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Na Pista dos UFOs

Introdução

Um fenômeno fascinante

A
pós quase 30 anos de pesquisas, com envolvimento nas mais diversas
áreas de interesse dos estudos ufológicos, à outra conclusão não se
chega senão a de que ainda estamos iniciando pelas primeiras pistas
deixadas por um fenômeno que, sem a mínima dúvida, vem se manifestando
há milênios. A Ufologia, mormente no Brasil, fervilha com acontecimentos
dos mais diversos dados em todas as regiões do país, através de registros
com características bem interessantes, envolvendo todos os tipos de
encontros próximos, conhecidos como contatos imediatos.
Tais registros são freqüentemente apresentados por todos os pesquisadores
mais ativos, em revistas especializadas, jornais e eventos sociais, na sua maioria.
Temos sido um destes caçadores de fenômenos ufológicos e fazemos parte de
toda uma comunidade que vem buscando soluções, correndo contra o tempo,
para entendimento das manifestações dos discos voadores. Estas acontecem
de maneiras mais diversificadas possíveis. Neste livro, compilamos alguns
trabalhos que tiveram boa aceitação para contribuir com aqueles que, por
qualquer motivo, não puderam ter acesso a eles. Pela primeira vez temos a
oportunidade de publicar na íntegra e com maiores detalhes dois incidentes
que já se tornaram clássicos da Ufologia Brasileira – o Caso Baependi e o
possível seqüestro ou abdução de Geraldo Simão Bichara, ocorrido dentro
das instalações de uma unidade do Exército Brasileiro.
Os demais temas contidos neste livro procuram abranger alguns
dos aspectos que vêm tornando a Ufologia Científica uma área cada
vez mais interessante para aqueles que desejam se inteirar dos estudos
que envolvem o fenômeno mais fascinante com que a Humanidade
já se deparou – o disco voador.

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Capítulo 1

UFOs em vôo programado

É
natural que todos os assuntos envolvidos numa temática
paralela, ainda não inclusa nos ditames acadêmicos da chamada
Ciência Oficial, sofram um período de desprezo e depois de des-
crença, até que passem para o rol das pesquisas sérias e frutíferas. O
caso da Ufologia não é exceção. Em outras épocas seria absurdo dedicar
verba e atenção a uma fantasia como o disco voador, que só pertencia
ao mundo dos filmes de guerra interplanetária.
Quando o mito das naves supostamente extraterrestres ofereceu
maiores surpresas, passando para o juramento de pessoas que diziam tê-lo
visto, não se podia mais desprezar, no máximo descrer. No entanto, o ver-
dadeiro pensamento científico imperou, para se determinar: descrer, sim,
desprezar, não. Surgiram os primeiros estudos ufológicos, hoje firmados
sobre sólidas bases, com o seguinte resultado: discos voadores existem
comprovadamente. Outras questões, como origem e intenções, são
assuntos para constatação futura.
Dentre os maiores subsídios obtidos pela Ufologia em todos os
tempos, podemos citar as Ortotenias, de Aimé Michel, de nacionalidade
francesa, considerado uma das maiores expressões na área e que
empreendeu oportunos estudos dos locais de aparições de UFOs.
Utilizando-se de técnicas matemáticas e dados geográficos, Michel
constatou que os locais de aparições não eram sobrevoados por acaso
e que as trajetórias de vôo dos objetos obedeciam a uma certa lógica,
baseada em características comuns de terreno. Aprofundando a análise
através de gráficos, provou que a maior parte dos UFOs costuma
sobrevoar as periferias de falhas geológicas.

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Também no sul de minas

De fato, uma checagem com maior carinho pode mostrar essa realidade
ainda misteriosa. Se tomarmos como base os estudos empreendidos no Sul
de Minas, o postulado Aimé Michel vem logo à tona. As regiões de maior
índice de aparições são as de Boa Esperança, Três Pontas, distrito de Córrego
do Ouro, Carmo da Cachoeira, Baependi e Campanha. Uma análise pelo foto-
índice (mapeamento geológico ou topográfico feito com base em fotografias
aéreas, montadas para configurar os aspectos da região fotografada) nos
permitiu constatar que quase todas essas regiões estão localizadas à beira
de uma das mais características falhas geológicas do Estado, com quase
200 km de extensão. Boa Esperança e Três Pontas cercam uma área onde
os avistamentos de UFOs são periódicos e está ligada por uma rodovia
que guarda em si a lenda do “Carro Fantasma”, dois faróis que, vindo pelo
asfalto, parece que colidirão com os carros, mas alçam vôo no momento
exato e desaparecem pelo espaço.
Carmo da Cachoeira também esteve nos últimos meses de 1.978 agitada
por uma onda de aparições ufológicas nas fazendas da região e algumas
ocorrências na própria cidade. Em intensa pesquisa, registramos dezenas
de avistamentos tidos por testemunhas de diversos níveis sociais e culturais,
condensados em um extenso relatório. Em Baependi, além dos constantes
relatos, deu-se um importante encontro próximo de 5º grau [Contato mantido
pelo abduzido com tripulantes do UFO]. Já em Córrego do Ouro, os
avistamentos atualmente se dão em tal número que chegam a ser diários,
tornando-se característica do lugar, aquilo que os rurais chamam de “Fogo
da Aldeia”. Lá estabelecemos um ponto permanente de vigília.

O valor da seriedade

No Brasil o Centro de Investigação de Fenômenos Aeroespaciais


(CIFAE), de Curitiba (PR), realizou um levantamento em torno do número de
aparições de objetos não identificados para o estabelecimento de Ortotenia.
O computador condensou uma pesquisa realizada por Aimé Michel e
apresentou uma extensão de seu estudo, que resultou em dados chamados
de Tabulação da Linha de Bayonne-Vichy. Trata-se de uma lista precisa de

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coordenadas de muitas observações ocorridas no período estudado por


Michel e calculadas pelo pesquisador. Elas traçam um grande círculo em
torno da Terra, que cruzaria a Espanha, Brasil e Argentina, três países
onde aconteceram importantes ondas ufológicas. O CIFAE salienta que
esse grande círculo atravessa o centro das chamadas Ortotenias, ou seja,
a linha do grande círculo cruza, com alto grau de precisão, o centro das
redes de forma estelar. Tais redes resultam em gráficos traçados pelos
locais e rotas de aparições, de que trataremos adiante.
O computador utilizou convenções no cálculo do grande círculo, que
são as seguintes: o nodo é definido como o ponto em que um corpo móvel,
percorrendo esse grande círculo na direção da rotação do eixo terrestre (de
oeste para leste), cruzaria o Equador ao passar do Hemisfério Sul para o
Norte. A longitude desse ponto e a inclinação (ângulo do grande círculo com
o Equador do nodo) são dois valores que definem completamente o trajeto
do grande círculo sobre o planisfério. Todas as coordenadas referem-se ao
Meridiano de Greenwich e são expressas em graus decimais. Tendo, portanto,
como base, dados de latitude e longitude dos locais de aparições, o CIFAE
obteve os grandes círculos resultantes das aparições.

Um campo vasto

Os números e gráficos procedentes das Ortotenias podem permitir


uma imensa gama de bons subsídios, dando base a variadas hipóteses
em torno do Fenômeno UFO. Foi F. Lagarde um dos primeiros a obter
mapas precisos traçados em locais de aparições, constatando que os
UFOs costumam sobrevoar outros acidentes geográficos, que não somente
falhas geológicas. Lagarde descobriu que as direções de rota e os cortes
obtidos por depoimentos são paralelos às falhas. O estudioso constatou,
utilizando-se de mapas minuciosos que acusam falhas geológicas, que,
de 86 observações, 32 situam-se sobre falhas, ou seja, 37%. A partir das
pesquisas de Lagarde, outros cientistas, em diferentes cantos do mundo,
confirmaram estudos ortotênicos perfeitamente coincidentes.
Um dos trabalhos mais interessantes de Ortotenia foi realizado pelo
capitão Bruce Cathie, piloto da Força Aérea da Nova Zelândia. Após ter
avistado um UFO em forma de charuto, o capitão selecionou depoimentos

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de outras pessoas que também observaram o fenômeno e, marcando-os


sobre um mapa, constatou que o objeto talvez fosse o mesmo por ele
avistado, que se deslocara como uma reta. Essas retas se cruzavam e, ao
final, formavam uma grade, entrelaçando-se, por sua vez. A partir disso,
pôde prever outros alinhamentos. O capitão Cathie notou ainda que outros
pontos dos avistamentos acabavam por não coincidir com a grade e dela
escapavam. Então, ligando neles outras linhas, com os mesmos cálculos,
foi que percebeu que a segunda grade cortava a primeira.
Uma conclusão emergiu: os UFOs fazem parte de um plano de vôo
que praticamente mapeia a Terra. Nossos aviões, em suas aterrissagens
e decolagens, são controlados instrumentalmente por um sistema de
gráfico idêntico. O levantamento do capitão Cathie chega até a mostrar
que nos pontos de intersecção das grades poderiam colocar balizas
(antigos antecessores dos radiofaróis).

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Capítulo 2

O mistério das luzes-sondas

F
enômenos celestes sempre se manifestaram durante a história
humana. Constantemente observáveis, receberam diversificadas
interpretações, segundo o grau de cultura e capacidade de enten-
dimento, mediante os conhecimentos técnicos. Cada uma das fases de
evolução gerou enorme diferença de interpretações, influenciadas pelas
informações científicas que o homem adquiria. Ao final das contas, tal
diversificação dificultava o estabelecimento de um termo comum e de
uma definitiva explicação para os fenômenos que, por assim o serem,
necessitavam de uma compreensão permanente.
Um dos fatores da diversificação é que não somente a Ciência serviu
para explicar ao homem aquilo que ele observava, mas a grande dificuldade
era que tais fenômenos se manifestavam acima do grau de compreensão que o
homem atingia. A sede de conhecimento e a curiosidade humana satisfaziam-se
pela religião, pelas concepções sociológicas, por todas as áreas que poderiam
influenciar com seus dogmas, teorias e estudos em constante andamento.
Assim, os dois pólos utilizados pelo homem para compreender as manifestações
de sua natureza são divididos nos aspectos objetivo e místico.
Em plena era tecnológica, a Ciência objetiva não pode mais desprezar
o lado místico que, apesar de não usar o mesmo sistema de explicações
e estudos, é uma fonte de interessantes informações. É nos fenômenos
celestes que o misticismo sempre se inspirou. Para grande porcentagem
deles a Ciência já encontrou explicações definitivas, que se concretizam
com a obtenção de novas conquistas. Mas em seu meio, outra significativa
porcentagem provoca discussões acaloradas e gera o desenvolvimento
de intensas pesquisas em torno dos fenômenos ufológicos. Os populares

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discos voadores ocuparam lugar de notoriedade científica mais evidente a


partir da Segunda Guerra Mundial quando uma campanha de divulgação
pela Imprensa, no ano de 1.947, inspirou a aceitação definitiva da Ufologia,
com terminologia iniciada pelos projetos de pesquisa desenvolvidos pela
Força Aérea dos Estados Unidos.
Tal sistema de estudos comprovou fartamente que, ao lado de fenômenos
celestes naturais e artificiais conhecidos, os céus de todos os países são
constantemente cortados por aparelhos de procedência desconhecida,
originados de altíssima tecnologia, situada, possivelmente, há milhares de anos
à frente do grau em que se encontram nossas capacidades científicas.
Atualmente, esta mesma Ufologia está às voltas com uma de suas mais
modernas acepções – as luzes-sondas. Em poucas palavras, as luzes-sondas
seriam pequenas emanações luminosas saídas do interior dos UFOs, em vôo,
pousados ou estacionados, que, por suas manobras, modo de manifestação,
comportamento e locais de sobrevôo, demonstram atitudes de aparelhos
de reconhecimento, sondagem e até prospecção – daí a alcunha “sonda”.
Geralmente apresentam-se ao observador próximo ou distante, como
pequenos pontos de luz própria, ativável ou não, ou em formatos definidos
de uma bola, estiletes ou com aspectos quadrangulares.

Casuística e hipóteses

Um dos mais célebres casos no qual foi observada uma sonda


contém o depoimento de dezenas de testemunhas, que puderam registrar
o surgimento de tal fenômeno que, aparentemente, possuía constituição
puramente energética. Durante a Guerra da Coréia, uma fortaleza voadora
norte-americana tipo B-29, com a identificação TU 104, teve sua cabine
de passageiros invadida por uma luz fraca, no corredor de acesso à
cabine dos pilotos. O ponto de luz adquiriu a forma sólida, com 50 cm
de diâmetro e permaneceu imóvel.
O pânico tomou conta dos passageiros, que chegaram a pensar em
início de incêndio, o que levou um dos pilotos a sair da cabine com um
extintor nas mãos. Mas a sonda desapareceu tão misteriosamente quanto
havia surgido. Instantes depois, quando os ânimos aparentemente haviam
se acalmado, eis que a luz ressurgia, passando por sobre a cabeça de cada

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um dos passageiros, quase roçando em seus cabelos. O objeto retomou


sua posição perto da cabine e desapareceu definitivamente. Após o pouso da
fortaleza em Moscou, começou uma grande movimentação, tendo-se pedido
a todos o máximo de sigilo sobre o caso.
Porém, entre os passageiros havia um jornalista polonês que
acabou fazendo um relatório completo da ocorrência, tornando público
o incidente, que pode ter envolvido, ao que pensa a Ufologia, a aparição
de um computador ultra-sofisticado, teleguiado a distância por um
objeto ou nave-base. Tais luzes-sondas vêm sendo observadas em vôo
constantemente. Em meio à sua origem ufológica indubitável, há para
esse tipo de fenômeno algumas explicações eminentemente naturais
e não misteriosas. Uma delas é o controvertido raio em forma de bola
ou descarga esférica de raio que pode ser confundido com uma dessas
sondas surgidas do espaço, sobrevoando pastos a baixa altitude.
Não se conhecem precisamente as características de tal fenômeno
raríssimo, mas as condições em que se manifesta são sabidas: o raio em
forma de bola se produz sempre na periferia das tempestades, principalmente
nos meses de julho e agosto. É quase sempre precedido por um raio
comum e chega a durar cinco minutos percorrendo vários quilômetros. O
Projeto Livro Azul [Blue Book], desenvolvido pela Força Aérea dos Estados
Unidos para estudar os UFOs, tem em seus anais um relatório da Secretaria
Meteorológica do Departamento de Comércio nos Estados Unidos sobre o
“relâmpago de bola”, tecendo considerações sobre sua origem, aparência,
formas, cor, brilho, movimentos e até manobrabilidade.
Como origem, o relatório expõe as seguintes hipóteses: descarga
esférica [Conhecida como Fogo de Santelmo]; volume de ar incandescente
ionizado durante um curto espaço de tempo; descarga elétrica no ar,
contendo grandes concentrações de pó, ou outros aerosóis, durante
trovoada; salto de intervalos por raios dentro de casa; raio da nuvem ao solo
que produza gradiente de potência horizontal passageira, bastante intensa
para dar descargas elétricas; descarga de raio que atinge e se desloca ao
longo de um condutor, produzindo clarões, etc.
Outras manifestações naturais ou artificiais conhecidas podem parecer
ao leigo o surgimento de uma luz-sonda, que geralmente faz manobras
impossíveis, sai de ou acompanha um UFO. Exemplos comuns são aviões

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acompanhados de seu aparelho de reabastecimento em vôo noturno,


meteoros azuis, holofotes refletidos por inversões de temperatura nas
nuvens, gás de pântano, fogo fátuo, assim por diante.
As luzes-sondas, quando se apresentam como fenômenos ufológicos,
manifestam-se de modo típico. Elas aparentemente são dirigidas a
distância. Pequenas esferas têm sido vistas com freqüência no meio rural.
Por esse fato, um trabalho de prospecção e reconhecimento de terreno vem
sendo feito em regiões visitadas por seres dotados de grande inteligência
e alta tecnologia, cuja origem extraterrestre é muito provável.

Testemunhas nos sertões

O índice de registros no meio rural é tão alto que já se transformou


em mitos reais incorporados aos folclores da roça. Em Minas Gerais,
os depoimentos a cada dia se multiplicam, trazendo para as crônicas a
lenda significativa da “Mãe do Ouro” e do “Carro Fantasma”. A primeira
apresenta-se em forma circular e luminosa, sobrevoando os topos de serras
e, muitas vezes, derrubando solitários cavaleiros de suas montarias.
Num estudo ufológico constatou-se que os terrenos sobrevoados pela
Mãe do Ouro geralmente abrigam jazidas de minérios. Para o Carro Fantasma,
no entanto, muitos deram depoimento dizendo que potentes e pequenos
faróis vinham manobrando pelas estradas e pastos em alta velocidade, tendo
subido vertiginosamente para o espaço afora, quase no momento da colisão
iminente com o veículo da testemunha. Durante longos anos, a lenda assim
tornou temida a estrada que liga Varginha a Três Pontas, em Minas Gerais, no
período noturno. Evidentemente, boa porcentagem dos depoimentos sobre
mitos como esses não registrou fenômenos ligados aos discos voadores, mas
deu margem segura para explicações já conhecidas. Quando não possuem
características suficientemente fortes para determinar a aparição de UFOs,
geralmente falam de uma Mãe do Ouro que se desloca pelo espaço, de um
ponto a outro, em certos locais, em períodos não determinados.
As pessoas descrevem essas bolas de luz saindo de um mesmo local (colina
ou morro) e precipitando em outro ponto, também coincidindo com a mesma
localidade. O colega de estudos Eduardo Gianasi, pesquisador de tal mito, formulou
algumas hipóteses. Durante os conhecidos fenômenos das manchas solares, há

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em suas regiões a existência de intensíssimos campos magnéticos que provocam,


por aceleração, a precipitação de poderosas torrentes de prótons e elétrons sobre a
Terra, animadas por altas velocidades. Sua energia, durante um período de máxima
atividade, pode ser 10% da energia total da luz solar. Em cada segundo, cerca de
um bilhão de partículas de prótons chegam à Terra, por centímetro quadrado.
Essas partículas, eletricamente carregadas, têm de enfrentar o campo magnético
da Terra, sendo forçadas a descrever uma espiral em torno das linhas de força,
seguindo em direção destas. As mais velozes penetram, em massa, até o limite
inferior da ionosfera e aumentam em proporção à ionização do ar, fazendo com
que o ar dessas regiões se torne muito mais condutor de eletricidade.
Paralelamente, as localizações do magnetismo terrestre variam, sobretudo
nas regiões de minério. Os minerais que possuem ferro bivalente são mais
ou menos magnéticos, dependendo da quantidade e das rochas ricas nestes
minerais, anfibólios, piroxênios, biolita, cromita, glaucomita, que apresentarão
maior poder magnético. Quando tais rochas são atingidas por descargas
elétricas, o seu poder magnético pode tornar-se muitas vezes superior ao
valor normal. Assim, as reações fisio-químicas que ocorrem no Sol provocam
magnetismo intensificado em regiões localizadas nas manchas solares. Essas
forças magnéticas e hidrodinâmicas geram calor, magnetismo e luminosidade
que atingem a Terra. Nas condições especiais do ar, essas energias geram
cortinas coloridas de luz oscilante, em diversos formatos visuais.
A Terra é um enorme magneto natural, possuindo regiões capazes
de produzir magnetismo (ação localizada) e correntes elétricas. As jazidas
de ferro são atingidas por descargas elétricas e, por último, os corpos
mineralizados de sulfuretos metálicos, assim como os diques circulares
de basalto, que são bem freqüentes em muitas regiões. Em virtude disso,
um observador poderia presenciar a passagem de um aglomerado dessas
partículas, de um ponto a outro, considerando-as “Mãe do Ouro”.

Outras civilizações nos observam?

Porém, as luzes-sondas, descartadas das explicações conhecidas,


existem. São avistadas sozinhas, saindo do interior de UFOs ou evoluindo
perto deles, principalmente na roça, em locais isolados. Nossas pesquisas
já nos deram bons subsídios. Para a Ufologia, sempre foram observadas

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a distância, sem pormenores. A testemunha de um caso ocorrido em


Baependi (MG), em 1.979, presenciou três dessas sondas com detalhes, e
pela primeira vez nos anais ufológicos, acreditamos. Todas, com cerca de
um metro de altura, possuíam hélices na parte superior, o que demonstra
serem veículos para vôo dentro da atmosfera, oriundos do interior de um
objeto principal, posteriormente visto pela testemunha. Seus formatos,
assim registrados, eram o de um poste ou cruz, de uma piorra e de
um aparente barril. O objeto principal somente pousou após o possível
reconhecimento empreendido pelas três sondas.
Em 1.978, num caso que investigamos durante uma onda de aparições
em Carmo da Cachoeira (MG), uma das testemunhas foi momentaneamente
paralisada por um UFO a baixa altitude, que foi precedido por uma
luzinha vermelha pousada por trás de uns arbustos e que seguiu o UFO,
em movimentos erráticos, por sobre o pasto, quando este desapareceu
no espaço. Na cidade de Passa Tempo (MG), registramos dois objetos
luminosos sobre uma serra, a princípio imóveis. Durante o surgimento
do segundo, um pequeno ponto de luz, vindo de sudeste, desenvolvendo
movimento errático, estacou sobre o objeto e nele penetrou.
O número de registros das luzes-sondas nas zonas urbanas também
é numeroso. O exército francês, em cujo país os estudos da Ufologia
foram, em certa época, quase que oficializados e seriamente empreendidos
pelas forças armadas e pela polícia, catalogou o caso de 13 de janeiro de
1.976, quando às 21:10 h, um casal observou quatro grandes luzes no alto
de uma colina, em Grenoble.
Apanhando uma terceira testemunha, voltaram ao local, vendo os
objetos como quatro grandes blocos de um metro de circunferência. Um
só objeto era composto por aqueles pontos e tinha cerca de 25 a 50 m
de comprimento, com altura de dois andares e cores vivas como o Sol.
Antes de desaparecer, o UFO foi rodeado por um ponto menor que,
segundo as testemunhas, “...era qualquer coisa bem brilhante, mas menor,
que dava voltas em torno daquele engenho, de cor amarela fogo”.
Da mesma forma, muitos dos satélites que à tarde observamos no
espaço, podem muito bem não o ser. A Ciência está espantada com a
existência, em órbita da Terra, de verdadeiras sondas e satélites que não
foram lançados por nenhum país de tecnologia astronáutica. Tratam-

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se de corpos estranhos que descrevem órbitas em torno da Terra, de


pequeno porte, mantendo-se ativos em comportamento semelhante
aos satélites artificiais. Um ano após a subida do Sputnik I, lançado a
4 de outubro de 1.957, um estranho e desconhecido satélite entrou
em órbita da Terra em 26 de novembro de 1.958. Essa sonda misteriosa
emitiu sons em voz humana, em língua não decodificada, captada inúmeras
vezes por estações de escuta na Itália. É conhecida nos meios oficiais e
ufológicos como “O Cavaleiro Negro”.
Em Moscou, setembro de 1.967, acontecia um debate sobre as
telecomunicações, presidido pelo professor L. Leonov. Na conferência,
tornava-se público o fato de que três objetos ou veículos desconhecidos
encontram-se em órbita da Terra, mantendo comportamento inexplicável.
São três cápsulas cilíndricas, sem orifícios, saliências ou aberturas.
Diversos astronautas norte-americanos e russos os observaram, como
Gherman Titov, as tripulações da Voskhod 1 (1.964) e da Voskhod 2
(1.965), Bikovski e James MacDivitt.
L. Kaminski, um importante nome da Astronomia, pensa que se tratam
de sondas enviadas de um outro planeta, segundo informa a revista Clypeus.
É de se concluir, vulgarmente, que a linha de desenvolvimento técnico da
civilização que constrói aquilo que chamamos de luzes-sondas da Ufologia,
talvez tenha seguido os mesmos rumos ora trilhados pela nossa.
As sondas terrestres já vêm desenvolvendo seu papel – os módulos se
deslocaram das cápsulas para descer astronautas na Lua, por sete vezes; as
Vikings pousaram em Marte, fotografando, coletando, analisando e já estão
muito superadas pelas Pathfinder, Mars Surveyor e outras; as sondas Pioneer
se perdem pelos limites do nosso sistema solar; as Voyager, desenvolvendo
velocidade de 91mil km horários, passaram pelos confins do Sistema Solar,
rumo aos rincões desconhecidos da galáxia, levando fotos, sons e escritos
de nossa vida e da vida na Terra.

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