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9 de novembro de 2019
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ritameirelespinto@gmail.com
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09/11/2019 4º EXAME DE SIMULAÇÃO PE - PNA 2019
A ) Vou solicitar análises com estudo da coagulação para sabermos porque tem
sangue no joelho.
B ) Apresenta uma lesão do ligamento cruzado anterior, vou pedir uma consulta de
ortopedia para depois ser operado.
C ) Os testes que realizei apontam para uma lesão do menisco lateral, será difícil
voltar a jogar basquetebol.
D ) Tem uma lesão do menisco medial, vou referenciar à ortopedia para eles o
avaliarem em consulta.
E ) Vai ter de iniciar terapêutica com penicilina intramuscular porque trata-se de uma
recidiva da febre reumática que teve em criança.
Comentário
Nesta pergunta, apresenta-se um doente jovem com uma gonalgia aguda (<6 semanas)
desencadeada por traumatismo. Ao exame físico o joelho mostra-se tumefacto e
doloroso, sendo o teste de gaveta anterior positivo. A positividade deste teste é
característica de lesões do ligamento cruzado anterior.
Outros testes no joelho são: Gaveta posterior – ligamento cruzado posterior; Teste de
McMurray – menisco (lateral se dor na rotação interna ou medial se dor na rotação
externa).
O aspirado sinovial hemático é característico de lesões traumáticas, em particular na
lesão dos ligamentos cruzados. Pode também estar presente em discrasias hemorrágicas
(como a hemo lia) ou na artropatia neuropática.
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09/11/2019 4º EXAME DE SIMULAÇÃO PE - PNA 2019
B ) Tem indicação para Ressecção anterior do recto com excisão total do mesorecto
de urgência
C ) Tem indicação para Ressecção anterior do recto com excisão total do mesorecto
electiva
Comentário
Dado não ter clínica de hemorragia activa, com tradução clínica e analítica, nem clínica de
abdómen agudo ou oclusão intestinal não tem indicação para cirurgia de urgência, pelo
que não tem indicação nem para ressecção anterior do recto, nem muito menos para
colostomia em ansa (cirurgia com um carácter de derivação do trânsito). A colostomia em
ansa só seria realizada se o doente estivesse em oclusão intestinal, como ponte para
terapia adequada com cariz electivo ou em doentes com mau estado geral com sobrevida
superior a 6 meses ou em caso de lesão irressecável como cirurgia paliativa. Neste
momento o doente ainda não tem indicação para cirurgia electiva dado ser necessário
terminar o estadiamento local, que deve ser formalizado com ressonância magnética
pélvica ou ecoendoscopia rectal. Conforme estadiamento nal do doente, este terá
indicação para cirurgia electiva com ressecção anterior do recto com excisão total do
mesorecto ou realização de quimio-radioterapia neoajuvante.
Bibliogra a:
• Andersen DK, Billiar TR; et.al. Schwartz’s Principles of Surgery. 10th ed. McGraw Hil
Education
• Guidellines NCCN – Rectal cancer 2019
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E ) Tem indicação para tiroidectomia total seguido de terapia com iodo radioactivo
adjuvante
Comentário
A doente apresenta um nódulo de 18 mm positivo para carcinoma papilar, pelo que - salvo
contra-indicação cirúrgica ou anestésica (neste caso sem evidência de qualquer uma das
duas) - deve ser operada. Não tem indicação para tomogra a computorizada cervical,
visto que esta apenas está indicada não para estadiamento, mas para planeamento
cirúrgico no caso de doentes com bócio de grandes dimensões. Não tem indicação para
lobectomia com istectomia esquerda, pois a mesma só está indicada no carcinoma
papilar com dimensões inferiores a 1cm sem factores de risco, ou seja, no
microcarcinoma papilar. Esta doente tinha indicação para realização de uma tiroidectomia
total. Não tem indicação a realização de tratamento com iodo radioactivo, visto que no
estadiamento clínico não há identi cação de metástases, não há invasão dos tecidos
extratiroideus e o nódulo tem menos de 4cm.
Bibliogra a:
• Andersen DK, Billiar TR; et.al. Schwartz’s Principles of Surgery. 10th ed. McGraw Hil
Education
• Russ Gilles, Bonnema SJ, et.al. European Thyroid Association Guidelines for Ultrasound
Malignancy Ris Strati cation of thyroid nodules in Adults: the EU-TIRADS. Eur Thyroid J
2017;6:225-37
• Haugen BR, Alexandre EK, et.al. 2015 American Thyroid Association Management
Guidelines for Adult Patiens with thyroid Nodules and differentiated thyroid Cancer.
Thyroid 2016; 26(1):1-133
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgCzG… 4/192
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Comentário
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Comentário
Uma vez infectada com tuberculose, uma criança apresenta o risco de desenvolver a
doença e de transmissão a terceiros. A maior fonte de contágio de crianças são os
adultos e, como tal, assim que uma criança é diagnosticada, todos os membros da família
devem ser rastreados através do teste de Mantoux e radiogra as torácicas. A
broncoscopia estaria indicada apenas em casos muito especí cos.
A prova de Mantoux só positiva 3 a 8 semanas após exposição. Ou seja, se o resultado for
negativo num contacto próximo do indivíduo infectado, o teste deve ser repetido. Contudo,
este teste cutâneo di cilmente é útil em crianças nesta faixa etária, mesmo com doença
activa. Uma medida preventiva adequada seria a administração de isoniazida durante 3
meses ao irmão da criança infectada.
Crianças pequenas com tuberculose pulmonar primária não são consideradas
contagiosas, uma vez que não têm a capacidade de produzir expectoração e tossir de tal
forma a infectar outros. Como tal, o isolamento da criança não traria benefícios.
A terapêutica standard para a tuberculose pulmonar são 6 meses de isoniazida e
rifampicina associadas a pirazinamida e etambutol nos primeiros 2 meses
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A ) Ibuprofeno.
B ) Tramadol e Ciclobenzaprina.
C ) Gabapentina e Ciclobenzaprina.
D ) Acupuntura e Paracetamol.
E ) Prednisona.
Comentário
Este caso ilustra uma lombalgia aguda (< 3 meses de evolução) sem fator de risco para
doença estrutural, o que exclui a necessidade de realizar exames complementares. O
tratamento de lombalgia aguda sem radiculopatia assenta, em primeiro lugar, na
utilização de paracetamol e anti-in amatórios não esteróides (AINE), como o ibuprofeno.
O uso de relaxantes musculares, como a ciclobenzaprina, pode ser útil particularmente se
a dor interferir com o sono.
Os analgésicos opióides apenas estão indicados se existir refratariedade à terapêutica de
primeira linha. O uso de antidepressivos tricíclicos e outros fármacos, como a
gabapentina, apenas está indicado na dor neuropática. Os glicocorticóides orais ou
injetáveis também não têm lugar na lombalgia aguda sem radiculopatia.
Por m, existem vários tratamentos não farmacológicos disponíveis. Os únicos a
apresentar e cácia são a manipulação da coluna e a aplicação de calor local.
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D ) Explicar que as medidas de higiene do sono são as mais eficazes e que a seu
tempo irão resultar.
Comentário
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C ) Demência de Alzheimer
D ) Demência Vascular
E ) Pseudo-demência
Comentário
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A ) Intubação
B ) Imunoglobulina endovenosa
C ) Piridostigmina
D ) Espirometria
E ) Dexametasona
Comentário
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A ) Acetazolamida
B ) Sumatriptano
C ) Topiramato
D ) Oxigenoterapia
E ) Verapamil
Comentário
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11. Uma doente de 55 anos, sexo feminino, recorre ao médico por 0/1
aumento de peso, acne, hirsutismo de novo e queixa de equimoses
fáceis. Como medicação habitual, refere tomar dexametasona 4mg e
diclofenac por dores articulares generalizadas. À observação, salienta-se
uma face em lua cheia e obesidade central. Os sinais vitais eram:
temperatura de 37.0ºC; pressão arterial de 170/87mmHg; frequência
cardíaca de 86/min; frequência respiratória de 17/min. Tendo em conta a
principal suspeita diagnóstica, qual das seguintes alíneas seria mais
provável encontrar na investigação analítica?
Comentário
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12. Doente do sexo feminino, 28 anos, recorre ao serviço de urgência por 0/1
dor intensa tipo cólica, inicialmente 1. localizada ao flanco esquerdo, com
posterior irradiação para a região dos grandes lábios. Quando
questionada, refere amenorreia de 12 meses de duração e galactorreia
irregular bilateral desde há vários meses. Nega alguma vez ter estado
grávida. Há cerca de duas semanas, terá sido diagnosticada com uma
doença ulcerosa péptica, estando desde então medicada com
omeprazol, que tem cumprido. Os sinais vitais são: pressão arterial
120/75mmHg; frequência cardíaca 120/min; frequência respiratória
18/min e temperatura de 36.9ºC. À observação, encontra-se muito
queixosa e inquieta no lugar, sem posição de alívio. À excepção de dor à
palpação dos quadrantes abdominais inferiores esquerdos, o exame
objectivo não apresenta alterações. A avaliação laboratorial inicial incluiu:
glicose 90mg/dL; cálcio sérico 12.55mg/dLTendo em conta a vinheta
clínica, que condição genética deve ser excluída?
E ) Esclerose tuberosa
Comentário
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A ) Neoplasia Colorretal.
B ) Linfoma de Hodgkin.
C ) Neoplasia do Ovário.
D ) Hipotiroidismo.
E ) Abcesso Cerebeloso.
Comentário
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C ) Síndrome de Kartagener.
D ) Fibrose Quística.
Comentário
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C ) Broncofibroscopia
Comentário
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A ) Prednisolona e Adalimumab.
B ) Rituximab.
C ) Prednisolona.
D ) Prednisolona e Metotrexato.
E ) Tocilizumab.
Comentário
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Comentário
O doente apresenta um quadro de sépsis com ponto de partida abdominal, que deve ser
interpretado como uma diverticulite aguda tipo III ou tipo IV. Desta forma tem indicação
para antibioterapia empírica, mas também tem indicação cirúrgica urgente, pelo que a
vigilância não é uma opção viável dado a mortalidade associada. Não é necessário retirar
todo o cólon que apresenta divertículos, sendo que a tomogra a computorizada
demonstra que a in amação se encontra localizada ao cólon sigmóide pelo que a
colectomia total com ileostomia terminal é uma cirurgia desnecessário que aumentará a
morbilidade do doente e o risco cirúrgico. Finalmente a anastomose não se encontra
recomendada neste caso, dado a existência de peritonite generalizada purulenta ou
fecalóide e tendo em conta os antecedentes pessoais do doente a opção mais segura e
consensual será a cirurgia de Hartmann associada a uma lavagem peritoneal abundante
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18. Mulher de 49 anos, autónoma nas actividades de vida diárias. Sem 0/1
antecedentes pessoais relevantes. Recorre ao médico de família por
durante o banho ter palpado um nódulo “novo” no quadrante superior e
lateral da mama esquerda. O médico de família requisitou uma ecografia
mamária e mamografia bilateral que é sugestiva de neoplasia com
25mm, sem gânglios axilares suspeitos. Por esse motivo enviou a doente
a uma consulta de senologia. No exame objectivo constata-se ausência
de corrimento mamilar, palpação de nódulo de margens irregulares,
indolor com cerca de 3 cm. Solicitado radiograma do tórax (sem
evidência de alterações relevantes), ecografia abdominal (sem sinais de
secundarização hepática) e tomografia computorizada por emissão de
positrões que capta apenas o nódulo. Realizada biópsia guiada por
ecografia, cuja anatomia patológica revelou carcinoma invasivo;
ressonância magnética mamária que identifica apenas o nódulo descrito
previamente.Atendendo ao caso clínico qual seria a sua abordagem?
A ) Tumorectomia + radioterapia
C ) Mastectomia simples
Comentário
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A) Realizar Ecocardiograma
Comentário
A rápida identi cação de uma atrésia das coanas é imperativa por dois motivos: quando
diagnosticada, o tratamento desta condição é altamente e caz mas, pelo contrário, o
atraso no seu reconhecimento pode ser fatal. A maioria dos recém-nascidos ventila
somente através do nariz e não consegue fazê-lo de forma adequada pela boca. As
crianças com atrésia das coanas apresentam di culdade respiratória durante a
alimentação e durante o sono e a sua capacidade aumenta durante o choro. O diagnóstico
é feito quando se constata a impossibilidade de introduzir um tubo/cateter do nariz até à
faringe.
Cerca de 50% dos recém-nascidos com atrésia das coanas irão apresentar um conjunto
de patologias associadas – CHARGE (Coloboma, Heart disease, Atresia of the choanae,
Retarded growth and development, Genital hypoplasia, Ear abnormalities).
Um ecocardiograma seria útil na identi cação de algum tipo de cardiopatia congénita
cianótica; como tal, seria uma abordagem adequada depois de se conrimar a patência
das coanas.
Uma cintigra a pulmonar seria o exame apropriado se houvesse suspeita de algum tipo
de mismatch ventilação/perfusão, como por exemplo um embolismo pulmonar. Uma
hemoglobinopatia (anemia falciforme, talassémia) não teria uma apresentação tão
precoce como acontece neste caso em particular, pelo que uma electroforese da
hemoglobina não seria útil. A broncoscopia ajudaria na identi cação de anomalias das
vias aéreas inferiores.
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20. Um homem de 57 anos recorre ao seu médico de família por falta de 0/1
ar, com cerca de 1 ano de evolução e agravamento progressivo. Tem
antecedentes pessoais de obstipação e está medicado com bisacodilo.
Refere hábitos tabágicos pesados desde a adolescência. Tendo em
conta o quadro clínico, o médico de família pediu uma consulta de
Pneumologia. Nesta consulta, o pneumologista pediu uma espirometria
que revelou FEV1 77% do valor normal; FVC 76% do valor normal; rácio
FEV1/FVC normal. Tendo em conta o quadro clínico, qual das seguintes
hipóteses explicaria as alterações detetadas neste doente?
A ) Asma
B ) Enfisema pulmonar
C ) Bronquite crónica
E ) Neoplasia do pulmão
Comentário
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B ) Não há nenhum risco conhecido para os filhos de mães com Lúpus, pode ficar
descansada.
D ) Deve manter a medicação que está a fazer neste momento e vou referenciar à
consulta de Obstetrícia para fazer lá o seguimento da gravidez.
Comentário
Os lhos de mães com Lúpus Eritematoso Sistémico (LES) têm um risco acrescido
durante a gestação e no período neonatal, ao contrário do que consta na alínea 2.
Existe risco de perda fetal e de complicações neonatais, como o bloqueio
auriculoventricular (BAV) completo congénito. Este é mais comum na presença do
anticorpo anti-Ro / SS-A e anti-La / SS-B (e não anti-Sm, como consta na alínea 1. Não
existe relação entre a positividade do anticorpo antinuclear e o outcome da gravidez.
Em relação à terapêutica do LES, apenas a hidroxicloroquina e os glicocorticóides, se
necessário, podem ser usados na gravidez. Toda a restante medicação, como
metotrexato, ciclosporina ou rituximab, está contraindicada. Exclui-se por isso a alínea 3.
A doente apresenta uma gravidez de risco, segundo a escala de Goodwin modi cada da
DGS. Tem idade >30 anos (1 ponto), diabetes mellitus (3 pontos) e lúpus eritematoso
sistémico (3 pontos), com um total de 7 pontos o que lhe confere um risco elevado, pelo
que tem indicação de seguimento em consulta hospitalar.
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22. Recebe na sua consulta um jovem de 30 anos que vem muito ansioso 0/1
e preocupado. Refere que desde há cerca de 2 meses se encontra a
realizar tratamento para os seus "ataques de pânico" (sic) com
amitriptilina, referindo não sentir melhorias. Refere que as crises
ocorrem sempre em deslocações ao centro comercial e associadas a
uma grande preocupação de que as outras pessoas estejam a olhar para
ele ou eventualmente, a querer fazer-lhe algum mal. Refere ter noção de
que este é um medo irracional, mas ainda assim, tem visto a sua vida
condicionada, passando a frequentar o centro comercial apenas perto
da hora de encerramento, quando há menos gente, tendo já chegado a
pedir à sua esposa, ao seu pai e à sua mãe que o acompanhem para se
sentir seguro. Perante o caso apresentado, qual seria a sua abordagem?
B ) Parecem tratar-se de delírios persecutórios sem qualquer crítica, pelo que deverá
iniciar medicação com antipsicótico, substituindo a amitriptilina.
Comentário
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A ) Topiramato
C ) Verapamil
D ) Bisoprolol
E ) Sumatriptano
Comentário
O quadro clínico do doente aponta para o diagnóstico de cefaleias em salva, que são
caracterizadas por episódios de cefaleias de início súbito, com grande intensidade, tipo
“choque elétrico”, que afetam a região peri-orbitária e ocorrem maioritariamente à noite.
Para este tipo de cefaleias, a pro laxia para novos episódios deve ser feita com
VERAPAMIL. A terapêutica na fase aguda é feita com oxigenioterapia por máscara a 7-10
L/min, durante cerca de 15 minutos.
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A ) Adicionar Lítio.
Comentário
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25. Doente do sexo feminino, 29 anos, recorre ao médico assistente por 0/1
queixas de dor no pescoço. Refere que a dor teve início há 2 semanas, é
constante e irradia para a mandíbula e pavilhões auriculares. Nas últimas
semanas, refere ainda astenia, mialgias, algumas dejecções diarreicas e
“ter estado constipada” (sic). Não faz medicação habitual nem tem
antecedentes pessoais de relevo. Os sinais vitais eram: temperatura de
37.8ºC; pressão arterial de 129/83mmHg; frequência cardíaca de 79/min;
frequência respiratória de 15/min. À observação, salientava-se um
aumento difuso da glândula tiroideia, com queixas de dor inclusive à
palpação superficial. Foi pedida uma avaliação analítica, que revelou os
seguintes valores:• TSH 0.4 μU/mL • T3 total 300 ng/dL • T4 total 20
μg/dLTendo em conta a vinheta clínica, qual considera ser a hipótese
diagnóstica mais provável?
A) Doença de Graves
B) Tiroidite de Hashimoto
D) Tiroidide de Riedel
Comentário
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26. Doente do sexo masculino, 60 anos, recorre ao médico assistente por 0/1
queixas hemorrágicas. Refere, desde há cerca de cinco dias, hemorragia
gengival quando lava os dentes e aparecimento de lesões cutâneas nos
membros inferiores e superiores. Como antecedentes, salienta-se
apenas dislipidemia, medicado com atorvastatina, e depressão,
medicado com fluoxetina. Os sinais vitais encontram-se normais e à
observação não se encontram alterações, à exceção das lesões nos
membros (figura 1). Não existe hemorragia activa na orofaringe ou
noutros locais. Foi pedida uma avaliação analítica, que revelou:•
Hemoglobina 16g/dL• Htc 45%• leucócitos 6x109/L l• plaquetas 32x109/L•
creatinina 0.7mg/dL• aPTT e TP normais• Esfregaço do sangue periférico
sem alterações De acordo com a vinheta clínica, qual lhe parece ser o
diagnóstico mais provável?
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgCz… 32/192
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Comentário
A vinheta clínica é sugestiva de uma PTI, uma condição autoimune, caracterizada por
hemorragia a nível das mucosas e pele e por trombocitopenia que pode ser grave, na
ausência de outras alterações do hemograma e esfregaço de sangue periférico. Os
doentes apresentam-se geralmente com equimoses e petéquias, sendo que, em alguns
casos, não apresentam manifestações de discrasia hemorrágica, sendo o diagnóstico
feito através dos achados do hemograma.
Relativamente às outras alíneas: a CID (alínea 1) é uma anemia hemolítica
microangiopática, encontrando-se, analiticamente, uma elevação dos tempos de
coagulação, aumento dos D-dímeros e trombocitopenia, no esfregaço de sangue
periférico encontram-se ainda esquizócitos; indivíduos com doença de Von Willebrand
(alínea 2) têm geralmente manifestações hemorrágicas em idade jovem; A PTT (alínea 4)
caracteriza-se pela pêntade de febre, anemia hemolítica microangiopática, sintomas
neurológicos, trombocitopenia e insu ciência renal; O SHUa (alínea 5) é uma doença
hereditária, resultante de um defeito extrínseco dos eritrócitos, manifestando-se
tipicamente por anemia hemolítica microangiopática, esquizócitos, trombocitopenia
ligeira e insu ciência renal aguda.
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgCz… 33/192
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A ) Cintigrafia Óssea.
B ) CEA e CA 19.9.
Comentário
Neste caso clínico, as alterações ao toque retal são sugestivas de neoplasia maligna da
próstata. Para diagnóstico, os exames complementares a solicitar são o doseamento de
antigénio especí co da próstata (total e livre) e avaliação morfológica, com eventual
biópsia, por ecogra a transrectal. A cintigra a óssea, ressonância magnética pélvica e
tomogra a computorizada de abdómen e pélvis estão indicadas para estadiamento da
doença, numa segunda fase (em especial em doentes com alto risco – PSA e score de
Gleason elevados). Os marcadores tumorais (como o CEA e CA19.9) são altamente
inespecí cos, não devendo ser usados para diagnóstico de neoplasias, mas apenas para
follow-up. Acrescenta-se ainda que os marcadores constantes na alínea 2 não têm
relevância na neoplasia da próstata.
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgCz… 34/192
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A ) Colangiocarcinoma.
B ) Coledocolitíase.
D ) Colecistite Aguda.
Comentário
Neste caso clínico, encontramos um homem com antecedentes de colite ulcerosa (que
acresce o risco de colangite esclerosante primária e colangiocarcinoma), que se
apresenta com um quadro consumptivo associado a desconforto do hipocôndrio direito,
enfartamento precoce e icterícia. Analiticamente, apresenta um padrão colestático com
hiperbilirrubinémia direta marcada. Das serologias, a positividade para o Anticorpo Anti-
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgCz… 35/192
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HBs pode ser interpretada como imunidade após vacinação ou contacto prévio com o
vírus. A dilatação dos ductos intra-hepáticos é, a par da história clínica e exames
laboratoriais, sugestiva de uma obstrução xa na via biliar, compatível com a opção 1. A
presença de icterícia, colúria e fezes acólicas, bem como a duração prolongada do
quadro, inviabilizam a hipótese 4. Todavia, a presença de desconforto no hipocôndrio
direito e enfartamento precoce podem estar presentes nesta etiologia. A coledocolitíase
explica a icterícia obstrutiva presente, no entanto as manifestações são habitualmente de
início agudo e com clínica álgica mais exuberante. A hepatite viral aguda é excluída pois
associa-se a um padrão predominantemente de citólise hepática. Por m, a hipótese de
úlcera péptica perfurada não permite explicar o caso clínico, sendo por isso descabida.
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgCz… 36/192
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Comentário
Em qualquer viajante que regressa de zona endémica de malária com febre, este
diagnóstico deve ser imediatamente excluído. O exame de primeira linha para o
diagnóstico de malária é a demonstração das formas assexuadas do Plasmodium em
esfregaço de sangue periférico, gota espessa ou na. A utilização de técnicas de PCR,
apesar de altamente sensível, não é utilizada ainda em contexto clínico de forma
recorrente. A serologia para malária é útil no rastreio de dadores de sangue, não tendo
utilidade no contexto agudo. A radiogra a de tórax e análise sumária de urina não tinham
valor como exame de primeira linha neste caso.
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgCz… 37/192
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Comentário
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgCz… 38/192
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Comentário
A doente teve alta após episódio de diverticulite não complicada. No primeiro mês
encontra-se recomendado dieta pobre em resíduos para diminuir a probabilidade de
recidiva. Após este mês deve ser iniciada uma dieta rica em bras pelo mesmo motivo.
Existe sempre uma indicação formal para realização de colonoscopia após um episódio
de diverticulite aguda para excluir o principal diagnóstico diferencial: neoplasia do cólon.
Actualmente, o número de episódios de diverticulite não determina a necessidade de
terapêutica cirúrgica. A abordagem é mais conservadora, devendo os doentes ser
informados dos riscos e benefícios da cirurgia, sendo que a indicação cirúrgica depende
mais da qualidade de vida do doente, do que do número estricto de episódios.
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgCz… 39/192
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32. Mulher de 62 anos, autónoma nas actividades de vida diárias, com 0/1
antecedentes de hipertensão arterial e dislipidemia. Medicada em
ambulatório com amlodipina, carvedilol e sinvastatina. Referenciada a
consulta de senologia pelo médico de família por aparecimento de
nódulo de 15mm sugestivo de neoplasia na união dos quadrantes
inferiores da mama direita. Na consulta, o exame objectivo revelou
ausência de corrimento mamilar, ausência de palpação do nódulo.
Solicitada biópsia guiada por ecografia que confirmou tratar-se de um
carcinoma invasivo. Solicitado radiograma do tórax (sem evidência de
alterações relevantes), ecografia abdominal (sem sinais de
secundarização hepática); tomografia computorizada da positrões que
capta apenas o nódulo; ressonância magnética mamária que identifica
apenas o nódulo descrito previamente. Foi proposta cirurgia
conservadora e estadiamento anatomo-patológico que confirmou o
carcinoma invasivo pT3N0M0; HER 2 positivo; receptores de estrogénio
e progesterona positivos; Ki67 10%.Tendo em conta o quadro clínico, que
terapêutica adjuvante recomendaria a esta doente?
A ) Radioterapia
B ) Hormonoterapia
C ) Radioterapia + Hormonoterapia
D ) Radioterapia + Quimioterapia
Comentário
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgCz… 40/192
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33. O pediatra do Serviço de Urgência recebe uma puérpera que refere 0/1
ter estado bem até ao dia anterior, quando notou um rash generalizado
na pele associado a uma sensação de febrícula, que não quantificou.
Neste contexto, recorreu ao Centro de Saúde, onde lhe foi diagnosticada
Varicela. O recém-nascido tem 7 dias de vida e está sob amamentação
materna exclusiva. Tem estado a comer, a urinar e a evacuar sem
dificuldades, e a sua temperatura tem-se mantido nos 36,8ºC.Qual dos
seguintes é o próximo passo mais indicado na gestão deste caso?
Comentário
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgCz… 41/192
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C ) Início de trimetropim/sulfametoxazol
Comentário
A dor pleurítica no peito, a tosse produtiva, a febre e a radiogra a torácica deste doente
são altamente sugestivas de um empiema, que no contexto deste caso se associa a
provável aspiração secundária à convulsão. O tratamento de escolha de um empiema é a
colocação de um dreno torácico com antibióticos sistémicos.
A terapêutica com rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol (RIPE) não é
necessária, uma vez que é improvável que tenha tuberculose.
A terapêutica antirretrovírica é utilizada no tratamento de doentes com VIH. Este paciente
tem baixo risco de desenvolver VIH e esta terapêutica não trataria sua condição
subjacente.
Trimetoprim/sulfametoxazol é o tratamento da escolha da pneumonia pneumocystis
(PCP), que se caracteriza na radiogra a por um padrão pulmonar intersticial reticular no
e pequenos pneumatoceles. No presente caso clínico, esta não seria a principal hipótese
de diagnóstico.
O desbridamento toracoscópico é uma opção de tratamento para um empiema mais
invasiva do que a colocação de um dreno, estando reservada para os doentes que não
respondem à terapêutica inicial.
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgCz… 43/192
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A ) Antidepressivo tricíclico.
B ) Lamotrigina.
D ) Antidepressivo SSRI.
E ) Antipsicóticos.
Comentário
Estamos perante um doente com episódio depressivo. Sabe-se que, para o tratamento
efetivo destes episódios, devem ser iniciados em primeira linha os antidepressivos da
classe dos SSRI's. Os antidepressivos tricíclicos têm mais efeitos secundários,
nomeadamente a sedação e tendem a ser menos bem tolerados. O antipsicótico não
cumpre, neste doente, o efeito terapêutico pretendido. A benzodiazepina de longa ação
por um curto período de tempo poderia ser uma hipótese a considerar, sobretudo se
houvesse ansiedade marcada associada, mas não é o caso. A lamotrigina pode ser
utilizada nos episódios depressivos, mas sobretudo quando estes ocorrem no contexto de
Doença Bipolar.
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgCz… 44/192
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36. Uma mulher de 45 vem trazida pelo INEM ao seu serviço de urgência, 0/1
por trauma após acidente de mota. A doente estava agarrada ao
condutor da mota, quando embateram contra um carro que vinha em
contramão a 60 km/hora. Após o acidente, a vítima conseguiu abandonar
o veículo e ficou sentada à espera da ambulância e da polícia. À chegada
ao SU, a doente estava estável, alerta, orientada, com uma escala de
Glasgow de 15. Na avaliação do pescoço da doente, removeu o colar
cervical, mantendo o pescoço estabilizado. Quando palpava a coluna
cervical, a doente queixou-se de dor. Recolocou o colar cervical e
concluiu o restante exame objectivo, que se encontrava normal.Tendo
em conta o quadro clínico, qual seria a sua próxima abordagem?
A ) Pedir TC cervical
Comentário
A apresentação clínica é consistente com uma possível lesão da coluna cervical após
trauma de alto impacto. Recomenda-se a obtenção de imagens TC para avaliar eventuais
fraturas agudas e outras lesões da medula espinhal.
A obtenção de imagens só pode ser dispensada nos doentes com ausência de sintomas
neurológicos, ausência de cervicalgia e com estado de alerta mantido.
A TC deve ser preferida à radiogra a nos doentes sintomáticos ou com alteração do
estado mental.
É imperativo manter a imobilização até que a lesão da coluna cervical possa ser excluída,
pelo que o doente não pode ter alta.
A observação por neurocirurgia pode ser justi cada mas não deve retardar a realização de
TC.
A menos que haja preocupação com o compromisso respiratório, a entubação não é
necessária.
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgCz… 45/192
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Comentário
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgCz… 46/192
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A ) Aciclovir
B ) Ceftriaxone + Vancomicina
D ) Ampicilina + Cefotaxima
E ) Anfotericina B + Flucitosina
Comentário
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgCz… 47/192
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39. Doente de sexo feminino, 20 anos, levada pela polícia ao serviço de 0/1
urgência do hospital por ter tentado entrar num museu após o
encerramento. A doente afirma que é uma detetive e que anda em busca
de provas decisivas de um grande caso de corrupção, pelo que
necessitava de confiscar algumas das peças do museu, para servirem de
objetos de prova para o seu caso. A família reporta que a doente estaria
a “agir de forma estranha” (sic) desde há cerca de uma semana: faria
pesquisas na internet durante toda a noite, sem fazer pausas. O marido
refere que a doente aumentou significativamente o seu interesse sexual
neste período. A doente não se encontra capaz de fornecer história
clínica, mantendo-se muito fiel apenas à sua teoria e não cede a
qualquer tipo de argumentação em contrário. Ao exame objetivo, a sua
temperatura é de 37,2ºC, Tensão Arterial de 122/81mmHg, Frequência
Cardíaca de 97bpm e frequência respiratória de 17cpm. A oximetria
periférica revela saturação periférica de oxigénio de 98%. Além disso, no
exame objetivo, apenas se destaca a grande energia da utente. Foi
pedido estudo laboratorial da urina, que revelou:Cor: Amarela; Nitritos:
Negativos; Leucócitos: Negativos; β-hCG: Positiva; Benzodiazepinas:
Negativo; Barbitúricos: Negativo; Cocaína: Negativo; Acetaminofeno:
Negativo.Perante o caso clínico apresentado, qual a melhor abordagem?
A ) Realizar Electroconvulsivoterapia.
B ) Iniciar Fluoxetina.
C ) Iniciar Lítio.
D ) Iniciar Haloperidol.
E ) Iniciar Alprazolam.
Comentário
Estamos perante uma utente com episódio maníaco em provável contexto de doença
bipolar. Além disso, temos de ter em conta que, perante as análises pedidas, a doente se
encontra grávida. Assim, tem-se que o haloperidol é a abordagem correta por ser a
terapêutica de primeira linha em mulheres grávidas com episódio maníaco.
A uoxetina é um SSRI e encontra-se contra-indicado na crise maníaca, por poder agravar
a sintomatologia maníaca. O Lítio é, de facto, uma terapêutica útil, mas o seu início de
ação é mais lento do que o do haloperidol e encontra-se menos indicado na gravidez por
poder causar anomalias fetais. O alprazolam é uma benzodiazepina, que deve ser evitada
em qualquer circunstância, mas que aqui também não faria sentido porque não tem um
efeito anti-psicótico.
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgCz… 48/192
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B ) Doença de Paget
C ) Espondilite anquilosante
E ) Mieloma múltiplo
Comentário
A coexistência de lesões líticas e blásticas sugere uma doença de Paget. Nesta patologia,
veri ca-se uma reabsorção óssea excessiva, seguida pela substituição deste tecido por
um tecido ósseo trabecular, denso e desorganizado. O primeiro sintoma é geralmente a
dor óssea. Quando o crânio é afectado, pode ser objectivável um aumento das suas
dimensões, e a compressão nervosa pode conduzir a surdez e tinnitus. O aumento da
fosfatase alcalina é típico, re etindo o aumento do turnover ósseo.
Relativamente às outras alíneas, as metástases típicas do adenocarcinoma da próstata
(2) são tipicamente osteoblásticas; A espondilite anquilosante (3) apresenta-se
tipicamente em homens jovens, com dor de ritmo in amatório nas regiões
glúteas/lombares, sendo frequente a radiogra a apresentar-se sugestiva de sacroileíte; A
osteíte brosa cística (4) é uma complicação rara do hiperparatiroidismo; O mieloma
múltiplo (5) cursa com lesões ósseas líticas e valores normais de fosfatase alcalina.
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgCz… 50/192
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41. Doente do sexo masculino, 42 anos, trazido pelo INEM ao serviço de 0/1
urgência, após um acidente de viação de embate frontal. Encontrava-se
com GCS 10 e os seus sinais vitais eram: temperatura 35.9ºC; pressão
arterial 68/40mmHg; frequência cardíaca 160/min; frequência
respiratória 30/min; SpO2 93%. Iniciou-se fluidoterapia por via
endovenosa, norepinefrina e transfusões de concentrados eritrocitários.
A ecografia FAST não revelou sinais de hemorragia intra-abdominal e a
radiografia da bacia não revelou fracturas. O doente estabilizou do ponto
de vista hemodinâmico e verificou-se melhoria do estado de
consciência, apresentando-se orientado, a responder a perguntas
correctamente. Após cerca de 30 minutos, o doente inicia, de forma
súbita, dispneia e queixas de dor em ambos os flancos. Os seus vitais
agravaram, com pressão arterial 75/43mmHg; frequência cardíaca
150/min; frequência respiratória 29/min; SpO2 92% e verificou-se
afundamento do estado de consciência, até um CGS de 12. A ecografia
FAST foi repetida, encontrando-se sobreponível à anterior.Foi pedida
nova avaliação analítica, que revelou:• Hemoglobina 9 g/dL• Hematócrito
27%• Leucócitos 10,200x109/L• Plaquetas 198x109/L• Na+ 139 mEq/L• Cl-
101 mEq/L• K+ 4.4 mEq/L• HCO3- 23 mEq/L• Glicose 99 mg/dL•
Creatinina: 1.5 mg/dL• Ca2+ 10.0 mg/dL• Bilirrubina 3.2 mg/dL•
Haptoglobina 7 mg/dL (valor referência: 16-220 mg/dL)• AST 22 U/L• ALT
15 U/LQual considera ser a causa mais provável desta descompensação?
A ) Tromboembolismo pulmonar
D ) Deficiência de IgA
Comentário
A vinheta clínica traduz uma reacção hemolítica imune aguda, pós transfusional. Os
sintomas incluem dispneia, febre, dor torácica, dor lombar, hipotensão, taquicardia,
icterícia e colúria. Analiticamente, salienta-se os sinais de hemólise nomeadamente,
elevação da bilirrubina e LDH, e diminuição da haptoglobina.
Relativamente às outras opções, O TEP (alínea 1) é uma hipótese a considerar perante
uma dispneia súbita, principalmente numa situação pós trauma; A TRALI (alínea 2) é
também causa de dispneia pós transfusional; Doentes com de ciência de IgA (alínea 4)
podem apresentar-se com ana laxia quando recebem transfusões de dadores com IgA.
No entanto, em todos estes casos, não é típica a existência de hemólise, tornando-se
menos prováveis. Uma incompatibilidade minor (alínea 5) manifesta-se por evolução mais
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgCz… 51/192
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indolente e sintomas mais ligeiros, como febre e icterícia, neste caso, numa apresentação
aguda com instabilidade hemodinâmica, torna-se uma hipótese menos provável.
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B ) Rinorreia Posterior.
D ) Asma.
E ) Tosse Psicogénica.
Comentário
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Comentário
Este caso clínico ilustra uma neoplasia do cólon com metastização extensa em fase de
oclusão intestinal, com consequente perfuração intestinal e peritonite generalizada.
Perante este quadro de prognóstico reservado, as diretivas antecipadas de vontade
deverão ser consultadas e cumpridas. Neste sentido, o início de terapêutica antibiótica ou
a realização de cirurgia para descompressão intestinal, limpeza peritoneal e resseção dos
segmentos lesados estarão dependentes da vontade expressa pelo doente (opções 1 e 3).
A terapêutica opióide deverá ser otimizada de modo a controlar as queixas álgicas
intensas referidas. Perante a gravidade do quadro, esta otimização deverá ser feita em
internamento (opção 5), se esta for a vontade do doente. Por m, apesar dos opióides
poderem causar íleus e depressão do estado de consciência como efeitos adversos, não
explicam a restante sintomatologia apresentada, pelo que não devem ser suspensos
(opção 4).
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgCz… 55/192
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A ) Realizar urocultura
D ) Iniciar analgesia
Comentário
Os achados clínicos são altamente sugestivos de uma cistite aguda não complicada. A
medida mais correcta seria medicar com antibioterapia empírica apropriada para os
agentes mais frequentes da comunidade, nomeadamente com fosfomicina, dose única.
Estes doentes não têm necessidade de realizar urocultura, nem ecogra a renal, nem
avaliação analítica suplementar. A analgesia isolamente revelou-se inferior ao tratamento
com antibioterapia empírica.
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgCz… 56/192
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45. Uma mulher de 65 anos de idade, caucasiana, recorre à sua consulta 0/1
por agravamento da dor na região lombar, que irradia bilateralmente para
as coxas, com um ano de evolução. A dor agrava após 10 minutos em
ortostatismo e com a marcha, aliviando quando se senta ou quando
“empurra o carrinho de compras”(sic). Nega dor ou edema das pernas.
Tem antecedentes de: hipertensão arterial, dislipidemia e doença
pulmonar obstrutiva crónica. Encontra-se medicada com enalapril,
sinvastatina, brometo de glicopirrónio e indacaterol. Tem 163 cm de
altura e pesa 85 kg; IMC 32 kg/m2. Os sinais vitais são temperatura
36,8ºC, frequência cardíaca 79/min, frequência respiratória 16/min e
pressão arterial 135/85 mm Hg. O exame físico não apresenta
alterações.Que diagnóstico é mais provável nesta doente?
D ) Espondilite Anquilosante.
E ) Lombalgia Postural.
Comentário
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Comentário
Tendo em conta o quadro clínico, temos um caso de hemorragia digestiva, num doente
que se encontra com alguma instabilidade hemodinâmica (taquicardia e hipotensão, dado
o doente ser hipertenso), sendo clinicamente signi cativa (lipotimia) e queda de
hemoglobina de aproximadamente 3g/dL. Desta forma é necessário estabilizar o doente,
devendo o mesmo ser submetido a transfusão de concentrado eritrocitário e uidoterapia.
Neste caso atendendo ao quadro clínico poderíamos estar com um quadro de hemorragia
digestiva alta, mas dado que o doente apresentou estabilização hemodinâmica após as
medidas iniciais a hemorragia é mais sugestiva de ser de origem baixa. Não tem
indicação cirúrgica urgente dado que não se encontra em choque hemorrágico e 80% das
hemorragias diverticulares (sigmoidoscopia sugestiva de hemorragia diverticular) são
autolimitadas. Desta forma e atendendo que a hemorragia poderá recidivar o doente
deverá ser internado para vigilância. Não apresenta indicação formal para
sigmoidectomia electiva, mas deverá ser ponderada em consulta de cirurgia geral.
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgCz… 58/192
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Bibliogra a:
• Andersen DK, Billiar TR; et.al. Schwartz’s Principles of Surgery. 10th ed. McGraw Hil
Education
• Jahansouz C, Kwaan MR, et.al. The use of lavage for the management od Diverticulitis.
Advances in Surgery 2018; 58:275-86
• Al Harakeh H, Paily AJ, et.al. Recurrent Acute Diverticulitis: when to operate? In amm
Intest Dis 2018;3:91-9
Comentário
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgCz… 59/192
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C ) TC torácica
Comentário
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgCz… 60/192
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49. Uma mulher de 35 anos de idade, operária na indústria têxtil, com 0/1
antecedentes familiares de artrite reumatóide na mãe e avó materna,
recorre à consulta no centro de saúde por queixas álgicas no punho e
primeiro dedo da mão esquerda de agravamento progressivo nas últimas
três semanas, aliviando com o repouso. Refere que já faltou ao emprego
nos últimos dois dias, por as queixas serem altamente incapacitantes,
solicitando uma baixa. É fumadora de 30 UMA e refere consumo
ocasional de haxixe. Tem 155 cm de altura e pesa 70 kg; IMC 29,1 kg/m2.
Os sinais vitais são temperatura 36,2ºC, frequência cardíaca 95/min,
frequência respiratória 18/min e pressão arterial 110/70 mm Hg.
Apresenta discreto edema e dor à palpação da apófise estilóide do rádio
esquerdo, sem crepitação à mobilização do 1º dedo da mão. A dor
agrava com a manobra de Finkelstein. O restante exame físico é
irrelevante. Traz consigo um raio-X do punho que não apresenta
alterações.Tendo em conta o quadro clínico, qual a sua principal hipótese
de diagnóstico?
A ) Artrite Reumatóide.
B ) Rizartrose.
D ) Tenossinovite de De Quervain.
Comentário
rádio, nem agravar com a manobra de Finkelstein mas sim com a de Tinel ou Phalen.
A Tenossinovite de De Quervain é das principais causas de queixas álgicas de ritmo
mecânico no primeiro dedo da mão. O carácter agudo das queixas e a relação com o
traumatismo repetido na fábrica têxtil onde trabalha favorecem este diagnóstico. Os
achados ao exame objetivo e a normalidade do RX tornam esta hipótese a mais provável
neste caso clínico.
O Síndrome do Canal de Guyon resulta da compressão do nervo cubital, apresentando-se
por hipostesia, parestesias e disestesias no seu território de inervação (metade interna do
4º dedo até 5º dedo). Pode ainda ocorrer atro a dos músculos intrínsecos da mão
inervados por este nervo. A vinheta clínica não é por isso compatível com este
diagnóstico.
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgCz… 62/192
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B ) Desmame de pregabalina.
C ) Desmame de bromazepam.
D ) Adição de fluvoxamina.
E ) Desmame de diazepam.
Comentário
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgCz… 63/192
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A ) Anticorpo Anti-Scl70.
B ) Fator Reumatóide.
D ) Imunoglobulina G sérica.
Comentário
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgCz… 64/192
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A ) Aciclovir
B ) Olopatadina
D ) Eritromicina tópica
E ) Amoxicilina oral
Comentário
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgCz… 65/192
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A ) Trombólise
B ) Administrar aspirina
C ) Punção lombar
D ) RM crânio-encefálica
E ) TAC crânio-encefálica
Comentário
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgCz… 66/192
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54. Uma mulher de 75 anos recorre ao seu médico assistente por queixas 0/1
de astenia de agravamento progressivo. Como antecedentes pessoais,
salienta-se tabagismo activo (55UMA) e consumo de cerca de 40g de
álcool por dia. Os sinais vitais eram: temperatura de 36.2ºC; pressão
arterial de 160/85mmHg; frequência cardíaca de 80/min; frequência
respiratória de 20/min. Ao exame objectivo salientava-se obesidade,
com um IMC de 34kg/m2 e estrias arroxeadas na região abdominal.Foi
pedida uma avaliação analítica, que revelou:• Na+ 140mEq/L• Cl 101
mEq/L• K 3.8 mEq/L• HCO3 24mEq/L• Glicose 289 mg/dL• Creatinina
1.5mg/dL• Ca2+ 10.2mg/dL• AST 20 U/L• ALT 25 U/L• ACTH 10pg/mL (valor
de referência > 5pg/mL)• cortisol urinário das 24h 400 µg (valor de
referência < 300µg)• cortisol sérico às 8h 45pg/mL Optou-se por pedir
um teste de supressão com dexametasona, sendo que, às 48h, o cortisol
sérico reduziu para 23pg/mL e os níveis de ACTH reduziram para 6pg/mL.
De acordo com estes resultados, qual a sua principal suspeita
diagnóstica?
A ) Adenoma pituitário
D ) Feocromocitoma
E ) Síndrome de Addison
Comentário
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgCz… 67/192
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uma neoplasia do pulmão, (alínea 3), esta produção de ACTH também não seria
suprimida pelo teste, veri cando-se a manutenção dos níveis elevados de cortisol.
A ) Metanefrinas urina
B ) Hemoculturas
Comentário
A vinheta clínica é sugestiva de uma síndrome de Addison, uma insu ciência da glândula
supra-renal no contexto de uma infeção no contexto de tuberculose. Esta síndrome é
caracterizada por astenia, perda de peso, hipotensão e hiperpigmentação nas superfícies
extensoras. A suspeita clínica é con rmada com a medição dos níveis de cortisol basais e
após estimulação com cosintropina (ACTH), demonstrando-se a insu ciência da glândula
supra-renal para sintetizar cortisol e aldosterona.
Relativamente às outras alíneas, o doseamento das metanefrinas (1) está indicado na
suspeita de feocromocitoma; as hemoculturas (3) estariam indicadas perante a suspeita
da hipotensão e em contexto de choque séptico, sendo que, a evolução insidiosa e clínica
sugestiva de síndrome de Addison são contra esta suspeita; A medição da aldosterona
após sobrecarga hídrica (4) encontra-se indicada para con rmar o diagnóstico de
hiperaldosteronismo primário, uma causa secundária de hipertensão arterial, com
hipocalémia e renina baixa; O renograma com captopril (5) é um exame de rastreio
perante a suspeita de estenose da artéria renal, uma causa de hipertensão arterial
secundária.
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgCz… 68/192
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56. Doente do sexo feminino, 40 anos, foi trazida ao serviço de urgência 0/1
pelo marido, por quadro de confusão com cerca de um dia de
evolução.A doente não tinha antecedentes pessoais conhecidos nem
tomava medicação habitual. Os seus sinais vitais eram: temperatura
38.3ºC; pressão arterial 120/75mmHg; frequência cardíaca 87/min;
frequência respiratória 18/min; SpO2 97%. Ao exame objectivo,
salientava-se palidez da pele e mucosas e petéquias nos membros. A
força muscular nas extremidades superiores e inferiores direitas
encontrava-se diminuída, de grau 4/5, encontrando-se preservada à
esquerda. Foi pedida uma avaliação analítica, que revelou: • Hemoglobina
7.0 g/dL• Hematócrito 21%• Leucócitos 10.2 x 109/L• Plaquetas 20 x 109/L
• PT e apTT normais• teste de Coombs negativo• bilirrubina total 5mg/dL•
LDH 300U/L• creatinina 5mg/dLO esfregaço de sangue periférico era o
seguinte: Tendo em conta o quadro clínico, qual seria a sua abordagem?
A ) Vigilância
C ) Troca de plasma
D ) Rituximab
E ) Corticoterapia
Comentário
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgCz… 69/192
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https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgCz… 70/192
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A ) Streptococcus pneumoniae
B ) Haemophilus influenzae
C ) Neisseria meningitidis
D ) Listeria monocytogenes
E ) Pseudomonas aeruginosa
Comentário
Todos os agentes citados nas alíneas são possíveis causadores de meningite bacteriana.
O único agente cujo tratamento de primeira linha para meningite bacteriana é a ampicilina
é a Listeria monocytogenes (sendo que, em doente crítico, poderia ser adicionado
também a gentamicina).
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgCz… 71/192
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A ) Tem indicação cirúrgica urgente para Ressecção anterior do Recto com excisão
total do mesorecto
B ) Tem indicação cirúrgica electiva para Ressecção anterior do Recto com excisão
total do mesorecto
Comentário
Dado não ter clínica de hemorragia activa, com tradução clínica e analítica, nem clínica de
abdómen agudo ou oclusão intestinal não tem indicação para cirurgia de urgência. Não
tem indicação cirúrgica electiva para Ressecção anterior do recto com excisão total do
mesorecto, dado não ter contra-indicação conhecida para quimioterapia ou radioterapia
neoadjuvante. Neste caso o doente tem indicação para terapêutica simultânea com
quimioradioterapia por ter sido estadiado pela tomogra a computorizada e ressonância
magnética pélvica como cT2N1M0.
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgCz… 72/192
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Comentário
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgCz… 73/192
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D ) Acalmar a doente e dizer que a perda de peso é positiva para a sua saúde
Comentário
Atendendo ao quadro clínico a doente apresenta suspeita de ter uma úlcera péptica
gástrica (história de dispepsia e dor abdominal epigástrica que agrava com a
alimentação). Dado que a doente tem mais de 45 anos tem indicação para realização de
endoscopia digestiva alta. Esta indicação é reforçada ainda pela perda de peso e anorexia,
devendo ser excluído patologia maligna. Deve ser medicada com Inibidores da Bomba de
Protões de forma a diminuir os sintomas, não como prova terapêutica que ca reservada
para doentes com menos de 45 anos, sem sintomas de alarme e com um teste de H.
Pylori negativo (exemplo o teste respiratório).
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgCz… 74/192
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Comentário
O caso clínico descreve uma criança com emissão tardia de fezes após o nascimento,
pneumonias frequentes e má progressão ponderal/baixo peso. Este conjunto de sintomas
é muito sugestivo de brose quística, uma doença multissistémica causada por uma
mutação genética na proteína reguladora da condução transmembranar CFTR, que afecta
o seu normal funcionamento. Como resultado, a produção epitelial de secreções é
afectada. As pneumonias e a insu ciência pulmonar progressiva são causadas pela
acumulação de secreções espessas nos pulmões que eventualmente obstruem a via
aérea e levam ao desenvolvimento de infecções e bronquiectasias.
Os tumores da via aérea e a aspiração de corpos estranhos geralmente manifestam-se
com estridor e sibilos à auscultação pulmonar, devido à obstrução. A pneumonia também
poderia ser uma hipótese plausível, mas a má progressão ponderal e fezes em quantidade
abundante não são tão características. Imunode ciências resultam em infecções
frequentes, muitas vezes causadas por microrganismos incomuns, e a má progressão
ponderal também poderá fazer parte do quadro clínico; no entanto, e emissão de fezes
tardia após o nascimento e fezes abundantes e com odor fétido não são sintomas
frequentemente encontrados.
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgCz… 75/192
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https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgCz… 76/192
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A ) Antinuclear.
C ) Anti-centrómero.
D ) Anti-Smith (Sm).
E ) Anti-Ro / SS-A.
Comentário
O caso clínico representa uma crise renal esclerodérmica. A doente apresenta uma
hipertensão maligna, com repercussão no sistema nervoso central (apresentando-se
obnubilada e desorientada) e renal (com oligúria marcada e consequente quadro
congestivo sistémico). Analiticamente, uma anemia hemolítica microangiopática (neste
caso, apresenta a característica anemia normocítica, com elevação da LDH) e
trombocitopenia podem ocorrer. A urina II tipicamente apresenta hematúria microscópica
e proteinúria.
Suportando este diagnóstico, a doente apresenta ainda envolvimento cutâneo
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgCz… 77/192
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63. Jovem do sexo masculino, 18 anos, recorre a consulta com o seu 0/1
médico de família. Refere que desde há cerca de 3 semanas que dorme
persistentemente mal, queixando-se de acordar cansado, de ter
dificuldades em adormecer e de múltiplos despertares noturnos. Refere
que isto faz com que ande muito mais irritado durante o dia, tendo
inclusivamente levado a que faltasse já a algumas aulas da faculdade.
Perante o caso apresentado, qual seria a sua abordagem?
A ) Explicar ao jovem que a insónia é uma situação comum na sua faixa etária e que
acabará por se resolver espontaneamente
E ) Explorar as causas dos sintomas, explicar ao jovem que sofre de insónia e iniciar
trazodona em doses baixas.
Comentário
Num jovem com perturbação do sono, neste caso insónia e sono pouco reparador, as
medidas iniciais passam pela evicção das causas, após o seu reconhecimento e pelas
medidas de higiene do sono, não estando indicada como primeira abordagem a
medicação nem o encaminhamento para consulta de psiquiatria.
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgCz… 78/192
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A ) Plaquetas 90 000/mm3.
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgCz… 79/192
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Comentário
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgCz… 80/192
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65. Mulher, 69 anos, recorre ao Serviço de Urgência por cefaleia occipital 0/1
de grande intensidade, de início súbito, enquanto arrumava caixotes com
material pesado em casa, com cerca de 1 hora de evolução. A
acompanhar, indica fotofobia, vómitos (3 episódios) e dificuldades na
marcha. Dos antecedentes pessoais da doente, destaca-se: HTA
(medicada com lisinopril), Diabetes tipo 2 (medicada com metformina),
dislipidemia (medicada com sinvastatina) e Fibrilação Auricular
(medicada com rivaroxabano). Na admissão no SU, a doente estava vígil,
consciente, orientada nos 3 domínios, hipertensa (TA de 150/105 mmHg),
FC de 90 bpm, FR 18 com, e com uma SatO2 de 98% em ar ambiente.
Mucosas coradas, hidratadas, anictéricas. Auscultação cardiopulmonar
sem alterações. O exame neurológico revelou uma discreta fraqueza dos
músculos da mímica facial, e o exame do III par craniano revelou a
presença de um notável nistagmo. Prova calcanhar joelho com dismetria
bilateral e marcha atáxica. Evidenciou-se, também, rigidez da nuca.
Pediu-se uma TAC crânio-encefálica.Qual a hipótese diagnóstica mais
provável para o caso descrito?
A ) Hemorragia cerebelar
B ) Hemorragia da ponte
C ) Hemorragia talâmica
D ) Hemorragia subaracnoideia
E ) Hemorragia subdural
Comentário
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgCz… 81/192
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A ) Miastenia Gravis
C ) Doença de Alzheimer
D ) Doença de Parkinson
E ) Tremor Essencial
Comentário
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B ) Ecografia tiroideia
C ) Levotiroxina
Comentário
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09/11/2019 4º EXAME DE SIMULAÇÃO PE - PNA 2019
Comentário
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C ) Solicitar Laringoscopia.
Comentário
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excluída.
Comentário
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B ) Artrite Psoriática.
C ) Metástase vertebral.
D ) Espondilite Anquilosante.
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E ) Osteoartrose.
Comentário
O caso clínico apresenta um doente jovem com história de doença in amatória intestinal,
que se encontra associada a espondiloartropatias. Apresenta um quadro de lombalgia de
ritmo in amatório com o típico agravamento matinal e alívio das queixas ao longo do dia
e também com agravamento noturno. As manobras ao exame físico são também
características da doença – manobra de FABER positiva comprovando o envolvimento das
articulações sacroilíacas; Teste de Schober <4cm re etindo a diminuição da amplitude de
movimento da coluna na ante exão. A radiogra a da coluna documenta sindesmó tos,
conduzindo ao aspeto típico de coluna em bambu.
O lúpus eritematoso sistémico surge em jovens do sexo feminino, sendo mais comum na
raça negra. Cursa com poliartrite intermitente (sendo o envolvimento axial incomum)
acompanhada de sintomatologia sistémica – cutânea, renal, neurológica, hematológica –
que permite estabelecer o diagnóstico. Não é por isso o diagnóstico mais provável nesta
vinheta clínica.
A artrite psoriática pode ocorrer previamente ao aparecimento de lesões cutâneas
características em 20% dos doentes. De entre os cinco padrões de apresentação, o
envolvimento axial sem artrite periférica surge em 5% dos doentes. Habitualmente
envolve mais a coluna cervical e na radiogra a os sindesmó tos são em reduzida
quantidade, assimétricos e não surgem na margem do corpo vertebral, em oposição à
Espondilite Anquilosante.
A metastização da coluna vertebral poderia ser equacionada dado o doente apresentar
uma exacerbação noturna da dor. Todavia este agravamento noturno enquadra-se
também no ritmo in amatório das queixas álgicas. O cansaço fácil que o doente
apresenta podendo ocorrer em estados consumptivos como as neoplasias surge também
em estados in amatórios crónicos. As alterações ao exame objetivo e radiográ cas, a par
da idade do doente, tornam esta opção mais inverosímil.
A osteoartrose tipicamente apresenta-se em idade mais avançada, sendo mais frequente
em mulheres. As queixas álgicas são de ritmo mecânico e as alterações na radiogra a
são o aparecimento de osteó tos, sem haver um completo bridging dos corpos vertebrais.
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgCz… 88/192
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A ) Plasmaferese
B ) Cinesiterapia
C ) Cessação tabágica
D ) Imunoglobulina Intravenosa
E ) Timectomia
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Comentário
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgCz… 90/192
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C ) Anafilaxia.
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgCz… 91/192
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Comentário
A síndrome da veia cava superior é, na maioria dos casos, causada por tumores malignos,
sendo que o carcinoma de pequenas células do pulmão é responsável por 85% dos casos.
O quadro clínico é em tudo idêntico ao apresentado, manifestando-se por edema da face,
região cervical e membros superiores, podendo resultar em di culdade respiratória e
cianose. Os doentes podem ainda apresentar edema da língua, cefaleia, congestão nasal,
epistáxis e disfagia. Os sintomas são progressivos e podem melhorar com o
desenvolvimento de circulação colateral. Na imagem apresentada, veri ca-se a presença
de abundante circulação colateral. O quadro clínico de insu ciência cardíaca aguda seria
compatível com os sintomas congestivos no território da veia cava superior, no entanto a
ausência de edema dos membros inferiores e o tempo de evolução do caso excluem esta
hipótese. O quadro de ana laxia pode manifestar-se por di culdade respiratória de
instalação súbita, não explicando a restante sintomatologia do doente. Por m o caso
clínico não é compatível com um quadro exclusivamente pulmonar, intersticial ou
infeccioso.
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgCz… 92/192
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74. Um homem de 65 anos de idade vem a uma consulta do seu médico 0/1
assistente, no centro de saúde, por dor nos glúteos e diminuição da
força nos membros inferiores particularmente durante a marcha. Refere
não ter estes sintomas em repouso. O doente também apresenta
queixas de disfunção erétil com início há pelo menos 6 meses. Os
antecedentes pessoais incluem dislipidemia, hipertensão arterial, doença
arterial coronária e diabetes mellitus tipo 2. Está medicado com
telmisartan, aspirina, rosuvastatina, metformina e glibenclamida. É ex-
fumador (iniciou os hábitos tabágicos aos 17 anos e suspendeu-os aos
60 anos – 86 UMA). É professor do ensino básico. Ao exame objetivo:
temperatura 36.6ºC, frequência cardíaca 82/min, frequência respiratória
13/min, pressão arterial 139/74 mmHg, IMC 28 kg/m2, pulsos femorais
diminuídos e pouco palpáveis bilateralmente e índice tornozelo-braço
0.5 à esquerda e 0.6 à direita. O restante exame objetivo está dentro dos
parâmetros de normalidade.Qual dos diagnósticos é o mais provável?
B ) Doença de Buerguer.
D ) Síndrome de Leriche.
E ) Neuropatia diabética.
Comentário
Estamos perante um doente do sexo masculino de 65 anos de idade com múltiplas pistas
clínicas que nos fazem suspeitar de doença aterosclerótica generalizada: antecedentes
pessoais de dislipidemia, HTA, doença arterial coronária e DM tipo 2, carga tabágica de 86
UMA e excesso de peso (IMC 28 kg/m2). O doente apresenta-se com um quadro de dor
na região glútea e diminuição da força nos membros inferiores particularmente durante a
marcha. Os sintomas são despoletados pelo exercício, estando ausentes quando o
doente está em repouso. A este quadro associa-se a queixa de disfunção erétil com pelo
menos 6 meses de evolução. Do exame objetivo destacam-se pulsos femorais diminuídos
e pouco palpáveis bilateralmente e ITB de 0.5 à esquerda e de 0.6 à direita.
Assim, a hipótese de diagnóstico mais provável é este caso tratar-se dum síndrome de
Leriche, um síndrome de natureza aterosclerótica que resulta da obstrução da porção
terminal da aorta e inicial das artérias ilíacas e que se carateriza clinicamente por
claudicação intermitente da região glútea, pulsos femorais diminuídos/ausentes e
impotência sexual. Um índice tornozelo-braço (razão entre a pressão arterial medida na
parte inferior da perna ou tornozelo e a pressão arterial medida no braço) inferior ou igual
a 0.9 é indicativo de doença arterial periférica, sendo a favor desta hipótese de
diagnóstico.
Um aneurisma da aorta abdominal é assintomático na maioria das vezes e a principal
manifestação clínica é uma massa pulsátil abdominal. O primeiro sintoma dum aneurisma
da aorta abdominal pode surgir apenas quando o mesmo se rompe (nesse caso podemos
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgCz… 93/192
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ter a tríade de massa abdominal pulsátil, hipotensão e dor abdominal de início súbito).
Além disso, o ITB é normal em caso de aneurisma da aorta abdominal. A doença de
Buerguer ou tromboangeíte obliterante é um tipo raro de doença arterial periférica
oclusiva que afeta geralmente fumadores, mais frequentemente homens entre os 20 e os
40 anos. É uma vasculite que afeta primariamente vasos de médio calibre e que
geralmente resolve com a cessação tabágica (o tabaco é o principal fator de risco). Neste
caso, a claudicação intermitente afeta mais frequentemente as mãos e/ou os pés. Assim,
é uma hipótese de diagnóstico a considerar, mas muito menos provável
comparativamente ao Síndrome de Leriche. Uma hérnia discal lombar poderia explicar a
dor do doente (a dor ciática tipicamente origina-se na região lombar e desce pela região
glútea até à porção posterior da perna) e a diminuição da força nos membros inferiores,
mas nesse caso a dor não se relacionaria com o exercício e o ITB seria normal. Apesar da
neuropatia diabética poder provocar disfunção erétil, a forma mais comum de neuropatia
diabética é uma polineuropatia sensoriomotora periférica que se manifesta por dor,
sensação de queimadura, perda da sensibilidade e/ou perda de força em luva e meia,
começando nas extremidades dos membros e progredindo de distal para proximal. Assim,
as queixas do doente não sugerem esta etiologia e a mesma não explicaria a diminuição
do ITB.
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgCz… 94/192
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75 - Doente com 45 anos recorre à urgência por dor abdominal intensa, 3 0/1
episódios de vómitos e diarreia com cerca de 6 horas de evolução. Ao
exame objetivo o abdómen encontra-se mole e depressível à palpação e
sem agravamento da dor com a palpação, mantendo, no entanto, dor
constante. Apresenta um pulso arrítmico e o ECG confirma a presença
de Fibrilhação Auricular que era desconhecida previamente e por isso o
doente não se encontrava anticoagulado. Analiticamente apresenta
discreta leucocitose e elevação da PCR sem outros achados. Em relação
ao caso clínico qual é o diagnóstico mais provável?
Comentário
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgCz… 95/192
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D ) O senhor tem uma doença mental, mas não se preocupe, irei ajudá-lo.
Comentário
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgCz… 96/192
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Comentário
Este caso clínico apresenta uma doente em ana laxia, secundária à administração de
dois medicamentos injetáveis, com um quadro de di culdade respiratória, urticária e
hipotensão. A terapêutica basilar é a administração de adrenalina subcutânea ou
intramuscular. Podem ser tomadas outras medidas, como a administração de anti-
histamínicos e amino lina, bem como suporte ventilatório (oxigénio, entubação
endotraqueal ou traqueostomia) e hemodinâmico ( uidoterapia, agentes inotrópicos ou
vasoconstritores). Os glucocorticoides não são e cazes no evento agudo, mas sim para
evitar o efeito rebound dos mediadores químicos libertados na ana laxia, que provocam
recorrência dos sintomas tardiamente. Assim, a única medida acertada é a D).
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgCz… 97/192
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D ) Radiografia de abdómen
E ) Videocápsula endoscópica
Comentário
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgCz… 98/192
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Comentário
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgCz… 99/192
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C ) Fazer mamografia
Comentário
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 100/192
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https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 101/192
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A) Betametasona
C) Misoprostol
E) Cesariana urgente
Comentário
é inapropriado.
Opção D): Alta hospitalar com reavaliação em consulta não é uma opção para a
abordagem de uma RPMPT, pelo risco de parto pré-termo e infeções como
corioamnionite.
Opção E): Cesariana não está indicada neste caso uma vez que a gestação é pré-termo e
não está em trabalho de parto.
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 103/192
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B) Vasa prévia
C) Placenta prévia
Comentário
Esta grávida apresenta-se com contrações uterinas regulares e dolorosas, colo uterino
com 3 cm de dilatação e ligeira perda hemática, e um traçado cardiotocográ co
tranquilizador. Estas achados são consistentes com um trabalho de parto normal.
Trabalho de parto é de nido por contrações uterinas e alterações progressivas co colo do
útero. Algumas mulheres apresentam uma perda hemática de pequena quantidade antes
do início do trabalho de parto, durante o trabalho de parto latente ou durante a rutura de
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 104/192
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membranas.
A gura A demonstra um traçado da frequência cardíaca fetal tranquilizador com 3
contrações uterinas, frequência cardíaca fetal de 145 batimentos por minuto, variabilidade
moderada, várias acelerações e ausência de desacelerações.
Opção B): Vasa prévia é a passagem de vasos fetais ao longo das membranas
amnióticas, sobre o orifício interno do colo. Quando as membranas rompem, estes vasos
podem também romper, causando hemorragia de sangue fetal àemergência obstétrica! A
frequência cardíaca fetal iria demonstrar uma estado fetal patológico tal como
bradicardia fetal seguido de padrão sinusoidal.
Opção C): Placenta prévia é a implantação da placenta sobre o orifício interno do colo ou
próximo dele. Nesta anomalia, trabalho de parto e rutura de membranas costumam estar
associados a perda hemática severa e a um estado fetal não tranquilizador sem dor
abdominal signi cativa. No termo, o parto deve ser realizado por cesariana.
Opção D): Descolamento prematuro da placenta normalmente inserida pode resultar de
hipertensão, cocaína, trauma abdominal e normalmente apresenta.se como hemorragia
vaginal dolorosa. Contrações uterinas são habitualmente leves mas frequentes e o
traçado da frequência cardíaca fetal mostra estado fetal não tranquilizador.
Opção E): Coagulação intravascular disseminada (CID) é uma causa comum de
hemorragia anormal no trabalho de parto e resulta do consumo excessivo de fatores de
coagulação. Esta doente apresenta-se com uma hemorragia vaginal escassa o que não
levanta a suspeita de CID.
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 105/192
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83. Uma mulher de 29 anos recorre ao serviço de urgência por quadro 0/1
com dois dias de evolução de precordialgia intensa com agravamento
em decúbito dorsal e com a inspiração e com alívio na posição sentada e
com a inclinação para a frente. A dor irradia para os músculos trapézios.
Tem como antecedentes poliartrite em investigação e dois abortos
espontâneos recentes, ambos no primeiro trimestre de gravidez. Os
sinais vitais são temperatura 37,2ºC, pressão arterial 98/73mmHg,
frequência cardíaca 98/min e frequência respiratória 21/min, saturação
periférica de O2 96%. À auscultação verifica-se som agudo mais audível
com o diafragma do estetoscópio e no final da expiração. Realiza uma
radiografia de tórax que não revela alterações e um ECG, tal como
mostra a figura. Qual dos seguintes estudos analíticos mais
provavelmente poderá informar sobre a principal suspeita de
diagnóstico?
B ) Fator reumatóide
D ) PTH
Comentário
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 106/192
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https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 107/192
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Comentário
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 108/192
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Comentário
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 110/192
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86. Uma mulher de 38 anos de idade recorreu ao serviço de urgência por 0/1
quadro de edema da face mais evidente ao acordar e dos membros
inferiores com uma semana de evolução. Referia ter notado apenas que
os seus anéis se encontravam mais apertados e os sapatos já não
apresentavam o tamanho adequado. A doente apresentava-se apirética,
com frequência cardíaca de 75/min e pressão arterial de
168mmHg/83mmHg. Desconhecia valores habituais de tensão arterial. Ao
exame físico destacava-se edema periorbitário e de ambos os
tornozelos. Os resultados laboratoriais eram os seguintes: hemoglobina
10.7mg/dL, leucócitos 4500/mm3, plaquetas 165000/mm3, BUN 25mg/dL,
creatinina 1.5mg/dL, albumina 2.4mg/dL, proteínas totais 3.6mg/dL,
colesterol total 307mg/dL, triglicéridos 203mg/dL. Optou-se pelo
internamento da doente para avaliação etiológica. Em regime de
internamento realizou estudo analítico alargado que revelou nível sérico
de C3 baixo, bem como biópsia renal que demonstrou proliferação do
mesângio com interposição entre a membrana basal e células endoteliais
– tram tracking, tal como na figura seguinte. Qual das seguintes
condições clínicas pode ser considerada como potencial etiologia da
doença renal presente no caso descrito?
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgCz… 111/192
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Comentário
A doente acima descrita apresenta síndrome nefrótica, baixos níveis séricos de C3 e tram-
tracking na biópsia renal, representando um caso de glomerulonefrite
membranoproliferativa tipo I (GNMP). A GNMP tipo I geralmente é uma doença de
progressão mais lenta secundária ao lúpus eritematoso sistémico (LES), hepatite C ou
hepatite B crónicas. A GNMP tipo II é uma doença mais agressiva causada pela ativação
autoimune do complemento pelo fator nefrítico. Os dois tipos de GNMP podem ser
distinguidas na biópsia. O tipo I mostra "tram-tracking” e o tipo II mostra depósitos densos
intramembranosos.
A infeção por HIV encontra-se mais frequentemente associada a glomerulosclerose
segmentar e focal (GESF). As doenças in amatórias crónicas, como a artrite reumatóide,
estão associadas a amiloidose renal. Na biópsia renal destaca-se coloração positiva com
o vermelho do congo e birrefringência verde-maçã. A sí lis está associada a nefropatia
membranosa. A diabetes não controlada leva muitas vezes a nefropatia diabética. A
biópsia mostra esclerose e lesões de Kimmelstiel-Wilson.
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 112/192
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87. Uma menina de 9 meses deu entrada no Serviço de Urgência com 0/1
queixas de tosse, febre e apresentava uma hipóxia ligeira. Realizou uma
radiografia torácica, que mostrava uma consolidação no lobo pulmonar
superior direito. As hemoculturas foram positivas para Staphylococcus
aureus. Neste contexto foi internada, e cerca de 24 horas após a
admissão sofreu uma agudização do quadro, com aumento do esforço
respiratório, tiragem, hipotensão e aumento da necessidade de oxigénio
suplementar.Qual é o próximo passo mais apropriado?
Comentário
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 113/192
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A ) TC da glândula pituitária
E ) Avaliação cromossómica
Comentário
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 114/192
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Comentário
A vinheta clínica descreve o caso clínico de uma endocardite infecciosa. Nestes doentes,
a American Heart Association recomenda a realização de antibioticoterapia pro lática
aquando da realização de procedimentos dentários (B), uma vez que apresentam maior
risco de complicações sépticas.
Uma dieta com baixo teor de sal (A) não apresentará benefícios após a resolução do
quadro.
Por norma, o exercício físico não está contraindicado (C) a não ser que tenha havido uma
destruição extensa do músculo cardíaco ou sistema cardionector decorrente do processo
infeccioso. O mesmo se aplica a situações de stress e agitação (E).
Os restantes membros da família não se encontram em risco (D).
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 115/192
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E ) Antibioticoterapia endovenosa
Comentário
A vinheta clínica descreve o caso de uma celulite orbitária. Nas crianças, a maioria das
celulites orbitárias ocorre por extensão de uma infecção noutro local, tal como nos seios
perinasais. A sua gravidade prende-se com a possibilidade de afectar a visão da criança
ou de surgirem outras complicações, tais como trombose do seio cavernoso, meningite
ou abcesso cerebral. Como tal, requer internamento e antibioticoterapia ev (E).
Geralmente é realizada um TC ou RM para perceber a extensão da infecção e o
envolvimento dos tecidos circundantes. O tratamento consiste na drenagem cirúrgica.
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 116/192
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D ) Terapia cognitivo-comportamental.
Comentário
O doente apresenta-se com sintomas compatíveis com um ataque de pânico, com cerca
de 1 mês de episódios recorrentes. Perante a perturbação de pânico, sabemos que o
tratamento de longo-prazo mais efectivo é a terapia cognitivo-comportamental, uma vez
que poderá cessar os ataques de pânico, por transpor o controlo para o doente. O
alprazolam, sendo uma benzodiazepina, é e caz no tratamento da situação aguda, mas
não deve ser usado como rotina nem por mais de 3 a 4 semanas. A Buspirona é usada no
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 117/192
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Comentário
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 118/192
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Comentário
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 119/192
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A) Eco abdominal
B) Raio-X abdominal
C) Beta-HCG
D) Hemograma
E) TAC abdominal
Comentário
Pelo quadro clínico, temos como hipótese uma gravidez e para con rmar este diagnóstico
solicita-se a dosagem da hormona HCG (hormona gonadotró ca humana ou
gonadotro na coriónica) na urina ou no sangue. A HCG é uma glicoproteínas produzida
pelo sinciciotrofoblasto, com a função de prevenir a involução do corpo lúteo. A sua
produção cresce exponencialmente com o início da gravidez, sendo o dobro após cada
72h, com o seu pico entre 8 e 14 semanas. O HCG apresenta 2 subunidades, uma alfa,
comum às hormonas LH, FSH, TSH e outra beta, especí ca da gonadotro na coriónica.
Numa fase inicial, uma ecogra a abdominal pode não permitir fazer o diagnóstico de
gravidez.
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 120/192
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Comentário
Doentes com ≥25 anos com CCV a revelar ASCUS devem realizar um teste HPV-DNA. Se o
teste HPV-DNA for positivo após um ASCUS na CCV, uma colposcopia é recomendada
para biopsia do tecido cervical. Por outro lado, caso o teste HPV-DNA seja negativo, a CCV
deve ser repetida em 3 anos.
A CCV é recomendada de 3 em 3 anos para doentes com menos 30 anos. Para doentes
com ≥30 anos, o rastreio pode ser feito a cada 3 anos ou uma combinação de CCV e HPV-
DNA a cada 5 anos.
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 121/192
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Comentário
Neste caso clínico estamos perante uma grávida com antecedentes de obesidade, mas
com uma boa progressão ponderal relativamente ao seu IMC (em grávidas com IMC ≥ 30
kg/m2espera-se um aumento ponderal entre 5-9kg durante a gravidez). Encontra-se
assintomática, e sem intercorrências descritas até esta consulta. Pela ecogra a do 2ºT,
aparentemente, não se observa nenhuma alteração morfológica e pela avaliação
placentar excluímos placenta prévia uma vez que esta é de nida como uma placenta
implementada sobre o orifício interno do colo (OCI) ou próximo dele, e está encontra-se a
35 mm do OCI. Uma placenta que se estende no semento uterino inferior mas está a >
2cm do OCI designa-se por placenta de inserção baixa.
Relativamente às análises do 2º trimestre a doente mantém a não-imunidade à
toxoplasmose, por isso exclui-se infeção durante a gestação e sobre a PTOG os valores
encontram-se dentro da normalidade (glicose < 92 às 0h, <180 à 1h e < 153 às 2h). Assim
exclui-se também uma gravidez complicada com diabetes.
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 122/192
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Assim estamos perante uma gravidez sem intercorrências até à data, que deve manter
uma vigilância obstétrica de baixo risco.
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 123/192
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97. Uma mulher de 78 anos de idade é trazida ao serviço de urgência pela 0/1
ambulância após perda de consciência. A vizinha da doente, que a
acompanha, relata que o episódio ocorreu enquanto esta subia as
escadas do prédio após ir ao supermercado. A perda de consciência foi
transitória e ela está atualmente vígil e orientada no tempo e espaço.
Refere desde há uns meses episódios de desconforto torácico tipo
pressão com duração de minutos que alivia com a suspensão das
atividades e edema dos membros inferiores. A doente há vários anos
que recusa recorrer a serviços de saúde e nega medicação habitual.
Nega também o uso de substâncias ilícitas ou bebidas alcoólicas. Os
sinais vitais são temperatura 37,0ºC, pressão arterial 158/82mmHg,
frequência cardíaca 84/min e frequência respiratória 21/min. Ao exame
físico destaca-se sopro mesossistólico grau III/VI, mais audível no 2º
espaço intercostal direito com irradiação para as carótidas e edema
bilateral até aos joelhos. A glicemia capilar mostra 205mg/dL.Qual das
seguintes condições clínicas presentes implica pior prognóstico nesta
doente?
A ) Síncope
B ) Angina
D ) Hipertensão
E ) Diabetes
Comentário
O caso anterior pretende descrever uma estenose aórtica sintomática. A maioria dos
doentes com EA pura ou predominante apresenta aumento gradual da obstrução durante
vários anos, mas não se torna sintomática até à 6ª a 8ª décadas de vida. Os sintomas
cardinais incluem síncope de esforço, angina e dispneia de esforço. Ao exame físico
destaca-se pulsus parvus et tardus, desdobramento paradoxal de S2 e S4. A presença de
insu ciência cardíaca congestiva prediz uma sobrevida média de aproximadamente 1.5
anos, enquanto que a angina e a síncope indicam uma sobrevida média de 3 anos. A
hipertensão e a diabetes mellitus não se encontram diretamente relacionadas com a
estenose aórtica e não são fatores de prognóstico tão evidentes quanto a insu ciência
cardíaca congestiva.
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 124/192
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A ) Cortisol urinário
B ) Alcoolemia
C ) Radiografia de tórax
D ) Metanefrinas urinárias
E ) TSH
Comentário
O ECG mostra brilhação auricular (FA) com resposta ventricular rápida. A FA é a arritmia
sustentada mais comum e é geralmente assintomática. No entanto, pode manifestar-se
por palpitações, intolerância aos exercícios e fadiga. Caracteriza-se por ativação auricular
desorganizada, rápida e irregular com perda de contração auricular e frequência
ventricular irregular. Nos doentes não tratados, a frequência ventricular tende a ser rápida
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 125/192
09/11/2019 4º EXAME DE SIMULAÇÃO PE - PNA 2019
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 126/192
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99. Uma doente de 48 anos de idade recorre ao consultório médico para 0/1
uma consulta de rotina anual. Ela diz que se tem sentido saudável no
último ano. Nega dispneia, sonolência diurna, cefaleias, sudorese ou
palpitações. Nega medicação habitual. Tem 155cm de altura e pesa 68kg;
IMC 28kg/m2. Os sinais vitais são temperatura 37,0°C, frequência
cardíaca 75/min, frequência respiratória 18/min e pressão arterial 157/92
mmHg. O exame físico revela uma mulher obesa mas sem outras
alterações. A doente não se recorda de em qualquer altura apresentar a
pressão arterial tão elevada.Qual dos seguintes é o plano mais
apropriado para a gestão deste doente nesta altura?
E ) Realizar um ecocardiograma
Comentário
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 127/192
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A ) Cálcio
B ) Chumbo
C ) Fosfato
D ) Potássio
E ) TSH
Comentário
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 128/192
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A ) Hipercaliémia
B ) Hipernatrémia
C ) Hipomagnesémia
D ) Hiponatrémia
E ) Hipocaliémia
Comentário
punção lombar que revela xantocromia no LCR. A hiponatrémia após HSA é relativamente
comum. Desenvolve-se geralmente dentro de 10 dias após a apresentação inicial. As duas
causas de hiponatremia na HSA incluem SIADH ou cerebral salt wasting.
A hipercaliémia apresenta ondas T apiculadas e alargamento do complexo QRS no ECG e
desenvolve-se mais frequentemente em doentes com insu ciência renal. A
hipermagnesémia manifesta-se por sonolência e diminuição dos re exos e é comum na
insu ciência renal e em doentes sob tratamento para a preeclampsia/eclampsia. A
hipernatrémia é comum em casos de desidratação. A resposta celular à hipernatrémia
crónica predispõe esses doentes ao desenvolvimento de edema cerebral e convulsões
durante a hidratação excessivamente rápida. A hipocaliémia manifesta-se por fraqueza
muscular e prolongamento do QT e ondas U proeminentes no ECG.
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 130/192
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A ) Abcesso cerebral
D ) Sinusite esfenoidal
Comentário
Os seios maxilares e etmoidais apresentam uma dimensão que faz com que possam
desenvolver-se infecções (sinusites) desde a infância. Os seios frontais raramente são
grandes o su ciente para vir a causar infecções até aos 6-10 anos de idade. Os seios
esfenoidais não se desenvolvem até aos 3-5 anos.
Geralmente uma “constipação” com 10-14 dias de duração, associada a febre e dor facial
é sugestiva de rinossinusite. Ao exame objectivo geralmente observa-se uma rinorreia
purulenta que drena do meato médio nas sinusites maxilares (B), frontais e etmoidais
anteriores. Pus no meato superior indica sinusite dos seios esfenoidais (D) ou etmoidais
posteriores. A sinusite esfenoidal geralmente não causa dor facial nem drenagem
purulenta com origem no meato médio.
O abcesso cerebral (A) é muito pouco provável uma vez que não há sintomas
neurológicos. A infecção estreptocócica (C) geralmente causa odinofagia, orofaringe
in amada e hiperemiada, sem outros sinais de infecção respiratória superior.
A criança pode ter, concomitantemente com a rinossinusite, uma otite média aguda (E),
mas a otoscopia não revela quaisquer alterações sugestivas da patologia.
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 131/192
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D ) Excesso de insulina
E ) Deficiência de glucagon
Comentário
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 132/192
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Comentário
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 133/192
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D ) Corticóides tópicos
E ) Antibioticoterapia tópica
Comentário
O eczema atópico é uma dermatite crónica que geralmente ocorre em crianças com
antecedentes pessoais ou familiares de atopia. Apresenta-se como lesões exantemáticas
papulovesiculares, eritematosas, que com o tempo progridem para uma dermatite
descamativa e liqueni cada. Dos 3 meses aos 2 anos de idade, o rash atinge
principalmente as bochechas, pulsos e couro cabeludo. Dos 2 aos 12 anos de idade, o
rash afecta as superfícies extensoras dos braços e pernas e o pescoço. O prurido é
bastante intenso e pode levar a lesões de coceira que sobreinfectam e/ou liqueni cam. O
tratamento inclui evicção de produtos dermatológicos irritantes para a pele, hidratantes e
emolientes cutâneos, e corticóides tópicos (D). Os inibidores da calcineurina tópicos são
o tratamento de segunda linha. Os anti-histamínicos podem ser úteis no alívio do prurido.
Produtos com carvão mineral (A) podem ajudar, mas não são tão e cientes. Os
tratamentos com laser (C) são mais utilizados na psoríase. Os antifúngicos tópicos (B)
são apropriados para o tratamento de tinhas. Antibióticos tópicos (E) são utilizados na
eventualidade de uma sobreinfecção.
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 134/192
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106. Uma jovem de 26 anos recorre a consulta com o seu médico de 0/1
família para avaliação global de saúde. Encontra-se preocupada com
uma sensação de aperto e queimadura na região da garganta sempre
que ingere refeições copiosas, pensando que terá algum tipo de doença
do esófago, como cancro, uma vez que o seu tio também teve. De
antecedentes pessoais, destaca-se síndrome do intestino irritável e
obstipação crónica. A sua medicação atual inclui suplementos proteicos,
ómega 3 e 6 e um complexo multivitamínico. Além das queixas referidas
inicialmente, a utente diz-lhe que se encontra preocupada com o seu
desempenho na faculdade e tem receio de não conseguir passar de ano.
Recentemente, teve nota negativa num exame o que lhe causou grande
angústia. Refere também que, além de tudo isto, a sua vida amorosa se
encontra afetada, tendo bastante medo que o seu namorado a deixe. A
utente sempre pensou que iria ser uma grande médica assim que
terminasse o seu curso de medicina, mas neste momento sente-se uma
pessoa terrível e incapaz. Conforme a consulta decorre, a jovem acaba
por dizer que se sente culpada pela morte do seu avô, há cerca de 1 ano,
revendo várias vezes na sua cabeça o seu funeral. Quando questionada,
refere que tem problemas em dormir, pelo que tem andado a tomar
também comprimidos de melatonina. Refere-lhe ainda que tem rezado
todos os dias, de 4 em 4h, na expectativa de que isso vá tornar a sua vida
mais fácil. Perante o caso clínico apresentado, qual é a hipótese
diagnóstica mais provável?
B ) Depressão.
D ) Perturbação Obsessivo-Compulsiva.
Comentário
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 135/192
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Comentário
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 136/192
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108. Doente do sexo feminino, 25 anos. Recorre ao seu médico de família 0/1
por queixas de epigastralgias com 1 mês de evolução, que surgem 2 a 3
horas após as refeições e que por vezes a acordam durante a noite. Por
alívio com as refeições, tem comido demais e ganho peso, o que tem
tido um importante impacto negativo na sua auto-estima. Sem náuseas,
diarreia ou outra sintomatologia associada. Refere que há cerca de 1
anoo, teve um quadro clínico semelhante onde se documentou uma
serologia para o H. pylori positiva. Na altura fez tratamento com
esomeprazol, com melhoria do quadro. À sua observação, a doente está
normotensa, normocárdica e apirética. Refere ligeiro desconforto à
palpação abdominal profunda mas não regista alterações no restante
exame objetivo.Tendo em conta o quadro clínico, qual a sua melhor
abordagem?
Comentário
Sendo uma doente jovem e sem fatores de risco, as queixas (sugestivas de úlcera
duodenal) são provavelmente enquadráveis na infeção crónica por H. Pylori. Neste caso,
pode-se fazer tratamento de erradicação do HP, com posterior teste de erradiação. Se os
sintomas persistirem, deve ser ponderada avaliação endoscópica. A terapêutica isolada
com inibidor da bomba de protões pode permitir melhoria sintomática, mas se não houver
erradicação da bactéria, é provável que o quadro recorra.
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 137/192
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109. Mulher de 51 anos recorre aos cuidados de saúde primários por 0/1
vários episódios de insónias nas últimas semanas. Além disso, refere
episódios transitórios mas recorrentes de sensação súbita de calor e
diaforese tanto durante o dia como à noite. Refere que estes episódios
noturnos influenciam o seu padrão de sono normal e que durante o dia
sente-se embaraçada pela diaforese excessiva associada à sensação de
calor. Acrescenta que nos últimos meses não tem tido relações sexuais
com o marido pela dispareunia e secura vaginal apresentadas. A doente
mostra-se muito perturbada com esta situação.Ao exame objetivo, a
doente encontra-se estável hemodinamicamente (tensão arterial 134/77
mmHg; frequência cardíaca de 97 batimentos por minutos) e apirética ( T
36,8 ºC). No estudo analítico verifica-se os seguintes resultados: FSH 60
mIU/mL; Estradiol 32 pg/mL; Progesterona 0,1 ng/mL; LH 45 mIU/mL;
testosterona livre 2,5 ng/dL Qual das seguintes opções é a maior fonte de
estrogénio da nossa doente?
A) Glandulas adrenais
B) Tecido adiposo
C) Glandulas bartholin
D) Glandulas mamárias
E) Ovários
Comentário
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 138/192
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A ) Adenomiose
B ) Apendicite
C ) Gravidez ectópica
D ) Leiomioma
E ) Dismenorreia primária
Comentário
A doente apresenta-se com um exame físico normal e dor abdominal e lombar severa que
ocorre mensalmente, sugerindo uma dismenorreia primária
Dismenorreia primária apresenta-se habitualmente com dor abdominal e lombar severa
em cólica que interfere nas atividades da vida diária, e com um exame objetivo normal. A
pato siologia relaciona-se com o aumento da produção/sensibilidade às prostaglandinas
2a. O tratamento inicial consiste em AINES como ibuprofeno ou naproxeno. Para
sintomas refratários aos AINDES, contracetivos orais podem ser uma opção. Algum
sintoma associado ou exame abdominal/pélvico alterado ou corrimento vaginal anormal
deve levar a um estudo adicional.
Opção A): Adenomiose pode apresenta-se com um útero aumentado e doloroso e
associa-se a menorragia
Opção B): Apendicite apresenta-se com dor abdominal QID que pode ser provocada com
palpação direta ou palpação no quadrante inferior esquerdo (sinal Rovsing). Pode
inicialmente apresentar-se com náusea vómitos e dor periumbilical.
Opção C): Gravidez ectópica apresenta-se em mulheres com falha do período menstrual e
com dor abdominal focal e sensibilidade anexial. Este diagnóstico é possível em doentes
sexualmente ativas que não usam contraceção. Apesar da doente poder ter falhas no uso
do preservativo, os sintomas não focais que apresentou no mês passado não suportam
este diagnóstico.
Opção D): Leiomioma apresenta-se com menorragia e com o aumento assimétrico do
útero ao exame objetivo.
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 139/192
09/11/2019 4º EXAME DE SIMULAÇÃO PE - PNA 2019
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 140/192
09/11/2019 4º EXAME DE SIMULAÇÃO PE - PNA 2019
Comentário
A vacina contra o vírus in uenza (vacina da gripe) encontra-se disponível durante a época
gripal – entre os meses de outubro e março. As mulheres grávidas devem vacinar-se a
partir das 12 semanas de gestação, depois de passado o período em que o risco de
aborto espontâneo é maior. Mulheres grávidas com uma infeção por in uenza tem maior
probabilidade de doença severa, particularmente no 3º trimestre. Vacina inativada contra
o in uenza é recomendada a todas as mulheres grávidas durante a época de gripe
Opção A): vacina contra a rubéola é uma vacina viva atenuada e está contraindicada na
gravidez. A falta de imunidade à rubéola apresentada pela gravida coloca-a em risco de
infeção com a possibilidade do feto adquirir malformações tais como ducto arterioso
patente e cataratas. O que se recomenda à gravida é evitar ações que aumentem o risco
de contrair o vírus e ser vacinada após a gravidez.
Opção B): A prova de tolerância à glicose oral permite fazer o rastreio de diabetes
gestacional, mas apenas é realizada entre as 24 e 28 semanas de gestação.
Opção D): Vacina PPSV23 está indicada a doentes com ≥ 65 anos ou adultos (19-64 anos)
com certas condições de alto risco, o que não é o caso da nossa grávida.
Opção E): Imunoglobulina anti-D deve ser administrada a mães Rh negativas que podem
estar grávidas de um feto Rh positivo. Esta administração deve ser efetuada pelas 28
semanas de gestação.
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 141/192
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https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 142/192
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112. Uma mulher de 72 anos de idade recorre ao médico de família por 0/1
agravamento das queixas de dispneia e desconforto torácico
intermitente desde há cerca de 6 meses. Refere que antes conseguia
caminhar perfeitamente de sua casa até ao supermercado e que
ultimamente a mesma caminhada lhe desperta esses sintomas.
Menciona também precordialgia constante com início no dia anterior.
Tem história de hipertensão arterial essencial, dislipidémia e
osteoartrose da anca. Encontra-se medicada com lisinopril, amlodipina,
atorvastatina e diclofenac. Os sinais vitais são temperatura 36,8ºC,
pressão arterial 152/81mmHg, frequência cardíaca 90/min e frequência
respiratória 15/min. Ao exame físico destaca-se pulso arterial periférico
com aumento lento e pico tardio e sopro mesossistólico grau III/VI, mais
audível no 2º espaço intercostal direito. A doente é encaminhada para o
serviço de urgência. Realiza um ECG tal como mostra a figura. As
enzimas cardíacas encontram-se negativas. O ecocardiograma revela
valvular aórtica com 0.8cm2, velocidade média de jato transvalvular
aórtico de 4.28m/s e gradiente médio de 67mmHg. Qual dos seguintes é
o próximo passo mais apropriado na gestão desta doente?
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 143/192
09/11/2019 4º EXAME DE SIMULAÇÃO PE - PNA 2019
Comentário
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 144/192
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A ) Aspirina
B ) Janela pericárdica
C ) Pericardiectomia
D ) Pericardiocentese
E ) Prednisona
Comentário
Um doente que desenvolve dor torácica do tipo pleurítica com alívio na posição sentada 1
a 4 dias após cirurgia de revascularização cardíaca e apresenta ECG com elevação difusa
do segmento ST e depressão do segmento PR deve levantar a hipótese de pericardite
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 145/192
09/11/2019 4º EXAME DE SIMULAÇÃO PE - PNA 2019
aguda após enfarte agudo do miocárdio. Em geral, essa complicação pode ser tratada
com aspirina (650mg, 4id).
A janela pericárdica está indicada em doentes estáveis com derrame pericárdico
volumoso recorrente ou persistente, principalmente com ecocardiograma evidenciando
sinais de tamponamento iminente, após pericardiocentese. A pericardiectomia está
indicada em casos de recorrências múltiplas, frequentes, incapacitantes e contínuas por
mais de 2 anos, não sendo a melhor abordagem inicial na pericardite aguda. A
pericardiocentese imediata é a abordagem mais adequada no tratamento do
tamponamento cardíaco. Trata-se de um procedimento emergente para estabilização do
doente. Os glucocorticoides, nomeadamente a prednisona, suprimem as manifestações
clínicas em doentes após falência dos anti-in amatórios; no entanto, os glucocorticódes e
os anti-in amatórios não esteroides (exceto aspirina) devem ser evitados no período pós-
enfarte agudo do miocárdio, pois podem di cultar a resolução do enfarte, aumentar o
risco de ruptura do enfarte, aumentar a resistência vascular coronária e diminuir o uxo
para o miocárdio isquémico.
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 146/192
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A ) Adenocarcinoma da próstata
B ) Hidronefrose
C ) Carcinoma da bexiga
D ) Prostatite
E ) Nefrolitíase
Comentário
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 147/192
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A ) Salbutamol
B ) Alopurinol
C ) Furosemida
D ) Rasburicase
Comentário
O caso descreve um doente sob quimioterapia que apresenta ECG com ondas T
apiculadas característico de hipercaliémia.
A síndrome de lise tumoral resulta em hipercaliémia, hiperuricemia, hiperfosfatémia e
hipocalcemia. A hipercaliémia manifesta-se por náuseas, vómitos, dor abdominal,
arre exia, fraqueza muscular, parestesias e ECG com ondas T apiculadas, perda de ondas
P e/ou complexos QRS largos. Além do gluconato de cálcio para estabilização cardíaca, o
tratamento inicial da hipercaliémia sintomática deve incluir um beta-agonista, insulina e
glicose ou bicarbonato de sódio. Os diuréticos de ansa promovem a perda urinária de
potássio. No entanto não causam uma redução imediata no potássio sérico em
comparação com agentes que trocam potássio intracelular. O poliestireno sulfonato de
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 148/192
09/11/2019 4º EXAME DE SIMULAÇÃO PE - PNA 2019
sódio promove a remoção de potássio pelo trato gastrointestinal. Apresenta efeito lento
sobre a concentração plasmática de potássio, não sendo útil no tratamento agudo da
hipercaliémia. O alopurinol pode ser usado como pro laxia da nefropatia aguda do urato;
no entanto, não tem benefício quando a síndrome de lise tumoral já se encontra instalada.
A rasburicase pode ser usada para reduzir rapidamente o ácido úrico sérico na síndrome
de lise tumoral estabelecida. No entanto, para este doente com alterações no ECG, a
hipercaliémia é o desequilíbrio eletrolítico prioritário e deve ser tratado urgentemente.
116. Doente do sexo masculino, 35 anos, recorre ao médico por queixas 0/1
de astenia, suores nocturnos e prurido com cerca de um mês de
evolução. Nega antecedentes pessoais ou medicação habitual. Os sinais
vitais não apresentam alterações. À observação, apresenta numerosas
linfadenopatias indolores e de consistência sólida, na região
supraclavicular, escalenos, infraclavicular e axilar. Foi pedida uma
avaliação analítica, que não demonstrou alterações, e uma radiografia de
tórax, que demonstrou linfadenopatias hilares. Tendo em conta esta
vinheta clínica, qual considera ser a melhor abordagem a este doente?
Comentário
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 149/192
09/11/2019 4º EXAME DE SIMULAÇÃO PE - PNA 2019
Comentário
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09/11/2019 4º EXAME DE SIMULAÇÃO PE - PNA 2019
Comentário
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B ) Infecção bacteriana
C ) Maus tratos
E ) Distúrbio da coagulação
Comentário
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 153/192
09/11/2019 4º EXAME DE SIMULAÇÃO PE - PNA 2019
A ) Cannabis
B ) Diazepam
C ) MDMA
D ) Haloperidol
E ) Fenobarbital
Comentário
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 154/192
09/11/2019 4º EXAME DE SIMULAÇÃO PE - PNA 2019
C ) Salbutamol 2 inalações.
D ) Fluoxetina 20mg.
E ) Terapia cognitivo-comportamental.
Comentário
A doente apresenta-se com sintomas típicos de ataque de pânico, con rmado pela
ausência de alterações nos exames complementares pedidos. Nesta situação, a
terapêutica “de crise” inclui uma benzodiazepina com início de ação rápido, o
acompanhamento da doente no sentido de a fazer sentir-se segura e o controlo da
respiração. Não existe evidência de que se trate de um ataque de asma, uma vez que
existe outra causa para a taquipneia. Não existe, igualmente, evidência de um enfarte
agudo do miocárdio. As restantes respostas poderiam ser equacionadas para a
abordagem a médio e longo prazo da situação, mas não na fase aguda, pelo seu início de
ação mais lento.
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 155/192
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A ) Paracentese evacuadora
D ) Internamento em Psiquiatria
Comentário
Perante este caso clínico devemos excluir a possibilidade de gravidez ectópica ou aborto
(amenorreia 3 meses seguida de metrorragia dolorosa). Neste contexto, para excluir uma
gravidez desconhecida devemos pedir um teste de gravidez. Todas as restantes opções
podem ser opção dependendo dos resultados do teste de gravidez que se deve realizar
em primeiro lugar.
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 156/192
09/11/2019 4º EXAME DE SIMULAÇÃO PE - PNA 2019
C ) Realizar flebotomia
Comentário
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 157/192
09/11/2019 4º EXAME DE SIMULAÇÃO PE - PNA 2019
D ) Paroxetina
E ) Gabapentina
Comentário
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 158/192
09/11/2019 4º EXAME DE SIMULAÇÃO PE - PNA 2019
C ) Magnésio e cesariana
D ) Magnésio e labetalol
E ) Nifedipina e cesariana
Comentário
A doente apresenta-se com uma gestação com >20 semanas associada a hipertensão,
cefaleias, dor abdominal e uma convulsão, sugerindo o diagnóstico de eclâmpsia. Nestes
casos, deve-se dar prontamente magnésio IV e realizar o parto do feto.
A pré-eclâmpsia tipicamente ocorre em grávidas com > 20 semanas com hipertensão e
proteinúria, bem como sinais de atingimento de orgãos como cefaleias, visão turva e dor
abdominal. Se a doente apresentar convulsões, faz-se o diagnóstico de eclâmpsia. O
tratamento consiste em magnésio para a abordagem da convulsão e terminar a gravidez.
Posteriormente a tensão arterial poderá ser tratada com labetalol.
Opção A): Está incorreta uma vez que é necessário terminar a gravidez após um
diagnóstico de eclampsia e o diazepam (funciona como anticonvulsionante) não seria
necessário uma vez que a convulsão estava resolvida.
Opção B): As abordagens nesta opção são insu cientes. É necessário terminar a gravidez.
Opção D): Magnésio e labetalol são apropriados para a neuroprotecção e abordagem da
elevação tensional. No entanto, é necessário terminar a gravidez.
Opção E): O magnésio tem um importante efeito neuroprotetivo no tratamento da pré-
eclâmpsia severa e eclâmpsia. Logo seria necessário a administração deste fármaco.
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 159/192
09/11/2019 4º EXAME DE SIMULAÇÃO PE - PNA 2019
Comentário
Todas as mulheres grávidas devem ser rastreadas para HIV, sí lis e hepatite B. É
recomendado o rastreio da Hepatite C, N. gonorrhea e C. trachomatis em indivíduos de
alto risco. HIV sí lis e hepatite B são consideradas uma prioridade pelos outcomes graves
em recém-nascidos de mães portadores dessas infeções.
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 160/192
09/11/2019 4º EXAME DE SIMULAÇÃO PE - PNA 2019
A ) Tetralogia de Fallot
C ) Comunicação interventricular
D ) Comunicação interatrial
E ) Coartação da aorta
Comentário
Uma criança de 3 anos, aparentemente saudável até então que inicia dispneia de esforço
e fadiga, bem como apresenta ao exame físico um sopro holossistólico levanta a hipótese
de comunicação interventricular (CIV). A CIV é um dos mais comuns de todos os defeitos
cardíacos congénitos. O espectro clínico é variável, desde encerramento espontâneo
(crianças com CIV de pequenas dimensões) a insu ciência cardíaca ou morte na infância.
Inicialmente, o shunt esquerdo-direito leva a obstrução vascular pulmonar, levando a
hipertensão pulmonar. Ao longo do tempo, pode haver reversão do shunt, condição
denominada como síndrome de Eisenmenger.
A tetralogia de Fallot manifesta-se tipicamente por cianose durante períodos de stress
(choro, ansiedade). O ducto arterial patente (DAP) é comum em doentes com infeção por
rubéola. O sopro característico do DAP é contínuo em maquinaria com acentuação
telessistólica no bordo superior esquerdo do esterno. Os doentes com comunicação
interauricular (CIA) são geralmente assintomáticos e apresentam um sopro
mesossistólico e desdobramento amplo e xo de S2. A maioria das crianças e jovens
adultos com coartação isolada e discreta são assintomáticos. A hipertensão das
extremidades superiores e a marcada diminuição ou atraso dos pulsos femorais sugerem
o diagnóstico. Um sopro mesossistólico no espaço interescapular esquerdo também
pode estar presente.
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 161/192
09/11/2019 4º EXAME DE SIMULAÇÃO PE - PNA 2019
128. Um homem de 82 anos, residente com a sua esposa numa aldeia 0/1
remota da região de Trás-os-Montes e Alto Douro, inicia dor torácica
retrosternal intensa associada a sudorese intensa enquanto se
encontrava em repouso no sofá a ver televisão após o jantar. Tem história
médica de dislipidémia e doença arterial periférica. Apresenta hábitos
tabágicos (35 unidades maço-ano). Por ausência de resolução da dor
após mais de meia hora a esposa decide ligar de imediato para a
emergência médica. Quando o veículo de emergência médica chega,
cerca de uma hora após o início dos sintomas, é declarado o óbito no
local.Qual é a causa de morte mais provável neste caso?
A ) Insuficiência de bomba
B ) Fibrilhação ventricular
D ) Tamponamento cardíaco
E ) Síndrome de Dressler
Comentário
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 162/192
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B ) Urografia endovenosa
C ) Ecografia transvaginal
E ) Laparoscopia exploradora
Comentário
O caso anterior pretende descrever a clássica cólica renal. Esta caracteriza-se por uma
dor intensa, tipo cólica, referida ao anco, muitas vezes associada a náuseas e vómitos. À
medida que o cálculo desce ao longo do ureter, a dor desloca-se do anco para a fossa
ilíaca, região inguinal e, eventualmente grandes lábios. Quando o cálculo se encontra no
ureter distal ou na junção vesico-ureteral, podem estar presentes sintomas de
armazenamento do aparelho urinário inferior. Os doentes submetidos a cirurgia bariátrica
apresentam muitas vezes hiperoxalúria, o que confere um risco aumentado de formação
de cálculos de oxalato de cálcio. Este facto deve-se provavelmente ao aumento da
absorção de oxalato após a cirurgia. A TC sem contraste apresenta alta sensibilidade na
identi cação de cálculos, mesmo de ácido úrico (radiolucentes) e ureterais, além de
evidenciar sinais secundários de uropatia obstrutiva (hidronefrose, aumento do volume
renal e densi cação da gordura perirrenal/periureteral). A radiogra a simples apresenta
menor sensibilidade, mesmo em cálculos radiopacos e não dá informação quanto à
obstrução. A urogra a intravenosa foi até há pouco tempo o método imagiológico de
eleição para determinar o tamanho e a localização dos cálculos; no entanto envolve a
administração endovenosa de material de contraste potencialmente alérgico e com ligeira
nefrotoxicidade. A ecogra a transvaginal pode ser útil quando há suspeita de gravidez
ectópica ou massas anexiais. A doente apresenta diagnóstico imunológico da gravidez
negativo, sem sinais de doença in amatória pélvica e a apresentação clínica é mais
consistente com nefrolitíase. A laparoscopia exploradora é um método invasivo e neste
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 163/192
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B ) Hipercaliemia
C ) Infeção
D ) Doença cardiovascular
E ) Neoplasias
Comentário
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 164/192
09/11/2019 4º EXAME DE SIMULAÇÃO PE - PNA 2019
A ) Défice de B12
B ) Talassemia minor
E ) Polimialgia reumática
Comentário
A avaliação analítica revelou uma anemia normocítica (VCM 89fL) normocrómica (HCM
32 pg), com uma diminuição do ferro, mas com ferritina alta e capacidade total de xação
do ferro diminuída, é típica da anemia da doença crónica, como por exemplo, a polimialgia
reumática.
Relativamente às outras alíneas, a de ciência da vitamina B12 (alínea A) tipicamente
manifesta-se através de anemia macrocítica; a talassemia por anemia microcítica (alínea
B); a perda de sangue (alínea C) a anemia ferropénica, com valores baixos de ferritina; a
de ciência pancreática exócrina (alínea D) associa-se a dé ce de absorção de vitaminas
lipossolúveis.
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 165/192
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C ) Teste do suor
D ) Raio-X abdominal
Comentário
Uma obstrução esofágica por brinquedos ou alimentos não é uma situação em comum na
infância. Na maior parte das vezes os objectos cam alojados abaixo do músculo
cricofaríngeo, ao nível do arco aórtico. Inicialmente, após a ingestão, criança apresenta
engasgamento, tosse, sialorreia e as xia. Mais tarde surge dor, recusa alimentar
(principalmente para alimentos sólidos) e dispneia. O diagnóstico é feito através da
história clínica e por exames radiográ cos se o objeto for radiopaco.
Um exame contrastado (A) seria útil na suspeita de re uxo gastroesofágico grave, que
poderia manifestar-se com sintomas respiratórios prolongados e não agudos.
A obstrução da via aérea por um corpo estranho poderia ter uma apresentação
semelhante, com resolução associada ao alojamento do objecto a um nível mais baixo
nas vias aéreas. Contudo, a recusa alimentar e a sialorreia não são características desta
situação, para a qual uma radiogra a AP e lateral das vias aéreas superiores (B) teria
utilidade.
O teste do suor (C) é utilizado para o diagnóstico de Fibrose Quística, que causa sintomas
numa fase mais precoce da vida.
O raio-X abdominal (D) poderia revelar um corpo estranho a jusante do estômago ou
evidências da sua passagem; no entanto não seria útil como teste inicial para identi car a
causa dos sintomas que surgiram de forma aguda associados à recusa alimentar.
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 166/192
09/11/2019 4º EXAME DE SIMULAÇÃO PE - PNA 2019
A ) Isquemia articular
Comentário
diagnóstico geralmente requer exames de medicina nuclear, uma vez que as alterações na
radiogra a geralmente só surgem após uma semana de doença. A contagem leucocitária,
a taxa de sedimentação eritrocitária e PCR estão tipicamente aumentadas.
Uma leucemia (D) pode manifestar-se com sintomas a nível osteoarticular (dor,
claudicação, edema articular). Contudo, geralmente surgem também sinais e sintomas de
anemia, trombocitopénia, linfadenopatias e hepatoesplenomegália.
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 168/192
09/11/2019 4º EXAME DE SIMULAÇÃO PE - PNA 2019
134. O Rui vai à consulta dos 6 anos acompanhado pelos pais. A mãe 0/1
menciona que o menino tem sofrido bullying e tem sido gozado pelos
colegas da escola por frequentemente perder o controlo esfinctérico e
defecar involuntariamente nas calças. Esta situação começou a ocorrer
quase diariamente há cerca de 3 meses. O primeiro episódio ocorreu há
cerca de 1 ano e meio, e a frequência tem aumentado. Quando
questionado, o Rui diz que “não sabe que tem vontade de ir à casa de
banho”.Os pais referem que o Rui aprendeu a controlar os esfíncteres
com cerca de 2 anos de idade, sem dificuldade. Nasceu de um parto
distócico de termo, sem complicações, não apresenta antecedentes
relevantes e não faz qualquer medicação habitual. O desenvolvimento
estaturoponderal e psicomotor são adequados à idade.Ao exame físico:•
Apirético, normotenso, normocárdico, sem sinais de dificuldade
respiratória,• Pele e mucosas íntegras• Auscultação cardiopulmonar sem
alterações• Abdómen mole e depressível, indolor, sem organomegálias
palpáveis• Toque rectal: esfíncter ligeiramente hipotónico. Pequena
quantidade de fezes na ampola rectal. O raio-X abdominal encontra-se
representado na imagem. Qual das seguintes opções é o próximo passo
mais adequado na gestão deste caso?
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 169/192
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B ) Aconselhamento familiar
Comentário
135. Doente do sexo feminino, de 26 anos recorre à urgência com dor 0/1
abdominal difusa de início insidioso, vómitos e diarreia com 4 dias de
evolução. Trata-se de uma doente com diagnóstico conhecido de
síndrome do anticorpo antifosfolipídico. O médico que observa a doente
requisita uma TC sem contraste que demonstra espessamento da
parede intestinal e presença de ascite. Em relação ao caso clínico qual
seria o melhor exame a realizar?
B ) Ecodoppler abdominal.
C ) Angio TC abdomino-pélvica.
D ) Ecografia abdominal.
E ) Ecocardiograma.
Comentário
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 171/192
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Comentário
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 172/192
09/11/2019 4º EXAME DE SIMULAÇÃO PE - PNA 2019
padrão restritivo por patologia pulmonar, a 4 um padrão restritivo por patologia extra-
pulmonar e a 5 um padrão obstrutivo sem resposta broncodilatadora.
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 173/192
09/11/2019 4º EXAME DE SIMULAÇÃO PE - PNA 2019
Comentário
O quadro clínico enquadra-se num quadro de oclusão intestinal, apesar de ter ainda
trânsito intestinal mantido, encontra-se com vómitos, distensão abdominal, dor abdominal
e radiograma abdómen simples em pé com níveis hidroaéreos. Neste caso as primeiras
atitudes deverão ser aquelas que estabilizam o doente, pelo que é essencial colocar uma
sonda nasogástrica por forma a descomprir a pressão no intestino delgado, bem como
prevenir pneumonias de aspiração associadas aos vómitos. Por outro lado o conteúdo
que sai pela sonda ajuda no esclarecimento do quadro clínico. Contudo esta deve ser
colocada com cautela dado o INR.
O doente encontra-se com alteração na coagulação com INR supra-terapêutico pelo que é
necessário iniciar a sua correcção por forma a diminuir a probabilidade de hemorragia
digestiva.
Deve realizar um exame de imagem para esclarecimento do quadro clínico, sendo a opção
mais provável a existência de uma brida, associada à cirurgia prévia. Nesse sentido o
melhor exame para esclarecimento do quadro clínico é a tomogra a computorizada
abdominal e pélvica. Só após o esclarecimento da mesmo poderemos saber se o doente
tem indicação cirúrgica urgente. Por exemplo caso a tomogra a identi que uma hérnia
interna com sinais de sofrimento de ansa, então o doente tem indicação cirúrgica urgente.
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 174/192
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Comentário
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 175/192
09/11/2019 4º EXAME DE SIMULAÇÃO PE - PNA 2019
monitorização, sendo que a implantação de pacemaker nestes casos ser justi cável de
modo a evitar paragens cardio-respiratórias.
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 176/192
09/11/2019 4º EXAME DE SIMULAÇÃO PE - PNA 2019
A ) Azitromicina Oral
B ) Doxiciclina Oral
C ) Ceftriaxone Intramuscular
D ) Fluconazole vaginal
E ) Metronidazol oral
Comentário
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 177/192
09/11/2019 4º EXAME DE SIMULAÇÃO PE - PNA 2019
A doente apresenta-se com corrimento vaginal no, com mau odor e clue cells no exame
microscópico, o que é sugestivo de vaginose bacteriana (VB). Gravidez, menstruação,
atividade sexual, antibióticos ou duche vaginal podem aumentar o risco de VB. Doentes
podem ser tratadas com clindamicina ou metronidazol, que cobrem os microorganismos
anaeróbios
A gura A mostra células epiteliais com bactérias aderentes, também conhecidas como
“clue cells” características da vaginose bacteriana.
Opção A) - Azitromicina oral pode ser usada para o tratamento de clamídia. Clamídia pode
ser assintomática em mulheres mas pode causar disúria ou cervicite
Opção B) - Doxiciclina oral pode ser usada para o tratamento de clamídia. Está
contraindicada em mulheres grávidas uma vez que pode afetar o crescimento ósseo fetal.
Opção C) - Ceftriaxone intramuscular pode ser usado para o tratamento da gonorreia.
Gonorreia habitualmente apresenta-se com disúria e corrimento amarelo-esverdeado.
Coloração gram pode mostrar diplococcus intracelular dentro de neutro lps polinucleares.
Opção D) - Fluconazol vaginal pode ser usado para o tratamento da candidíase
vulvovaginal, que frequentemente se associa a sintomas como prurido vaginal e
dispareunia. O corrimento vaginal é indolor, branco e espesso.
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 178/192
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A ) Pré-eclâmpsia
B ) Sindrome HELLP
C ) Eclâmpsia
D ) Pré-eclâmpsia severa
Comentário
Opção E): Figado gordo da gravidez apresenta-se com os mesmos achados do síndrome
de HELLP associado a insu ciência renal e sinais de disfunção hepática como
hipoglicemia, hiperbilirrubinemia, hiperamonemia e provável coagulopatia.
A) Nitrofurantoína
B) Trimetoprima-sulfametoxazol
C) Cefalexina
Comentário
Na gravidez, todas as ITU e bacteriúria assintomáticas tem que ser tratadas. Após o
tratamento, deve-se sempre con rmar a e cácia da antibioterapia com uma urocultura.
Enquanto que uma bacteriúria assintomática não se trata numa mulher não grávida, na
gravidez há uma predisposição para complicações tais como pielonefrite que pode
resultar a um trabalho de parto pré-termo. O tratamento apropriado nesta grávida é a
nitrofurantoína, embora o Trimetoprima-sulfametoxazol (≥2º trimestre) e a cefalexina
também estão indicados. Após este tratamento inicial, a doente deve realizar uma
urocultura em 10 dias para garantir a e cácia do tratamento. Uma vez que esta doente
tem história de ITU nesta gravidez, é necessário realizar pro laxia com nitrofurantoína
1x/dia até ao m da gravidez.
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 180/192
09/11/2019 4º EXAME DE SIMULAÇÃO PE - PNA 2019
B ) Vasoespasmo
C ) Tetralogia de Fallot
D ) Estenose aórtica
E ) Coartação da aorta
Comentário
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09/11/2019 4º EXAME DE SIMULAÇÃO PE - PNA 2019
143. Um homem com 59 anos de idade, casado e pai de dois filhos, 0/1
recorre ao seu médico assistente, no centro de saúde, por queixas de
intolerância ao esforço, fadiga, desconforto abdominal e edema dos
membros inferiores. O edema dos membros inferiores estabeleceu-se
há vários meses, no entanto apenas decidiu marcar a presente consulta
por início recente de toracalgia sempre que subia dois lances de escadas
do seu prédio. Refere também ortopneia e parestesias nos dedos dos
pés. Nega história prévia de toracalgia ou hipertensão arterial. Os sinais
vitais são temperatura 36,5°C, frequência cardíaca 90/min, frequência
respiratória 14/min e pressão arterial 125/75 mmHg. Realiza um ECG tal
como mostra a figura e um ecocardiograma que mostra dilatação de
ambas as aurículas, espessamento concêntrico das paredes
ventriculares e um brilho refractário septal. Qual dos seguintes estudos
mais provavelmente confirmaria o diagnóstico do quadro clínico atual?
B ) Prova de esforço
E ) Biópsia cardíaca
Comentário
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 182/192
09/11/2019 4º EXAME DE SIMULAÇÃO PE - PNA 2019
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 183/192
09/11/2019 4º EXAME DE SIMULAÇÃO PE - PNA 2019
144. Uma mulher de 34 anos recorre ao serviço de urgência por dor no 0/1
flanco esquerdo e disúria com cerca de uma semana de evolução. Refere
também ter notado que a urina aparentava estar mais escura que o
habitual nas últimas semanas. Nega antecedentes pessoais de relevo. Os
sinais vitais são: temperatura 36.9ºC, frequência respiratória 15/min,
saturação periférica de O2 98%, tensão arterial 172/103mmHg e
frequência cardíaca 83/min. Ao exame físico destaca-se massa elástica
dolorosa no flanco esquerdo. Os resultados analíticos de relevo são os
seguintes: Na+ 139 mEq/L, Cl- 100 mEq/L, K+ 5.5 mEq/L, HCO3- 25 mEq/L,
BUN 35 mg/dL, glucose 91 mg/dL, creatinina 3.1 mg/dL. Exame sumário de
urina de coloração escura, com eritrócitos, sem leucócitos e nitritos
negativo. Foram realizados outros exames complementares de
diagnóstico, dos quais se destaca a tomografia computorizada abaixo.
Qual dos seguintes achados clínicos pode ser encontrado neste doente?
B ) Desdobramento fixo de S2
D ) Clique mesossistólico
Comentário
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfw8UppvlRmCRqonazzCff3Y0FW36U6Ktg3IxkPbAB9St7QYg/viewscore?viewscore=AE0zAgC… 185/192
09/11/2019 4º EXAME DE SIMULAÇÃO PE - PNA 2019
Comentário
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146. Uma criança de 15 meses recorre ao seu pediatra com queixas de 0/1
rinorreia com um cheiro diferente do habitual. A mãe refere que a
criança tem sido saudável. O quadro teve início há cerca de 72 horas,
com sintomas de infecção respiratória superior e rinorreia. Nega tosse,
espirros, febre ou contacto com indivíduos doentes. Não apresenta
antecedentes pessoais relevantes, tem tido um desenvolvimento
estaturo-ponderal e psicomotor normal e não toma qualquer medicação
habitual. Ao exame físico, os parâmetros vitais e de crescimento estão
normais. Normocefálico. A pele e mucosas estão coradas e hidratadas. A
narina esquerda apresenta corrimento nasal purulento, com cheiro
fétido; a narina direita não apresenta alterações. Os canais auditivos
estão permeáveis e as membranas timpânicas íntegras, translúcidas,
sem sinais de doença. A auscultação cardiopulmonar é normal.Das
seguintes opções, qual é o diagnóstico mais provável?
A ) Corpo estranho
B ) Pólipos nasais
C ) Sinusite frontal
Comentário
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147. Uma menina de 9 anos, saudável até então, recorre a uma consulta 0/1
de Pediatria por desenvolvimento do botão mamário, aparecimento de
pilosidade púbica e acne na face. Qual das seguintes opções é a mais
apropriada na gestão da patologia desta criança?
Comentário
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148. Uma criança do sexo feminino, de 3 anos de idade, é trazida pela 0/1
mãe ao Serviço de Urgência por rash exantemático e febre. A mãe conta
que a criança tem sido saudável até aos 2 dias prévios à vinda à urgência,
quando desenvolveu um quadro de febre (temperatura axilar 40ºC) e
exantema de coloração avermelhada generalizado a toda a superfície
corporal. A mãe nega toma de novos fármacos ou exposição a toxinas,
pessoas doentes ou viagens recentes.Ao exame físico:• Temperatura
39.1ºC• FC 111 bpm• FR 20 cpm• TA 100/58 mmHg• Pele e mucosas:
Observam-se placas vermelhas fissuradas e crostas na região
periorbitária, perinasal e peribucal. Pele edemaciada e ruborizada,
nomeadamente ao nível das pregas dos joelhos e dos cotovelos. Sinal de
Nikolsky positivo.• ACP sem alterações. Qual das seguintes opções é o
diagnóstico mais provável?
A ) Epidermólise bolhosa
C ) Eritema multiforme
D ) Exantema medicamentoso
E ) Escarlatina
Comentário
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Comentário
Doente com quadro clínico sugestivo de Demência de corpos de Lewy. Neste contexto os
inibidores da acetilcolinesterase são os fármacos de primeira linha.
A DCL apresenta-se por distúrbios da memória, declínio cognitivo, alterações visuais,
psicose e parkinsonismo.
As utuações de cognição são uma característica comum nestes doentes.
Na DCL o dé ce congnitivo tipicamente precede os sintomas de parkinsonismo.
A penicilamina é usada na doença de Wilson, não existindo neste caso evidência de
doença hepática crónica que sugerisse essa patologia.
O escitalopram é usado na depressão - mas a doente em causa não apresentava
sintomas depressivos.
O ropinirol exacerba a psicose pelo que não deve ser considerado.
O haloperidol deve ser evitado nos DCL por risco de agravamento do quadro parkinsónico.
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