esse postulado envolve leis estatísticas que determinam que o resultado da aplicação do
conjunto de leis que regem a história das partículas no universo, nunca cheguem à
probabilidade de possibilitar um aparecimento de uma curva fechada no tempo, é como a
lei que diz que nada pode ser mais rápido que a luz. Isso é o que diz nossa física até agora.
Mas poderá existir uma civilização capaz de driblar esses conceitos proibitivos? Já existe
ou existirá?

Se existe, podemos dizer que sua tecnologia é suficiente para acumular matéria o
suficiente para produzir um horizonte de Cauchy finito, sua tecnologia da espaço nave é
suficientemente resistente para cruzar esse horizonte, sem causar dados a nave e nem aos
tripulantes, e obviamente dentro de tudo isso, eles dominam o conhecimento da matéria
a nível quântico a ponto de manipular energia negativa e também manipular a estatística
envolvida entre as muitas possíveis interações entre as partículas a nível quântico.

A nível atômico, sabemos por meio de efeitos indiretos que existe partículas que possuem
trajetórias que convergem a laços fechados no tempo.

Numerosos experimentos já provaram e observaram que átomos de hidrogênio emitem


luz com um pequeno desvio ao azul, causado por elétrons que se movem em laços
fechados no tempo. Temos que lembrar que hidrogênio e elétrons são matéria no nível
atômico.

Outro exemplo de que partículas subatômicas, realizam esse feito de ir e vir do passado
para o futuro, está no efeito Casimir, que se trata do confinamento de um número finito
de partículas entre duas placas de metal, muito próximas, que porém não se tocam. Nessa
situação há um número menor de histórias de laços fechados no tempo, o que pode colocar
em evidencia tal efeito.
Por isso que falar em viagem no tempo ou curva fechada do tipo temporal, não é papo de
maluco. Nossas partículas atômicas que agora nos dão forma, podem e estão fazendo
essas curvas fechadas, obedecendo a leis estatísticas que permitem isso.

Agora vamos ao que interessa.

O ocorrido com Ken Webster durante 2 anos no inicio de 1984, trata-se de um fenômeno
que pode ser explicado pelas leis físicas expostas acima? Se sim, uma civilização do
futuro 1109, já dominou todo esse conhecimento, e foi capaz de transportar alguém do
futuro, para duas épocas no passado 1521 e 1984, colocando os dois em contato, e
possibilitando o aparecimento de dois documentos que contam a mesma história, um em
1521, escrito por Tomas Harden, que ainda não foi encontrado, e outro por Ken Webster,
que gerou seu livro Vertical Plane, já publicado desde a década de 80.

Isso significa que alguém do futuro, criou uma condição que desafia, até agora as leis
conhecidas da física, promovendo uma história alternativa dentro de épocas onde ainda
as leis físicas para tal não eram conhecidas.

Interessante constar que, o 2109, apenas fez interação direta, ou seja, entrou em uma
máquina do tempo, para ir até 1521, e deixou lá um equipamento para que Thomas
pudesse entrar em contato com Ken Webster. Já a interação com 1984, foi apenas
eletrônica, pois a comunicação ocorreu através de um microcomputador da época o BBC.

E quanto aos discos voadores? Eles veem do futuro? particularmente acredito que sim,
pelos menos nossas leis físicas permitem isso, desde que dominada a tecnologia para
suportar as rajadas de radiação do horizonte de Cauchy finito e desde que seja possível
curvar o tecido do espaço tempo e fazer com que as probabilidades sejam altas o suficiente
para que esse efeito seja perceptível a nível macroscópico, como foi exposto acima.
Porém não acredito que todos venha de lá, acredito que as mesmas leis permitem que
civilizações do outro lado da galáxia, possam ter desenvolvido tecnologias que usam o
mesmo processo, a mesma física para trafegar não só pelo tempo, mas pelo espaço
também.

Seguramente, criar um horizonte de Cauchy finito, não deve ser difícil para uma
civilização que já dominou todo conhecimento a nível quântico em relação a matéria que
conhecemos, afinal ela representa apenas 4% de todo o cosmos conhecido até então.
Acredito que está bem claro que fenômenos que desafiam nossas leis físicas ou
confirmam elas, estão aí ocorrendo a todo momento.

O artigo apenas, trouxe uma parte pequena das interações entre essas histórias, cabe ao
leitor decidir, o que é mais provável ocorrer.

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