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Obtenção de Parâmetros Geotécnicos de Projeto

Professor: Saulo Gutemberg Silva Ribeiro – DSc

Obtenção de Parâmetros
Geotécnicos de Projeto

Saulo Gutemberg Silva Ribeiro – DSc

Prof. Saulo Ribeiro - DSc 1

Apresentação

Professor Saulo Gutemberg Silva Ribeiro – D.Sc.

1989/2012 – Professor Efetivo da UFOP


1991 – Mestre em Geotecnia – PUC/Rio
1996 – Doutor em Geotecnia – UFRJ/COPPE
2006/2020 – Professor do Núcleo de Geotecnia da UFOP - NUGEO
2012 ... – Diretor da GeoFast T&C Empresarial Ltda.
2017 ... – Coordenador e Professor – Especialização Engenharia de Barragens – PUC Minas

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Obtenção de Parâmetros Geotécnicos de Projeto
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Conteúdo Programático
• Ensaio de Adensamento: procedimentos, obtenção dos parâmetros de compressibilidade (Cc, Cs,
mv), OCR, tensão de pré-adensamento, coeficiente de adensamento primário (cv), coeficiente de
adensamento secundário (cα), permeabilidade (k), parâmetros de deformação (Eed e E').
• Ensaios Triaxiais CID e CIU: procedimentos, trajetórias de tensões, elaboração de gráficos e
interpretação dos resultados, obtenção dos parâmetros de resistência drenados (c', φ') e não
drenados (c, φ, Su), parâmetros de deformação drenados (E', ν), parâmetros do modelo
hiperbólico (K, n, Rf), parâmetros do modelo Cam-Clay (e0, λ, κ). Apresentação de planilhas
eletrônicas de apoio.
• Ensaio SPT: procedimentos, correção de energia (N60), correção do nível de tensão (N1)60, perfil
geológico-geotécnico, nível d’água, uso de correlações para estimativa de parâmetros de projeto
(Su, E', φ').
• Ensaio CPTu: procedimentos, parâmetros normalizados (Qtn, Fr, Rf), gráfico Soil Behavior
Type (SBT), índice SBT (Ic), Qtn,cs, classificação dos materiais por Ic e Ib (Robertson, 2016).
Correlações para estimativa de parâmetros geotécnicos (k, Su, E', φ', G).

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Curso Online – Público Restrito


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Coesão pode ser advindo de cimentação,


adensamento, etc. Se usar coesão, ta usando
mohr coulumb

Ângulo de atrito pode usar média


Coeficientes de Variação – Parâmetros Geotécnicos
σ
Coef. Variação =
μ
σ – Desvio Padrão
?? μ - Média

Citado em Hidalgo Montoya (2013)


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Ensaio de Adensamento
Feitos a Altas tensões

Parâmetros de Compressibilidade

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Conceitos Iniciais
Adensamento Incrementos de Tensão

Obra

Diminui no tempo.
Poro
Pressão
Tensão Efetiva Aumenta no tempo.
Vertical

Não drenado Recalque Imediato

Dissipação de poropressões geradas Adensamento Primário

Efeitos viscosos Adensamento Secundário

Adaptado de Lambe e Whitman (1969).


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Condição Inicial – Geração de Poropressão


Condição Inicial
Drenagem topo e base.


N.A. Areia
No instante 0 < t < ∞
Altura de Hdr
Argila
Drenagem Hdr
Profundidade
No instante t = ∞

(Das, 2007)

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Recalques Diferenciais - Trincas em Barragens


Abatimento
a jusante.
Abatimento no
fundo do vale.

theconstructor.org/
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Ensaio de Adensamento Unidimensional


Os parâmetros de adensamento podem ser obtidos por meio
de ensaios de Adensamento Unidimensional (ensaio
edométrico). Tensão horizontal aumenta durante o ensaio
Neste ensaio o solo é lateralmente confinado e axialmente
carregado, condição unidimensional.
ABNT NBR 16853 (2020) – Solo – Ensaio de adensamento
unidimensional.

(SARATHY GEOTECH) Geohalo


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Ensaio de Adensamento Unidimensional


F A amostra (compactada ou indeformada) saturada
Extensômetro
(inundada) é submetida a valores crescentes de
Anel Confinante
tensão vertical em sucessivos estágios de
Pedras Porosas
carregamento.

Solo Por estar contida lateralmente, a amostra não sofre


deformações radiais. Tem-se o aumento da tensão
horizontal numa relação K0. σ′h = K 0 σ′v
Livro Lambe Witman pra ver o K0
O ensaio é executado com a medição de
Linha de Drenagem deslocamentos verticais e o volume de água expulso.

Representação da montagem de uma célula K0 - s'v com p'

de adensamento – edométrico.

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Procedimento do Ensaio
Durante o carregamento controlado, são
realizadas leituras dos deslocamentos verticais da
mostra em função do tempo, por meio de um
extensômetro, o que dá origem à curva de
recalque.

Plotam-se os gráficos com as leituras efetuadas


da variação da altura ou recalque versus tensões
aplicadas.

Repetem-se os processos com outros níveis de


tensão.

Normalmente, na última fase ocorre o


descarregamento da amostra. As tensões vão sendo dobrados

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Exemplo – Ensaio de Adensamento


Primário
Primário
Secundário Secundário

Casagrande – Log de t Taylor – Raiz de t

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Índice de Vazios – Final do Primário


Ws = peso seco do corpo de prova;
Ws Ms
A altura de sólidos: Hs = = Ms = massa seca do corpo de prova;
AG s  w AG s  w A = área da seção do corpo de prova;
Gs = peso específico relativo dos sólidos;
H 2
Variação da altura

H1 e1 = e 0 − e1 e 2 = e1 − γw = peso específico da água;


e1 = Hs ρw = densidade da água.
Hs

Curva Típica de
Compressibilidade

curva obtida no final do


adensamento primário

(Das, 2007) Prof. Saulo Ribeiro - DSc 14

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Tensão de Pré-Adensamento – História de Tensões


No ensaio de adensamento é denominada “Tensão de
Pré-adensamento” de um solo a tensão na qual se dá a
mudança de comportamento na curva típica (e versus
log σ’), indicando a tensão vertical efetiva na qual
aquele solo foi submetido no passado.

Tensão de Pré-Adensamento

“Normalmente Adensado”

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Processo de Casagrande
t RETA VIRGEM
• Obter na curva índice de vazios x logaritmo
ÍNDIDE DE VAZIOS (e)

da tensão efetiva o ponto de maior h


curvatura ou menor raio (R); R
• Traçar uma tangente (t) e uma horizontal b
(h) por R; PONTO DE RAIO
MÍNIMO DE CURVATURA
• Determinar e traçar a bissetriz (b) do
ângulo formado entre (h) e (t);
• A abscissa do ponto de intersecção, da
bissetriz com o prolongamento da reta
virgem corresponde à pressão de pré- PRESSÃO DE
PRÉ-ADENSAMENTO
adensamento sugerida pelo autor/ensaio.

10 100 1000
PRESSÃO (kPa)
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Processo de Pacheco Silva (1970)


• Traçar uma horizontal pela ordenada
correspondente ao índice de vazios inicial; e0 P

ÍNDIDE DE VAZIOS (e)


• Prolongar a reta virgem e determinar o ponto
de interseção (P); Q R

• Traçar uma reta vertical por (P) até interceptar


a curva (Q);

• Traçar uma horizontal por (Q) até interceptar o


prolongamento da reta virgem (R). PRESSÃO DE
PRÉ-ADENSAMENTO
• A abscissa correspondente define a pressão de
pré-adensamento.
10 100 1000
PRESSÃO (kPa)

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Exemplo - Parâmetros de Compressibilidade


Índice de Recompressão - Cr
Coeficiente de Compressibilidade - av Índice de Compressão - Cc
Coeficiente de Compressibilidade Volumétrico - mv Índice de Descompressão - Cs

av Pré-Adensamento
mv = Cr
1 + ei
ei − ef Reta Virgem
av =
∆σ′v Cc

Cs
Descompressão

Escala Natural Escala Logarítmica


ei − ef εvol
Deformação Volumétrica: εvol = mv =
1 + ei ∆σ′v
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Índice de Compressão e Descompressão


λ=0,069 Cc =0,16 Cc = 2,303. λ
Cs = 2,303.κ

Apenas o
Trecho Virgem

κ=0,003 Cs = 0,07
Trecho Virgem

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Valores Típicos de Cc
Argilas

Kulhawy e Mayne (1990)

Cc Cc=0,2 λ=0,09
λ= Cc=0,4 λ=0,17
2,303

Kulhawy e Mayne (1990)

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Módulo Edométrico – Módulo de Elasticidade


Módulo de Elasticidade
Coeficiente de Compressibilidade Volumétrico:
εvol
mv =
∆σ′v
Módulo Edométrico:
Kulhawy e Mayne (1990)
Módulo Edométrico ∆σ′v
Eed =
εvol

Módulo de Elasticidade (deformabilidade):

1 + ν 1 − 2ν
E ′ = Eed
Ensaio de Adensamento, tem-se: εz = εvol 1−ν
ε
ν=-εh ν – coeficiente de Poisson Bowles (1997)
v
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Exemplo – Aterro Sobre Solo Pré-Adensado


NA
Recalque final por adensamento primário. Aterro - 60 kPa
30 kPa (história de tensão)
10 m
H = 20 m Ponto Médio
γsat = 20 kN/m3

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Simulação Numérica
Construção do Aterro em Terreno Pré-Adensado

Condição Inicial
do Depósito
Simulação
do depósito
natural

GeoStudio 2021.4
Sigma/W
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Simulação Numérica
Construção do Aterro

Normalmente Y=10 m
Adensado
0,92
0,9
Índice de Vazios

0,88
0,86
0,84 +30 kPa História -30 kPa
0,82
0,8 +60 kPa
Aterro
0,78
0,76
20 21 22 23 Sigma/W
Etapa Prof. Saulo Ribeiro - DSc 24

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Simulação Numérica
Construção do Aterro em Terreno Pré-Adensado
Condição In situ Pré-adensada
Aterro
20

Etapa
15
Depósito natural 20 days
Y (m)

10
Aplicação de 30 kPa 21 days

Retirada de 30 kPa Simulação


22 days
do depósito
5
Aplicação de 60 kPa 23 days
natural

0
0,6 0,8 1 1,2 1,4 1,6 1,8 2 GeoStudio 2021.4
Índice de Vazios Sigma/W
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Deslocamentos Verticais
Deslocamentos
20 Verticais (m)
18
16
14
12
Y (m)

10
8
6
4
2
0
GeoStudio 2021.4
-0,6 -0,5 -0,4 -0,3 -0,2 -0,1 0 Sigma/W
Deslocamento Vertical (m)

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Módulo de Deformabilidade Analítico – E’


1 + ν 1 − 2ν
E ′ = Eed
1−ν Solo Argiloso
Compressão Virgem
1+e
Eed = .σ
λ
Cc=0,2 λ=0,09
Compressibilidade

Cc=0,4 λ=0,17

ν=0,3

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Coeficiente de Adensamento - Método de Casagrande


• Método Logaritmo do Tempo 3
• 1 – Estenda as partes retas das curvas de adensamento 3
primário e secundário para que se cruzem em A. Estima-se 2
100% do adensamento primário. 4
• 2 – Selecione t1 e t2 de forma que t2 seja 4.t1. A diferença de
4
deslocamento entre t2 e t1 será x. 4
• 3 – Trace uma linha horizontal DE com distância BD igual a x. d0
representa 0% de adensamento.
• 4 – A ordenada do ponto F, na curva de adensamento,
representa o deslocamento a 50% do adensamento primário e 1
a sua abscissa, o tempo correspondente, t50. 1
• 5 – Para 50% do grau de adensamento o fator tempo, Tv, é igual
a 0,197.
5 2
cv t 50 0,197Hdr 2 4
T50 = 2 cv =
Hdr t 50
Calculado para cada carga
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Coeficiente de Adensamento - Método de Taylor


• Método da Raiz Quadrada do Tempo 1
• 1 – Trace uma linha AB, ajustada à parte inicial da curva 2
de adensamento e ao trecho reto.
• 2 – Trace uma linha AC, de forma que OC = 1,15.OB.
• 3 – A abscissa do ponto D, interseção de AC com a curva
de adensamento, fornece a raiz quadrada do tempo para 1
90% de adensamento.
• 4 – Para 90% de adensamento, tem-se T90 = 0,848.
3

cv t 90 4 0,848Hdr2
T90 = 2
cv =
Hdr t 90 3 1 2

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Valores Típicos de cv

Lambe e Whitman (1969)

Estimativa da Condutividade Hidráulica (equação de Terzaghi):


k
Citado em Kulhawy e Mayne (1990) cv = k = cv . γw . mv
γw mv Condutividade hidraulica

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Obtenção de cv Casagrande
d0 =17,7 mm

Exemplos
0,2
Tensão (kPa) d0 d100 d50 t50 (min) t50 (s) Hdr (cm) cv cm2/s
0,8 200 17,7 16,3 17,0 0,8 48 0,85 2,97E-03
400 16,3 15,2 15,8 0,5 30 0,79 4,10E-03
d100 =16,3 mm
d0 =16,3 mm
2
0,2 0,197Hdr
15,8 0,8 cv =
t 50
d100 =15,2 mm

t50 = 0,8 min


0,1 t50 = 0,5 min
t50 = 0,8 min Prof. Saulo Ribeiro - DSc 31

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Obtenção de cv Taylor
Exemplos
Tensão (kPa) OB 1,15.OB Raiz (t) t90 (min) t90 (seg) Hdr (cm) cv cm2/s
200 6,8 7,82 2,0 4,0 240 0,85 2,55E-03
400 5,0 5,75 1,8 3,1 184 0,79 2,88E-03 200 kPa

2
0,848Hdr
cv = 400 kPa
t 90

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Tempo de Recalque
Colchão Drenante

Solo Permeável
2
Hdr U (%) T t (dias) t (anos)
t=T Avaliação Geral:
cv 10 0,00785 30 0,1
20 0,0314 121 0,3 cv = 3e-3 cm2/s
30 0,0707 273 0,7
20 anos 40 0,126 486 1,3 cv = 2,59e-2 m2/dia
50 0,197 760 2,1
60 0,286 1103 3,0 Hdr = 10 m
70 0,403 1555 4,3
80 0,567 2188 6,0
Recalque no tempo: S(t) = U. Sfinal 90 0,848 3272 9,0
99 1,781 6871 18,8
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33

Adensamento Secundário Índice de Compressão Secundária:


∆e
Cα =
log t 2 − logt1

∆e
Cα =
t
log 2
t1

Fim do adensamento primário. Recalque Secundário:


t2
Ss = C′α . H. log
t1


C′α =
1 + ep

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Valores Típicos
De acordo com Das (2007) o recalque de
compressão secundária é mais importantes que o
adensamento primário em solos orgânicos e
inorgânicos altamente compressíveis.

Material C’α
Argilas Sobreadensadas ≤ 0,001
Argilas Normalmente Adensadas 0,005 a 0,03
Solo Orgânico ≥ 0,04

Citado em Das (2007)

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35

Recalque Secundário
• Recalque por adensamento secundário, devido ao
aterro, para 100 anos.

wnat = 51%
Tensão = 100 kPa
Recalque Primário:
t = 20 anos

ep = 1,14

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Recalque Secundário
∆H ∆e 0,008
∆e = cα = cα = cα =4,7x10−3
Hs t 1000
Hs = 12,5 mm log 2 log
20
t1
0,1
∆e = = 0,008
12,5

Primário Secundário
H (mm)

ΔH = 0,1 mm 100 kPa

t1
t2
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37

Recalque Secundário
Cα cα =4,7x10−3
C′α =
1 + ep ep = 1,14

4,7x10−3
C′α = c′α =2,2x10−3
1 + 1,14

t2
Ss = C′α . H. log
t1 t1 = 20 anos

100
Ss = 2,2𝑥10−3 . 20. log
20
c′α =2,2x10−3
wnat = 51%
Ss = 31 mm 100 anos

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38

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Ensaio Triaxial Drenado - CID


Parâmetros de Resistência Drenados (c’ e φ’)
Parâmetros Efetivos de Deformação (E’ e ν)

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39

Ensaio Triaxial Adensado Drenado - CD


• Ensaio Triaxial Adensado Drenado (CD): normatizado pela ASTM (American
Society for Testing and Materials) D 7181/2011 - Method for Consolidated
Drained Triaxial Compression Test for Soils.
rekakaryageo.wordpress.com

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40

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Montagem e Saturação

LocTest LocTest
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41

Modelo Esquemático - Triaxial tensão desviadora

σ1 = σa + σ3 Tensão de confinamento

Simulação de
carregamento axial - TxC.

σ3 σ3

σ1
Campo
Fase I – Adensamento Isotrópico (CID)
Fase II - Cisalhamento σ3

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gdsinstruments.com

42

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Parâmetro B – Contrapressão
Se tiver saturada, B tende para 1
Δu
• O parâmetro B é definido pela expressão: B= Exemplo
• em que,
Δσ3
• Δu – variação da poropressão na amostra, resultado na
alteração da poropressão na câmera, quando as
válvulas de drenagem estão fechadas.
• Δσ3 – variação da pressão isotrópica na câmera.
• Se B for ≥ 0,95 ou se B versus contrapressão não indicar
mais aumento de B com o aumento da contrapressão, a
fase de adensamento pode ser iniciada.
• Assim, o relatório deve apresentar o gráfico contrapressão
versus B ou uma tabela de correlação.
D 7181/2011

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43

Head (1998) – Manual de Laboratório de Solo

πD2
cvi =
λ. t100

D – diâmetro da amostra
λ – cte., tipo de drenagem (tabela)
cvi – Coef. de adensamento isotrópico

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44

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Tempo de Ruptura para Ensaios Drenados


O grau dissipação teórico de 95% de poropressão é geralmente aceito para obter os parâmetros de
resistência drenados. Nesta condição, de acordo com Head, o tempo necessário para ruptura (t f)
num ensaio drenado pode ser estimado.

L2 πD2 L
tf = cvi = =r L – altura da amostra Head (1998)
0,2. η. cvi λ. t100 D

5. r 2 λ
tf = .t
π η 100
r=2 20 λ
tf = .t
π η 100

t f = F. t100

t f = 8,5. t100 r=2 Prof. Saulo Ribeiro - DSc 45

Tempo para romper a amostra


45

Tensões de Confinamento Sugeridas


σ’v0 (kPa) σc ≈ σ′h0 ≈ K 0 . σ′v0 , ou
Tensão octaédrica

1 + 2K 0
σc ≈ s′0 ≈ p′0 ≈ σ′vo
3

Sigma/W

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46

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Trajetória de Carregamento Axial - TxC


• O ensaio CID caracteriza-se pela dissipação da poropressão com a abertura das válvulas de
drenagem. O CID é conhecido também como ensaio lento (S - Slow).
 d Representação da
Representação do nível de 3 construção em campo.
tensão em campo.
Usualmente, semelhante à
3 Simulando o aumento da
tensão vertical.
tensão horizontal estimada.

3 uc = 0 3 3 u d = 0 3
Aplicação da tensão
desviadora  d

Corpo de prova sob pressão


3 de confinamento  3 +  d
Prof. Saulo Ribeiro - DSc 47

47

Dados de Saída do Ensaio CID


• Os dados mais importantes para a interpretação e estudos são:

• εa = Δh/h0 = deformação axial; Superfície


• εvol. = ΔV/V0 = deformação volumétrica; bem definida
• σa = σd = tensão desvio (σ1-σ3);
• σ1 = tensão principal maior.
σ1 = σd + σc
σ3 = σc Superfície não
definida

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48

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Ruptura - Conforme a Norma D 7181/2011


• A ruptura pode ser obtida na tensão desvio máxima ou na tensão desvio obtida para uma
deformação definida.
• A ruptura é frequentemente obtida na tensão desvio máxima (σ1-σ3)max ou deformação axial de 15%.
• Outro critério pode ser definido, por exemplo: a obliquidade máxima, (σ1/σ3)max, ou a tensão desvio
(σ1-σ3) para uma deformação axial escolhida, diferente de 15%.

σd σd

ε ε

Lambe e Whitman (1969)


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49

Curva Tensão Deformação


Resistência de Pico e Última - “Residual”
σc (kPa) σd (kPa)
Pico
100 339,60
“Residual”
Última 200 651,46
400 1337,53

σ1 = σd + σc

σ3 = σc

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50

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Trajetórias de Tensões
trajetória de tensão

Ensaio Triaxial de Trajetória K na fase de adensamento.


Compressão Axial - TxC

σ1 − σ3
q=
2
Lambe e Whitman (1969) σ′1 + σ′3 Prof. Saulo Ribeiro - DSc 51
p′ =
2

51

Mohr-Coulomb - Diagrama MIT s’ vs t


t = a′ + s ′ . tan(α′ )
σ1 − σ3
t=
2
Ø’
α'

MIT
a′
c′ =
cos(ϕ′ )

sen ϕ′ = tan (𝛼 ′ )
c' a'
σ′1 + σ′3
Trajetórias de s′ =
Carregamento Axial 2
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52

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Diagramas MIT e Cambridge


tensão de desvio 3 − sen(ϕ′ )
𝐪 = 𝛔𝟏 − 𝛔𝟑 c′ = q
6. cos(ϕ′ ) 0
𝛔𝟏 − 𝛔𝟑
𝐭= 6. sen(ϕ′ )
𝟐 η tan η = =M
tensão máxima (Su) 3 − sen(ϕ′ )
α' 3. tan(η)
sen(ϕ′ ) =
6 + tan(η)

a′
c′ =
cos(ϕ′ )
𝒒𝟎
a' sen ϕ′ = tan (𝛼 ′ )

𝛔′𝟏 + 𝛔′𝟑 𝛔′𝟏 + 𝟐. 𝛔′𝟑


𝐬′ = 𝐩′ =
𝟐 𝟑
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53

Trajetórias de Tensões Efetivas


Envoltória de Resistência Efetiva – K’f
σ1 − σ3 σ′1 + σ′3
t= s′ =
2 2
t = a′ + s ′ . tan(α′ )

sen ' = tg'


a'
c' =
cos '
tg α' 0,625
a' 0,00
Trajetórias de φ' (°) 39
Areia Densa
Carregamento Axial
c' (kPa) 0
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54

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Módulo de Deformabilidade Secante – E’


σd
Taxa de Mobilização =
σd(pico)

Mais para barragem


E50
σd
E′ =
εa

E50 = 55 MPa

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E25 para fundações


55

Módulo de Deformabilidade - E’50

E50 =55 MPa

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56

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Parâmetros de Deformabilidade Típicos de Solos

Kulhawy e Mayne (1990)

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geotechdata.info

57

Parâmetros de Deformabilidade Típicos de Solos

Bowles (1997)

Bowles (1997)

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58

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Deformação
Volumétrica
∆V
εvol =
V0
εvol = εx + εy + εz

εvol = εh + εh + εa
Dilatação
εvol = 2. εh + εa
εvol − εa
εh =
2
Compressão Inicial
O Ponto coincide com o pico da tensao
Prof. Saulo Ribeiro - DSc 59

59

Coeficiente de Poisson
εh
ν=−
εv
εh
ν=−
εa

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60

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Taxa de Mobilização vs Deformação Axial

σd
Taxa de Mobilização =
σd(pico)

E50

0,70
Fase Inicial,
fase elástica.

Pico
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61

Coeficiente de Poisson

𝜀ℎ
𝜈=−
𝜀𝑎

𝜈 = 0,47

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62

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Modelo Hiperbólico
• Descrito por Duncan et al. (1980). O módulo volumétrico (B) mantém-se constante durante o
carregamento, enquanto o módulo elástico (E) varia conforme uma relação hiperbólica (Duncan e
Chang, 1970). Manual do Sigma (2020)

Módulo Tangente

Módulo de descarregamento
e recarregamento Ruptura - Ensaio
Último - Teórico

Rf entre 0,75 e 1
Módulo - n típico igual a 0,5
Elástico Inicial 2 c cos ϕ + σ3 senϕ
- Kur≈1,2.KL areia densa σ1 − σ3 f =
- Kur≈3.KL areia fofa 1 − senϕ

Prof. Saulo Ribeiro - DSc 63

63

Constantes KL e n
Duncan e Chang (1970)

400 MPa
400 MPa

100 MPa

40 MPa
40 MPa

400 kPa 4.000 kPa

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64

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Modelo Hiperbólico Pedregulho


K 600,00
εa n 0,40
σ1 − σ3 = Pa 101,30
1 εa
n + φ 42,00
σ 2. c. cos ϕ + 2. σ3 . sen(ϕ)
K. Pa . 3 1 − sen(ϕ)
coesão (kPa) 0,00
Pa Rf 0,70
Rf

Argila K 60,00
n 0,45
Pa 101,30
φ 30,00
coesão (kPa) 4,78
Rf 0,70

Reproduzido de Gerscovich (2005; UERJ, notas de aula).


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65

Estudo Modelo Hiperbólico

provavelmente ja tem um pré


adensamento

nesse caso foi feito acima da


tensão de pre-adensamento e
quebra o historico de tensoes.
Areia Fina Siltosa Tonando o ensaios ideal

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66

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Estudo Modelo Hiperbólico


Diagrama de Cambridge

M=1,26 Trajetórias de Tensões Efetivas - TTE

K’f

TTE
TTE
TTE
q0 = 81,5 kPa Inclinação 1:3

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67

Calibração por Ensaio


K 200,00
n 0,30
Pa (kPa) 101,30
φ' (°) 31,40
c' (kPa) 39,50
Rf 0,80

K 400,00
n 0,30
Pa (kPa) 101,30
φ' (°) 31,40
c' (kPa) 39,50
Rf 0,80

K 250,00
n 0,30
Pa (kPa) 101,30
φ' (°) 31,40
c' (kPa) 39,50
Rf 0,80

Prof. Saulo Ribeiro - DSc 68

68

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Calibração Geral
K 210,00
n 0,30
Pa (kPa) 101,30
φ' (°) 31,40
c' (kPa) 39,50
Rf 0,80

A amostra A apresenta-se muito


rígida em comparação com as
amostras B e C, sugerindo uma
maior compacidade inicial.

Prof. Saulo Ribeiro - DSc 69

69

Modelo Numérico Hiperbólico


35.000

30.000
E' (kPa)

25.000

20.000

15.000

10.000
0 100 200 300 400 500 600 700 800
Tensão Efetiva Vertical (kPa)

GeoStudio 2021.4
Sigma/W

Prof. Saulo Ribeiro - DSc 70

70

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Resultado Numérico
Efeito do descarregamento
20

15
Depósito natural
20 days
Y (m)

10 Aplicação de 30 kPa
21 days

Retirada de 30 kPa
22 days
5
Aplicação de 60 kPa
23 days

0
0,75 0,76 0,77 0,78 0,79 0,8
GeoStudio 2021.4
Índice de Vazios
Sigma/W

Prof. Saulo Ribeiro - DSc 71

71

Estado Crítico
Condição Drenada - CID

∆σd ∆εvol
=0 =0
εa εa

Condição Não-Drenada - CIU Estado Crítico

∆σd ∆u
=0 =0
εa εa

slideshare.net/samirsinhparmar
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Parâmetros do Modelo Cam-Clay – Estado Crítico

Se ajusta bem argila

Em areias
fica paralelo
λ a grandes
deformações

q = 𝜎1 − 𝜎3
σ′1 + 2. σ′3
tensão de confinamento
intercepto nulo no modelo Cam-Clay p′ =
3

Manual GeoStudio - Sigma


Prof. Saulo Ribeiro - DSc 73

73

Modelo CamClay
Seequent (2021)

recompressão (plástica)

compressão virgem (elástica)

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74

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Modelo CamClay
Seequent (2021)

Prof. Saulo Ribeiro - DSc 75

75

Modelo CamClay
Seequent (2021)

Deformações Plásticas

Deformações Elásticas

Prof. Saulo Ribeiro - DSc 76

76

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Modelo CamClay – λ e Г

λ = 0,11
Fase de Cisalhamento
Г = 1,41

NLC – Linha de Compressão Normal CSL - Linha de Estado Crítico


Final do adensamento isotrópico Considerado no final da fase de cisalhamento.

Prof. Saulo Ribeiro - DSc 77

77

Modelo CamClay – M e φ’cr

M = 1,343

φ’cr = 33,3°

6. sen(ϕ′ ) 3. tan(η)
tan η = =M sen(ϕ′ ) =
3 − sen(ϕ′ ) 6 + tan(η)

Prof. Saulo Ribeiro - DSc 78

78

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Modelo CamClay – κ e OCR


p’c
p’c “Efeito do pré-adensamento”
Trecho Elástico
p’c

p’0 (kPa) p'c (kPa) OCR Parâmetros: κ ≈ 0,01


200 246,71 1,23
p′c OCR ≈ 1,15
OCR =
400 437,02 1,09 p′0 e0 ≈ 0,82
600 669,12 1,12
Prof. Saulo Ribeiro - DSc 79

79

Modelo CamClay - Poisson


Trecho Elástico

Por ensaio Geral

ν ≈ 0,4

Prof. Saulo Ribeiro - DSc 80

80

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Modelo Numérico CamClay


60 kPa
Efeito do Carregamento
20

15
Condição Inicial
Y (m)

10 21 days
Condição Inicial
5

0
0,5 0,55 0,6 0,65 0,7 0,75 0,8 0,85
Índice de Vazios

GeoStudio 2021.4
Sigma/W

Prof. Saulo Ribeiro - DSc 81

81

Sugestões GeoFast para Aceitação de Ensaio CID


Comportamento
• Compatibilidade do aumento da resistência com o aumento do nível de tensão confinante.
• Tendência de redução da fragilidade com o aumento do nível de tensão confinante.
• Consistência da linha de compressão isotrópica na fase de adensamento. Neste caso, é
importante apresentar o gráfico (s’ x e) ou (p’ x e).
• Coerência dos parâmetros geotécnicos obtidos com relação às características do material
ensaiado (textura, consistência e compacidade).

“Solo Ideal”

Prof. Saulo Ribeiro - DSc 82

82

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Obtenção de Parâmetros Geotécnicos de Projeto
Professor: Saulo Gutemberg Silva Ribeiro – DSc

Observações
• A norma D 7181/2011 não
contempla variações no material
e/ou estudos com finalidades
especiais.
• Para alguns solos, e praticamente
todas as rochas alteradas, tem-se
variação das características dos
materiais na escala amostrada.
• A interpretação deve contemplar
estas variações como prováveis, não
sendo, necessariamente, um erro de
ensaio.

Prof. Saulo Ribeiro - DSc 83

83

Planilhas de Estudo – Ensaios CID


CamClay

Hiperbólico

Prof. Saulo Ribeiro - DSc 84

84

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Obtenção de Parâmetros Geotécnicos de Projeto
Professor: Saulo Gutemberg Silva Ribeiro – DSc

Ensaio Triaxial Não Drenado - CIU


Parâmetros de Resistência Não Drenados (c, φ e Su)
Parâmetros de Geração de Poropressão (Δu e A)

Prof. Saulo Ribeiro - DSc 85

85

Ensaio Triaxial Adensado Não-Drenado - CIU


• Ensaio Triaxial Adensado Não-Drenado (CU): normatizado pela ASTM (American Society for
Testing and Materials) D 4767 - Method for Consolidated Undrained Triaxial Compression Test
for Cohesive Soils.

“The Panel concluded that evidence indicates Mount Polley Mine on August 4, 2014
the breach was the result of a failure in the
foundation of the embankment, a failure that
occurred in a glaciolacustrine (GLU) layer of
the embankment’s foundation.”
“it was susceptible to undrained failure when
subject to the stresses associated with the
embankment”

www.mountpolleyreviewpanel.ca

Prof. Saulo Ribeiro - DSc sitnews.us 86

86

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Taxa de Deformação – Ensaio CIU


A taxa de deformação axial do ensaio CIU deve produzir uma equalização da poropressão em toda a
amostra, na ruptura.

Topo ou Base
Topo e Base

Head (1998)

Prof. Saulo Ribeiro - DSc 87

87

Tempo para Ruptura – CIU


O tempo requerido para ruptura em ensaios não drenados, baseado na equalização de 95% da
poropressão na amostra, foi apresentado por Blight (1964).

Para condição sem drenos laterais, tem-se: εar


Taxa de Deformação = (%/min.)
1,6. H 2 100.tf
0,4. L2
tf = tf = . λ. t100
cvi π. D2 εar = def. axial estimada na ruptura (%)
H=L/2 tf = tempo mínimo de ruptura (min.)
L t f = 0,127 . 𝑟 2 . λ. t100 tf ≥ 120 min.
0,4. L2 =r
tf = D
cvi
Para drenagem topo e base, λ = r 2 t f = 2,03. t100
πD2
cvi = 𝑟2
λ. t100 Para drenagem topo ou base, λ = t f = 0,51. t100
4

Head (1998)
Prof. Saulo Ribeiro - DSc 88

88

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CARACTERÍSTICAS DO CORPO DE PROVA

Exemplo Altura (cm)


Montagem

11,00
Após o Adensamento

10,96

Diâmetro (cm) 5,08 5,07


2
Área (cm ) 20,27 20,19
3
Volume (cm ) 222,95 221,25

Peso (g) 567,04 588,78

Densidade Úmida (g/cm3) 2,543 2,661

Densidade Seca (g/cm3) 2,242 2,259

Índice de Vazios 0,705 0,692

Grau de Saturação (%) 73,0 74,3

APÓS O CONFINAMENTO

h (cm) V (cm³) CONTRA PRESSÃO (kgf/cm²)

0,04 1,70 3,70

Drenagem única

Prof. Saulo Ribeiro - DSc 89

89

Ensaio Triaxial Adensado Não-Drenado - CIU


Simulação de um carregamento em campo em condições não drenadas.
Não há tempo para dissipação de poropressões geradas.
 d  d
3
Adensamento
3 3
Isotrópico

3 uc = 0 3 3 u d  0 3 3 u d  0 3

3 3 3

 d  d
Prof. Saulo Ribeiro - DSc 90

Não há variação de volume


90

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Ensaio Triaxial Adensado Não-Drenado - CIU


• Os dados para a interpretação e estudo são:
• εa = deformação axial;
• Δu = geração de poropressão no cisalhamento; 1.000 kPa
• σa = σd = tensão desvio; rigidez maior no início por ser não drenado 400 kPa
• Com estas informações torna-se possível avaliar a resistência
não drenada e obter os parâmetros de resistência drenados
(efetivos) e não drenados (“totais”).
• O ensaio também permite avaliar a resistência não drenada Su
relacionada ao nível de tensão efetiva aplicado no
adensamento: razão de resistência não drenada, Su/s’.

Shuttle e Cunning (2007)


Prof. Saulo Ribeiro - DSc 91

91

Cisalhamento Máximo – Obliquidade Máxima


O pico de resistência O pico de resistência tendencia que a menor tensão fique mais
acima do que a maior tensão. Se isso
“ocorre” a 20%. picos bem definidos ocorre entre 1,5 e 3%. acontece, ta coerente
? 1,5%

3,0%

Nota: Dependendo do comportamento do solo e aplicação de campo, pode-se adotar a obliquidade máxima das
tensões principais efetivas ou a tensão desvio para uma deformação axial selecionada (D 4767/2011).
Prof. Saulo Ribeiro - DSc 92

92

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Parâmetro A na Ruptura
∆u
A=
σd

Argila altamente pré-adensada

Lambe e Whitman (1969)

Das (2007)

Prof. Saulo Ribeiro - DSc 93

93

Geração de Poropressão – Parâmetro A


Baixa
Tendência de Contração
Deformação
Geração Positiva
Axial Elevada
Deformação
Axial

Tendência de Dilatação
Geração Negativa

Fase de Cisalhamento – Fase II


Variação de volume nula – ν=0,5 ∆u
A=
σd

Prof. Saulo Ribeiro - DSc Lambe e Whitman94(1969)

94

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Trajetórias de Tensões Envoltória


Envoltórias de Resistência Efetiva Envoltória
Total

tgα' 0,5536
a' (kPa) 13,303
φ' (°) 33,6
c' (kPa) 16,0

tgα 0,4199
Envoltória
a (kPa) 92,591
Total
φ (°) 24,8
Envoltória Trajetória de Tensões Efetivas c (kPa) 102,0
Efetiva
Trajetória de Tensões Efetivas

Prof. Saulo Ribeiro - DSc 95

95

Cisalhamento Máximo vs Obliquidade Máxima

Cisalhamento Máximo
tgα' 0,5536
a' (kPa) 13,303
φ' (°) 33,6
c' (kPa) 16,0

Obliquidade Máxima
tgα' 0,5254
c’=45 kPa a' (kPa) 38,454
c’=16 kPa ?
φ' (°) 31,7
c' (kPa) 45,2
Prof. Saulo Ribeiro - DSc 96

96

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Obtenção de Parâmetros Geotécnicos de Projeto
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Cisalhamento Máximo – Deformação Definida


Obliquidade Máxima
tgα' 0,5254
a' (kPa) 38,454
φ' (°) 31,7
c' (kPa) 45,2

tgα' 0,5661 tgα' 0,5536


a' (kPa) 17,496 a' (kPa) 13,303
φ' (°) 34,5 φ' (°) 33,6
Parâmetros sensíveis à taxa de deformação. c' (kPa) 21,2 c' (kPa) 16,0
Deformação de 8% Cisalhamento Máximo

Prof. Saulo Ribeiro - DSc 97

97

Método Corps of Engineers


Envoltória
Efetiva

Envoltória
Total
Não usa resistencia não drenada maior que a drenada

Army Corps Method

Citado em Duncan et al. (1990).


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98

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Tensão de Transição - σn

tgα 0,4199
Condição não
a (kPa) 92,591
assegurada em campo. +Δu
Ganho de resistência φ (°) 24,8
não assegurado em c (kPa) 102,0
campo.

-Δu Projeto tgα' 0,5254


a' (kPa) 38,454
σn = 365 kPa φ' (°) 31,7
c' (kPa) 45,2
Obliquidade Máxima

c − c'
n =
tan '− tan  Prof. Saulo Ribeiro - DSc 99

99

Resistência não Drenada Su - CIU


Su = τmax cos ∅

τmáx
Su
φ'

Lambe e Whitman (1969)


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100

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Su versus σ’vo
τmáx
57 133

Sumin = 133 kPa


Sumin = 57 kPa Razão = 0,40
Razão = 0,52

Cisalhamento Máximo Obliquidade Máxima


3
tgα' 0,5536 tgα' 0,5254 σ′vo = .p′0 Su = τmax cos ∅′
1+2.K0
a' (kPa) 13,303 a' (kPa) 38,454
φ' (°) 33,6 φ' (°) 31,7
p′0 = s′0 Su = Su mín + Razão. σ′vo
c' (kPa) 16,0 c' (kPa) 45,2 Prof. Saulo Ribeiro - DSc 101

101

Campanha de Ensaios

800 kPa

LEC

1.000 kPa 200 kPa

400 kPa

200 1.000
Amostras Reconstituídas
Compactação Úmida

800 kPa
1.000 kPa
200 kPa Parâmetro de Estado - ψ
0,10 (alto poder ψ = e − ec
de liquefação
400 kPa LEC

Shuttle e Cunning (2007) Prof. Saulo Ribeiro - DSc 102

102

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Planilha de Estudo – Ensaio CIU

Prof. Saulo Ribeiro - DSc 103

103

Ensaio SPT
Standard Penetration Test
Perfil Geológico-Geotécnico
Correlações – Parâmetros Estimados

Prof. Saulo Ribeiro - DSc 104

104

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Sondagem SPT – Obtenção de Dados


• A NBR 6484/2020 prescreve o método de execução de sondagens de simples reconhecimento de
solos, SPT (manual e mecanizado), cujas finalidades são:
• a determinação dos tipos de solo em suas respectivas profundidades de ocorrência;
• a posição do nível d’água;
• os índices de resistência à penetração (NSPT) a cada metro de profundidade.

Nota: quantidade e locação das sondagens é de


responsabilidade do contratante.

Avanços da NBR 6484/2020 - Sondagem de simples reconhecimento com SPT


https://www.youtube.com/watch?v=qGJUxalFiNk

Prof. Saulo Ribeiro - DSc 105

105

Sondagem SPT Manual – Vantagens


• Simplicidade do equipamento;
• Baixo custo;
• NSPT pode ser relacionado com fórmulas empíricas para estimar parâmetros de projetos
(capacidade de carga, resistência, compressibilidade);
• Obtém-se a compacidade de solos granulares e consistência de solo coesivos.

Amostrador Padrão
Prof. Saulo Ribeiro - DSc 106

106

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Sondagem SPT Manual


Procedimentos Básicos
• A perfuração é realizada por trado e circulação de água
utilizando-se um trépano de lavagem como ferramenta de
escavação.
• O amostrador padrão é cravado com o auxílio de um peso de
65 kg (martelo padronizado), caindo de uma altura de 75 cm.
• NSPT = número de golpes necessários para fazer o amostrador
penetrar 30 cm, após uma cravação inicial de 15 cm.
• De acordo com a norma, os sistemas manual e mecanizado,
não necessariamente fornecerão os mesmo resultados do
índice de resistência.
• A energia do equipamento mecanizado pode ser avaliada
com base na NBR 16796 – Método padrão para avaliação de
energia em SPT (28/10/20).
NBR 6484/2020
Prof. Saulo Ribeiro - DSc 107

107

Penetrações Registro

De acordo com a Norma,


frequentemente não ocorre a
penetração exata dos 45 cm,
bem como de cada um dos
segmentos de 15 cm do
amostrador-padrão, com certo
número de golpes.

Exemplo:
3 golpes para 17 cm + 4 golpes
para alcançar 30 cm (17+14=31
cm);
+5 golpes para alcançar 45 cm
(17+14+15=46 cm).

NBR 6484/2020
Prof. Saulo Ribeiro - DSc 108

108

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Paralisações – Cravação Amostrador Padrão


• O critério de paralisação das sondagens é de responsabilidade técnica da contratante ou de seu
preposto, e deve ser definido de acordo com as necessidades específicas do projeto.
• Na ausência do fornecimento do critério de paralisação, as sondagens devem avançar até que
seja atingido um dos seguintes critérios:
• a) avanço da sondagem até a profundidade na qual tenham sido obtidos 10 metros de resultados
consecutivos indicando N iguais ou superiores a 25 golpes;
• b) avanço da sondagem até a profundidade na qual tenham sido obtidos 8 metros de resultados
consecutivos indicando N iguais ou superiores a 30 golpes;
• c) avanço da sondagem até a profundidade na qual tenham sido obtidos 6 metros de resultados
consecutivos indicando N iguais ou superiores a 35 golpes.

Nota: ao final dos trabalhos os furos de sondagem devem ser totalmente preenchidos com calda
de cimento, bentonita ou mistura determinada tecnicamente pelo contratante, evitando assim
que produtos eventualmente derramados na superfície atinjam o subsolo.
Prof. Saulo Ribeiro - DSc NBR 6484/2020 109

109

Equipamentos
Manual Mecanizado
• Torre com roldana, moitão e corda
• Perfuratriz rotativa
• Tubos de revestimento
• Tubos de revestimento
• Hastes de perfuração/cravação
• Haste de perfuração/cravação
• Trado-concha ou cavadeira manual
• Trado oco
• Trado helicoidal
• Trado helicoidal contínuo
• Trépano/peça de lavagem
• Tricone
• Amostrador-padrão
• Amostrador-padrão
• Cabeça de bater
• Cabeça de bater damascopenna.com.br
• Martelo padronizado
• Martelo automático padronizado para cravação do amostrador
• Baldinho para esgotar o furo
• Medidor de nível de água
• Medidor de nível de água
• Metro de balcão ou trena
• Metro de balcão ou trena damascopenna.com.br
• Recipientes para amostras
• Recipientes para amostras
• Ferramentas gerais necessárias para operação da aparelhagem
• Bomba d’água centrífuga motorizada
• Caixa d’água ou tambor com divisória interna para decantação
• Ferramentas gerais necessárias para a operação NBR 6484/2020
Prof. Saulo Ribeiro - DSc 110

110

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Classificação

NBR 6484/2020

Prof. Saulo Ribeiro - DSc 111

111

Plano de Investigação

Prof. Saulo Ribeiro - DSc 112

112

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Sondagem SPT
Exemplo

Prof. Saulo Ribeiro - DSc 113

113

Sondagem SPT
Exemplo

Prof. Saulo Ribeiro - DSc 114

114

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Sondagem SPT
Exemplo

Nível d’água
8,60 m

Prof. Saulo Ribeiro - DSc 115

115

Seções Geológico-Geotécnicas
Pouco Compacto (5 a 8)
Med. Compacto (9 a 18)
Compacto (19 a 40)
Areia com Pedregulhos
Areia Siltosa com
Pedregulhos

Areia Siltosa
Medianamente
Compacto
Silte Arenoso Pouco Compacto
Medianamente Areia Medianamente
Pouco Compacta
Compacto Argilosa Compacto
SPTmed=14,6
Compacto

Compacto

Seção A-A
Prof. Saulo Ribeiro - DSc 116

116

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SPT - Energia
• De acordo com Schnaid e Odebrecht (2017), os ensaios manuais realizados no Brasil fornecem
uma energia da ordem de 70 a 80% da energia teórica de queda livre do martelo. Neste contexto
é aqui sugerido adotar 70% e denominar NSPT por N70.
• Assim, para fazer a correção do N70 para N60 (padrão de energia americano) faz-se simplesmente
a relação 70/60 e aplica-se sobre o valor de N70.

70
N60 = . N = 1,17. N70
60 70

SPTmed=14,6
N60=17
N70

Prof. Saulo Ribeiro - DSc 117

117

Correção – Nível de Tensão Efetiva


• A maioria das correlações apresentadas para estimar o ângulo de atrito efetivo e a densidade
relativa de areias utiliza o N60 ou o (N1)60, este normalizado pela tensão efetiva vertical a 1
atmosfera, coeficiente CN (Liao e Whitman, 1986; citado em geostru.eu)
• em que: n
 P 
• Pa é 1 atm na unidade de σ’v0; (N1 )60 = N60 .C N = N 60  a 
• σ’v0 é a tensão vertical efetiva em campo;  'vo 
• n igual a 0,5 para areias (solos finos n tende para unidade).

• CN, em termos práticos não deve ultrapassar a 2, preferencialmente 1,5. A correção CN deve ser feita
apenas para estimativa da densidade relativa e do ângulo de atrito. CN não deve ser aplicado para
determinação de resistência não drenada e parâmetros de deformação (citado em geostru.eu).
• Schnaid e Odebrecht (2017) apresentam equações de outros autores para determinação de C N.

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118

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Correlações de Ângulo de Atrito com (N1)60


• National Cooperative Highway Research Program NCHRP (2010, citado em geostru.eu)

∅′ = 54 − 27,6034𝑒 −0,014. 𝑁1 60 Kulhawy & Mayne (1990)

2
∅′ = 27,1 + 0,3. 𝑁1 60 − 0,00053. 𝑁1 60 Wolff (1989)

N70 (cte) = 5 N70 (cte) = 30

Moderada influência
do nível de tensão.

Demasiada influência
do nível de tensão.
Prof. Saulo Ribeiro - DSc 119

119

Exemplo Areia Siltosa


Peso 22 kN/m3
z σ'v0 (kPa) SPT N60 CN (N1)60 K&M Wolff Média
4 88 17 19,89 1,07 21,3 33,5 33,3 33,4
5 110 11 12,87 0,96 12,4 30,8 30,7 30,8
6 132 16 18,72 0,88 16,4 32,1 31,9 32,0
7 154 12 14,04 0,81 11,4 30,5 30,4 30,5
8 176 15 17,55 0,76 13,3 31,1 31,0 31,0
9 198 15 17,55 0,72 12,6 30,8 30,8 30,8
10 220 18 21,06 0,68 14,3 31,4 31,3 31,3
5 110 13 15,21 0,96 14,6 31,5 31,4 31,4

∅′ = 54 − 27,6034𝑒 −0,014. 𝑁1 60
φ’=31,4°
Kulhawy & Mayne (1990)

2
∅′ = 27,1 + 0,3. 𝑁1 60 − 0,00053. 𝑁1 60

Wolff (1989)

Prof. Saulo Ribeiro - DSc 120

120

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60
Obtenção de Parâmetros Geotécnicos de Projeto
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Planilha de Estudo – Ensaio SPT


Valores 32°
Médios

33°
34°

z σ'v0 (kPa) SPT N60 CN (N1)60 K&M Wolff Média


10 180 21 24,57 0,75 18,4 32,7 32,4 32,6
11 198 24 28,08 0,72 20,1 33,2 32,9 33,0
9 162 17 19,89 0,79 15,7 31,9 31,7 31,8
10 180 15 17,55 0,75 13,2 31,0 31,0 31,0
11 198 18 21,06 0,72 15,1 31,6 31,5 31,6
20 360 30 35,1 0,53 18,6 32,7 32,5 32,6
21 378 30 35,1 0,52 18,2 32,6 32,4 32,5
22 396 32 37,44 0,51 18,9 32,8 32,6 32,7
19 342 30 35,1 0,54 19,1 32,9 32,6 32,8
20 360 32 37,44 0,53 19,9 33,1 32,8 33,0
21 378 34 39,78 0,52 20,6 33,3 33,1 33,2
21 378 33 38,61 0,52 20,0 33,1 32,9 33,0
20 360 33 38,61 0,53 20,5 33,3 33,0 33,1
21 378 34 39,78 0,52 20,6 33,3 33,1 33,2
22 396 35 40,95 0,51 20,7 33,3 33,1 33,2
23 414 36 42,12 0,49 20,8 33,4 33,1 33,3
24 432 43 50,31 0,48 24,4 34,4 34,1 34,2
2
22
23
396
414
38
46
44,46
53,82
0,51
0,49
22,5
26,6
33,9
35,0
33,6
34,7
33,7
34,8
∅′ = 27,1 + 0,3. 𝑁1 60 − 0,00053. 𝑁1 60 ∅′ = 54 − 27,6034𝑒 −0,014. 𝑁1 60
22 396 38 44,46 0,51 22,5 33,9 33,6 33,7 Kulhawy & Mayne (1990)
23 414 44 51,48 0,49 25,5 34,7 34,4 34,5 Wolff (1989)
24
22
432
396
51
39
59,67
45,63
0,48
0,51
28,9
23,1
35,6
34,0
35,3
33,7
35,5
33,9
Prof. Saulo Ribeiro - DSc 121
& Mayne (1990) 23 414 47 54,99 0,49 27,2 35,1 34,9 35,0

121

Técnica
Proposta GeoFast
de Inversão do Triaxial CID c’ =
a′
cos∅′
z σ'v0 (kPa) SPT N60 CN (N1)60 K&M Wolff Média tf (kPa) s'0 (kPa) s'f (kPa)
10 180 21 24,57 0,75 18,4 32,7 32,4 32,6 104,9 90,0 194,9
t sen ϕ′ = tan (𝛼 ′ )
11 198 24 28,08 0,72 20,1 33,2 32,9 33,0 118,7 99,0 217,7
9 162 17 19,89 0,79 15,7 31,9 31,7 31,8 90,1 81,0 171,1
α'
10 180 15 17,55 0,75 13,2 31,0 31,0 31,0 95,6 90,0 185,6
11 198 18 21,06 0,72 15,1 31,6 31,5 31,6 108,8 99,0 207,8
tf
20 360 30 35,1 0,53 18,6 32,7 32,5 32,6 210,5 180,0 390,5
21 378 30 35,1 0,52 18,2 32,6 32,4 32,5 219,3 189,0 408,3
22 396 32 37,44 0,51 18,9 32,8 32,6 32,7 232,8 198,0 430,8
19 342 30 35,1 0,54 19,1 32,9 32,6 32,8 201,6 171,0 372,6 a’
20 360 32 37,44 0,53 19,9 33,1 32,8 33,0 214,9 180,0 394,9 s’0 s’f s’
21 378 34 39,78 0,52 20,6 33,3 33,1 33,2 228,5 189,0 417,5
21 378 33 38,61 0,52 20,0 33,1 32,9 33,0 226,2 189,0 415,2
20 360 33 38,61 0,53 20,5 33,3 33,0 33,1 217,2 180,0 397,2
21 378 34 39,78 0,52 20,6 33,3 33,1 33,2 228,5 189,0 417,5
22 396 35 40,95 0,51 20,7 33,3 33,1 33,2 239,8 198,0 437,8
23 414 36 42,12 0,49 20,8 33,4 33,1 33,3 251,3 207,0 458,3
24 432 43 50,31 0,48 24,4 34,4 34,1 34,2 277,8 216,0 493,8
22 396 38 44,46 0,51 22,5 33,9 33,6 33,7 247,0 198,0 445,0
23 414 46 53,82 0,49 26,6 35,0 34,7 34,8 276,0 207,0 483,0
22 396 38 44,46 0,51 22,5 33,9 33,6 33,7 247,0 198,0 445,0
23 414 44 51,48 0,49 25,5 34,7 34,4 34,5 271,0 207,0 478,0
24 432 51 59,67 0,48 28,9 35,6 35,3 35,5 298,3 216,0 514,3

ne (1990)
22 396 39 45,63 0,51 23,1 34,0 33,7 33,9 249,4 198,0 447,4 sen(∅′ )
23 414 47 54,99 0,49 27,2 35,1 34,9 35,0 278,5 207,0 485,5 t f = s′0
1 − sen(∅′ )
Prof. Saulo Ribeiro - DSc 122

122

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Obtenção de Parâmetros Geotécnicos de Projeto
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Técnica de Inversão – Ângulo de Atrito

φ’ = 34,3°
φ’ = 32,9°

φ’ = 32,1°

Prof. Saulo Ribeiro - DSc 123

123

Módulo de Deformabilidade
Correlação SPT via CPTu
𝐸𝑠 = 2. 𝑞𝑐 Areias Schmertmann (1970, citado em
Kollaros, 2017).

𝐸𝑠 = 3. 𝑞𝑐 Areias Trofimenkov (1974, citado em Das,


2006, Nikudel et al., 2012, e
𝐸𝑠 = 7. 𝑞𝑐 Argilas Kollaros, 2017).

Areia Siltosa
𝐸𝑠 = 7. 𝑞𝑐 Areia Argilosa Schmertmann et al. (1986,
citado em Nikudel et al., 2012).

Robertson e Cabal (2014)

Exemplo:
qc = 600.N70 (kPa)
qc = 500.N60 (kPa)

Prof. Saulo Ribeiro - DSc 124


Citado em Schnaid e Odebrecht (2014)

124

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Correlação E’ versus SPT


N° Descrição k α β (MPa) k – Danziger e Velloso, citado em Schnaid e Odebrecht (2014)
1 Areia 6 3,0 1,82 α – estimado ponderando a granulometria, com base em Trofimenkov
2 Areia Siltosa 5,3 3,6 1,93
(1974, citado em Das, 2006; Nikudel et al., 2012; Kollaros, 2017)
3 Areia Siltoargilosa 5,3 4,0 2,15
4 Areia Argilosiltosa 5,3 4,4 2,36
5 Areia Argilosa 5,3 4,6 2,47
6 Silte Arenoso 4,8 4,4 2,14 β = k. α. Pa (MPa)
7 Silte Arenoargiloso 3,8 4,6 1,77
8 Silte 4,8 5,0 2,43
9 Silte Argiloarenoso 3,8 5,4 2,08
E ′ = β. N70
10 Silte Argiloso 3 5,6 1,70
11 Argila Arenosa 4,8 5,8 2,82 E ′ ≈ 2,1. N70
12 Argila Arenosiltosa 3,8 5,6 2,16
13 Argila Siltoarenosa 3,8 6,0 2,31
14 Argila Siltosa 2,5 6,4 1,62
15 Argila 2,5 7,0 1,77
Média 2,10

Prof. Saulo Ribeiro - DSc 125

125

Módulo de
Deformabilidade
Equações para N55

55
N70 = . N = 0,79. N55
70 55

Nota: correlações, geralmente,


muito conservadoras. Bowles (1997)

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126

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Obtenção de Parâmetros Geotécnicos de Projeto
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Módulo de Deformabilidade
E ′ = β. N70
E′ = 2,14. N70 (MPa)
Silte Arenoso
≈ 40 MPa
≈ 70 MPa

≈ 90 MPa

Prof. Saulo Ribeiro - DSc 127

127

Parâmetros de Deformabilidade Típicos de Solos

Kulhawy e Mayne (1990)

Silte Arenoso Compacto a


Muito Compacto

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Correlação SPT vs Su
“Correlações Fracas”

12 kPa
12 kPa 25 kPa
25 kPa 50 kPa
Su =(4 a 5).N60 (kPa) 50 kPa 100 kPa

Citado em, Kulhawy & Mayne (1990)


Su ≈6.N60 (kPa)

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Citado em Duncan e Wright (2000).

129

Correlação SPT vs Su
Su = (4x 5x 6x).N60 (kPa)

Su = (4 a 6) N60

50 kPa 100 kPa 150 kPa


Citado em, Kulhawy & Mayne (1990)

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130

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GeoFast – Técnica de Inversão do Triaxial CIU


Proposta para Estimativa de Parâmetros Totais

Estudo Silte Argiloso Rijo

Prof. Saulo Ribeiro - DSc 131

131

Técnica de Inversão – Modelo Aplicado


σd
t=
2
σd
Su =
2
Su

σ’vo

σ'ho
σc = s’0 sf
Critério para tensão confinante. sf = s′0 + Su
s′0 = K0. σ′v0
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132

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Planilha de Inversão – Ensaio CIU


Estimativa de Parâmetros Totais Solos Finos
1/0,8
Su Su
Su =(4 a 6).N60 (kPa) = 0,23. OCR0,8 OCR = Jamiolkowki et al. (1985, citado em
σ′v0 0,23. σ′v0 Schnaid e Odebrecht, 2017)
4x
z (m) N70 N60 Su (kPa) σ'v0 (kPa) Su/σ'vo OCR K0 σ'vm (kPa) s'0 (kPa) sf (kPa) Critério para tensão confinante.
5 11 12,9 51 85,0 0,61 3,35 0,9 285,1 77,8 129,3 0,5
6 12 14,0 56 102,0 0,55 2,98 0,9 303,7 88,0 144,2 K 0 = 0,5. OCR
7 13 15,2 61 119,0 0,51 2,71 0,8 323,0 98,0 158,9 Jack (simplificada, citado em Gerscovich, 2016).
8 17 19,9 80 136,0 0,59 3,21 0,9 436,8 121,9 201,4
9 19 22,2 89 153,0 0,58 3,19 0,9 487,4 136,5 225,5
5 14 16,4 66 85,0 0,77 4,53 1,1 385,4 90,5 156,0 s′0 = K0. σ′v0
6 12 14,0 56 102,0 0,55 2,98 0,9 303,7 88,0 144,2
7 13 15,2 61 119,0 0,51 2,71 0,8 323,0 98,0 158,9
8 13 15,2 61 136,0 0,45 2,30 0,8 312,4 103,1 163,9 sf = s′0 + Su
8 11 12,9 51 136,0 0,38 1,86 0,7 253,5 92,8 144,3
9 13 15,2 61 153,0 0,40 1,98 0,7 303,3 107,7 168,6
10 12 14,0 56 170,0 0,33 1,57 0,6 267,3 106,6 162,7
11 13 15,2 61 187,0 0,33 1,54 0,6 288,5 116,1 177,0
12 16 18,7 75 204,0 0,37 1,79 0,7 365,9 136,6 211,5
13 17 19,9 80 221,0 0,36 1,75 0,7 386,9 146,2 225,8
14 19 22,2 89 238,0 0,37 1,83 0,7 436,5 161,2 250,1
9 12 14,0 56 153,0 0,37 1,79 0,7 274,4 102,5 158,62
10 13 15,2 61 170,0 0,36 1,74 0,7 295,4 112,1 172,9
11 13 15,2 61 187,0 0,33 1,54 0,6 288,5 116,1 177,0
12 14 16,4 66 204,0 0,32 1,52 0,6 309,7 125,7 191,2

Prof. Saulo Ribeiro - DSc 133

133

OCR do Estudo de Caso


Silte Argiloso Rijo

Altamente
Pré-Adensado Pré-Adensado

Levemente
Pré-Adensado

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134

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Envoltórias – Técnica de Inversão

Tensões Totais

φ = 19,9°
c = 4 kPa

Silte Argiloso Rijo


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135

Módulo de Deformabilidade
E ′ = β. N70
E′ = 1,7. N70 (MPa)

Silte Argiloso Rijo


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136

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Parâmetros de Deformabilidade Típicos de Solos

Kulhawy e Mayne (1990)

Silte Argiloso Rijo

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137

Ensaio CPTu
Perfil do Solo de Forma Indireta
Correlações – Parâmetros Estimados

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138

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Cone Penetration Test – CPT (qc e fs)


Piezocone Penetration Test – CPTu (qc, fs e u)
Procedimento Básico:
Consiste na cravação no solo de uma ponteira cônica com 60°
de ápice, conectada à extremidade de um conjunto de hastes,
a uma velocidade constante de 20 mm/s (≈ 1 m/min). Trator sobre esteiras.
Os dados são obtidos, geralmente, a cada 2 cm.

Cravação do pistão por meio


de sistema hidráulico,
acoplado a motor de
combustão ou elétrico.

Piezocone (Davies & Campanella, 1995,


citado em Giacheti & Queiroz, 2004 )

Sistema de cravação. Robertson (2015).


Prof. Saulo Ribeiro - DSc 139

139

Detalhes Técnicos
• O cone possui um vértice de 60° e áreas típicas de 10 cm²
(diâmetro de 35,68 mm), mas existem cones de 2 cm² até 40 cm².
• O sistema de hastes vai sendo acoplado à medida que a cravação
prossegue, até que se atinja a profundidade desejada.

Transdutor de
poropressão

2 cm², 10 cm², 15 cm² e 40 cm² Robertson (2015) Prof. Saulo Ribeiro - DSc 140

140

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Piezocone – Medições
• As células de carga registram automaticamente a resistência
de ponta (qc), o atrito lateral (fs) atuante na luva e a
poropressão (u2), medida atrás do cone.
• As medições destes parâmetros são contínuas, fornecendo poropressão

dados que possibilitam interpretar os materiais presentes no u3


subsolo, comportamento esperado, resistência, dentre
outros relevantes parâmetros geotécnicos.
• Em função do grande volume de dados, normalmente, a fs
interpretação se faz por meio de planilhas eletrônicas ou
sistemas computacionais comerciais.
u2
qc u1
Prof. Saulo Ribeiro - DSc 141

141

Cones Sísmicos
• Geração de uma onda de cisalhamento na
superfície do solo
• Captura da onda por meio de um sensor sísmico
(geofone ou acelerômetro) acoplado na parte
traseira do cone.
• Os ensaios, geralmente, coincidem com a
parada para troca de haste, de metro em metro.
• Determina-se o módulo cisalhante, G0:
γ
Modelo dinâmico G0 =ρ. Vs2 = Vs2
g
em que:
ρ – massa específica
Vs – Velocidade de propagação da onda cisalhante
γ – peso específico Representação esquemática de um ensaio SCPT
g – aceleração da gravidade (Stewart e Campanella, 1992).
Citado em Giacheti et al. (2012)
Prof. Saulo Ribeiro - DSc 142

142

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Obtenção de Parâmetros Geotécnicos de Projeto
Professor: Saulo Gutemberg Silva Ribeiro – DSc

Apresentação dos Resultados


q
Básicos
t fs Rf u2
Resistência mobilizada no ensaio - qc
Areia
Resistência de ponta corrigida - qt
Silte Acima de 0, geração de
q t = q c + 1 − a u2 poropressão, tem materiais
finos
a ≈ 0,70 a 0,85 Areia
Obtido por calibração

Razão de Atrito - Rf Argila Siltosa

fs
R f (%) = × 100%
qt Argila

A razão de atrito Rf é uma forma Areia


antiga, aplicada como um
referencial para a definição da
estratigrafia dos solos.
Prof. Saulo Ribeiro - DSc 143

143

Parâmetros Normalizados
• Como as resistências medidas pelo ensaio crescem com a profundidade, é comum fazer a
normalização desses dados pela tensão insitu.

u2 − u0
Bq = → Parâmetro de poropressões intersticiais
q t − σv0

q t − σv0
Qt = → Resistência de ponta normalizada q t = q c + 1 − a u2
σ′v0
fs fs
Fr = → Razão de atrito normalizada R f (%) = × 100%
q t − σv0 qt

q t − σvo = q net Forma reduzida muito utilizada nos artigos.


Prof. Saulo Ribeiro - DSc 144

144

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Índice Ic (SBT Index)


• O índice Ic foi definido de forma a simplificar o ábaco SBT e
definir zonas de comportamento dos solos, Robertson e
Wride (1998).

IcRW = ( 3,47 − log Q tn 2 + log Fr + 1,22 2 )0,5


n
q t − σv0 σatm
Q tn = ×
σatm σ′v0

σ′v0
n = 0,381 IcRW + 0,05 − 0,15 ≤ 1
σatm

Valores usuais:
n=1, argilas; n=0,75, siltes; n=0,5, areias.
Prof. Saulo Ribeiro - DSc Mayne (2016) 145

145

Ábaco SBT – Soil Behavior Type

Robertson (1990), atualizado por Robertson (2010).

Prof. Saulo Ribeiro - DSc Mayne (2016) 146

146

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Professor: Saulo Gutemberg Silva Ribeiro – DSc

Jefferies e Been (2016)


fs
Razão de atrito normalizada F= × 100%
qt − σv0
qt − σv0
Resistência de ponta normalizada Q=
σ′v0
u − u0
Parâmetro de poropressão Bq =
qt − σv0

Jefferies e Davies (1993)


Abaixo
de -0,05
2 potencial de
Ic = 3 − log Q 1 − Bq + 1 + 1,5 + 1,3 log F 2 liquefação
ψ=-0,05

ψ=0,0
Jefferies e Been (2016). ψ - Shuttle e Cunning (2008)
Parâmetro de estado - Plewes et al. (1992).
ψ = e − ec
Prof. Saulo Ribeiro - DSc 147

147

Índice Ic (SBT Index)


Detalhado Simplificado
Areia Areia
Argila Lente de Argila
Areia Siltosa
Areia Areia Siltosa
Areia Siltosa “Argilosa”
40 MPa

Argila

Argila

Argila Siltosa
5 MPa

Guide to Cone Penetration Testing for Geotechnical Engineering (P. K. Robertson, 2015)
Prof. Saulo Ribeiro - DSc 148

148

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Resistência Não Drenada - Su


• Razão de Resistência Não Drenada para Argilas em função de Nkt:

q t − σvo Su Qt
Su = =
Nkt σ’v0 Nkt
• Nkt - fator de capacidade de carga, estimado a partir da
combinação de resultados de ensaios de cone, UU e palheta. Varia
tipicamente de 8 a 18, podendo avançar esta faixa.

Schnaid e Odebrecht (2017)


Prof. Saulo Ribeiro - DSc 149

149

Nkt – Correlações - Argilas

(q t −  vo )
Su =
N kt

?
±3a4

Mayne e Peuchen (2018)


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150

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Tensão de Pré-Adensamento – σ’vm


σ′vm = K1 q t − σv0

K1 −médio = 0,20 (0,14 a 0,33)

σ′vm = K 2 qt − u2

K 2 −médio = 0,5 a 0,6


Valores menores para argilas orgânicas

qt − u2
OCR = 0,53.
σ′v0
Forma simplificada de Chen e Mayne (1996, citado em
Schnaid e Odebrecht, 2017).

Odebrecht et al. (2012), citado em Schnaid e Odebrecht (2017)


Prof. Saulo Ribeiro - DSc 151

151

Ib e CD
• Robertson (2016) propôs um novo ábaco SBT, levando em consideração os índices Ib e CD.
• CD representa o limite contrátil – dilatante: materiais com CD > 70 são considerados dilatantes;
materiais com CD < 70 são considerados contráteis.
• Ib é um índice representativo do comportamento dos materiais: Ib < 22 indica materiais com
comportamento argiloso (clay-like); Ib > 32 indica materiais com comportamento arenoso (sand-
like); 22 < Ib < 32 é uma faixa de transição.
Dilata

CD = (Q tn − 11)(1 + 0,06Fr )17

100 (Q tn + 10)
Ib =
(70 + Q tn Fr )

Contrai

Prof. Saulo Ribeiro - DSc 152

152

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Obtenção de Parâmetros Geotécnicos de Projeto
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grandes deformações
Su R = Resistência não drenada amolgada
Ib e CD Clay-like Soils – Ic > 2,60

Amolgada
Su(R) fs Fr Qtn
= =
σ′vo σ′vo 100
Pico
Su Qtn
=
σ′vo Nkt

OCR > 4 𝑆𝑢(𝑅)


= 0,60
𝜎′𝑣𝑜
CD = (Qtn − 11)(1 + 0,06Fr )17
100 (Qtn + 10) 𝑆𝑢(𝑅)
Ib = = 0,25
(70 + Qtn Fr ) 𝑆𝑢(𝑅) 𝜎′𝑣𝑜
= 0,10
𝑆𝑢(𝑅) 𝜎′𝑣𝑜
Robertson (2016) = 0,05 Robertson (2018)
𝜎′𝑣𝑜
Prof. Saulo Ribeiro - DSc 153

153

Razão de Resistência Liquefeita


Robertson (2010)
• Razão de Resistência Não Drenada Liquefeita:

Su (liq) [0,02199 − 0,0003124 Q tn,cs ]


= 2
σ’v0 [1 − 0,02676 Q tn,cs + 0,0001783 Q tn,cs ] Construção
Su liq
Para 0,03 ≤ ≤ tan φ′ . Aplicável quando Qtn,cs ≤70.
σ’v0
Fundão
Resistência de ponta normalizada equivalente para areias puras Construção Percolação
(Robertson e Wride, 1998):
100% finos Sismo
Q tn,cs = K c Q tn Ic ≤ 1,64 → Kc = 1

1,64 < Ic < 2,36 e Fr < 0,5% → Kc = 1


Demais casos:
Kc = 5,581 Ic 3 − 0,403 Ic 4 − 21,63 Ic 2 + 33,75 Ic − 17,88

Prof. Saulo Ribeiro - DSc 154

154

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Parâmetro de Estado - Ψ
• Robertson (2010, atualizado):
Ψ = 0,56 − 0,33 log Q tn,cs

Dilatante
Ψ < -0,05

Contrátil Qtn = 70
Ψ > -0,05

Prof. Saulo Ribeiro - DSc 155

155

Razão de Resistência Não Drenada


Sadrekarimi (2016)
Solo Arenoso - Liquefação

σ′3c σ′2 − σ′3


Kc = b=
σ′1c σ′1 − σ′3
Valores sugeridos pelo autor: TxC
Kc = 0,67 (típico)
b=0,3 (deformação plana) DSS

q c1=q c Cq
1,8
Cq =
σ′
0,8 + v0
Pa

Prof. Saulo Ribeiro - DSc 156

156

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Razão de Resistência Não Drenada


Solo Arenoso - Liquefação Sadrekarimi (2016)
Razão de Resistência 𝐒𝐮 (𝐩𝐢𝐜𝐨)
Não Drenada de Pico 𝛔′𝐯𝟎
Ajuste aproximado em Excel
Compressão Axial Pico - TxC
y = 0,00036x3 - 0,00646x2 + 0,04376x + 0,15846

Razão de Resistência Liquefeita:


Su (liq.)
= 0,022 + 0,017. qc1 (MPa) ± 0,021 Ajuste aproximado em Excel
σ′v0
Cisalhamento Simples Pico - DSS
0,5<qc1<8 MPa
y = 0,00016x3 - 0,00271x2 + 0,01937x + 0,12911
qc1 =qc Cq
1,8
Cq =
σ′
0,8 + v0
Pa 𝐪𝐜𝟏 (𝐌𝐏𝐚)
Prof. Saulo Ribeiro - DSc 157

157

k – Condutividade Hidráulica
Para 1 < Ic ≤ 3,27 → k = 10(0,952 −3,04 Ic) (m/s)

Para 3,27 < Ic < 4,00 → k = 10(−4,52 −1,37 Ic) (m/s)

Guide to Cone Penetration Testing for Geotechnical Engineering (P. K. Robertson, 2015)

Prof. Saulo Ribeiro - DSc 158

158

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Obtenção de Parâmetros Geotécnicos de Projeto
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φ’ – Ângulo de Atrito Efetivo

∅′ = 17,6° + 11 log q t1

• Sendo qt1 definido por Jamiolkowski (2001):

0,5
qt σatm
q t1 = ×
σatm σ′v0

Prof. Saulo Ribeiro - DSc 159


Mayne (2014)

159

Módulo Cisalhante Inicial – G0


G0 = ρVs2
Vs – velocidade da onda cisalhante
ρ – densidade
G0 – módulo cisalhante inicial

Velocidade normalizada da onda cisalhante (Robertson et al., 1992):

pa 0,25
Vs1 = Vs (m/s)
σ′vo

𝑞𝑡 −𝜎𝑣 0,5 (m/s) 0,55Ic+1,68 2


Vs = αvs αvs = 10 m/s
𝑝𝑎
αvs – fator de velocidade da
0,5 (m/s) Perigoso. Ideal é que tenha velocidades maiores
Vs1 = αvs Q tn onda cisalhante do cone

Robertson
Prof. Saulo Ribeiro - DSc(2009) 160

160

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80
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G0
n
σ′vo
G0 = K G p a n=0,5 para solos granulares
pa
KG
G0 = αG qt − σvo αG =
Qtn
ρ ρ
αG = α s/m 2
pa vs pa

αG ≈ 0,0188. 10 0,55Ic+1,68

αG – fator módulo cisalhante (peq. def.)

Prof. Saulo RibeiroRobertson


- DSc (2009) 161

161

Módulo de Elasticidade – E’
E′ = 2 1 + ν G E′ ≈ 2,5G ν=0,25
n
σ′vo
E′ = K 𝐸 pa Ic < 2,6 – solos granulares
pa

KE
E′ = αE qt − σvo αE =
Qtn
E′ = αE qc , em que qt ≫ σvo e qc ≈ qt − σvo

q Taxa de Mobilização igual a 0,25.


- taxa de mobilização da resistência
qult
quanro estou usando da resistencia maxima
Equação Geral:

0,3
q
E′ = 0,047 1 − 10 0,55Ic+1,68 qt − σvo
qult
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(2009)

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Teste de Dissipação
• Um teste de dissipação pode ser
realizado em qualquer
profundidade parando a
penetração e medindo a queda
da poropressão com o tempo.
• A dissipação pode ocorrer
rapidamente em areias mas
pode durar algumas horas em
argilas plásticas.

Robertson e Cabal (2015)


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163

Ensaio de Dissipação – Estimativa de ch


Gu50
T50 . R2 . IR IR =
Su
ch =
t 50 Jamiolkowski et al. (1985)
Sugerido adotar IR para 50% de mobilização:
R=17,85 mm R=21,85 mm
1,81.G0
IR 50 = qt −σv0 0,75 σ′v0 0,25
Krage et al. (2014, citado em Agaiby e Mayne, 2018).

Fator Tempo (Houlsby e Teh, 1988, ASTM D5778-12 - Standard Test Method For Electronic
citado em Schnaid e Odebrecht, 2014) Friction Cone And Piezocone Penetration Testing Of Soils

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Coeficientes de Adensamento
Cs
ch NA = c (OC)
Cc h
kv
cv (NA) = c (NA)
kh h
Jamiolkowski et al. (1985)

Compilação Tab. 22.1


Lambe e Whitman (1969)

γw Jamiolkowski et al. (1985)


kh = C . c (OC)
2,3. σ′v0 s h
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165

Coeficiente de Adensamento Horizontal - ch

ui = 135 kPa T50 . R2 . IR


ch =
t 50

T50 = 0,245 (u2, base do cone)


R = 1,785 cm (cone de 10 cm2)
u50 = 100 kPa IR = 98 (no trecho do ensaio)
t50 = 128 seg.
ch = 6,04x10-2 cm2/s (piezocone)
Coeficiente normalmente adensado (NA):
t50 = 128 seg ch NA ≅ 0,14. ch (0,14, adotado)
u0 = 65 kPa
11,3 ch (NA) = 8x10-3 cm2/s

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Planilha Acadêmica
Entrar com os dados do ensaio CPTu

Entrar com os parâmetros

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167

Dados Básicos do CPTu

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Classificação

Nível d’água

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Zonas muito úmidas

Zona “impermeável”

Nível d’água

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Zonas muito úmidas

Nível d’água u2 − u0
Bq =
q t − σv0

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Areia
Pico Amolgado
Areia Siltosa

Silte Argiloso

Lama

Silte

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G/P'0 E/10

Areia
Areia Siltosa

Silte Argiloso

Lama

Silte

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Correspondência αE Areia
Es = α. qc Areia Siltosa
Tabela apresentada anteriormente.
N° Descrição k α β (MPa)
1 Areia 6 3,0 1,82
2 Areia Siltosa 5,3 3,6 1,93 Silte Argiloso
3 Areia Siltoargilosa 5,3 4,0 2,15
4 Areia Argilosiltosa 5,3 4,4 2,36
5 Areia Argilosa 5,3 4,6 2,47
6 Silte Arenoso 4,8 4,4 2,14 Lama
7 Silte Arenoargiloso 3,8 4,6 1,77
8 Silte 4,8 5,0 2,43
9 Silte Argiloarenoso 3,8 5,4 2,08
10 Silte Argiloso 3 5,6 1,70
11 Argila Arenosa 4,8 5,8 2,82
12 Argila Arenosiltosa 3,8 5,6 2,16
13 Argila Siltoarenosa 3,8 6,0 2,31
Silte
14 Argila Siltosa 2,5 6,4 1,62
15 Argila 2,5 7,0 1,77
Média 2,10

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SBT - Geral

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Areia Siltosa – 3 a 10 metros

Ângulo de Atrito Efetivo

Média 35,7°
Mediana 36,0°

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Silte Argiloso – 10 a 26 metros

Razão de Resistência Não Drenada


Sadrekarimi (2016)
Média 0,22 TxC
1° Quartil 0,21 TxC
Média 0,16 DSS
1° Quartil 0,15 DSS
Média 0,06 Liq.
1° Quartil 0,04 Liq.

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Lama – 26 a 30 metros

Razão de Resistência Não Drenada


Média 0,37 Pico
1° Quartil 0,26 Pico
Média 0,14 Amolgada
1° Quartil 0,03 Amolgada

normalmente adensada

sensível resistencia 0

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Silte – 30 a 62 metros

Razão de Resistência Não Drenada


Sadrekarimi (2016)
Média 0,24 TxC
1° Quartil 0,23 TxC
Média 0,17 DSS
1° Quartil 0,16 DSS
Média 0,07 Liq.
1° Quartil 0,07 Liq.

Prof. Saulo Ribeiro - DSc 179

179

Bibliografia
• Agaiby, S. S. e Mayne, P.W. (2018). Evaluating undrained rigidity index of clays from piezocone data. Researchgate.
• Brady, B. H. G. e Brown, E. T. (2005). Rock Mechanics for Underground Mining. Kluwer Academic Publishers.
• Bowles, J. E. (1997). Foundation Analysis and Design. McGraw Hill.
• Das, B. M. (2006). Fundamentos de Engenharia Geotécnica. Thomson.
• Duncan, J. M. e Chang, C. Y. (1970). Nonlinear Analysis of Stress and Strain in Soils. Journal of the Soil Mechanics and
Foundation Division. ASCE.
• Duncan, J. M. e Write, S. G. (2000). Soil Strength and Slope Stability. Wiley.
• Hatanka, M. e Uchida, A. (1996). Empirical correlation between penetration resistance and internal friction angle of sandy soils,
Soils and Foundations, Vol. 36, No. 4, pp. 1-9.
• Head, K. H. (1998). Manual of Soil Laboratory Testing- Volume 3. 2nd Edition. John Wiley and Sons.
• Hidalgo-Montoya, C. A. (2013). Incertezas, Vulnerabilidade e Avaliação de Risco Devido a Deslizamento em Estradas. Tese de
Doutorado, Publicação G.TD-081/13, Depto. de Engenharia Civil e Ambiental, Universidade de Brasília, Brasília, DF, 250 p
• Jamiolkowski, M. et al. (1985). New developments in field and laboratory testing of soils.
• Kollaros, G. (2017). Pavement subgrade soil bearing capacity as influenced by stabilization Process. researchgate
• Kulhawy, F.H. e Mayne, P.W. (1990). Manual on Estimating Soil Properties for Foundation Design. Electric Power Research
Institute. California.
• Lambe T. W. e Whitman, R. V. (1969). Soil Mechanics. John Wiley & Sons.
• Mayne, P.W. (2016). Evaluating effective stress parameters and undrained shear strengths of soft-firm clays from CPT and DMT.
In Pursuit of Best Practices - Proc. 5th Intl. Conf. on Geotechnical & Geophysical Site Characterization (ISC-5), Australian
Geomechanics Society, Vol. 1: 19-40
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Bibliografia (cont.)
• Mayne e Peuchen (2018) - CPTu bearing factor Nkt for undrained strength evaluation in clays. https://www.researchgate.net
• Nikudel, M. R. (2012). Using Miniature Cone Penetration Test (Mini-CPT) to Determine Engineering Properties of Sandy Soils.
Researchgate.
• Odebrecht, E. (2003). Medidas de Energia no Ensaio SPT. Tese de Doutorado. UFRGS.
• Poulos, H. G. e Davis, E. H. (1980). Pile Foundation Analysis and Design. The University of Sidney.
• Robertson, P. K. e Cabal, K. L. (2015). Guide to Cone Penetration Testing for Geotechnical Engineering. Gregg Drilling & Testing, Inc.
• Robertson, P. K. (2018). Tailing and Mine Waste 2018 – Gregg. Free (recorded) Webinars: www.greggdrilling.com/webinars
• Robertson, P. K. (2016). Cone penetration test (CPT)- based soil behaviour type (SBT) classification system — an update. Can.
Geotech. J. 00: 1–18
• Robertson, P. K. (2010). Evaluation of flow liquefaction and liquefied strength using the cone penetration test. Journal of
geotechnical and geoenvironmental engineering © ASCE / JUNE 2010.
• Robertson, P. K. (2009). Interpretation of cone penetration tests – a unified approach. Canadian Geotechnical Journal, 46: 1337-
1355.
• Robertson e Wride (1998). Evaluating cyclic liquefaction potential using the cone penetration test. Can. Geotech. J. 35: 442-459.
• Sadrekarimi (2016). Static liquefaction analysis considering principal stress directions and anisotropy. Springer international
publishing Switzerland.
• Pacheco Silva, F. (1970), Uma nova construção gráfica para a determinação da pressão de pré-adensamento de uma amostra de
solo. IV Congresso Brasileiro de Mecânica dos Solos e Engenharia de Fundações, Anais, Guanabara, v. II, tomo I, p.219-223. 1970.
• Schnaid, F. (2000). Ensaios de Campo e suas Aplicações à Engenharia Geotécnica. Oficina de Textos.
• Schnaid, F. e Odebrech, E. (2014). Ensaios de Campo e suas Aplicações à Engenharia Geotécnica. Oficina de Textos.
• Wolff, T.F. (1989). Pile capacity prediction using parameter functions,
Prof. Saulo ASCE Geotechnical Special Publication No. 23, pp. 96-107.
Ribeiro - DSc 181

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