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Questões Arcadismo
Questões Arcadismo
4. (UEL)
"Destes penhascos fez a natureza
O berço em que nasci: oh quem cuidara
Que entre penhas tão duras se criara
Uma alma terna, um peito sem dureza."
Os versos anteriores constituem exemplo da
a) sátira de Gregório de Matos aos poderosos da Bahia.
b) lírica amorosa de Tomás Antonio Gonzaga.
c) paisagem bucólica idealizada na poesia de Claúdio Manuel da Costa.
d) da sátira de Tomás Antônio Gonzaga ao Governador de Minas.
e) ambivalência cultural na poesia de Cláudio Manuel da Costa.
6. (UFRS) Assinale a afirmativa INCORRETA em relação à obra "O Uraguai", de Basílio da Gama.
a) O poema narra a expedição de Gomes Freire de Andrada, Governador do Rio de Janeiro, às
missões jesuíticas espanholas da banda oriental do rio Uruguai.
b) "O Uraguai" segue os padrões estéticos dos poemas épicos da tradição ocidental, como a
"Odisseia" a "Eneida" e "Os Lusíadas".
c) Basílio da Gama expressa uma visão europeia em relação aos indígenas, acentuando seu caráter
bárbaro, incapaz de sentimentos nobres e humanitários.
d) Nas figuras de Cacambo e Sepé Tiaraju está representando o povo autóctone que defende o solo
natal.
e) Lindóia, única figura feminina do poema, morre de amor após o desaparecimento de seu amado
Cacambo.
7. (UFSM) Autor de "Obras poéticas", apresenta, em suas composições, motivos árcades. Assinale a
alternativa que identifica esse autor, associando, corretamente, seu nome à característica presente
nessa obra.
a) Cláudio Manuel da Costa - desencanto e brevidade do amor
b) Basílio da Gama - preocupação com feito histórico
c) Tomás Antônio Gonzaga - celebração da natureza
d) Basílio da Gama - inspiração religiosa
e) Tomás Antônio Gonzaga - celebração da amada
9. (VUNESP) Há no Arcadismo brasileiro uma obra satírica de forma epistolar que suscitou dúvidas
de autoria durante mais de um século. Assinale abaixo a alternativa que apresente o nome correto
dessa obra e seu autor mais provável:
a) O Reino da estupidez e Francisco de Melo Franco
b) Viola de Lereno e Domingos Caldas Barbosa
c) O desertor e Manuel Inácio da Silva Alvarenga
d) Cartas chilenas e Tomás Antônio Gonzaga
e) Os Bruzundangas e Lima Barreto
10. (FATEC-SP) Sobre o Arcadismo brasileiro só não se pode afirmar que:
a) tem suas fontes nos antigos grandes autores gregos e latinos, dos quais imita os motivos e
formas.
b) teve em Cláudio Manuel da Costa o representante que, de forma original, recusou a motivação
bucólica e os modelos camonianos da lírica amorosa.
c) nos legou os poemas de feição épica Caramuru (de Frei José de Santa Rita Durão) e O Uruguai
(de Basílio da Gama), no qual se reconhece qualidade literária destacada em relação ao primeiro.
d) norteou, em termos dos valores estéticos básicos, a produção dos versos de Marília de Dirceu,
obra que celebrizou Tomás Antônio Gonzaga e que destaca a originalidade de estilo e de tratamento
local dos temas pelo autor.
e) apresentou uma corrente de conotação ideológica, envolvida com as questões sociais do seu
tempo, com a crítica aos abusos de poder da Coroa Portuguesa.
12. (CFTCE) O novo mercado tende a desprezar o funcionário formado à moda antiga..." (ref. 31).
Moda antiga nos reporta a processos rudimentares de trabalho e à vida campesina cujos registros
são, mais propriamente, depreendidos da literatura:
a) árcade
b) informativa
c) quinhentista
d) barroca
e) seiscentista
13. (Unifesp) Levando em consideração que, em sua produção literária, Gregório de Matos
dedicou-se também à sátira irreverente, pode-se afirmar que os versos se marcam:
a) Pelo sentimentalismo, fruto da sintonia do eu lírico com a sociedade.
b) Pela indiferença, decorrente da omissão do eu lírico com a sociedade.
c) Pelo negativismo, pois o eu lírico condena a sociedade pelo viés da religião.
d) Pela indignação, advinda de um ideal moralizante expresso pelo eu lírico.
e) Pela ironia, já que o eu lírico supõe que todas as pessoas são desonestas.
16. (UFPA) O Arcadismo é um estilo de época que pode ser definido, segundo o que determina a
seguinte afirmação:
a) Nesse período o homem é regido pelas leis físico-químicas, pela hereditariedade e pelo meio
social
b) A poesia dessa época dá ênfase ao poder de vidência do artista
c) Destaca-se nessa fase certo gosto pelo equilíbrio, pela simplicidade e pela harmonia, a partir dos
modelos clássicos antigos.
d) Há nessa Escola literária uma tendência à valorização do humor, com vistas a afugentar as
circunstâncias desagradáveis da vida
e) Enfatiza-se na criação poética, desse momento, a utilização do valor sugestivo da música
21. (Ffsc) Os autores árcades brasileiros apresentam uma obra divorciada das necessidades
brasileiras, na segunda metade do século XVIII. Como processo de defesa à liderança do público,
tais letrados criam:
a) poemas de profundo subjetivismo;
b) os contos regionais de mineração;
c) a dialética;
d) as academias;
e) a literatura romântica.
22. (Cescea) “A poesia parece fenômeno mais vivo e autêntico (...) por ter brotado de experiências
humanas palpitantes”. (Ele) “é dos raros poetas brasileiros, certamente o único entre os árcades,
cuja vida amorosa importa para a compreensão da obra.”
“O lírico ouvidor soltava os seus amores em liras apaixonadas, que tinham, naquele ambiente de
Vila Rica, um sabor novo e raro.”
Assim a crítica literária tem-se manifestado sobre o poeta:
a) Cláudio Manuel da Costa
b) Tomás Antônio Gonzaga
c) Alvarenga Peixoto
d) Gonçalves de Magalhães
e) Basílio da Gama
23. (Fatec) "Voltaram à baila os deuses esquecidos, as ninfas esquivas, as náiades, as oréades e os
pastores enamorados, as pastoras insensíveis e os rebanhos numerosos das bucólicas de Teócrito e
Virgílio."
1. (UFSCar)
Texto 1
Eu quero uma casa no campo
do tamanho ideal
pau-a-pique e sapê
Onde eu possa plantar meus amigos
meus discos
meus livros
e nada mais
(Zé Rodrix e Tavito)
Texto 2
Se o bem desta choupana pode tanto,
Que chega a ter mais preço, e mais valia,
Que da cidade o lisonjeiro encanto;
Aqui descanse a louca fantasia;
E o que té agora se tornava em pranto,
Se converta em afetos de alegria.
(Cláudio Manuel da Costa)
Embora muito distantes entre si na linha do tempo, os textos aproximam-se, pois o ideal que
defendem é
a) o uso da emoção em detrimento da razão, pois esta retira do homem seus melhores sentimentos.
b) o desejo de enriquecer no campo, aproveitando as riquezas naturais.
c) a dedicação à produção poética junto à natureza, fonte de inspiração dos poetas.
d) o aproveitamento do dia presente - o carpe diem-, pois o tempo passa rapidamente.
e) o sonho de uma vida mais simples e natural, distante dos centros urbanos.
2. (UFRS) Instrução: Os fragmentos abaixo se referem à questão a seguir:
I – Nise? Nise? Onde estás? Aonde espera
Achar-te uma alma, que por ti suspira (...)
II – Glaura! Glaura! Não respondes?
E te escondes nestas brenhas?
Dou às penhas meu lamento;
Ó tormento sem igual!
III – Minha bela Marília, tudo passa:
A sorte deste mundo é mal segura
Se vem depois dos males a ventura,
Vem depois dos prazeres a desgraça.
Os poetas árcades brasileiros tinham as suas musas inspiradoras, a quem se dirigiam
frequentemente em seus poemas. Pelas musas, evocadas nos versos acima, pode-se dizer que os
seus autores são, respectivamente:
a) Cláudio Manuel da Costa, Silva Alvarenga e Tomás Antônio Gonzaga.
b) José Basílio da Gama, Cláudio Manuel da Costa e Alvarenga Peixoto.
c) Tomás Antônio Gonzaga, Silva Alvarenga e Alvarenga Peixoto
d) Cláudio Manuel da Costa, Tomás Antônio Gonzaga e Frei Santa Rita Durão.
e) José Basílio da Gama, Frei Santa Rita Durão e Tomás Antônio Gonzaga.
3. (ENEM-2008)
Torno a ver-vos, ó montes; o destino (verso 1)
Aqui me torna a pôr nestes outeiros,
Onde um tempo os gabões deixei grosseiros
Pelo traje da Corte, rico e fino. (verso 4)
Aqui estou entre Almendro, entre Corino,
Os meus fiéis, meus doces companheiros,
Vendo correr os míseros vaqueiros (verso 7)
Atrás de seu cansado desatino.
Se o bem desta choupana pode tanto,
Que chega a ter mais preço, e mais valia (verso 10)
Que, da Cidade, o lisonjeiro encanto,
5. (Faap-1997) AS POMBAS
Vai-se a primeira pomba despertada…
Vai-se outra mais… mais outra… enfim dezenas
De pombas vão-se dos pombais, apenas
Raia sanguínea e fresca a madrugada
E à tarde, quando a rígida nortada
Sopra, aos pombais, de novo, elas, serenas
Ruflando as asas, sacudindo as penas,
Voltam todas em bando e em revoada…
Também dos corações onde abotoam,
Os sonhos, um por um, céleres voam
Como voam as pombas dos pombais;
No azul da adolescência as asas soltam,
Fogem… Mas aos pombais as pombas voltam
E eles aos corações não voltam mais…
(Raimundo Correia)
Nunca poderia ter lido o poema “AS POMBAS”, este mesmo que você acaba de ler:
a) Machado de Assis
b) Aluísio Azevedo
c) Tomás Antônio Gonzaga
d) Olavo Bilac
e) Euclides da Cunha
8. (Mack-2004)
Já sobre o coche de ébano estrelado
Deu meio giro a noite escura e feia;
Que profundo silêncio me rodeia
Neste deserto bosque, à luz vedado!
Jaz entre as folhas Zéfiro abafado,
O Tejo adormeceu na lisa areia;
Nem o mavioso rouxinol gorjeia,
Nem pia o mocho, às trevas costumado:
Só eu velo, só eu, pedindo à sorte
Que o fio, com que está minha alma presa
À vil matéria lânguida me corte:
Consola-me este horror, esta tristeza;
Porque a meus olhos se afigura a morte
No silêncio total da natureza.
Bocage
Vocabulário:
coche de ébano: carruagem de madeira escura jaz: está ou parece morto
mocho: coruja
lânguida: doentia
Nesse poema, a referência à cultura mitológica (Zéfiro) revela influência da estética
a) romântica.
b) simbolista.
c) trovadoresca.
d) árcade.
e) parnasiana.
11. (UNIFESP 2009) Texto extraído de Formação da Literatura Brasileira, de Antonio Candido.
No Brasil, o homem de estudo, de ambição e de sala, que provavelmente era, encontrou condições
inteiramente novas. Ficou talvez mais disponível, e o amor por Dorotéia de Seixas o iniciou em
ordem nova de sentimentos: o clássico florescimento da primavera no outono. Foi um acaso feliz
para a nossa literatura esta conjunção de um poeta de meia idade com a menina de dezessete anos.
O quarentão é o amoroso refinado, capaz de sentir poesia onde o adolescente só vê o embaraçoso
cotidiano; e a proximidade da velhice intensifica, em relação à moça em flor, um encantamento que
mais se apura pela fuga do tempo e a previsão da morte:
Ah! enquanto os destinos impiedosos
não voltam contra nós a face irada,
façamos, sim, façamos, doce amada,
os nossos breves dias mais ditosos.
Em seu texto, Antonio Candido refere-se ao poeta__________, que tornou_________como tema de
sua lírica. Os espaços da frase devem ser preenchidos com:
a) renascentista Luís Vaz de Camões ... Inês de Castro
b) árcade Tomas Antônio Gonzaga ... Marília
c) romântico Gonçalves Dias ... a natureza
d) romântico Alvares de Azevedo ... a morte
e) árcade Bocage ... Marília
12. (UEL 1997) Tomás Antônio Gonzaga certamente adotou os valores da poesia neoclássica, mas
em MARÍLlA DE DIRCEU
a) percebe-se o quanto o poeta desprezava as convenções do bucolismo literário.
b) ainda ocorrem torneios de linguagem nitidamente barrocos.
c) a sátira ao Governador de Minas faz lembrar os momentos mais ferinos de Gregório de Matos.
d) a convenção bucólica combina-se com um confessionalismo amoroso que já foi reconhecido
como pré-romântico.
e) a amada do poeta deixa de ser associada à figura convencional da pastora.
13. (UFRGS 2005) Com base nos fragmentos a seguir, extraídos da Lira II, da obra "Marília de
Dirceu", de Tomás Antônio Gonzaga, assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações que
seguem.
"Pintam, Marília, os Poetas
A um menino vendado,
Com uma aljava de setas,
Arco empunhado na mão;
Ligeiras asas nos ombros,
O tenro corpo despido,
E de Amor ou de Cupido
São os nomes, que lhe dão."
[...]
"Tu, Marília, agora vendo
De Amor o lindo retrato,
Contigo estarás dizendo
Que é este o retrato teu.
Sim, Marília, a cópia é tua,
Que Cupido é Deus suposto:
Se há Cupido, é só teu rosto,
Que ele foi quem me venceu."
(__) Na primeira estrofe, o poeta descreve uma figura representativa do amor na mitologia clássica.
(__) Na primeira estrofe, a amada Marília é alertada sobre a violência que se esconde por detrás da
superfície do amor.
(__) Na segunda estrofe, o poeta transfere o retrato de Cupido para o rosto vencedor de Marília.
(__) Na segunda estrofe, o poeta confessa à amada a sua rendição em relação aos poderes do
amor.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
a) V - V - F - F.
b) V - F - V - V.
c) F - F - V - V.
d) V - F - F - V.
e) F - V - F - F.
15. (UEL 1994) Os poemas de Cláudio Manuel da Costa e Tomás Antônio Gonzaga foram escritos:
a) em reação ao sentimentalismo romântico, contrapondo-lhe sua linguagem clara e equilibrada.
b) ainda dentro do espírito barroco, conforme o atestam sua religiosidade conflituosa e seu estilo
artificial.
c) à época da Inconfidência Mineira, relacionando-se intimamente com os ideais desse movimento.
d) em meados do século XIX, dedicando-se à propagação dos ideais da Contrarreforma.
e) em apoio à consolidação de nossa recente Independência, contra a qual ainda se insurgiam
grupos descontentes.
16. (UFV 1999) Considere as afirmações a respeito do Arcadismo brasileiro. Todas as alternativas
estão corretas, EXCETO:
a) Foi o movimento literário que se desenvolveu no século XVIII, quando o "saber" assumiu uma
importância fundamental.
b) Confirmou um dos princípios ideológicos do Iluminismo, por uma forte preocupação com a ciência
e com o raciocínio.
c) Sob o ponto de vista literário reagiu contra o Barroco, retomando a simplicidade e o bucolismo dos
clássicos.
d) Empreendeu uma minuciosa análise do personagem, revelando-nos claramente os traços de seu
corpo e de sua alma.
e) Vivenciou uma expressiva transformação social, sendo fortemente marcado pelos ideais
político-filosóficos do enciclopedismo francês.
21. (UPF 2012) Na poesia de Cláudio Manuel da Costa verifica-se um conflito entre as solicitações
da poética neoclássica ou arcade, que o levam a conceber artificialmente uma paisagem
__________ e o sentimento nativista do escritor, que o impele a aproveitar artisticamente a
paisagem __________ de sua pátria.
A alternativa que completa corretamente as lacunas do texto anterior é:
a) amena - bucólica
b) rústica - bucólica
c) bucólica - rústica
d) rústica - amena
e) bucólica - amena