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CLASSIFICAÇÃO DE

INFORMAÇÕES SIGILOSAS NO
TESOURO NACIONAL

Abril
2018
Coordenação-Geral de Desenvolvimento Institucional - CODIN
Núcleo de Informação – NUINF

Cartilha
CARTILHA DE CLASSIFICAÇÃO DE INFORMAÇÕES SIGILOSAS NO TESOURO NACIONAL

Ministro da Fazenda
Henrique de Campos Meirelles

Secretário-Executivo
Eduardo Refinetti Guardia

Secretária do Tesouro Nacional


Ana Paula Vitali Janes Vescovi

Secretário-Adjunto
Otávio Ladeira de Medeiros

Subsecretários
Adriano Pereira de Paula
Gildenora Batista Dantas Milhomem
José Franco Medeiros de Morais
Líscio Fábio de Brasil Camargo
Pedro Jucá Maciel
Pricilla Maria Santana

Coordenação-Geral de Desenvolvimento Institucional - CODIN


Vinícius Mendonça Neiva, Coordenador-Geral
Vladimir Reis Joaquim Lopes, Coordenador de Suporte

Núcleo de Informação - NUINF


Dênis de Queiroz Braz, Chefe
Amanda Zaban Viana
Dalca Tereza Teles
Jean Fabrício Bezerra de Melo

Informações:
Tel.: (61) 3412-1449 / 3412-7982
nuinf.codin.stn@tesouro.gov.br

1
Sumário

Considerações Iniciais ............................................................................................................................... 6

1. Definições........................................................................................................................................... 7

2. Diretrizes Gerais................................................................................................................................. 9

3. Tratamento e Ciclo de Vida da Informação .................................................................................... 10

4. Produção e Recebimento de Informações Sigilosas no Âmbito da STN ........................................ 11


4.1. Informações pessoais ............................................................................................................... 11
4.2. Documento preparatório para embasar decisões .................................................................... 13
4.3. Vantagem competitiva a outros agentes econômicos ............................................................. 14
4.4. Classificação com base em legislação específica ...................................................................... 14
4.5. Prazos de restrição de acesso à informação............................................................................. 16

5. Classificação de Sigilo no Âmbito da STN ....................................................................................... 17


5.1. Oportunidade da Classificação ................................................................................................. 17
5.2. Ouvidoria da STN ...................................................................................................................... 18

6. Fluxo para Criar Documento Classificado ....................................................................................... 18


6.1. Lembretes: documento/processo SIGILOSO no SEI! ................................................................ 22
6.2. Credenciais de acesso a documento/processo SIGILOSO ......................................................... 22
6.3. Lembretes: documento/processo RESTRITO no SEI!................................................................ 23
6.4. Lembretes: documento/processo PÚBLICO no SEI! ................................................................. 23

7. CIDIC – Código de Indexação de Documento com Informação Classificada .................................. 24


8. Expedição, Tramitação e Comunicação de Documentos Sigilosos ................................................ 27
8.1. Expedição de documentos sigilosos ......................................................................................... 27
8.2. Tramitação e comunicação de documentos sigilosos .............................................................. 28

9. Documentos Sigilosos no SEI!.......................................................................................................... 29

10. Controle e Guarda de Documentos Sigilosos.................................................................................. 31


10.1. Marcação de grau de sigilo .................................................................................................... 31
10.2. Manutenção e arquivamento da informação classificada ..................................................... 32

11. Acesso, Uso e Disseminação de Informações Sigilosas .................................................................. 33


11.1. Disseminação e reprodução de informação sigilosa.............................................................. 34
11.2. Celebração de contratos ........................................................................................................ 34

12. Ciclo de Vida da Informação Sigilosa .............................................................................................. 35


12.1. Desclassificação, reavaliação e revisão de informações sigilosas.......................................... 35
12.2. Destinação final ...................................................................................................................... 36

13. Questões Finais ................................................................................................................................ 37


13.1. Rol de informações classificadas e desclassificadas .............................................................. 37
13.2. CPADS - Comissão Permanente de Avaliação de Documentos Sigilosos ............................... 40
13.3. Responsabilização .................................................................................................................. 40
13.4. Extravio de informações ........................................................................................................ 41
13.5. Dúvidas e casos não tratados................................................................................................. 41

14. Legislação ......................................................................................................................................... 42

15. Anexos .............................................................................................................................................. 43


Cartilha de Classificação de Informações Sigilosas

Considerações Iniciais
A Lei de Acesso à Informação – LAI1 e o Decreto nº 7.724, de 16 de maio de 2012, que a regulamenta,
garantem ao cidadão o acesso às informações produzidas ou custodiadas pela Administração
Pública, estabelecendo procedimentos que visam garantir que estas informações estejam
disponíveis de maneira ampla à sociedade.

Por princípio, a divulgação é a regra e o sigilo, a exceção. Portanto, na excepcionalidade, a LAI vem
proteger as informações que, em situações especiais, não poderão ser divulgadas ou não poderão
estar acessíveis por prazos estabelecidos.

Da cadeia de Valores da STN destacamos a Transparência como um dos pilares da gestão


responsável onde se busca “disponibilizar informações e comunicar ações e decisões, observadas
as restrições legais ou estratégicas, de modo a permitir que a sociedade acompanhe a atuação do
Tesouro Nacional.”

Em linha, portanto, as ações e os resultados institucionais devem se pautar na preocupação e no


zelo com a avaliação, o tratamento e a divulgação de informações, tanto na proteção correta
daquelas classificadas em grau de sigilo, como na promoção do direito de acesso àquelas
consideradas públicas.

Com a implantação do Sistema Eletrônico de Informações – SEI!!2 no Tesouro Nacional, a partir de


02 de outubro de 2017, a CODIN/NUINF percebeu a necessidade de editar esta Cartilha como
forma de esclarecer, orientar e padronizar, de maneira objetiva, os procedimentos voltados à
correta classificação de informações para o êxito da gestão Tesouro.
Boa leitura!

1
Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011.
2
Portaria STN nº 807, de 29 de setembro de 2017

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Cartilha de Classificação de Informações Sigilosas

1. Definições
❖ Agente público – todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração,
por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou
vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nos órgãos e entidades da Administração Pública
Federal (APF);
❖ Autenticidade – qualidade da informação que tenha sido produzida, expedida, recebida ou
modificada por determinado indivíduo, equipamento ou sistema;
❖ Ciclo de vida da informação – ciclo formado pelas fases da produção e recepção, organização,
uso, disseminação e destinação;
❖ Classificação da informação – atribuição de grau de sigilo às informações nos termos da Lei nº
12.527/2011, Lei de Acesso à Informação (LAI);
❖ Código de Indexação de Documento que contém Informação Classificada (CIDIC) – código
alfanumérico que indexa documento com informação classificada em qualquer grau de sigilo;
❖ Comissão Permanente de Avaliação de Documentos Sigilosos (CPADS) – comissão interna
que, nos termos do art. 34 do Decreto nº 7.724/2012, tem a atribuição de assessorar, opinar,
propor e subsidiar a autoridade classificadora. No Tesouro, foi instituída pela Portaria 773, de
08 de dezembro de 2016;
❖ Confidencialidade – garantia de que a informação é acessível somente por usuários
autorizados;
❖ Dados processados – dados submetidos a qualquer operação ou tratamento por meio de
processamento eletrônico ou por meio automatizado com o emprego de tecnologia da
informação;
❖ Desclassificação – cancelamento da classificação atual de uma informação pela autoridade
competente ou por transcurso de prazo;

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Cartilha de Classificação de Informações Sigilosas

❖ Disponibilidade – qualidade da informação que pode ser conhecida e utilizada por indivíduos,
equipamentos ou sistemas autorizados;
❖ Documento – unidade de registro de informações, qualquer que seja o suporte ou formato;
❖ Documento preparatório – documento formal utilizado como fundamento da tomada de
decisão ou de ato administrativo, a exemplo de pareceres e notas técnicas;
❖ Informação – dados, processados ou não, que podem ser utilizados para produção e
transmissão de conhecimento, contidos em qualquer meio, suporte ou formato;
❖ Informação ostensiva – em oposição à informação sigilosa, é qualquer informação não
submetida à restrição de acesso público;
❖ Informação pessoal – informação relacionada à pessoa natural identificada ou identificável,
relativa à intimidade, vida privada, honra e imagem;
❖ Informação restrita – informações classificadas como sigilosas (reservada, secreta ou
ultrassecreta) ou consideradas de acesso restrito nos termos da Lei de Acesso à Informação
ou protegidas pelas demais hipóteses legais de sigilo e restrição.
❖ Informação sigilosa – informação submetida temporariamente à restrição de acesso público
em razão de sua imprescindibilidade para a segurança da sociedade e do Estado, e aquelas
abrangidas pelas demais hipóteses legais de sigilo;
❖ Integridade – qualidade da informação não modificada, inclusive quanto à origem, trânsito e
destino;
❖ Marcação – ação de inscrever, no documento ou repositório, o grau de sigilo associado à
informação sigilosa, classificada ou não;
❖ Primariedade – qualidade da informação coletada na fonte, com o máximo de detalhamento
possível, sem modificações;

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Cartilha de Classificação de Informações Sigilosas

❖ Tratamento da informação – conjunto de ações referentes à produção, recepção,


classificação, utilização, acesso, reprodução, transporte, transmissão, distribuição,
arquivamento, armazenamento, eliminação, avaliação, destinação ou controle da informação;
❖ Reclassificação – alteração da classificação da informação pela autoridade classificadora;
❖ Termo de Classificação de Informação (TCI) – formulário que formaliza a decisão de
classificação, desclassificação, reclassificação ou alteração do prazo de sigilo de informação
classificada em qualquer grau;
❖ Termo de Compromisso de Manutenção de Sigilo (TCMS) – termo pelo qual a pessoa se
obrigará a manter o sigilo da informação, sob pena de responsabilidade penal, civil e
administrativa, na forma da lei.

2. Diretrizes Gerais
Além dos princípios básicos que regem a Administração Pública, os procedimentos apresentados
nesta Cartilha devem ser executados em conformidade com as seguintes diretrizes:

▪ Observância da publicidade como preceito geral e do sigilo como exceção;


▪ Toda informação institucional da STN, em quaisquer suporte, materiais, áreas,
comunicações e sistemas de informação institucionais, é patrimônio do Estado Brasileiro e
deve ser tratada segundo os preceitos descritos nesta Cartilha e nos termos da legislação
pertinente em vigor;
▪ O tratamento da informação sigilosa deve ser realizado de modo ético e responsável pelos
agentes públicos;
▪ O tratamento da informação sigilosa deve ser feito assegurando-se os requisitos da
disponibilidade, integridade, confidencialidade e autenticidade da informação;

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Cartilha de Classificação de Informações Sigilosas

▪ É dever do agente público salvaguardar a informação sigilosa e a informação pessoal, bem


como assegurar a publicidade da informação ostensiva, utilizando-as, exclusivamente, para
o exercício das atribuições de cargo, emprego ou função pública, sob pena de
responsabilização administrativa, civil e penal;
▪ As medidas e os procedimentos relacionados ao tratamento da informação a serem
realizados com apoio de empresa terceirizada devem ser estabelecidos contratualmente
para que se assegure o cumprimento das diretrizes previstas nesta Cartilha, bem como em
legislações vigentes; e
▪ A STN promoverá ações para conscientização dos seus agentes públicos visando à
disseminação das diretrizes de tratamento da informação sigilosa.

3. Tratamento e Ciclo de Vida da Informação


O tratamento da informação sigilosa no Tesouro abrangerá as políticas, os processos, as práticas e
os instrumentos utilizados para lidar com a informação ao longo de cada fase de seu ciclo de vida.

O ciclo de vida da informação é composto pelas seguintes fases:

▪ Produção e Recepção – Fase inicial do ciclo de vida. Compreende a produção, recepção ou


custódia e classificação da informação;
▪ Organização – Refere-se ao armazenamento, arquivamento e controle da informação;
▪ Uso e Disseminação – Refere-se à utilização, acesso, reprodução, transporte, transmissão
e distribuição da informação; e
▪ Destinação – Fase final do ou eliminação ciclo de vida da informação, que compreende a
avaliação e a destinação da informação.
Esta Cartilha busca esclarecer os aspectos legais e operacionais de cada uma dessas fases no
que se refere a documentos sigilosos.

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Cartilha de Classificação de Informações Sigilosas

4. Produção e Recebimento de Informações Sigilosas


no Âmbito da STN
Todos os documentos e informações produzidos ou custodiados no âmbito da STN deverão ser
avaliados com vistas à eventual necessidade de classificação em grau de sigilo.

Da mesma forma, os documentos que forem recebidos no Tesouro, com indicativo de restrição de
acesso, deverão receber o mesmo tratamento e cuidado para terem o sigilo resguardado.

Estão sujeitas à classificação em grau de sigilo:

▪ Informações classificadas como reservadas, secretas ou ultrassecretas, nos termos dos


artigos 23 e 24 da LAI.

Estão sujeitas à restrição de acesso:

▪ Informações pessoais - art. 31 da LAI;


▪ Documentos preparatórios que embasarem decisões de política econômica - Art. 20 do
Decreto 7.724/2012;
▪ Informações sigilosas protegidas por legislação específica;
▪ Informações cuja divulgação possa representar vantagem competitiva a outros agentes
econômicos - § 2º do art. 5º do Decreto nº 7.724, de 2012.

4.1. Informações pessoais


As informações pessoais relativas à intimidade, à vida privada, à honra e à imagem terão acesso
restrito a agentes públicos legalmente autorizados e à pessoa a que se referirem,
independentemente da classificação de sigilo, pelo prazo máximo de cem anos a contar da data
de sua produção.

11
Cartilha de Classificação de Informações Sigilosas

Desta forma, estas informações sofrerão restrição de acesso sem a necessidade de receber o
tratamento dado às informações classificadas em grau de sigilo (elaboração de Termo de
Classificação de Informação e demais procedimentos previstos em lei).

Caso o titular das informações pessoais esteja morto ou ausente, o direito assistirá ao cônjuge ou
companheiro, aos descendentes ou ascendentes, conforme o disposto no parágrafo único do art.
20 da Lei nº 10.406/2002.

As informações pessoais devem ser tratadas de forma transparente e com respeito às liberdades
e garantias individuais e o seu acesso deve observar o prescrito nos artigos 55 a 62 do Decreto nº
7.724/2012, garantindo, entre outros, os seguintes aspectos:
▪ Restrição de acesso a agentes públicos autorizados;
▪ Acesso limitado a terceiros mediante autorização prévia do titular;
▪ Observância do direito de acesso ao cônjuge, ascendentes e descendentes;
▪ Respeito aos direitos fundamentais de privacidade, intimidade e proteção à imagem;
▪ Inexistência de restrição de acesso em caso de apuração de irregularidades ou
levantamento de fatos históricos;
▪ Devido processo legal; e
▪ Responsabilidade do agente público.

EXEMPLOS DE INFORMAÇÕES CONSIDERADAS PESSOAIS


▪ NÚMERO DE DOCUMENTOS DE IDENTIFICAÇÃO PESSOAL (RG, CPF, TÍTULO DE ELEITOR);
▪ ENDEREÇO PESSOAL;
▪ NÚMERO DE TELEFONE PESSOAL;
▪ INFORMAÇÕES REFERENTES A ALIMENTANDOS, DEPENDENTES OU PENSÕES;
▪ INFORMAÇÕES MÉDICAS;
▪ ORIENTAÇÃO SEXUAL, FILIAÇÃO SINDICAL, PARTIDÁRIA OU A ORGANIZAÇÕES DE CARÁTER
RELIGIOSO, FILOSÓFICO OU POLÍTICO.

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Cartilha de Classificação de Informações Sigilosas

4.2. Documento preparatório para embasar decisões

Os documentos preparatórios são aqueles que fundamentam a tomada de decisão ou a elaboração


de ato administrativo e seu acesso é restrito somente às pessoas que tenham a necessidade
funcional de conhecer seu conteúdo.

Caracterizam-se por conter informações que, se divulgadas antes do ato administrativo, podem
gerar impactos negativos.

As tipologias recomendadas no Tesouro são a nota técnica e o parecer. Porém não há restrição a
outros tipos documentais desde que contenham informações necessárias ao embasamento do ato
decisório ou administrativo.

O art. 20 do Decreto nº 7.724/2012 prevê a restrição de acesso a esses documentos, assegurando


sua publicidade posteriormente ao ato:

ART. 20. O ACESSO A DOCUMENTO PREPARATÓRIO OU INFORMAÇÃO NELE CONTIDA,


UTILIZADOS COMO FUNDAMENTO DE TOMADA DE DECISÃO OU DE ATO ADMINISTRATIVO, SERÁ
ASSEGURADO A PARTIR DA EDIÇÃO DO ATO OU DECISÃO.

PARÁGRAFO ÚNICO. O MINISTÉRIO DA FAZENDA E O BANCO CENTRAL CLASSIFICARÃO OS


DOCUMENTOS QUE EMBASAREM DECISÕES DE POLÍTICA ECONÔMICA, TAIS COMO FISCAL,
TRIBUTÁRIA, MONETÁRIA E REGULATÓRIA.

Dessa forma, no Tesouro, a classificação de documentos ocorrerá também em assuntos que


embasarem as decisões de política econômica, utilizando-se o Termo de Classificação de
Informação – TCI, nos termos do Art. 20 do Decreto nº 7.724/2012.

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Cartilha de Classificação de Informações Sigilosas

4.3. Vantagem competitiva a outros agentes econômicos

Ficarão sujeitos à restrição de acesso, embora não sejam objeto de classificação, os documentos e
as informações cuja divulgação possa representar vantagem competitiva a outros agentes
econômicos, como as relacionadas à atividade empresarial de pessoa física ou jurídica de direito
privado obtidas pela STN no exercício da atividade de controle, regulação ou supervisão da
atividade econômica.

4.4.Classificação com base em legislação específica

TODA INFORMAÇÃO CLASSIFICADA EM GRAU DE SIGILO É, TAMBÉM, SIGILOSA, PORÉM NEM TODA
INFORMAÇÃO SIGILOSA SERÁ CLASSIFICADA EM GRAU DE SIGILO, UMA VEZ QUE ESTA CONTÉM
INFORMAÇÕES COM ACESSO RESTRINGIDO EM VIRTUDE DE UMA LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA.

É fundamental esclarecer os conceitos “informação sigilosa” e “informação classificada em grau de


sigilo” e o que as diferencia. Ambos os termos estão em oposição à informação ostensiva, ou seja,
aquela que deve ser mantida acessível ao cidadão.

INFORMAÇÃO SIGILOSA
É A INFORMAÇÃO QUE, POR ALGUM MOTIVO PREVISTO EM LEI, DEVERÁ TER
O SEU ACESSO RESTRITO.

INFORMAÇÃO CLASSIFICADA EM GRAU DE SIGILO


REFERE-SE A UM TIPO ESPECÍFICO DE INFORMAÇÃO SIGILOSA QUE TEM SUA RESTRIÇÃO
AMPARADA PELOS ART. 23 E 24 DA LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO - LAI. PARA ESTAS DEVERÁ
SER ELABORADO O TERMO DE CLASSIFICAÇÃO DE INFORMAÇÃO – TCI.

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Cartilha de Classificação de Informações Sigilosas

São consideradas sigilosas as informações protegidas em legislação específica. A exemplo das


informações pessoais, terão também restrição de acesso sem a necessidade de receber o
tratamento dado às informações classificadas em grau de sigilo, como a elaboração de Termo de
Classificação de Informação - TCI e demais procedimentos previstos em lei.

EXEMPLOS DE INFORMAÇÕES SIGILOSAS PROTEGIDAS POR LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

▪ SIGILO BANCÁRIO – LEI COMPLEMENTAR 105, DE 10 DE JANEIRO DE 2001;


▪ SIGILO FISCAL – CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL;
▪ SEGREDO DE JUSTIÇA – CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL, CÓDIGO DE PROCESSO PENAL E OUTROS;
▪ SIGILO DECORRENTE DE DIREITOS AUTORAIS – LEI 9.610/98;
▪ SIGILO EMPRESARIAL: SIGILO DAS SOCIEDADES ANÔNIMAS (LEI 6.404/76) E SIGILO
DECORRENTE DE RISCO À GOVERNANÇA EMPRESARIAL (DECRETO 7.724/12).
▪ PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR EM CURSO.

Com base na LAI, a informação púbica somente poderá ser classificada como sigilosa quando for
considerada imprescindível à segurança da sociedade (à vida, segurança, saúde da população) ou
do Estado (soberania nacional, relações internacionais, atividades de inteligência). Como a divulgação
é a regra e o sigilo, a exceção, a Lei só abre espaço para classificação da informação cuja divulgação
ou acesso irrestrito possa:

▪ Pôr em risco a defesa e a soberania nacionais ou a integridade do território nacional;


▪ Prejudicar ou pôr em risco a condução de negociações ou as relações internacionais do País;
▪ Prejudicar ou pôr em risco informações fornecidas em caráter sigiloso por outros Estados e
organismos internacionais;
▪ Pôr em risco a vida, a segurança ou a saúde da população;
▪ Oferecer elevado risco à estabilidade financeira, econômica ou monetária do País;

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Cartilha de Classificação de Informações Sigilosas

▪ Prejudicar ou causar risco a planos ou operações estratégicas das Forças Armadas;


▪ Prejudicar ou causar risco a projetos de pesquisa e desenvolvimento científico ou
tecnológico, assim como a sistemas, bens, instalações ou áreas de interesse estratégico
nacional;
▪ Pôr em risco a segurança de instituições ou de altas autoridades nacionais ou estrangeiras
e seus familiares; ou
▪ Comprometer atividades de inteligência, bem como de investigação ou fiscalização em
andamento, relacionadas com a prevenção ou repressão de infrações.

4.5. Prazos de restrição de acesso à informação

O prazo da restrição de acesso à informação começará a contar a partir da data de produção do


documento/processo e não da data de sua classificação. A LAI prevê:

PRAZOS MÁXIMOS DE RESTRIÇÃO DE ACESSO À INFORMAÇÃO

▪ INFORMAÇÃO CLASSIFICADA EM GRAU ULTRASSECRETO – VINTE E CINCO ANOS, PODENDO SER


PRORROGADA POR MAIS VINTE E CINCO ANOS;
▪ INFORMAÇÃO CLASSIFICADA EM GRAU SECRETO – QUINZE ANOS, SEM POSSIBILIDADE DE
PRORROGAÇÃO; E
▪ INFORMAÇÃO CLASSIFICADA EM GRAU RESERVADO – CINCO ANOS, SEM POSSIBILIDADE DE
PRORROGAÇÃO.

Alternativamente aos prazos citados, poderá ser estabelecida, como termo final de restrição de
acesso, a ocorrência de determinado evento, observados, sempre, os prazos máximos de
classificação. É o que acontece, por exemplo, com os documentos preparatórios, os quais perdem
o grau de sigilo no instante da edição do ato ao qual deram fundamento.

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Cartilha de Classificação de Informações Sigilosas

5. Classificação de Sigilo no Âmbito da STN


NOS TERMOS DA LAI, O TESOURO NACIONAL POSSUI COMPETÊNCIA PARA CLASSIFICAR
INFORMAÇÕES COM GRAU DE SIGILO RESERVADO, PELO PERÍODO MÁXIMO DE 5 ANOS, NÃO
PRORROGÁVEL, A CONTAR DA DATA DA CRIAÇÃO.

São competentes para classificar informações com grau de sigilo os servidores ocupantes de
cargos comissionados DAS 101.5:

▪ Secretário do Tesouro Nacional;


▪ Secretário-Adjunto;
▪ Diretor de Risco, Controle e Conformidade; e
▪ Subsecretários.

A AUTORIDADE QUE CLASSIFICAR UM DOCUMENTO OU UMA INFORMAÇÃO POSSUI COMPETÊNCIA


PARA DESCLASSIFICAR OU REDUZIR O PRAZO DE SIGILO, MEDIANTE PROVOCAÇÃO OU DE OFÍCIO.

AO DESCLASSIFICAR, RECLASSIFICAR OU REDUZIR PRAZO DE SIGILO, DEVE SER DADA CIÊNCIA A


TODOS OS ÓRGÃOS E ENTIDADES PELAS QUAIS A INFORMAÇÃO TENHA TRAMITADO.

Os documentos ou informações a serem classificados como secreto ou ultrassecreto deverão ser


encaminhados pelo titular da Secretaria, acompanhados do despacho fundamentado e do Termo
de Classificação de Informação (TCI) preenchido, em papel, ao Ministro da Fazenda.

5.1. Oportunidade da Classificação


Quando uma informação já circular por outro órgão e, eventualmente, pela internet, deve-se
avaliar cuidadosamente a efetividade da imposição de sigilo. Desta forma, a restrição de acesso
deve ser imposta tão logo o documento seja criado.

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Cartilha de Classificação de Informações Sigilosas

Se necessário, e como exceção, a classificação poderá ser realizada em momento posterior. Nesse
caso, será dada ciência a todos os órgãos e entidades pelos quais a informação tenha tramitado.

5.2. Ouvidoria da STN


Nas demandas dirigidas à Ouvidoria ou a outro mecanismo de contato com a sociedade, os
documentos e as informações deverão ser avaliados para efeito de eventual classificação, sem
prejuízo da observância dos prazos e procedimentos de resposta a demandas dessa natureza,
estabelecidos pela LAI e pela Portaria MF nº 233, de 2012, alterada pela Portaria MF nº 361, de
2013.

6. Fluxo para Criar Documento Classificado

O CRITÉRIO PARA CLASSIFICAÇÃO DE UMA INFORMAÇÃO PRODUZIDA PELO TESOURO DEVE


RESTRINGIR-SE AO INDISPENSÁVEL, CONSIDERANDO QUE É ADOTADO COMO PRECEITO GERAL A
PUBLICIDADE, RESTANDO AO SIGILO O PAPEL DE EXCEÇÃO.

Elaborar o documento no Word (nota


técnica, parecer) com informações sensíveis
ao sigilo.

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Cartilha de Classificação de Informações Sigilosas

Serão classificados como sigilosos:


▪ As Informações amparadas nos
termos dos art. 23 e 24 da Lei nº
12.574/2011 – LAI, e
▪ Documentos preparatórios que
contenham decisões de política
econômica, com base no P. único
do art. 20 do Decreto nº
7.724/2012.
Em ambos os casos, é obrigatória a
indicação da hipótese legal para
Em “Iniciar Processo” preencher os campos
classificação de sigilo.
disponíveis e selecionar o nível de acesso
“sigiloso”.
Em "Observações desta Unidade" preencher
com o seguinte texto: Documento com
informação classificada em grau de sigilo, de
acordo com a Lei nº 12.527/2011 ou Art. 20 do
Decreto nº 7.724/2012.

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Cartilha de Classificação de Informações Sigilosas

Obter o número da espécie Criar o documento no processo sigiloso do SEI!


documental elaborada no Word.
para obter o número da espécie documental.
Ex: uma nota técnica, preencher os campos
O SEI! gera também o NUP (Número
Único de Processo) no formato: solicitados, sem incluir o texto do documento.
1234.1000001/2018-00. O formato da numeração será: Nota Técnica
O NUP deve ser anotado, a lápis, no SEI! nº 1/2018/NUINF/CODIN/SUCOP/STN-MF.
canto superior direito do Selecionar o nível de acesso “sigiloso”.
documento (elaborado no Word),
pois será utilizado para compor o
CIDIC - ver pág. 12. No processo sigiloso criado no SEI!, incluir o TCI,
preenchendo todos os campos e deixando em
1/2018/NUINF/CODIN/SUCOP/STN-MF.*
branco as "Razões para a Classificação".
Criar o TCI (Termo de
Classificação de Informação). Imprimir o TCI, pois ele acompanhará o
documento principal em papel.
O TCI deverá conter o CIDIC - Código de
Indexação de Informação Classificada.

Criar o despacho fundamentado. No processo sigiloso do SEI!, criar o despacho


fundamentado com as razões para a
classificação em grau de sigilo, selecionando
nível de acesso “sigiloso”.
Imprimir e assinar (o servidor).

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Cartilha de Classificação de Informações Sigilosas

Encaminhar ao chefe imediato o dossiê em papel


contendo o documento principal, o despacho
(assinado pelo servidor) e o TCI.

O chefe encaminhará o dossiê à autoridade


classificadora (Secretário da STN, Secretário-
Adjunto, Subsecretários ou Diretor de Riscos,
Controle e Conformidade).
Se não aprovada a classificação em grau de
sigilo pela autoridade competente, o despacho
deverá seguir anexado ao processo e todos os
documentos deverão ser inseridos no SEI!, sem
grau de sigilo.

O TCI sempre acompanhará o documento principal e deverá conter o histórico dos eventos
relativos à ratificação, à desclassificação e à reavaliação do grau de sigilo da informação.
Nos casos em que um documento contiver informações a serem classificadas em diferentes graus
de sigilo, deverão ser observados o procedimento e a competência para o grau de sigilo mais
elevado.
Quanto às partes do documento não classificadas, deve-se garantir o acesso por meio de certidão,
extrato ou cópia, prezando-se pela ocultação da parte sob sigilo.

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Cartilha de Classificação de Informações Sigilosas

6.1. Lembretes: documento/processo SIGILOSO no SEI!

✓ SOMENTE PROCESSOS TARJADOS DE VERMELHO PODEM SER CLASSIFICADOS COMO


SIGILOSOS.

✓ É OBRIGATÓRIA A INDICAÇÃO DA HIPÓTESE LEGAL.


✓ NO PROCESSO CLASSIFICADO COMO SIGILOSO, TODOS OS DOCUMENTOS QUE O
COMPÕEM SERÃO SIGILOSOS INDEPENDENTE DE SEREM CLASSIFICADOS.

✓ PROCESSOS/DOCUMENTOS SIGILOSOS NÃO FIGURAM EM PESQUISA REALIZADA NO SEI!


(TANTO INTERNA COMO EXTERNAMENTE – VIA WEB).
✓ O ACESSO A DOCUMENTOS/PROCESSOS SIGILOSOS É PESSOAL.

6.2. Credenciais de acesso a documento/processo SIGILOSO

✓ O DOCUMENTO/PROCESSO CLASSIFICADO COMO SIGILOSO ESTARÁ DISPONÍVEL SOMENTE


ÀQUELES QUE POSSUÍREM CREDENCIAL DE ACESSO DENTRO DO SISTEMA SEI!.

✓ A CREDENCIAL DE ACESSO É AUTOMATICAMENTE CONCEDIDA AO AUTOR DO


DOCUMENTO.

✓ O AUTOR DO DOCUMENTO PODERÁ CONCEDER CREDENCIAL DE ACESSO A OUTRO


SERVIDOR PARA QUE ESTE POSSA ACESSAR O DOCUMENTO/PROCESSO.

✓ EM QUALQUER TEMPO, A CREDENCIAL DE ACESSO PODERÁ SER REVOGADA POR QUEM A


CONCEDEU OU O SERVIDOR CREDENCIADO PODERÁ RENUNCIÁ-LA.

✓ NÃO SERÁ POSSÍVEL RENUNCIAR A UMA CREDENCIAL DE ACESSO QUANDO HOUVER


APENAS UM SERVIDOR CREDENCIADO.

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Cartilha de Classificação de Informações Sigilosas

✓ O USUÁRIO INTERNO DETENTOR DE CREDENCIAL DE ACESSO A DOCUMENTOS SIGILOSOS,


CONCLUÍDOS OU EM TRAMITAÇÃO, QUE TENHA SUA LOTAÇÃO OU FUNÇÃO ALTERADA,
DEVE REALIZAR A TRANSFERÊNCIA DE CREDENCIAL NOS REFERIDOS DOCUMENTOS AO SEU
SUCESSOR.

✓ NÃO É POSSÍVEL A DISPONIBILIZAÇÃO DE ACESSO EXTERNO A PROCESSOS CATEGORIZADOS


COMO SIGILOSOS, E ESTES NÃO FICARÃO DISPONÍVEIS PARA CONSULTA PÚBLICA.

6.3. Lembretes: documento/processo RESTRITO no SEI!

✓ NÃO HÁ NECESSIDADE DO PROCESSO SER TARJADO DE VERMELHO PARA SER CLASSIFICADO


COMO RESTRITO.

✓ É OBRIGATÓRIA A INDICAÇÃO DA HIPÓTESE LEGAL.


✓ NO PROCESSO CLASSIFICADO COMO RESTRITO, TODOS OS DOCUMENTOS QUE O
COMPÕEM SERÃO RESTRITOS INDEPENDENTEMENTE DE SEREM CLASSIFICADOS.

✓ O DOCUMENTO/PROCESSO CLASSIFICADO COMO RESTRITO FICARÁ DISPONÍVEL A TODOS


OS SERVIDORES COM ACESSO À(S) UNIDADE(S) PELAS QUAIS TRAMITOU.

✓ EM CASO DE PESQUISA A PROCESSO CLASSIFICADO COMO RESTRITO, O RESULTADO TRARÁ


O NÚMERO DO PROCESSO E A ÁRVORE DOS DOCUMENTOS QUE O COMPÕEM, PORÉM NÃO
SERÁ PERMITIDO O ACESSO AOS CONTEÚDOS. FICARÁ ACESSÍVEL, PORÉM, O ANDAMENTO,
OBSERVAÇÕES, DESPACHOS E SIGNATÁRIOS DOS DOCUMENTOS.

6.4. Lembretes: documento/processo PÚBLICO no SEI!

✓ PROCESSOS CLASSIFICADOS COMO PÚBLICOS ESTARÃO DISPONÍVEIS EM PESQUISA TANTO


INTERNA QUANTO EXTERNAMENTE.

23
Cartilha de Classificação de Informações Sigilosas

✓ EM CASO DE PESQUISA INTERNA (NA REDE DO MF) A PROCESSO CLASSIFICADO COMO


PÚBLICO, QUE CONTENHA UM DOCUMENTO CLASSIFICADO COMO RESTRITO, O
RESULTADO DA PESQUISA TRARÁ A ÁRVORE DOS DOCUMENTOS QUE O COMPÕEM, PORÉM
NÃO SERÁ PERMITIDO O ACESSO AO CONTEÚDO DE NENHUM DOCUMENTO QUE O
COMPÕE – INCLUSIVE OS PÚBLICOS. FICARÁ ACESSÍVEL, PORÉM, O ANDAMENTO,
OBSERVAÇÕES, E SIGNATÁRIOS DOS DOCUMENTOS.

✓ EM CASO DE PESQUISA EXTERNA (VIA WEB) A PROCESSO CLASSIFICADO COMO PÚBLICO,


QUE CONTENHA UM DOCUMENTO CLASSIFICADO COMO RESTRITO, O RESULTADO DA
PESQUISA TRARÁ A ÁRVORE DOS DOCUMENTOS QUE O COMPÕEM E SERÁ PERMITIDO O
ACESSO AOS DOCUMENTOS CLASSIFICADOS COMO PÚBLICOS, SENDO NEGADO O ACESSO
SOMENTE ÀQUELE(S) DOCUMENTO(S) CLASSIFICADOS COMO RESTRITOS.

7. CIDIC – Código de Indexação de Documento com


Informação Classificada

De acordo com o art. 50 do Decreto nº 7.845/2012:

“A INFORMAÇÃO CLASSIFICADA EM QUALQUER GRAU DE SIGILO OU O DOCUMENTO/PROCESSO


QUE A CONTENHA RECEBERÁ O CÓDIGO DE INDEXAÇÃO DE DOCUMENTO QUE CONTÉM
INFORMAÇÃO CLASSIFICADA (CIDIC)”.

Para fins da gestão documental, deverá ser guardado o histórico das alterações do CIDIC, pois seus
elementos irão garantir a proteção e a restrição temporária de acesso à informação classificada.

24
Cartilha de Classificação de Informações Sigilosas

O NUP é gerado pelo SEI! Antes, era pelo Comprot (documentos/processos antigos). Um processo
autuado ou cadastrado receberá um NUP, que não poderá ser alterado e, na composição do CIDIC,
será o único código que acompanhará o processo após a sua desclassificação. Possui o seguinte
formato: 10167.001234/2015-10

O CIDIC é estruturado em duas partes:

1ª parte do CIDIC é composta pelo Número Único de Protocolo – NUP - código exclusivamente
numérico e cadastrado no documento ou processo.

2ª parte do CIDIC traz os seguintes dados de classificação:

▪ Grau de sigilo: ultrassecreto (U), secreto (S) ou reservado (R), preferencialmente na cor
vermelha;
▪ Categoria: o mesmo código numérico identificado no preenchimento do TCI (no caso da
STN, será 06 – Economia e Finanças);
▪ Data de produção: indicada com dia, mês e ano no formato “dd/mm/aaaa”;
▪ Data de desclassificação: registro da potencial data de desclassificação da informação
classificada, efetuado no ato da classificação, indicando dia, mês e ano no formato
“dd/mm/aaaa”;
▪ Indicação de reclassificação: registro de ocorrência ou não de reclassificação da informação
classificada, de acordo com as seguintes situações:
▪ Reclassificação da informação resultante de reavaliação: indicar que houve reclassificação
pela sigla “S” (sim);
▪ Primeiro registro da classificação: indicar pela sigla “N” (não); e

25
Cartilha de Classificação de Informações Sigilosas

▪ Indicação da data de prorrogação da classificação: exclusivo para informação classificada


no grau ultrassecreto. Indicada com dia, mês e ano (dd/mm/aaaa) da potencial data de
desclassificação, preferencialmente na cor vermelha.

▪ Exemplo de processo classificado no grau RESERVADO, sem reclassificação:

11111.000001/2012-99.R.06.05/12/2012.04/12/2017.N

▪ Exemplo de documento classificado no grau RESERVADO, sem reclassificação, reduzindo


um ano do prazo de sigilo:

01130650.000001.2015.000.000.R.06.30/01/2015.29/01/2020.N

De acordo com o art. 55 do Decreto nº 7.845/2012, os documentos/processos com informações


classificadas em qualquer grau de sigilo, produzidos antes da vigência da LAI, também devem
receber o CIDIC para fins de publicação do rol das informações classificadas e desclassificadas (art.
45 do Decreto nº 7.724/2012).

26
Cartilha de Classificação de Informações Sigilosas

8. Expedição, Tramitação e Comunicação de


Documentos Sigilosos

8.1. Expedição de documentos sigilosos


Para a expedição de documentos sigilosos devem ser observados os seguintes procedimentos
especiais que visam proteger a informação ou o documento classificado:
▪ Acondicionar os documentos em envelopes duplos (um envelope dentro de outro
envelope);
▪ Informar, no envelope externo, os dados do destinatário: nome completo, cargo e endereço
completo. Neste envelope não deve ter qualquer informação relacionada ao sigilo do
documento;
▪ Informar, no envelope interno, de forma legível e destacada, a indicação de “Documento
Sigiloso”, incluindo o grau de sigilo (quando classificado). Este envelope deve trazer
novamente todas as informações que identifiquem o destinatário, como no envelope
externo;
▪ Nos casos de documento de interesse exclusivo do destinatário, no envelope interno deve
haver a indicação da palavra “PESSOAL”; e
▪ O envelope interno deverá ser fechado e expedido mediante recibo onde constará o
remetente, o destinatário e número que identifique o documento.

Já os envelopes internos contendo a marca “PESSOAL” somente poderão ser abertos pelo
destinatário.

Embora não faça parte do escopo de competências do Tesouro, os documentos com informação
classificada em grau de sigilo ultrassecreto deverão ter a expedição, a condução e a entrega
efetuadas pessoalmente, por agente público autorizado. A transmissão por meio eletrônico só

27
Cartilha de Classificação de Informações Sigilosas

poderá ser efetuada se forem utilizados recursos de criptografia compatíveis com o grau de
classificação da informação, vedada sua postagem.

Os documentos com informação classificada em grau de sigilo secreto ou reservado poderão ter a
expedição feita pelos meios de comunicação disponíveis, com recursos de criptografia compatíveis
com o grau de sigilo ou, se for o caso, por via diplomática, sem prejuízo da entrega pessoal.

NO TESOURO, A TRAMITAÇÃO DE DOCUMENTO CLASSIFICADO EM GRAU DE SIGILO DEVE SER


REALIZADA PESSOALMENTE E ENTREGUE EM MÃOS AO DESTINATÁRIO.

8.2.Tramitação e comunicação de documentos sigilosos


Na tramitação de um documento com informação classificada, seja por expediente ou
correspondência, o responsável pelo atendimento (protocolo) deverá cumprir alguns
procedimentos especiais:

▪ Verificar a integridade do meio de recebimento e conferir os dados do destinatário;


▪ Abrir o envelope externo, conferir os dados do remetente no envelope interno, bem como
a identificação de “documento sigiloso”;
▪ Providenciar a entrega, em mãos, ao destinatário citado no envelope, com registro de
entrega; e
▪ Se for observado indício de violação ou de irregularidade, o responsável pelo atendimento
deve registrar o fato e comunicar o chefe imediato e o destinatário, que deverão informar
imediatamente ao remetente.

O destinatário, ao receber a informação, deverá informar ao remetente o recebimento do


expediente, no prazo mais curto possível.

O ENVELOPE INTERNO SOMENTE SERÁ ABERTO PELO DESTINATÁRIO, SEU REPRESENTANTE


AUTORIZADO OU AUTORIDADE HIERARQUICAMENTE SUPERIOR.

28
Cartilha de Classificação de Informações Sigilosas

9. Documentos Sigilosos no SEI!


As orientações para o uso do Sistema Eletrônico de Informações – SEI!, no âmbito do Ministério da
Fazenda, explicitam:

“DOCUMENTOS E PROCESSOS QUE SE ENQUADREM NAS HIPÓTESES DE CLASSIFICAÇÃO DA


INFORMAÇÃO PREVISTAS NOS ARTS. 23 E 24 DA LAI NÃO DEVEM SER PRODUZIDOS OU
INSERIDOS NOS SISTEMAS INFORMATIZADOS DE GESTÃO DE DOCUMENTOS E PROCESSOS DO
MINISTÉRIO DA FAZENDA – COMO O COMPROT OU O SISTEMA ELETRÔNICO DE INFORMAÇÕES
(SEI!) –, POIS NÃO DISPONIBILIZAM FUNCIONALIDADES ADEQUADAS PARA O TRATAMENTO DA
INFORMAÇÃO CLASSIFICADA.”3

Ressalvamos que o Comprot e o SEI! são importantes no apoio à classificação da informação, por
serem os sistemas onde será feito o registro dos documentos classificados sob a geração do
Número Único de Protocolo (NUP) e da composição do Código de Indexação de Documento que
Contém Informação Classificada (CIDIC).

No entanto, pode ocorrer de um documento ser classificado em momento posterior à sua


produção ou inserção no SEI! Para esses casos, é necessário cumprir três procedimentos básicos:

▪ Alterar, no processo eletrônico, o nível de acesso para a categoria “Sigiloso” (no caso de o
tipo de processo não permitir a alteração de categoria, entrar em contato com o
NUINF/CODIN);
▪ Seguir o fluxo definido para criar documento classificado (pág. 16).

3
Procedimentos para Classificação de Informação em Grau de Sigilo: cartilha. Coordenação-Geral de Recursos
Logísticos – COGRL/SPOA/MF. 2017. 67 p.

29
Cartilha de Classificação de Informações Sigilosas

Como a regra é prezar pela transparência da informação, qualquer restrição a ser adotada deverá
ser justificada. O SEI! traz um rol de possibilidades de enquadramento para que os processos
possam tramitar como sigiloso ou como restrito, conforme abaixo:

▪ Controle Interno
▪ CRSFN Inicial
▪ Decisões de Política Econômica
▪ Direito Autoral
▪ Documento Preparatório
▪ Informação Empresarial – Vantagem Competitiva
▪ Informação Pessoal
▪ Interceptação de Comunicações Telefônicas
▪ Investigação de Responsabilidade de Servidor
▪ Operações Bancárias
▪ Procedimento Administrativo Punitivo
▪ Propriedade Intelectual - Software
▪ Protocolo-Pendente Análise de Restrição de Acesso
▪ Segredo Industrial
▪ Sessões Extraordinárias do TCU
▪ Sigilo Bancário
▪ Sigilo Comercial
▪ Sigilo Contábil
▪ Sigilo das Comunicações
▪ Sigilo de Operações Financeiras
▪ Sigilo do Inquérito Policial
▪ Sigilo Empresarial
▪ Sigilo Fiscal

30
Cartilha de Classificação de Informações Sigilosas

▪ Sigilo Judicial do Código Civil


▪ Sigilo Judicial do Código Penal
▪ Situação Econômico-Financeira do Sujeito Passivo.

10. Controle e Guarda de Documentos Sigilosos

10.1. Marcação de grau de sigilo


Com base na LAI, os documentos classificados devem receber uma marcação (aposição de marca
que indica o grau de sigilo da informação classificada), preferencialmente, em carimbo ou
manuscrita, indicando o sigilo, considerando as seguintes orientações:
▪ A marcação deverá aparecer no cabeçalho e no rodapé de todas as páginas do documento,
inclusive nas capas, quando houver;
▪ A marcação deverá estar em tamanho perfeitamente visível e, se for manuscrita, em letra
de forma legível;
▪ As páginas devem ser numeradas seguidamente, cada uma contendo, também, a indicação
do total de páginas que compõem o documento; e
▪ A marcação em extratos de documentos, rascunhos, esboço e desenho sigilosos deve
obedecer às mesmas prescrições.

Já os documentos sigilosos não classificados deverão seguir as orientações próprias da lei que rege
a hipótese de sigilo. No entanto, as orientações contidas aqui poderão ser, facultativamente,
aplicadas a esses documentos, desde que se observem os seguintes aspectos:

▪ Adequação do caso concreto com a lei que o fundamenta;


▪ Ausência de ambiguidade na marcação; e

31
Cartilha de Classificação de Informações Sigilosas

▪ Tratamento coerente com a hipótese de sigilo.

É importante esclarecer que esse caráter facultativo da marcação não implica dúvida sobre a
natureza sigilosa do documento, que decorre, em qualquer caso, das respectivas leis.

10.2. Manutenção e arquivamento da informação classificada


As informações classificadas, qualquer que seja o grau de sigilo, deverão ser mantidas em
condições especiais de segurança.

Na STN, dada sua competência de classificar apenas no grau RESERVADO, os documentos e


informações classificadas deverão ser mantidos na unidade organizacional responsável,
preferencialmente no gabinete do titular, em armário com chave e em ambiente com acesso
restrito e controlado.

Caberá a cada unidade organizacional adotar as medidas para definição, demarcação, sinalização,
segurança e autorização de acesso às áreas restritas sob sua responsabilidade, sendo o titular da
unidade responsabilizado nos casos de repositório inadequado à guarda segura da informação
mantida sob sigilo.

Documentos classificados como secreto ou ultrassecreto, uma vez que a competência para a
classificação pertence ao Ministro da Fazenda, terão sua guarda sob a responsabilidade do
Gabinete do Ministro que deverá mantê-los em cofre ou estrutura com segurança equivalente.

UMA VEZ CLASSIFICADO COMO SIGILOSO, O DOCUMENTO SÓ DEVERÁ SER ENCAMINHADO AO


ARQUIVO DA STN APÓS ENCERRADO O PRAZO DE SIGILO, QUANDO TORNAR-SE OSTENSIVO E
SEGUINDO O TRÂMITE TRADICIONAL DE ENVIO DE DOCUMENTOS PARA GUARDA NO ARQUIVO.

32
Cartilha de Classificação de Informações Sigilosas

11. Acesso, Uso e Disseminação de


Informações Sigilosas

Ao se tornar sigilosa, a informação precisa estar revestida de cuidados no seu manuseio. Quanto
menos pessoas tiverem acesso ao seu conteúdo, mais fácil será garantir o sigilo.

Dessa forma, é importante limitar a geração, o acesso, a divulgação e o tratamento dessa


informação, classificada ou não, às pessoas que tenham necessidade de conhecê-la por dever de
ofício e que sejam devidamente autorizadas pelo titular da unidade organizacional responsável por
sua guarda e manipulação.

Os cuidados devem ser tomados, inclusive, nas reuniões em que são produzidas ou manipuladas
as informações sigilosas. Aqui, deverão ser adotados controles de segurança para o acesso ao
ambiente, aos documentos, às anotações, às mídias e aos demais recursos utilizados.

Cuidados adicionais deverão ser tomados com os arquivos temporários, manuscritos e anotações
que forem gerados durante o processo de produção da informação sigilosa. Estes devem ser
eliminados ao final da reunião.

MESMO SENDO AUTORIZADO O ACESSO, AO TOMAR CONHECIMENTO DE INFORMAÇÃO SIGILOSA,


O SERVIDOR CRIA PARA SI A OBRIGAÇÃO DE RESGUARDAR O SIGILO, PODENDO SER
RESPONSABILIZADO EM CASO DE USO INDEVIDO OU VAZAMENTO.

Nos casos em que pessoa física ou entidade privada precisarem executar atividade de tratamento
de informação sigilosa mantida pelo Tesouro deverão ser adotadas todas as providências
necessárias para que seus empregados, contratados, prepostos ou representantes observem as
condições de sigilo. Para tanto, deve ser assinado um Termo de Compromisso de Manutenção de

33
Cartilha de Classificação de Informações Sigilosas

Sigilo – TCMS, no qual a pessoa se obrigará a manter o sigilo da informação, sob pena de
responsabilidade penal, civil e administrativa, na forma da lei.

11.1. Disseminação e reprodução de informação sigilosa


A reprodução total ou parcial de informação sigilosa deve ser precedida de autorização expressa
ou da autoridade que a classificou ou de autoridade hierarquicamente superior com igual
prerrogativa. Ressalta-se que a reprodução terá o mesmo grau de sigilo do documento original.

O responsável pela reprodução deverá ser agente credenciado ou ter assinado o Termo de
Compromisso de Manutenção de Sigilo – TCMS e deve manter o sigilo da operação, providenciando
a eliminação de notas manuscritas, carbonos, provas ou qualquer outro recurso, que possam dar
origem a cópia não-autorizada do todo ou parte.

Por fim, caso a preparação, a impressão ou a reprodução de informação classificada em qualquer


grau de sigilo seja efetuada em tipografia, impressora, oficina gráfica ou similar, a operação deverá
ser acompanhada por servidor oficialmente designado, ou agente que tenha assinado o TCMS,
tornando-se responsável pela garantia do sigilo durante a confecção do documento.

11.2. Celebração de contratos


O Decreto nº 7.845/2012 traz observações sobre a celebração de contrato, convênio, acordo,
ajuste, termo de cooperação ou protocolo de intenção, cujo objeto contenha informação sigilosa
ou cuja execução envolva informação sigilosa. Explicita ainda que tal ato estará condicionado à
assinatura do TCMS e ao estabelecimento de cláusulas contratuais que prevejam os seguintes
requisitos:
▪ Obrigação de manter sigilo relativo ao objeto e a sua execução;
▪ Possibilidade de alteração do objeto para inclusão ou alteração de cláusula de segurança
não estipulada previamente;

34
Cartilha de Classificação de Informações Sigilosas

▪ Obrigação de adotar procedimentos de segurança adequados, no âmbito das atividades


sob seu controle, para a manutenção do sigilo relativo ao objeto;
▪ Identificação, para fins de concessão de credencial de segurança e assinatura do TCMS, das
pessoas que poderão ter acesso a informação classificada em qualquer grau de sigilo e
material de acesso restrito;
▪ Obrigação de receber inspeções para habilitação de segurança e manutenção; e
▪ Responsabilidade em relação aos procedimentos de segurança, relativa à subcontratação,
no todo ou em parte.

12. Ciclo de Vida da Informação Sigilosa


A fase final do ciclo de vida da informação engloba sua avaliação e destinação.

12.1. Desclassificação, reavaliação e revisão de informações sigilosas


Existem três possibilidades de uma informação classificada como sigilosa deixar de sê-la:

1. Por decurso do prazo indicado no ato da classificação. Nesses casos, a desclassificação é


automática e não carece de comando de qualquer autoridade.
2. Por consumação do evento que definiu o seu termo final. Por exemplo, se um documento
for classificado como sigiloso por servir como fundamento de uma política econômica, tão
logo a política econômica torne-se pública, automaticamente o documento sigiloso será
desclassificado.
3. Após reavaliação feita pela autoridade classificadora ou por autoridade hierarquicamente
superior, mediante provocação ou de ofício. Além da desclassificação, essa reavaliação
poderá dar origem a uma redução de prazo ou até mesmo à sua prorrogação.

35
Cartilha de Classificação de Informações Sigilosas

NO CASO DA STN, CONSIDERANDO QUE SÓ É PERMITIDA A CLASSIFICAÇÃO EM GRAU DE SIGILO


RESERVADO, A PRORROGAÇÃO NÃO É PERMITIDA.

Na reavaliação, serão observados o prazo máximo de restrição de acesso à informação, conforme


os termos da LAI, a permanência das razões da classificação e a possibilidade de danos decorrentes
da divulgação ou acesso irrestrito da informação. O novo prazo de restrição manterá como termo
inicial a data da produção da informação.

QUANDO DA DESCLASSIFICAÇÃO, RECLASSIFICAÇÃO OU ALTERAÇÃO DE PRAZO DE SIGILO DA


INFORMAÇÃO CLASSIFICADA, DEVE-SE FORMALIZAR UM NOVO TCI, QUE SEGUIRÁ ANEXO AO
TERMO QUE O PRECEDE, A FIM DE MANTER O HISTÓRICO DA CLASSIFICAÇÃO.

12.2. Destinação final


O documento de guarda permanente com informação classificada em qualquer grau de sigilo
deverá ser encaminhado, em caso de desclassificação, ao Arquivo Nacional para fins de
organização, preservação e acesso.

No Tesouro, caberá à Comissão Permanente de Avaliação de Documentos Sigilosos – CPADS a


responsabilidade de propor o destino final das informações e documentos desclassificados.

RESSALTA-SE QUE ENQUANTO OS DOCUMENTOS PERMANECEREM CLASSIFICADOS COM GRAU DE


SIGILO NÃO DEVERÃO SER ELIMINADOS.

36
Cartilha de Classificação de Informações Sigilosas

13. Questões Finais

13.1. Rol de informações classificadas e desclassificadas


Os órgãos e entidades do Poder Executivo Federal devem divulgar, anualmente, lista das
informações classificadas e desclassificadas em grau de sigilo em seus sítios na internet,
conforme estabelece o art. 45 do Decreto Nº 7.724/2012.

No MF, estas informações estão acessíveis no sítio eletrônico, seção “Acesso à Informação”. Cabe
à Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e Administração do Ministério da Fazenda –
SPOA/MF, por meio da Coordenação-Geral de Recursos Logísticos - COGRL, consolidar as
informações de todo o MF e encaminhar, para ciência, ao Ministro da Fazenda (Norma de Execução
COGRL/SPOA/MF nº 1/2017).

Na STN, as unidades (Gabinete do Secretário, Coordenações-Gerais e Diretoria de Riscos) deverão


incluir no rol as informações classificadas ou desclassificadas como reservadas e encaminhar ao
Núcleo de Informação – NUINF/CODIN que, após a consolidação de toda STN, enviará o rol, até dia
1º de março, à COGRL/SPOA/MF.

As informações cujo sigilo se deva a outras legislações (como bancária, fiscal e tributária),
documentos preparatórios e informações pessoais não devem ser inseridas nesse rol.

Seguem modelos de planilhas disponíveis para download na Intranet do Tesouro.

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Cartilha de Classificação de Informações Sigilosas

Modelo de planilha “Rol de Informações Classificadas”:

▪ Número Único de Processo – NUP;


▪ Grau de Sigilo;
▪ Categoria na qual se enquadra a informação;
▪ Data da produção da informação;
▪ Data da classificação;
▪ Prazo da classificação;
▪ Data da desclassificação;
▪ Indicação de reclassificação;
▪ Fundamento legal para classificação;
▪ Assunto do documento;
▪ Órgão fazendário; e
▪ Código de Indexação de Documento que contém Informação Classificada – CIDIC.

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Cartilha de Classificação de Informações Sigilosas

Modelo de planilha “Rol de Informações Desclassificadas”:

▪ Número Único de Protocolo – NUP;


▪ Grau de sigilo ao qual o documento/processo ficou submetido;
▪ Categoria na qual se enquadra a informação;
▪ Data da produção;
▪ Data da desclassificação;
▪ Fundamentação da desclassificação;
▪ Fundamentação legal da classificação;
▪ Assunto do documento; e
▪ Órgão fazendário.

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Cartilha de Classificação de Informações Sigilosas

13.2. CPADS - Comissão Permanente de Avaliação de Documentos Sigilosos


A Portaria STN n° 733, de 08 de dezembro de 2016, instituiu a Comissão Permanente de Avaliação
de Documentos Sigilosos da STN (CPADS/STN), tendo as seguintes atribuições:

▪ Analisar e avaliar a informação produzida no âmbito de atuação da STN para fins de


classificação em qualquer grau de sigilo;
▪ Assessorar a autoridade classificadora ou a autoridade hierarquicamente superior quanto
à desclassificação, reclassificação ou reavaliação de informação classificada como sigilosa;
▪ Propor o destino final das informações desclassificadas, indicando os documentos para
guarda permanente, observado o disposto na Lei nº 8.159/1991; e
▪ Subsidiar a elaboração do rol anual de informações desclassificadas e documentos
classificados em cada grau de sigilo a serem disponibilizadas na Internet.

13.3. Responsabilização
A legislação vigente prevê que o agente público poderá ser responsabilizado nos casos em que
obstruir acesso à informação ostensiva e nos que divulgar informação sigilosa.

O art. 65 do Decreto nº 7.724/2012 elucida condutas que podem ser consideradas ilícitas e que
ensejam responsabilidade do agente público, a saber:
▪ Recusar-se a fornecer informação requerida nos termos do Decreto, retardar
deliberadamente o seu fornecimento ou fornecê-la intencionalmente de forma incorreta,
incompleta ou imprecisa;
▪ Utilizar indevidamente, subtrair, destruir, inutilizar, desfigurar, alterar ou ocultar, total ou
parcialmente, informação que se encontre sob sua guarda, a que tenha acesso ou sobre que tenha
conhecimento em razão do exercício das atribuições de cargo, emprego ou função pública;
▪ Agir com dolo ou má-fé na análise dos pedidos de acesso à informação;

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Cartilha de Classificação de Informações Sigilosas

▪ Divulgar, permitir a divulgação, acessar ou permitir acesso indevido a informação


classificada em grau de sigilo ou a informação pessoal;
▪ Impor sigilo à informação para obter proveito pessoal ou de terceiro, ou para fins de
ocultação de ato ilegal cometido por si ou por outrem;
▪ Ocultar da revisão de autoridade superior competente informação classificada em grau de
sigilo para beneficiar a si ou a outrem, ou em prejuízo de terceiros;
▪ Destruir ou subtrair, por qualquer meio, documentos concernentes a possíveis violações de
direitos humanos por parte de agentes do Estado.

Ainda, a Norma Complementar n° 20, de 14 de dezembro de 2014, que trata das “Diretrizes de
Segurança da Informação e Comunicações para Instituição do Processo de Tratamento da
Informação nos Órgãos e Entidades da Administração Pública Federal”, diz:

“É DEVER DO AGENTE PÚBLICO SALVAGUARDAR A INFORMAÇÃO SIGILOSA E A PESSOAL, BEM


COMO ASSEGURAR A PUBLICIDADE DA INFORMAÇÃO OSTENSIVA, UTILIZANDO-AS,
EXCLUSIVAMENTE, PARA O EXERCÍCIO DAS ATRIBUIÇÕES DE CARGO, EMPREGO OU FUNÇÃO
PÚBLICA, SOB PENA DE RESPONSABILIZAÇÃO ADMINISTRATIVA, CIVIL E PENAL”.

13.4. Extravio de informações


Ao constatar extravio de documento ou informação sigilosa, é dever de qualquer agente público
comunicar o ocorrido, com urgência, à chefia imediata ou ao responsável pela custódia do
documento ou da informação.
Da mesma forma deverá agir o servidor que encontrar ou tiver conhecimento de documento ou
informação sigilosa extraviado.
13.5. Dúvidas e casos não tratados
As dúvidas e os casos não abordados nesta Cartilha poderão ser encaminhados ao Núcleo de
Informação da Coordenação-Geral de Desenvolvimento Institucional – NUINF/CODIN que prestará
apoio e orientação às Unidades Organizacionais.

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Cartilha de Classificação de Informações Sigilosas

14. Legislação

1. Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011. Regula o acesso a informações previsto no


inciso XXXIII do art. 5º, no inciso II do § 3º do art. 37 e no § 2º do art. 216 da Constituição
Federal; altera a Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990; revoga a Lei nº 11.111, de 5 de
maio de 2005, e dispositivos da Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, e dá outras
providências.
2. Decreto nº 7.724, de 16 de maio 2012. Regulamenta a Lei no 12.527, de 18 de novembro de
2011, que dispõe sobre o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do caput do art. 5o,
no inciso II do § 3o do art. 37 e no § 2o do art. 216 da Constituição.
3. Portaria MF n° 396, de 5 de setembro de 2017. Institui o Sistema Eletrônico de Informações
no Ministério da Fazenda.
4. Portaria nº 807, de 29 de setembro de 2017. Institui o Sistema Eletrônico de Informações
(SEI!) no âmbito da Secretaria do Tesouro Nacional.
5. Norma de Execução COGRL/SPOA/MF nº 1, de 26 de junho de 2017. Estabelece procedimentos
para classificação e reavaliação de informação em grau de sigilo e para publicação do rol
anual de informações classificadas e desclassificadas no âmbito das unidades
organizacionais da Administração Direta do Ministério da Fazenda.

Legislação afim
1. Lei n° 8.159, de 8 de janeiro de 1991. Dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos
e privados e dá outras providências.
2. Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1996. Dispõe sobre o Sistema Tributário Nacional.

42
Cartilha de Classificação de Informações Sigilosas

3. Lei Complementar nº 105, de 10 de janeiro de 2001. Dispõe sobre o sigilo das operações
de instituições financeiras e dá outras providências.
4. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro 2002. Institui o Código Civil.
5. Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941. Código de Processo Penal.
6. Decreto n° 4.073, de 3 de janeiro de 2002. Regulamenta a Lei no 8.159, de 8 de janeiro de
1991, que dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos e privados.
7. Decreto nº 7.845, de 14 de novembro de 2012. Regulamenta procedimentos para
credenciamento de segurança e tratamento de informação classificada em qualquer grau de
sigilo, e dispõe sobre o Núcleo de Segurança e Credenciamento.

15. Anexos
1. Termo de Classificação de Informação – TCI
2. Termo de Compromisso de Manutenção de Sigilo – TCMS

43
MINISTÉRIO DA FAZENDA
IDENTIFICAÇÃO DO ÓRGÃO/UNIDADE GRAU DE SIGILO
(campo automático ao escolher o grau
Endereço completo
de sigilo)
Telefone e e-mail

TERMO DE CLASSIFICAÇÃO DE INFORMAÇÃO


ÓRGÃO/ENTIDADE Identificar o órgão/entidade classificador.
CÓDIGO DE INDEXAÇÃO Informar o CIDIC.
GRAU DE SIGILO Escolher um item.
CATEGORIA Escolher um item.
TIPO DE DOCUMENTO Descrição do documento.
DATA DE PRODUÇÃO Inserir uma data.
FUNDAMENTO LEGAL PARA
Dispositivo legal que fundamenta a classificação, incluídos incisos.
CLASSIFICAÇÃO
Texto livre identificando a motivação do ato administrativo,
RAZÕES PARA A
observados os critérios estabelecidos no art. 27 do Decreto nº
CLASSIFICAÇÃO
7.724/2012
Indicação do prazo de sigilo, contado em anos, meses ou dias, ou do
PRAZO DA RESTRIÇÃO DE
evento que defina o seu termo final, conforme limites previstos no
ACESSO
art. 28 do Decreto nº 7.724/2012
DATA DE CLASSIFICAÇÃO Inserir uma data.
AUTORIDADE Nome: Nome completo da autoridade classificadora.
CLASSIFICADORA Cargo: Cargo da autoridade classificadora.
AUTORIDADE Nome: Nome completo da autoridade classificadora.
RATIFICADORA
(quando aplicável)
Cargo: Cargo da autoridade classificadora.

DESCLASSIFICAÇÃO em Inserir data. Nome: Nome completo da autoridade.


(quando aplicável) Cargo: Cargo da autoridade.
RECLASSIFICAÇÃO em Inserir data. Nome: Nome completo da autoridade.
(quando aplicável) Cargo: Cargo da autoridade.
REDUÇÃO DE PRAZO em Inserir data. Nome: Nome completo da autoridade.
(quando aplicável) Cargo: Cargo da autoridade.
PRORROGAÇÃO DE PRAZO em Inserir Nome: Nome completo da autoridade.
data.
(quando aplicável)
Cargo: Cargo da autoridade.

___________________________________________
ASSINATURA DA AUTORIDADE CLASSIFICADORA

___________________________________________
ASSINATURA DA AUTORIDADE RATIFICADORA (quando aplicável)

___________________________________________
ASSINATURA DA AUTORIDADE responsável por DESCLASSIFICAÇÃO (quando aplicável)

___________________________________________
ASSINATURA DA AUTORIDADE responsável por RECLASSIFICAÇÃO (quando aplicável)

___________________________________________
ASSINATURA DA AUTORIDADE responsável por REDUÇÃO DE PRAZO (quando aplicável)

GRAU DE SIGILO (campo automático ao escolher o grau de sigilo)


___________________________________________
ASSINATURA DA AUTORIDADE responsável por PRORROGAÇÃO DE PRAZO (quando aplicável)

INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO (não é necessária a impressão desta página de instruções)

Atenção: as informações preenchidas devem ser claras, objetivas e sucintas, de


modo que o TCI permaneça com, no máximo, 2 (duas) páginas (frente e verso).

Observações gerais:
 o Termo de Classificação de Informação (TCI) só é válido com assinatura da autoridade competente (art. 30
do Decreto nº 7.724, de 16 de maio de 2012). O TCI seguirá anexo à informação classificada;
 o prazo da restrição de acesso à informação conta a partir da data de produção do documento/processo, e
não da data de sua classificação;
 a autoridade que classificar informação no grau ultrassecreto ou secreto deverá encaminhar cópia do TCI à
Comissão Mista de Reavaliação de Informações no prazo de trinta dias, contado da decisão de classificação
ou de ratificação (art. 32 do Decreto nº 7.724/2012);
 quando da desclassificação, reclassificação ou alteração de prazo de sigilo da informação classificada, deve-
se formalizar um novo TCI, que seguirá anexo ao Termo que o precede, a fim de manter o histórico da
classificação.

Preenchimento dos campos:


a) Cabeçalho: identificar o órgão/unidade e seu respectivo endereço, telefone e e-mail para contato;
b) ÓRGÃO/ENTIDADE: identificar o órgão/unidade classificador;
c) CÓDIGO DE INDEXAÇÃO: Código de Indexação de Documento com Informação Classificada. As orientações
para formatação do CIDIC, conforme Decreto nº 7.845/2012, estão disponíveis em:
 cartilha “Procedimentos para Classificação da Informação em Grau de Sigilo” (COGRL, 2015);
 <http://dsic.planalto.gov.br/documentos/NSC/CIDIC_FORMATACAO_ORIENTACAO.pdf>;
 <http://dsic.planalto.gov.br/documentos/NSC/CIDIC_COMPOSICAO.pdf>;
d) GRAU DE SIGILO: indicar, dentre as opções, o grau de classificação de sigilo da informação. Após selecionado,
o grau de sigilo será exibido no canto superior direito do TCI;
e) CATEGORIA: identificar o código numérico da categoria na qual se enquadra a informação que está sendo
classificada, de acordo o Anexo II do Decreto nº 7.845, de 14 de novembro de 2012. A categoria referente às
atividades-fim do Ministério da Fazenda é “06 - Economia e Finanças”; já às atividades finalísticas da ESAF,
aplica-se a categoria “07 – Educação”;
f) TIPO DE DOCUMENTO: descrever o documento. Exemplos: Memorando nº 1/SE/MF, de 5 de janeiro de 2015;
Processo nº 01.001.001/2015-01;
g) DATA DE PRODUÇÃO: identificar a data em que o documento/processo foi produzido;
h) FUNDAMENTO LEGAL PARA CLASSIFICAÇÃO: identificar o dispositivo legal (incluindo artigo e inciso) que
fundamenta a classificação, dentre os estabelecidos no artigo 25 do Decreto nº 7.724/2012;
i) RAZÕES PARA A CLASSIFICAÇÃO: demonstrar como a informação se enquadra à hipótese legal, ou seja, a
motivação do ato administrativo, observados os critérios estabelecidos no art. 27 do Decreto nº 7.724/2012.
Quando da desclassificação, reclassificação ou alteração do prazo de sigilo, esse campo, no novo TCI, deve ser
complementado com a motivação da respectiva decisão;
j) PRAZO DA RESTRIÇÃO DE ACESSO: indicar o prazo de sigilo, contado em anos, meses ou dias, ou do evento
que defina o seu término, conforme limites previstos no art. 28 do Decreto 7.724/2012;
k) DATA DE CLASSIFICAÇÃO: identificar a data em que o documento/processo foi classificado com grau de sigilo;

GRAU DE SIGILO (campo automático ao escolher o grau de sigilo)


(continua na próxima página)

INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO (não é necessária a impressão desta página de instruções)


(continuação)

l) AUTORIDADE CLASSIFICADORA: identificação (nome e cargo) da autoridade competente para classificar, de


acordo com o grau de sigilo, conforme estabelecido no art. 30 do Decreto nº 7.724/2012:
 grau secreto: as autoridades referidas no grau ultrassecreto, e titulares de autarquias, fundações,
empresas públicas e sociedades de economia mista;
 grau reservado: todas as autoridades referidas nos graus ultrassecreto e secreto, e aquelas que
exerçam funções de direção, comando ou chefia nível DAS 101.5 ou superior, e seus equivalentes;
m) AUTORIDADE RATIFICADORA (quando aplicável): identificação (nome e cargo) do Ministro de Estado, no prazo
de 30 dias a partir da classificação. É necessária somente quando se tratar de informação classificada no grau
ultrassecreto;
n) DESCLASSIFICAÇÃO em (quando aplicável): informar a data, bem como nome e cargo da autoridade
competente, mediante decisão de desclassificação da informação;
o) RECLASSIFICAÇÃO em (quando aplicável): informar a data, bem como nome e cargo da autoridade competente,
mediante decisão de reclassificação da informação;
p) REDUÇÃO DE PRAZO em (quando aplicável): informar a data, bem como nome e cargo da autoridade
competente, mediante decisão de redução do prazo de classificação da informação;
q) PRORROGAÇÃO DE PRAZO em (quando aplicável): informar a data, bem como nome e cargo da autoridade
competente, mediante decisão de prorrogação do prazo de classificação da informação;. Observação:
somente informações classificadas em grau de sigilo ultrassecreto podem ter seus prazos prorrogados (inciso IV
do art. 47 do Decreto nº 7.724/2012).

GRAU DE SIGILO (campo automático ao escolher o grau de sigilo)


ANEXO II – TERMO DE COMPROMISSO DE MANUTENÇÃO DE
SIGILO - TCMS

Eu, [nome completo da pessoa], [nacionalidade], CPF nº [número do CPF], documento


de identificação nº [número do documento de identificação], emitido pelo [nome do órgão
emissor], na data [data de expedição], filho de [filiação] e residente a [endereço], perante
a Secretaria do Tesouro Nacional – STN, declaro ter ciência inequívoca da legislação
sobre o tratamento de informação classificada cuja divulgação possa causar risco ou dano
à segurança da sociedade ou do Estado, e me comprometo a guardar o sigilo necessário,
nos termos da Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, e o seguinte:

a) tratar as informações classificadas em qualquer grau de sigilo ou os materiais


de acesso restrito que me forem fornecidos pela STN e preservar o seu sigilo, de
acordo com a legislação vigente;

b) preservar o conteúdo das informações classificadas em qualquer grau de sigilo,


ou dos materiais de acesso restrito, sem divulgá-lo a terceiros;

c) não praticar quaisquer atos que possam afetar o sigilo ou a integridade das
informações classificadas em qualquer grau de sigilo, ou dos materiais de acesso
restrito; e

d) não copiar ou reproduzir, por qualquer meio ou modo: (i) informações


classificadas em qualquer grau de sigilo; (ii) informações relativas aos materiais
de acesso restrito da STN, salvo autorização da autoridade competente.

Declaro que [recebi] [tive acesso] ao (à) [título documento ou material entregue ou
exibido ao signatário], e por estar de acordo com o presente Termo, assino-o na presença
das testemunhas abaixo identificadas.

[Local e data]

__________________________________________

[Nome completo do declarante do termo]

__________________________________________

[Nome completo da testemunha 1]

__________________________________________

[Nome completo da testemunha 2]

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