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Possibilidade de vida extraterrestre

A busca por vida extraterrestre é um dos mistérios mais intrigantes da ciência. A ideia
de que possa existir vida além do nosso planeta desperta a curiosidade e a imaginação de muitas
pessoas ao redor do mundo. Astrônomos, cientistas e entusiastas exploram planetas, luas e
outros corpos celestes em busca de sinais de vida, seja na forma de micróbios simples ou até
mesmo civilizações avançadas. A descoberta de vida extraterrestre poderia revolucionar a nossa
compreensão sobre o universo e nosso lugar nele, expandindo os horizontes da humanidade.

O termo "extraterrestre" refere-se a qualquer entidade, objeto ou fenômeno que tenha


origem fora da Terra. A palavra é comumente associada à possibilidade de vida em outros
planetas, mas pode incluir também asteroides, cometas ou qualquer coisa que se encontre fora
do ambiente terrestre. O termo também é frequentemente utilizado em contextos de ficção
científica para descrever seres de outros planetas em obras literárias, filmes e outras formas de
entretenimento.

Apesar de para muitos esta possibilidade parecer muito estranha é bastante provável que
esta seja verdade. O próprio diretor da NASA, Bill Nelson, afirmou que acredita na existência
de vida fora da terra. “Se me perguntares se acredito que existe vida em um universo que é tão
vasto que é difícil para eu compreender quão grande é, a minha resposta pessoal é sim”.

Nos dias de hoje, cade vez mais procuramos respostas para este problema, e por
consequência mais evidências desta possibilidade vão surgindo. Em julho de 2015 o telescópio
espacial Kepler descobriu 500 novos planetas. Um desses planetas chamou bastante a atenção.
Chama-se Kepler 452-b, mas ficou conhecido como Terra 2.0 pelas suas semelhanças. Tal como
a Terra o Kepler 452-b orbita em torno de uma estrela semelhante ao Sol, estes têm a mesma
temperatura mas a estrela deste novo planeta emite mais 20% de luz. Além disso este mais
recente planeta apresenta grandes probabilidades de ser rochoso. Em teoria este novo planeta
reuniria condições suficientes para ser habitável.

Um pouco mais atrás no tempo, mais especificamente dia 15 de agosto de 1977 um


telescópio conhecido como “The Big Ear” captou um sinal peculiar e bastante misterioso. Este
sinal em forma de onda durou 72 segundos e marcou um pico de intensidade 30 vezes mais forte
que os sons normalmente emitidos no universo. Esta onda representada pelo código 6EQUJ5. O
computador do telescópio para representar as ondas com frequências mais baixas utilizava
números de 0 a 9 e para representar as ondas de frequência mais alta na escala de medida de
ondas eletromagnéticas. Isto, basicamente significa, que a presença da letra U neste código
prova que esta onda alcançou um das frequências mais altas nesta escala. A parte mais
engraçada desta história é que Jerry Ehman, o astrónomo que detetou este sinal ficou tão
surpreso que quando viu o papel com este sinal escreveu “Wow” nesse mesmo papel. Assim
esta onda passou a ser conhecida como onda “Wow”. Seth Shostak, astrônomo do Instituto de
Busca de Inteligência Extraterrestre disse “a maneira como o sinal apareceu e desapareceu, a
forma como este aumentou a sua intensidade faz com que até pareça ser um sinal
extraterrestre”.

Outra descoberta que faz a comunidade científica acreditar nesta possibilidade é a


existência e/ou vestígios de água líquida em outos corpos celestes. Marte é um exemplo desses
corpos. Segundo um estudo feito pelo Centro Espacial Goddard, da NASA, cerca de 19% de
Marte já esteve coberto por água. O relevo de Marte, com os seus canais e lagos também
apoiam esta hipótese. Estes fatores podem levantar a hipótese de que já existiu vida em Marte.
Não nos podemos esquecer que atualmente ainda existe água em Marte. Existem também outros
corpos com estes mesmos fatores e onde também é levada a cabo esta hipótese, como por
exemplo Europa (uma lua de Júpiter) e Encélado (lua de Saturno).

A última evidência científica que iremos falar é a Teoria da Panspermia. Esta Teoria
tenta explicar como começou a vida na Terra. O que esta Teoria nos diz é que a vida na Terra
foi trazida por asteroides que colidiram com a Terra. O apoio a esta ideia reside no facto de
que, cientificamente, já foi encontrada matéria de natureza orgânica em meteoroides e
meteoritos, e de que há organismos microscópicos conhecidos suficientemente resistentes para,
em hipótese, suportar uma viagem espacial até a Terra, mesmo considerado que as condições
que esses teriam de enfrentar sejam as mais extremas já cogitadas. Assim podemos dizer que a
vida na Terra veio de fora da mesma, ou seja, terá de existir vida fora da Terra, isto claro
segundo a Teoria que referimos.

Até agora falamos de evidências científicas para tentar comprovar esta possibilidade.
Mas como sabemos também existe evidências não científicas, como relatos, vídeos e
fotografias. Antes de referir alguns relatos temos de referir que estas evidências não são tão
fiáveis como as científicas pois podem apenas ser relatos falsos ou vídeos editados. Mas ainda
assim não deixa de ser importante e interessante de referir.

Nos últimos anos o aparecimento de OVNIs tem-se tornado cada vez mais frequente.
No início de 2023, o serviço de inteligência dos Estados Unidos publicou um relatório que
descreveu o avistamento de 247 objetos não identificados nos céus do país entre março de 2021
e agosto de 2022. Em forma de comparação entre 2004 e 2021 apenas 144 objetos não
identificados foram avistados.

No dia 8 março de 2014 a aeronave da Malaysia Airlines, chamada MH370 teve um


misterioso desaparecimento. Buscas foram deitas e nada foi encontrado nem sequer algum
vestígio do avião. E até hoje nada sabemos sobe esta aeronave. Até que em 2018 Um usuário da
rede social X (anteriormente conhecida como Twitter) postou um suposto vídeo da aeronave em
que esta é rodeada por luzes à sua volta e que segundos depois desaparece. Isto gerou uma
grande confusão nas redes sociais com opiniões divididas se este vídeo era verdadeiro, por
tratar-se de um assunto já conhecido (o desaparecimento da aeronave), ou se o vídeo era falso,
como muitos outros já divulgados nas redes sociais.

Quanto mais destes fenômenos são testemunhados cada vez mais pessoas ficam
preocupados e da mesma maneira reagem os governos, principalmente os mais poderosos. Em
agosto deste ano o Pentágono, sede do Departamento da Defesa dos EUA recebeu três militares
reformados que alegam a má gestão do governo acerca deste assunto. Os militares referem que
o governo não está a ter precauções necessárias para que este assunto seja posto de lado já que
cada vez mais relatos de OVNIs são feitos pelos próprios militares e por civis. O Pentágono,
juntamente com o governo reconheceram a importância deste tema e vão estar mais ligados a
esta situação.

Este tema cria alguma contradição, como é que temos tão pouca informação sobre este
tema, sendo que existe um número infinitamente grande de estrelas e planetas. A isto
chamamos: Paradoxo de Fermi. Em meados do século XX, o físico Enrico Fermi, questionou
por que, dada a aparente abundância de estrelas e planetas no universo, ainda não havíamos
encontrado evidências convincentes de vida extraterrestre. A lógica por trás do paradoxo é
simples e intrigante: se a vida alienígena é uma possibilidade em um número significativo de
outros planetas, então deveríamos ter encontrado sinais dela até agora. Diversas teorias foram
propostas para explicar esse aparente vazio extraterrestre. Uma delas sugere que civilizações
avançadas podem ter uma vida útil limitada, seja devido à autoextinção, desastres naturais, ou
outras ameaças cósmicas.

Nesta pergunta podemos também incluir a Equação de Drake. Esta equação tem como
objetivo estimar o número de civilizações que podem existir na Via Láctea. Frank Drake é um
astrónomo famoso que em 1960 tentava detetar comunicações cósmicas com um radiotelescópio
gigante. Este projeto ficou conhecido como projeto Ozma, mas infelizmente Drake não
conseguiu detetar nenhuma comunicação cósmica. Um ano depois de este projeto numa das
maiores conferências da sua área Drake apresentou algo fantástico. Juntando várias informações
desconhecidas em apenas uma equação que ficou conhecida como equação de Drake. A equação
seria a seguinte: N = R* x fp x ne x fl x fi x fc x L. Explicando melhor esta equação N seria o
número de civilizações na Via Láctea com as quais poderíamos estabelecer contato. R* é a taxa
de formação de estrelas na nossa galáxia e o valor estimado é de 7 por ano. Fp é a fração de
estrelas com sistemas planetários e estima-se que seja 0,5. Ne é o número de planetas, por
sistema solar, com um ambiente adequado para a vida e estima-se que o valor seja por volta de
2. Fl é a fração de planetas adequados em que a vida se possa desenvolver estimado em 0,33. Fi
seria a fração de planetas capazes de desenvolver vida inteligente e estima-se que este número
seja 0,01. Fc corresponde á fração de planetas com vida inteligente e que teriam o desejo e
meios necessários para estabelecer comunicação connosco, estima-se que este número seja 0,01.
Por fim L seria o tempo esperado de vida de tal civilização que se estima ser 10 000 anos.
Segundo esta estimativa a equação ficaria N= 7×0.5×2×0.33×0.01×0.01×10 000 que seria igual
a 2,31, ou seja, cerca de 2,31 civilizações inteligentes existiriam na Via Láctea para além da
Terra. Outros cientistas como Carl Sagan fizeram os seus próprios cálculos com os seus
próprios valores e chegaram a resultados mais otimistas de 1000 ou até 1milhão de civilizações
que aguardam o nosso contato. Esta equação foi mais recentemente adaptada por Ethan Siegel
mas também há grandes dúvidas sobre esta nova equação.

Existe também algumas teorias acerca deste tema. Podemos pensar que a vida fora da
Terra pode estar já muito avançada mas que os extraterrestres decidiram não vir para o nosso
planeta, ou que estão a explorar outros cantos da galáxia primeiro ou até que já passaram cá no
passado mas não temos tecnologia suficiente para registrar essa passagem. Podemos pensar
ainda que estes seres já cá estão, mas são tão complexos que não somos capazes de
compreender a sua existência. Robin Hanson fala ainda da alternativa “O Grande Filtro”.
Segundo este se temos tantos planetas habitáveis mas não temos nenhum contacto, pode ser que
algum evento importante impeça o surgimento de vida inteligente capaz de nos contactar.
Algum passo desde a origem da vida → do surgimento de vida complexa → do surgimento de
inteligência → do estado em que estamos agora → e uma civilização durar o suficiente para ser
capaz de explorar o espaço pode ser tão improvável que ainda não exista colonizadores de
galáxias.

Em 1947 ocorreu um dos maiores incidentes referentes a este tema. Pela América ouve
inúmeros relatos acerca de um objeto não identificado que caiu do céu. Pouco depois destes
relatos o exército americano afirmou com pressa ter sido um balão metrológico. Por fim veio a
tona que seria um balão sonda do Projeto Mogul. Até hoje as pessoas duvidam que realmente
tenha sido um balão sonda, mas sim uma nave espacial de uma civilização extraterrestre. Isto
acontece pois estamos habituados a que o governo nos esconda muitas coisas e por isso esta
seria apenas mais uma. Outro exemplo é a área 51 que sempre foi muito ligada a aliens e
extraterrestres desde que um ex-trabalhador do local deu uma entrevista em que referiu que a
Área 51 abrigava e estudava naves alienígenas e que tentava usar tecnologia destas naves em
armas militares. Ainda assim isto são apenas teorias da conspiração e não representam nada para
o avanço científico se forem mentira.

Para concluir apesar de não termos ainda encontrado evidências definitivas de formas
de vida fora da Terra, as descobertas até o momento são fascinantes e inspiradoras.
A existência de exoplanetas na zona habitável, a presença de água e moléculas
orgânicas em outros corpos celestes, além dos intrigantes sinais astronômicos, tudo isso nos
impulsiona a explorar e investigar cada vez mais longe. As missões espaciais e os avanços
tecnológicos continuam a expandir as nossas fronteiras, permitindo-nos sondar mundos
distantes em busca de respostas.

Entretanto, a busca por vida extraterrestre é muito mais do que uma investigação
científica. Ela desencadeia reflexões profundas sobre nossa própria existência, as nossas
concepções sobre vida e nossa conexão com o vasto cosmos. A eventual descoberta de vida fora
da Terra teria implicações que vão além do âmbito científico, provocando mudanças culturais,
filosóficas e éticas significativas.

Independentemente do desfecho desta busca, o processo em si é uma demonstração do


espírito humano de exploração, curiosidade e perseverança. A jornada em direção à
compreensão da vida extraterrestre não apenas amplia os nossos conhecimentos científicos, mas
também nos desafia a contemplar os mistérios do universo e a nos maravilhar com a grande
diversidade da criação cósmica.

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