VASCO HENRIQUES 31 DE JANEIRO DE 2024

Descartes e Hume
Génio Maligno e Problema da Indução

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Biografias

René Descartes
Rene Descartes, é filho de uma família rica, com um pai bretão que
trabalhava no parlamento de Nantes e sua mãe morreu poucos meses
depois de nascer. Descartes nasceu em 1595. Enquanto jovem descartes
estudou num colégio da Companhia de Jesus, onde se formavam crianças da
famílias mais abastadas. Depois de terminar os estudos teve vários
trabalhos, dedicando até alguns anos à vida militar. Faleceu em 1650.

David Hume

David Hume foi um filósofo escocês e um dos mais importantes

representantes do empirismo. Desde cedo que se interessou por obras
históricas, matemáticas e ciências. Filho de um pai advogado que faleceu
cedo, por isso ele e seu irmão ficaram ao cargo de sua mãe. Quando era
jovem teve tutores particulares, até ir para o colégio de Edimburgo. Faleceu
no ano de 1776.

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Génio Maligno

Enquanto estudava a matéria sobre descartes e a sua teoria

fundacionalista, que do cheguei à parte do génio maligno despertei alguma
curiosidade.

Primeiro porque pensei que era uma loucura uma pessoa que esteve
a trabalhar em pensamentos e teorias para um dia pensar que podia haver
um génio maligno que o estava a enganar, por isso tudo o que ele pensava
era uma mentira.

“Vou supor, por consequência, não o Deus sumamente bom, fonte da

verdade, mas um certo génio maligno, ao mesmo tempo extremamente
poderoso e astuto, que pusesse toda a sua indústria em me enganar. Vou
acreditar que o céu, a terra, as cores, as figuras, os sons, e todas as coisas

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exteriores não são mais que ilusões de sonhos com que ele arma ciladas à
minha credulidade. Vou considerar-me a mim próprio como não tendo
mãos, não tendo olhos, nem carne, nem sangue, nem sentidos, mas crendo
falsamente possuir tudo isto. (…) Por conseguinte, suponho que é falso tudo
o que vejo. Creio que nunca existiu nada daquilo que a memória enganadora
representa. Não tenho, absolutamente, sentidos; o corpo, a figura, a
extensão, o movimento e o lugar são quimeras. Então, o que será
verdadeiro? Provavelmente uma só coisa: que nada é certo.”

RENÉ DESCARTES (1641), MEDITAÇÕES SOBRE A FILOSOF IA PRIMEIRA.

TRAD. GUSTAVO DE FRAGA. COIMBRA: ALMEDINA, 1992, PP. 113-118

Portanto, tendo este texto em conta descartes dizia que não tinha a
certeza que havia um génio maligno mas a possibilidade deste mesmo existir
era o suficiente para duvidarmos de tudo. Por isso com esta hipótese todas
as nossas crenças, sejam a priori ou à posteriori podem ser maquinações do
génio maligno. Por exemplo, eu acredito que um quadrado tem 4 lados, mas
come é que sei que não tem 3 e é o génio maligno que nos está a induzir em
erro. O génio maligno pode fazer-nos acreditar que estamos a ter uma certa
experiência, mas é tudo uma “simulação”. O que Descartes acredita que o
Génio maligno faz é semelhante ao que se sucede ao filme “The Matrix”, em
que seres humanos são colocados numa simulação em que tudo parece a
realidade.

e
diplomata
e
um
dos
mais

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importantes
representantes
do
empirismo
e
um
dos
mais
destacados
filósofos
modernos
do
Iluminismo.
Desde
cedo
se
interessou

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Problema da Indução
Com o Problema da Indução David Hume quer dizer que por mais vezes
que experimentemos alguma coisa, podemos repetir as vezes que
quisermos, mas segundo o escocês, nunca conseguiremos prever se da
próxima vez que fizermos essa mesma experiência terá o mesmo desfeche
que as anteriores. Isto garante-nos, que segundo Hume, o futuro nunca será
igual ao passado.

Antes de abordarmos este tema fundo temos de estar cientes do que é

a Indução: a indução é um processo menta que faz com que cheguemos a
conclusões gerais a partir de observações específicas. Por exemplo se eu vir
10 flamingos cor de rosa vou assumir que todos os flamingos são cor de
rosa. A indução é vital no pensamento humano, pois nos permite fazer
previsões e generalizar a partir de experiências nossas.

Para justificar o Problema da Indução, Hume utiliza o famoso exemplo

do Sol nascente: neste exemplo Hume diz que se todas as manhãs, desde
que nos lembramos, vimos o Sol a nascer, isso não nos garante que o Sol
nascerá amanhã, por mais que as nossas experiências passadas nos digam
isso não podemos concluir que isso acontecerá para sempre.

Desde que Hume formulou o Problema da Indução, várias abordagens

filosóficas têm sido feitas a este problema:
‣ Abordagem Ceticista - Filósofos como Hume que acreditam que
este problema não pode ser justificado racionalmente, o que faz com que
não possamos ter a certeza das conclusões indutivas.
‣ Abordagem Probabilista - Nesta abordagem, a indução é aceite,
mas reconhecendo que esta é probabilística na sua natureza. Por isso
conclusões derivadas da indução têm uma grande probabilidade de serem
verdadeiras.
‣ Abordagem segundo o Problema da Uniformidade da Natureza -
Aqui, alguns filósofos argumentam que indução é justificada pelo
pressuposto de que a natureza é uniforme, portanto realidades
observadas no passado serão verdadeiras no futuro.

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obras

Conclusão
Para concluir ambos estes filósofos tiveram um papel de extreme
importância para a filosofia, tendo Descartes contribuído de uma forma
extraordinária para os ideais racionalistas sendo apelidado de “Pai da
Filosofia Moderna”. E Hume deu um enorme contributo para os ideais
empiristas afirmando que o conhecimento deriva da experiência. Ambos
estes filósofos tiveram ideias revolucionários tendo estes sido eternizados.

Webgrafia:
GEOGRAPHICAL, National - Descartes, o pai da filosofia moderna
National Geographic Publicado em Julho de 2022,[Consult. 29 Jan. 2024].
Disponível em WWW: <URL: https://www.nationalgeographic.pt/historia/
descartes-o-pai-da-filosofia-moderna_2679>.

WIKIPÉDIA - David Hume Wikipédia Publicado em Dezembro de 2023,

[Consult. 29 Jan. 2024]. Disponível em WWW: <URL: https://
pt.wikipedia.org/wiki/David_Hume .

CHARMLERS, Alan - Problema da Indução Filosofia na escola.

[Consult. 29 Jan. 2024]. Disponível em WWW: <URL https://
filosofianaescola.com/conhecimento/problema-da-inducao/.

Bibliografia:
Teles, Susana S.; Ribeiro, Isabel P.; Areal, Rui (2023). àgora 11, Filosofia
11º ano ISBN: 978-972-0-41027-6

Vasco Torrado Mariano Henriques, nº 22, 11ºB

e
históricas,
além
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