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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E SAÜDE

DOCUMENTOS
111STGRICOS
CONSULTAS DO CONSELHO ULTRAMARINO

RIO DE JANEIRO
1726 — 1756

VOL. XCIV

BIBLIOTECA NACIONAL
DIVISÃO DE OEEAS RAEAS E PUBLICAÇÕES

1951
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Pj^5í>-é

Gráfica TUPY Limitada


Editora
Barão S. Felix, 42 - Rio
CONSULTAS DO CONSELHO
ULTRAMARINO
RIO DE JANEIRO

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CÓDICE: I-SfM-7-j

(Continuação)

Sobre a representação dos oficiais da


Câmara da vila de Nossa Senhora da Graça
do Rio de São Francisco Xavier em que
administrar
pedem um vigário para lhes
os sacramentos; e vai a carta que se acusa.

Ordenando-se ao bispo do Rio de Janeiro, pela provisão


Câ-
inclusa informasse sobre a representação dos oficiais^ da
Fran-
mara da vila de Nossa Senhora da Graça do Rio de São
mande
cisco Xavier, em que pedem a Vossa Majestade lhes
dar um vigário para lhes administrar os sacramentos, o qual
se
seja pago pela Fazenda Real da vila de Santos, aonde
consta
arrecadam as dízimas da dita vila, respondeu o que
de sua carta escrita à margem da dita provisão representando
Vossa
eram ser só mui justo o dito requerimento mas que
Majestade deve mandar assinar congrua para o dito pároco
e tal que se ache para o ser clérigo de suficiência conhecida,
se
e dando-se vista ao procurador da Fazenda respondeu que
faça justiça.
nesta
Pareceu ao Conselho que será muito justo que
sacra-
vila haja pároco permanente para que administre os
espiritual
mentos aos moradores dela e lhes dê o mais pasto
-e para que haja algum clérigo que seja de maior suficiência
haja por bem que do
eme o pretenda; que Vossa Majestade
se lhe continua neles a
rendimento dos dízimos de Santos
o bispo do Rio de.
congrua de cem mil réis como aponta
Janeiro. nn _ , ._
outubro de 1726. Costa. Abreu.
Lisboa Ocidental, 17 de
Souza. Varges. Lemos. Galvão.

O governador do Rio de Janeiro dá


conta das pessoas que fêz voltar para o
Reino por terem ido da cidade do Porto
sem passaporte; e vai a carta e papéis
que se acusam.

O governador do Rio de Janeiro, Luís Vahia Monteiro, pela


so-
carta inclusa e papéis que com ela remeteu que com esta
bem às reais mãos de Vossa Majestade dá conta das jiessoas
de
(|ue fêz voltar para êste Reino em virtude da lei de 20
março de 1720, por haverem ido da cidade elo Porto sem pas-
saporte, em três navios que ali entraram depois da frota, sendo
o maior frete ejue costumam levar do que se lhes paga pelo
transporte da gente que passa da província do Minho para
aquela capitania.
E dando-se vista ao jmoeurador da Coroa respondeu que
se devem remeter os três autos inclusos a um dos juizes dos
feitos da Fazenda para executivamente mandar cobrar de cada
um dos capitães dos navios da cidade do Porto neles nomea-
dos, a riena de mil cruzeiros em que incorreram que a lei apli-
cou para as despesas do Conselho e que se devia representar a
Vossa Majestade a nenhuma observância ejue tem a lei na
cidade do Porto, para que se o chanceler e ejuem governa as
armas na dita cidade mandarem quando os navios que par-
tem para o Brasil e se fazem vela dar neles busca, e examinar
os passageiros que têm passaporte, não se poderiam ir car-
regados de gente com a desordem que representa o governa-
dor na sua carta, que manda proceder contra os oficiais dos
listas fantásticas,
armazéns da cidade do Porto, que fizeram
as autuar e
remetendo-as ao ministro que lhes parecer para
mesma forma as dos passageiros
proceder contra eles e na
de quem os senhorios dos navios receberam pela passagem
a repô-lo e
o dinheiro que nela se declara para os obrigar
as despe-
depositá-lo para Vossa Majestade o mandar vir para
havia
sas do Conselho em lugar da pena dos 100 mil réis, que
Vossa
de pagar cada um dos que forem sem passaporte que
corte, e que
Majestade houve por bem mandar saltar nesta
dos navios,
não só se faça esta diligência, com os senhorios
mas com os oficiais que deles recebessem estipêndio pela
se abstiveram os senhorios,
passagem e com esta execução sem pas-
capitães e oficiais dos navios de levarem passageiros
da Relação e
saportes, e sobretudo recomendar ao chancelar
lei, e que cum-
a quem governa as armas a execução da dita
prain o que nela está disposto. de
Pareceu ao Conselho fazer presente a Vossa Majestade
autos de que faz menção o pro-
que no que respeita aos três se remeterão
curador da Coroa, na sua resposta que estes
Pedro Alcida
ao juiz dos feitos da Fazenda, o desembargador
da lei de
do Amaral proceder neles conforme a disposição
dos navios na
Vossa Majestade e de se cobrar dos capitães
lhes esta m-
cidade do Porto a pena em que incorreram que
mesma lei, e como se mostre
justa segundo se exprime na
nos navios que dali partiram
que esta não teve observância
se neles ia gente que
para o Rio de Janeiro para se averiguar irem tantos no-
não levava passaporte e que deu ocasião a
sem este
mens quantos foram os de que se fazem menção,
de ordenar assim
requisito que Vossa Majestade haja por bem
as armas, exe-
ao chanceler do Porto como a quem governa
na dita lei como
cutem infalivelmente o que está disposto
da dita
também procedam contra os oficiais dos armazéns
ao ministro
cidade que fizeram listas fantásticas remetendo-as
e proceder contra eles, e en-
que lhes parecer para os autuar
mestres dos navios a repo-
quanto a se obrigar os senhorios e neles jus-
rem o frente que levava pelas pessoas que foram
determinado
lamente sem terem aquela provisão que está
devem ser relevados desta pena pois além da lei os nao
que
— 8 —

se deve compensar o gasto


obrigar a isso ocorre também que
no sustento de sua passagem como
que se fêz com eles, assim
certamente se fez coo-
também na volta para êste Reino, que
relações que envia o
siderável esta despesa e porque pelas
naquele porto ficou muita
mesmo governador se mostra que
naus do Porto, que se lhe deve
gente que foi nas mesmas
de os tornar a mandar
estranhar não tomar o expediente
como obrou com os outros dar a razão
para êste Reino assim
eles o mesmo procedimento.
porque não teve com
Lisboa ocidental, 30 de outubro de 1726.

Sobre o que escrevem os oficiais da


Câmara do Rio de Janeiro a respeito do
tratamento que Sua Majestade ordenou
dessem ao bispo; e vai a carta que se
acusa.

do Rio
Vendo-se a carta inclusa dos oficiais da Câmara
lhes orde-
de Janeiro sobre o tratamento que Vossa Majestade
ao bispo
nou por carta do secretário de Estado da guerra
seus privilégios
daquela capitania e pedem se lhes conservem
das pessoas
na forma que lhes foram concedidos, a respeito
assento nas funções em que
que servem naquele Senado terem da
assistirem com o dito bispo. E se deu vista ao procurador
de
Coroa, o qual respondeu que se devia pôr na presença
do Rio
Vossa'Majestade esta súplica dos oficiais da Câmara
Vossa
de Janeiro, para que consideradas as razões que alegam
Majestade lhes defira como for servido.
«a
Pareceu ao Conselho que por entender ser preciso pôr
faz assim
real presença de Vossa Majestade esta matéria o
a ordem de que fa-
pela qualidade dela como também porque
zem menção os oficiais da Câmara e se expediu pela secre-
taria de Estado assim o pede, e que à vista das razões que
com-
eles representam que Vossa Majestade haja por bem de
assim dos vereadores, como
por o mesmo corpo da Câmara, assen-
do procurador e escrivão dela, para terem os mesmos
bispo da-
los nas ocasiões e solenidades em que assistir o
assim se observar comumente
quela capitania ou o cabido, por
I da mesma Câ-
neste Reino e atendendo a que o procurador
Janeiro se faz
mara na cidade de São Sebastião do Rio de
e que já fo-
continuamente a eleição de pessoa de distinção
às mais
ram vereadores do mesmo Senado no que respeita
Câmara insinua, devem ter também
pessoas que a mesma
se lhes não
assento em semelhantes atos que nesta parte
deve deferir.
Aos conselheiros Gonçalo Manuel Galvão de Lacerda, e
de
aos desembargadores Manuel Fernandes Varges e João
Souza, lhes parece o mesmo que ao procurador da Coroa.
Lisboa ocidental, 9 de novembro de 1726. Costa. Abreu.
Azevedo. Souza. Varges.

O governador da nova Colônia do Sa-


cramento dá conta da fortaleza que man-
dou erigir para defender a entrada daquele
estão os navios:
porto, e a enseada em que
e vai a carta que se acusa.

Vendo-se a carta inclusa do mestre de campo governa-


Vas-
dor da nova Colônia do Sacramento Antônio Pedro de

concelos, feita em 17 de maio deste presente ano, em que
terra que
conta da fortaleza que mandou erigir na ponta da
e a en-
entra no mar para defender a entrada daquele porto
seada em que estão os navios, por não serem insultados pelos
inimigos como tem já sucedido, se deu vista ao procurador
informar
da Fazenda, o qual respondeu se devia o Conselho
utilidade
com pessoa inteligente e verdadeira da necessidade e
desta fortaleza, que o governador avisa tem feito, porque
ainda que reconhece excedeu nesta obra os seus poderes, po-
dera minorar o seu excesso a necessidade e conveniência que
ao dito go-
se inculca e quando nas ordens e instruções que
se lhes
vernador se deram haja alguma cláusula porque
lhe devia
facultasse o fazer obras e fortificações novas se
di-
mandar cópia a êle procurador quando lhe tornasse para
zer de muitos.
— 10 —

a Vossa Majestade que


Pareceu ao Conselho representar
Sacramento não devia dar
o governador da nova Colônia do
resolução de Vossa Majestade, pnn-
princípio a esta obra sem despesas como
cipalmente havendo de fazer tão consideráveis
nem também a devia
nromete e se percebe da sua delineação
a planta feita pelo tenente
pôr em execução, sem consultar e ainda esta
«eneral engenheiro que assiste naquela praça,
esta bateria parece uma
devia estranhar, porquanto mais que
de pólvora e mais oh-
nova praça em quartéis, e armazéns
ainda
cinas e se" pode recear que os castelhanos que pretendem
da dita praça não chegue
que injustamente que o distrito
motivo para co-
a mais que a tiro de canhão, tomando disto
o estabelecimento
meterem algum insulto, como fizeram com
vê este Conselho
de Montevidéu, por cuja consideração se
esta matéria sem
obrigado a fazer presente a Vossa Majestade
fortificação pelos
embargo de que reconhece a utilidade desta
aponta o mesmo
interesses que dela podem resultar, como
mteh-
«overnador e que não estando ajustada com Castela a
de Ultrecht que convém que
gência do artigo 6.° do tratado
de deíensa
esta fortificação que se fizer se ponha em estado
se ajustar
com toda a brevidade ou se mande suspender até
com a corte de Madrid a inteligência dele.
Abreu.
Lisboa Ocidental, 23 de novembro de 1726. Costa.
Souza. Varges. Galvão.

Sobre a conta que dão o bispo e go-


vernador do Rio de Janeiro a respeito de
ser conveniente que a catedral daquela
capitania se mude para a igreja dos pre-
los da confraria do Rosário, e vão as
cartas, consultas e mais papéis que se
acusam.

Vendo-se as duas cartas inclusas, uma do bispo do Rio


de Janeiro feitas em 20 de junho e outra do governador da-
quela capitania de 2 de julho deste presente ano, sobre as
dificuldades que há em se conservar a catedral na igreja de
11

se fazer o
Santa Cruz, e que será conveniente para melhor
a igreja dos
serviço de Deus que a dita catedral se mude para
Rosário, dando-se a estes a nova
pretos da Irmandade do Souza Barros
igreja a que chamam o Rom Jesus que José de
mesmo Se-
mandou fazer para nela se colocar a imagem do
sacra.
nhor, com que êle e outros devotos corriam a via
Se deu vista ao procurador da Coroa, junto a consulta,
também
e mais papéis que havia sôbre esta matéria que
o qual
com esta sobem às reais mãos de Vossa Majestade,
nela
respondeu que a representação do bispo e arbítrio que
êste con-
aponta parece muito útil e racionável, e como com
e expe-
corda o governador lhe deve Vossa Majestade aprovar
dir as ordens para se praticar.
E por aviso do secretário de Estado Diogo de Mendonça
An-
Corte Real de 28 do presente mês e ano ao Conselheiro
suba
tônio Rodrigues da Costa, é Vossa Majestade servido que
e todos os
esta consulta sôbre a mudança da dita catedral
papéis a ela juntos.
E satisfazendo-se ao que Vossa Majestade ordena.
a
Pareceu ao Conselho que para Vossa Majestade deferir
a trans-
súplica do bispo do Rio de Janeiro em que pede que
os pre-
ladação da Sé daquela cidade se faça para a igreja que
tos da confraria do Rosário tem contraído é necessário que
o bispo
eles convenham na troca aceitando o equivalente que
ech-
aponta, por não ser justo que se lhes tome a igreja que
co-
ficaram à sua custa, havendo outros sítios em que pode
ermida que
môdamente edificar-se a nova catedral; e como a
da sua
o bispo diz, que pode dar-se aos pretos por equivalente
nela se
igreja fosse mandada edificar por última vontade para
colocar a imagem do Senhor Jesus da Via Sacra, querendo
a Irman-
o testador, e obtida ela se pode fazer a troca com
capela na
dade do Rosário, destinando-se à da Via Sacra uma
Jesus, e con-
nova Sé para se colocar a imagem do Senhor
do seu ms-
tinuarem os seus confrades os exercícios devotos
ordens que
tituto, e com estas cláusulas se devem expedir as
observar
diz o procurador da Coroa, mandando-se lambem
as do alvará de 2 de abril de 1721 .
Lisboa ocidental, 30 de novembro de 1726.
— 12 —

O governador da capitania do Rio de


Janeiro dá conta do que lhe respondeu o
Padre Presidente de São Bento à carta que
lhes escreveu sobre dois monges daquele
convento que embaraçaram a paz de reli-
vão as cópias das
gião dos capachos; e
cartas que se acusam.

Luís Vahia
O governador da capitania do Rio de Janeiro,
ano, representa a
Monteiro, em carta de 9 de julho deste
17 de março
Vossa Majestade por êste Conselho que em
secre-
deste mesmo ano dera conta a Vossa Majestade pela
taria de Estado como constava da cópia que remetia, que
capuchos que entre outras
queixando-se-lhe o visitador dos
Renlo lhe embaraçaram a paz
pessoas dois monges de São
ao pa-
de sua religião, fomentado novas discórdias escrevera
enviara a
dre presidente do dito mosteiro a carta cuja cópia
da sua resposta inclusa,
que lhes respondera o que constava faz
também por cópia que remetia com as mais de que
as
menção a dita conta, que dera pela secretaria de Estado,
de Vossa Majestade, para
quais com esta sobem às reais mãos
mais conveniente for
que determine nestes particulares o que
a seu real serviço.
E dando-se vista ao procurador da Coroa, respondeu que
nas cartas juntas do visitador principal da ordem de São
Bento do presidente do convento que fizeram em resposta da
do governador se desculpam de que não inquietam a provin-
cia dos religiosos de São Francisco e se mostram reverentes
às ordens de Vossa Majestade, ainda que se inculcam apai-
xonados contra o provincial Frei Fernando de Santo Antônio,
e lhe parecer escusado passar-se com eles a mais diligência
alguma, porque por outras ordens se terá acudido com o
remédio para se não excitarem as desordens dos ditos reli-
se exa-
giosos. E no que respeita à ilha das Cobras, é preciso
mine o título por que a possuem, e sejam obrigados a exibi-lo,
e passar-se ordem ao governador para que não o fazendo, a
mande seqüestrar logo e apresentando o título a envie por
cópia autêntica.
13

Pareceu ao Conselho representar a Vossa Majestade que


remete o governador do Rio de Janeiro
por estas cartas que
Padre Frei Pascoal de Santo Es-
que a êle lhe escrevera o e Padre Frei
tevão, presidente do Convento de São Bento
religiosos, se
Mateus da Enearnação, visitador dos mesmos
o insultam assim,
mostram as indecentes expressões com que
seu nascimento, ações
no respeito de sua pessoa, como no do
a veneração que se
mui impróprias e descomedidas contra
naquela ca-
deve guardar a quem está servindo de general
dar uma providência mui eficaz,
pitania, no que se deve
este mau exemplo ocasião nao so a
por que se não dê com mas também me-
serem menos respeitados os governadores
Majestade e que a este
nos obedecidas as ordens de Vossa
Vossa Majestade ordene
respeito será mui conveniente que
um dos conven-
ao prelado destes religiosos os mande para
tem naquela capitania
tos mais remotos que a sua religião
tempo de seis meses; e no que toca à ilha das Cobras
por da Coroa,
se conforme com o qne responde o procurador
de São Bento nao so
acrescentando que os ditos religiosos
têm da compra da dita
devem apresentar os títulos que
Vossa Majestade para a
ilha, mais a licença que tiveram de
declarando-se que ainda que mostrem leg.ti-
possuírem, alugarem e
mamente e se faça certo que têm razão para -
não há inconveniente que a isso se oponha, que o go c
que impedir que dela
nador lhe deve declarar que não devem
a obra da forlii.caçao
se tire toda a pedra necessária para
dela, po.. *™"£*
da dita ilha, pagando-se-lhes o valor
se deve muito atender
tudo em benefício da defesa dela a que
os mais empenhados
em que os ditos religiosos são também
na conservação.
lhe parece o
Ao conselheiro o Doutor João de Souza
mesmo que ao procurador da Coroa.
Costa. Abreu.
Lisboa ocidental, 16 de dezembro de 1726.
Souza. Lemos. Galvão.
— 14

O bispo do Rio de Janeiro responde


a ordem que lhe foi para reduzir aos reli-
da Concei-
giosos capuchos da província
toda a paz e sos-
ção daquela capitania a
sego; e vão os papéis que se acusam.

Janeiro
Recomendando-se ao Reverendo Rispo do Rio de
em reduzir aos religiosos capuchos
pusesse um eficaz cuidado a paz e
da província da Conceição daquela capitania a toda
e obedien-
sossego para que vivessem tão conformes unidos
tes aos seus superiores, que cessassem de todo as inquietações
daquela província, negando
que se tem visto nos conventos
outrossim
a obediência ao seu legítimo prelado, esperando-se
do zelo do mesmo bispo interpusesse da sua parte o seu po-
nesta
der e autoridade para que se não faltasse ao que
de maneira que não
parte estava resoluto, regulando-se
não en-
!<f
excedesse a sua jurisdição, e observando sempre que
contrasse o direito e justiça, o que tudo mais largamente
mãos
consta da cópia da provisão, que com esta sobe às reais
bispo
de Vossa Majestade à margem da qual responde o dito
acerca
sobre êste particular dando conta do que tem havido
os
das ditas inquietações e eleição que fizeram de provincial
ditos religiosos dos motivos porque eles se não querem con-
Sa-
servar em paz e também do decreto que ali chegou da
com esta à real pre-
grada Congregação (cuja cópia se envia
sença de Vossa Majestade) pelo qual se mandou ao dito bispo
ele-
suspendesse um e outro provincial dos dois partidos, e
a pro-
gesse um provincial com seu definitório que governasse
víncia até a decisão da causa que dizia se ficava tratando
o
na cúria, suspenso o capítulo, até a mesma congregação
fazer, se deu vista ao procurador da Coroa, o qual respondeu.
nunca se
Que o decreto junto da sagrada congregação
antecedentemente
podia executar porque não derroga o que
se tinha expedido para ir visitar aquela província e proceder
eleição, a qual se acha feita, e se deve ordenar ao bispo faça
e
suspender na execução dele por não ter validade alguma,
sobre o
que mesmo requererá já se avisasse ao governador
a Vossa Majestade.
que êste Conselho teria feito consulta
— 15 —

Pareceu ao Conselho o mesmo que ao procurador da Co-


roa, lembrando a Vossa Majestade queira servir-se de tomar
19
resolução nas consultas deste Conselho de 23 de julho, e
seu
de agosto deste presente ano por ser mui conveniente ao
fazer
real serviço e sossego da capitania do Rio de Janeiro
da sé apostólica e geral
que se observem as determinações
de São Francisco, que há nesta matéria.
Lisboa ocidental, 14 de dezembro de 1726. Costa. Abreu.
Souza. Varges. Lemos. Galvão.

À margem — Resolução. Como parece. Lisboa Ociden-


tal, 13 de março de 1727. Rei.

O governador do Rio de Janeiro in-


forma sôbre o requerimento que fizeram
os senhores de engenho daquela capitania
a respeito de se darem por diversos lavra-
dores de açúcar os gênero e materiais para
as lavouras dos seus engenhos e cultura
de outros mantimentos.

Vendo-se neste Conselho o que respondeu o juiz da alfân-


dega do Rio de Janeiro, Manuel Correia Vasquez em carta
de 14 de dezembro do ano de 1724 a ordem que lhe foi sôbre
informar no requerimento que fizeram os senhores de enge-
nho da dita cidade a respeito de se darem por livres aos
lavradores de açúcar os gêneros e materiais que iam para as
lavouras dos seus engenhos, e cultura de outros mantimen-
tos, representando o dito juiz ser justo o seu requerimento
contrato da dízima
pois antigamente antes de se rematar o
se lhe dava meia liberdade aos senhores de engenho e que
cessou (pois a dita dízima se pôs por contra) se ordenou
os
ao mesmo juiz da alfândega que conünuasse em cobrar
isenção
direitos dos gêneros que se despachassem nela sem
En-
alguma, na forma das condições do contrato da dízima.
de engenho preten-
quanto a isenção que os ditos senhores
— 16 —

se ordenou
diam para não pagarem os direitos para futuro
Janeiro, Luis
ao governador da dita capitania do Bio de
satisfaz
Vahia Monteiro, informasse com seu parecer ao que
em carta de 4 de julho do ano passado insinuando-o.
tem o preço dos açúcares
Que é certo que a baixa que os negros
e a grande carestia em que as minas têm posto
todos se
tem atenuado os senhores de engenho de sorte que
deva mais do
vão perdendo, e apenas há homem que não
são pingues.
que tem e as safras quando não
Sempre são muito inferiores as dos tempos passados
fazendo exemplo a do ano passado de 1726, por se perderem
se
totalmente os canaviais com a seca, parecendo-lhe que
as
Vossa Majestade não atentar os senhores de engenho com
cada
liberdades que de antes logravam e agora pretendem que
dia irão em maior decadência aquelas fábricas, ainda que
meios
não tenha este porto tal remédio, suposto a falta de
com que os considera para a compra de negros tão caros,
Ma-
e que só o poderão ter com a providência que Vossa
se produzir o efeito
jestade mandou dar na saída dos açúcares,
esta agricultura.
que se espera, com cujos lucros resuscitará
E dando-se vista ao procurador da Fazenda, respondeu
este requeri-
que se devia fazer a Vossa Majestade presente
mento, que julgara digno da sua real benignidade, suposto
a necessidade com que os lavradores se acham de ser fa-
vorecidos.
Pareceu ao Conselho que Vossa Majestade conceda aos
senhores de engenho a graça que pedem com declaração que
esta terá efeito findo o contrato eme atualmente corre.
Lisboa ocidental, 21 de janeiro de 1727. Costa. Souza.
Lemos.
Resolução

Como parece. Lisboa ocidental, em 28 de abril de


1727. Rei.
— 17 —

O governador do Rio de Janeiro res^


ponde a ordem que lhe foi para fazer aca-
bar a obra da água do Carioca, na forma
que aportaram os oficiais da Câmara da-
quela cidade; e vai a carta e papel que
se acusa.

Ordenando-se ao governador do Rio de Janeiro fizesse


acabar a obra da água do Carioca que apontavam os oficiais
da Câmara daquela cidade fazendo com que a dita água
tenha saída ao mar, respondeu o que consta da carta inclusa
de 17 de junho do ano passado, representando a forma em
a água ter bastante cor-
que se deve fazer a dita obra para
rente para o mar.
E dando-se vista ao procurador da Fazenda, respondeu
se fizesse justiça.
Pareceu ao Conselho representar a Vossa Majestade que
conferindo a obra de desaguar os pântanos e água do Carioca
os mesmos ho-
que sobeja da fonte do Rio de Janeiro com
mens que conduziram a água do Carioca para a cidade, fica
entendendo o Conselho que esta deságua se faz pelo método
eme os mesmos homens apontam no papel que fizeram, que
com esta sobe às reais mãos de Vossa Majestade e que ao
desta obra
governador se ordene que conferindo a execução
com os engenheiros e pessoas, e não se descobrindo incon-
veniente grave para assim se executar a ponha logo em exe-
cução fazendo com os mesmos homens termo de arremata-
o faça
ção pelo preço que oferecem, não havendo quem
homens que
por menor preço sobre o que fará praticar os
se podem interessar nesta mesma obra, declarando a todos
três anos, sobre
que hão de dar a obra acabada dentro de
houverem
pena de perderem cinqüenta por cento do custo que
feito e que ao mesmo governador e procurador da Fazenda
se ordene que esta despesa a paguem pela consignação que
os homens pedem no seu papel, a qual se lhe fará por conta
até seu íntegro pagamento de tudo o que importar a medição
e que outrossim se lhes dê a pedra que pedem do número
lhes
inútil que nomeiam e está na dita cidade e também se
2
— 18 —

do arqueduto
dê a cal na forma que foi dada para a obra
contribuição da
dado à Fazenda de Vossa Majestade pela
resultou da
obra do Carioca depois de satisfeita a dívida que
contribuição
dita obra, e está mandada pagar pela referida
e consigação.
Lisboa ocidental, 18 de março de 1727. Costa. Abreu.
Azevedo. Souza. Lemos.

Resolução

Como parece. Lisboa ocidental, 28 de abril de 1727. Bei.

Os oficiais da Câmara da vila de


Santo Antônio de Sá pedem os moradores
daquela vila, senhores de engenho dela
nas fábricas deles
X não sejam executados
mas só nos seus rendimentos.

Os oficiais da Câmara da vila de Santo Antônio de Sá


em carta de 16 de julho do ano passado dão conta a Vossa
Majestade que no distrito daquela vila se achou dezoito en-
fornecidos
genhos de fazer açúcar a maior parte deles bem
fabricados e outros com algumas diminuições por causa dos
seus credores lhes venderem os escravos e animais e com estas
de moer
perturbações não fazem as safras redondas e deixam
alguns anos para açúcar e se fazem para aguardente o que
redunda em grande prejuízo dos dízimos, mas como se tem
experimentado nos preços porque se tem rematado e nos
mais
poucos açúcares que trazia a frota, e tinham trazido os
antecedentes o que também prejudica aos reais direitos das
alfândegas e faltas para remessas que devem fazer os homens
de negócio, por cuja razão suplicam a Vossa Majestade fosse
servido prover neste particular se não vendam as fábricas nem
ainda os mesmos engenhos por dívida ainda que grande, e
que os credores se paguem pelos rendimentos e que daqueles
de que se deva fazer partilha entre herdeiros se não desmem-
— 19

bre coisa alguma mas antes se encabece no herdeiro mais


capaz, e que esteja obrigado nesta parte prejudicados os que
ficam com parte nos ditos engenhos e desta sorte irá para
sempre em aumento, e com alguma honra ou privilégio que
Vossa Majestade foi servido fazer-lhe e a seus lavradores
e irão estas fazendas em aumento com grande utilidade aos
dízimos e direitos reais.
E dando-se vista ao procurador da Fazenda respondeu
mesma
que não duvidava que aos suplicantes se outorgue a
graça que concedeu aos moradores de Pernambuco.
E dando-se também vista ao procurador da Coroa, res-
de
pondeu que não só aos moradores de Pernambuco, mas
outras capitanias se tem concedido o privilégio de se lhes não
fazer execução nos escravos e fábrica dos engenhos e que
era o mais que aos suplicantes se podia conceder.
Pareceu ao Conselho o mesmo que aos procuradores da
Fazenda e Coroa.
Lisboa ocidental, 10 de outubro de 1727. Costa. Abreu.
Azevedo. Varges. Galvão.

Os oficiais da Câmara da vila de Pa-


rati dão conta dos absurdos que ali tem
cometido o coronel Jorge Pedroso de Sou-
za, e vai a carta e capítulos que se acusam.

Vendo-se neste Conselho a carta inclusa de 8 de agosto


deste presente ano em que os oficiais da Câmara da vila de
Parati representam a Vossa Majestade os absurdos que ali tem
cometido o Coronel Jorge Pedroso de Souza, expressados nos
capítulos que contra êle dão, os quais com esta sobem às reais
mãos de Vossa Majestade, se deu vista ao procurador da Coroa
o qual respondeu.
do
Que se devem remeter os ditos capítulos ao ouvidor
Rio de Janeiro, para que informando-se do que contém e
achando que o coronel capitulado Jorge Pedroso de Souza
usa de violento procedimento que neles se refere, requererá
— 20 —

logo retirar da vila;


o governador do Rio de Janeiro o mande
a cidade donde
de Nossa Senhora dos Remédios de Parati para
vila a devassar
lhe proibirá o sair e passe o ouvidor àquela
como lhe
das casas referidas e proceda contra os culpados
parecer justo. .
se sirva de
Pareceu ao Conselho que Vossa Majestade
achan-
mandar escrever ao governador do Rio de Janeiro que
capítulos ao
do ser verdade os cargos que se imputam nestes
alguma parte
coronel Jorge Pedroso de Souza, ou em todo ou
a que re-
deles faça toda a diligência e com a maior eficácia
seja o mande recolher em
presenta o dito coronel e preso que ao cabo
uma das fortalezas daquela praça, recomendando-o
dela o tenha com toda a segurança e resguardo de maneira
até se averiguarem as suas
que não tenha lugar de poder fugir
do sei?
culpas pela devassa que Vossa Majestade manda tirar
daquela capitania, ao qual
procedimento pelo ouvidor geral
ministro deve Vossa Majestade ordenar passe à vila de Parati
e nela devasse nas casas referidas nos ditos capítulos e pro-
ceda contra os culpados como lhe parecer justo.
Lisboa ocidental, 23 de dezembro de 1727. Costa. Abreu.
Azevedo. Souza. Varges. Lemos. Galvão.

Resolução

Como parece. Lisboa ocidental, 22 de maio de 1728. ReL

Sobre o que escreve o governador do


if"•>¦**¦, Rio de Janeiro acerca dos fundamentos:
*•'¦>•' que teve para exterminar ao Dom Abade
de São Bento e ao Padre Pascoal de São.
Estevão, e também sobre o que neste par-
ticular escreve o mesmo dom abade, e
<:::..""¦"
'"¦r""' representa
mos o procurador geral dos mes-
religiosos; e vão as cartas e mais pa-
péis que se acusam.
O governador do Rio de Janeiro, Luís Vahia Monteiro
ano responde a ordem
pela carta inclusa de 25 de julho deste
— 21

encomendar ao Dom Abade


que lhe foi por este Conselho para
de São Bento pusesse todo cuidado em revistar os descami-
nhos dos direitos reais que pela cerca do seu mosteiro se
faziam e representa os fundamentos que teve para exterminar
oitenta
ao dito Dom Abade e ao Padre Pascoal de São Estevão
léguas fora daquela cidade, o cpie também insinua na carta
de 30 do dito mês e ano, escrita ao secretário de Estado Diogo
de Mendonça Côrte-Real, que com esta sobe às reais mãos de
Vossa Majestade.
Com esta ocasião se viu também a carta inclusa do dito
Dom Abade, representação que sobre este mesmo particular
faz o procurador geral da província ultramarina da ordem de
São Bento, em que pede a Vossa Majestade mande logo resti-
tuir ao mosteiro os ditos Dom Abade e ao Padre Frei Pas-
coal de São Estevão, e que as não perturbe no domínio e
tudo no antigo
posse que têm da ilha das Cobras, repondo-se
estado até Vossa Majestade resolver o que se lhe tem cônsul-
lado sobre esta matéria.
E dando-se vista ao procurador da Coroa, respondeu que
o governador do Rio de Janeiro não podia, sem expressa
ordem de Vossa Majestade, mandar sair ao Padre Frei Mateus
da Encarnação, Abade de São Bento, e ao Padre Frei Pascoal
de São Estevão, para a distância de oitenta léguas, ainda que
eles o merecessem por não darem cumprimento às ordens de
Vossa Majestade; contudo como o motivo fosse o refugiarem
no engenho de Camorim os religiosos apóstatas e rebeldes que
se não queriam sujeitar à obediência do seu legítimo prelado
da província de Santo Antônio, e tendo cessado esta inquieta-
ordenar
ção, deve Vossa Majestade usando da sua clemência,
man-
que os monges referidos venham para os seus conventos,
I dando advertir ao dito abade se não refugiem no dito con-
vento delinqüentes nem nos seus engenhos, e que em termos
de dois meses mande levantar todo o número da sua cerca,
era forma que por ela se não possam desencaminhar fazen-
das aos direitos, e não executando prontamente no termo assi-
nado o governador com o parecer do bispo o mandará noti-
ficar para comparecer neste Reino a dar a razão da sua deso-
bediência, fazendo-o embarcar na primeira frota, e o mesmo
_ 22 —

na posse
se deve avisar ao governador e também não perturbe
deixando-lhe
em que se acha o mosteiro da ilha das Cobras,
desfrutar e tirar dela as pedras que quiserem, contanto que
na forma
não prejudiquem a nova fortificação que nela se faz, e
com
declarada pelo mesmo governador na carta que se junta
em que
a súplica do procurador geral de 28 de abril de 1727,
e
mostra a razão porque se tira por Domingos Francisco
a cortar
outros a pedra em recompensa da despesa que fazem
ao mosteiro convier fazer o
pela planta da fortificação e se
mesmo serviço conducente a fortificação lho não impede.
Pareceu ao Conselho representar a Vossa Majestade que
suposto o aviso que recebeu o governador do Rio de Janeiro,
Luís Valria Monteiro do secretário de Estado Diogo de Men-
donça Côrte-Real, em que lhe insinuara da parte de Vossa
Majestade que procedesse contra as pessoas e religiosos que.
fomentaram as parcialidades que havia entre os capuchos da
encontrando cm
província ela Conceição e os seus terceiros,
tudo a execução das resoluções de Vossa Majestade, ajudando
aos ditos religiosos rebeldes e contumazes em se não sujeita-
rem à fiel obediência devida a seu prelado, mostrando nisto
a maior renitência e repugnância os dois religiosos de São
Bento o Padre Dom Abade Frei Pascoal de São Estevão,
sendo advertidos pelo mesmo governador os não auxiliassem
os quais com grave verossimilidade se compraziam obrarem o
contrário, pois os mandaram recolher nas suas fazendas, dando
com a dita proteção um notório escândalo.
Que nesta atenção se reconhece que o governador obrou
bem em os exterminar, para que cessassem tantos distúrbios
e prejuízos que se poderiam seguir ao sossego público e boa
paz da religião de São Francisco, e ainda aos moradores do
Rio de Janeiro, por se envolverem mais nas ditas parcialida-
des; porém como estejam no dito extermínio há muito tempo,
pois antes da partida da frota já tinha dez meses dele e pre-
sentemente se contam mais de 16 meses, e se espaçará a mais
tempo a sua demora quando chegar a resolução ao Rio de Ja-
neiro, que Vossa Majestade foi servido tomar sobre esta
matéria.
— 23 —

a êste respeito movido da sua real


Que Vossa Majestade
os ditos religiosos se reco-
piedade haja por bem mandar que
São Bento, dando-se-lhes por
lham para o seu convento de constando
acabado o seu desterro, com declaração porém que
virão meter no convento, como
que partida a frota eles se
conveniente que êle os
insinua o governador, neste caso será
até nova ordem de
deixe estar e conserve no mesmo desterro
Vossa Majestade. .
os ditos religiosos pela
E no que respeita a fecharem
de sua cerca, como esta nunca esteve
parte do mar o número não será fácil que
fechada, que os não obrigue a isso; porque
considerável e para se
tenham meios para uma despesa tão
se introduzirem
evitarem os descaminhos das fazendas que
desencaminhadas aos direi-
pela mesma cerca, furtivamente, da dizima
tos das alfândegas, que ordene aos contratadores
ao tempo
dela ponham todos os guardas competentes para que
todas as que se acha-
da frota vigiem e se tomem por perdidas
a fim de nao paga-
rem que se querem meter pela dita parte,
dito contrato
rem os direitos delas pertencentes ao
das Cobras para
E no que toca à pedra que se tira da ilha
representam per-
a sua fortificação, que os ditos religiosos
lhes compete
tencer-lhes que devem mostrar o título por que
os ditos religio-
e que se avise ao governador que querendo
conforme a
sos tomar à sua conta a obra da dita fortificação
admita a isso e lho nao impeça;
planta que está feita, que êle os o que importar o
e que pela Fazenda Real se lhes pague tudo
de toda a
valor dela e que o mesmo façam os particulares
obras que não sejam do serviço
pedra que extraírem para as aos
de Vossa Majestade; porque não será justo que privem
sua
ditos religiosos dêste interesse, sendo a pedra
e José Gomes de
Aos conselheiros D. D. João de Souza
do Rio de Janeiro
Azevedo, lhes pareceu que o governador
sem expressa
não obrou bem em desterrar estes religiosos
distancia e com
ordem de Vossa Majestade e em tão grande
sem Vossa Ma-
tão notória violência, pois o não podia fazer
deferir a consulta que lhe estava afeta, e por seu moto
jestade "i
tomar uma determinação tão rigorosa e queia
próprio este extraorüi
lhe deve Vossa Majestade mandar estranhar
— 24 —

nário procedimento e ordenar-lhes que logo sem demora ne-


nhuma os mande recolher para o seu convento do Rio de Ja-
neiro a exercitarem os lugares a que estão promovidos pela
sua religião por se não perturbar a boa ordem do governo
dela, reconhecendo-se serem os tais reputados por sujeitos de
grande suposição assim em letras como em virtudes que cons-
tituem a bons e verdadeiros religiosos do patriarca São Bento
a que se devia ter alguma atenção e não se haver com eles o
governador com tanta paixão e rigor, como manifestamente
se colhe das expressões das suas cartas.
E no que respeita ao mais se conformam com o que vota
o Conselho.
Lisboa Ocidental, 2 de janeiro de 1728. Costa. Abreu.
Azevedo. Souza. Varges. Galvão.

Resolução

Como parece ao Conselho quanto ao procedimento do


governador com os religiosos de São Bento, aos quais man-
dará avisar o Conselho não se intrometam mais em seme-
lhantes parcialidades, e que logo mandem os muros da cerca
como são obrigados e já se lhes intimou, e pelo que respeita
à pedra da ilha das Cobras devem os ditos religiosos mostrar
o título por que possuem a dita ilha e com êle se tornará a
consultar.
Lisboa Ocidental, 13 de março de 1728. Rei.

O governador do Rio de Janeiro re-


presenta a inutilidade com que se vão
continuando os gastos nas obras que estão
ideadas para a fortificação daquela terra
e as que se devem acabar, para cujo efeito
deve ir dêste Reino um dos engenheiros
que aponta; e vai a carta que se acusa.

Vendo-se a carta inclusa de 31 de julho do ano passado


em que o governador do Rio de Janeiro, Luís Vahia Monteiro
— 25 —

representa a inutilidade com que se vão continuando os gas-


tos, assim nas fortificações como nas mais obras que estão
ideadas e mandadas executar por Vossa Majestade menos bem
informado para se fortificar aquela cidade, insinuando a pro-
vidência que neste particular se devia dar acabando-se tam-
bém as casas chamadas dos Contos para assistirem os gover-
nadores, ficando os que hoje têm para armazéns da fazenda
e munições de guerra, e para contas e vedoria por haver capa-
cidade para tudo, para cujas obras e se remediarem as desor-
dens referidas, ficando com total segurança aquela terra devia
Vossa Majestade mandar a ela o engenheiro-mor do Reino
Manuel de Azevedo Fortes, ou José da Silva Paes, que podia
voltar na mesma monção.
Pareceu ao Conselho que à vista do cpie representa o go-
vernador do Rio de Janeiro em quem se reconhece um grande
zelo do serviço de Vossa Majestade, encontrando-se nele as
circunstâncias de ser um grande oficial na arte militar e que
será muito conveniente que Vossa Majestade para que se
em
possam pôr as fortificações da praça do Rio de Janeiro
melhor defesa e se não gastar infrutuosamente a Fazenda de
Vossa Majestade em obras cpie se reconheçam por inúteis
este
para o fim que se pretende, que Vossa Majestade para
efeito mande que vá na presente frota para aquela cidade o
coronel José da Silva Paes, como aponta o mesmo governa-
dor por ser um engenheiro dos melhores que há hoje tem
este Reino como tem mostrado a experiência, o qual confe-
rindo com o dito Luís Vahia Monteiro as obras que se devem
fazer naquela praça desenhe e faça plantas assim dos que
tocam às fortificações dela, como às obras civis e examine
as que convém são mais necessárias não se retardarem e que
a estas se dê logo princípio, aplicando-se para a sua despesa
a consignação que está destinada para este mesmo emprego;
e porque certamente se entende cpie um engenheiro de tão
grande graduação como é o dito José da Silva Paes há de
fazer uma grande despesa mui correspondente a sua pessoa
e caráter assim por seu transporte para o Rio de Janeiro como
no tempo em que assistir nele e na volta para este Reino, que
Vossa Majestade a este respeito haja por bem de mandar
— 26 —

do ser-
dar-lhe uma ajuda de custo competente e à proporção
incômodo
viço que vai fazer em tanta distância e com tanto
Ocidental,
de deixar a sua casa e família nesta corte. Lisboa
Galvão.
28 de janeiro de 1728. Costa. Abreu. Souza. Varges.

O governador da nova Colônia do Sa-


cramento dá conta de se achar aquela
da terra
praça sem fortificação pela parte
e do estado dela e do patacho que foi de
Cadiz com doze casais para a povoação de
Montevidéu, e dos carros de couros que
nos tomaram os castelhanos naquelas vizi-
nhanças; vai a carta que se acusa.

Vendo-se neste Conselho a carta inclusa de 2 de junho


do ano passado em que o governador da nova Colônia do Sa-
cramento, Antônio Pinto de Vasconcelos dá conta a Vossa
Majestade por este Conselho de se achar aquela praça sem
mais que
gênero algum de fortificação pela parte de terra
com uma leve trincheira que êle e seu antecessor levantaram
e da abundância e aumento em que se acha aquele presídio,
como também do patacho que chegou a Montevidéu despa-
chado de Cadiz em que foram doze casais para aquela nova
casíelha-
povoação, em cujas vizinhanças nos apanharam os
nos treze carros carregados de couros com oitenta juntas de
bois, sobre o que escrevendo ao governador de Buenos Aires
lhe não mandou restituir mais que sete negros que os guiavam.
Pareceu ao Conselho que atendendo Vossa Majestade às
razões que representa o mestre de campo, governador da
reco-
praça da nova Colônia do Sacramento nesta sua carta,
nhecendo-se que os pontos que nela se trata são mui graves
de
que Vossa Majestade haja por bem na primeira parte
mandar-lhe escrever que êle procure pôr a trincheira que
está feita pela parte da terra no melhor estado que lhe for
possível, pondo o maior cuidado em que os moradores que
habitam aquele presídio não edifiquem edifícios nos sítios
— 27 —

que prejudiquem as defesas da mesma praça nem embaracem


a nova fortificaçâo, que se houver de fazer nela.
E no que toca a Montevidéu se colhe (pelo que refere
o dito governador) que os castelhanos querem com efeito
estabelecer uma povoação nela, a qual necessariamente há de
impedir o uso da companhia aos nossos e sem ela totalmente
fica inútil a nova colônia e já se vê que os ditos castelhanos a
principiam a fazer, por cuja consideração se vê êste Conselho
obrigado a representar a Vossa Majestade estabelecer com efei-
to e com a maior prontidão povoações como tem resoluto na
costa que corre da ilha de Santa Catarina até ao rio de São
Pedro porque com elas ficará mais fortificada a dita colônia
e menos exposta aos insultos dos castelhanos, franqueando-se
mais a campanha para o uso dela e que sobretudo que o meio
que se oferece mais útil para a nossa conservação e interesse
será o de mandar Vossa Majestade ocupar a ilha de Maldo-
nado, porque nesta forma ficará bloqueado Montevidéu e
Vossa Majestade senhor da entrada do Rio da Prata. Lisboa
Ocidental, 7 de fevereiro de 1728.

O governador do Rio de Janeiro res-


ponde à ordem que lhe foi sobre as obras
da fortaleza da Lage e ilha das Cobras,
explicando o que nela tem feito; e vai a
planta e mais papéis que se acusam.

Dando conta a Vossa Majestade por êste Conselho o go-


vernador do Rio de Janeiro Luís Vahia Monteiro, com a
planta da fortificaçâo daquela cidade e das obras que conti-
nuara na ilha das Cobras se lhe ordenou pela provisão inclusa
que primeiro pusesse em sua última perfeição a obra da for-
taleza da Lage e depois passasse a fazer a dita ilha, regu-
lando-se pelas anotações que apontara o engenheiro-mor do
Reino fazendo as mais declarações que se deduzem na dita pro-
visão sobre o que responde o dito governador em carta de 4
de agosto do ano passado, insinuando que remetia a planta
— 28 —

o dito enge-
exata da dita ilha das Cobras na forma que pedia
intentara fazer
nheiro pela qual se veria o que tinha feito, e
na dita
na mesma ilha, como mais largamente se exprime
mãos de Vossa
carta que tudo com esta sobe às reais
Majestade.
do
E remetendo-se a dita planía e carta do governador
Fortes
Rio de Janeiro ao engenheiro-mor Manuel de Azevedo
se lhe oferecia, satisfez com
para dizer nesta matéria o que de
a sua resposta que também se envia à soberana presença
Vossa Majestade.
Ma-
Pareceu com a ocasião do lente da aula o brigadeiro
nuel de Azevedo Fortes que se esforçam mais as razões que
êste Conselho teve para votar o que se expendeu na consulta
de 28 de janeiro deste presente ano, que até agora não baixou
respondida, e que por esta consideração se faz mais preciso
a brevidade, man-
que Vossa Majestade a resolva com toda
dando à praça do Rio de Janeiro um dos coronéis engenhei-
ros que insinua o mesmo Manuel Azevedo Fortes, para dese-
nhar o que se há de obrar nas fortificações e nas obras cíveis
nelas e se execute
por se não fazer inútil o que se há de fazer
o que for melhor para a sua defesa, evitando-se os erros que
obras por enge-
pode trazer consigo sendo as plantas das ditas
nheiros menos cientes.
Lisboa Ocidental, 24 de fevereiro de 1728. Costa. Aze-
zedo. Varges.

Sôbre a informação que se pediu ao


governador do Rio de Janeiro a respeito
\i de dizer se convinha que fossem só para
as minas os negros de Angola.

Escrevendo-se ao governador do Rio de Janeiro que como


nas minas se experimentou já que os negros que nelas assistem
intentaram sublevarem-se contra os brancos o que consegui-
riam se não houvesse entre eles a diferença de que os negros
de Angola queriam que fosse rei de todos um dos do seu
— 29 —

Reino e os minas também que fosse da sua mesma pátria,


cuja conspiração se descobriu por especial favor de Deus e
se acudiu a tempo a se atalhar o dano que êste movimento
podia ocasionar à conservação das minas, as quais absoluta-
mente se perderiam se eles as dominassem e entraríamos no
cuidado de dar uma guerra, a qual não só seria muito custosa
mas arriscada, sendo necessárias todas forças do Brasil para
nos tornarmos a restituir daquela porção de terras que
eles possuíssem, se ordenou ao dito governador informasse
do meio que se lhe oferecia para se evitar êste risco, que é de
tão altas conseqüências, e se convinha que só fossem para as
minas os negros de Angola pois se tem visto que estes são
mais confidentes, e mais sujeitos e obedientes do que os
minas, a quem o seu favor e valentia pode animar a entra-
rem em alguma deliberação de se oporem contra os brancos,
para conforme a sua notícia e informação se poder dar neste
particular aquela providência que pedia uma matéria de
tanto porte.
A esta ordem respondeu o governador Luís Vahia Mon-
íeiro, em carta de 5 de julho de 1726, insinuando que era certo
que as minas se não podiam cultivar senão com negros, assim
porque faziam serviço mais vigoroso como porque os bran-
cos e reinóis ainda que sejam criados com a enxada na mão
em pondo os pés no Brasil nenhum queria trabalhar, e se
Deus lhes não dava meios lícitos para passar a vida, costu-
mavam sustentar-se de roubos e trapaças, e que os negros
minas eram os de mais reputação para aquele trabalho, di-
zendo os mineiros serem os mais fortes e vigorosos, mas êle
entendia que adquiriram aquela reputação por serem tidos
por feiticeiros, e ter-lhes introduzido o diabo, que só eles des-
cobrem ouro, e pela mesma causa não haver mineiro que
possa viver sem uma negra mina, dizendo que só com elas
têm fortuna mas para evitar as sublevações que se temem
não lhe ocorria meio mais eficaz que o mesmo que mostrou
a experiência no caso presente, remediando-se aquela suble-
vação com a diferença das nações querendo cada uma para
si o reinado e era certo que o meio da divisão fora sempre o
maior antídoto de semelhantes máquinas, e por esta causa
— 30 —

introduzir negros de
lhe parecia que nas minas se fizessem
dê a providência
todas as nações e que nas mesmas minas se
escravos mais
de que aqueles habitadores brancos usem dos
ouro do que para auxiliar as
para o serviço laborioso de tirar acompanhar
suas vinganças, soberbas e vaidades, fazendo-se
de negros bem
para qualquer parte com grande quantidade cultivarem-se os
vestidos e armados, pois deste uso resulta
servir de
negros no uso delas, e nas civilidades que podem
nisto os
fomento para semelhantes delírios, adiantando-se
seus senhores
negros da Costa da Mina dos quais usam mais
despique dos seus ódios, e
pela confiança que deles têm para
Vossa Majestade orde-
por esta causa lhe parecia preciso que
nasse que nenhuma pessoa se acompanhasse, com cuja provi-
causem,
dência cessariam talvez as sublevações e danos que eles
as
não só nos negros mais ainda nos brancos, sendo as destes
cuidados.
que têm naquela minas produzido maiores
E dando-se vista ao procurador da Coroa, respondeu que
o arbítrio do governador do Bio de Janeiro era muito bom e
não se deviam impedir as ordens que êle aponta para as capi-
tanias das minas de São Paulo, mas proibir-se aos escravos
todo o uso de armas e vestidos que não forem precisos para
o reparo dos seus corpos, e fazê-los ter a sujeição e humildade
necessária e que obriguem a trabalhar os homens brancos
façam
que forem desta esfera e passam deste Reino, ou os
despejar das terras, que gente vadia em nenhuma parte serve,
e isto fizera praticar o capitão-mor da Paraíba havia poucos
meses.
Pareceu ao Conselho com esta ocasião lembrar a Vossa
Majestade a consulta que se lhe havia feito sôbre esta mate-
ria em 8 de janeiro de 1720, que até agora não baixou respon-
dida, sendo ela tão grave e de tão altas conseqüências.
Lisboa Ocidental, 18 de setembro de 1728. Costa. Abreu.
Souza. Varges. Galvão.
31

O governador de São Paulo dá conta


de quererem o ouvidor geral e juiz de
fora de Santos, fazer enforcar alguns de-
linqüenies de crimes atrozes, que será
conveniente haja êste castigo para exem-
pio, e que se lhe declare a parte donde se
deve fazer as juntas para êste efeito e em
que lugares devem assistir os ministros
nela, e vai a cópia dos capítulos que se
acusam.

O governador e capitão general da capitania de São Paulo


Antônio da Silva Caldeira Pimentel, em carta de 15 de no-
vembro do ano passado, dá conta a Vossa Majestade em como
o ouvidor geral da mesma capitania Francisco Galvão da Fon-
seca, o juiz de fora da praça de Santos Bernardo Rodrigues
do Vale estão com grande empenho e desejo de enforcar
na mesma cidade alguns delinqüentes de crimes atrozes, por
serem os réus de condição vil e ordinária e que facilita êste
projeto haver mais na comarca o juiz de fora da vila de Outu
que Vossa Majestade, novamente foi servido mandar criar,
e se bem seja conveniente que aqueles povos vejam o cas-
tigo para lhes servir de exemplo e temor para emenda, con-
tudo se devem primeiro regular as formalidades para seme-
lhantes execuções, para se evitarem dúvidas, e ficar para o
futuro estabelecido o modo com que se devem fazer, pois
não se havendo praticado até agora se faz preciso que Vossa
Majestade o resolva.
Em que lugar se há de fazer esta (que se pode chamar Re-
lação) para se relatarem os processos e se lançarem as senten-
ças, se naquele palácio, se na casa da secretaria ou se no
Senado da Câmara.
Na Relação não há mais que uma cadeira e como o lugar
em que se juntarem para a mesma representação uma só
cadeira deve haver nele para a presidência do dito governa-
dor, em forma que ainda que seja naquele palácio (em que a
dava aos ministros) não deve neste ato ter mais que bancos es-
paldados e neles qual há de preferir no assento se o juiz de
— 32 —

embargo que este seja


fora de Santos se o de Outu e que sem
lugares, o de Santos
mais antigo no serviço e tem já servido de pro-
é mais antigo naquela capitania e logra por privilegio ouvidor
de servir de
visão de Vossa Majestade a faculdade
circunstancias
daquela comarca em falta dele e estas mesmas
há de acompanhar
podem fazer dúvida qual dos dois juizes
não há de ir nenhum
a execução até o lugar do suplício, ou se
alcaides.
deles, e bastará que vão os meirinhos e os
respondeu que
E dando-se vista ao procurador da Coroa,
dá faculdade
supostas as ordens de Vossa Majestade em que
alguns destes réus se hao de
para se sentenciarem em junta e a esta junta
convocar pelo governador as casas cia Câmara
cadeira na ca-
há de presidir o governador sentando em os
beceira da mesa, e em bancos de espaldar (havendo-os)lados
nos
ministros adjuntos, preferindo pela sua graduação
o da cabeça
da mesa e ao juiz de fora de Outu há de preceder
fazer) sempre
da Comarca, e a execução (quando se chegue a
eleger.
se há de ir assistir um dos ministros que o governador
Pareceu ao Conselho representar a Vossa Majestade que
requerimento
como era São Paulo há ouvidor geral e este tem
a necessária para
particular e nele não esteja dada providência delitos
a boa administração da justiça e punição dos que nas
se
terras daquela capitania são freqüentes, que para estes
toca
evitarem mande Vossa Majestade declarar que no que
aos crimes e à forma como se hão de castigar a gravidade
do Bio
deles que nesta parte se conceda ao dito ouvidor geral
de Janeiro, que os contem nos capítulos inclusos, sentenciando
da
êle as causas dos ditos réus em junta com o governador
da
dita capitania que presidirá nela, a qual se fará na casa
de
Câmara, sendo adjuntos para este efeito o juiz de fora
impe-
Santos e na sua falta o da vila de Outu e na ausência ou
dimento de qualquer destes dois ministros apontados o pro-
vedor da Fazenda Real da mesma capitania de São Paulo,
ficando à mão direita do governador das ditas juntas e ouvi-
dor geral de São Paulo, e à esquerda o juiz de fora da praça
da
de Santos e da mesma maneira na sua falta o juiz de fora
cha-
vila de Outu e provedor da Fazenda Real, quando sejam
mados para assistirem nas ditas juntas, sendo mui conveniente
33

que se observem esta mesma disposição para melhor sossego


e paz dos vassalos continentes naquela conquista e terror dos
criminosos porque o rigor da pena os fará abster de executa-
rem semelhantes malefícios e desordens tão escandalosas que
nela sucedem. Lisboa Ocidental, 23 de setembro de 1728.
Costa. Abreu. Souza. Varges. Galvão.

O mestre de campo governador da


nova Colônia do Sacramento, representa
o desejo que tem aquele povo de que se
enviem quatro religiosos de Santo Antônio
do Rio de Janeiro para o hospício que na
dita colônia tinham antigamente os ditos
padres.

0 mestre de campo governador da nova Colônia do Sa-


cramento representa a Vossa Majestade em carta de 13 de
dezembro de 1727, em como naquela praça houve na povoa-
ção passada um hospício de Santo Antônio em que assisti-
ram sempre dois religiosos capuchos da província do Rrasil,
que por causa da guerra e dos sítios que nos fizeram os cas-
telhanos no ano de 1705 se abandonou quando a guárnição
e moradores se retiraram para o Rio de Janeiro e que a per-
turbação que tem havido no convento da mesma cidade por
respeito dos partidos era causa de não terem atendido os pro-
vinciais a algumas súplicas que êle governador lhes fizera,
de mandarem frades que ocupassem o dito sítio, que por ser
bem próprios do referido hospício que lhes deu de esmola
o governador Dom Francisco Naper o entregara ao seu sín-
dico o capitão de cavalos Leonel da Gama Belas, que não só lhe
tinha reparado as ruínas, mas adornado com muitas árvores,
e como hoje de alguma sorte as parcialidades se achavam
compostas, devia pôr na real notícia de Vossa Majestade o
grande fervor com que desejava aquele povo ver restabe-
lecidos os padres no mesmo hospício e a apresentação que
lhe tem feito por ser muito do serviço de Deus sem encon-

T^iS^ -^3 -yM tf 3 4 A


— 34 —

sendo o referido
trar o de Vossa Majestade e principalmente
dentro se
sítio fora da praça onde sem os inconvenientes (que
estão restabele-
não podem disfarçar) poderão as pessoas que
ali confessar-se e
cidas em fazenda naqueles arredores irem
os espanhóis
ouvir missas nos dias de preceita, e também
campo passando-se
descuidados dos ofícios divinos andam no
são filhos
4 a 5 anos, sem que no decurso deles mostrem que
atender a con-
da igreja e se Vossa Majestade fosse servido
mercê que pede
solação que dará aquele povo, fazendo-lhe a
do
se deviam mandar passar as ordens para que o provincial
nomeie quatro
convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro
vida exemplar
religiosos, um leigo e três de missa, todos de
se remetam,
e de anos crescidos e que na primeira ocasião
a assis-
declarando-se-lhe ao mesmo tempo a êle governador
Real, en-
tência que se lhe há de fazer por conta da Fazenda
no que respeita ao sus-
quanto à capelinha e hospício, pois viver de
tento é desnecessário por ser próprio da sua regra o
esmolas e estar aquele povo tão farto, que não só êste peque-
no número, mas outro maior lhe não serve de opressão.
Pareceu ao Conselho que vistas as razões que representa
do
Antônio Pinto de Vasconcelos governador da nova Colônia
Sacramento e se reconhecer que pode ser mui útil à assistên-
cia dos religiosos de Santo Antônio neste hospício onde anti-
Vossa
gamente estiveram antes de se demolir a dita praça que
Majestade haja por bem de mandar escrever ao seu provin-
ciai deles para que remeta os três religiosos de missa e um
leigo como insinua ao dito governador, e porque convém que
tenham meios para sustento da fábrica da dita igreja, e sua
sacristia, que Vossa Majestade ordene que da sua Real Fa-
zenda se lhes dêm para êste efeito quarenta mil réis cada ano.
Lisboa Ocidental, 7 de fevereiro de 1729. Costa. Azevedo.
Souza. Varges.
Resolução

Como parece quanto a se escrever ao provincial e assim


o mando ordenar e pelo que pertence à côngrua se pratique
o mesmo que antigamente.
Lisboa Ocidental, 30 de março de 1729. Rei.
— 35

Os oficiais da Câmara da cidade do


Rio de Janeiro pedem se prorrogue aos
senhores de engenho e lavradores de açu-
car daquela capitania outros seis anos
para não serem executados nos escravos
e fábricas de suas lavouras.

Os oficiais da Câmara da cidade do Rio de Janeiro em


carta de 21 de agosto do ano passado representam a Vossa
Majestade por este Conselho em como por provisão de 24
de maio de 1722 fora Vossa Majestade servido conceder aos
senhores de engenho e lavradores de açúcar daquela capita-
nm que não fossem executados nos escravos e fábricas desta
lavoura por seus credores pelo tempo de seis anos, na forma
tempo
que na dita provisão se contém, e porque o referido
está acabado, e existiam as mesmas causas para a graça de
Vossa Majestade prorrogar àqueles moradores outros seis
smos, e era certo que na conservação dos engenhos e lavoura
de açúcar tinha a Fazenda de Vossa Majestade muita utili-
dade em razão dos dízimos que pagam, rogavam a Vossa
Majestade fosse servido prorrogar-lhes outros seis anos, orde-
naiido aos ministros como recomendação particular o cum-
primento desta mercê sem dúvida alguma.
E dando-se vista ao procurador da Fazenda respondeu
Vossa Majestade
que este requerimento era de graça e que
deferiria como fosse servido.
Pareceu ao Conselho que atendendo Vossa Majestade às
razões que representam os oficiais da Câmara do Rio de Ja-
neiro e ao que responde o procurador da Fazenda que Vossa
Majestade haja por bem de lhes mandar deferir na forma que
pedem.
Lisboa Ocidental, 23 de fevereiro de 1729. Costa. Abreu.
Souza. Vasques.
Resolução

Como parece. Lisboa Ocidental, em 30 de março de


1729. Rei.
— 36 —

O governador da capitania do Rio de


Janeiro informa sobre o requerimento que
daquela praça
fêz o capitão da artilharia
Miguel Rodrigues de Sá; e vai a carta que
se acusa.

Ordenando-se ao governador do Rio de Janeiro (Capi-


tania) Luís Vahia Monteiro por provisão de 9 de outubro de
1727, informa-se com o seu parecer sobre o requerimento
Vossa Majestade Miguel Rodri-
que por este Conselho fêz a
da mesma praça em que
gues de Sá, capitão da artilharia
aos de capitão de infan-
pedia se lhe igualasse os seus soldos
iaria pago dele como se praticara na Rahia, por se fazer digno
desta graça, havendo servido a Vossa Majestade por espaço
de mais de 32 anos, e não vencer com o referido posto mais
o dito governador em
que 10 mil réis por mês; respondeu
carta de 7 de fevereiro deste presente ano que para haver de
man-
informar a Vossa Majestade sobre o dito requerimento,
dará informar o provedor da Fazenda, remetendo-lhe a mesma
três vezes sem satisfa-
provisão, sobre o que lhe respondera
zer ao principal e que esta fora a causa de se dilatar aquela
informação e que respondendo-se ultimamente o que cons-
tava da carta inclusa que com esta sobe à soberana presença
de Vossa Majestade, via que neste ponto tem havido grande
diferença nos soldos dos capitães que o tem exercitado; por-
soldo por mês, outro
que houve capitão com 10 mil réis de
de quatro, outro de oito, de quatorze e atualmente com dez,
cuja desigualdade atribuía êle governador a diferença do
serviço e préstimo de cada um, porque obrigando-se na pro-
vedoria ao de 25 mil réis a dar fiança para repor a maioria,
foi Vossa Majestade servido confirmar-lhe o dito soldo com
obrigação de ensinar artifícios de fogo, e advertindo ao pro-
vedor da Fazenda que buscasse o regimento ou ordens por
onde se pagavam a todos os oficiais de artilharia, visto serem
superiores aos de infantaria, diz na sua resposta que não há
regimento, nem ordem alguma, e se governava pelo que se
acha abonado nas folhas dos pagamentos.
37 —

À vista do que lhe parecia que Vossa Majestade deve


mandar pagar a todos os capitães da artilharia que ali servi-
rem o mesmo soldo que se há de achar declarado no Regi-
mento por onde se paga a todos os mais oficiais e soldados da
artilharia, o qual sôklo não podia apontar visto se não achar
ali regimento algum e em falta dele lhe parecia justo dar-se-lhe
o soldo de capitão de infantaria, visto que em tudo é posto igual
de maior trabalho, por cuja razão os soldos da artilharia são
sempre vantajosos, porém, que nada se podia praticar com
o suplicante pois havia dois anos se achava em uma cama
no hospital por causa de um estupor que lhe deu e de que
está entrevado, sem esperança alguma de tornar a fazer ser-
viço e que por esta causa lhe parecia que Vossa Majestade
lhe devia dar a sua reformação e prover este posto pela gran-
de falta que faz ao serviço de Vossa Majestade e que para
ocupar o dito posto era muito digno o alferes de artilharia
André Gonçalves a quem Francisco de Távora, partindo a
Companhia de Artilharia em duas, nomeou por capitão da
segunda, a qual nomeação não quis Vossa Majestade confir-
mar por não acrescentar mais um oficial capitão da artilha-
ria mas que era oficial que se criou nela; e que vindo os com-
fooios da frota, e havendo ali falta de oficiais fora nomeado
por comandante dela para ficar naquela praça a pedimento
do governador no tempo dos franceses.
E dando-se vista ao procurador da Fazenda, respondeu
que lhe parecia o mesmo que ao governador.
Pareceu ao Conselho que vista a informação do gover-
nador do Rio de Janeiro e se entender ser muito justifi-
e.ado o que insinua nela que Vossa Majestade se haja por
bem determinar que os capitães de artilharia que servem no
Rio de Janeiro tenham o mesmo soldo que têm os capitães
de infantaria naquela praça, igualando-os aos que têm os
capitães da artilharia da Bahia, e que atendendo Vossa Ma-
de Sá,
jestade ao estado em que se acha Miguel Rodrigues
depois de servir por espaço de muitos anos, que Vossa Majes-
tade lhe conceda a reformação do seu posto conforme o que
costuma conceder aos capitães de infantaria, e resolvendo
Yossa Majestade conceder-lhe a dita graça, que para o dito
— 38 —

editais, assim na praça do Rio de


posto se devem mandar pôr no que for mais
Janeiro, como nesta corte, para se prover
benemérito.
Lisboa Ocidental, em 17 de setembro de 1729. Costa,.
Abreu. Souza. Varges. Metelo.

Resolução

Como parece. Lisboa Ocidental, 27 de janeiro ele 1730.


Rei.

O governador do Rio de Janeiro res-


ponde a ordem que lhe foi sobre declarar
se seria factível tirar-se a administração
dos contratos à Câmara daquela cidade
em todo, ou em parte, e incorporarem-se
na Fazenda Real; e vai a cópia da ordem e
mais papéis que se acusam.

Ordenando-se pela provisão, cuja cópia com esta sobe às


reais mãos de Vossa Majestade ao governador da capitania
do Rio de Janeiro, Luís Vahia Monteiro, declara-se se seria.
factível tirar-se a administração dos contratos à Câmara da-
quela cidade, ou em todo ou em parte e incorporarem-se na
Fazenda Real, e em que causas estes se constituirão satisfaz
o dito governador em carta de fevereiro deste presente ano,,
insinuando, que para dar resposta a esla ordem escrevera à
dita Câmara em 3 de julho de 1727, o que Vossa Majestade
veria da cópia, que lhe tornará a remeter a mesma Câmara
junto da qual lhe responde com uma certidão do escrivão
dela, e não sendo possível tirar-lhe a informação para reme-
ter na mesma frota, continuara a pedi-la aos mesmos oficiais
que lhe sucederam no ano de 1728, que lhe responderam tarde
e mal em 14 de agosto do ano passado, o tempo que a frota
estava para partir, e tão confusamente confundiram os con-
tratos que ela administra com os que há muito tempo se
administram pela Fazenda Real, e se não atreveu a informar
— 39 —

a Vossa Majestade, e continuará a dizer-lhes cpie somente


contratos que
pretendia eme lhe mostrassem a origem dos
administra a Câmara e a sua aplicação e ultimamente lhe
tornaram a satisfazer em 24 de novembro do dito ano com
a mesma e a maior confusão como Vossa Majestade veria da
sua carta do dito dia, e documentos juntos a ela com todas
as cartas e ordens que tem havido para formação de todos os
contratos e impostos, sem embargo da clareza com que lhe
somente e passam para
pediu a notícia dos eme ela administra
a Fazenda Real, encaminhando-se toda a impertinência com
esta informa-
que os oficiais da Câmara passada fabricavam
cpie de
ção a justificar por violento e injusto o donativo com
despesas dos casa-
presente concorre aquele povo para as
mentos dos sereníssimos príncipes e dote da sereníssima prin-
cesa das Asturias, sendo esta idéia unicamente dos ditos ofi-
ciais e ao juiz de fora que então era Manuel dos Passos Cou-
tinho, como por outra carta poria na real notícia ele Vossa
Majestade, que a Câmara arrenda e faz cobrar o rendimento
do subsídio grande elos vinhos que se estabeleceu para sus-
tento da guarnição daquela praça e fortificações; cpie admi-
nistra mais o contrato da aguardente da terra que se gasta
na mesma terra, o qual se instituiu também para conserva-
aguar-
ção daquele presídio, e administra mais o contrato da
dente da terra que se embarca para fora, o qual contrato se
instituiu para satisfazer cinco mil cruzados com que aquele
fortifica-
povo concorre para a nova colônia, e cinco para as
repartiam
ções daquela praça, os quais dez mil cruzados se
pelo povo e para evitar este repartimento se impôs nas aguar-
dentes que se embarcam para fora e entende que a causa ele
ficarem estes contratos na administração da Câmara foi pela
cbrigação que ela tinha naquele tempo de assistir ao paga-
mento da guarnição daquela praça e fortificações, e para o
elos ditos
presídio da colônia mas como hoje o rendimento
contratos passa para a Fazenda Real por onde se fazem as
ditas despesas, e por ela se administram os contratos do ta-
baco, dízima da alfândega, e outros que são ela mesma natu-
reza, e se arrendam neste Conselho, lhe parece que não sò-
mente é factível tirar a administração dos ditos contratos a
— 40 —


Câmara, mas que de fato se deve fazer, pela confusão que
tem dado
na passagem dêste dinheiro a que até agora não
remédio a sua providência e diligência, porque querendo
Câmara
saber no princípio do seu governo quanto devia a
destes contratos e pedindo a ela e ao provedor da Fazenda
Real a conta nunca fora possível concordar uma com outra,
até que se ajustou na sua presença na qual achara dever a
Câmara de restos atrasados mais de 50 cruzados que se dissi-
mularam nas mãos dos contratadores, da qual importância
se perdera a maior parte, e dando ordem ao provedor para
da Câmara senão por
que não mandasse receber dinheiro
conhecimentos em forma e carga feita ao almoxarife da Fa-
zenda porque costumava cobrar com recibos seus, de que
resultava confusão das contas referidas porque a Câmara
formara as suas pelos recibos do almoxarife e a Fazen-
da Real pelos cargos que não costumava fazer, porque
o almoxarife não acusara o dinheiro que tinha recebido mas
não bastou esta providência porque indo-lhe falar a poucos
dias o provedor para que escrevesse à Câmara, para que re-
metesse o dinheiro dos contratos para a Fazenda Real, lhe
pedira uma memória dos que devia e dando-lha de 5$ cruza-
dos dos contratos e arrendamentos atuais a Câmara estava de-
vendo 5 contos de réis e não considera a Câmara inconve-
niente algum na falta desta administração, antes muito alívio
salvo em perder alguma propina de pouco momento, cuja
obrigação da propina se pode impor aos contratadores quan-
do remeterem no Conselho que administra a mais a Câmara
o contrato do azeite doce que são 800 réis, em cada barril de
azeite doce que entrasse naquela cidade, para satisfação dos
saldos com que a Câmara devia concorrer para os soldos dos
governadores eme eram 4.500 cruzados, entrando para eles mil
cruzados que Vossa Majestade mandava dar da sua Real Fa-
zenda e pertencendo à mesma Câmara 600 réis da propina do
contrato das dízimas cada três anos e por esta provisão paga a
Câmara cada ano 3.500 cruzados costumando arrendar-se o ren-
dimento do azeite doce em quatro contos e vinte mil réis e por
triênio e com 600$ réis da propina faziam onze mil e quinhen-
tos e tantos cruzados e pagando a Câmara cada ano 3.500 cruza-

¦1
— 41

so-
dos em três anos fazem dez mil e quinhentos cruzados e
bram mil cruzados, que serão para ressarcir alguma falta que
haja no contrato, e assim lhe parece mais conveniente que
Vossa Majestade mande administrar o contrato do azeite doce
se cobram os 600$ réis das
pela sua Real Fazenda aonde já
Câmara de contribuir com coisa
propinas e desobrigue a
alguma para os soldos dos governadores e desta sorte se evi-
tara a grande confusão que há nestes contratos e que sem
embargo da profusão com que a Câmara se estendeu a infor-
mar a êle governador sobre os contratos que não aelminis-
tra lhe esquecera falar na administração de quatro vinténs
de sal que se vende
que se acham impostos em cada adqueire
naquela terra sobre o preço do contrato, aplicados também
ejuatro vinténs se
para os soldos dos governadores, os quais
impuseram em virtude de uma provisão de Vossa Majestade
de 22 de outubro de 1699, pela qual lhe proibe Vossa Majes-
tade impor coisa alguma no tabaco cm pó que a Câmara
apontava, e lhe concede faculdade para imporem o necessário
um e outro gê-
para a satisfação dos soldos dos govenadores
nero que fossem comuns a todos, e assim fizeram o imposto
referido no azeite doce e os quatro vinténs em cada alqueire
de sal e chegando-lhe o do azeite com a propina para satisfa-
zer o soldo, se ignora o consumo do rendimento dos quatro
vinténs do sal que o ano passado importara um conto qua-
trocentos cinqüenta e sete mil réis cuja circunstância adver-
tira ao ouvidor atual logo que ali chegara para tomar conta
na correição, e agora se lhe oferece dizer a Vossa Majestade
da água
que este rendimento se pode aplicar à conservação
elo Carioca pelos fundamentos que diz na conta que dá daquela
obra, visto que os 3.600 cruzados com que a Câmara con-
corre para os soldos ficam seguros e abonados no contrato
ao
do azeite doce e 600$ réis de propina. E dando-se vista
admims-
procurador da Fazenda, respondeu que a Câmara
tre aqueles contratos cujos rendimentos se hão de despender
à cidade,
por ela em as despesas econômicas pertencentes
como consertos de calçadas, fontes, pontes, e outras seme-
lhe
lhantes, e que propriamente são bens do Conselho, justo
a mesma Ca-
parece mais muito alheio do que é justo, que
— 42 —

mara se conserve na administração da Fazenda Real, fazendo


os rendimen-
que figure de segundo provedor dela com
tos e cobranças de direitos que não pode despender e que
necessariamente há de entregar e confessa que não acha
fundamento que possa coonestar a permissão que nesta parte
se lhe concede, cobrando a Fazenda Real o que lhe toca por
mão deste terceiro que não podendo desta diligência tirar
nada, tira tanto como o governador achou pela sua conta, e
bem se deixa advertir porque a não se interessar o Senado
nesta administração a tivera demitido há muito tempo pelo
que por este dano não continue, lhe parece o mesmo que ao
governador e que à Câmara se não deve permitir administrar
outro algum contrato mais que o daquela renda que parecer
necessária para a conservação da água do Carioca, e no caso
que a Câmara não tenha donde tire o necessário para as suas
propinas ordinárias e mais encargos do Conselho deve recor-
rer a Vossa Majestade por este Conselho para lhe fazer con-
signação do que mais for preciso para a sua subsistência.
Pareceu ao Conselho o mesmo que ao governador en-
quanto a ser conveniente tirar-se à Câmara do Rio de Janeiro
a administração do contrato do subsídio grande que se impõem
nos vinhos para sustento da guarnição daquela praça e for-
tificações dela, e dos contratos da imposição na aguardente
da terra que se gasta na mesma terra, que se impôs para a
conservação do presídio e da aguardente da terra, que se em-
barca para fora se impôs para satisfação dos 5$ cruzados para
as fortificações do Rio de Janeiro e do contrato da imposi-
ção do azeite doce que se impôs para a satisfação dos soldos
dos governadores daquela capitania e do contrato da impo-
sição de quatro vinténs em cada alqueire de sal, que se impôs
para a mesma satisfação dos soldos dos governadores e que
os ditos contratos se administrem pelos oficiais da Fazenda
de Vossa Majestade como se administram ali já outros con-
tratos da mesma natureza, e na mesma forma que Vossa Ma-
jestade foi servido mandar praticar em Pernambuco, pois de
serem estes contratos administrados pelos oficiais da Câmara
se seguem desordens e confusões na passagem do dinheiro
que produzem, a qual sempre deve incorporar-se na Fazenda
— 43 —

e os ofi-
Real donde se faz a despesa para que é consignado,
tirar uti-
ciais da Câmara não devem da dita administração
des-
lidade, mas porque é provável que fiquem com alguma
Ma-
consolação por se lhes tirar esta intendência, pode Vossa
iestade ser servido suavisar-lha mandando-lhes escrever que
na
atendendo ao trabalho que eles têm desnecessariamente
utili-
administração destes contratos de que lhes não tocam
dades e sendo as suas obrigações mais precisas aplicarem-se
ao governo econômico daquela cidade aonde Vossa Majestade
hoje tem oficiais da Câmara do trabalho da administração
destes contratos e ordenar aos da Fazenda que daqui por
diante os administrem na mesma forma que já administram
de novem-
outros da mesma natureza. Lisboa Ocidental, 12
Metelo.
bro de 1729. Costa. Abreu. Souza. Varges. Galvão.
Resolução
1731.
Como parece. Lisboa ocidental, 20 de fevereiro de
Rei.

Satisfaz-se ao que Sua Majestade or-


dena na consulta inclusa sobre a queixa
de No-
que faz Dom Manuel Henriques
ronha, comandante da frota que veio do
Rio de Janeiro, do procedimento com que
o governador daquela capitania o mandou
e cartas que se
prender e vai a consulta
acusam.
sobre
Pela resolução posta à margem da consulta inclusa
co-
a queixa que faz Dom Manuel Henriques de Noronha,
mandante da frota que veio do Rio de Janeiro do despotico
capitania Luis
procedimento com que o governador daquela ser-
Vahia Monteiro o mandou prender, é Vossa Majestade
o
vido que com as cartas inclusas do dito governador torne
sobre
Conselho a consultar interpondo também o seu parecer
o que pergunta o mesmo governador.
se
E para se satisfazer ao que Vossa Majestade ordena
deu de tudo vista ao procurador da Coroa, o qual respondeu.
44

lá vão
Que lôdas as questões que êste governador alterca
topar na natural desconfiança de que se lhe falta ao respeito
e para dar a conhecer a sua superioridade sem justa causa
mandou prender ao comandante da frota, porque da ordem
fragatas
geral que havia dado de ninguém subir a bordo das
se não seguiu prejuízo algum à Fazenda Real, e dando-se-lhe
longe
parte queriam ir os oficiais da alfândega não estava tão
que se lhe não desse essa parte sem detrimento, e quando êle
as não excetuasse então seria culpável a tal ordem o que para
evitar estas semelhantes dúvidas se deve ordenar que os cabos
das frotas não ponham impedimento a entrarem nas fraga-
Ias e visitá-las quaisquer oficiais da arrecadação da Fazenda
Real ou de Justiça, enquanto estiverem no porto, e tanto que
chegarem por escrito digam ao governador o tempo que con-
forme as ordens que levam se hão de demorar nele sem lhe
exibirem o regimento que levam, e que toda a infantaria es
teja às ordens do governador da praça e que o mais que o
governador é alheio do caso.
Pareceu ao Conselho que as cartas que do governador
do Rio de Janeiro não contem matéria; porque deva alterar-se
o parecer da consulta de 12 de dezembro do ano passado,
antes pelas cópias dos que remete, escritas ao comandante
da frota Dom Manuel Henriques de Noronha, merece que
Vossa Majestade se sirva de o mandar também repreender aspe-
ramente pois se serve nelas de termos e de palavras sumamente
imoderadas de que não devem usar os governadores quando
escrevem aos oficiais seus subalternos, podendo seguir-se de
semelhantes excessos conseqüências mui danosas ao serviço
de Vossa Majestade, no caso que não encontre aquela aspe-
reza de termos um oficial mui cheio de prudência e modera-
ção; nem a resolução de Vossa Majestade de 31 de março de
1720 favorece o procedimento do governador que só poderia
justificar-se quando depois de se haver dado parte ao coman-
dante achassem os oficiais da alfândega impedimento qne
lhes embaraçasse a diligência, a qual não devia fazer-se em
a nau sem se participar ao comandante dela.
N. B. Não tinha data.
— 45 —

Os oficiais da Câmara do Rio dc Ja-


neiro pedem se lhes prorroguem a graça
de não serem executados os lavradores e
senhores de engenhos em suas fábricas
por tempo de mais seis anos.

Os oficiais da Câmara da cidade de São Sebastião do Rio


de Janeiro, em carta de 26 de agosto do ano passado, repre-
sentam a Vossa Majestade que a mercê que Vossa Majestade
foi servido conceder aos lavradores e senhores de engenhos
daquela capitania, para não se lhes fazer execução nas fábri-
cas de seus engenhos e só sim no rendimento deles foi causa
de se terem conservado alguns dos engenhos referidos, porém,
depois que se finalizaram os últimos seis anos que Vossa Ma-
cópia me
jestade foi servido conceder pela provisão (cuja
remetiam) estão os ditos senhores de engenho, e lavradores
os seus engenhos
postos em consternação de desfabricarem
e ficar aquela capitania destituída dos que nela ainda exis-
tem, porque muitas vezes por paixões particulares e por
menos sofrimentos ou demasiada ambição dos que contraem
dívidas com os tais senhores de engenho se fazem execuções
nas suas fábricas e ficam incapacitados para poderem moer,
e Vossa Majestade conseqüentemente prejudicado nos seus
dízimos reais, e a dita capitania empobrecida, ao mesmo
tempo que de rendimento dos mesmos engenhos se podem
nem
pagar os credores dos danos deles, sem terem prejuízo
causarem a destruição da ruína que fazem com as tais exe-
cuções e para se evitarem estas, e ficar omitido o prejuízo
seja servido
que delas se segue, pediam a Vossa Majestade
anos ou
prorrogar-lhes o tempo da provisão por outros seis
mandar que se estabeleça esta como lei; pois é o único meio
da dita
que se considera para a conservação dos engenhos
capitania e se reedificarem outros que se acham destruídos e
se fabricarem de novo muitos no que se segue grande aumento
à mesma capitania e igual utilidade da Fazenda de Vossa
Majestade.
E dando-se vista ao procurador da Fazenda respondeu que
se fizesse justiça.
— 46 —

E sendo também ouvido prorrogar a graça conteúda no


alvará que juntaram por outros seis anos.
os
Pareceu ao Conselho que visto o que representam
do Rio de Ja-
oficiais da Câmara da cidade de São Sebastião
Fazenda e
neiro e o que responderam os procuradores da
bem
Coroa, em seu requerimento, haja Vossa Majestade por
seis
de mandar prorrogar-lhes a graça que pedem por outros
às
anos, atendendo a que esta mesma graça se tem permitido
serviço
mais Câmaras do Estado do Brasil por benefício do
de Vossa Majestade e utilidade comum dos seus vassalos.
Lisboa Ocidental, 18 de fevereiro de 1730. Costa. Abreu.
Souza. Varges. Metelo.
Resolução

Como parece. Lisboa Ocidental, 23 de março de 1730. Rei.

Sobre as contas que dá o governador


do Rio de Janeiro a respeito da fraude que
cometem os capitães e mestres dos navios
do Porto que navegam para aquela capi-
tania levando neles um excessivo número
de gente, contra as ordens de Sua Majes-
tade, e vão as cópias das cartas e mais
papéis que se acusam.

O governador do Rio de Janeiro, Luís Vahia Monteiro,


em carta de 12 de março deste presente ano (cuja cópia com
esta sobe às reais mãos de Vossa Majestade) dá conta das frau-
des que cometem os capitães e mestres dos navios do Porto
m que navegam para aquela capitania fiados nos senhorios deles,
em levarem nos tais navios um excessivo número de gente
assim para a mesma capitania, como para as mais do Estado
do Brasil, contra as ordens de Vossa Majestade, a qual carta
sendo vista neste Conselho se ordenou ao desembargador
Francisco Luís da Cunha de Ataide, chanceler da Relação do
Porto, remetendo-se-lhe a cópia da mesma carta e mais do-
47

cumentos de que se acompanhava procurasse examinar ali


com a mais exata diligência e com o mais eficaz cuidado as
fraudes que apontava o dito governador do excessivo número
de gente que vai nos navios que daquele porto saem para o
da dita capitania e as mais do Brasil, examinando na sua volta
aquela cidade se inteiramente satisfizeram as ordens de Vossa
Majestade averiguando a culpa dos mestres e da pessoa
número de passageiros
que faz as listas se vão nelas maior
dos que se matricularam e do que nisto obrasse desse infali-
velmente conta para Vossa Majestade mandar neste parti-
cular a providência conveniente e se evitarem os enganos que.
nesta parte se arguem a que satisfez o dito ministro, com o
cpie consta da sua carta, cuja cópia com esta se envia à sobe-
rana presença de Vcssa Majestade.
E dando-se vista de tudo ao procurador da Coroa, res-
a Vossa Majestade o que
pondeu que se devia representar
informa o chanceler da Belação do Porto para que haja por
bem ordenar que o chanceler examine as listas da gente da
os
marcação das maiorias e possa impedir o não se alistarem
homens que não exercitam esta arte, ou expeça muito aper-
tadas ordens ao superintendente que se não alistem os que
não forem marinheiros e constando o contrário ser suspenso
do cargo e ter o mais procedimento com êle que lhe parecer
justo.
da
Pareceu ao Conselho o mesmo que ao procurador
Coroa.
Lisboa Ocidental, 17 de dezembro de 1729.

Os oficiais da Câmara do Rio de Ja*


neiro representam a grande necessidade
moeda provin-
que há naquela capitania de
ciai, pedindo-se-lhe dê providência nesta
matéria e vai a cópia da carta e a outra
carta que se acusa.
Rio
Os oficiais da Câmara da cidade de São Sebastião do
de Janeiro, em carta de 17 de agosto do ano passado, repre-
— 48

tem che-
sentam a Vossa Majestade o miserável estado a que
falta de moeda provincial que nela
gado aquela capitania e a tinham
há os obriga a repetir a conta que seus antecessores já
dado o ano antecedente sôbre a mesma matéria, pedindo
novamente a Vossa Majestade queira por sua real grandeza
da
dar providência nos gravíssimos danos que se seguem
cidade
falta de moeda provincial mandando fabricar naquela
ano,
meio milhão desta moeda ou cem mil cruzados dela cada
até se suprir a total falta que da tal moeda se experimenta,
for
ou dar Vossa Majestade nesta parte a providência que
mais do seu real agrado e serviço.
ante-
Com a referida carta enviaram cópia da de seus
ocasião
cessores de que fazem menção e também com esta
Olinda
se viu outra carta dos oficiais da Câmara da cidade de
de 22 de junho do ano passado, em que representam a grande
de
necessidade que há naquela capitania de Pernambuco
moeda provincial que tudo sobe às reais mãos de Vossa
Majestade.
Pareceu ao Conselho com a ocasião desta representação
dos oficiais da Câmara do Rio de Janeiro, lembrar a Vossa
Majestade a consulta que se lhe há feito em sete de maio de
1728, a qual até ao presente não baixou respondida, sendo
matéria de muita importância, representando a Vossa Majes-
tade que esta súplica da Câmara do Rio de Janeiro se faz aten-
dível pela grande necessidade que há desta moeda, e ânsia
com que aqueles povos imploram a Vossa Majestade esta
providência.
Lisboa Ocidental, 18 de abril de 1730. Costa. Abreu.
Varges. Metelo.
49

O ouvidor do Rio de Janeiro o


desembargador Manuel da Costa Mimoso,
responde à ordem que lhe foi respeito de
informar na representação dos oficiais dc
Câmara daquela cidade, em que preten-
dem se lhes leve em conta a despesa que
fazem com os ordenados do escrivão da
Câmara e porteiro, guarda-livros, e vão as
certidões que se acusam.

Os oficiais da Câmara da cidade de São Sebastião do Rio


de Janeiro em carta de 26 de agosto do ano de 1728, repre-
sentaram em como nas contas que o ouvidor geral daquela
capitania, o desembargador Manuel da Costa Mimoso lhes
tomara da receita e despesa dos bens do dito Conselho, decla-
rara que levara em conta 85$ ao porteiro da mesma Câmara
a saber 24$ de ordenado e guarda-livros e 40$ cie cobrador das
rendas do mesmo Conselho com obrigação de se mostrar
provisão por que Vossa Majestade fosse servido aprovar os
tais ordenados e porque esta despesa era muito antiga, e com
o referido ordenado fora provido o dito ofício de escrivão
da Câmara de propriedade em Julião Rangel de Souza e
Velho, e depois seu filho do mesmo nome, sendo tão limitado
que muito mal se satisfazia o grande trabalho que tem de
escrivão da Câmara e da mesma sorte fora proprietário com
lã o ordenado do sobredito João Batista Bibeiro no ofício de
porteiro e guarda-livros e cobrador das rendas do Conselho,
pagando-se sempre um e outro ordenado pelos bens dêle
sem dúvida alguma em contrário, nem a contradizerem nunca
os corregedores antecessores pedindo por esta razão não se
inovasse coisa alguma nos pagamentos e que estes se façam
como antigamente.
E ordenando-se por provisão de 10 de fevereiro de 1729
ao dito ministro informasse com seu parecer, satisfez era
carta de 25 de agosto do mesmo ano, informando nela que a
sua dúvida era fundada na lei do Beino, e a pretensão dos ofi-
ciais da Câmara em que justificam suas razões com os livros
da Câmara, e se mostra das inclusas e como estes oficiais não
— 50 —

ordenado e a ambos tem trabalho, e o estilo obser-


.ftm outro a pre-
favorece, lhe parece rac.onavel
vldld^-se-lhes os
,CnS
da Fazenda respondeu
E danttc vista ao procurador
^iríSU, que atendendo Vossa Majes.de à
do Rio de
oficiais da Câmara
renresentação que fazem os
o ouvidor geral da dita capitania
Janei o e o que informa da
ao esúlo e cm que se acham de se dar ao escrivão
e posse
dita cidade o ordenado de 85» e ao porteiro nela
Câmara da
se lhe leve em conta a dita despesa
6« haja por bem de que
Ocidental, 25 de maro de Í.M.
cio Tes requerem. Lisboa
Costa. Varges. Galvão. Metelo.

Resolução

9 de agosto de 1730. Rei.


Como parece. Lisboa Ocidental,

O provedor da Casa da Moeda do Rio


o
de Janeiro dá conta da forma com que
ordem
fundidor Antônio Carvalho, que por as
de Sua Majestade foi desta corte, fêz
vão os papéis que
fundições do ouro, e
se acusam.

da Moeda da
João da Costa de Matos, o provedor da Casa
em carta de 23 cie
cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro,
a Vossa Majestade em como
julho do ano passado, dá conta
Carvalho,
naquela frota fora desta cidade Antônio
de^dor
Estado
de ouro e lhe apresentara uma caria do secretário
mandá-lo para
em que lhe dizia era Vossa Majestade servido
exame de eli-
aquela Casa da Moeda e na das minas fazer
como também
ciência, com o que nela se achara solimão
observar se nas sobreditas casas se funde e adoça o
para
e como o ligam,
ouro da mesma forma que na desta cidade,
e que logo em observan-
para que fique na lei de 22 quilates,
Antônio Carva-
cia da dita ordem mandara ao dito fundidor
51 —

lho que fosse àquela Casa da Moeda toda a hora em que qui-
sesse fazer os ditos exames, para o que lhe mandará também
capitania por lhe ser recomen-
portaria o governador daquela
dada a mesma diligência a que dera cumprimento, mandando
forma com que naquela casa se
preparar dez fundições pela fundir
costuma fundir, para o dito fundidor as fundir, ou ver
em presença do mesmo governador que na tal experiência.
fundidor
se queria achar, e com efeito viu fundir duas pelo
se
daquela casa e sendo perguntado pelo dito governador
sobre
tinha o que emendar nas ditas fundições alguma coisa
não
o particular das ligas e suprimentos, respondeu que disso
supri-
entendia pois na casa desta cidade o ligar e o botar

mentes só pertencia aos ensaiadores, e por sua obrigação
fazer,
corria o fundi-las e deitar-lhes o solimão, o que queria
o
mas sendo as fundições de 15 até 16 marcos ele ouro para
a seu modo, o que visto
que também queria fazer uma forja se lhe
assentou com o dito governador que feita a dita forja
da quantidade ele marcos
preparassem outras dez fundições
como costumava, o que
que êle pedia, para que os fundisse dos
se fêz e as fundiu com a despesa a quebra que constava
o
termos ejue remetia Vossa Majestade para que determine
suposto que pela
que lhe parecer mais conveniente; porque mais
forma que se funde naquela Casa da Moeda se gaste
do
solimão, interessa Vossa Majestade mais da terça parte
de não haver quebra
gasto do que pela outra se fazem respeito doce
ali naquelas fundições e juntamente ficar o ouro muito
no que o dito An-
para o lavrar, o que se não experimentou do
tônio de Carvalho fundiu, pois toda a doçura dele pende
solimão com que se funde.
respondeu
E dando-se vista ao procurador da Fazenda
aos ensaia-
que se devia mandar informar com seu parecer dela,
dores das casas ela moeda, desta corte ou ao provedor
do
ouvindo-os e fazendo-se aviso ao dito provedor, por parte
dito
secretário dêste Conselho, satisfizesse ao que requeria o
carta que com esta
procurador da Fazenda, respondeu com a
se envia também à soberana presença de Vossa Majestaele
E tornando-se a dar vista ao dito procurador da Fazenda,
mais
respondeu que com a fundição que se faz nas minas seja
52
o
Real e o ouro fique mais apto para se obrar,
Mil á Fazenda com a
lhe parece se deve mandar continuar
:Òm mTdoçura
mesma forma de fundir.
na real presença de Vossa Ma-
Parece ao Conselho pôr
• « ZTl carta do"taprovedor da Casa da Moeda do Rio de
Majestade
Z ct J o da C Matos, e que quando Vossa
tomado resolução nesta matéria, se conforma o
nSTnh a e
Moeda destas cidades, enquanto
provedor da Casa -Ia
na forma que se pratica na oo
tal"',, as fundições do ouro
Rio de Janeiro.
de 1730. Abreu. Azevedo.
Lisboa Ocidental, 27 de julho
Souza. Varges. Galvão. Metelo.

Ja-
Os oficiais da Câmara do Rio de
neiro dão conta da vexação dos povos
no
daquela capitania que experimentam
Luis
modo com que o governador dela,
Vahia Monteiro, se houve na arrecadação
ca-
do donativo que fêz para os felizes
e As-
samentos dos príncipes do Brasil
acusa.
turias; e vai a carta e termo que se

São Sebastião do
Os oficiais da Câmara da cidade de
15 de fevereiro deste ano
Rio de Janeiro, pela carta inclusa de
os povos daque a
dão conta a Vossa Majestade da vexação que
o governador dela
capitania experimentam no modo com que
assentar a promessa
Luís Vahia Monteiro, se houve para se
de que adiií-
e meios para o donativo dos felizes casamentos
do mesmo do-
teradas as ordens de Vossa Majestade acerca
finta que
nativo padeciam a mais rigorosa e desnecessária
com a sua carta as copias do
podiam experimentar enviando os cobradores
termo da razão que deram a seus antecessores
o qual com esta
do lançamento para o não terem concluído,
seja ser-
sobe às reais mãos de Vossa Majestade, pedindo-lhe
dito donativo com
vido ordenar se faça a arrecadação do
o produto dele cada
toda a exação remetendo-se infalivelmente
53 —

ano, e se não façam lançamentos ao povo fintando-a pois


não tem detrimento e prejuízo o donativo, porque com durar
este mais seis meses ou um ano por espaço determinado para
complemento do mesmo donativo, se evitam fintas, lágrimas
e clamores no povo.
E dando-se vista da dila carta ao procurador da Fazenda,
respondeu que sobre o particular desta cobrança não pode
haver violência, que se não oponha à real mente de Vossa
Majestade, e assim parecia que à sua real presença deve subir
esla representação para que Vossa Majestade se sirva orde-
nar ao governador se abstenha de tudo o que for instrução,
cuidando só em que com suavidade.
Pareceu ao Conselho o mesmo que ao procurador da
Fazenda.
Lisboa Ocidental, 2 de setembro de 1730. Abreu. Souza.
Varges. Metelo.

Resolução

O Conselho mande ouvir o governador sôbre o que a


Câmara deduz, ordenando-lhe que entretanto continue na
cobrança do donativo, com moderação e sem violência.
Lisboa Ocidental, 20 de fevereiro de 1731. Rei.

Os oficiais da Câmara do Rio de Ja-


neiro se queixam do governador atual os
mandar chamar a palácio para conferir
negócios que se devem tratar em Câmara;
e vai a cópia que se acusa.

Os oficiais da Câmara da cidade de São Sebastião do Rio


de Janeiro, em carta de 18 de fevereiro deste presente ano,
deram conta a Vossa Majestade em como com o pretexto do
serviço de Vossa Majestade se fazem naquela capitania as
maiores hostilidades, vexações e injustiças que podem expe-
rimentar aqueles vassalos, igualando a êste clamoroso dano
a lástima de não ter Vossa Majestade a mínima notícia do me-
— 54 —

„tQ,n Posem muitas


«pus novos
seus ^ .^ vezes;
expenm ntam
oor prejuízo que
de justiça, pr os of,_
poderem os ministrosopo^ as eed^
dir o procedimento ^ ^^ ^
naquele senauu calarem
ciais que servem repul hca PO^alare, os exces-
dano de uma
não falarem no
sos de um U
a ™ped
^^^VZL^ue
cia se encaminham contradição

a interesse público queria


Zr nem senhor ha de ser" que pelo e muitas vezes a propm
ZXZ sins bens, a sua qnietação logo o merecem dos
^d ficando com o labéu de regulo que as suas atrocidades
n tdiado es os que não concorrem para
duvidar que por
Jiio lestas causas; porque não podiamcomo
motivo, só dá um governador coutas quer e sem
l
a experiênciai mo ha
Contradição sendo vcrossimel pelo que a
vão estas tão cheias de falsidades e maquinas como dev
q„e verade.ras, e so en
vir compostos de expressões que fazem e como atento,,a
caminhadas ao serviço de Vossa Majestade
da Câmara gia
êste serviço e ao de Deus faziam eles oficiais
exemplo de não procurarem os "« ""* *
vissimo
se fazem aquele
fácil de evitarem as descomposturas que
a^ Vossa Majestade
Senado, sendo-lhes preciso dar conta ^
dos^oficrais
todas as vezes que o governador por desafe.cao
meorporado manda*
da Câmara quer descompor no Senado
de Vossa Majestade
do-o chamar com o pretexto do serviço
daquela cidade es
depois de o ter nas salas vagas do palácio alares eso
candalosamente entra a falar em matérias Paf Vossa Majes
de
f isticas, e muitas vezes tão opostas ao serviço sucedeu como
como
tade e ao bom regimento da república
que fazendo o mesmo chamamento em
atUal governador
e mdo os oficia*
nome de Vossa Majestade aquele Senado,
desatençao na sala
dele a sua casa os teve de propósito com
55

rasa, e ao depois entrou a falar em coisas particulares tão di-


versas do serviço como nas esperadas de pessoa que tem a
seu cargo uma terra como hoje se acha aquela, fazendo-se
advogado de um Rento Pereira Rarbosa, e um algibebe seu
favorecido e querendo que aquele Senado os isentasse do
serviço e misteres da república, principalmente ao algibebe,
a favor do qual deu um tão imperioso e impraticável desprezo
como se via da cópia dele que enviaram, posto em um reque-
rimento do tal algibebe sugerido pelo mesmo governador do
não contente de se lhe ter
que também remeteram a cópia e
respondido que se o algibebe tinha as isenções que queria de
lhes não dar o Senado podia agravar para o corregedor da
comarca ou usar dos meios ordinários, entrou a alterar vozes
descompostas e com tão imprudente desconcerto, que respei-
tando aquele Senado na pessoa do dito governador a autori-
dade do seu cargo, e a veneração que devem como mais hu-
mildades e leais vassalos de Vossa Majestade, se houve o
mesmo Senado com nímia submissão, vendo-se desautorizado
e descomposto com o pretexto do serviço de Vossa Majestade
e poder do cargo de governador; e porque isto poderá acon-
tecer mais vezes e sempre sucede quando o governador tem
mesmo motivo fazem
queixas de algum vereador e por este
as que servem naquele Senado de dar as contas a Vossa Ma-
menos
jesta de que não devem omitir por abreviarem quando a
a servem descompostos pela forma que tinham exposto
o
Vossa Majestade e pròximamente se experimentou com
escândalo daquele povo tão sensível, que foi preciso negar
aos cidadãos e pessoas da governança da república o excesso
do governador e porque não se poderá oferecer negócio de
maior importância do que foi o donativo real, a qual reco-
na
nheceu o governador era preciso ir ajustar e conferir
Câmara e também não se possam fazer fora dela os assentos
necessários e seja contra a lei sairem dela os livros^ conse-
os acórdãos fora
qüentemente escrever o escrivão da Câmara os
da mesma Câmara aonde é muito necessário fazerem-se
assentos que com o Senado fazem os governadores e povo,
seja ser-
pediam com o maior rendimento a Vossa Majestade
vido mandar que os governadores quando tiverem negócios
— 56 —

na Câmara aonde
i rvirn de Vossa Majestade os vão tratar dos
f LÍo
'Te do ctue neles se assentar para com a cópia
SE ' com toda a forma-
dar coita a Vossa Majestade
o mesmo que se observou na
HdT devida
hdadt Gevioa, pTaticando-se
i asaentar o povo o computo
—r com I
inn,ortante ocasião de se ^ ^ ^
havia de prometer governador
que

STJStSZa, po8r entender que precisamente


ris 1 necessário e se como este, \ai o &u
Maiestade de tanta importância^^^^^J^T.
tratá-lo a Câmara e escusado
«reconhece ser preciso
forem de menos suposição
C os oficiais dela para os que
tratar por cartas, as quais
ncasa do governador podeudo-os
respondem com prudencial acordo, e evitem com a «ta
eles
estragando ainda aquela
a ua La o serem descompostos
por^ serem
tenl que se lhes deve ter como particulares
tiveram e tem por ant
muitos filhos e netos de pessoas que
dc Vossa Majes-
Idade os foros de maior graduação da casa
todas da primeira nobreza daquela capitania, e
tade e pessoas
da Câmara o mesmo
o , <ue mais é que temendo os oficiais
todos os meios na adu-
que agora experimentam cuidam por ao serviço de Deu,
lacão e lisonja dos governadores, faltando
dando ocasião a que
e de Vossa Majestade e da república desta carta,
suceda o mesmo que fica ponderado no princípio
a providencia que
esperando de Vossa Majestade mande dar
for mais do seu real agrado e serviço. com
Apresentaram a cópia de que fazem menção que
esta sobe às reais mãos de Vossa Majestade.
respondeu que
E dando-se vista ao procurador da Coroa
do Rio de Janeiro
esta queixa justa dos oficiais da Câmara
seja servido
se deve representar a Vossa Majestade para que
a sua casa, mas
mandar-lhe estranhar o excesso de chamar
havendo negócio do serviço de Vossa Majestade como
que
Câmara.
que os oficiais dela a casa da cia
Pareceu ao Conselho o mesmo que ao procurador
Rio de Janeiro,
Coroa, acrescentando que ao governador do
em chamar os
Luís Vânia Monteiro, não só se deve estranhar
nao era do
oficiais da Câmara a sua casa para negócio que
— oi —

mas também a portaria que pas-


serviço de Vossa Majestade,
imperial e com tanta superio-
sou para a mesma Câmara tão
aos atixiliares os seus pri-
ridade sobre se haver de guardar
lhe não competia
viléo-ios abusando de uma jurisdição que
fizesse observar o seu pri-
e que quando esta parte lhe requereu
cumprir que o meio de
vilégio que a Câmara lhe não queria
agravar dela para o juízo competente.
que devia usar era
1730. Costa. Abreu.
Lisboa Ocidental, 13 de setembro tle
Azevedo. Varges. Metelo.

O provedor da Fazenda Real da capi-


tania do Rio de Janeiro responde, a ordem
na represen-
que lhe (oi para informar de
tação dos oficiais da Câmara da cidade
Cabo Frio em que pedem se lhes mande
vai a
reedificar a igreja matriz dela, e
informação e papel que se acusa.

ao provedor da Fa-
Ordenando-se pela provisão inclusa
Bartolomeu de Si-
zenda Real da capitania do Rio de Janeiro
com seu parecer na representa-
queira Cordovil, informasse este Conselho os o
-
cão que fizeram a Vossa Majestade por
sobre a ruma era que
ciais da Câmara da cidade de Cabo Frio
e totalmente fala
Se achava a igreja matriz da mesma cidade
a Nossa
de todo o necessário para o culto divino, pedindo o
ser povo
Majestade fosse servido mandá-la reedificar por
outrossim ao
tão pobre que a não podia reparar, mandando-se
o estado em que e
mesmo provedor da Fazenda deelara-se
a obra dela, e que
achava a dita igreja, e o que poderia custar
este efeito ao governador daquela capitania man-
para pedisse satisfezcom
dasse pelos engenheiros dela para ir desenha-la, envia do
a sua resposta escrita à margem da dita provisão,
Chaves, que tudo
o papel feito pelo engenheiro Pedro Gomes
com esta sobe às reais mãos ele Vossa Majestade.
respondeu
E dando-se vista ao procurador da Fazenda,
engenheiro se iizesse justiça.
que na forma da informação do
— 58 —

digno da real piedade


Ao Conselho parece que será mui
do engenheiro Pedro
de Vossa Majestade visto a informação
esmola de um conto de
Gomes Chaves, de mandar dar uma
imagem de Nossa Se-
réis para se fabricar uma capela desta
despesa seja administrada
nhora, dentro daquela igreja, cuja
do Rio de Janeiro, a quem se
pelo provedor da Fazenda Real
capela não exceda a es-
deve ordenar que a fábrica da dita
mola de um conto de réis.
Costa. Abreu.
Lisboa Ocidental, 4 de novembro de 1730.
Souza. Varges. Galvão.

Resolução
de 1731,
Como parecei. Lisboa Ocidental, 15 de janeiro
Rei.

O ouvidor geral do Rio de Janeiro


dá conta da devassa que lhe ordenou ti-
rasse do procedimento do coronel Jorge
Pedrosa de Souza e o que dela resultou,
e vão os documentos que se acusam.

O ouvidor geral da capitania do Rio de Janeiro Manuel



da Costa Mimoso, em carta de 14 de junho deste ano,
Ma-
conta a Vossa Majestade por êste Conselho de que Vossa
vila de Parati e
jestade fora servido ordenar-lhe passasse à
nela tirasse devassa do procedimento do Coronel Jorge Pe-
drosa de Souza, pelos capítulos inclusos e procedesse justo
e que em observância desta ordem procedera a devassa refe-
rida de que a seu ver se prova o dôlo e falsidade com que
o
fora capitulado e lhe parecia dela não resulta culpa que
e
obrigue a livramento assim o pronunciara por despacho,
fizera aviso ao governador para o mandar soltar de que
dava conta a Vossa Majestade com o traslado da mesma
devassa.
E porque no duodécimo capítulo se fazia menção da for-
malidade com que se procedera nas partilhas do coronel Lou-
— 59 —

Jorge Pedrosa, e por obri-


renco Carvalho, antecessor do dito
ocupava naquela
aJão do cargo de provedor da Câmara que
inventário em que proveu o
capitania entrara a examinar o
na certidão inclusa que
cue a Vossa Majestade seria presente
de Vossa Majestade.
tudo com esta sobe às reais mãos de dar a sua
E porque os juizes ordinários são incapazes
não é permitido aos pro-
execução e fatura de inventários
Majestade por evitar qual-
curadores sem provisão de Vossa
aqueles orçam estão expen-
quer nulidade e o prejuízo que
Vossa Majestade manda-
reatando lhe parecia justo que
em pratica o referido
no ouvidor que lhe sucedesse ponha se
e o mais que êle alcançasse nele, e entender
provimento, exporta-la compe-
La preciso por direito, assinando-se-lhe ha de fazer mfa-
se lhe
Lntemente ao trabalho e despesa que
livel nesta diligência.
da Coroa, respon-
De que dando-se vista ao procurador
o provedor da Câmara
deu que se devia expedir provisão para
executando o provi-
fazer de novo o inventário e partilha,
há que prover, visto cons-
mento incluso, e que no mais não
contra o coronel
tar serem caluniosos os capítulos oferecidos
ao governador
.lorge Pedrosa de Souza, e se devia ordenar
mandasse soltar. ,da
o mesmo que ao procurador
Ao Conselho parece
de fazer esla part lha
Coroa, e que ao ministro que houver
lugar de exportá-las quinhentos m.l ms, visto a jor
passe o
há de ter na dita par
nada que deve fazer, e o trabalho que
solte este preso.
tilha e se escreva ao governador que
1730. Costa. Abreu.
Lisboa Ocidental, 4 de novembro de
Azevedo. Souza. Galvão.

Resolução
de 1731. Rei.
ie. Lisboa Ocidental, 15 de março
Como parece
— 60

Os oficiais da Câmara do Rio de Ja-


neiro representam a suma necessidade com
se acha de moeda
que aquela capitania
cópia da consulta que
provincial, e vai a
se acusa.

do Rio
Os oficiais da Câmara da cidade de São Sebastião
ano repre-
de Janeiro, em carta de 28 de junho deste presente
a que tem che-
sentam a Vossa Majestade a suma necessidade
falta de moeda provincial
gado aquela capitania pela grande
circunstâncias obriga a pedi-
que há nela, cujas prejudiciais
fabricar naquela
rem a Vossa Majestade seja servido mandar
cem mil cru-
cidade meio milhão da dita moeda ao menos
falta que se expen-
zados dela cm cada ano, até se suprir a
tinham repre-
mente, a qual já os oficiais da Câmara passada
o faziam,
sentado a Vossa Majestade e lhes agora novamente
servido aten-
esperando da grandeza de Vossa Majestade seja
der a tão justificada súplica.
E dando-se vista ao provedor da Fazenda respondeu que
se
êste regimento estava afeito a Vossa Majestade a quem
se-
devia fazer presente esta representação, para lhes deferir
gundo lhe parecer mais justo.
Ao Conselho parece que Vossa Majestade seja servido

tomar a resolução na consulta que sobre esta matéria se
feito a Vossa Majestade em 18 de abril deste mesmo ano, cuja
cópia com esta sobe às reais mãos de Vossa Majestade; pois
em que
pela repetição destas súplicas se vê a necessidade
aqueles povos se acham de moeda provincial. Lisboa Oci-
dental, em 6 de novembro de 1730. Costa. Abreu. Souza.
Varges. Galvão.
— 61 —

O governador do Rio de Janeiro, Luís


Vahia Monteiro, responde à ordem que
lhe foi sobre veados particulares pertencen-
tes à obra do aqueduto da água do Ca-
rioca; e vai a carta e mais papéis que se
acusam.

Luís
Ordenando-se ao governador do Rio de Janeiro,
daquela cidade fi-
Vahia Monteiro que mandasse a Câmara
mais principais, e capa-
zesse eleição de um dos cidadãos dos
do aqueduto da
zes que fôsse superintendente e conservador
•ígua do Carioca, ficando sem exercício até que desse conta à
Majestade que infor-
Câmara e fôsse confirmada por Vossa
consignar para con-
masse assim da consignação que se deve
orde-
.ervação do dito aqueduto, como também do moderado
responde em carta
nado que se deve dar ao superintendente,
recebera esta real
de 12 de junho deste ano, que logo que
como nela se
ordem de Vossa Majestade a mandou executar
um cidadão para
contém e ordenando a Câmara que elegesse
do Carioca e dizen-
ser conservador do aqueduto da água
os homens que cos-
do-lhe que para esta eleição convocassem
os oficiais da La-
tumam andar na governança receando que
sua facção lhe pedi-
mara só por si fariam de algum movei da
não mandou assim
ram a ordem de Vossa Majestade que lhe
das ordens que Vossa Majestade
por se não sujeitar ao exame
circunstancia de um
lhe manda, como para que não vissem a
a eleição de um
moderado ordenado que poderia prejudicar
lha nao mandou
sujeito capaz e tornando a pedir a ordem
cartas, e respostas
como tudo Vossa Majestade verá das suas
do que lhe nao
dele governador, de que remetia cópia depois
ou nao a
deram mais parte alguma nem sabia se fizeram
dita eleição.
se
E enquanto ao ordenado, entende que o mesmo que
duzentos mil
deve dar a quem tiver cuidado da dita obra são
conservar a
réis por ano, e pelo que toca à consignação para
certo
obra e ela é de qualidade que se não pode fazer juízo
ora se gasta na um-
para a despesa dos seus reparos, e por
a água se aparta mais
peza dos canos, vigia do reparo onde
_ 62

do chafariz, cento e cinqüenta


do rio de onde se tirou, e vigia
éis e nm soldado escusado serviço vencendo o soldo, com
mq
somente aquele povo estava satisfeito para a v.g.a da
r„ua
remediar as pendências dos negros na tomada dela;
IZe
ao provedor da Fazenda Rea
no ch faS, como ordenava se via da copia
1 o de setembro do ano passado, como
o provedor não tinha executado,
da por ari inclusa, a qual
ente o soldado cuida com efeito da água como lhe orde-
o som
Vossa Majestade se.scen-
nZe lhe parecia que consignando com decla-
«Trocada
'cão ano, bastarão para aqueles reparos,
réis se pague o orde-
orem que dos ditos seiscentos mil
dos canos como
nado a despesa daqueles vigias, e limpeza
em cofre e se conserve para
se pratica e que o resto se meta
acontecer; porque
reparo dc alguma ruina maior que possa
este preço se
suposto tenha havido alguns sujeitos que por
contrato enganoso porque
obrigavam a sua conservação era
de anos quando
depois de levantar o estipêndio uns poucos
a obra com água
os canos estivessem já corruptos, entregaria
a despesa com dez
corrente, e depois seria necessário fazer
todos os canos.
ou doze mil cruzados, no reparo geral de
inclusa de li de
Com esta ocasião se viu também a carta
a Vossa Majestade os oficiais
julho deste ano que escrevem
da Câmara do Rio de Janeiro, sobre êste particular.
res-
E dando-se de tudo vista ao procurador da Fazenda
na forma da informação do
pondeu que se fizesse justiça
em lha não mostrar, e
governador, que também fêz bem Majestade
mandar aos oficiais da Câmara a carta de Vossa
ministro
e vendo-a Vossa Majestade naquela capitania por
dizia,
seu, estarão obrigados a escrever o que em seu nome
fez
e lhes mandava, e pelo que respeita à nomeação que
apro-
na pessoa de Manuel Correia Vasques, entende se devia
se lhe
var, como também a quantia que para o seu ordenado
arbitra.
Fa-
Pareceu ao Conselho o mesmo que ao procurador da
zenda e informa o governador do Rio de Janeiro.
Lisboa Ocidental, 6 de novembro de 1730. Costa. Abreu.
Azevedo. Souza. Varges. Galvão.
63 —

O juiz de fora do Rio de Janeiro dá


conta da devassa que tirou a respeito da
moeda falsa que se dizia fazer naquela
cidade, queixando-se do governador lhe
não querer entregar um homem que tinha
lhe
preso em sua casa, donde fugiu, para
a
fazer algumas perguntas judiciais sobre
mesma devassa; e vão os documentos que
se acusam.

O juiz de fora do Rio de Janeiro, Inácio de Souza Jácome


em
Coutinho dá conta a Vossa Majestade por êsíe Conselho,
carta de 30 de junho deste presente ano, em como chegan-
moeda
do-lhe a notícia de que naquela cidade se dizia fazer-se
fa-
falsa ou se cunhavam barras de ouro com cunhos falsos,
saem da
zenclo-se com a mesma forma, c marcos com que
moeda
Casa da Moeda, e correm geralmente como a mesma
mandar fazer no seu dinheiro,
que Vossa Majestade é servido
e que em observância do seu regimento tirara devassa para
segundo as leis de Vossa
proceder contra os nela culpados,
Majestade, pelo que dela se justificara se lhe fizera preciso
Pereira de
entrar em perguntas judiciais com um Antônio
constara
Souza, e porque este também da referida diligência
Luis
se acha preso à ordem do governador da dita capitania
em
Vahia Monteiro e em prisão particular no mesmo palácio
lhe rogara que por serviço
que assiste o mesmo governador,
com toda a
de Vossa Majestade lhe quisesse remeter o preso
de
segurança e cautela, e um auto feito ele umas marcas
lhe
chumbo em forma de cunho que também se mostrava
Vossa
foram achadas em suas casas, praticando-lhe a lei de
nao
Majestade; porque se nesta matéria procedia a diligencia
ser pre-
sendo executada nos termos pelos mesmos prefixos e
de
ciso citar o mesmo preso pelo haver autuado pelo achado
de
uma armas curvas e proibido o uso delas pela lei novíssima
estava
29 de março de 1719, e que o segredo em que o preso
se não dizia violado, respondendo ao que lhe fosse pergun-
to-
tado na sua presença e dos escrivães do seu juízo a que
casse. Que tudo o referido constava da certidão que junta
— 64 —

respondeu nf.o
nos números 35 e 7 a que o dito governador
'ucrendo razão que dera nas
remeter-lhe o preso, fundado na
constavam da mesma cer-
sua cartas, cujas cópias também
8, a qua, com esta sobe as reais
üdSo nos números 4, 6 e
esperando o dito ministro
mãos de Vossa Majestade, e que
em que dizia se achava,
Z emetlsse concluída a diligência
mesma devassa e se ius di-
constava pelo progresso da
numero 9, que o dito preso
cava também pela dita certidão
o tinha o dito governador
ulaT árcere privado em que
sua diligência, e impedida a
i" „ue —va tear ilusória a
as leis de Vossa Majestade.
sua «ão, e sem observância
da Fazenda, respondeu
E dando- e vista ao procurador a
devia a este absoluto c soberbo
que se pedir tora, e orde
ao juiz de Remador
razão porque não mandou o preso deve tratar os
„ar edhe que dele dê conta e advertir-se-lhe
mais curialidade e atenção
nunistros de Vossa Majestade con,
tio que mostram as suas cartas.
ao procurador da
Pareceu ao Conselho o mesmo que
Vossa Majestade ser-
Fazenda acrescentando que não sendo
na primeira frota
vido mandar sucessor a este governador
de Janeiro, como o Conselho ja
que há de partir para o Rio
de 30 de janeiro
fêz presente a Vossa Majestade, em consulta
Majestade lhe
deste presente ano, se faz preciso que Vossa
o qual 101
mande estranhar severamente este procedimento
encarcerar
em tudo contra o que devia obrar, pois nem podia
ao juiz de tora,
ao réu em sua casa nem deixar de o remeter
lei que não só era obrigado
que lhe pedia em observância da ela se trans-
a guardar mas a fazer guardar quando visse que
e desordem com que
gredia, seguindo-se da irregularidade
de crime tão grave e pre-
procedeu à fuga de um diligente
indiciai à Fazenda de Vossa Majestade o que nao sucederia
destinadas
se o preso houvesse sido encarcerado nas prisões
segurança dos diligentes, e nelas podia estar em se-
para
exames e diligências neces-
gredo para se fazerem todos os caso deve
sárias para averiguação daquele delito e que deste
tomar conta na residência do dito governador.
Costa.
Lisboa Ocidental, em 3 de novembro de 1730.
Abreu. Varges. Galvão. Metelo.
— 65 —

Os oficiais da Câmara do Rio de Ja-


neiro, representam as vexações que pa-
decem aqueles moradores com se lhes to-
mar em as embarcações vindas do recôn-
cavo com suas famílias e mantimentos
com o pretexto de serem para o serviço
de Sua Majestade.

Os oficiais da Câmara da cidade de São Sebastião do Rio


de Janeiro em carta de 28 de junho deste ano dão conta a
Vossa Majestade em como eles são os mais leais e humildes
vassalos e que todas as violências que lhes fazem os gover-
nadores são com o pretexto do serviço de Vossa Majestade
clamem e se lastimem como
para que aqueles miseráveis não
tais tiranias, que
justamente devem fazer por experimentarem
se fossem presentes a Vossa Majestade seriam equivalente
em
motivo para a sua maior indignação e que se tem posto
mora-
uso naquela cidade tomarem-se as embarcações dos
suas
dores que vêm do recôncavo muitas vezes a conduzir as
man-
famílias e pessoas para as suas fazendas ou a trazerem
das suas
timentos que são necessários para a sustentação
do ser-
casas, com o fundamento de que são para diligência
remidos
viço de Vossa Majestade, porém prontamente ficam
seus donos de exportá-las se os dão aos tomadores para
abomina-
lhas desimpedirem, sem bastar para se obviar este
tempo
vel procedimento os quais dos moradores ao mesmo
se podem fretar
que há infinitas informações de aluguel que
o serviço de
para as ocasiões em que forem necessárias para
Vossa Majestade, as quais também não escapam no prejuízo
são alugadas nao
que recebem por outro modo, que é quando os
se lhes pagarem os fretes utilizando-se talvez dele quem
Majestade
deixa de os satisfazer a título do serviço de Vossa de-
como se houvera alguma ordem porque Vossa Majestade
embar-
mandasse fazer naquela capitania que os danos das
mais
cações experimentam, estendendo-se este prejuízo com
de pescar, porque
gravidade aos donos das lanchas e barcos manda
estes são tomados todas as vezes que parece a quem
leva-
fazer estas diligências, dando por causa que sao para
5
— G6 —

sempre estas viagens


rem soldados para as fortalezas, porém
e ficando com o prejuízo
são\em serem Seus donos pagos,
sem dúvida ser todo o referido
que experimentam tendo por seja servido
do desagrado de Vossa Majestade pedindo-lhe
sç tomem —çoes a£e-
ordenar que de nenhuma sorte
aluguel e que se lhes satisfaça
les moradores que não sejam de
de pescarias desta pen-
s™° frete, isentando suas lanchas
a seus donos semelhantes
são por serem muito prejudiciais
suas marés, e nao trazerem
diligências, perdendo por elas as
aquela cidade.
ror este motivo pescado para respondeu que
E dando-se vista ao procurador da Coroa,
mas necessário
não só é muito justificado este requerimento,
ouvidor geral hrar uma
qne Vossa Majestade mande pelo
se fazem com o pretexto
devassa das violências e roubos que
e prenda os
do serviço de Vossa Majestade e que pronuncie
culpados e lhes dê livramento. íU
Pareceu ao Conselho o mesmo que ao procurador
de 1730. Costa.
Coroa. Lisboa Ocidental, 17 de novembro
Abreu. Galvão. Metelo.

Resolução
de 1731.
Como parece. Lisboa Ocidental 20 de fevereiro
Rei.

O ouvidor gemi do Rio de Janeiro dá


conta do excesso com que o governada
manda castigew os escravos que se acham
com armas defesas, sem se lhes fazer pro-
cesso em desprezo da jurisdição dos mi-
nistros, e vão os documentos que se
acusam.

O desembargador Manuel da Costa Mimoso, ouvidor


de 7 de julho
gerai da capitania do Rio de Janeiro em carta de
deste ano dá conta a Vossa Majestade que em outra de 15
capitania no
junho de 1725 duvidara o governador daquela
67

mais escravos
procedimento que se tinha com os negros e
incursos na lei novíssima sôbre as armas defesas, mandan-
do-se açoutar ao pelourinho sem proceder processo a que
Vossa Majestade fora servido responder se observasse a dita
lei, porém que o dito governador mais desembaraçado cie
escrúpulo tomara arbítrio de mandar açoutar aos pelourinhos
suas rondas pelos acharem
quantos escravos prendiam as
incursos na mesma lei, e outros por usarem de noite de bae-
tas e capotes depois de que costuma mandar remetidos o pri-
lei,
meiro à justiça para procederem contra eles na forma da
vêm a ser os réus punidos
que executado o seu último vigor
segundo o merecimento da culpa pela lei e segundo pelo des-
mais zelo nesta parte do
pótico arbítrio do governador sem
executores da dita
que perverter a jurisdição dos ministros
lei, e fazer público ainda que inacreditável, que assim obra
obrigação sendo certo
porque os ministros não fazem a sua
c notório que o seu fim principal é pôr em dúvida a inteireza
e honra com que servem a Vossa Majestade os que ocupam
os primeiros lugares do governo político daquela cidade, com-
assim o querer persua-
provando-se esta sua animosidade com
dir a Vossa Majestade em carta de 14 de março do ano passado,
mi-
inserta na real resposta de Vossa Majestade inclusa, cuja
se
postura desvanecera o juiz de fora a quem principalmente
encaminhou, e com não querer dar a execução à ordem do
Conselho que o precisara a remeter-lhe o ajudante de tenente
Manuel dos Santos Parreiras pára o autuar, tomando conhe-
cimento da culpa porque o havia preso na ocasião do rigoroso
castigo que executou com o soldado de que êle ouvidor e juiz
de fora deram conta a Vossa Majestade, ainda que sem mais
efeitos do que a contínua inquietação com que tem vivido
depois que êle governador o presumiu, dizendo ao dito aju-
dante logo que o soltou que esta circunstância de o mandar
autuar lhe perdoara, e dando por outro lado a entender o
não faziam por não ter por quem como se no seu poder co-
o
nhecesse semelhante indulto ou se com êle lhe ressarcisse
com
prejuízo da dilatada prisão de frota a frota, e também de
lhe remeter na passada um incurso na lei de 19 de fevereiro
1719 sôbre os descaminhos dos reais quintos de Vossa Majes-
— 68 —

na ocasião presente outro o remeteu ao


,ade e achando-se
Real sem embargo de mostrar naquela
provedor da Fazenda
o dito incurso para proceder
ocasião em que lhe remetera
de Vossa Majestade que assim lho
cTu-aête ordem expressa de abril do pre-
TlrLnara
*™:oc5 e porque 'e prendendo no princípio e Gra-
cavalos Dom Manuel Garcez
antes de lho remeter para
2 teve em uma invernosa prisão
vista de tudo resolvena Vossa
aut ar três meses, e que à
ao seu real serviç..procedi
MajeSe se são convenientes
dúvida as ações de quem^seive
mentos que podem pôr em
Ca Majestade com zelo e reta intenção e^perturbam o
a
"rota dos seus vassalos e que se ele ouvidor na pie
sossego público nas ações dc, gove.
; te teve motivos justos para falar
e era presente a Vossa
nador contra o que nas mais praticara, tem
só êle os para^qnerer per-
MaTesiade pelaslas cartas, e
na pessoa dele ouvidor com
suadir incapacidades e omissões e bemgmdade fa
o, na da confiança que a real grandeza
ficando dele ouvidor não só a jurisdição ordinária dos
dela
diligências particulares que
Íu ares còm que o Honra, mas as
tem encarregado.
dentro e fora dos limites delas lhe
de que nela taz
Com a dita carta enviou os documentos
às reais mãos oe Vossa
menção que tudo com esta sobe
Majestade. ,
vista ao procurador da Coroa, respondeu „110
que
E dando-se
e merece
êrte governador em tudo abusa da sua jurisdição
obrou, nao
ser asperamente repreendido por estes fatos que
mas em irauce
só em desprezo da jurisdição dos ministros,
na residência
da lei, e que estes excessos se lhe dê em culpa
que der desse cargo. Coroa,
Parece ao Conselho o mesmo que ao procurador da
há deste
acrescentando que com as repetições de queixas que
de Vossa Majestade e
governador se faz preciso ao serviço seja
hem dos vassalos daquela capitania que Vossa Majestade
na consulta
servido mandar-lhe sucessor, tomando resolução
Conse-
de 22 de novembro deste presente ano, que o mesmo
lho fêz a Vossa Majestade sobre esta matéria.
Abreu.
Lisboa Ocidental, 25 de novembro de 17^0. Costa.
Souza. Galvão. Metelo.
69

Resolução

razão dos
O Conselho ordene ao governador que dê a
Lisboa Oci-
excessos que lhe imputa o ouvidor nesta carta.
dental, 20 de fevereiro de 1731. Rei.

O ouvidor geral do Rio de Janeiro


representa o que obrou a respeito da obra
da fortif icação da ilha Grande e o que cô-
bre esta mesma matéria determinou o
governador daquela capiania Luis Vahia
Monteiro, esperando a aprovação para o
estabelecimento da consignação da dita
obra; e vai a cópia da carta e documentos
que se acusam.

O desembargador Manuel da Costa Mimoso, ouvidor geral


deste
da capitania do Rio de Janeiro, em carta de 28 de junho
reais mãos
ano (cuja cópia e documentos que envio sobem às
da
de Vossa Majestade) representa o que obrou a respeito
mesma
obra da fortificação da ilha Grande e o que sôbre esta
Luis
matéria determinou o governador daquela capitania
Vahia Monteiro, esperando a aprovação de Vossa Majestade
a dita obra.
para estabelecimento da consignação para
res-
E dando-se de tudo vista ao procurador da Coroa,
o ouvidor fez com
pondeu que se devia aprovar o ajuste que a
os oficiais da Câmara da ilha Grande sôbre a contribuição
se devia ordenar
que se oferecem para os quartéis, mas que
ao governador do Rio de Janeiro, mande pelos engenheiros
Antônio,
examinar se podem permanecer no monte de Santo
neles se fizer, e se
para que se não faça inútil a despesa que
siga o que votarem os engenheiros.
da
Parece ao Conselho o mesmo que ao procurador
serviço
Coroa, acrescentando que seria mui conveniente ao
de outro
de Vossa Majestade que esta obra se fizesse em tempo
— 70 —

razões que o ouvidor geral do Rio


governador pelas considera
de Janeiro, na sua informação.
de 1730. Costa. Abreu,
Lisboa Ocidental, 24 de novembro
Azevedo. Varges. Galvão. Metelo.
Resolução
sobre o que
O Conselho mande ouvir ao governador
do enge-
aponta o ouvidor e com sua resposta e informação
nheiro-mor João Massa tornará a consultar.
Rei.
Lisboa Ocidental, 23 de fevereiro de 1731.

Os oficiais da Câmara do Rio de Ja-


neiro representam o excessivo preço que
ali tem o sal em grave prejuízo daqueles
moradores, e pedem que êste se lhe mo-
dere mandando-se pôr pelo que dantes
andava.

Os oficiais da Câmara da cidade de São Sebastião do Rio


de Janeiro em carta de 21 de junho do ano passado dão conta
a Vossa Majestade de que os repetidos clamores dos povos
daquela capitania os obrigara a apresentarem a Vossa Majes-
tade que se acha mui gravado o preço do sal pois tem o con-
tratador 720 réis por alqueire e com 160 de impostos para o
donativo e soldos dos governadores fica em 88 réis, que é
excessivo e prejudicial aos moradores especialmente aos po-
bres e cativos que por esta carestia comem muitas vezes êle5
o que se justificara com a experiência de faltar sempre o sal
naquela terra nos contratos passados, e no presente haver
tanto que se acham os armazéns cheios de frota a frota, pe-
dindo a Vossa Majestade tosse servido compadecer-se daqtie-
les moradores e mandar pôr êste gênero pelo preço em que
antes andava que eram 480 réis para o contratador ficar em
640 réis com os impostos, de que também resultava aumento
es
no rendimento do donativo, pela maior saída e consumo
tando minorado dito preço.

I
71 —

E mandando-se ouvir ao contratador do sal, respondeu


o preço de 880 réis o alqueire é excessivo
que não duvida que o não pode
e prejudicial aos povos, e donativos, mas também
são a causa
haver de que os donativos de 160 réis em alqueire
é barato mas
do preço ser excessivo; porque em 720 réis não
com o requeri-
não é excessivo, e assim que podendo-se mudar
como fosse
mento era de graça Vossa Majestade lhes deferira
servido.
E dando-se vista ao procurador da Fazenda, respondeu
os suplicantes pedem fica
que se se abater no contrato o que
Real por
desvanecido o donativo, porque repõe a Fazenda
se deve
uma parte o que recebe por outra e assim entende
nele se
escrever ao governador tire do sal a quantia que
com con-
impôs para o donativo, pondo-a em outro gênero
sentimento dos povos que no dito sal a impuseram.
da
Ao Conselho parece o mesmo que ao procurador
Fazenda.
Abreu.
Lisboa Ocidental, 17 de janeiro de 1731. Costa.
Metelo.
Resolução
de 1731.
Como parece. Lisboa Ocidental, 12 de fevereiro
Rei.

Os oficiais da Câmara do Rio de Ja-


neiro representam a vexução em que se
acha aquele povo com os excessos do go-
vernador daquela capitania Laís Vahia
Monteiro.
do Rio
Os oficiais da Câmara da cidade de São Sebastião
conta
de Janeiro em carta de 5 de julho do ano passado dão
lanam-
a Vossa Majestade em como tem sido tão prejudicial e
car-
tável o mandá-lo de se abrirem naquela cidade quantas
tas vêem para ela, e saem da mesma para diferentes partes que
não pode chegar a maior extremo o desgosto dos moradores
a outros,
do que andarem se lastimando com clamores uns
nao
sabendo-se os segredos, quimeras e perturbações e porque
— 72 —

com o pretexto de se averi-


há carta que escape de ser vista
ouro, entregando-se umas e desapa-
guarem descaminhos de
crescendo mais o clamor do
recendo outras e cada vez vai
com que se pro-
novo pelas imprudentíssimas circunstâncias
algum mais que apanha-
cede nesta diligência, sem fruto
fms particulares.
rem-se as notícias que se desejam para
Majestade rogando-ll.es
obrando-se isto com o nome de Vossa
rei pio, mandar que o go-
humildemente seja servido, como
especular os descaminhos
vernador se abstenha deste modo de
conforme a lei de Vossa
de ouro e uso dos meios ordinários,
estado e danuo
Majestade sem estar enredado todo aquele
da abertura de car-
ocasião a infinitas desordens sem prover
tas mais do que danos de conseqüências gravíssimas.
E dando-se vista ao procurador da Coroa respondeu que
que
a Vossa Majestade se deve representar esta justa queixa
em nome do povo fazem os oficiais da Câmara, para que
abrir as
haja por bem proibir que os governadores possam
haver coisa
cartas de pessoas particulares; porque não pode
mais torpe que fazer público o segredo e negócio particular
sem haver coisa urgente.
Ao Conselho parece o mesmo que ao procurador da
Coroa, e que das repetidas queixas que se fazem contra o go-
vernador do Rio de Janeiro, Luís Vahia Monteiro, se reco-
nhece o quanto se faz preciso que Vossa Majestade seja ser-
vido tomar resolução na consulta de 22 de novembro do ano
Vossa Ma-
passado, que sobre esta matéria fêz o Conselho a
os
jestade, mandando sucessor ao dito governador; porque
seus excessos são mui prejudiciais ao sossego público daquela
cidade e se pode justamente recear que das injúrias que os
seus moradores têm padecido rompam em menos respeito
daquele governador, o que se faz mui atendível e principal-
mente pelo grande dano que a Fazenda de Vossa Majestade
o
há de experimentar na perturbação em eme se acha todo
comércio daquela praça.
1
Lisboa Ocidental, 23 de janeiro de 1731. Costa. Abreu.
Souza. Galvão.
73

Resolução

Como parece quanto à ordem que aponta o procurador


da Coroa e pelo que pertence ao mais que o Conselho repre-
fevereiro
senta, tomarei resolução. Lisboa Ocidental, 12 de
de 1731. Rei.

Sobre a conta que dá o Padre Diogo


Soares da Companhia de Jesus do que tem
obrado na capitania do Rio de Janeiro, a
respeito do que foi mandado; e o Padre
Domingos Capaci, para fazerem mapas de
todo o Brasil; e vai a cópia da consulta
que se acusa.

Diogo Soares, da Companhia de Jesus, era carta de 4 de


Majestade em como
julho do ano passado dá conta a Vossa
cumprindo as instruções de Vossa Majestade que diziam no
seu arbítrio a eleição do lugar por onde se desse princípio às
novas cartas de toda a América julgaram êle e seu compa-
nheiro Domingos Capaci por mais conveniente e justo fosse
aquela capitania do Rio de Janeiro a que tivesse o primeiro
lugar naquela factura, assim por ser a primeira ejue os hospe-
dará no Brasil como por ser precisa nela esta demora, não só
faltam, mas para
para esperarem os instrumentos ejue lhes
verem também se lhes darão lugar as noites com as suas con-
tínuas trovoadas a fazerem algumas observações, mas que
como estas já desde o princípio de maio o permitirão e julga-
rão que por todo o setembro entrariam às Minas Gerais, e por
e
elas ao sertão e que naquele tempo tinham visto, saldado
riscado todo aquele grande recôncavo e suas ilhas que são mu-
suas
meráveis, visitado, medido, e feito plantas de todas as
fortalezas, que não ofereciam agora a Vossa Majestade por
otereciam
se não poderem pôr na sua última perfeição, e que
derrota da sua via-
pelo provincial da mesma Companhia a
as mais ilhas que
gem com a vista daquela barra e de todas
— 74 —

cômodo e utilidade dos


nela se avistaram, delimitaram para
aquela América e dela reconhecerá
pilotos que navegam para acabar-se a forta-
Vossa Majestade o quanto lhe é preciso o
aquele porto e que
leza da Lage como chave mestra de todo
a ilha das
não menos necessita de uma perfeita fortificação
toda aquela cidade, e
Cobras, o único e principal padrasto de
ocupado a peti-
em cujo desenho e planta estava atualmente
anelara só a empregar-se
ção daquele governador com quem e que
no real serviço de Vossa Majestade e seus ministros
vários roteiros,
tinha já junto uma grande cópia de notícias,
Rio
e mapas dos melhores sertanistas de São Paulo, Cuiabá,
fim de dar
Grande e da Prata, e iam procurando outras a
os estrangeiros andam erra-
princípio a alguma carta; porque nas alturas
díssimos não só no que toca ao sertão, mais ainda
obser-
e longitudes de toda aquela costa, se não falham as suas
aquê-
vações, as quais determinam ratificar antes que deixem
le Rio passando a Cabo Frio.
E dando-se vista ao procurador da Fazenda, respondeu
Vossa Majestade
que esta carta se devia pôr na real notícia de
com a representação da utilidade que o serviço de Vossa Ma-
jestade receberá de fortificar este porto por forma que possa
desvanecer qualquer invasão dos inimigos, que todos os que
ambiciosamente invejam os grandes tesouros que em si en-
cerram e contêm os vastos sertões da América.
Ao Conselho parece representar a Vossa Majestade a
carta do Padre Diogo Soares, para que Vossa Majestade seja
servido ordenar se lhe louve o zelo e aplicação com que pro-
cede nesta diligência, advertindo-íhe porém que o principal
fim a que foi mandado êle e o seu companheiro foi a faze-
rem as cartas geográficas daquelas capitanias, de que muito
se necessita, nem será conveniente se divirtam em diferente
empresa; porque ainda que estes religiosos possam ser muito
cientes na arquitetura militar, não têm a ciência prática de
que necessitam, sem a qual se não pode esperar tenham bom
efeito as obras que desenharem e para que estas se executem
com toda a perfeição necessária, se faz preciso que Vossa
Majestade seja servido tomar resolução na consulta de 28 de
sobre
janeiro de 1728 que o Conselho fêz a Vossa Majestade

1
— 75 —

esta matéria, e por cópia sobe com esta às reais mãos de


Vossa Majestade.
Lisboa Ocidental, 26 de janeiro de 1731. Costa. Abreu.
Galvão.

O governador do Rio de Janeiro dá


conta da prevenção de que usou para im-
pedir se não desencaminhasse ouro dos
quintos, e o que neste particular sucedeu
perdendo-se por fraqueza de um sargento
uma grande tomadia de ouro.

O governador da capitania do Bio de Janeiro, Luís Vahia


Monteiro, em carta de 4 de julho do ano passado deu conta
a Vossa Majestade por via do secretário de Estado, em como
sem embargo de conservar sempre guardas para impedir a
extração do ouro das minas como na ocasião das frotas se
faz maior fraude logo que chegara àquela guarnecera as
das
praças do sul a respeito de São Paulo e caminho velho
Minas Gerais, e para o registo do rio Paraibuna mandara o
capitão Manuel Esteves de Brito, com toda a sua companhia
encarregando-lhe que fosse logo dando busca em tudo o que
encontrasse; porque êle governador sabia que um Manuel
Lopes vinha com uma grande partida de ouro a qual esca-
adiantando-se
para ao dito capitão no rio de Aguassum, porque
um soldado soube por êle o dito Manuel Lopes que o trazia o
capitão e tanto passou o soldado imbicou a canoa em terra
aonde pôs o ouro, e depois de ser encontrado e examinado
secreta soube
pelo capitão tornou a buscá-lo e por informação
do dito capitão
que eram mais de cinqüenta arrobas e depois
estar no registro teve parte por um soldado, e um negro ma-
treiro que o dito governador lhe mandou dar para prático do
mato passar uma grande partida de gente buscando a passa-
treze
gem no rio abaixo do registro, e mandando segui-las por
ou quatorze soldados, acharam já de noite arranchado a patru-
lha que não acometeram pelo temor e voltando a dar parte
ao capitão ainda não achou que era empenho de sua pessoa,
— 76 —

lhe deu doze e con, vinte


e pedindo negros a um Manoel de Sá
da partida o qual tanto
soldados a cargo de um sargento
lhe disparou este três tiros aos quais
que avistou o primeiro largando três armas
f uoiu tudo e o sargento vergonhosamente
da carta inclusa por-
na°ocasião, como tudo consta da cópia
em que ascendia a
oue o capitão lhe dera a primeira parte
mas por informa-
setenta pessoas o número dos passadores
sabia que eram pouco
cões secretas que êle governador tivera,
mais de qua-
mais de quarenta, tudo negros, que carregavam
cabeças com
renta arrobas de ouro, em que vinham quatro
de quinze armas
mais alguns brancos, e que traziam coisa
vinte soldados
entre clavinas e pistolas, e que a isto fugiram
combater, e lazer
com espingardas que de longe os podiam
autuar o sar-
desamparar o ouro; já ele governador mandara
culpa de
gento e também o fazia ao capitão pela justificada semelhantes
não ir em pessoa a uma ocasião sabida; porque
das diligencias
fraquezas e os desinteresses e pouca eficiência
como tem
são a causa de se não evitarem tão grandes roubos
a Fazenda Real na arrecadação dos quintos.
Apresentou a cópia da carta de que faz menção; porque
se comprova o que refere.
E dando-se vista ao procurador da Fazenda respondeu
e sargento e para
que se devia mandar prender este capitão man-
exemplo dos mais castigarem-se como parecer justo, e
dar-se tirar uma devassa mui exata deste descaminho, qae
de se
sendo feito com tanto estrondo não é possível deixe
seve-
saber quem foram os trangressores, que se não forem
o seu
ramente castigados se animarão muitos outros a seguir
exemplo.
Ao Conselho parece o mesmo que ao procurador da Fa-
de
zenda e que esta devassa a tire o ouvidor geral do Rio
Janeiro.
Lisboa Ocidental, 30 de janeiro de 1731. Costa. Abreu.
Souza. Varges. Galvão. Metelo.
Resolução
1731.
Como parece. Lisboa Ocidental, 20 de fevereiro de
Rei.
77 —

O governador e ouvidor geral do Rio


de Janeiro, informam sobre a conta que
deu o governador de São Paulo a respeito
da divisão das terras daquele governo, e
vão as cartas que se acusam.

Dando conta a Vossa Majestade por este Conselho An-


iônio da Silva Caldeira Pimentel, governador da capitania
da
de São Paulo pela carta inclusa de 19 de julho de 1729,
ao go-
demarcação dos limites daquele governo se ordenou
vernador do Rio de Janeiro, Luís Vahia Monteiro, informasse
e to-
com seu parecer, ouvindo por escrito ao ouvidor geral
em carta
mando as informações necessárias, ao que satisfez
às reais
de 10 de maio do ano passado que com esta sobe
duas cartas
mãos de Vossa Majestade, justamente com as
em que
também juntas do ouvidor geral da dita capitania,
vista ao pro-
dá conta sobre este particular, de que dando-se
a divisão
curador da Coroa, respondeu que lhe parecia que
Rio de Ja-
se fizesse na forma que aponta o governador do
neiro na sua informação.
da
Ao Conselho pareceu o mesmo que ao procurador
Coroa.
Lisboa Ocidental, 1 de fevereiro de 1731. Costa. Abreu.
Varges. Metelo.
Resolução

Como parece. Lisboa Ocidental, 20 de fevereiro de


1731. Rei.
CONSULTAS DO CONSELHO
ULTRAMARINO
GOVERNO DO RIO DE JANEIRO E MAIS
CAPITANIAS DO SUL

CÓDICE: 1-8,4,18;

O brigadeiro José da Silva Paes dá


conta de ir encalhar perto da vila da La-
do
guna uma nau de guerra espanhola e
a necessi-
que obrou nesta parte, e expõe
dade que há de se fortalecer aquele portot
e conveniência de se unir ao governo do
Rio de Janeiro a dita vila da Laguna, e
vai a cópia e mais papéis que se acusam.

O brigadeiro José da Silva Paes, em carta de 7 de julho


deste presente ano, cuja cópia com esta sobe à real presença
de Vossa Majestade dá conta a Vossa Majestade, por êste Con-
selho, em como tinha ido encalhar junto ao morro de Santa
Marta, três léguas ao sul da vila da Laguna, uma nau de guerra
espanhola, para salvar as vidas naquela praia de toda a sua
obrara no
guarnição e equipagem; representando mais o que
socorro que lhe mandou de soldados, paisanos, dinheiro e co-
mestíveis, e que visto se não poder salvar nada da carga,
fizera conduzir a gente para o Rio de Janeiro, tanto pela nao
miséria
poder manter ali, como por não testemunharem a
em que se acham aqueles soldados, e a falta da artilharia que
há naquelas fortalezas, recomendando o estabelecimento da-
quele porto, e o quanto fora conveniente desunir da jurisdi-
— 80 —

de São Paulo para o do Rio a vila da


ção do governo
LagUCoam também as cartas, de
a dita cópia da conta sobem
*" * Vossa Majes-
í-oSXSi S?5S£

-r: Lrr * —--rrs «r;


™To parece que para
Sr» S C^Veu,
o de Sao
ser ouvido governador
esta Reparação deve sempre
de 1/41.
Paulo. Lisboa, 3 de. novembro

do Rio
O provedor da Casa da Moeda lhe
de Janeiro dá conta dos materiais que
casa, e
são precisos para o lavar daquela a re-
expõe o modo com que se deve fazer
se acusa.
messa deles, e vai o papel que
Rio de Janeiro, João da
O provedor da Casa da Moeda do
do anocassado, ^
Costa de Matos, em carta de 18 de julho
a Vossa Majestade, por este Conselho, remetendo com
presente lhe eram precisos irem
ela a relação inclusa dos materiais que
do lavor «aquela Casa
nesta frota futura para a continuação
de que indo eles re
da Moeda, expondo que na consideração
seriam mani perfedos
metidos pela Casa da Moeda desta eôrte
conta a Vossat MA-
e adequados para o serviço daquela, e dera
fosse servido man
jestade haverá vinte anos, pedindo-lhe se tinha escusado
dá-los ir para a dita casa, e que com efeito
a experiência que
até o presente, mas que como tem mostrado
mal servida em
indo assim ficará aquela Casa da Moeda mais
ela tudo o qu
razão de que lhe parecia se lhe mandasse para
como de terra-
na desta corte não serve, assim de materiais
êle provedor destes na rota
gens e cadinhos, pois pedindo
para fundiçoe
passada, somente mil e quinhentos grandes
81 —

de trinta até cinqüenta marcos, que eram os que se necessi-


tavam naquela casa porque dos mais tinha muitos, destes é
tantos, e nem um só de bitola
que lhe remeteram cinco mil e
fazendo despesas desne-
pedida, ficando assim aquela casa
cessárias, e sem poder haver os materiais que lhe são preci-
de
sos; como também mandando pedir somente cem arrobas
solimão se remeteram cento e quarenta e quatro, tudo em
ordem a se lhe apoquentar a senhoreagem, não só pela razão
de se tirar dela mais dinheiro para pagar as despesas dos ma-
teriais, que não pede e de que aquela casa se não utiliza, mas
também pela razão de se lhe estorvar o lavor com a falta dos
materiais pedidos que se lhe não mandam, o que tudo se con-
firmava com lhe mandarem na frota presente sessenta veios
de fieiras, uns pequenos, outros estreitos e alguns rendidos,
e todos destemperados, de sorte que pela incapacidade não
chegaram a aturar o lavor e tempo da demora que nesta <sj-
dade tem tido a frota, ficando assim esta Casa da Moeda sem
nenhum capaz para o lavor deste ano.
Por cuja razão era preciso que se suspendesse a remessa
Casa da Moeda,
presente e futura e que venham para aquela
e sejam feitas pelo tesoureiro deste mesmo Conselho, como
antigamente se faziam e para que venha tudo como é necessá-
rio ao lavor daquela casa, será muito conveniente que o mesmo
tesoureiro ocupe para a diligência do aviamento da dita re-
ceita a Antônio Jorge, morador nesta corte, a São Lázaro que
foi mestre da fundição na Casa da Moeda das Minas, e com
muita experiência dos instrumentos e materiais, que naque-
Ias casas da moeda da América eram precisos, por saber o
modo com que nelas se trabalha, pois de outra sorte era fica-
rem os materiais inúteis por incapazes, fazendo-se as despe-
sas delas e estorvando-se o lavor por falta dos necessários.
E dando-se vista ao procurador da Fazenda, respondeu
de ser
que lhe parecia que esta representação se fazia digna
atendida pelo Conselho.
Ao Conselho parece fazer presente a Vossa Majestade a
carta do provedor da Casa da Moeda, do Rio de Janeiro, re-
os
presentando-lhe juntamente que não é nova a queixa que
oficiais da Casa da Moeda do Brasil fazem de serem mal pro-
— 82 —

• ~„ m,P se diz haver entre elas, e que será


Vo-Ma^ade mande prover de aaaateriais
convemeut que
^v—Te ^^ pre]mz0 sc
próprios pela queto Q lavor da moeda no
cessando ou aei Metelo.
pode seguir, de 1742. Aüren.
Brasil. Lisboa, 11 de janeiro
Mendonça.
- Resolução. Na nau de licença do contrato
, nanem constam da rela-
,do tabaco
,1a» manüomando remeter
re os materiais
egtarão que tos ao
cão junta ,«.-*«» (b Moeda, aonde 0 Con-
da frota £c ^
tempo da parhda _ sua ^
selho mandara recebei mis conveniente
lhe parece,, por nao^er
dade pelas pessoas que outra lorma.
mie estes
estes, provimentos
ijiwv se façam em r
que de 1/42. Com „a iud rubrica de Mia
Lisboa, 24 de janesro
Majestade.

Paes dá
0 brigadeiro José da Silva
acham as for-
conta dos termos em que se
Catarina eja
tificacões da ilha de Santa administre
necessidade que há de quem e vai
0S sacramentos àquela guarnição;acusa.
se
carta, plantas e certidão que

José da Silva Paes, em carta de 10 de abril


O brigadeiro
Majestade por es e_Con
do ano passado, fêz presente a Vossa d
as forirficaçoes da alha
sdlao, os termos em que se acham
desenhos dei,, , qu con
Santa Catarina, remetendo os de: Vo a da
mesma carta sobem inclusos à real presença
da distancia em qu
tade, representando mais que em razão que na
aquelas fortalezas ficam da vila lhe pareça preciso
uma ernaada com capelão
fortaleza de Santa Cruz houvesse possa
aquelas guarniçoes e quem
para nela terem missa
'administrar ^s um
os sacramentos; expondo que este podiajer
aponta^™»
dos quatro ou cinco religiosos capuchos, que com as dite
cessários naquela ilha, e dá conta das despesas que
obras mais precisa.
fortifieações tem feito, e com algumas
sobem.
o que atesta com as certidões que também
— 83 —

os referi-
E remetendo-se ao engenheiro-mor do Reino
informasse com o seu.
dos papéis, para que examinando tudo
vira e examinara as plantas que a Vossa
parecer, respondeu José da Silva
Majestade envia por este Conselho o brigadeiro
mostra tudo o que
Paes, nas quais expõe êle engenheiro-mor
na ilha de Santa
o seu grande cuidado e zelo tem obrado
zelo e acerto e grande
Catarina, e afirma o tem feito com
enviava de
economia, como se mostrava pela certidão que
a respeito de
ioda a despesa que tem feito que é mui pouca
lhe parecia dever
tania obra, e em tão diferentes partes, o que
toca ao mais que^a
se lhe mandar agradecer, e que no que
a nao
Vossa Majestade representa, principalmente quanto
os sacramentos,
ficarem aqueles fiéis sem que lhes administre
mover o
era mais que superabundante a sua insinuação para
Vossa Majestade para lhe dar a providên-
pio e real ânimo de
cia de que necessitar.
Fazenda, res-
E dando-se de tudo vista ao procurador da
o mesmo que ao engenheiro-mor.
pendeu que lhe parecia da
Ao Conselho parece o mesmo que ao procurador
Metelo.
Fazenda. Lisboa, 12 de fevereiro de 1712. Abreu.
Moreira. Mendonça.

O brigadeiro José da Silva Paes. dá


Santa
conta de haver aportado na ilha de
urba-
Catarina uma esquadra inglesa e da
nidade com que tratara o sen comandante
estive-
e do mais que obrara enquanto ali se
ra; e vai a cópia e documentos que
acusam.

de 5 de ajrü
O brigadeiro José da Silva Paes, em carta
inclusa, da conta
do ano próximo passado, que por cópia sobe
aportado na-
a Vossa Majestade por este Conselho de haver
inglesa, com o
«piela ilha de Santa Catarina uma esquadra
água, expondo a reciproca
pretexto de se fazer de lenha e da dita
urbanidade com que se trataram êle e o comandante
o pusera o
«quadra, não obstante o receio e cuidado em que
— 84 —

as eonüngéncias do fim com que


inesperado da sua chegada,
se achava por falta de gente
rCe desapercebido em que
e o temor em que o puseram
rartiihãria para algum incidente,
e usos militares, políticos e civis entre as duas
as ™áti"as
acomodações e tratos com os
Zçã nos costeios de salvas e correspondera
oradores da terra, a que tudo prudentemente causa a
ditos ingleses pedir
com o fim de lhe não darem os
no que foi possível as
alguma satisfação, observando sempre ao ne-
reais ordens de Vossa Majestade, e pelo que pertence a
estrangeiros e faz presente per-
«ócio e comércio com os evitar maior ruína
missão que nesta parte lhe concedera para
lhe deixaram, do qual
e finalmente dá conta do presente que
Alfândega, e pondera a
remetia um relógio para passar pela
na conservação daquela
conveniência que há de se cuidar
escala da nave-
ilha, não só para o respeito e defesa, mas para seme-
aação da Colônia, Rio Grande e índia, e pede que para
se deve haver,
lhantes casos ao referido se lhe insinua como
refere na dita carta, segundo as
quando não obrasse, no que
reais intenções de Vossa Majestade.
nela
Com a mesma carta enviou os documentos de que
de
faz menção, e com a cópia dela sobem à real presença
Vossa Majestade.
se devia
E dando-se vista ao procurador da Fazenda disse
se houve
louvar o brigadeiro José da Silva Paes o bem que
em o acontecimento que refere, em que não dera passo que
e im-
não fosse com acerto, e que qualquer menos regulada
não pudesse des-
prudente ação o meteria em empenho que
das armas de Vossa
gostar, ficando menos airosa a reputação aplicar o
Majestade, e que nem a semelhantes casos se podia
supõe
cpie dispõe o Alvará de 5 de outubro de 1715, que
lhe
termos muito diversos, expondo que com esta ocasião
de Vossa Majestade a
parecia dever-se pôr em a real notícia se
necessidade que há de que esta ilha e suas fortalezas
e resistir a qualquer
ponham em estado de poderem disputar com
valentia que se lhes pretenda fazer, armando-se a esta
os
todas as munições necessárias e que quanto ao relógio que
mas
ingleses lhe ofereceram (o que lhe devia recompensar, a
não rejeitar) entendia se devia avisar ao engenheiro-mor
— 85-

quem vem remetido, mande entregar à família que o dito


brigadeiro tem nesta corte.
Ao Conselho parece o mesmo que ao procurador da Fa-
zenda. Lisboa, 12 de fevereiro de 1742. Abreu. Metelo. Mo-
reira. Mendonça.

0 governador do Rio de Janeiro dá


conta da necessidade que há de que vão
soldados às ilhas para recrutar os bata-
Ihões daquela capitania, e expõe a melhor
forma de pagamento de soldos.

O governador e capitão general da capitania do Rio de


Janeiro, Gomes Freire de Andrada, em carta de 18 de setem-
bro do ano passado, expõe a Vossa Majestade, por êste Con-
selho, em como tinha posto na real presença de Vossa Majes-
tade quanto necessitava de providência sôbre a formatura
das guarnições do Rio Grande e ilha de Santa Catarina, e da
impossibilidade em que aquela capitania se achava de poder
suprir a elas, e aos batalhões daquela praça, afirmando que
o tempo lhe acabara de dar as provas do que tinha represem
tado, pois fazendo os últimos esforços por recrutas, duvidava
muito ficassem os corpos de quatrocentos homens, cujo nu-
mero com muito trabalho satisfazia ao diário e aos destaca-
mentos que era obrigado a tirar todos os meses e que man-
dando Vossa Majestade ir das ilhas soldados se completaria
aquela guarnição com os que estão destacados nos ditos pre-
sídios: representando mais fora Vossa Majestade servido,
atendendo a utilidade de haver companhias de granadeiros
mandar ao general de Pernambuco as formasse nos batalhões
daquela capitania, e que a experiência dera bem a deraons-
irar o quando eram também ali necessários.
80
Que os soldados de Infantaria daqueles terços têm
réis de soldo por dia, quarenta, pagos às mesas e a outros
quarenta retidos para as fardas, e que quando no fim de dois
anos se fardam os corpos se entrega em dinheiro ao soldado
— 86 —

i p .«dava
««"^«f vencendo na farda. Que esta importân-
de que
o resto desordem, e em muitos com
cia dada junta %ff\\C°™ia sem para melhor _ subsistência
ruina, e sem utilidadeque
Vossa Ma estade de ^
das tropas, mandar dois
reis por «¦*¥»£
«.mente trinta ^ havia para
anos de vinte e um mde^novecen ^ ^ ^ de
° íar"°z expondo que por
a"entoas c«lasPffrdas,
"T
lei a Fazenda
sen ter de Vossa Majestade acresci-
çftlflados
esta fo ma sem
íorma com melhor acomoda-
men,Elndrv™,rcSfl P-urador da Fazenda,
de Vossa Majestadei para
fe pondeust devia pôr na presença
l drv«
se sirva dar
ciar sobre us
some os particulares que refere a proviüen
pretende
que contra o que por eie p
cia que for servido, sem que
se lhe ofereça dúvida atendível. ao governador Lis-
Ao Conselho parece o mesmo que
Metelo. Moreira. Mendonça.
boa, 9 de abril de 1742. Abreu.
à nova
À mamem - Resolução. Como parece quanto
e criação das
forma de pagamento dos soldados, ilhas to
^paute
de recrutas das
de granadeiros, e quanto à remessa
resolução. Lisboa, 29 de maio de 1742. Com a rubrica
marei
de Sua Majestade.

do Rio
0 mestre de campo da praça
o governo
de Janeiro, a cujo cargo está na-
dela dá conta de se haver descoberto
de correrem
quela capitania a maldade mil r&Sr
algumas moedas falsas de quatro
de diferente
e haver suspeitas em outras esta ma-
valor, e da providência que sobre
dos papeis
teria tem dado, e vão as cópias
que se acusam.

de campo da praça do Rio de Janeiro a cujo


O mestre
Coelho de Sousa^em cat
cargo está o governo dela, Matias
por copia
de li de junho do ano próximo passado, que
87 —

este Conselho de se
inclusa, dá conta a Vossa Majestade por
maldade de correrem
haver descoberto naquela capitania a
réis, e haver suspeita
algumas moedas falsas de quatro mil
com o Dr.
em outras de diferente valor; e que comunicando
se devia
Superintendente da Casa da Moeda a providência que
este objeto
dar nesta matéria, se assentara na junta que para
termo e bando, que
se convocou o que constava das cópias do
Majestade.
sobem com esta ás reais mãos de Vossa
respondeu
E dando-se vista ao procurador da Fazenda,
e toda a providência se fazia
que esta matéria era mui grave,
de se introduzir moeda viciada,
precisa para se evitar o dano ter. Que nao
e diminuía no preço e valor intrínseco que devia
e rigo-
reprova o arbítrio da junta mas lhe parece mui grave
lei àqueles em
roso o castigo que se comina da pena da
de passado
cujas mãos se acharem as moedas falsas, depois
senão em o
o mês porque na lei se não impõe tal pena
e nao
caso em que da moeda falsa se use como verdadeira
suposta a presunta notícia da sua falsidade a que poderia
continua
faltar a muitos, passado o mês assinado, por estar
outras
e sucessivamente passando a moeda de umas para
o
mãos; e lhe parecia que bastava o mandar-se se observasse
aos que
disposto na lei sem excesso, não se impondo pena
se determina
ignorantemente usassem da moeda falsa, como
3.°, mas
com a ordenação do livro 5.°, capítulo 12, parágrafo
se
só o perdimento dela para o fisco em qualquer mao que
as leva-
achar, de que se escusarão os que voluntariamente
mtrin-
rem à Casa da Moeda, porque a estes se pagará o valor
seco do ouro ou prata que a moeda tiver. Que nao duvida que
ourives
o falsificar moeda se não faz regularmente senão por
cidades, e
e que não é conveniente que estes vivam fora das
tem passado varias
povoados e por esta razão e outras se bas-
ordens para que os não haja nas minas, mas lhe parece
os pre-
tava o mandá-los recolher e viverem na Bahia sem
de maior
cisar a vexação de viverem arruados, o que serve so
de
formosura e comodidade dos que cumpram em as cidades
compreender, e que
grandeza real, que se não pode facilmente
na Bahia se não tirará deste arruamento mais utilidade que os
benefício dos donos das casas em que se fizer, pagando-as
— .88 —

pôr, o que sem dúvida


ourives pelo preço que lhes quiserem
aumento dos feitios que
seTpre Tem a pagar o povo pelo
casas hão os ourives de acresceu-
com atenção à carestia das
tar às suas obras.
da Coroa, res-
E dando-se também vista ao procurador
e as suas prejudiciais^ con-
nondeu que a grandeza deste delito
nem os legisladores acharão
rqüência per si se manifestam
se evitarem os delitos outros meios mais que o do cas-
para logo que naquelas
Lo que neste caso é e deve ser severo. Que
ficara vivo se prognosticou
partes se viu que Inácio de Souza
muito mais os culpa-
a continuação da moeda falsa, e sendo
esta corte depois
dos sucessivamente que se remeteram para
como pareceu justiça aos
de passados anos foram condenados
e executado no
iuízes e lhe parece que o castigo seja pronto,
sempre devassa
mesmo Rio de Janeiro, tendo-se em aberto
os réus com
deste crime e que lá sejam julgados e executados
ao relator
assistência do governador e dos juizes, quando
ordinária, para o que poderá
pareça estarem os réus em pena houver na ei-
o mesmo governador, além dos ministros que
o numero
dade, chamar das outras ouvidorias para completar
àqueles de que geralmente houver melhor conceito.
mesmo
Com esta ocasião se viu também outra carta do
em 15 de
mestre de campo Matias Coelho de Souza, escrita
depen-
setembro do ano passado, na qual refere que sôbre esta
dência não tinha resultado notícia alguma que faça prova
falsidade, porque havendo
para se saber quem cometeu esta haviam
alguns indícios que pareciam probabilidades de que se
tinham
ausentado para a cidade da Bahia dois homens que
concorrido para ela com o suplicante naquela terra, avisando
noti-
êle mestre de campo ao vice-rei disto mesmo, não tem
cia suficiente de que houvessem seguido semelhante derrota
nem das mais dih-
por não haverem desertado no seu tempo,
onde se
gências que se tinham feito havia conhecimento por Ma-
fizesse verdadeiro juízo como ao primeiro e que Vossa
a seu real ser-
jestade ordenaria o que fosse mais conveniente ata-
viço, resolvendo as determinações que se tomaram para
lhar o dano que se poderia ir seguindo a êste respeito.
— 89 —

da
Ao Conselho parece o mesmo que ao procurador
sempre em aberto,
Coroa, quanto a estar a devassa deste crime
acrescentando que para
e a serem os réus punidos naquela,
não só pelos
ministros adjuntos poderá o governador puxar
na dita junta se
ouvidores, mas também pelos intendentes e
de Vossa Ma-
sentenciarão os réus na conformidade das leis
também parece ao Conselho que Vossa
jestade neste crime; e no Rio de Ja-
Majestade se sirva aprovar o bando lançado
morar os
reiro, enquanto prescreve bairro em que devem
se acha-
ourives de ouro e prata, aumentando-lhes aos que
de degredo
rem trabalhando fora do dito bairro a três anos
Majestade ordene que na Casa da
para Angola, e que Vossa na forma
Moeda se pague o valor intrínseco das moedas, que
Lisboa, 18
do dito bando se cortarem por se acharem falsas.
de fevereiro de 1742. Metelo. Moreira. Lavre.
6 de
À margem — Resolução. Como parece. Lisboa,
março de 1743. Com a rubrica de Sua Majestade.

Sobre a representação que faz o bri-


de ser conve-
gadeiro José da Silva Paes,
niente se estabeleça naquela capitania do
Rio de Janeiro a aldeia de indios que se
acha no distrito do governo de São Paulo
o de Itanhaem.
está o go-
O brigadeiro José da Silva Paes, a cujo cargo
de 1742,
vêrno do Rio de Janeiro, em carta de 1.» de setembro
em como se
dá conta a Vossa Majestade por este Conselho,
de Santos
acha na praça da Conceição, que fica entre a vila
de índios da
e a de Pernaguá, uma aldeia de muitos casais
do distrito do
terra a que chamam de São João de Itanhaem,
dois religiosos capu-
governo de São Paulo, administrada por nem eni que
chos, não tendo ali terras bastantes para lavrar e
de Vossa
se ocupem, podendo ali ser mais útil ao serviço hospi-
Majestade e bem comum, e na mesma aldeia estar o
Majestade era
cio de capuchos, que já representara a Vossa
— 90 —

que parecendo
ali tão preciso. Fazia esta representação para
se venha ali estabelecer a mesma
a Vossa Majestade ordenar
ficará assim mais aunien-
aldeia donde se lhe darão terras,
com o hospício de capuchos,
tado aquele estabelecimento, e mais
Vossa Majestade resolveria o que for
que pretende que
conveniente a seu real serviço.
Coroa, respondeu ejue
E dando-se vista ao procurador da
Majestade esta repre-
se devia pôr na real presença de Vossa
sentação ejue lhe parecia justificada.
da
Ao Conselho parece o mesmo que ao procurador
Moreira.
Coroa. Lisboa, 22 de fevereiro de 1743. Metelo.
Lavre.
Lisboa, 6 de
 margem — Resolução. Como parece.
março de 1743. Com a rubrica de Sua Majestade.

O governador da praça da nova colo-


nia do Sacramento dá conta do estado em
com o apertado
que se acha aquela praça,
bloqueio a que a tem reduzido os espanhóis,
e pede se lhe remetam logo fardas, muni-
e vai a
ções e mais materiais de guerra
carta e lista que se acusa.

Colo-
O brigadeiro e governador geral da praça da nova
na carta
nia do Sacramento Antônio Pedro de Vasconcelos
expõe a
inclusa de 10 de agosto elo ano próximo passado,
Vossa Majestade por ésíe Conselho a miséria irremediáve*
falta
que a sete meses se experimentava naquela praça pela
de mantimentos e lenhas por causa do novo comandante que
se nomeara para o bloqueio da parte de Castela, do que obrara
como
a respeito do sossego da guarnição do rio de São Paulo,
ba-
também da reformação da muralha e aumento de um
luarte erigido no fim do ramal do norte, representando jun-
tamente haver chegado governador de Buenos Aires e se pre-
sumir não ir de boa fé, pedindo vão logo providos os postos
vagos, e se lhes remetam as fardas, munições e aprestos, que
— 91 —

enviou, de que muito se carecia,


aponta na lista, que também
lhe mandasse sucessor pela
e não menos que Vossa Majestade
o estupor que lhe dera, ?ue o
debilidade que o tinha deixado
discorrer com acerto nas matérias daquele governo.
privara de Vossa Ma-
Parece ao Conselho pôr na real presença
Colônia, Antônio
iestade esta conta do governador da nova
nau de guerra Nossa Senhora
Pedro de Vasconcelos, vinda na
chegou da Bahia, para que a
da Glória, que presentemente
estado em que se achava
Vossa Majestade seja presente o
bloqueio a que a tem reduzido
aquela praça com o apertado
Majestade seja servido ordenai
os espanhóis, para que Vossa
de guerra para o fornecimento
se remetam logo os materiais na relação
dos seus armazéns que o dito governador pede fro a do Rio
inclusa e que estes hajam de partir pela presente
ser assim mudo
de Janeiro, em direitura àquela praça por
e defesa, e faz o Conselho
conveniente para a sua segurança
haverem-se reme ido na frota
presente a Vossa Majestade a capitania do Rio de Ja
próxima passada que partiu para também pede,
neiro, os fardamentos que o dito governador
ter chegado à dita praça.
1 ainda não podiam
que visto a grave queixa
E parece também ao Conselho, que
será conveniente
oue o governador refere haver padecido,
hcença para
Vossa Majestade seja servido conceder-lhe
logo passe agovernara
se recolher para êste Reino, e que J| e^ da Silva
dita praça pela importância dela o brigadeiro
ciência militar que a
Paes em quem concorre o valor e
a fortificação da ilha
Vossa Majestade é presente, e quando
« governador do Rm
de Santa Catarina, se não ache acabada, José^ Fernan
de Janeiro nomeie o sargento-mor engenheiro deenhoque
findar peto
des Pinto Alpoim, para que a vá nao ficar inútil
tiver feito ou lhe der o dito brigadeiro por
de fevere.ro de 1743.
esta importante fortificação. Lisboa, 29
Meíelo. Moreira. Lavre.
<»"****£
A margem - Resolução. Remetam-se
ao mais tenho dado providen
pede o governador, porquanto Com a rubrica de
cia. Lisboa, 23 de março de 1743.
Majestade.
— 92 —

Gomes Freire de Andrada, governador


do Rio de Janeiro, dá conta da sublevação
no Rio
feita pelo Regimento de Dragões
Grande de São Pedro e o brigadeiro José
da Silva Paes de se haver disposto outra
na ilha de Santa Catarina.

Gomes Freire de Andrada, governador e capitão general


Minas
da capitania do Rio de Janeiro, com o governo das
1742, dá
Gerais, em carta de 17 de maio do ano passado de
em mar-
conta a Vossa Majestade em como estando para se pôr
um
cha do Rio de Janeiro para Vila Rica entrara naquele porto
bergantim do Rio Grande de São Pedro com cartas do cônsul
comandante daquele estabelecimento Diogo Osório Cardoso,
e sargento-mor de Dragões Manuel de Barros e Madureira,
os mais documentos
que remetia n.° 1.° e 2.°, as quais com
Vossa Majestade,
que se acusam sobem à real presença de
em que se vê também com as ditas cartas a proposta n.° 3,
e conse-
que o seu regimento lhe fizera, depois de intentar
guir a desordem que no dia 5 de janeiro próximo passado
havia cometido, protestando a falta de vinte meses de paga-
mento, e três anos de farda, além das violências do capitão
Tomás Luís Osório que as negava, n.° 4; e mais coisas que na
dita proposta refere, pedindo nela o dito coronel lhe desse
em nome de Vossa Majestade perdão deste excesso que lhe
foi concedido, n.° 5, a satisfação dos mesmos sublevados,
depois do coronel lhes assinar um tal tratado pondo-os intei-
ramente senhores daquele presídio, e na esperança de que
êle governador lhes confirmasse perdão e pagasse tudo o que
diziam se lhes deviam, e que instruído desta desordem cha-
mara a junta, e ponderando nela o aviso do cônsul e mais
documentos referidos e sobretudo a resolução de Vossa Ma-
jestade, n.° 6, foram unânimes os votos na confirmação do
perdão pelas razões expressadas no termo da mesma junta,
n.° 7, que escrevera as cartas ao coronel e sargento-mor n.° 8
e 9 e mandara ao capitão Antônio Teixeira de Carvalho Leite
na frente do Regimento (dada primeiro a obediência) a sua
determinação, n.° 10 e que logo se publicasse a ratificação
93 —

forma
do perdão concedido, n.° 11, tendo aprontada nesta
com cinqüenta mil cruzados, que os havia tirado dos depósi-
de
tos reservadas às providências que devia até resolução
bri-
Vossa Majestade, e que depois tivera a notícia de que o
ao Rio Grande, onde
gadeiro José da Silva Paes, passara
ainda
obrara o que se vê da carta n.° 12, expondo mais que
Diogo Osório Cardoso, n.° 13, será
pela resposta do coronel
ficar tudo na antiga obediência,
presente a Vossa Majestade uma
e sossego, sempre era mui preciso e conveniente que por
as
exata devassa se aclare a verdade de tudo, porém que
de Janeiro lhe
repetidas queixas do ouvidor geral do Rio
nomeie
tiravam as esperanças (sem que Vossa Majestade
ministro) de poder-se em tanta distância averiguar judi-
mandando
cialmente este caso, que não se indagando e não
daquele
Vossa Majestade tirar para outros corpos duas partes
repetidas novi-
regimento, receava êle governador houvesse
tem
dades, tanto pela má qualidade de muitos soldados, que
achavam nas antigas da Bahia
por vida a revolução, pois se e situação
e Rio de Janeiro, como porque fiados na distância
em tirar
as intentavam ainda sem causa. Que ia cuidando os
com pretextos justos para fora daquele estabelecimento
ficando já naquela Vila
principais cabeças desta desordem, comandante,
Rica, onde êle governador se acha, o chamado
de Vossa
o qual detinha sem desconfiança até a resolução
ficava preso
Majestade. Que o capitão Tomás Luís Osório
mandara tirar
no Rio de Janeiro, e que pela inquirição que
representou
se provara o mesmo que o Corpo de Dragões
se sirva declarar-lhe o que
pelo que roga a Vossa Majestade
sorte e conve-
deve obrar com este oficial, que de nenhuma
Rio Grande,
niente volte com brevidade ao presente para o
capi-
e também com os motores, pedindo-os haver naquelas
lhe 1 orem
íanias. Finalmente, expõe que os pagamentos que
muito necessário que
possíveis irá remetendo, mas que era
Vossa Majestade resolva sobre as guarnições, e consignação
da colônia do Rio Grande, e Santa Catarina, pois sem estarem
tudo
certos os comandantes do que lhes é determinado,
sempre
quanto se lhes remete contam por pouco, passando
— 94 —

do Rio de Janeiro não antevendo


letras sobre a providência
rendimento dela
as contínuas despesas, e pouco outra carta do mesmo
Nesta mesma ocasião se viu também
Gomes Freire de Andrada, de 6 de setembro do
governador última nau de l.cen-
mesmo ano, em que representa que pela
de Janeiro, pusera na real pre-
ca Te saiu do porto do Rio
carta de 27 de março o suce-
senea de Vossa Majestade, em
Regimento de Dragões,
dido no Rio Grande de São Pedro pelo
aquele tempo; e que depois
e o que havia determinado alé
Silva Paes àquele es abe ec,
assldo o brigadeiro José da
que entendesse
mento lhe ordenara desse as providências
desordem, e se executas-
maTpróprias para se regular tanta
dar conta, e que estando para
Z Sàvelmente até lhe
tempo, pois era chegado o
echar as vias, faltando-lhe já o
cartas do dito brigadeiro,
de partir a frota, recebera as duas
estas sobem me usas, íi-
de que remetia as cópias, que com
havia executado era
cando por elas persuadido que o que
de Vossa Majestad
mui próprio e útil ao serviço e Fazenda
se este oficial
e à conservação daquele presídio; expondo que execução
não houvesse passado a ele ficariam com pouca
providências que com tanta distância tomasse, e
quaisquer
«eria impossível que os amotinados entrassem na sublevaçao
à Justiça com
em que se acham, sem encontrarem a resolução
na real presença de Vossa
que lhes deferiu, pelo que punha remédio a tanta
Majestade o grande acerto com que êle dera
Catarina
desordem, e que como se recolhera à ilha de Santa
tropas
estava sempre com o cuidado na regularidade daquelas
executar para
até ordem de Vossa Majestade sobre o que deve
a sua inteira subordinação.
de agosto
Também se viu nesta ocasião outra carta de 22
ela Silva
do mesmo ano passado, em que o brigadeiro José elo
Paes dá conta a Vossa Majestade em como tendo passado
do Regi-
Rio Grande por causa do levantamento e sublevaçao
Manuel de
mento de Dragões lhe avisara o capitão Patrício
aqueles
Figueiredo, que na sua ausência ficara governando
ali se achava desta-
presídios, que um cabo de esquadra que de Janeiro,
eado, José Maio da Silva, de um dos terços do Rio
outro le-
associando-se com outros, dispunha e tinha ajustado
— 95 —

vante que fosse mais sensível que o daquele estabelecimento,


"sabido
o que se mandou prender, achando-se-lhe um saqui-
os seus
tel de balas, sendo tão atrevido que exclamara para
deixavam ir preso,
camaradas que não tinham honra pois o
rasgando a farda e
e que só os do Rio Grande eram homens,
a tinha em
dizendo que aquela lhe não dava honra (supondo
êle brigadeiro que
se levantar) lhe não servia. Representando
e na obediência
logo que deixar asserenado aquele distúrbio
expurgado dos
dos seus legítimos oficiais aquele Regimento,
Deus que des-
que tinham sido mais resolutos, (pois queira castigados
sem por segundas causas ocasião para serem pelo
se recolhera àquela ilha,
que tinham merecido pela primeira) se
e nela tirando devassa daquele caso, superabundantemente
de esquadra, que remetera com
provara a culpa daquele cabo
devia ser sentenciado,
a devassa para o Rio de Janeiro, donde
na presença de Vossa Majestade
porém que era preciso pôr
desta maneira Vossa Majestade
que semelhantes culpas e outras ordenanças se exe-
tem determinado pena capital pelas suas
cometeu o delito (o
cutem naquela capitania donde se não
aquele efeito e terror
que muito duvidava) não produziam a culpa,
mie fazia se o vissem os mesmos que presenciaram
enquanto se nao
e que podia segurar a Vossa Majestade que
e regimentos o mesmo que
praticarem naquelas capitanias as culpas dos
se pratica entre as mais nações de sentenciarem
dos camaradas se
soldados no mesmo regimento, c à vista
brigadeiro experi-
não absterão das suas desordens, como êle
oficiais aquele
mentara em o Rio Grande, nem terão aos seus
representação que
respeito e veneração que devem, pois só da
a um sol-
ali mandara pôr em prática querendo arcabuzar
camarada paia
dado que aleivosamente tinha morto a um seu
as armas ano-
o roubar, achando-se já amarrado ao poste, ^e
na rente das
cadas, quando mandara suspender a execução
aquelas tio»
companhias da guarda e retém, fizera entre
mesmos o.nas
um tal terror e respeito, que confessaram os
então, e qu
do regimento nunca os viram tão sujeitos como
de seis mese
com dizer a Vossa Majestade que no decurso
ali assistira não houvera uma deserção o que antes er
que o que
mui ordinário) ainda depois de pagos de tudo
— 96 —

dando-lhes tòda a largueza


devia, nem a menor desordem,
dantes não unham, bastava para
„ne c es podiam desejar, que dispõe o regimento com
i conhecer que execntando-se o que
e sendo bem ass.s-
as desordens do soldado, sem dissimulação,
Expondo ele bnga-
Slos era o melhor meio de os conservar.
Vossa Majestade para que
Vro por isto na real presença de
compreensão de Vossa
havendo aquelas reflexões qne a alta
o que for ma» conve-
Majestade julgar mais úteis resolver
niente ao seu real serviço.
leram lambem as
Depois de vistas as referidas cartas se
Freire de Andrada
duas inclusas, que o governador Gomes
Guedes Pereira, em
escreve ao Secretário de Estado Antônio
naqueles estabelecimentos
que lhe dá conta de todo o sucedido toda esta
e do que é preciso para a sua subsistência, para pôr
notícia na real presença de Vossa Majestade.
res-
E dando-se de tudo vista ao procurador da Coroa
está concedido em nome de Vossa
pondeu que o perdão que sustentar,
Majestade, e confirmado pelo governador, se deve
ainda que dado contra a resolução de Vossa Majestade que
só permitiu se pudesse conceder condicionalmente pendendo
coro-
da sua real aprovação, porém, que depois de dado pelo
os
nel e havendo o receio de desertarem os soldados para
visto
espanhóis não fora imprudente o que acordou, e contudo
diz
se não atalhou no princípio êste tumulto como facilmente
o governador podia ser, será de bom exemplo que o dito coro-
nel seja com honra mudado para outro Regimento, e que
também lhe parecia deve o governador cometer ao ministro
e exces-
que mais apto lhe parecer, devassa do procedimento,
sos do capitão Tomás Luís Osório que deram ocasião ao dito
tumulto e que ao brigadeiro José da Silva Paes, se devia agra-
decer o bem que obrara nesta ação, e dizer-se-lhe que justa-
mente suspendeu ser o soldado arcabuzado, pois não sendo o
delito militar, carecia de jurisdição, recomendando-se-lhe
também que havendo no Regimento alguns dos principais
amotinadores os vão transferindo para outras partes.
0 que sendo visto:
da
Parece ao Conselho o mesmo que ao procurador
se
Coroa epianto a Vossa Majestade pela sua real clemência
91 —

e capitão
sirva de sustentar o perdão dado pelo governador
seu real nome, e haver por bem
general do Rio de Janeiro em com pre-
ordenar se vão transferindo para outros presídios
sublevação,
textos corados, não só os cabeças e motores da
mas todos os soldados menos obedientes e suspeitosos.
Luís Osó-
E quanto ao castigo das violências de Tomás
se queixam, lenti-
rio e mais oficiais de que os sublevados
e o sargento-
dão com que o coronel Diogo Corrêa Cardoso,
a atalhar
mor Manuel de Barros Guedes Madureira acudiram
dissimularam as ditas
a dita sublevação, e frouxidão com que
os ditos sublevados
violências, e outras irregularidades, que
antes
experimentaram, é o mesmo Conselho de parecer que
a verdade por
de alguma demonstração se deve averiguar
um dos novos ouvi-
uma exata devassa, cometendo-se esta a
nomear para a capi-
dores que Vossa Majestade foi servido
Gerais, e que m-
tania do Rio de Janeiro, ou para as Minas
causa e origem desta desobe-
quira juntamente da primeira
a dita devassa para
diência, e dê conta a Vossa Majestade com
a seu real
tomar a resolução que for mais conveniente
serviço. t , A-.n
se sirva também louvar ao dito
E aue Vossa Majestade
as prudentes providências que
governador do Rio de Janeiro mesma forma ao bri-
deu em aquele perigoso incidente, e na ela
a prontidão e zelo com que a
gadeiro José da Silva Paes,
acudiu. , „rt_i
sua real
E enquanto a mandar Vossa Majestade pela
suficientes aos pagamentos
grandeza estabelecer consignações
e despesas das guarnições daquele novo estabeecimento.nova
Vossa Majestade
colônia e Santa Catarina, faz o Conselho a
sobe a real pre-
consulta separada que nesta presente ocasião
de 1743.
sença de Vossa Majestade. Lisboa, 25 de fevereiro
Metelo. Moreira. Mendonça.
Lisboa, 12 de
À margem - Resolução. Como parece.
março de 1743. Com a rubrica de Sua Majestade.
— 98 —

O governador do Rio de Janeiro re-


ser diminuto o pri-
presenta novamente
meiro cálculo que se fêz para a conserva-
da Colônia, Rio
ção das fortificaçÕes
Grande de São Pedro e ilha de Santa
e
Catarina, por haverem estas crescido
com elas as despesas precisas e expõe
serem necessárias consignações suficientes
para o seu pagamento.
Gomes Freire de An-
Representando a Vossa Majestade
da capitania do Rio de
drada, governador e capitão general
faziam com a conserva-
Janeiro, as grandes despesas que se
não podiam abranger as
ção da Colônia e Rio Grande, a que
Majestade servido por
rendas daquela provedoria, foi Vossa
um caleulo das for-
resolução de 5 de agosto de 1738 fizesse
na dita Colo-
talezas, e guarnições que deviam conservar-se
Santa Catarina para
nia Rio Grande de São Pedro, e ilha de
matéria e satisfazendo o dito
poder tomar resolução nesta
respondeu que conte-
governador a esta real determinação e des-
rindo com o brigadeiro José da Silva Paes, a guarnição
de Santa Catarina, e Rio Grande
pesa de que necessitava a ilha devia
de São Pedro, lhes parecia pelos mapas que enviava
os dragões
haver no Rio Grande setecentos homens inclusos
importaria setenta e sete con
que ali se acham, cuja despesa réis, na
tos oitocentos trinta e nove mil quinhentos e vinte
fazia
ilha de Santa Catarina, cento e cinqüenta homens que
e
a despesa de oito contos novecentos vinte oito mil cento
de um
sessenta réis, e que a Colônia seria preciso guarnecê-la
batalhão de infantaria e duas companhias de Dragões, que
consideradas as suas despesas todas importariam em quarenta
e quatro contos setenta e um mil e noventa e dois réis, vindo
a calcular-se toda a despesa em cento e vinte contos novecen-
tos e trinta e oito mil oitocentos e setenta e dois réis, e que
sendo a Vossa Majestade presente foi servido resolver por
resolução de 20 de outubro de 1740, que pelo entanto se exe-
cutasse o que apontava nos ditos mapas que remetera.
E escrevendo-se nesta forma ao governador Gomes Freire
de Andrada, respondeu em carta de 3 de setembro de 1742,
— 99 —

Vossa Majestade
dizendo lhe parecia tornar a representar a
Colônia existia ainda o dar-se ministro
que na praça da nova só às
às famílias (se bem que ultimamente mandara que
se transportava, e pagava pela Real Fa-
pobres) e que tudo se levantar o
zenda de Vossa Majestade o que continuara até
feito mais e
hloqueio e que na ilha de Santa Catarina se tem
brigadeiro
maiores fortalezas (em que se continua) das que o
se persuadia
José da Silva Paes, antes de entrar a fortificar,
serem necessárias, e que nas ditas assistem maiores guarai-
soldados, fazendo precisa
ções que a de cento e cinqüenta e materiais
além da despesa contada a diária dos operários
mais quinze
das ditas fortalezas, o que tudo unido importava
sem contar
ou vinte contos, e fazia soma tão considerável que
embarcações
as avarias que os gêneros padecem em algumas
sendo o rendi-
nos contratempos do rio da Prata, se via que
ou menos
mento da capitania do Rio de Janeiro, pouco mais
suprir
de duzentos e cinqüenta contos, era difícil poder-se
de cento e trinta ou
(sem faltar) a continuada assistência somente
cento e quarenta contos para os presídios, ficando
do Rio de
cento e dez pouco mais ou menos na capitania
Majes-
Janeiro, para pagamento das despesas, que a Vossa
de In-
tade eram bem patentes, se fazem com três batalhões
Con-
fantaria, assistência da praça de Santos, remessas pelo
ecle-
selho Ultramarino, consignação de fortificação de águas,
se o
siásticas, e grossos salários. Representando mais que
tudo
rendimento da provedoria fosse indefectível, regulando-se
durante a suspen-
(o que se não podia observar inteiramente mas que
são de armas) poderia chegar a receita à despesa,
da Al-
como o maior e mais principal rendimento dela era o
vem
fândega, tão duvidosa que em quatro anos comumente
ser
a entrar menos uma frota, repartida esta falta se seguia
da
o abatimento de quarenta contos no anual rendimento
dita provedoria, a qual além do referido se achava obrigado
de
a satisfazer a quantia de mais de cento e cinqüenta contos
dívidas contraídas pelo excesso da despesa que tem sido pre-
eiso suprir-se o de que os homens da praça justamente pedem
em termos de se
pagamento, estando alguns pela falta dele
nao venha
perderem, e que posto que esta representação
- 100 —

de nm exalo mapa de tudo (o que fora impôs-


acompanhada
"pela entend,a ser
distância e número de dependências)
de Vossa Majestade o que unha
preciso pôr na real presença
conservação das gnarmçoes do Bra.ü
^"erto em que a
durante a guerra ou arrmst,-
se fa impossível, maiormente
as despesas, as quais so se
do sem atual pagamento a todas
seja serv.do determi-
d minuiriam quando Vossa Majestade
tem mandado observar.
„ o contrário do que ao presente
da Fazenda, respondeu
E dando-se vista ao procurador
Majestade esta nova conta
se devia pôr na presença de Vossa
Janeiro mostra ser dirmnuto
Tom que o governador do Rio de
fêz, sendo a causa que para
o primeiro cálculo que por êle se
tem feito em as fortiça-
isso assina a maior despesa que se
acrescentar e também o maior
Coes que pareceu se devia
se conservem, concluindo
numero de tropas qne julga preciso
com que se acham lhe
que por esta razão e pelos empenhos
das Alfândegas para
são proporcionados os rendimentos
Majestade de tomar
em consideração de tudo haver Vossa
a seu reat
aquela resolução que parecer mais conveniente
serviço.
O que sendo visto:
da Fa-
Parece ao Conselho o mesmo que ao procurador
ao gover-
zenda para que Vossa Majestade se sirva ordenar
Gomes
nador e capitão general da capitania do Rio de Janeiro
ca-
Freire de Andrada, que das rendas mais prontas daquela
às despesas de que faz
pitania tire consignações suficientes das divi-
menção nessa sua carta, e igualmente a satisfação
Real da
das a que se acha obrigada a provedoria da Fazenda
Mo-
dita capitania. Lisboa, 25 de fevereiro de 1743. Metelo.
reira. Lavre.
ao
À margem — Resolução. Como parece, e se advirta
destas tropas
governador que deve atender a que o pagamento Com a
seja o mais pronto. Lisboa, 12 de fevereiro de 1743.
rubrica de Sua Majestade.
— 101 —

O governador e capitão general da


capitania do Rio de Janeiro dá conta da
arribada que fizera uma nau francesa ao
porto da Ilha Grande, e do que obrara
nesta matéria.

Gomes Freire de Andrada, governador e capitão general


a Vossa Majestade
da capitania do Rio de Janeiro, dá conta
de 6 de junho de 1743, que enten-
por êste Conselho em carta cidade, a mudara
dendo ser precisa a sua residência naquela
o mês passado, e
algumas vezes da Vila Rica, donde saíra
achar-se naquele porto
chegando tivera aviso da Ilha Grande
conserto do mastro
arribada uma nau francesa, que para
o termo de oito dias,
maior e meter algum refresco pedia
ao capitão de mar e guerra
que concedera, mandando logo
fosse ancorar junto
Duarte Pereira, que na nau que monta se
necessitava a fizesse
da francesa, e que reparando-se do que
cuidado em que se
sair passado o dito termo, tendo o maior
dias depois da sua
embaraçasse o contrabando: e que três
onde era a
chegada à ilha fez viagem para a de Mascarenhas
sua derrota.
de Vossa Ma-
Ao Conselho parece pôr na real presença
de Andrada, governador
jestade esta conta de Gomes Freire
e capitão general da capitania do Rio de Janeiro, presente-
Vossa Majestade
mente chegada daquela capitania, para que a
17 de setem-
seja presente a matéria que ela contém. Lisboa,
bro de 1743. Lavre.

O brigadeiro José da Silva Paes, dá


conta da despesa que se tem feito com as
Catarina, de
fortalezas da ilha de Santa
a carta e cerh-
que pede aprovação e vão
does que se acusam.
inclusa de
O brigadeiro José da Silva Paes, pela carta
da
20 de agosto do ano passado dá conta a Vossa Majestade
Crua
despesa que se tem feito com as quatro fortalezas Santa
_ 102 —

na Ponta Grossa, Santo Antônio


em Anhatomerim, São José
da Conceição na Barra do Sul,
2 Ratones, e Nossa Senhora
faltam ainda as oficinas, e em
Záo que esta última lhe insinua deve ir deste
Sa! o lagedo para as plataformas qne
remete as certidões da dita despesa,
ReTno e com a dita conta
daquele presidio, pedindo
e a que se tem feito com os doentes
de toda ela aprovação. pWnda
E dando-se desta conta vista ao procurador da Fazenda,
deve aprovar, mas louvar
disse que lhe parecia que não só se
os particulares de que da
ao brigadeiro José da Silva Paes,
obra no serviço de Vossa
conía e o cuidado e acerto com que
Ma3<Ao da Fa-
Conselho parece o mesmo que ao procurador
ao comandante
zenda, e pelo seu expediente se passa ordem
dizer as varas de
da ilha de Santa Catarina, para que mande
6 de te-
Wedo que são precisas para as plataformas. Lisboa,
Gusmão.
pereiro de 1744. Metelo. Moreira. Pardinho.
Corte Real.

Sobre a carta que dá o brigadeiro José


da Silva Paes, de haverem ido à ilha de
Santa Catarina três navios franceses e das
diligências que mandara fazer neles e vão
as cartas que se acusam, e documentos a
elas juntos.

O brigadeiro José da Silva Paes, nas cartas inclusas que


dá conta
com esta sobem às reais mãos de Vossa Majestade,
ilha de Santa Catarina
por êste Conselho de haverem ido à
três navios franceses, faltos de água e lenha, e das diligências
que mandara fazer neles, e a boa hospitalidade que praticou
com os seus oficiais e passageiros.
nela
Com as ditas cartas remeteu os documentos de que
Vossa
faz menção, os quais também sobem, à real presença de
Majestade.
E dando-se vista ao procurador da Fazenda, respondeu
se declaram pelo
que estas diligências feitas em os navios que
— 103 —

continuaram com toda a


brigadeiro José da Silva Paes, se
sendo sempre muito utü
boa ordem, polícia e civilidade, que
necessária acompanhando-se
em ocasiões semelhantes se faz
soube praticar o dito Dn-
de toda a cautela e vigilância como de valor e
aadeiro, que é justo seja substituído por pessoa em o estado em
prudência, pondo-se esta importante praça seja respei-
oue o seu fundador a procurou deixar, para que
nova Colônia, e de meio
tado, e sirva de segurança àquela
conveniências que se prometem delas
para se conseguirem as José da Silva Paes
Ao Conselho parece que o brigadeiro
mandou fazer a
tem obrado com acerto nas diligências que
com os seus
estes navios e na boa hospitalidade que praticouresponder.
se lhe pode
oficiais, e passageiros, e que assim
~ naquela ilha se
Entende o Conselho ser conveniente que
fortaleza subalterno ao do
ponha um governador daquela
valor e prudência que
Rio de Janeiro, com as experiências,
dos navios estrangeiros, que
possa fazer respeito aos capitães
e cautela conveniente
aí forem e saiba tratá-los com a política
do Rio de Janeiro
e Vossa Majestade ordene ao governador
de defesa e in-
faça pôr aquela fortaleza no melhor estado
a este fim,
forme de todos os meios que forem conducentes
Lisboa 29 de feve-
e ao aumento da povoação daquela ilha.
Pardmho. Corte
reiro de 1744. Metelo. Moreira. Lavre.
™À
Lisboa, 15 de
margem - Resolução. Como parece.
maio de 1744. Com a rubrica de Sua Majestade.

Ja-
Os oficiais da Câmara do Rio de
hou-
neiro, dão conta da perturbação que
da-
vera na procissão do Corpo de Deus, revê-
ao
auela cidade, e pede se ordene
reais*
rendo cabido que nas festividades
de alte-
uue assiste o Senado se abstenha
atos seme-
rar o que ê uso e costume a
lhantes.
em. «ária*tt
Os oficiais da Câmara do Rio de Janeiro
a Vossa Majestade
de setembro do ano passado, representam
104

de Corpo de Deus e uma


por este Conselho, que a procissão
com toda a celebridade, ca
das que se fazem naquela cidade
e saindo da igreja
aue assiste aquele Senado incorporado,
sempre costumou em
catedral com o reverendo cabido que
não se vendo capi-
dia tão solene o uso de capas de asperges,
só naquele ano saíram os
tular algum sem esta decência, e que
forma em que cos-
ditos capitulares em procissão na mesma
as suas usuais e
tumam rezar no coro, sem mais adorno que
se juntassem as comu-
ordinárias capas, não esperando que
de que se compõe a
nidades para o pio e costumado concurso
na forma com que
mesma procissão e que já o ano antecedente
sempre os cavaleiros das
se atropelara a ordem e lugar em que
e igual escândalo,
ordens militares causara a total perturbação
e ao que a anti-
f altando-se em ato tão sério a devida modéstia,
e disto resultará
guidade, o uso e o costume estabeleceram, que
espoliados da an-
não irem os cavaleiros à dita procissão por
estas novida-
tiga posse em que sempre estiveram, e porque
seja servido
des são prejudiciais, pedem a Vossa Majestade
reais a que
ordenar ao reverendo cabido, que nas festividades
é uso e
assiste aquele Senado, se abstenha de alterar q que
em atos
costume e não falte a solenidade e decência devido
semelhantes.
E dando-se vista ao procurador da Coroa respondeu que
lhe parecia que esta matéria pertence à Mesa da Consciência
e Ordens. . ,
Ao Conselho parece fazer presente a Vossa Majestade
esta conta dos oficiais da Câmara do Rio de Janeiro, para lhe
Me-
deferir como for servido. Lisboa, 14 de março de 1744.
telo. Moreira. Lavre. Pardinho. Gusmão. Corte Real.
o
À margem — Rsolução. O Conselho mande informar
de
bispo sobre esta representação da Câmara. Lisboa, 28
abril de 1744. Com a rubrica de Sua Majestade.
— 105 —

Satisfaz-se ao que Sua Majestade or-


da
dena sobre a conta que deu o provedor
des-
Fazenda do Rio de Janeiro, acerca da
serve de Sé
pesa que fêz com a igreja que
naquela cidade, por ficar com a mudança
a cer-
dela destituída de ornamentos, e vai
tidão que se acusa.

do Rio de Ja
O provedor da Fazenda Real da capitania
de 1742, expõe a Vossa Ma-
neiro em carta de 5 de setembro
servido ordenar que a pn-
iestade, que Vossa Majestade foi
no monte onde tivera principio
meira Sé daquela cidade, sita
a igreja da Cruz,
a primeira situação dela, se trasladasse para
uma missa quotidiana,
e aue na igreja da dita Sé se celebrasse
de ornamentos pela dita
se deixara este templo tão exausto
ao capelão algum decente
trasladação, que não havia ficado a
continuar a missa quotidiana, e porque lhe pareceu
para
do real agrado de Vos a Ma-
êle provedor da Fazenda seria
fora pessoalmente
estade remediasse logo esta indecência
mandara fazer.petoJRrf
averiguá-la, e que achando-a certa
ornamentos e mais despesa
Fazenda de Vossa Majestade os
remetia, e com esta sobe m-
que constavam da certidão que
o teto da d.ta .greja ne-
clusa e porque de mais achara estar de
e tornar a serv
cessitado" de conserto para se conservar
o punha na real presença
Sé, sendo Vossa Majestade servido,
lhe ordenar o qne for do seu real
de Vossa Majestade para
agrado nesta matéria.
da Fazenda,
E dando-se vista desta conta ao procurador
arruinar este tem-
respondeu, lhe parecia se não devia deixar
e se devia aprovar a despesa que com ele o pro-
pio, que
se poder celebrar
vedor em o paramentar decentemente, para
e dizer missa. ,
Fazenda do Rio de
E ordenando-se ao dito provedor da
depois que se trans-
Janeiro informasse com o seu parecer se
se insftumcongrua
feriu a Sé para a igreja de Santa Cruz
São Sebastião na c^»™?
para a fábrica da igreja de
de setembro, de 173d.
cto resolução de Vossa Majestade de 30
o tratamento
e se instituiu a irmandade do dito santo para
106 —

em carta de 5 de setem-
da dita igreja, satisfez a dita ordem
satisfaria a ela infor-
bro do ano passado de 1743, dizendo
se transferiu a Se
mando a Vossa Majestade que depois que
Cruz se nao constituiu
daquela cidade para a igreja de Santa
São Sebastião, onde a
congrua para a fábrica da igreja de
somente se achava
dita Sé tivera o seu primeiro assento, e que
a congrua para o
assentada nos livros daquela provedoria
cento e sessenta mil
capelão atual o Padre João Rodrigues, de
e quarenta e cinco
réis por ano, da qual quantia eram cento
na
mil e duzentos réis pela obrigação da missa quotidiana,
de 30 de outubro de
fornuMto real ordem de Vossa Majestade
obrigação de
1733, e quatorze mil e oitocentos réis pela
mais cinco mil réis
acudir a limpeza da dita igreja, e assim
hóstias, e lavagem da roupa, que
por ano para cera, vinho, mil réis por ano,
tudo fazia a soma de cento sessenta e cinco
Real e que até agora se nao ms-
que se pagava pela Fazenda igreja, como
tituira a irmandade de São Sebastião naquela
a referida
Vossa Majestade fora servido mandar declarar
ordem de 30 de outubro de 1733.
E juntando-se esta informação à primeira conta, se tor-
nou a dar vista ao procurador da Fazenda que respondeu que
oferecia o que já dissera sobre esta matéria, a que acrescen-
seu
tava dever-se encomendar ao governador queira com o
zelo cuidar em a criação da irmandade de São Sebastião,
convidando para isso as pessoas que lhe parecer e que possam
com o seu exemplo atrair e afervorar a muitos outros, e isto
sem intervenção do reverendo bispo, para que a dita irman-
dade seja secular e isenta da sua jurisdição, porque só por
este caminho poderá perpertuar-se mais facilmente e livrar-se
os irmãos de vexações.
Ao Conselho parece que visto deixar o bispo do Rio de
Janeiro destituída esta igreja dos ornamentos precisos, tiran-
do-lhe também até as sagradas imagens, teve o provedor da
Fazenda algum motivo para fazer a despesa dos novos orna-
mentos, a qual Vossa Majestade lhe mande aprovar por esta
vez somente, rnandanclo-lhe dizer que não faça outra despesa
semelhante sem ordem de Vossa Majestade e também parece
— 107 —

mande escrever ao governador como


que Vossa Majestade
aponta o procurador da Fazenda. Lavre.
Lisboa, 28 de março de 1744. Metelo. Moreira.
Pardinho. Gusmão. Corte Real.
de
À margem — Resolução. Como parece. Lisboa, 15
maio de 1744. Com a rubrica de Sua Majestade.

Satisfaz-se ao que Sua Majestade or-


dena sobre a representação do brigadeiro
José da Silva Paes, acerca de ser preciso
criar-se um regimento para guarnecer as
e remete-
fortalezas de Santa Catarina,
rem-se casais das ilhas para a povoarem.
de 23 de
O brigadeiro José da Silva Paes, em carta
fêz presente
agosto de 1742, escrita da ilha de Santa Catarina
como por carta do
a Vossa Majestade por este Conselho, em
de 26 de março
secretário de Estado Antônio Guedes Pereira
ordenar-lhe com
do mesmo ano fora Vossa Majestade servido
daquela ilha pela
tinuasse em fortificar a entrada do porto
dado parte a Vossa Majestade o
parte do sul, por dela ter
do mês de setembro ex-
que pretendia executar na entrada
carta se lhe dizia se mandava
pondo mais que pela mesma necessárias para
tôda a artilharia e balas que podiam ser
de represem
aquelas fortalezas, porque se não podia escusar
e obras
tar a Vossa Majestade que todas estas prevenções
sem alma e que
sem gente que as guarneça eram corpos
regimento, po.s de outra
para todas de serviço criar-se um
sorte com menos serão bem assistidas, como presentemente
corpo aaner-
se achavam dando ocasião a necessitar-se deste
fortalezas, nao po-
tara daquele porto e a precisão de tantas com
dendo os terços da capitania do Rio de Jane.ro guarnecer todos
corpos
destacamentos aqueles presídios, pois aqueles
situação e guar-
eram necessários para aquela capital pela sua remeter
aições, apontando mais que se das ilhas se pudessem
recrutas porque
alguns casais seria utilíssimo, e ainda alguns
— 108 —

terras que eram pró-


assim se aumentaria a cultura daquelas
da América, senão também
prias não só para todos os frutos
casais se recrutaria
da Europa, e que dos filhos dos mesmos
seriam mais per-
o terço ou tropas que ali assistirem, e que
manentes que os de fora.
fevereiro do ano
E ordenando-se, por provisão de 21 de
capitão general da capitania do Bio
passado, ao governador e com o seu pare-
de Janeiro, informasse neste requerimento
ano, dizendo
cer satisfez em carta de 31 de agosto do mesmo
agora faz o brigadeiro José
que a mesma representação que vezes posto na
da Silva Paes, tinha êle governador repetidas
a necessidade
real presença de Vossa Majestade considerando
afirmando ser certo que indo
que o dito brigadeiro expõe, na de
das ilhas gente poderia haver guarnição e povoadores
fora servido
Santa Catarina, mas que como Vossa Majestade
declarar-lhe rejeitava esta forma por êle proposta para prover
aquela ilha só diria que as fortalezas necessitam de guarm-
homens,
ção e que lhe parece bastará seja de quatrocentos ocasião
nos quais com os da terra e os escravos haverá na
é a
bastantes para laborar a artilharia das fortalezas que
de mar, expondo que
principal força, mas que são cercadas
em cada uma deve haver um corpo proporcionado a sua cir-
um
cunstância, com um capitão, um ajudante, um tenente,
alferes, dois sargentos e cabos de esquadra. Que o coman-
dante da principal fortaleza o deve ser de todas com a pa-
tente de coronel, ou de tenente coronel e que os soldados
e
entendia deviam ser igualmente exercitados na infantaria
artilharia pela forma que servem naquela capitania o bata-
Ihão de artilheiros, cujo soldo ficavam merecendo, e que nesta
forma estavam as fortalezas com as guarnições precisas, e
sem a despesa de um estado maior de regimento, e mais ofi-
ciais precisos a um corpo completamente formado que ah
era necessário, pois se não desguarnecerão as fortalezas para
fazer acampamentos; e finalmente expõe que cada uma das
fortalezas necessita de seu capitão, porque em algumas estão
as guarnições sem ouvir missa todos os anos.
Ao Conselho parece o mesmo que ao governador e capi-
tão general do Rio de Janeiro, Gomes Freire de Andrada, e
— 109 —

a Vossa Majestade a
com esta ocasião lembra o Conselho
ilhas tão precisos para a
remessa de recrutas, e casais das
Lisboa, 11 de março de
defesa e aumento daquele Estado.
Corte Real.
1744. Metelo. Moreira. Lavre. Pardinho.
me faça presente
4 margem — Resolução. O Conselho
deste novo corpo,
um mapa da despesa que fará a sustentação
o governador. Lisboa, b de
sendo formado conforme aponta
Majestade.
maio de 1744. Com a rubrica tle Sua

O governador da capitania do %io de


Janeiro expõe as dúvidas que se lhe o fere-
cem a execução da ordem que lhe foi para
convocar naquela cidade uma junta de
ministros para sentenciarem os culpados
no crime de moeda falsa, e vai a consulta
que se acusa.
na consulta in-
Fazendo-se a Vossa Majestade presente
capitão general do Rio
dusa a conta que deu o governador e
moedas falsas dequatro
de Janeiro, de correrem nela algumas
em outras de dife-
mil réis e de haver suspeitas de falsidade
mandara lançar
rente valor. Como também do bando que
foi Vossa Majestade servido
para a emenda desta desordem, do ano passado
determinar pela resolução de 6 de março
o ouvidor daquela
posta à margem da mesma consulta que deste crm.ee
capitania tivesse sempre em aberto devassa
julgados e executa
que naquela cidade fossem prontamente e dos juizes
dos os réus com a assistência do governador
em pena ordinana para
quando ao relator estavam os réus
dos ministros que
o que poderia o dito governador além
os ouvidores
houver naquela cidade, chamar para adjuntos
o numero)
das ouvidorias, ou intendentes (para completar
sent™='«nd°"
de quem geralmente houver melhor conceito
ta. */«*. M*
na dita junta os réus na conformidade das
foi Vossa Ms^b*
jestade neste crime e outrossim £m*™
sobre
servido aprovar o bando lançado na mesma cidade
110

bairro em que
caso, enquanto Vossa Majestade prescreva
e prata, aumentando-lhes a
devam morar os ourives de ouro
fora do dito bairro a
pena aos que se acharem trabalhando
sendo também servido re-
três anos de degredo para Angola,
o valor intrínseco das
solver que na Casa da Moeda se pagasse
se cortarem por se acha-
moedas, que na forma do dito bando
rem falsas.
E ordenando-se por provisão de 15 de março do ano pro-
do
ximo passado de 1743, ao governador e capitão general
re-
Rio de Janeiro, Gomes Freire de Andrada, que na forma
res-
ferida fizesse inviolavelmente executar esta real ordem,
carta de 3 de setembro do
pondeu a sobredita provisão em
mesmo ano, dizendo fará cumprir com inteira execução esta
real ordem de Vossa Majestade e que só lhe parecia difícil a
e
tinha no concurso de ministros para sentenciar os réus,
ouvidores que o resi-
pois naquela capitania não havia mais
dente na cidade, sem intendentes alguns, e que havendo de
chamar cinco ministros o que tinha menos de marchar em
ida e volta eram cento e quarenta léguas, não se esperando
deles deixem as grandes utilidades que têm nos lugares para
irem fazer uma considerável despesa naquela cidade, e que
afir-
para se livrarem dela hão de pretextar mil impedimentos,
mando êle governador constava infalível pela experiência,
Vossa Ma-
pois havendo de se fazer pelas antigas ordens de
ouvidores
jestade juntas nas Minas Gerais com o concurso dos
delas o dificultarem em forma que esteve anos aquela capi-
tania sem administração de justiça, até que Vossa Majestade
foi servido, para remédio deste grande dano, ordenar se fi-
zesse com menos ministros e os mais vizinhqs a capital, ex-
desem-
pondo mais haver naquela cidade juiz do fisco que é o
bargador dos agravos o juiz de fora, ouvidor geral, juiz dos
órfãos formado, o provedor da Fazenda Real formado da coroa
o que se considerando estes Vossa Majestade foi servido dar
nova forma à junta, que determina a real ordem poderá ven-
cer-se a dificuldade referida e que para se poder obrar com
maior exame, será muito conveniente a Vossa Majestade seja
servido determinar rua em que devem residir os ourives do
ouro e prata.
— Ul —

E dando-se de tudo vista ao desembargador Manuel Gonies


respondeu
de Oliveira, que serve de procurador da Coroa,
necessária em castigar tao
que suposta a prontidão que é
se fazia atendível a representa-
grave delito para o exemplo a
cão que faz o governador do Rio de Janeiro da dificuldade
tem deter-
se ajuntarem os ministros que Vossa Majestade
ser pre-
minado para constituirem esta junta podendo também
Fazenda, a larga ausência que
judicial ao bem público, e da
intendeu-
necessariamente hão de fazer dos seus lugares, e
o
cias, pelo que lhe parecia conveniente o meio que aponta
ordem de Vossa Majestade,
governador, porém, que sendo a
do dito governador,
que os juizes sejam sete na nomeação de
vêm só seis, e que persistindo a ordem no mesmo número
sete, parecia se devia dar providência ao que falta, que podia
do
ser algum homem letrado, que tenha lido no Desembargo
do serviço
Paço desinteressado, e que não tenha sido excluído
formada, excluindo
por culpas, e em sua falta outra pessoa falta o
advogados, que comumente, são interessados e na
vereador mais velho.
Ao Conselho parece ser atendível a representação do go-
vernador sobre a dificuldade de se ajuntarem naquele Estado
os cinco ministros que nela faltam para se completar o nú-
mero de dez de que se deve compor a junta que Vossa Majes-
tade determina na consulta inclusa e que suposta a dita difi-
culdade será conveniente que Vossa Majestade se sirva de
ordenar que para os ditos cinco ministros possam os go-
vernadores chamar o juiz do fisco, e a quaisquer bacha-
réis, que tiverem lido no Desembargo do Paço, quando por
sentença não estejam excluídos do serviço de Vossa Majes-
tade, e que na falta dos que tiverem sido do Desembargo do
Paço, possam chamar a quaisquer outros bacharéis forma-
dos, que não forem advogados, havendo deles, e das suas
capacidades boa opinião, e que entre os ditos formados pre-
firam sempre aos que tiverem ofícios públicos de julgar com
da Alfândega,
provedor da Fazenda, juiz dos órfãos, ou juiz
e que por último chamem ao vereador mais velho, com decla-
os
ração que aos que não tiverem ofício de julgar lhes darão
governadores primeiro juramento de fazerem justiça.
— 112 —

o dito governador que


F quanto a representar também
rua para os ourives,
Vossa Majestade se sirva determinar
dita consulta inclusa Unha reso-
como Vossa Majestade ua
certo dentro da «dade, o que
luto que morem em bairro
a mesma consulta se refere,
melhor se vê do Bando a que
o mesmo governador informe, que
parece ao Conselho que
armamento dos ditos oun-
rua será mais a propósito para
de maior preço a que.
ves sem que lhe resulte o incômodo
e que para esta informação
subirão os aluguéis das casas,
Câmara. Lisboa, 16 de abnl
ouça por escrito aos oficiais da
de 1744. Metelo. Moreira. Pardinho.
aos inconvenientes
A margem - Resolução. Atendendo
e aos que podem resultar de serem
que aponta o governador se propõem na fata
sentenciados estes réus pelos juizes que
sentenciados na Rela-
dos ouvidores, hei por bem que sejam
do que nesta parte tinha resoluto.
Cão da Bahia, sem embargo
Rainha.
Vila dias Caldas, 27 de julho de 1744.

Os oficiais da Câmara do Rio de Ja-


neiro pedem se apliquem os trinta e tan-
ios mil cruzados que sobraram do dona-
os
tivo que aquela cidade ofereceu para
chafa-
casamentos de Suas Altezas, a um
riz, e vai a cópia da informação do prove-
dor que se acusa.

em
Os oficiais da Câmara da cidade do Rio de Janeiro
Majes-
carta de 30 de janeiro de 1742, representam a Vossa
uma das
tade, por este Conselho, que sendo aquela cidade
e
mais notáveis dos dilatados domínios de Vossa Majestade
extensão e na multidão
que tem incrivelmente crescido na da
do povo, se acha tão somente com um chafariz chamado
de ordi-
Carioca, existente quase nos seus arrabaldes aonde
e
nário pelo grande concurso de gente acontecem distúrbios
chafariz
mortes que só se poderão evitar fazendo-se outro
na praça que existe defronte do convento de Nossa Senhora
113 —

a dita
do Monte do Carmo, lugar muito acomodado para
Vossa Majestade e
obra, e mais útil ao serviço de Deus, de
daquele chafariz
daquele povo, sendo abundantíssima a água
com os novos aquedutos
para outros mais, e principalmente mandar-lhe fazer,
de pedraria, que Vossa Majestade é servido
desper-
com os quais não se experimentarão os costumados
mil cruzados
dicios da mesma água, e porque dos oitocentos
de donativo pelos felicíssimos
que a mesma cidade prometeu êste donativo
casamentos de Suas Altezas Sereníssimas, pago
são do mesmo
sobraram trinta e tantos mil cruzados que
noves rogavam humildemente a Vossa Majestade quisesse por
deste acres-
sua real grandeza e piedade permitir a aplicação
a mais pública e
cimo para a obra do novo chafariz, por ser
e da real grandeza de Vossa
precisa para a utilidade comum,
Majestade esperavam tão considerável benefício.
Coroa, disse que
De que dando-se vista ao procurador da
esta obra em
se devia ordenar ao ouvidor da Câmara pusesse
baixo e seguro lanço remetendo
praça, e desse conta do mais e utilidade da
a planta, e informando sobre a necessidade
mesma obra.
da capi-
E ordenando-se ao governador e capitão general
ou-
tania do Rio de Janeiro, informasse com o seu parecer
carta de 4 te
vindo o provedor ela Fazenda Real, satisfez em da
setembro próximo passado, dizendo que o requerimento
com que
Câmara daquela cidade era justo, pois o descômodo
aquele grande
ao presente se fornece dágua em uma só fonte
é tal que mais vezes há mortos nas pendências que os
povo, água. Que
escravos fazem sobre a preferência de tomar
so ma» uma
aquela povoação crescia em forma que não
a Câmara pede,
fonte precisa, mas de duas, uma na parte que
aguada as
e outra no sítio da junta, na qual podem fazer
naus e mais embarcações que sairem daquele porto.
o dinheiro que os suplicantes apontam das obras do
Que de acres-
donativo que nas contas que se tomaram se achou
mil cru-
cimo e entende ainda chegarão a quarenta e cinco
restitui ao
zados, importância que aplicada às ditas fontes se
o que o provedor
povo no mais necessário e preciso uso. Que dos negros,
representa de serem os chafarizes maltratados
8
— 114 —

tão distantes das bicas


tem remédio, fazendo-se os tanques
tocar e como o chamado mal
aue os escravos as não possam
sem aplicação este deposito,
de São Lázaro diminuiu, ficou
se façam as ditas fontes,
e sendo Vossa Majestade servido dos vereadores,
não é conveniente seja pela administração
das despesas das Câmaras,
pois as largas provas que se tem
o depósito para uma so
faz crer sem temeridade não chegue
fonte.
informação que deu
Com a dita carta remeteu a cópia da
com esta à real pre-
o provedor da Fazenda Real, a qual sobe
sença de Vossa Majestade.

O governador e capitão general do Rio


a
de Janeiro satisfaz à ordem que lhe foi
respeito do aumento da defesa da ilha de
a
Santa Catarina e sua povoação, e vai
cópia da consulta que se acusa.

Majestade
Fazendo-se por êste Conselho presente a Vossa
a conta que a
em consulta de 29 de fevereiro do ano passado
Paes, de ha-
Vossa Majestade deu o brigadeiro José da Silva
franceses
verem ido à ilha de Santa Catarina três navios
fazer
faltos de água e lenha e das diligências que mandara
oficiais,
neles, e boa hospitalidade que praticou com os seus
determinar por re-
passageiros, foi Vossa Majestade servido
solução sua posta na mesma consulta se ordenasse ao gover-
nador do Rio de Janeiro fizesse pôr a sobredita ilha no melhor
os
estado de defesa e informasse com o seu parecer de todos
da
meios que fossem conducentes a êste fim, e ao aumento
povoação daquela ilha.
E escrevendo-se na conformidade desta real determina-
de maio do ano
ção de Vossa Majestade por provisão de 20
e capitão
passado a Gomes Freire de Andrada, governador
carta de dez de
general do Rio de Janeiro, respondeu em
novembro do mesmo ano dizendo que na fortaleza se traba-
do
lha quanto é possível para o que se achava, na ausência
— 115

mestre de
brigadeiro José da Silva Paes, comandando o
campo Pedro de Azambuja Ribeiro, e o capitão engenheiro
Luís Manuel de Azevedo, executando o que o dito brigadeiro
deixara determinado; e que nas remessas de dinheiro, artilha-
lia, e mais petrechos, se tinha feito o possível e se continuaria
aumentar
sem descuido, mas que nem as fortalezas se podiam
com vantagem nem a ilha cultivar, e pôr em abundância sem
Rrasil só com ordem de Vossa Majes-
povoadores. Que dos do àquela
tade e obrigados por ela se transportariam famílias
em mu-
ilha, sendo impossível, por discurso fazê-los entrar
de se
dança para fora do conünente; que não descorria meio
a
aumentar aquela povoação tanto quanto se necessita para
defesa, e que para uma excelente habitação lhe faltam povoa-
dores que a cultivem e famílias de que se tirem soldados para
Vossa
a defesa e guarnição das fortalezas, expondo mais fora
sua pro-
Majestade servido mandar-lhe declarar regeitava a
nos navios das ilhas povoado-
posta sobre se transportarem di-
res com famílias capazes de darem filhos para soldados,
con-
zendo o obrigava a esta proposta a falta de meios para
dos po-
servar os presídios sem perda e diminuição grande
soldados
voadores daquela capitania e também o ver que os
contrario a
e paisanos remetidos a eles são violentos pois era
ate que
laseidão do Brasil o aperto e o trabalho das fortalezas
o pr<v
delas fogem aos sertões, perdendo gente a guarnição,
ciência da
sídio e a capitania que só havendo povoadores sem
licenciosa vida do Brasil poderão ser úteis, e conservarem-se
¦e que ainda a despesa feita por uma vez ser menor que aquela
e transportes. Que o
que mais e mais se repete em recrutas da ilha
tirarem-se povoadores daquela parte para o aumento
e com
se não o contava impossível o tinha por mui moroso
despesa, apontando que talvez fosse meio a ilha ser grande
caste-
e considerável se no espírito dos contrabandistas dos
lhanos se introduzisse fazer o comércio em aquelas povoa-
os convidar, que
^.ões, e que não havia outro incentivo para naquele
ser o preço dos gêneros com mais vantagem que
aventurasse a
porto, pois conhecido o ganho não duvidava maior
ambição o modo de buscar o lucro, posto fosse em
muito
distância que a Colônia, mas que este arbítrio pedia
— 116 —

e bastante aplicação. E vai a consulta em que o Con-


,empo das
Majestade a remessa de recrutas
So lembra a Vossa
defesa e aumento daquele Estado
ta tão precisos para a na presença de Vossa
Ao Conselho parece que devia pôr

s::-'==rsr-vs.-rsre
leio. Pardinho. Gusmão. Corte
Real. Ravom.

se recrutarem as guarni-
A margem - Resolução. Para
desta ilha e do rio de São Pedro, mando remeter nos
côes 116
comboios da frota que está a partir presentemente a índia e ^1-
para
dados das levas que vieram destinadas para
tenho também ordenado que
povoar os mesmos presídios
das ilhas para os portos
™ cada um dos navios que partirem
casais, e o ConseUio passara
do Brasil se remetam até cinco
sejam remetidos aos ref e
as ordens para que dos ditos portos
ao governador do
ridos presídios advertindo especialmente
com a mais gente que
Pdo de Janeiro que o mesmo pratique
voluntariamente para aque-
das ditas ilhas conste tem passado
o futuro, e depois que
Ia capitania e com os que forem para
tomarei resolu-
houver um número competente de soldados,
se devem pôr as ditas guarmçoes,
ção sôbre a forma em que pro-
sendo só preciso por ora que o dito governador procure:
os houver Lisboa,
ver de capelães as fortalezas em que não
Majestade.
2tò de abril de 1745. Com a rubrica de Sua

or-
Satisfaz-se ao que Sua Majestade
tirou
dena de se prosseguir a devassa que a
o juiz de fora da vila do Carmo sôbre
extração dos badalos dos sinos da igreja
dita
matriz daquela vila e vai o traslado da
devassa e a consulta de que faz menção.

6 de maio do
Pela real resolução de Vossa Majestade de
sobre a
ano próximo passado, tomada na consulta inclusa
— 117 —

bispo do Rio de Janeiro do excesso


queixa que fêz o reverendo
Rica, Caetano Furtado
com que se houve o ouvidor da Vila
e da desatenção
de Mendonça, em desprezo da sua jurisdição
das igrejas da
cometida na extração dos badalos dos sinos
conformar-se
vila do Carmo, foi Vossa Majestade servido
do
com o parecer deste Conselho quanto ao procedimento
faz menção, como
bispo, e seus ministros na devassa de que se
se tirou pelo
também quanto a se revalidar e prosseguir a que
dando-se conta do que dela
juiz de fora da vila do Carmo, esta diligência
resultasse, com declaração que se encarregaria
o seu lugar, e
ao mesmo ministro posto que tivesse acabado
só na sua falta e impedimento a faria o sucessor.
Ma-
Para se satisfazer a esta real determinação de Vossa
de fora o bacharel José Pe-
jestade se ordenou ao dito juiz sobre
reira de Moura, perguntasse mais algumas testemunhas
do revê-
a mesma matéria, e informasse do procedimento
do mesmo
rendo bispo e seus ministros, que tiraram devassa
dizendo
caso, o que respondeu em carta de 13 de outubro
teste-
continuou na dita diligência de perguntar mais quinze
o trás-
Toninhas, de cujo dito e das mais da devassa remetia
se mfor-
lado e de algumas e de outras mais pessoas de que
eclesias-
mou constava não excederem o modo os ministros
devassa,
ticos, que por ordem do reverendo bispo tiraram
escrevendo-se nela puramente o que as mesmas testemunhas
da devassa
depunham, remeteu com a dita carta o traslado
de que nela faz menção, o qual sobe com esta à real presença
de Vossa Majestade,
da Costa,
E dando-se vista ao desembargador João Alves
contra os ministros ecle-
procurador da coroa, respondeu que mais con-
siásticos nada se mostra, e pelo que acresce com o
badalos
teúdo no princípio da devassa sobre a extração dos
bispo mostra sufi-
que foi feita em desatenção ao reverendo Oliva-
cientemente provado que o padre Francisco da Costa
so em
ra, já falecido, fora o executor desta insolência, nao
mas também
vingança de não haver sido admitido a exame
da Fonseca, vi-
por contemplação do Dr. Francisco Pinheiro
bispo eparaoqoiU
gário que fora da vara e expulso pelo dito Amorno
excesso houve indícios concorrera também o padre
— 118 —

ao juiz de fora do Carmo


Sarmento, pelo que se deve ordenar
remeta a culpa a
mie pelo que pertence a estes dois clérigos
antes da saída do
seu prelado. Que também se prova que
Pinto da Rocha era
reverendo bispo daquela vila já Miguel
os sinos, e assim se aeha
sabedor que não se haviam de repicar
há de ter livramento
em termos de ser pronunciado, se porém
fazer agora
na Bahia ou na dita vila, reservara o Conselho
-esta declaração, como se vê na consulta inclusa com que Vossa
Manuel Pei-
Majestade se conformou que contra o boticário
na cidade estar
xoto de Sampaio concorre provada a fama
do vigário da vara expulso,
queixoso do bispo, ser parcial bispo tivera
e ser homem arrogante, e insolente, e que com o
concubinato,
razoes obrigando-o a assinar termo de largar o
e tam-
e como enteia (sic) judiciário é verossímil fique absoluta
seria do serviço de
péni mais arrogante, e mais perturbador
Deus e do público mandá-lo para fora daquelas capitanias.
da
Ao Conselho parece o mesmo que ao procurador
de
coroa, menos quanto a exterminar-se Manuel Peixoto
a
Sampaio e dar-se livramento na Bahia, e não naquela vila
Miguel Pinto da Rocha, pois além de não resultarem contra
eles culpa por tanta demonstração, é maior a utilidade pú-
blica que resultará de se livrarem pelos meios ordinários de
direito, e na mesma vila, porque durará mais em a lembrança
dos moradores dela, vendo-os cansados com os livramentos o
exemplo e terror de cometerem semelhantes desacatos e fal-
tarem ao respeito devido ao seu prelado. Lisboa, 22 de abril
de 1745. Metelo. Moreira. Pardinho. Gusmão. Bavoni.

À margem — Resolução. Como parece. Lisboa, 21 de


maio de 1745. Com a rubrica de Sua Majestade.
- 119 —

O reverendo bispo do Rio de Janeiro


responde a ordem que lhe foi sobre man-
dar tirar uma relação da prata e ornamen-
tos que ao presente têm as duas igrejas
e cidade
paroquiais do Ribeirão do Carmo
de São Paulo, e vão as certidões que se
acusam.

resolução de
Foi Vossa Majestade servido ordenar por
em consulta deste Con-
22 de abril do ano próximo passado,
bispo do Rio de Janeiro
selho, se recomendasse ao reverendo
da prata e orna-
mandasse prontamente tirar uma relação
do
mentos que ao presente têm as duas igrejas paroquiais
remetendo a dita
Ribeirão do Carmo, e cidade de São Paulo,
ocasião que se ofe-
relação ao mesmo Conselho, na primeira
recesse.
conformidade
E escrevendo-se ao reverendo bispo na
em carta do
desta real resolução de Vossa Majestade satisfez
aos vigários
1 o de fevereiro deste ano, dizendo que mandara
da cidade e comarca
da vara da vila e comarca do Ribeirão e
da prata e
de São Paulo, remetessem certidões em forma,
igrejas paroquiais
ornamentos, que ao presente têm as ditas
lhe chegara
e, que pelo tempo não dão lugar só a do ribeirão
a de Sao Paulo
à mão, que remetia inclusa, e por lhe faltar
filho da mesma
fizera fazer uma ao padre Ângelo de Siqueira,
e por ela cons-
cidade, que se achava na do Rio de Janeiro,
que
tara a prata e ornamentos que tem a dita igreja paroquial
também remetia inclusa.
de Vossa Ma-
Parece ao Conselho pôr na real presença
bispo do Rio de Janeiro
jestade esta informação do reverendo da real reso-
e as duas relações a ela juntas na conformidade
lução de Vossa Majestade de 22 de abril do ano próximo pas-
sado. Lisboa, 16 de fevereiro de 1746. Lavre.
— 120

O governador e capitão general da


a
capitania do Rio de Janeiro responde
das
ordem que lhe foi a respeito da obra
e vão os documen-
fontes naquela cidade,
tos que se acusam.

tomada na con-
Pela real resolução de Vossa Majestade
deram os oficiais da Câmara
sulta inclusa sôbre a conta que
se aplicassem os trinta e
do Rio de Janeiro em que pediam
do donativo que aquela
tantos mil cruzados que sobraram
de suas altezas a ura
cidade ofereceu para os casamentos
conformar-se com este
chafariz foi Vossa Majestade servido
se aponta para
Conselho quanto à aplicação do dinheiro que
dela ao gover-
esta obra, e se encarregar a superintendência
adverte o pro-
nador, precedendo primeiro as diligências que
sôbre tudo o briga-
curador da Fazenda, e a de ser ouvido
ao governador e
deiro José Silva Paes e expedindo-se ordem
Gomes Freire
capitão general da capitania do Rio de Janeiro
resolução, respon-
de Andrada, na conformidade da referida
ela juntos que
deu o que consta da sua carta e documentos a
tudo sobe à real presença de Vossa Majestade.
Mandando-se ver estes papéis pelo conselheiro Alexandre
sar-
de Gusmão referiu que o risco da fonte desenhado pelo
Pinto Alpoim, além
gento-mor engenheiro, José Fernandes corte,
de não ser de tão bom gosto, como se poderá fazer nesta
dos
é de obra muito mais miúda do que convém para o uso
negros que brevemente a destruiriam. E como o empreiteiro
se obrigou a
que deu o seu lanço para a factura das fontes tem
levá-los lavrados desta cidade de pedra bastarda e lioz,
êle conselheiro por mais conveniente que o desenho se faça
em
também nesta corte e a execução dele se ponha aqui
em-
lanços, sendo provável que os empreiteiros de Lisboa
fazer o do
preendam a obra com mais cômodo do que o pode o
Rio de Janeiro, e a executarão com mais primor, também
ajuste a respeito dos canos por onde a água há de correr para
as fontes, necessita no parecer dele conselheiro de reforma,
estipulou da
primeiramente porque o diâmetro do cano se dito
mesma largura de quatro polegadas escassas que no
— 121

onde há de despedir a água para a


risco se dá a broca por
a fonte de repuxo deve o dia-
fonte sendo certo que para ser
maior que o da broca. Em se-
metro do cano por todo ser
se desobrigou de fazer este
gundo lugar porque o empreiteiro
também a obra das fontes.
cano se não se lhe arrematasse
lanço foi simplesmente para
Em terceiro lugar porque o seu
e no parecer dele conselheiro
conduzir a água às duas fontes
o provedor da Fazenda do
é mui atendível o que representou
de 19 de agosto de 174.3,
Rio de Janeiro na sua informação
de se comunicar a água
de que sobe cópia sobre a necessidade
ajuntamentos e brigas,
da Carioca a toda a cidade para evitar
na frente de cada um
repartindo-se pelos bairros, e pondo
uma fonte, e para a
pela parte do campo de São Domingos
a êle conselheiro mais
execução disto o meio que ocorre
e o que o Conselho
fácil e com menos desperdício de água,
apontou na consulta inclusa, isto é, que correndo o cano
já ao longo da
aue há de levar a água para a fonte da junta
do dito
vala com que a cidade se acha cercada pela parte
uma das que saem
campo vá deixando junto à boca de cada
uma bica com reg,stro de
para o campo e para a praínha esta carregando
mola a qual dá passagem à água enquanto
tirado êle se torna a
sobre ela a asa do balde que a recebe, e
se reparte a água
fechar, que é a forma com que em Paris
desperdício, pelo que pa-
por grande número de fontes sem fazer de emprei-
rece a êle conselheiro que mandando-se aqui
se remetam para
tada o número destas bicas que for necessário
lhe parecer neoes-
o Rio de Janeiro para lá se assentarem e não
nem da mesma
sário que o chafariz da junta seja de repuxo
ornato da
fábrica, que o da praça do Carmo, bastando para
no da junta
cidade que haja êste mais suntuoso, e que
atenda a comodidade das aguadas e das lavadeiras.
conselheiro Alexan-
Ao Conselho parece o mesmo que ao
dre Gusmão. Lisboa, 14 de março de 1746.
encarregue o
A resolução. Como parece e o Conselho
Carlos Martel
risco da fonte ao sargento-mor engenhe.ro
2 de maio
ouvindo o seu parecer sobre o mais. Lisboa,
1746. Com a rubrica de Sua Majestade.
— 122 —

Satisfaz-se ao que Sua Majestade or-


dena sobre a queixa que o juiz ordinário
da vila de Santo Antônio faz de uns reli-
lhe fizeram,
giosos pelo desacato que
achando-se servindo o dito cargo; e vai a
cópia e mais papéis que se acusam.

da vila de Santo
Domingos de Brito Sá, juiz ordinário
fêz por este Conselho
Antônio do distrito do Rio de Janeiro
inclusa, em que
a Vossa Majestade a representação, por cópia
Carmo, e de outro
se queixa de frei João de Seixas, religioso do
Maria, guardião
franciscano por nome frei Antônio de Santa
lhe fizeram
do convento de São Boaventura pelo desacato que
devassa e reme-
estando servindo o dito cargo, de que tirara
eles.
terá sentença a seus prelados para procederem contra
"I E mandando-se ao governador do Rio de Janeiro por
de 1745, informasse
provisão de 6 de abril do ano passado sobre
com o seu parecer nesta matéria, ouvindo os provinciais
se
e procedimento que tem tido com os religiosos de que
di-
trata, satisfez em carta de 8 de outubro do mesmo ano,
tudo
zendo que pela informação que tirara tinha achado que
o de que esta representação trata tinha seu princípio em par-
riahdades, que o juiz fomentara, que era certo que os reli-
do Carmo
giosos excederam o modo pelo que o provincial
não permitiu que o seu continuasse a residir naquela vila,
um mês o
que o provincial de Santo Antônio tivera mais de
um
guardião do convento em o daquela cidade, e o mais que
e outro provincial referiam nas cartas que remetia, e com
esta sobem à real presença de Vossa Majestade. Que lhe pa-
recia a êle governador que mandando Vossa Majestade ao
não
provincial de Santo Antônio que em tempo de três anos
vila
permita licença ao dito guardião para tornar àquela
nem ter nela cargo, fica satisfeito o excesso com que se tinha
havido.
E dando-se de tudo vista ao procurador da Coroa, respon-
deu-lhe parecia o mesmo que ao governador.
Ao Conselho parece que Vossa Majestade seja servido
ordenar se passe ordem para que nenhum destes religiosos
— 123 —

assim aos seus


tornem mais àquela vila, recomendando-se
se acrescente mais que com efeito
prelados e que ao do Carmo
religioso pelas culpas que se lhe reme-
proceda contra o seu remeter estas
tem e se passe ordem ao ouvidor para que faça
culpas ao dito prelado.
Lisboa, 11 de março de 1746.
2 de
À margem — Resolução. Como parece. Lisboa,
maio de 1746. Com a rubrica de Sua Majestade.

O ouvidor geral da comarca de Per-


naguá dá conta da violência com que im-
Cardoso,
pugna o coronel Diogo Osório
do Rio
que se acha governando o presídio entrem
Grande de São Pedro do Sul, que
a fazer as diligências da justiça os oficiais
daquela ouvidoria e da vila da Laguna com
e vão os pa-
prejuízo grande do público,
péis que se acusam.
em carta de 24
0 ouvidor geral da comarca de Pernaguá
a Vossa Majestade
de julho do ano passado de 1745, expõe
êle como seu antecessor o ba-
por este Conselho em como tanto a Vossa
charel Gaspar da Rocha Pereira, fizeram já presente o coro-
comarca
Majestade a violência que fazia e faz àquela
o governo do
nel Diogo Cardoso Osório, a cujo cargo está
Pedro do Sul, e que como as
presídio do Rio Grande de São a real pre-
tais representações era factível não chegassem
e re-
sença de Vossa Majestade se fazia forçoso reforma-las
da matéria, expondo
petí-las por assim o pedir a gravidade
entrara o dito coronel com o expecioso mas afetado titu-
que todo aquele
Io da conservação do país na idéia de impedir em
Laguna e por
continente as execuções das justiças da vila de
saído com o
conseqüência das daquela ouvidoria e que tenha
da jurisdição
seu projeto com notório escândalo e insolência
I continente, e se
daquela comarca, que compreende todo aquele
da sua repar-
estendia até o rio da Prata, como se via do termo
— 124 —

e sobe inclusa estando tanto as


iicão na certidão que enviara
daquela ouvidoria a quem ela e
usüça da Laguna como as
executarem todos aquelas estau-
sü e«a na pacffica posse de
atos de jurisd.çao c.vl e cr.me
da e contLntes, todos os
a governar principiou junta-
até que o dito coronel entrando
a e alterar o que eslava em perfeita tranqml-
menta perturbar
era tão notório que apenas
Ide e harmonia política, o que
de prova, e que reconhecendo o
carecia de alegação e menos
Gomes Freire de Andrada esta verdade insinuou
governador
desistisse da empresa e deixasse
par carta ao dito coronel que
da jurisdição que lhe com-
usar a justiça daquela comarca
não tinha afeto do governo do
petia pois Vossa Majestade
o militar como o mesmo
Rio de Janeiro mais que somente
a êle ouvidor na passagem
governador lhe tinha significado
aquela comarca porque
aue fizera pelo Rio de Janeiro para
coronel como o
ia está inteirado das competências do dito
a arrecadação das
ouvidor antecedente, particularmente sobre
comércio que dera
fazendas de uma importantíssima nau de
e o Rio Gran-
à costa na praia da charqueada entre a Laguna
conduzir para
de das quais o dito coronel mandando-as
atenção do regi-
aquele presídio dispusera a seu arbítrio sem
daquela
mento e ordens ao juízo da provedoria dos ausentes
em caso se-
comarca a quem pertencia a arrecadação, como
o
melhante se tinha praticado, e o tinha assim reconhecido
Anto-
antecessor no governo do dito coronel mestre de campo
dito seu
nio Ribeiro Coutinho e que ela incontestável o que o
antecessor dele ouvidor geral linha participado ao referido ge-
expôs-
neral e este como êle ouvidor geral mais largamente tem
Mesa da
to e representado a Vossa Majestade pelo Tribunal da
Consciência e Ordens insinuando as ordens e descaminhos
ricas de lei, jóias e
que houvera nas ditas fazendas todas
outras preciosidades, que importavam em muitos milhões, que
o dito governador e ca-
por via dele ouvidor geral remetera
da sua insinuação e que
pitão general ao dito coronel a carta
êle ouvidor também lhe escrevera com aquele comedimento
ouvi-
congruente ao seu caráter e ao seu pacífico gênio dele
dor, que sabia que ambas as cartas lhe foram entregues,
resposta nem sabia que
porém que da sua ainda não recebera
— 125 —

antes pelas cartas que enviara,


êle tivesse mudado de opinião,
real presença de Vossa Majes-
aue também sobem inclusas à
da Laguna e mais noti-
Le e por outra que tinha da justiça
contra o comum voto,
cias o considerara nela mais obstinado
nela incontestàvelmente
e se iatava de que havia de persistir
lhe estão pedindo
Oue as justiças da Laguna incessantemente
no sítio em que o dito
a êle ouvidor geral que as socorra
fazer senão recorrendo a
coronel as tem o que êle não podia
sua real piedade, e igual jus-
Vossa Majestade para que pela atendendo
Ia socorra a estas perturbações e desordens,
continente se achar de todo povoado ou infestado, e
aquele
facinorosos que por iludir as
iníeccionado de desertores, e
república e universal considerável
justiças com escândalo da
das partes ofendidas e interessadas a que Vossa Ma-
prejuízo
devia dar P^ências, orfenando
Sde comovei e Senhor no que lhe nao pertence e
ao dito coronel se não intrometa
da junsdiçac, qu Ue
ixe usar as justiças daquela comarca
aquele continente e distrito
comoete e tem fundado em todo
de Viamão e Taramand, nem
Z impedimentos das guardas
alguma do dito presidio, como o dito coronel m orde-
oTra
as injustiças
nado, dizendo o fazia por evitar suje ta.aquela
nao fossem ^««
se elas foram suas subalternas, e
e punirem os sens exo»
ouvidoria, para nela se emendarem
™*"£^
Z caso os cometessem. Porém, que para
e muito preciso mar se
a competência, seria mais conveniente
no dito que tem capacidade para^ isso P osr
vila presidio
povoação maior que as mais
'"ttrüost6 ^J^f^^^Z
ml ria ad—ar
«* melhor a justiça
utilidade
termos e distritos se puuenci
rZÍam uül,da<e
vastidão daquelas campanhas o que ser,a em
pela no caso
c aumento daquela comarca e esta do eque
púHHca mandar fazer dda cria
Majestade haja por bem
que Vossa da real g ande a de
devia esperar
ção por êle ouvidor geral, ao seu acrescenta™en o, e
Vossa Majestade haja de atender
custo pois o tênue rendi
conceder-lhe competente ajuda de
a suprir a de pesa
mento daquela comarca não era suficiente
de Vossa Majestade que
respeitando ao caráter de ministro
mandará o que for servido.
— 126 —

vista ao procurador da
E dando-se da referida conta
ao governador e ca-
respondeu lhe parecia se escrevesse
coroa 'general este coronel
pitão do Rio de Janeiro fizesse conter a
do ouvidor, con-
nara eme não se intrometesse na jurisdição
caso da contravenção empra-
cedendo-lhe faculdade para no
corte dar a razão do seu
zar ao dito coronel para vir a esta
capitão general informasse sobre
procedimento, e que o mesmo
aponta, informando outros-
se ermir a vila como o ouvidor
vinha na nau que
sim sôbre os descaminhos da fazenda que
deu à costa na praia da charqueada. se sirva de
Ao Conselho parece que Vossa Majestade
Janeiro, Gomes Freire de
ordenar ao governador do Rio de
Osório Cardoso, o
Andrada que estranhe ao coronel Diogo
com os oficiais que o ouvidor
procedimento que praticou nao em-
mandara às diligências que refere ordenando-lhe que
da ouvidoria de
barace de modo algum dos oficiais de justiça
seus ofícios no dis-
Pernaguá e vila da Laguna, que exerçam
e que quan-
trito do seu comandamento mas antes os auxilie,
ou avise
do excedam o que devem dê conta a êle governador,
ao dito ouvidor conforme o caso o pedir.
naufragou na
Quanto às fazendas do navio francês que
se na arreca-
charqueada como se faça preciso averiguar-se
verdade,
dação das ditas fazendas se procedeu ao menos com
Gomes Freire
parece ao Conselho que ao mesmo governador
de Andrada se recomende que procurando informar-se por
com as ditas fazen-
pessoas desinteressadas dê conta do que com a
das se obrou e se na arrecadação delas se procedeu
esta
fidelidade que era preciso e não parece ao Conselho que
de ai-
averiguação se cometa ao mesmo ouvidor pelo receio
a competência de
guma emulação que poderá ter ocasionado
que dá conta.
E porque criando-se vila naquele novo estabelecimento
estas
não só crescerá mais a povoação dêle, mas cessarão
dito
desordens, parece ao Conselho que também se ordene ao
informasse com o
governador Gomes Freire de Andrada, que
seu parecer sôbre a criação da dita vila e situação dela, que
distrito e termo se lhe deve prescrever, se no dito estabeleci-
mento há moradores bastantes e que justiças há de presidir
— 127 —

ou se será precisa a de
se por ora bastará a de juiz ordinário,
ouvidor. Lisboa, 29 de março de 1746.
juiz de fora ou
2 de
À margem — Resolução. Como parece. Lisboa,
Majestade.
maio de 1746. Com a rubrica de Sua

Faz-se presente a Sua Majestade a


conta que dão os juizes comissários das
sentenças que proferiram contra os reli-
Carmo da pro-
giosos de Nossa Senhora do
vincia do Rio de Janeiro, delinqüentes na
sublevação que fizeram contra o seu pro-
uincial, e vão os papéis que se acusam.

em consulta deste
Fazendo-se presente a Vossa Majestade
a conta que deu Frei
Tribunal de 11 de dezembro de 1743,
religiosos de Nossa Se-
Francisco das Chagas, provincial dos
Janeiro, acerca da
nhora do Carmo da província do Rio de
êle o Prior t rei
conspiração e insulto que cometera contra
frei Pedro
José de Santana, com frei Carlos da Conceição,
frei Ma-
Vilela, frei Manuel Vilela, frei Silvestre Mercante,
do cargo de
nuel de Santana, chegando-o a prender e depor
ocasião de querer emendar muitos abusos cios
provincial por nesle
mesmos súbditos, expondo o mais que acontecera
da Coroa, pelo
caso, e a sentença que alcançaram no Juízo
lugar de provincial, sobre cujo
qual fora restituido ao mesmo daquela ca-
fato escreveram também o governador e bispo
Majestade presente pela
pitania, que tudo se fêz a Vossa
mesma consulta, foi Vossa Majestade servido determinar por
dela
resolução de 28 de fevereiro de 1744, posta à margem
contra estes religiosos
que o referido provincial procedesse dando
seus súbditos conforme o direito e as leis da sua religião,
escanda-
o severo castigo que merecessem os culpados nesta
eles
losa sublevação, e que da sentença que proferisse contra
desse conta, continuando a emendar as relaxações da provim
do
cia para o que imploraria quando fosse preciso o auxilio
se ordenasse lhe
governador, e que ao mesmo governador
— 128 —

üentes
desse de sorte que se*v,s „ ordem du
fossem os^ Rà,
que presos qu , ultima-
Seu prelado os to- '
eniador haverem concor-
alguns seculares oS mandasse
XrateTsub!eveaçaãoe Depois dessa soberana
i Lln temBO
tempo que
que merecessem. ^.^
prender pelo ^^
ano a requerimento do
rSeto de 2 de ml do mesmo
^da sobredita província do Carmo que êste gov-a
pcurad
ordem o governador do Rio de Ja
w"r Ti/esse expedir a para
sem a cláusula de fazer re-
nTfo ma da razão referida,
religiosos delinqüentes.
meter para êste Reino os sobreditos
met
referida conformidade »pu-
E «pedindo-se as ordens na
Vossa Majestade os juizes comissários do referido
serani a
curta de 12 de maio do ano passado, por coo.a m
fato pela os culpados e o
sentenças que proferiram contra
clusa as
e capitão do Rio de Janeiro na su de Z
governador general obrado
de novembro de 1744 dá conta do que também tem
neste particular.
O ejue visto. m
de Vossa Majestade
Parece ao Conselho pôr na presença
proieri-
a conta dos ditos juizes comissários, e sentenças^ que
que
ram contra os religiosos réus da dita sublevaçao, para
foram punidos
conste a Vossa Majestade as penas com que
satisfeitas as
e entende o Conselho estarem completamente
e 2 de maio
resoluções de Vossa Majestade de 28 de fevereu-o,
Rio de Janeiro
de 1744, pois pela conta do governador do
mandado
outrossim junta, se vê também ter o dito governador ditos
concorreram com os
prender aos seculares que 1746.
em aquele excesso. Lisboa, 18 ele maio de
27 de
À margem - Resolução. Como parece. Lisboa,
de Sua Majestade.
junho ele 1746. Com a rubrica
— 129 —

O governador e capitão general do


Rio de Janeiro dá conta do estado em que
se acha Simão Barbosa, ajudante supra de
artilharia daquela praça e de se fazer pre-
cisa a sua reformação para poder entre-
do seu
gar outro que faça a obrigação
posto.
capitão general da
Gomes Freire de Andrada, governador
carta de 14 de outubro do
capitania do Rio de Janeiro, em
Vossa Majestade por este
ano próximo passado dá conta a
anos que se acha Simao
Conselho de haver sete para oito
de ajudante supra do Rata-
Barbosa sem exercício, no posto
caído em demência invencível
Mo de Artilharia, por haver
a estado capaz de conti-
sem esperança de poder restituir-se
terço como era dos mais pre-
nuar no dito posto, e que este
mas dos presidio
cisos para a defesa não só daquela praça,
disto a obrigação os seus
da sua dependência, tendo além
os de infantaria no ser
««ciais e soldados de rolarem com
Rio Grande e Santa
viço diário nos destacamentos da colônia,
os registros da
Catarina, como também nos que vão para
na presença
Paraibuna, Parati e Ilha Grande, o que punha
niandar_reformar
de Vossa Majestade para que sendo servido
a obrigação do seu
este oficial, possa entrar outro que faça
serviço daquele terço.
posto, mui preciso para o e capi-
Parece ao Conselho o mesmo que ao governador
1747.
tão general. Lisboa, 31 cie janeiro de
Lisboa, 11 de
À margem - Resolução. Como parece.
abril de 1747. Com a rubrica de Sua Majestade.

Go-
O governador do Rio de Janeiro,
a ordem
mes Freire de Andrada responde
sobre se criar o
que lhe foi para informar e
Grande de São Pedro,
presídio do Rio
vai a consulta que se acusa.
de Per-
Dando a Vossa Majestade conta o ouvidor geral
a respeito
naguá em carta de 24 de julho do ano passado,
— 130 —

criar-se vila ou presídio no Rio


^ conveniente e preriso isso, e ser po-
Grande ot São Pedro,
GranTdc por ter capacidade para
daciuela
viia* i comarca, foi Vossa
voação maior que as mais _
Metade-,do^
capitania do Rio de Janeiro
^erCdr^ÍèneTda3sobre a criação da d*a vüa
com seu parecer
n^asse
se lhe devia prescrever,
situação dela, que distrito e termo
há moradores bastantes, e que ,us-
n quete estaWecimento
bastaria a de um juiz ord.-
St devia presidir, se por ora
de um juiz de fora ou ouvidor.
lãrio, ou se seria precisa a
real determinação
esta ita
A esia outubro de Vossa Majestade respondeu
de ò de °utuDr do dito ano que
o dito governador em carta do Rio Grande de
de que se forma o presidio
a maior parte
São Pedro são as tropas de sua guarnição qne se tem povoado,
ou
os moradores paisanos vivem muitos nas estâncias
mas ser ou nao ser da
Z mais, em qne se estabeleceram que
o bem publico e o ser
aciuêle estabelecimento pouco aumenta
de Vossa Majestade. Que lhe parecia o que apontava o
Xo
igual remédio, praücando*,
ouvidor de Pernaguá pode ter
aprovar em algumas
forma que Vossa Majestade foi servido
arraiais de Goiases e hoje se az em o
aldeias on populosos
dois juizes, um escri
do Paracatu. Que naqueles povos ha
e se governam
vão, um meirinho, um alcaide, e um porteiro,
inúteis para se susten-
sem a confusão de câmaras, e despesas
Majestade nao
tar juiz de fora, ou ouvidor, como Vossa
não sabia donde
mande tirar a despesa da sua Real Fazenda de
haver-se rendimento decente para ministro capaz
passa sobre o pais,
fazer justiça e em parte tão distante ir viver
é maior o risco que remédio.
respon-
Do que dando-se vista ao procurador da Coroa,
do Hio
deu que sem embargo da informação do governador
das vilas lhe
de Janeiro, que diz não ser necessário a criação
resulta ao estado
parece que se faz precisa, e a utilidade que
e moradores de haver vilas naquele continente, a presenciou
aumentam
estando nele, e só com a criação das ditas vilas se
enquanto
as povoações e se administra justiça às partes, e
— 131

Real, e os
as despesas como saem do povo e não da Fazenda
moradores as querem não se podem depois queixar.
Ao Conselho parece o mesmo que ao procurador da
o Rio
Coroa, acrescentando que na grande distância em que
Perna-
Grande de São Pedro fica da vila da Laguna, e da de
se não pode praticar a forma
guá, cabeça daquela comarca, aponta
de juizes que o general Gomes Freire de Andrada
se usa em alguns arraiais das minas de Goiás e Paracatu,
seus
cujos moradores são de mui pouca subsistência e os
cor-
ouvidores com menos dificuldades não fazem as suas
Majestade
reícões e eleições de mais que tendo Vossa
mandado conduzir das ilhas dos Açores casais, para per-
e todo o
manecerem e aumentarem a povoação do dito rio,
ordina-
seu continente, é conveniente que nela haja justiças
no pnn-
rias a quem pertence o acomodar e agasalhar melhor
e
cípio estes novos moradores enquanto se não estabelecem,
vila com
assim se for preciso mandar-se logo formar aquela
do
dois juizes ordinários, três vereadores, e um procurador
escrivão da
Conselho, que depois façam seus almotacés, um
ora sirvam
Câmara, e almotacaria, e outro de órfãos que por
com dista-
também de tabeliães do Público Judicial e Notas,
será inquirida.
buição que lhe pode fazer o juiz ordinário que
eleição com
E que o ouvidor de Pernaguá vá logo fazer esta
da ordenação e aos tais
pelouros para três anos na forma três meses para
escrivães e tabeliães passe provimento por lhos
servirem, enquanto não recorrerem ao governador que
e que o
mande passar, ou são providos por Vossa Majestade
e homens
mesmo ouvidor com os novos oficiais da Câmara,
bons daqueles moradores e assistentes, na mesma povoação,
melhor se
lhes faça e disponha suas posturas e acórdãos para
dividindo e
regerem segundo o tráfico e comércio do pais,
costa
assinalando o seu termo como da vila da Laguna pela
e serra
do mar, e como da vila da Corintuba, pelo sertão
da nova vila
acima, e para ordenar melhor os arruamentos
ecadeia, se
sua praça e obras da matriz e casa da Câmara
fo, servido
lhe remeterá a instrução que Vossa Majestade
e se mandou
aprovar por resolução de 11 de abril deste ano
ao lugar
ao ouvidor do Ceará para criar uma nova vila junto
— 132 —

KorM(j n nue fará sem se intro-


40 AraCaH s «vVem feito na mesma po-
meter nas HSST£ «^°
ao dit0 general para o parti-
de que tudo se ^,isarà
a> Dresídio
voaçao, e o ter assim
ao coronel comanda„ e^aqu .pre«^
cipar
e nao impedir( ao dito ^^^ ^
entendido, ^
dd^en a e
o favor e ajuda nesta
ia ^
centes ao seu cargo, o que ^ ^
custo - «rabalho e despesa
distância
T
de ajuda
ZSSTfSZHPZSí
uma de em que
',àRto alguma con-
T Se de Ín" há de ter outra
Shots de maio de 1747. Metelo. Moreira. Par-
^i-nda
dinho. Andrada.
de
Como parece. Lisboa, 11
i margem - Resolução.
de Sua Majestade.
tolho de 1747. Com a rubrica

da
Sobre a conta que dá o governador se
em que
Colônia da falta de meios
acham as famílias daquela praçase paralhes
nela, pedindo
poderem assistir ta-
mande continuar a assistência pela
-enda Real com que foram providas quan-
e vai a
do se transportaram deste Reino
cópia da consulta que se acusa.

da da Colônia do Sacramento An-


O governador praça
de Vasconcelos deu conta por este, Comdbo em
tònio Pfdro
o seipndo
carta de 18 de junho de 1746, de que
fez que entrasse a ^ go
que foi atacado na sua queixa suspendeu o socorro da
brigadeiro José da Silva Paes, o qual
se *«™**
farinha de guerra e de algumas matérias que
principiou o bloqueio àquelas famílias, atendendo-se que
qne subsistir ass.m pela sua
sem a mesma assistência não podiam
consumidozs pr™
muita pobreza, como por se haverem
Saindo em selem
soes que cada um tinha em sua casa quando
ir sobre a praça que
bro de trinta e cinco fazia disposições de
L33

obrigou escrevesse
a compaixão que teve de tanta miséria o
dias
ao general Gomes Freire no mesmo assunto, poucos
depois de entrar no seu antigo exercício, fazendo-lhe presente
a uma tão extremosa necessidade,
quisesse dar providência
em carta de 25 de setembro do ano
porque lhe respondera
enquanto dar-se geralmente assis-
próximo antecedente, que repetidíssimas as
tência a todas as famílias lhe segurava eram
semelhantes des-
ordens que tinha da corte para economizar
convir nem dar ordens para mais
pesas pelo que não podia
aquelas famílias pobríssi-
que a medicina assistência para é contra
mas, que por serem homens capazes do serviço e que
capital ou a
êle transportarem-se com as mulheres àquela
dura a sua resis-
algum outro presídio, e que parecendo-lhe
Majestade o
íència lhe rogara muito o representasse a Vossa
atenda a comiseração de
que faz expondo julga mui preciso sejam assis-
Vossa Majestade às referidas famílias, ordenando
da determi-
tidas com diário mantimento na mesma forma
tomar quando os
nação que Vossa Majestade foi servido
aonde en-
mandou ir de Trás dos Montes para aquela praça,
os frutos capazes de se
quanto o labor da terra não produziu
Fazenda os que
sustentarem tiveram assistência de sua Real
o produto do seu trabalho fez
justamente pararam logo que afirma como tes-
desnecessária a mesma prevenção, da qual
hoje mais porque
temunha do que experimentam carecem
a guerra lhes
esta falta recai sobre a perdição dos bens que
alimento
tirou e ainda o meio de adquirirem para o próprio
extinguido nestes
auando o houvesse de venda, e já se tem
sustância que a
dez anos de bloqueios todas as relíquias de
do Rio de .Tane.ro nao
paz lhes tinha dado e se a provedoria se retire o blo-
remediar a miséria presente e o ajuste de que
não sabe como se poclera
queio dure mais prolongados anos com a pie-
evitar alguma desesperação menos decorosa que
implora eom
dade de Vossa Majestade, a qual êle governador
de futuro dano
profunda submissão para preservativo este Con-
A esta conta se mandou juntar a consulta que por
a sua real
selho se fêz a Vossa Majestade e sobe por cópia
Freire de Andrada^
presença sobre a conta que deu Gomes
da desordem com
governador do Rio de Janeiro, a respeito
— 134 —

Rio Grande de São


se fazem as despesas da Colônia e
que
***£
da Fazenda respondeu que
sendo ouvido o procurador
se não achar ainda determi-
, vista lã consulta inclusa, e de
resolução sobre a
lle se não pode também tomar
considera-
^iaSa
™fe onta que sem dúvida é de grande
lhe^ parece po de fazei
importância, e o que unicamente
a cópia dela ao governador do R o de Jane ro,
^remeter-se
com a reflexão qne costuma na utih-
para que considerando
extrema necessidade em qne re-
Tde da Fazenda Real e na
os moradores da colônia, lhe dê a prov.denc.a
Íetntam e convemente.
uue lhe parecer mais oportuna
Majestade seja servido
Ao Conselho parece que Vossa
da Colônia que aqndas
mandar responder ao governador
a defesa da praça se possam
ramíhas que são escusadas para
Catarina, aonde se lhes faraó as
Zsar para a ilha de Santa manda azer aos
Sllmas assistências que Vossa Majestade
aquela ilha para
casais que se transportam das ilhas para
colônia estão expen
desta sorte evitarem a inópia que na
nem de que se sus-
mentando sem terem terras que cultivar,
faz muito preciso
tentem, e porque entende o Conselho se
a boa arrecadação da Real Fazenda que se criem os pro-
para tem representado
vedores da Fazenda que o mesmo Conselho
sobe copia com
em consulta de 30 de abril de 1746, de que
representa a
esta a presença de Vossa Majestade, novamente os
Vossa Majestade que não somente lhe parecem preciosos
também outro
dois provedores na Colônia e Rio Grande mas
tem ido
mais na ilha de Santa Catarina, visto que para esta ter
os primeiros transportes dos casais das ilhas, e ser V*ec™°
14 de ja-
ali a Fazenda Real a devida arrecadação. Lisboa,
neiro de 1748.

À margem — Resolução. Como parece e aos governa-


e coman-
dores da Colônia, Santos e ilha de Santa Catarina,
tudo
dante do Rio de São Pedro se avise que devem cumprir .la-
de
o que lhes for encarregado pelo capitão general do Rio
as outras
neiro, assim em matéria de despesas, como em todas
aos provedores daqueles
que se oferecerem de meu serviço, e
— 135 —

das suas repartições anual-


presídios que enviem as contas
do Rio de Janeiro,
mente e com toda a clareza ao governador
conveniente, e esta resolu-
para que êle advirta o que julgar com ordem para que
ção se participe ao mesmo governador
com seu parecer ao
examinando aquelas contas as remetam
devem
Conselho, o qual me consulte os ordenados que parece
escrivães que por ora
dar-se aos novos provedores, e aos seus
28 de agosto de
servirão juntamente de contadores. Lisboa,
1748. Com a rubrica de Sua Majestade.

Sobre fazer presente o mesmo Con-


selho ser muito importante ao serviço de
Sua Majestade e ao bem dos novos govêr-
nos das minas dos Poios (sic) e do Cuiabá,
e as ponderações e providências que a êste
respeito se lhes oferecem, e vai a consulta
que se acusa.
tomada na con-
Pela real resolução de Vossa Majestade
bem aprovar o
sulta inclusa houve Vossa Majestade por
seguiu o Conselho tocante à criação de novos
parecer que
nas minas dos Poios, e nas do Cuiabá e por cons.
governos
importante ao melhor
derar o mesmo Conselho que é muito
o regulamento
serviço de Vossa Majestade e ao bem público
as ponderações e pro-
desta matéria, põe na sua real presença
vidências que a respeito dela se lhe oferecem.
foi servido que se «°»»o
Quando Vossa Majestade considera o Conselho
governador Dom Luis Mascarenhas, Paulo governador
ter desnecessário que haja mais em São a júris
com patente de capitão general porque estendendo-se
sul das comarcas de
dição do governo do Rio de Janeiro ao o go-
São Paulo e Pernaguá, por se julgar conveniente que
da Prata^dependa
vêrno das terras que dali continuam até o no
de *«£
do Rio de Janeiro, donde recebem os socorros
as dito duas
lhes é necessário, a mesma razão se dá para que
a capitania geral
comarcas que medeiam e são mais vizinhas
— 136 —

igualmente desta E quando a


do Rio de Janeiro dependam
conveniente, poderá o gover-
Vossa Majestade assim pareça
todo o militar das ddas
nador da praça de Santos administrar
ao capitão general do R,o
duas comarcas, ficando subalterno
criasse o g™>°r *
de Janeiro como estava antes que da ilha de Santa
São Paulo, e como estão os governadores
Colônia.
Catarina do Rio de São Pedro, e da
se repu-
O governo de São Paulo não se erigiu porque
comarcas, senão porque
tasse necessário para aquelas duas
e comunicação das
sendo então por São Paulo o caminho
naquela parte governa-
Minas Gerais pareceu preciso criar
acudir às ditas Minas
dor que pudesse mais facilmente
o requeressem. Com efeito consi-
quando os negócios delas a sua presença
derando os governadores menos necessária
residência nas Minas
em São Paulo, fizeram quase sempre sua
e havendo espe-
Gerais Descobrindo-se depois as do Cuiabá
reconhecendo-se
ranças de se acharem outras nos Goiás, e
Minas Gerais, aonde era pre-
que não podia o governador das se tinham des-
ciso residisse, dar providências às outras que
alem
coberto e se esperavam, resolveu Vossa Majestade que
em cuja
do governo das Gerais houvesse o de São Paulo,
e para elas foram logo
jurisdição pôs as ditas novas minas algu-
residir os governadores enquanto Vossa Majestade por
mas queixas particulares lho não proibiu.
Hoje porém refletindo do número e qualidade dos habi-
tao
tantes dependências e comércio, considera o Conselho
das
supérflua a assistência do governador e capitão general
ditas duas comarcas como a reputa indispensável nos distri-
tos dos Goiás e Cuiabá.
No dos Goiás o tempo por necessário em razão das muitas
de trezentas
povoações que já existem estendidas por mais
léguas, como são desde a passagem do Rio Grande até os con-
fins do governo do Maranhão, sendo a maior parte deste
de
espaço de terras minerais do ouro e também em razão
haver no mesmo distrito dois outros rios em que se acham
diamantes, onde será preciso lodo o cuidado de um bom go-
res-
vernador para que se observe a proibição de extraí-los, a
— 137

há notícia de muitas transgressões sem se lhes


peito da qual
noder
! até agora achar remédio eficaz.
de genüos
Acresce a isto, estar aquele distrito rodeado
se encontraram no Brasil e
dos mais bárbaros que até aqui
seus insultos pronta providencia
ser preciso para rebater os
estes particulares tem mos-
de um governador. Em ambos ordens
irado a experiência grande prejuízo de se depender das
três meses de jornada.
do governador que está distante a maior
No distrito do Cuiabá ainda reconhece o Conselho
inteligente e assim porque
necessidade de governador distinto
e a distância é muito
a extensão dele ainda excede a dos Goiás
do Cuiabá seis meses
maior, gastando-se de São Paulo à vila
Mato Grosso outro
de trabalhosíssima navegação e dali ao
êste Mato Grosso
mês como pela circunstância de confinar
de La Sierra e com as
com o governo espanhol de Santa Cruz
e Chiquitos donde
aldeias dos jesuítas castelhanos dos Mochos
e sucederá freqüente-
nasce que sobrevindo como já sucedeu,
e da comunicação, e
mente, contendas por causa dos confins
capaz de res-
mui conveniente que ali haja um governador
semelhantes casos para evitar
ponder e obrar com acerto em o direito dos
as desconfianças da corte de Madrid, sem perder
nossos descobrimentos. o sei-
Julga o Conselho de grandes conseqüências para
meio do estabeleci-
viço de Vossa Majestade que assim por
o concor-
mento do governo como por todos os outros que
tao poderosa
rem, se procure fazer a colônia do Mato Grosso
respeito, e sirva de ente moral
que contenha os vizinhos em deparou a pro-
a todo o interior do Brasil, para o que parece
que ali
vidência com uma grande facilidade na comunicação
do Para ao mesmo.tampo
pode haver por água até a cidade
de La Sierra, com o restante
que a do governo de Santa Cruz das serranias
do Pará é sumamente dificultosa pela aspereza
dos Goiases pode ter t.mes-
que se interpõem. O governador Paulo, com o
mo soldo qne hoje está aplicado ao de Sao
de Dragões que se
mesmos oficiais de ordem, e com a tropa
acha naquele distrito. r
Grosso e Cuiabá parece ao Con-
Ao governador do Mato ao das
selho mande Vossa Majestade dar o mesmo soldo que
— 138 —

das duas ordens um tenente


Minas Gerais, e criar para oficiais
um ajudante de tenente, e uma
de mestre de campo general e
com os oficiais competentes
companhia de cinqüenta Dragões
nas Gerais, enquanto o pais nao
todos com o mesmo soldo que
tem, e os ditos Dragões pode-
melhorar da carestia que hoje
informação do preço dos
râo servir por ora a pé, pedindo-se este preço se
cavalos naquela colônia, para montá-los quando
brevemente estará pelas cria-
reduzir a termos razoáveis, como
cões eme se vão introduzindo.
de Santos parece ao
Os confins do governo subalterno
norte por onde hoje partem
Conselho sejam para a parte do
Panlo, para a parte do
os governos do Rio de Janeiro, e São
de São Paulo, como da
sul por onde parte o mesmo governo
sertão pelo Rio Grande,
ilha de Santa Catarina e no interior do
e pelo rio Sapucai. .
da parte
de Goiás parece sejam
Os confins do governo
onde hoje parte
do sul pelo rio Grande da parte do leste por
Pernambuco e
o mesmo governo de São Paulo com os de
Grosso e Cuiabá
Maranhão; os confins do governo do Mato
São Paulo pelo dito rio Grande,
parece sejam para a parte de dos
e pelo que respeita a sua confrontação com os governos
noticia
Poejos (sic) e do Estado do Maranhão, visto a pouca
se ordene a cada uni
que ainda há daqueles sertões, parece que tntor-
dos novos governadores e também ao do Maranhão,
e natu-
mera. por onde poderão determinar-se mais cômoda
ralmente a divisão.
Ao governador do Mato Grosso e Cuiabá parece pelas
da
razões sobreditas se deve ordenar que faça a maior parte
con-
sua residência no Mato Grosso, e ali escolha o sítio mais
Majes-
veniente e sadio para assento da nova vila que Vossa
tade tem mandado criar naquela parte. Lisboa, 29 de janeiro
de 1748.
não
À margem — Resolução. Como parece e enquanto
sou servido nomear governadores para os dois novos gover-a
delas
nos, hei por bem cometer a administração interina
se
Gomes Freire de Andrada, e que Dom Luís Mascarenhas
se nao
recolha para o Reino na primeira frota. E se ainda
— 139 —

a guerra do gentio do Goiás nà


tiver tomado resolução sobre
se fizesse em São Paulo o dito
Junta das Missões que ordenei
Rio de Janeiro para o mesmo
Gomes Freire a convoque no
Conselho a instrução do que
efeito para o que lhe enviará o
mandará passar as mais ordens
neste negócio tem procedido e
do sobredito. Lisboa, 7 de maio de 1748.
para a execução
Com a rubrica de Vossa Majestade.

Faz-se presente a Vossa Majestade a


conta que dá o brigadeiro José da Silva
Paes, a respeito da deserção que de umas
naus francesas que se achavam no porto
três
da ilha de Santa Catarina fizeram
oficiais e alguns soldados e marinheiros,
das ditas naus se
que pretendeu o capitão
lhe entregassem.

se acha governando
0 brigadeiro José da Silva Paes, que
a Sua Majestade por
a ilha de Santa Catarina fêz presente
do ano passado de
êste Conselho, em carta de 13 de agosto
dos trçs navios
1747, que tendo visto o capitão comandante^
nao se lhe terena
franceses que se achavam naquele porto
sair e seguir o
incorporado as que esperava, se determinara
de terem sal.sfe.to
seu destino, no dia 9 do dito mês, depois
coisa algumaf
tudo o que compraram, sem faltarem em
t.zessem negoc o
ordens dele brigadeiro, e nem lhe constar
o pudesse
algum, porque além de não haver na terra quem
lhen»
fazer, como já fizera presente a Vossa Majestade nego ar
a qual vao
tara que a sna carga era de prata, com
o tazem as nossa,
aos Estados da Índia, na mesma forma que
lhe desertaram
naus de Macau. Que na véspera da part.da
"s^
três oficiais que iam servir à ilha de Morir. por
cap.tao francês
alguns soldados e marinheiros, os quais o dilo
™s~™
lhe requererá lhos fizesse mandar entregar,
e se tora um
várias conveniências que não lhe adm.hra,
e que pretendia ele bng
pouco desgostoso pelos não levar;
— 140 —

Janeiro na primeira ocasião ao


deiro remetê-los ao Rio de
de Andrada, para dispor deles o que
general Gomes Freire se lhe oferecia fazer
Josse servido; expondo ser isto quanto
referindo-se as mais contas que
presente a Vossa Majestade,
aquelas fortalezas.
tem dado sobre o de que carecem
na presença de Vossa Ma-
Ao Conselho parece deve pôr
brigadeiro José da Silva Paes, por ser
jestade esta conta do
de Paris donde se pode
de matéria que faz relação à corte
Vossa Majestade seja ser-
fazer alguma representação a que
de abril de 1/48. Metelo.
vido mandar responder. Lisboa, 30
Moreira. Pardinho. Corte Real.

Sobre a conta que dá o governador


da nova Colônia do Sacramento a respeito
das moléstias que padece; das embarca-
do que renderam
ções que deram à costa; e
os couros que vieram na última frota,
o
dos petrechos que são necessários para
daquela praça.
fornecimento dos armazéns
da
Antônio Pedro de Vasconcelos, governador da praça
do primeiro
nova Colônia do Sacramento, na carta inclusa
Vossa Ma-
de agosto do ano próximo passado, representa a
havia ano e meio a
jesíacle, por este Conselho, ter padecido de
esta parte mui sucessivos defluxos, que o tem destituído
fora
carnes e forças, em forma que já poucas vezes pode sair
setembro
de casa, e que sobrevindo na noite de 18 para 19 de
sete
de 1746, um furacão tempestuoso que fêz dar à costa
ao
embarcações do uso daquela praça, fora obrigado a pedir
duas ao conde
governador do Rio de Janeiro duas e outras e
das Galvêas, as quais ainda se lhe não tinham remetido,
carecia de ordem positiva para a provedoria-mor da Bahia,
mandar o que êle governador lhe pedir para a conservação
na
daquela praça; que\ie 34.959 couros que tinham vindo
última frota se haviam cobrado os direitos que importavam
réis,
nove contos quatrocentos sessenta e três mil e duzentos
141 —

e espera que Vossa Majestade


e se carregaram ao almoxarife,
os petrechos e munições que
í,e]a servido mandar remeter
dos armazéns da dita praça.
pediu para o fornecimento Majes-
Parece ao Conselho pôr na real presença de Vossa
da nova Colônia
iade que esta carta do governador da praça
a matéria que ela contém, e Vossa
para que lhe seja presente
sucessor nesta presente
Majestade se sirva ordenar-lhe vá
se acha reduzido para
monção, visto o decadente estado a que
da sua falta
so poder evitar as perniciosas conseqüências que
considera.
podem resultar e o mesmo governador Majestade seja
F também parece ao Conselho que Vossa
do Brasil e governador
servido ordenar ao Vice-rei do Estado
as embarcações
do Rio de Janeiro, remetam para a clita praça
lhes pedir, e mandem
novas que o governador da Colônia
fazendo-se estas
consertar as que o governador lhes remeter,
visto se nao
despesas pelas provedorias dos seus governos,
da Colônia sem o uso das embar-
poder conservar a praça
CaÇ°E
dá conta haverem recobrado
porque o dito governador
e sessenta e três mü
naquela praça nove contos quatrocentos
se ez carga ao
e duzentos réis dos direitos dos couros de que
ha desordens na
almoxarife naquela praça, e no Rio Grande
a bem da mesma
arrecadação da Fazenda Real, se faz preciso
de criar provedores
arrecadação que Vossa Majestade se sirva
fez ja presente a
da Fazenda que as evitem, como o Conselho
Vossa Majestade.
de guerra que
E pelo que toca aos petrechos e munições
Conselho peto seu
o governador pede, se fica cuidando no
resolução de
expediente, na remessa deles, visto haver ja
29 de junho
Vossa Majestade para esta se fazer. Lisboa,
tle 1748.
— 142 —

O governador José da Silva Paes, que


Santa Catarina, remete
governa a ilha de
as plantas dos quartéis, casa do governo,
e igreja daquela ilha, para que se lhe or-
infor-
dene o que deve executar, e vai a
mação e plantas.
se acha governando
O brigadeiro José da Silva Paes, que
carta dc 4 de agosto do ano pas-
a ilha de Santa Catarina, em
a planta e fachada dos quar-
«do remete a Vossa Majestade
fortaleza do registro que afirma
téis que se acabaram naquela
tem as Américas tanto
L pareciam os mais nobres que
os oficiais, como para soldados, com acomodação de se
para
da sua arcada toda a artilharia da ha-
poder recolher abaixo
ao tempo os reparos rece-
teria principal, por não estarem
só o lagedo para as suas pia-
bendo grande ruina, faltando-lhe
a Vossa Majestade u> ne-
taformas, como já fizera presente
aquela come.para as
cessitara de duas mil varas não só para
fortalezas, que naquele porto era ma s
mais parecendo-lhe
Rio dc Janeiro, toda aquela
bem empregada do que ainda no
o buscam as nações
magnificência pela freqüência com que
sendo feita toda a
estrangeiras, o que não sucedia no outro
a um conto e qm-
obra com tal economia que não chegara
a Vossa Majestade a
nhentos mil réis, que também remetia
lhe parecia se devia
planta e fachada da casa do governo, que estar amea-
fazer na vila e juntamente a da igreja matriz, por
e barro pelo
cando ruína a que existia, por ser feita de pedra a
seu primeiro povoador, como já também fizera presente ditos
Vossa Majestade, que resolverá se se devem fazer pelos
riscos ou pelos que Vossa Majestade for servido.
a carta e
E remetendo-se ao engenheiro-mor do Reino
com seu parecer sobre
plantas inclusas para que informassse
elas, respondeu o que consta da sua informação que junta-
mente sobe à real presença de Vossa Majestade.
disse
E dando-se de tudo vista ao procurador da Fazenda
o bn-
lhe parecia se deviam aprovar as plantas que remeteu
Catarina, e mandar-
gadeiro que governa na ilha de Santa é mais
se-lhe ordem para a executar em o sítio que entender
— 143 —

na qual era que


conveniente para a defesa e para o comércio,
eme entendia se devia
Sc persuadia se devia criar a nova vila, e
da fortificação da igreja, que não
juntamente cuidar na obra lugar a da casa
era menos necessária, deixando para o último
do mesmo briga-
do governo, encarregando-se todos ao zelo
e conhecida eco-
deiro, que com o seu préstimo e atividade,
conveniente ao serviço
nomia faria sempre o que fosse mais
a aque-
de Vossa Majestade, que pelo que respeitava prover-se
tinha
Ia ilha de habitadores como dizia o engenheiro-mor
neces-
Vossa Majestade pela sua real grandeza a providência
dizia se
sária; e que quanto a lagedo de que o comandante
de ir na presente
necessitava, lhe parecia estaria já em termos
frota. ,
o mesmo que ao procurador da j.
*a-
Ao Conselho parece
zenda. Lisboa, 3 de setembro ele 1748.
Lisboa, 9 de
À margem — Resolução. Como parece.
de Sua Majestade.
julho de 1748. Com a rubrica


O brigadeiro José da Silva Paes,
ao ge-
conta da representação que fizera
estado
neral Gomes Freire de Andrada, do
ilha
em que se achavam os presídios da de
de Santa Catarina e das munições
expondo
guerra e tropas de que careciam sacerdote^
também o quanto se necessita de
e vai
que diga missa àquelas guarnições
o mapa que se acusa.
de 15 de agosto
O brigadeiro José da Silva Paes, em carta
este Conselho que
de 1746, dá eonta a Vossa Majestade por
ilha de Santa Ca
recolhendo-se da praça da nova colônia na
chegara aque-
tarina, conforme as ordens de Vossa Majestade
Gomes
le porto a 11 de março, e logo dera eonta ao generall
também do
Freire de Andrada, não só deu arribo, como
e das inum-
seu estado em que se achavam aqueles presídios
careciam, de que man-
ções de guerra e tropas de que
— 144 —

a Vossa Majestade o
dara mzt
^^^X
a Vossa Majes» ^
doze qu qumze peças
T Zinas T de vime de bronze, porque são as que
v "te e quatro daquela
columbrinas, barra
, para
respeitando a largura
mais alcançam,
que possam
rf ^™£°K%g a^bém fazia presente
de com seis companhias
V° TMates íe 11 par cia que
LsTen home -da uma ficavam suficientemente guarne-
com advertência que devem ser de
cda" as uns
citías as fortalezas, devem
ter mais exerci-
artilheiros, porque sao os que tem e üe™
dos infantes devendo
cio nelas e fazem também o serviço
referidas seis companhias, uma cujo cap. ao e
incluída nas
engenheiros, como Vossa
„ a" ofi ia s dela sejam também
haja em cada um dos terços, para
Malestode tem determinado nao
cuidar na conservação dos mesmos, o que
qne possam não seja de protoa,, e
^e fazer qualquer outro oficial que em cada
da mesma sorte seria preciso criar nm condestavel
que sirva como d almoza
uma das quatro fortalezas, para que
de todos os petrechos de cada uma como e estilo e
tarife
tudo o que se lhe entregar, f«ní*
possa responder por houver nas ditas fortale
carga porque os comandantes que
só cuidarão, do>f*
zas'que por ora serão por destacamento
que deva
viço sem nenhum outro encargo, e o condestavel
senão também da
ser efetivo cuidaria não só dos petrechos,
mais o mesmo
repartição dos mantimentos, representando
se carecia da capeta
brigadeiro que já fizera presente o quanto e
aquela do registo por estar já acabada a sua ermida
para lhe participa pois
sendo Vossa Majestade servido pelo que se
ao bispo do Kio
em provisão de 31 de maio de 1742, ordena
ocupasse este
de Janeiro, mandasse para ali sacerdote que
como gentios,
lugar, pois estavam aquelas guarnições vivendo deso
sem em todo o ano ouvirem uma missa mais que pelamorrer
incidente
briga e no perigo de poderem em algum
aqueles pres
sem confissão nem sacramentos por estarem
temporais se
dios distantes da vila algumas seis léguas, e com
aqui nao
não podiam navegar aquelas baias e que até
— 145 —

havia feito, parecendo-lhe que


ido por mais instâncias que
haja naquela ilha um
auerendo Vossa Majestade permitir ou quatro poi.
Seio de capuchos em que assistam três
esmola, que já lhes nao faltarão
To religioso, que vivem de
os mais, seria muito conveniente
e não pretendem terra como
daqueles moradores e deles,
ainda para o bem espiritual
como se praticava no Rio de
dando-se-lhes missa ordinária
ir assistir naquela fortaleza
aneiro, podiam aos meses um
capelão aonde iriam os dos mais por turnos a ouv,r as
po"
missas e terem quem os confesse, e adm.mstre os sacra-
Cs ao general Go-
mentos e que isto mesmo fizera já presente
Vossa Majestade em que
mf Freire de Andrada, e convindo
também seria minto conve-
Tse estabeleça o tal hospício,
daqueles presidio, uma
ente ôsse com êle para os serviços
"leia da vila da Con-
de índios da terra que há no distrito da
capitania de São Paulo, a que chamam de Itanhaemi
to, não terem terras na para-
administração dos ditos padres por
são uns brigai, e ali haverem-nas
gem em que se acham, que as cultivasse.
cie sobra e só havia falta de gente que
de qne faz menção que
Com a dita carta envia o mapa
Vossa Majestade.
com esta sobe às reais mãos de
0 que visto.
de Vossa Ma-
Parece ao Conselho pôr na real presença
se faz dim*™tfZ£
jestade esta Tepresentação que
Jde
Vossa Majestade por ser .«^^f ^Tem
a ilha de>aama
tância que se encaminha a poi
de 1748.
estado de defesa. Lisboa, 3 de julho

™ Declare o Conselho as provi-


Resolução
e os meios petos quais se pofcm
dêncts^e^gaTne^S Ma
de de 1748. Com a ruta.es de Sua
dar iXayO julho
jestade.

10
146, —

Pedro de Matos Coelho, capitão de


Artilharia da praça do Rio de Janeiro, pede
com
a patente de sargento-mor entretido
de
o soldo por inteiro, em remuneração
seus serviços.

de Serpins Câmara de
Pedro de Matos Coelho, natural
Coelho, mostra haverem
Coimbra e filho de João de Matos
"
desde 19 de abrd de
o Vossa Majestade neste Reino
de soldado e cabo de
1703 até novembro de 1709 em praça
de Janeiro trinta e quatro
esquadra, e na capitania do Rio
com algumas mter-
anos, dez meses e cinco dias, continuados,
o primeiro de dezembro de 1709
polações de licenças desde de sargento do numero,
até 5 de outubro de 1744, nos postos
supra e do^numero,
capitão de Companhia, alferes, ajudante
do Terço da Artilha-
e no de capitão de uma das companhias
e no referido tempo
ria por patentes de Vossa Majestade
e quatro que se
achar-se na campanha do ano de setecentos
nos rebates e sítios
fêz na província do Alentejo, havendo-se
sorte na campa-
dos inimigos com muito valor, e da mesma
de setecentos e
nha que se fêz na mesma província no ano
nosso exercito
cinco, e no ano de setecentos e seis, em que o
a cidade
entrou por Castela no destacamento que foi castigar
cidade de Ro-
de Salamanca, guarnição e defesa da praça da
Mourão, em
drigo, e no mesmo ano ir guarnecer a praça de
sargento do
setecentos e nove, sendo nomeado no posto de
número de uma das companhias do Terço de Infantaria que
embar-
se criou para guarnição da praça do Rio de Janeiro
real ser-
car-se para aquela capitania e continuando nela o
o que
viço ser nomeado para atalhar o passo aos franceses,
valor
fêz com os soldados que o acompanharam com grande
daquela
e intentando o dito inimigo tomar o dito Castelo
fogo que
cidade e foi socorrer com grande perigo do muito
embar-
fazia, indo ao depois por cabo para a vila de Parati
a costa e
car-se por cabo de uma balandra que foi a correr
fazendo
recolhendo-se ir de guarnição para a fortaleza
várias diligências e prisões de confiança, que lhe recomen-
da parte
daram os governadores, os quais lhe agradeceram
— 147 —

com que se houve, defen-


de Vossa Majestade o zelo e cuidado
estrangeiras que nela
dendo a dita vila de várias embarcações
e tendo o governador Aires de Sal-
pretendiam fazer negócio
andavam corsários, man-
llaiiha notícia que naqueles mares
nomeando ao suph-
dou sair duas fragatas de guarda-costas,
efeito sairam, e gastando
cante por cabo de uma, que com
uma balandra francesa
Tinte e cinco dias se recolheram com
negócios naquela costa.
aue aprisionaram por andar fazendo
setecentos e vinte e cinco e setecentos e vinte e
Fm
fortalezas de Sao João e
seis ir de guarnição para as
e vinte e sete as
Santa Cruz da Barra. Em setecentos
em setecentos e
minas de uma missão do real serviço;
Luís Vahia Montem,
rnita ir por ordem do governador
de Pernaguá a exami-
a bordo de uma sumaca da vila
aos quintos, cuja
nar se vinha nela algum ouro extraviado
e achando-se nela
diligência executou com grande atividade,
trouxe à presença do go-
uns embrulhos com ouro em pó os
e em muitas dih-
vernador, com o mestre da sumaca preso,
foram encarregadas obrou com
gências mais que por êle lhe
e trinta e seis ocupando
ígual satisfação e zelo. Em setecentos
de socorro a praça da
o posto de ajudante de número passar a cortina
Colônia, e desembarcando ser logo nomeado para
inim.gos tinham
de Nossa Senhora do Monte do Carmo aonde
de noite, executando
aberto brecha e assistir nela de dia e
com o cuidado e des-
inteiramente as obrigações de seu posto
na expedição destes
veio que pedia semelhante ocasião. E ir
da praça, foram
três batalhões que em distância de três léguas fogo as
desalojar o inimigo o que se conseguiu pondo-se-lhe
e obngando-o a re-
barracas, currais e quantidade de couros,
muito valor na van-
tirar-se, avançando-se o suplicante com
dos atalhos como na deshffl-
guarda, e assim na formatura
da nossa artilharia e de uma
,-ão que se fêz e condução
com que inquietara a p aça
peça que se tomou ao inimigo a dita praça
Havendo-se com incansável trabalho, achando-se
demolir e arrasar
sitiada ir no destacamento que se mandou
os ataques que os inimigos tinham largado .trazendo-*toda^a
algmabata
madeira e fachina que fosse possivel e açudando matando
Ihões da cavalaria inimiga serem desbaratados,
— 148 —

oficial e alguns soldados, ficando


«.lhe o comandante, um
ir recolher a esquadra que
ou os feridos, ser nomeado para
embarcar-se em um bergantim
estava em Montevidéu e dali
cabo d 30 soldados, e chegando a Maldonado passar a
% a defender a aguada para
Ca firme com um destacamento
e voltando para o Rio
aTnau Te guerra e mais embarcações,
do br.gadeiro José da
Lnde de São Pedro em companhia
lancha com outras embar-
S â Paes ser mandado em uma
do inimigo, o que fêz com tanto
c cões o ^m arcar na costa
tomou terra e se conservou ate
sco que só a sua embarcação
outro dia em que acabou de desembarcar a infamar a, e
o
um reduto até se prmcipiar
Zu a trabalhar na reforma de
assistindo de dia e de
á fortaleza daquele estabelecimento,
repartição dos mantimentos,
no te a fachina? guardas, rondas,
com muito presumo e
: rrecadação dos couros, cobrando
uão eram do exercício do seu
atividade ainda em coisas que os
ttnem do serviço ordinário da infantaria^ Eni, se.ecen
po o general de Buenos A res
c trinta e oito havendo notícia que
obrigar a largarmos o forte escre-
prepara gente para nos distantes do Rio de
vendo de São Miguel, cinqüenta léguas
conta tomar a devi-
São Pedro, protestando e ameaçando por começar a
da satisfação de se continuarem as fortificações aproun-
trabalhar-se em abrir canais, engrossar parapeitos
mato, e bater outei-
dar poços, construir esplanadas, cortar arma-
ros, e juntar fachinas e munições e levantar quartéis,
o suplicante na
zéns e casas, e a todo este trabalho assistir
atropelando muitas vezes
parte e tempo que lhe era destinado, suas obrigações
as queixas que padecia, sendo na execução das
um vivo exemplo para os soldados, em o bom procedimento
novos povoa^
dos seus costumes de grande edificação para os
dores daqueles domínios.
recebido
E porque pelos serviços referidos não tem
Vossa Ma-
mercê alguma sendo dignos da real tenção de
jestade. reiormar
Pede a Vossa Majestade lhe faça mercê de
in-
com o soldo por inteiro e patente de sargento-mor Ma-
a
terdito na mesma forma que foi servido conceder
certidão
miei Esteves de Brito, como se verifieava da
— 149 —

e tanto anos de
«ue oferecia por se achar de sessenta
real serviço, que pre-
Ide e com achaques que ganhou no
a continuá-lo e em remunera-
sentemente o impossibilitam
í;âo de todos os seus serviços.
de fevereiro de 1747 ao
Ordenou-se por provisão de 28
do Rio de Janeiro,
governador e capitão general da capitania
Freire de Andrada informasse com o seu parecer ao
Gomes
de outubro do mesmo ano, dizendo
«ue satisfez em carta de 8
a Vossa Majestade com bom
Te o suplicante tem servido
declararam os papeis dos seus
Procedimento e os anos que de poder continuar no
serviços, que se acha impossibilitado
dos seus achaques que o
exercício de seu posto porque além
cego ao presente que lhe
tem em decadente estado se acha
"anteser da real grandeza de Vossa Majestade deferir ao
naTece serviços para por
L; ficando porém cassados os seus
remuneração. Apresentou
Z não pretender outra alguma das mercês porque
mas corridas e certidão do registro
mercê nem a outra pessoa ai
consta não se lhe haver feito
seus serviços.
guma por respeito dos
ao desembargador José
E dando-se vista destes papéis
de Carvalho como fiscal das mercês, respondeu tem o
Vaz
a mercê que pede, quando
supliclnte os papéis correntes para
Vossa Majestade haja por bem fazer-lha.
O que visto:
Gomes
Parece ao Conselho o mesmo que ao governador
de 1748.
Freire de Andrada. Lisboa, 18 de junho

Majes-
Sôbre se fazer presente a Sua
da capi-
tade o que informa o governador
Freire de
tania dl Rio de Janeiro, Gomes e maisje-
Andrada, acerca dos materiais
«a ífa>zasJ_
neros que se carecem para da dita ca
embarcações da Fazenda Real
se fazem pre
pitania, e das quantias que
— 150 —

cisas tanto para esta remessa como pam


se darem aos governadores nomeados para
as conquistas e vai a consulta e relações
que se acusam.

tomada na con-.
Pela real resolução de Vossa Majestade
deu o provedor da Fazenda
solta inclusa sobre a conta que
a respeito do que se ca-
Real da capitania do Rio de Janeiro
da Fazenda Real, foi
rece para as fortalezas e embarcações
o Conselho mandasse
Vossa Majestade servido ordenar que
conteúdos na
averiguar se serão precisos todos os materiais
relação inclusa, e os fizesse remeter.
ano pró-
E ordenando-se por provisão de 14 de abril do
do Rio de Ja~
xirno passado ao governador e capitão general
o que se pre-
neiro informasse com o seu parecer, declarando
avisando-se- he
cisava da dita relação que se lhe enviava, e
metade do que nela se pecha,
que deste Reino se remetia a
ano dizendo
satisfez em carta de 20 de setembro do mesmo
o provedor da Fazenda
que examinando a relação junta que e
Real remeteu dos gêneros mais precisos àqueles armazéns
tem bandeiras naquela
que considerando as fortalezas que e os
capital na ilha de Santa Catarina, Rio Grande e Colônia
de
mais gêneros e petrechos que pedia para as embarcações
o ne-
Vossa Majestade que servem, guarnecem e transportam
cessário aos ditos presídios, entendia ser diminuta a referida
relação pois os referidos presídios e embarcações gastarão
muito mais e devia haver naqueles armazéns sobresselentes
Majestade de os
pelo dano que se segue a Fazenda de Vossa
comprar mais cento por cento do que se podiam ter e que
enquanto às caixas de guerra com menor número se pode
refazer as que faltarem nas tropas.
E dando-se vista ao procurador da Fazenda respondeu
se
qúe lhe parecia se deviam mandar todos os gêneros que
pediam no rol incluso e ordenando-se ao governador que
mandasse dizer o mais de que se necessitava.
Por despacho de 27 de julho deste ano ordenou o Con-
im-
selho ao seu tesoureiro fizesse o orçamento do que podia
— 151 —

se pedia, o que satisfez com a rela-


nortar esta remessa que Majestade, o
que com esta sobe à real presença de Vossa
çlo
que tudo visto.
Majestade seja servido
Parece ao Conselho que Vossa
do Rio de Janeiro estes gêneros
mandar remeter à provedoria os quais podem im-
Te nede o provedor visto serem precisos,
.cês contos quatrocentos e sessenta « seis ré,s pouco
p ,ar„ forem pre-
monos e aue esta quantia e as mais que
Majestade manda remeter
rpamos gêneqros queVsa
Colônia do Sacramento se satisfaçam pela Casa
para a
PdrMoeda, nova ven, *JBa i
donde ficam as consignações que
Majesiaue
oC munições de guerra, ordenando Vossa
ao do Conselho estas quan-
Curdro da mesnía casa entregue
se darem aos governadores qu
tos" as qu são precisas para as conquistas, as qua s
Vossa Majestade tem nomeado para
os seus requerimentos no Conselho. Lis-
té^à enteado com
boa, 30 de julho de 1748.

ouvidor da
Sobre as contas que dão o
e o governa-
capitania do Espirito Santo
levantamentos
dor do Rio de Janeiro dos
Para.ba do Sul,
aue houve na eapitania da seu pro-
imnuqnando a posse dela que porCorrêa de
ZX mandou lomar Martin,
documentos que
Sá e Benevides, e vão os
se acusam.

O ouvidor geral da capitania ^^^^


de d de uni o *°™J
Nunes José de Macedo, em carta qu
a Vossa Majestade, po
passado, representa ^°nseU
Lda tinha dado conta <m do Sul.
na vila ££%%?£££
de Sao Salvaüor
dens que havia
Majesta«^ a eoPia
devia pôr na real presença de Vossa a
lhe enviou pessoa «resida, com
ção que Estado ^ ^ ^
bem dera parte ao vice-rei daquele
— 152 —

dando-lhe
,ão por entender lhe não responderiam porquanto
declarara a falta da cadeira
duos contas em uma das quais
de que resultará con-
oue havia naquela cabeça de comarca,
castigo insinuando os meios
tinuarem os crimes e não haver
da vila de Sao Salvador e
úteis como era que das comarcas
do Sul se tirassem seiscen os
São João da Barra da Paraíba
sem lhe fazer falta
mil réis para se reedificar a cadeia, que
importância como quem lhe tinha
podiam assistir com esta
mandar-lhe provisão expe-
minado contas e que se servisse
e se o fizessem tal-
dida por aquela mesa lhe não deferiram
como a Ca-
vez não sucederiam as desordens presentes, pois
isso se amo-
inara é rica e querem utilizar-se do dinheiro por
da fortaleza que em
tinaram como também não fugiriam
crimes de
falta da cadeia serve de prisão, uns presos por
e depois de quarenta
moeda falsa, que remeteu para a Bahia
estando ele em cor-
dias de viagem arribaram àquela vila,
cabeça da comarca
reição na de São Salvador, distante da
notícia da arribada
mais de sessenta léguas e onde não teve
tempo.
antes da sua fugida, indo-lhe ambas ao mesmo
da morte do Visconde de
Que na outra carta dava conta lhe
Asseca, Diogo Corrêa de Sá, para que Vossa Majestade
mercê
ordenasse se sem embargo de constar na sua doação ser
não res-
de juro e verdade devia tomar posse, também lhe
tomar sem ordem alguma
ponderam e depois da Câmara a de Ja-
de Vossa Majestade nem do vice-rei governador do Rio
neiro, nem ainda dele ouvidor, usurpando-lhe a sua junsdi-
lhe dar parte, respon-
ção, usando do que não tinham, sem se
deram à Câmara, dizendo-lhes tinham obrado bem.
E dando-se vista ao procurador da Coroa, serventuário,
o desembargador Inácio de Figueiredo, por despacho de 5 de
novembro do ano passado, respondeu que os casos expressa-
dos na sobredita relação e de que dá conta o ouvidor geral
da capitania do Espírito Santo, são gravíssimos de um motim
de
formal, e sublevação escandalosa, que logo necessitam
castigo exemplaríssimo, e prontíssima providência para evi-
tar maiores desordens e prejudicialíssimas conseqüências ao
vice-rei da
público, pelo que lhe parecia se devia ordenar ao
— ,153 —

da Relação tirar de-


Bahia mandasse um desembargador
militares e que com toda a cau-
vassa auxiliado com tropas
aos principais moto-
tela e segurança prendessem primeiro
remetidos à cadeia da Bahm
es da sublevação e que sejam
ou no mesmo lugai
«ara logo sumariamente serem punidos
esse efeito alçada à custa dos
do delito, mandando-se para
culpados. .
Também se viu a carta inclusa de 11 de junho do ano
Freire de Andrada, gover-
passado em que dá conta Gomes
do Rio de Janeiro do
nador e capitão general da capitania
da Paraíba do Sul dos
tumulto que houvera na capitania
a posse que por seu
Campos dos Goitacazes, embaraçando
da dita capitania Martim Corrêa
procurador mandara tomar deu sobre esta
de Sá e Benevides e das providências que
matéria. „
carta do ouvidor da capitania do Es-
Viu-se mais outra
ano, em que
oírito Santo de 5 de fevereiro deste presente
expõe que no primeiro de julho do ano passado soldados partira para
de trinta com
a capitania da Paraíba do Sul, escoltado
do R.o de Jane™
um alferes, de duzentos que o governador
se nao chegarem
mandou para sossegar o levantamento, que
maiores conseqüência o
com tanta presteza se estenderia a
deu posse ao donatário
seu orgulho, e com a sua assistência
Majestade cumpridos
na toma das ordens reais de Vossa
vice-rei do Estado do Brasil, depois
pelo mesmo governador e oitenta 1^^
do que se reÜraram ficando destacados
as
tinha pedido o dito governador para assistirem ^gencias
aos of.cuns
de seqüestro e prisões, nas quais acompanharam devassa
de tirada
de Justiça com toda a prontidão, depois * ^a °de
remetia da qual constará a Vossa
que ^stf
deu pela Wm* ^°ia
que na conta que a Vossa Majestade se dignasse
Estado em 24 de setembro de 1746, para qu ^
Santiago que
mandar exterminar o padre Manuel Antunes
o zelo do sossego daqde pov c
o não comovia mais que Uie
novamente expunha a Vossa Majestade as segurando
que que naqueta
como quem tem experiência de quatro comissões
e do Pade Vlgar.o
vila tinha feito, que sem o seu extermínio o revê
João Clemente não há de haver quietaçao, porquanto
- 154 —

dos religiosos bentos seus pro-


rendo bispo a instâncias talvez
não põem o remédio que devia,
Cores não tão somente lhe
devassa da correção do ano de
deferindo a culpa que na
"e a devassa do levante
resultou mas também indo tirar
da parte de Vossa Ma-
e pregoando correição requerendo-lhe
forma do Regimento dele
Ltade que as mandasse tirar na
carta que .nha
ellos enquanto devassava respondeu por nao devia fazer
todo o tempo
em seu poder para constar a
sem culpa formada. j
de Car-
Manuel Gomes
F sendo ouvido o desembargador
traslado junto da
valho procurador da Coroa, disse que pelo
remetido a Relação do
devassa consta que o ouvidor a tinha
na arca das malfeito-
Estado e que com efeito fora entregue dos réus pro-
rias e que com ela remetera mais quatro presos
na cadeia da mesma
nunciados que também foram entregues
lá se devem pro-
Relação. Que nestes termos é evidente que
é verossimel que Ia
cessar e julgar as culpas destes réus, e
não correm deve-se
esteiam correndo os seus livramentos, e se
devia pronunciar
mandar que corram e ainda que se não
a mesma
tantas pessoas contudo depois de pronunciadas
lhe parecer.
Relação toca dar nesta matéria a providência que
mandou re-
Pelo que toca aos clérigos como o ouvidor
conta
meter as culpas deles ao seu prelado tem satisfeito por
o Consellio
do prelado correrá o seu castigo, e o mais que
será recomendar ao reverendo
poderá fazer nesta matéria têm sido pre-
bispo a consideração do quanto aqueles clérigos
e ao ouvidor que
judiciais ao governo e sossego público conta do lim
observe o êxito dos seus livramentos e que dê
em que eles param. ^
deve na real presença üe
Ao Conselho parece que pôr
houve
Vossa Majestade estas contas dos levantamentos que deve
se
nesta capitania, e enquanto ao procedimento que neles
da Coroa.
ter parece ao Conselho o mesmo que ao procurador
Andrade.
Lisboa, 25 de agosto de 1749. Moreira. Corte Real.
Henriques.

¦À margem — Resolução. Como parece. Lisboa, 30 e

abril de 1750. Com a rubrica de Sua Majestade.


— 15õ —

O governador do Rio de Janeiro dá


conta de se haver executado a obra de um
hospício naquela cidade para residência
dos padres capuchinhos da propaganda
do dito hos-
fidè, e do conserto do prefeito
pício pede se lhe faça nele.

de Janeiro, Gomes
O governador e capitão general do Rio
Vossa Majestade por este Con-
Freire de Andrada dá conta a
cumprimento da real ordem de
selho de se haver executado em
hospício que Vossa Majestade
Vossa Majestade a obra de um
cidade para residência
fora servido mandar edificar naquela
fidé, e de ao presente
dos padres capuchinhos da propaganda
lhe mandar dar
lhe fazer requerimento o padre prefeito para
aos telhados, pois em algumas partes chovia, e
providência
do incômodo que padeciam
se arruinaram as madeiras, além
das esmolas dos fieis,
os religiosos, pois eles se sustentavam
os telhados, e algumas madei-
e não tinham com que reparar
lhe pedia lhe determinasse
a qne hajam de ser consertadas
o padre prefeito referia
„ dito conserto. Que era certo que
ordem de Vossa Majestade nao declarava
porém como a real consertos pela Real Fa-
feito o hospício fossem os futuros
a real piedade de Vossa
zenda, duvidara esta despesa até que
devia obrar.
Majestade lhe determinasse o que se
respondeu que
E sendo ouvido o procurador da Fazenda,
tanta piedade man-
lhe parecia que Vossa Majestade que cora
de mandar reparar
daraPfazer este hospício se devia servir
cometendo*, o« go
fazer as obras de que agora necessitava,
e o manda-las tazer
vernador determinar as que são precisas
mais conveniente.
pelo modo que lhe parecer
ao procurador da Fa-
Ao Conselho parece o mesmo que
zenda. Lisboa, 20 de novembro de 1749.
Lisboa, 15 de
A margem - Resolução. Como parece.
Sua Majestade.
dezembro de 1749. Com a rubrica de
— 156 -

Sobre a conta que dá o governador da


che-
ilha de Santa Catarina de haverem ali
com casais das ilhas dos
gado três navios
Açores do (pie a respeito deles tem prati-
necessá-
cado, e das providências que são
carta
rias para a sua conservação, c vai a
que se acusa.
Manuel Escudei-
O governador da ilha de Santa Catarina,
de 9 de janeiro deste
ro Ferreira de Souza, na carta inclusa
Vossa Majestade, por êste Conselho,
presente ano. dá conta a
navios com casais das
de haverem chegado àquela ilha três
deles tem praticado, e das
ilhas dos Açores do que a respeito
são necessárias para a sua conservação, e
providências que
respondeu que
dando-se vista ao procurador da Fazenda,
e muito diferentes,
nesta conta se falava em muitas matérias,
sobre cada uma
e para maior clareza diria distintamente
aprovar a despesa
delas, em primeiro lugar parecia se devia
a compra das farinhas e manh-
que o governador fêz com
a provi-
mentos para os novos povoadores, louvando-se-lhe
continuar, de
dência e cuidado, que nisto teve e com que deve
destes casais
sorte que o favor e bom recebimento que fizera
hao de
lhe suavise os muitos incômodos que necessariamente
que
sofrer, que se devia também ordenar ao governador
cavalos de que
mande pedir ao do Rio Grande os gados, pão e
repugnância
se necessitar na ilha e para se acautelar a injusta
se deve ordenar ao coro-
que até aqui se tem experimentado
respectivas
nel Diogo Osório que prontamente cumpra as
e ajuda
ordens que há a êste respeito, dando todo o socorro
ilha e estranhando-se-lhe
que lhe pedir o governador da dita obriga-
com a maior severidade a falta que tem tido na sua
Real e daquele estabele-
ção com tanto prejuízo da Fazenda inte-
cimento, e como êste oficial não tem o governo mais que
rinamente e enquanto se não nomeia governador, parece que
fosse go-
logo se devia propor a Vossa Majestade pessoa que
a esta
vernar o Rio Grande, e por êste modo se pode socorrer
dos gover-
desordem sem alterar os limites das demarcações
o general do
nos, o que entende se não deve fazer sem ouvir
157

entende pelo que respeita à


Rio de Janeiro. Que o mesmo
ao governo da ilha de Santa
reunião da vila de São Francisco
se evitar a deserção
Catarina, nem a julga necessária para
se fará neste caso para mais longe e o único meio de
porque se apanha-
le remediar é o ponto e severo castigo nos que
as justiças e capitães-
rem ordenando Vossa Majestade que
e remetam ao go-
mores do rio de São Francisco os prendam
alistem, nem admitam
vernador de Santa Catarina e os não
ser geral para os
naquela terra, e esta mesma ordem pode
os vadios de Pernagua
mais para onde se refugiarem. Que
e nesta consideração cria
de pouco préstimo, serão na ilha
neste inútil socorro, que julga
ser a melhor não se cuidar
aos padres da com-
porém necessário e útil o recomendar-se
mandem os índios ne-
ranhia da parte de Vossa Majestade que
da dita ilha e como a
cessários para o indispensável serviço fogem todos e
dificuldades que estes têm e o motivo porque
os termos mais apertados
não os irem render, se deve com
dois ou três anos
recomendar que não se demorem mais que
como tenho ouvido
c no fim deles vão outros a substituí-los,
a esta ilha há uma ou mais
que em algumas terras próximas de se mudar pam
idéias muito pobres e que não duvidarão
lhe parece, será
outro sitio que lhe seja mais conveniente,
ir para o lugar que lhes parecer
justo querendo eles fazê-los ministérios para que
melhor para dali servirem nos muitos
dos casais se deve
nela são precisos. Que na acomodação
porem
estar pelo arbítrio do governador, recomendando-se-lhe de
o Rio Grande, depois po-
que mande os que puder para Vossa Majestade que
voada a ilha na forma das ordens de
também é necessário cuidar-se em se erigirem Pronta^^e
os religiosos
as igrejas e não lhe parece mal que se mandem
fortalezas, mas entende devem
qne se pedem para capelães das este-
ser das províncias do Brasil por ser conveniente que e
dos seus prelados maiores
jam os das ilhas tão distantes entre religiosos
dar-se ocasião a dúvidas que podem haver
conveniente o
de diferentes famílias e sempre tinha por mm
deve mandar ao
criar-se algum colégio de jesuitas. Que se
continue em mandar fazer as sementeiras de
governador que se diz nesta
trigo, linho, e pinheiros, e por ocasião do que
— 158 —

nas estâncias do Rio Grande,-


sôbre fabricarem-se manteigas
nesta matéria algum cm-
L parece será muito justo o pôr-se
resultaria deste estabele-
dado porque sôbre a utilidade que
negociação se introduziria com
cimento com esta espécie de
as minas, e no resto do Brasil
facilidade e pouco preço em
até agora sumamente caro.
um gênero muito necessário, e mais feliz
Oue o não se acharem minas foi o acontecimento
se deve ordenar
mie podia ter esta colônia, e se persuade que
desejo de as buscar
le se não procurem porque bastaria o
uns povos que nao estão ainda
para se não poderem conter e comerem dos gêneros
Lm seguros, e para se perder o trato
e estimavel principal-
do país, que é sempre o mais seguro,
de tanta utilidade.
mente onde há tantos e que podem ser
no primeiro capi-
E sendo tudo visto parece ao Conselho
tulo o mesmo que ao procurador da Fazenda.
se passe
No segundo capítulo parece ao Conselho que
repreender seve-
ordem ao governador do Rio de Janeiro para
desordens que
ramente ao comandante do Rio Grande pelas
da ilha de
tem feito, faltando em socorrer ao governador
da parte de
Santa Catarina, e em lhe mandar o que pedia
Real Fa-
Vossa Majestade com prejuízo considerável da sua
com os
zenda, declarando-se-lhe que se não deve intrometer
deve
negócios pertencentes à mesma Fazenda, sôbre que
o dito
somente entender o provedor novamente nomeado para
Rio Grande, ao mesmo provedor se deve passar ordem para
mandar a provedoria de Santa Catarina tudo o que lhe pedir
da
necessário para a sustentação, subsistência e conservação
a
dita ilha, havendo nesta matéria em ambas as provedorias
deve
devida arrecadação e também entende o Conselho se
ser
mandar informar o governador do Rio de Janeiro sôbre
e qual
conveniente haver governo separado no Rio Grande,
a ilha
deve ser a divisão e limite que deve haver entre êle e
aos
de Santa Catarina, e que estas ordens se devem participar
governos respectivos.
No terceiro capítulo parece ao Conselho o mesmo que
ao procurador da Fazenda.
ao
No quarto capítulo parece ao Conselho o mesmo que
aos vadios e pelo
procurador da Fazenda no que respeita
15»

mecânicos da ilha de Santa


aue toca ao serviço dos oficiais
estes fazer pelos mora-
Catarina, e mais misteres, se devem
estabelecerem-se na mesma
dores que foram das ilhas ali
e que não convém porem-
forma que fariam nas suas pátrias,
no Brasil de não
se na desordem que comumente se pratica
os ofícios mecânicos pelo que não
quererem os brancos servir virem servir
devem os índios ser tirados de suas aldeias para
ao governador
na ilha de Santa Catarina, advertindo porém
diários que se pagarem a
e provedor dela que os salários
conforme o es-
estes servidores devem ser os ordinários
aos índios, por-
tado da terra e não conforme se pagava
os moradores brancos aju-
que nesta forma se podem no serviço de
dar a viver, e se convidarão a continuar
assim os índios
aue tiram lucro para se sustentarem e que
da Fazenda como aos
das aldeias propostas pelo procurador
se não faça violência alguma
que se acham na mesma ilha
nela mas no caso que seja
para eles irem ou se conservarem
conservarem outros
necessário convidá-los para virem uns e se
o seu trabalho e
se lhes paguem como aos brancos conforme
préstimo.
o mesmo que ao
No quinto capítulo parece ao Conselho
procurador da Fazenda.
ao procurador da
No sexto capítulo parece o mesmo que
o colégio da
Fazenda, com declaração que tem por necessário
companhia.
Meneses pa-
Ao Conselho Alexandre e Metelo de Souza e
nesta parte,
rece o mesmo que ao procurador da Fazenda
da com-
ainda no que toca a ser conveniente haver um colégio
conveniente para educa-
panhia naquela ilha por ser também
ilha.
ção dos filhos dos moradores daquela
José
Ao marquês presidente e ao Conselheiro Fernando
Majestade
Marques Bacalhau parece que por agora Vossa
em
ocupe os capuchos italianos naquele ministério porque
nos
todas tem mostrado a experiência que eles se distinguem
domínios de Vossa Majestade e acrescenta o marques presi-
dos f a-
dente que poderá vir a ser útil e necessário o colégio
dres da Companhia.
— 160 —

o mesmo que ao procurador


No sétimo capitulo parece
* "roto ao procurador da
capitulo parece o mesmo que
outubro de 1/50.
Fazenda. Lisboa, 26 de

or-
Satisfaz-se ao que Sua Majestade
do sargento-
dena sobre a representação
Paes a res-
mor de bateria José da Silva
se acham os pre-
peito do estado em que e do que
sídios da ilha de Santa Catarina, e infor-
neles se carece e vai a consulta
mação que se acusa.

Conselho na real presença de Voa»; Majes-


Pondo este
a ^"^
tade pela consulta inclusa fizera aoJ^IZ
gen
da Silva Paes, da representação que
em que .^^avam os presidio
Freire de Andrada do estado
munições de guerra^teop
da ilha de Santa Catarina e das
careciam, expondo também o quanto seneces da de
de qne fo Vossa Ma
sacerdote que diga missa àquelas guarniçoes
de 10 de julho de 1748,
iestade servido por sua real resolução as provi -
consulta, declare o Conselho
ml Ta mesma
meios pelos quais se poden
cias que julgar necessárias, e os
""'Para
de Vossa Majestade
satisfazer a esta real resolução
Freire
se ordenou ao mesmo general Gomes ^nd^po
de 13 de janeiro do ano próxrmo passadonorma°*
provisão
com seu parecer sobre a dita ^«"^tXfquais
que julgasse necessárias, e os ***»**£ *
providências de
em carta de 1 d mm
se pudessem dar, ao que satisfez
a representação do bngadeiroJ'
presente ano, dizendo qne sobre a
da Silva Paes e o mapa por êle feito ^j^™
as mumçoes f e arülharia.*
ção da ilha de Santa Catarina, e odo murto prop
L falta, e o mais que o mapa mostra
do comércio de Vossa Majestade. Que de b co
e regulado
soldados com o capitão,
panhias a sessenta ^^m
das fortalezas tendo
dois sargentos, deve ser a guarnição
~ 161 —

igualmente sargentos de arti-


^rsento-mor e um ajudante,
como é justo a guarnição paga
toaria e infantaria, pois sendo
estar os soldados destacados
,elo soldo de artilheiros devem
companhias será conve-
L um e outro exercício que nestas
soldados que hoje estão de
Tente incluir aqueles oficiais e
e lhe faz conveniência o
uarnicão nas mesmas fortalezas
casados, ou estarem em termos
residirem nelas por serem já
também de povoadores,
de tomar estado, pois, ficam servindo
soldados que Vossa Majestade fo, ser-
aue com eles e os mais aquelas guarmçoes se for-
vido mandar tirar das ilhas para
àquela cidade os of,
n" 6 companhias, recolhendo-se
excedendo à lotação das praças
ST e soldados que ficam
será justo serem nomea-
aue as formarem, e os novos oficiais
cientes daquele modo de
os daqueles batalhões por estarem
ou almoxarife se faz ind.s-
ervkoe certo que o condestável
em d uma forta.eza que o lagedo^ como o ba
TnXl
despesa naquela eapitan.a f.cana nmo o que e
com menos
em tudo o ma.s esta mui
fizesse conduzido da Europa, e
o brigadeiro refere
próprio tudo o que d.to José da Silva Paes
E mandando-se nesta corte ao Gomes Freire
a referida informação do governador
aue vendo
resolutas por VossaMaje-
A„d"l e as consultas que há
da ilha de Santa Ca
tade sobre as fortificações e guarnição
"ormasse eom „
sobre tudo com o seu parecer,
declarando as pr
a estarem hoje as tropas arregimentadas,
os meios porque «pod
vidências que julgasse necessárias
com esta a reais mãos
rão, satisfazer com o papel que sobe
Vossa Majestade. F^pnela da Fa«***£^ res-
E dando-se de tudo vista ao procurador
de bateria
o governador do Rio e o «*»*££
pondeu que da nec si ade que ha
tose da Silva Paes se conformam
na
soldados, artilharia, armas, e munições a uUma conto q
^*S^«
rina, e o Conselho a reconheceu já pondo *J-
no ,
deu o dito José da Silva Paes, em>a£
deferir ine Por fâ
jestade para que se servisse «**«£tao foi
de sua real atenção o que Vossa Majestade
as providencias que julgasse
que o Conselho declarasse dar.
sárias, e os meios pelos quais se podiam
— 162

novas informações
Quanto à primeira parte como pelas
na ilha e o modo porque
consta também o de que se necessita
e a sua defesa que com as
se deve regular a sua guarnição êle pao pode
mesmas informações satisfaz o Conselho porque
estes homens com
apontar outras providências que as que
conhecido zelo do serviço real
pleno conhecimento e com tão
e só adverte que como
ulaam indispensàvelmente precisas,
das ilhas se deve
Vossa Majestade mandou já alguns soldados
transportado para se
saber do contratador os que têm já
abater este número nos que se pedem.
informantes
Pelo que porém respeita aos meios nem os
sabe haja
dizem coisa alguma nem êle procurador da Fazenda
à custa da
outros mais que o de se fazer a despesa necessária
menor se for
Fazenda Real, pode sim Vossa Majestade fazê-la
as armas,
servido mandar que dos seus armazéns se tirem
artilharias, e as munições necessárias, menos a pólvora que
do
se deve mandar da que se está inutilizando nos armazéns
de se
Conselho e também se podem procurar alguns meios
ressarcir ou compensar este gasto com alguma conveniência
enxár-
e um deles pode ser o de haver na ilha da provisão de
da
cias, âncoras e mais materiais, que aponta o sargento-mor
bateria José da Silva porque os navios de comércio que por
necessidade vão à mesma ilha estimavam muito comprá-los
da mesma sorte
por outro tanto preço do que tiverem custado,
Vossa Majestade
poderá ser útil à Fazenda Real o servir-se ilha,
mandar que as naus da índia façam escala na sobredita
nelas se hão de
porque as muitas comodidades e gêneros que na
tirar sem custo algum, largamente pagam o que se fizer
sua conservação, sendo certo ejue esta escala pela situação,
há a fazem
pela abundância e pelas conveniências que nela
mais vantajosa, e favorável que alguma outra, como se con-
sidera na informação junta e sobre o mais que nela se diz
tem respondido em outros papéis, e contas do atual governa-
dor, em que se trata das mesmas matérias. O que visto ao
e
Conselho parece o mesmo que ao procurador da Fazenda,
só acrescenta que a despesa se deve tirar das propinas que
em todos os contratos se pagam para as munições de guerra
o que se
por ser esta a sua própria e natural aplicação e que
— 163 —

dos dízimos e pelo que


firer com a igreja se tire do procedido
Conselho ser sumamente útil e
resneita à escala entende o
averiguar se é mais conveniente
necessária, mas que para se
de Santa Catarina ou no
La a navegação fazer-se na ilha
os pilotos da carreira da
Rio de Janeiro, é preciso ouvirem-se
navegação, e quando estas
índia e mais pessoas práticas na
se pode fazer em uma
'eisentem que com igual comodidade
deve preferir a escala_ na
outra parte, entende o Conselho
nela ha. Lisboa,
«ma ilha pelas maiores conveniências que
Pardinho. Corte Real. An-
29 de outubro de 1750. Penalva.
*irade. Bacalhau. Castelo Branco.

Pedra
Sôbre a conta que deu Antônio
da praça
de Vasconcelos sendo governador
da nova colônia a respeito da fundação re-
de um hospício, para assistirem quatro
ligiosos de Santo Antônio.

sendo governador da praça


Antônio Pedro de Vasconcelos,
em carta de 23 de setembro
da nov Colôl do Sacramento Cons
d 1735, representou a Vossa Majestade por este
- i Ordem Tprreira da
r*A»m Terceira ^
brancisco
da Penitência de S. ^^
que a veneravel
cresCiU" f.
ali erecta em novembro de 31 tinha
os terceiros, não obstante a sua pobreza fizeram o
e zelo que
esforço de comprarem «
cadela
com licença do Bispo Centrodo Rio'***"£ —'
e porque ™ mesm0 ainda
eficiente aos santos exercc.os, An«m
havia capacidade de venderem aos padred>
ondeos í«a,r0
e» que se faça um pequeno hospício ^
Vossa Majestade mandou ir no ano d 29 vivame
sos que
"«""«^ '"^
dausura, e como a êle conexa a
se segue de^ haver o
sujeita ao ordinário, e aquele povo
n ieença
de mais aquela igreja e hospício punha rep. senação
Vossa Majestade requerer a ordem por ^
como se o ministro lhe faça a
^7^*fr que nenn
dito pequeno hospício na ária assinalada,
— 164. —

interesse comum expres-


vida tem em a venderá religião pelo
de aumentar-se mais cada
sado que se lhe segue, e a esperança
motivo seria mudo do serviço
dia o bem das almas, por cujo
espiritual dos moradores man-
de Nosso Senhor, e consolação
religiosos o refendo hosp,-
dar Vossa Majestade fundem os
muros o demoliram os caste-
cio pois o que tiveram fora dos
será exposto a qualquer
Ihauos na última guerra, e sempre
levantar o bloqueio.
invasão futura, caso que se consiga
da coroa respondeu
De que dando-se vista ao procurador
não podia não ser sujeito
que o hospício de quatro religiosos
necessário que o governador
ao ordinário, e sempre parecia
fundação podia em ai-
do Rio de Janeiro, informasse se esta
numa ocasião embaraçar a defesa da praça. ^
Passando-se ordem ao governador e capitão general da
informasse em forma
capitania do Rio de Janeiro para que
satisfez dizendo que pelas
que aponta o procurador da coroa, fundação do hospi-
informações que tinha lhe parecia que a
não podia ser de
cio que o governador da colônia dá conta
à fortificacão daquela praça. Que o sargento-mor ca
prejuízo vezes na dita
bateria José da Silva Paes estivera repetidas
Vossa Majestade com inteiro
praça, e poderia informar a
conhecimento.
ano
Por prática deste Conselho de 9 de setembro deste
Paes
se ordenou ao sargento-mor da bateria José da Silva
lhe
informasse com o seu parecer ao que satisfez dizendo que
na ces-
constava se tratava, e lhe parecia se tinha convindo
equi-
são da praça da nova colônia à coroa de Castela por um
valente, e devia dizer que não somente se não devia conceder
a licença que pede a Ordem Terceira para fazer o hospício
dos quatro capuchos que assistem naquela praça, senão tam-
bem que se deve mandar suspender a obra da capela, ate
segunda ordem de Vossa Majestade.
Sendo também ouvido o procurador da Fazenda disse
Vossa Majes-
que êste negócio se devia pôr na real notícia de
tade para que à vista das informações e do que disse o sar-
Vossa Ma-
gento-mor da bateria, José da Silva Paes, resolva
jestade o que for mais justo.
— 165 —

ao procurador da Fa-
Ao Conselho parece o mesmo que
de 1750. Pardinho. Corte Real.
zenda Lisboa, 12 de outubro
Bacalhau. Castelo Branco.
Andrade. Henriques.

de
Sobre a conta que dá Dom Marcos
dos
Noronha, governador da capitania lhe
Goiases, em que expõe as razões que
assistem para se lhe aumentar o soldo.
e capitão general
Dom Marcos de Noronha, governador
carta de 13 de dezembro do ano
da capitania dos Goiases em
a Vossa Majestade, por êste Conselho, que
pas aCrepresenta sua real grand<«anomea-lq
Vossa Majestade fora servido por do de S*MM
;„„ dito cargo, separando aquele governo e feita e.ta divisão
T.dabá aue até agora andavam unidos,
"vol ««^
Majestade por bem declarar que
vencenam de soldo em
ador como os mais seus sucessores
e além destes ma, do* mn
Zt um ano oito mi. cruzados tudo faz ,rp«ta*
cruzados de ajuda de cnsto anual, que
cruzados, que é o mesmo soldo que ate agora t.veram
dez mil
os governadores de São Paulo.
não havia dúvida que os governadores de S o Paulo
Que nem por »to to»
pão tiveram nunca maior soldo, porém
com efeito cmíta
ram de ter maior rendimento porque
de todos os contratos, tanto de Sao^Pau o co
das propinas
e estas untas ao soldod
de Goiás, Cuiabá e praça de Santos suficienta «^
dez mil cruzados poderiam fazer porção ""^Wb-
os governadores seus antecessores pudessem a^"d^
agora com a decência precisa, prmc.palmente «m Sjo Pauto
de residência
a comodidade de terem a sua casa
vezes mas do
donde o pais é mais barato duas
por ^*££
sergrande
os gêneros sobem a um preço exorbitante,
se leva nas conduções dos que se transportam dos portos
que
do mar para aquelas minas.
de governos veio
Que feita aquela divisão dez mil cruzados
é sem mais rendimento do que os
— 166 —

dizimos e entradas,
lhe acresce a propina dos dois contratos,
chega a fazer o governador
que são tão diminutos que nunca
mil cruzados em cada um
maior rendimento que o de doze
na presença de Vossa
ano com pouca diferença, que devia pôr
mas impossível que
Majestade que não só é dificultoso
mais apertadas que
Bossam haver regras de economia por
um gover-
sejam que possam dar formalidade para que
são tao caros
nador em semelhante país aonde os gêneros
decência tendo tao pou-
excessivamente se possa sustentar com
de provar que em
co rendimento. Que não seria dificultoso
Majestade governo com
tôda aquela ] não tem Vossa
ainda que haja
mais diminuto soldo do que aquele, porque
a comodidade
algum que não chegue a ter dez mil cruzados
menos excessivas.
do país faz também que as despesas sejam
Vossa Majestade regular em tudo
Que aquele governo manda
se observa tanto nos ordenados
pelo das Minas Gerais, e assim intendeu-
dos intendentes como no dos oficiais das mesmas
mesmos regi-
cias Que os oficiais de Justiça se regulam pelos
ouvido-
mentes conforme a ordem de Vossa Majestade e aos
mil
res daquela vila manda Vossa Majestade dar mais cem
réis de soldo em cada um ano do que o que têm os ouvidores
sao
das Minas Gerais, atendendo ao diferente gosto que ali
obrigados a fazer. Que não persuade a razão que a execução
desta regra seja só o governador, porque não pode conside-
rar motivo justo que persuada a que êle seja de inferior
condição.
igual na patente
Que assim como aquele governador é
e na jurisdição ao das Minas Gerais, adonde o governador
além de ter doze mil cruzados de soldo com as muitas propi-
nas que lhe acrescem, faz de renda em cada um ano dezoito
ti-
mil cruzados parecia justo que aquela mesma igualdade
vesse ali o governador no soldo, assim como a tem nas mais
jurisdições que só poderá ser mandando Vossa Majestade per-
fazer pelo rendimento da Fazenda Real aquela quantia que
nas Minas Gerais se paga das propinas dos contratos, visto
não a haver naquele país, e ainda com esta igualdade de soldo
ali
não ficarão em igual equilíbrio atendendo a que os gastos
sao muito maiores do que os que se fazem nas Minas Gerais,
— 167 —

o que o obriga a pôr na


Oue não é só o interesse próprio mas ver a
nresença de Vossa Majestade esta representação,
P de se queixarem de e nao
tTrazão que terão seus sucessores
feito sendo o primeiro governador que foi àquele
fhaver
é sem dúvida que sendo presente a Vossa Ma-
Ivêrno porque
•T^a despesa que necessariamente há de fazer um gover-
verda-
en/se
em sessustentar em semelhante
^ país, há de ver no
JTador
nador ^ ^ dimmuto
d-,T "th^or
m dS que nl haverá pessoa alguma que
" sobre esta matéria expõem
Ítiev â leíoWrário do que
o
Majtade que com a sua real grandeza determinara
rCa
"Ue respondeu
Erdanlt vista ao procurador da Fazenda

mil«—^~^i:^i:eX*^ -
e a favor da pessoa do axua d tirar,
í^i^rr» «p iuíaar menor necessioaue í>e y^
nesta parte a diferença que
Tco^arl se^o houver
^Ordenando-se
ao
vencia o ^^C^^^
governador das Minas Gera.*, «££
quanto ^
secretaria constava que tinha por ano doze
que na
zados de renda. procurador da
Ao Conselho parece o mesmo que ao pro
Fazenda. „ar.iar mie se deve a
Ao marquês presidente parece ^^J^^o de
dar o mesmo ordenado sem ser por
este governador
Gera, po que^ig^
ajudf de custo que ao das Minas
.**«^ Lisboa,
patentes e é muito maior deste gov
nos Goiases, e inferiores as propinas
7 de novembro de 1750.
— 168 —

Dom Marcos de Noronha, governador


e capitão general da capitania dos Goiases,
dá conta a respeito das instruções que se
lhe remeteram para animar a comunica-
as do Cuiabá e
ção daquelas minas com
dar ao governador de Mato Grosso a ajuda
que for possível.

Dom Marcos de Noronha, governador e capitão general


do ano
da capitania dos Goiases em carta de 12 de dezembro
a Vossa Majestade, por êste Con-
próximo passado representa
Vossa
selho, que no penúltimo capítulo das instruções que
reme-
Majestade foi servido assinar da sua real mão e se lhe
teram em janeiro do mesmo ano lhe ordenara devia animar
a comunicação daquelas Minas com as do Cuiabá pelo cami-
nho novo, e que se o governador de Mato Grosso lhe pedisse
ajuda em alguma ocasião lhe devia dar toda a que fosse pos-
sível, atendendo a distância em que fica aquele distrito para
ser auxiliado de outra parte. Que duas compreendia aquela
real determinação de Vossa Majestade a primeira que é a
comunicação daquelas minas com as do Cuiabá pelo caminho
novo, achara muito adiantada esta comunicação e se vai fre-
viandan-
qüentando êste caminho bastantemente, porque os
tes, e sertanejos têm conhecido que com 26 dias de viagem
ao do
podem transportar as suas carregações daquele governo
Cuiabá e a grande utilidade de que disto lhes resulta espera
das
que seja o meio mais eficaz para que se deixem persuadir
suas instâncias, que fará todo o possível para que se continue
aquele caminho, executando desta sorte o que Vossa Majes-
tade determina.
Quanto a segunda parte, que é socorrer ao governador
de Mato Grosso devia pôr na presença de Vossa Majestade
que muito pouco ou nenhum socorro poderá dar aquele go-
vernador enquanto àquele governo se não derem as provi-
dências de que necessita. Que ah não há armas, pólvora, e
bala, nem com que por uma vez se carregue uma espingarda,
e isto mesmo sucede a respeito de todas as mais munições.
lhe
Que a Fazenda Real com as despesas que novamente
169

bastem para outros extra-


acresceram está sem os meios que
vai tão grande abundância de
ordinários, e aquele pais não
comprar-se ainda que
cèneros que sendo necessários possam recorra
Lr excessivos preços. Que caso que o dito governador
socorrer senão com algum
aquele governo êle o não poderá
a que necessariamente lhe ha de
pequeno número de homens
servirem de socorro de que
faltar tudo o que é preciso para
necessita.
Fazenda respon-
E dando-se vista ao procurador da conti-
deu que se devia responder ao governador quea comu-
em adiantar
nue em animar aos viandantes, e
novo para a província
nicação e facilidade do caminho
lhe peça algum favor e
de Mato Grosso, e que querendo se
nas suas instruções,
socorro de o que se lhe recomenda
nestes e outras contas,
e pela ocasião do governador falhar
necessário que o
se não podia dispensar de dizer tinha por
Majestade se digne
Conselho pedisse humildemente a Vossa
se partacape
mandar que dos que se derem aos governadores
Vossa Majestade a
alguma notícia ao Conselho, fazendo-lhe
uso devado, e que os
honra de se persuadir que a ela se fará o
nesta parte cumpr r
ministros que nele servem procurarão
e esat.dao com que
eom as suas obrigações com aquele zelo
também agora a
„ desejam fazer em tudo, e que os obriga
suceda para .gnoran-
fazerem esta representação para que nao tem passa-
cia das ordens particulares que os governadores Vossa Ma
nome de
rem-se outras em contrário, era o real
jestade. se quma,
E pelo que toca às faltas de que o governador Goiases^
chegada aos
respondera já na conta que deu da sua
Ao Conselho parece o mesmo procurador d^Fa-
?-ao miaiva.
zenda. Lisboa, 7 de novembro de 175Ü.
Branco.
Corte Real. Henriques. Bacalhau. Castelo
— 170 —

Gomes Freire de Andrada, governador


subida que
do Rio de Janeiro, dá conta da
dos Goiases a exami-
fêz à nova capitania Pilões, e
nar os rios diamantinos, Claro e
conta
vão os documentos a que a mesma
se remete.

e capitão general
Gomes Freire de Andrada, governador
deste ano, que sobe a
do Rio de Janeiro, em carta de janeiro
dá conta da subida que
real presença de Vossa Majestade,
a examinar os nos d.amanh-
fL à nova capitania dos Goiases
do rio Caiapo por cor-
nos, Claro e Pilões, e de haver passado
rerem vozes havia neles diamantes.
a que a mesma
Com a dita carta remeteu os documentos
mãos de Vossa Majestade.
se refere, os quais sobem às reais
disse que lhe
Sendo ouvido o procurador da Fazenda,
o bem que fizera esta
parece se deve louvar a este governador
e descômodo e que
diligência com tanta atividade, trabalho,
que deu as
também se lhe devem aprovar as providências a guarda
ordens que passou e os bandos que fêz publicar para ainda
dos diamantes, e regulamento do novo contrato, porque mate-
rigorosas, como nesta
que acha as penas alguma coisa
voluntário e sem des-
ria não pode haver delito que não seja
ser a severidade e im-
culpa, nestes menos escrupulosa pode
das penas, que também se podia aprovar de ajuda
proporção ao intendente, decla-
de custo que o governador mandou dar
devem nunca con-
rando-se porém aos governadores que não
Vossa Majes-
cedê-las por paridade de razão porque o fazer
sem a sua real
tade uma mercê não serve de exemplo para
autoridade se repetir ainda um caso semelhante.
intendeu-
E pelo que respeitava à situação dos serviços,
a me-
cia e quartéis, é certo que o governador havia escolher
ser
lhor e não se deve alterar, nem também a ordem para
do atual
mais numerosa a tropa de Dragões porque conta
se mostra que ainda este maior número de sol-
governador corpo esta
dados não pode satisfazer as obrigações a que este
destinado.
— 171 —

não tenha havido mudança no


E aue como até ao presente
• * o Hn ranitacão se devia ordenar ao governador que
a dos Goíses formulário da intendência da Vila Rica
^tTa
lhe parecerem precisas ordenando-se
com as advertências que seu
faça praticar nas intendèncias do
ao Conde dos Arcos a lhe
Tovêrno e todas
to as mais instruções
& que nesta matena
governo ddas naQ ache
dar
des—lia do que lhe pareça deva primeiro

«""Que c cultivarem-se as
seTmuito justo povoarem-se
sobre esta matéria
campinas dÓ rio Caiapó e lhe parece que ao conde
rS recomenda, o espechti cuidado e
=
SrT.^^pTnf-. paz aouêlesín-^
este eleito orctem
«in rtns missionários, mandando-se para

de 1/4/ taça
de Vossa Majestade de julho
"'"o ao pro-
Parece ao Conselho o mesmo que
avisto.
^ttns^os Bacalhau. e
Fernando José Marques
o mesmo, exceto n.que^
Alexandre de Gusmão parece a as , ras do
mandarem os missionários p
peita a se mosteaç.o que o^
Liapó. porque tendo a exper
bruto que tem
=
daquele nome o mais bravo e
não é capaz de reduzir-se a v da c,vil
absolutamente
por erto^
se for constrangido, tem êlcs conselheiros
missionários que se mandarem ^""utra
nas dos branco conto a máxima ^
estabelecer-se povoações
se observou sempre de^naoadmit
que até agora o prejuízo que
regalares nos países de Minas pe
seguir-se \*!Z^„\»£XZZS£àlZ com
— 172 —

Sobre a representação do Reverendo


dúvida que
Bispo de Mariana a respeito da e se-
ocorre entre a jurisdição eclesiástica
confrarias
cular no tomar as contas das matéria
daquele bispado e sobre a mesma eclesias-
e outros excessos da jurisdição
e mais do-
tica, e vão a carta do ouvidor
cumcntos que se acusam.

Dom Frei Manuel da Cruz,


O reverendo bispo de Mariana,
êste Conselho, em carta de
representa a Vossa Majestade, por
chegando em visita no seu
7 de marco do presente ano que
ano à Vila Rica do Ouro Preto, c mandando ir a sua
primeiro
os estatutos e livros das irmandades achou que o
presença de muitos instituída
doutor provedor daquela comarca tomara
e seus ministros, que m-
por autoridade de seus antecessores, de Vossa Ma-
ícrveio na sua ereção contra as determinações
fundamento em umas
jestade e suas reais ordens, tomando por
senão dos vigários da vara,
que não tiveram outra autoridade
no caso de a terem era
que diz a não podiam ter, em outras que deviam recor-
dependente da confirmação do prelado a quem
determinaram
rer no tempo que os ditos vigários da vara lhe
secula-
o que pelo não fazerem ficaram as ditas irmandades
devotos ao prelado
rizadas e em outros que quando pediam os
se intitulavam por oti-
provisão de ereção, ou confirmação já fundamento nao
ciais das irmandades, sendo que o primeiro
os prelados podem de-
pode ser atendível pois é inegável que da ordem
legar toda a sua jurisdição exceto a proveniente
do Kio
episcopal, e o costumavam sempre fazer os prelados
bispados,
de Janeiro, antes da desmembração destes novos
irman-
concedendo aos seus regimentos faculdade de erigir
ao Rio
dades pela grande distância que havia destas minas
de nao
de Janeiro, menos atendível é o segundo fundamento
confirmação
recorrerem os irmãos pela aprovação de ereção e
ditos mmis-
dos estatutos dentro do triênio preferido pelos
a distan-
tros eclesiásticos, porquanto além de lhes obstar
nao podia
cia e ainda nos termos de haver alguma negligência
ja
ser bastante esta razão para se lhes mudar a natureza que
— 173 —

sua primária instituição por


tinham os eclesiásticos desde a
nela interveiu pelo que também
autoridade eclesiástica que do pre-
L,a o último fundamento de que quando se pedia
e estatutos já se intitulavam os
hdo confirmação da ercção
irmandades, porque em virtude da
devotos por oficiais das
que davam os vigários da vara para a cnaçao das
faculdade
se elegiam os oficiais, sujeitan-
mesmas irmandades é que
às autoridades eclesiásticas e
do se primeiro voluntariamente
irmandades suplicaram depois ao
uorisso como oficiais das
de seus estatutos ficando por este
preado a confirmação
meramente eclesiásticos, maior-
modo desde o seu princípio
suas ereçoes com a sobredita au-
mc„te não havendo antes de
dade eleições algumas de oficiais nem livros de receita e
to onde poderiam ter a
despesa que era o único princípio por
refletindo os imediatos ante-
me a de seculares, no que
na "ores em alguns
e do doutor provedor atual declararam
não pertençam algumas ir-
tiwos por seus despachos que lhes
tem provido, e de outea
mandades em que o dito ministro
sua nat^™*«>%riL
desistiram conhecendo que a
desatende, do que resulta
cos e que o dito doutor provedor d,
vexame das partes c grande diminmçao do culto
Zande achou ele rev«eodo bispo
vino, tanto que muitas irmandades
na dita coma ca, e outras
totalmente extintas, por esta causa
verem os oficiais oprmude,.com pn
quase perdidas, por se virem de muito, tange tra
L c outras penas pecuniárias a eporque o seu
zerem os livros das irmandades e provedoria, repubhcse^re
da
intento é evitar contendas e perturbações
das ditas —«
solveu a tomar e mandar tomar contes
ate nov provtaen
em ato de visita sem emolumento algum,
resolvera^o queior
cia de Vossa Majestade que nesta matéria a ™<*
da
mais do serviço de Deus e tranqüilidade ^ ^ da des
das mesmasrman
dos documentos extraídos dos livros
os quais apresentara o
qne justificam esta representação,
"—ferida ao d^embarga
representação se deu viste
de proemador da
dor João Antônio de Oliveira, que serve
nul vezes decata .
Coroa, e respondeu que esta matéria esta
nao pode
e sempre duvidada pelo eclesiástico, o qual
— 174 —

4- io aicnma senão proceder a sua autoridade


C°ntaS erigem
12
ereção feita
M iST.ecXes
pelos que quando estes a
eclesiástica,
a sua ou o pre-
ainda que ^"^V^m compromisso, nem por isso
os
JftníLTeXSca. e h ainda que^e lhes sujeitassem
a confraria direm COnfirmaçao, compro-

deV\"uSPr,dambém deu sôbre a


no Conselho uma conta que
da jurisdição eclesiástica
mesmlmatoTa, e outros excessos
Vila Rica em carta de 23 de março
o ou^iuoT da comarca da
ás reais mãos de Vossa Majestade,
délmesmo ano, que sobe
acusam.
com os documentos que nela se
a dita conta o mesmo de-
E sendo ouvido também sôbre
coroa, respondeu que parece se
sembargador procurador da
com expressões mais fo tes
deve escrever ao reverendo bispo
ministros para que se nao mtro-
para que reprima aos seus lhe declare que se
e
metam no que toca à jurisdição real, que
lhes não competem e
se não abstiverem de tomar coutas que
lei, mas individualmente
estão já determinadas não só pela e ter com
1 provisões mandará Vossa Majestade retirar
decididamente en-
eles aqueles procedimentos contra os que
as jurisdições e
contrem as leis, e concordatas, perturbando
aos seus ministros. . e
remeteu da Mesa da Consciência
Ao mesmo tempo se
do mesmo revê-
Ordens deste Conselho outra representação
tudo idêntica a que
rendo bispo sôbre a referida matéria, em
mesa, per-
se refere nesta consulta, por se recolher naquela
tencer a este tribunal a sua decisão, remetendo-se juntamente
reverendo bispo
os documentos que juntou o procurador do
que também sobem inclusas. da hazenaa,
E dando-se de tudo vista ao procurador
de Vossa
respondeu que parece se deve recomendar da parte
observe inteira-
Majestade ao reverendo bispo de Mariana
março de 1/4*
mente o que determina na provisão de 12 de
— 175 —

esta matéria porque as ir-


em que está justamente resoluta
da ereção não interveio a autori-
mandades em que no ato
nunca reputar eclesiásticas,
dade do ordinário se não podem
e visita do bispo mais que
nem ficar sujeita a jurisdição
depois o mesmo ordi-
naquilo que a lei lhe permite, ainda que
e aprovação e os
nário os confirme lhe dêm compromissos
fazer eclesiásticas, e
confrades se lhe sujeitem e as queiram
bispo e também que não
assim entende se deve declarar ao
Rio de Janeiro que assis-
basta que os vigários do bispo do
ereção algumas irman-
tiam nas minas autorizassem na sua
os ditos vi-
dades para estas se dizerem eclesiásticas, porque
nunca se consideram, nem têm au-
gários eram forâneos que
fossem vigários gerais
toridade dos ordinários, e ainda que
mostrando especial comissão, lhes
podia ser duvidoso senão e voluntária.
era concedido este ato de jurisdição graciosa
se acautelar a violen-
Que o mais que aponta o ouvidor para outra maior,
cia de que neste particular se queixam contem
usurpação da jurisdição real,
qual é a de se acautelar uma como seria a
com outra da jurisdição ordinária, eclesiástica,
se reconhecem as
de se lhe tirarem as irmandades em que
das leis e concor-
circunstâncias necessárias para na feitura
isto basta o dizer-se
datas se julgarem eclesiásticas, nem para
na realidade o nao sao
que as igrejas são das ordens, porque
o direito do pa-
e somente a ordem do Espírito Santo tem
e ainda que o tos-
droado para a prover de párocos seculares,
a dita ordem
sem era necessário para se darem as confrarias
autoridade do mestre da mesma
que precedesse a aprovação e sem duvida nao
ordem na ereção das ditas confrarias, o que
a parar no tato
houve e ultimamente como a questão virá
nesta mate-
de ter ou não intervido a autoridade para que
o ouvidor¦em
ria não haja dúvida e contenda que embarace
a outro ¥»•«£
o bispo, será bem se recomende a um e
em duvida no
tando nos princípios referidos se entrarem
tempo e forma da autoridade eclesiástica_ea qualqmaJ»
instrmda
irmandades, dêm ambos conta a Vossa Majestade
Majestade esol
com os documentos que tiverem para Vossa
de posse
ver o mais justo, conservando-se o que estiver
pedir contas até chegar a devolução.
— 176 —

conta do
*°s *i* acessos que se contem na
™?;eX<Xa?
Quanto que quanto aos pedidores,
ouvidor parece há
^J^^^Z
dispos.çao da le. üo ^que
e extravagantes,
observe a P
ao
e nao consmta que
nesta matéria m. e m
bispo ma.s que os que
mesmastes ^m Que os mestres de
feitura qne as ^^ qu6
nao necesitem d ^ dos ^
latim também rf,_
comei en te que ^^
não será outrossím e que p« .^^
dus nos aumtórios ecles^to £ que
excessrvas, q e nao s
das e lhes não loquem
se intrometam em »*™«^ a júris-
lhparece^se n5o ^eve estender ^
mas a estas matérias
dição de Vossa M^^L^Mstãde encomendar-lhes que
so pode \ossa Majestaa
quando muito nao haja queixa de
se conduzem de forma que dos excessos que q
esta advertência sem outra prova
dito ouvidor lhe parece ousado. Mesa Collsciência
oa w> não
Que se deve cuidar em que pela
dos bens d^defunto-
entenda a jurisdição dos provedores lhe nao tocam n P
ausentes aos resíduos e capelas que
mas comoJ°*
cer dele procurador da Fazenda, ^J^
tribunal alguma resolução especia
quele ^"^
acima referidas,q» P^
depois de terminadas as outras
será justo que Vossa » 1
unia prontíssima providencia,
depois o que for ma.s insto
Zz mande ouvir a mesa e resolva
rara se não confundirem as jurisdições.
"* -eomendar-se o re
Finalmente que será conveniente
nem mande tirar parte
verendo bispo que não obrigue
as resoluçoe*J^"
herança para sufrágios e observe
também que nao ong
matéria, e se lhe pode recomendar ao ec.e
contra sua vontade a peitarem-se
as irmandades
forma que se possa diz
siástico nem nesta parte proceda de
usurpa a jurisdição real. da r
Ao Conselho parece o mesmo que ao procurador
entende qu
zenda e ainda que a maior parte dos ministros
lhe parece JUSW
esta matéria é do seu expediente, contudo
Vossa Majestade por ser tao^ grav
pô-la na real presença de se nzer
e porque serão mais eficazes as recomendações que
— 177 —

feitas em virtude de uma resolução


,0 reverendo bispo sendo
Lisboa, 13 de novembro de 1/50.
esnecial de Vossa Majestade.
Real. Bacalhau. Rangel.
Penalva. Metelo. Corte

O reverendo bispo do Rio de Janeiro


dá conta de haver muitas aldeias de gentio
de
bravo naqueles sertões com facilidade
ser
se domesticarem, para Sua Majestade
servido determinar alguma congrua para
os missionários e índios de algumas, que
reduzidas,
por sua diligência se acham já necessárias
e mandar dar as providências
se praticam nos demais
que para êste fim
governos do Brasil.

reverendo bispo do Rio de Janeiro representa a Vossa


0
êste Conselho, em carta de 20 de março do
Majestade, por
sertões que correm para
nreiente ano que em todos aqueles
dc gentio bravo, c,quase
ar do norte há muitas aldeias ar
com facilidade se poderia,
houvesse diligência ^
como outros que já existem naquele ^^^és,
daqueles^mísera
muito serviço a Deus com a conversão r
algumas diligências dele reverendo bispo se em
e jà com »£
ourido algumas aldeias e em umas por
Goita^zse
d =»»
chinho e em outras junto aos campos n
secular e um regular de Sa » » °
sacerdote
esta obra tanto do agrado de Deus semJ
pode continuar tantapara os
Majestade determinar alguma congrua
*servar 1
nários como para os indios, e mandar
no as m issoes
destes novamente conversos, e daquelas a
determinado no Ma
aquilo que Vossa Majestade tem
ate agora naquele
Pernambuco, e mais partes, porque
pado não tem havido a providência ^J^^ns observa a que
.soes a respeito destes índios para se
Vossa Majestade
a respeito deles tão piamente tem isto na P
nado, e movido da obrigação que tem, põem
12
— 178 —

seu rea,
Majestade para ordenar o que for do
sença de Vossa
agrado- * „5n «p mandaram juntar os papéis por-
A esta -PrtmÇJr;:eTs"âbelecer Junta de Missões na
<IU;r matéria
e^o de Janeiro, « sendo nesta
"áa TZtZ o estabele-
i o tocurador da Fazenda
*> da respondeu que
ouvido P^°r obri ã0 de Vossa Majes-
da m ssoenao ^
etaento ^^^ mas tam.
,ade por ser este o^dul j^
de .^ porque e o
bém da maior uühdade^ ^ povoar e
seguro de adiantar ^
meio mais ^ podem
as terras e tirar delas as real
cultivar ^'^
neste suposto e este <*>^ ° fazer ^
produzir,
'atenção tal dev
de Vossa Majestade, e como £«iep q
do Rio de Janeiro
sente esta conta ao bispo de
(le dar nesta matéria a pronta £™denc* de
- façn no R.c£*-»» ^ Junta
sila, ordenando £ ^
Missões como ha ?e no Marannao, negó_
mandou criar em Sao 1 auio u c
mente se
de™J^^ta
eios das Missões^nec— ^te
a tribunal algum
?X JTSICe^rrêgado
Vossa Majestade sobre o que ,aa este^
parêda justo que »_H«8
Conselho no parágrafo 13 do
peito encomenda ao usasse da Junsdiçao^
mento se dignasse de lhe mandar que
se expediam à "'""X
praticasse aSS ordens que
assim se exeusaria um tribunal puramente a ^"^ embaraçar com
era, e que necessariamente se vinha
aquele
"jurisdição de
do Conselho, dificultando^* competências nego
-dispensáveis aos
moras de execução, e outras dúvidas
e para qu«>«*"£».
eios que precisam da maior brevidade,
eclesiásticas e que
fossem ouvidos eomo convém pessoas
nestas *™* c°nS^
vessem notícia das missões, podiam ser
costumamse^
tores do Conselho os mesmos religiosos que
deputados da Junta, e quando a matéria *«*£%£
remete^aj
tratar seja puramente espiritual se poderá
desta natureza, a
da Consciência a que tocam os negócios
das Missões porque res
nue 2 onsidera a maior parte dos
sustentação dos miss.onanos,
penam ao estabelecimento,
— 179 —

fazer, ao governo, liberdade,


despesa que com eles se há de
os índios, destinar-lhes
modo de viver, e de aplicar ao trabalho
serviços que hão de fazer,
os sítios em que se hão de aldear, os
desta qualidade que
como hão de ser pagos deles, e outros
não há mais espiritual
são puramente temporais, e em que
fim que é o da salvação daquelas
que o primeiro e principal
almas.
Bacalhau, e
Aos conselheiros Fernando José Marques
o mesmo que ao
Tome Joaquim da Costa Corte Real, parece
conselheiro Alexandre Metelo
procurador da Fazenda. Ao
da Fazenda enquanto a
Parece o mesmo que ao procurador
a Junta das Missões daquele
praticar-se no Rio de Janeiro acham encar-
«ovêrne, em que se tratem as matérias que se
do Brasil,
regadas a semelhantes juntas nos outros governosouvidor
bispo, juiz
« que ela se deve compor do governador, como locais
de fora e de todos os prelados, tanto provinciais
colégios naquela cidade e
das religiões que têm conventos e
e por êle ser convocada.
eme nela deve presidir o governador
seja conveniente come-
Mas não parece a êle conselheiro que
estavam encarrega-
Íerem-se a este Conselho as matérias que
sendo insu-
das à Junta Geral das Missões desta corte, porque
dá o expediente dos negócios que
portável o trabalho que Conselho, ficariasendo
atualmente são da Intendencia deste
nas obrigações próprias
impossível que nele se pudesse cuidar
tribunal somente con-
da Junta Geral, nem esta ficaria sendo
negócios que pelo seu
sultivo, mas daria expediente a todos os decretos, e
regimento se lhe cometessem, e dos mais que por em ma-
«soluções de Vossa Majestade ficarem determinados os tabu-
toca a todo.>
térias gerais, assim e da mesma sorte que
lhe sao encarre
nais desta corte o expediente dos negócios que
ocorrem de *™£*
gados, e em todas as mais matérias que o o
íultam a Vossa Majestade para resolver que for se vdo
tribuna
-que praticaria a dita junta sem ser necessário privar
tem, porque nenhum ate agora se
algum da Intendencia que
Junta, uw-,
acha encarregado dos negócios que tocarão a dita
entende ser
como bem diz o procurador da Fazenda, pelo que
Vossa Majestade
mais conveniente ao serviço de Deus e de
Majestade en
fazer-se Junta Geral das Missões a quem Vossa
— 180 —

do aumento das cristandades nas suas


cuidado 4750.
* novembro de
rSas° SS»

Ultramarino
Faz pr«enfe o CoiweZho
lhe parece sobre os
a Sua Majestade o qne se fazem na
arandes empréstimos que
de Jane.ro, «oS co-
Casada Moeda do Rio
da coroa, eare
Zséros das fragatas
de réis, que do pro-
s va de oitenta contos
mesma casa man-
Ztôdo rendimento da
daquela cqp.tan.a-
Toa fazer o governador
d. Moeda^o
O ouvidor geral e superintendente£.Casa
Janeiro, Francisco AntonoBerço daJ
Kio de
cartade t^«P
conta neste Conselho em pe, ^^ da ^ Re.
remetia passada
,,e que pela certidão que
ceita e Despesa da ~10^'f fevereiro ^ de 1749, até 9 de
a
casa, desde 10 de
partes na dita trinta m cento^ lds
™arço deste presente ano
sete onças e seis oitavas e mem d ouro, de
cos, *
'^
e preços, que importam isenta e nove
^ mil quatroce™
contos e noventa e quatro Mgestade
, do
do lavor de
ficou rendendo para Vossa,
réis, de que
e braçagem cen
iodo este ouro de senhoreagem u
oitocentos vinte e sete mil cento e tonta
e nove contos
duzentos e orto mil seiscen
real que juntos eom cineo contos barras de
réis da importância de quatro
os e sessenta e nove
das terras da fundições
ouro que se fizeram das escovilhas
das ¥£**«££
do mistos, e dos ouros finos das partes
se lavraram de o.« 420 até n.» 433 soma tudo duzen
das que
e oitenta reis da^qual
e cinco contos e trinta e cinco mil
abatida a **«*£
(!uantia de senhoreagem e escovilhas
169 contos_ trezento
consta da mesma certidão ficou líquido
e sete reis de que re
e quarenta e cinco mil cento e sessenta
contos de reis em uma
metil ao tesoureiro da dita casa 20
armazéns e ticaran
letra segura sobre o tesoureiro geral dos
— 181 —

da-
-cm sua mão por portaria do governador e capitão general
de réis e o resto que sao 69
«mela capitania oitenta contos
''"tos cento e sessenta e
trezeintos e quarenta e cinco mil
sobredito rendimento,
ti réis que sobram para ajuste do
barras de ouro e moeda metido
remetia o dito tesoureiro em
do comboio Nossa Senhora da Pie-
nos cofres das duas naus
Lampadosa.
dade e Nossa Senhora da da dita Casa da
Viu-se também outra carta do provedor
de 5 do mesmo mês de abril em
Moeda, José da Costa Matos,
di pelo mapa que remetia seria presente a Vossa Ma-
que que
•"stade todo o ouro que entrou naquela Casa da Moeda desde
conta da frota passada, sua importância, o que resultou do
a a Real Fazenda de
seuTavor e ficou de seuhoreagem para
as despesas que se fizeram
Vossa Majestade, de que abatidas
foram para a continuação dele
com o lavor, e matérias, que
nove contos trezentosqua-
,Cu líquido cento e sessenta e
e sete reis, dos quais se
renta e cinco mil cento e sessenta
daquela capitania
ia oitenta contos de réis, que o general
mandou ficassem
lo portaria de 2 do mesmo mês de abril
e se lavrar em moeda
naqudcasa para se comprar prata
ovt iafna forma das ordens que tinha de Vossa Maqestad,,
p md
e ficam oitenta e nove contos trezentos quarenta.<CM» se emetomj»
cento e sessenta e sete réis, de cuja quantia
reis, com que seas*s
letra que vinha inclusa 20 contos de comedo-
tiu para aquela Casa da Moeda para pagamentos
mais despesa das duas naus de comboio da frota Vos*
rias e
e Lampadosa, passada sobre o tesourei o
Senhora da Piedade
forte e os 69 contos
geral dos armazéns dêste ^to^ua-
res lan«nham»^
renta e cinco cento sessenta e sete réis, que
dos e^ecimento
cofres das ditas duas naus como constava
remetia, assinados pelos oficiais do recebimento delas
que ^e
forma
cuja quantia se devia mandar remeter conhecimento.em
daquela casa José Carvalho
para a conta do tesoureiro
0UV "dando-se
E vista das referidas contas ao procurador£
em estas contas se fala em duas m
Fazenda, respondeu que
aos g™>"_
térias dignas de reflexão, a primeira respeita
continuamente se estão fazendo aos comissa
Tiréstimos que
— 182 —

,Q *Q7 nne a repartição dos armazéns


rios das fragatas ?£***£ V^ Conselho, e a muitas
estejam em e que estão alcançadas
^^^U
do Brasil, que sau rejuíz0
dos filhos da
provedonas
e devedores de^^"^J
süldados, o que me-
fÔlhi:
real nemgi
benSTde Vossa Majestade se sirva de dar
de necessita,
rece que ^al
a dignando-se
a providencia de _se ^
nesta parte jue
.anrbém de dar estes co-
^^"J^X.haver nes porque
^
caminhos que podem ^ ^
¦ss r;erc:r r ts;::::. 0 da «a POde
eles fazem porque o dinheiro que gas-
So ,ePr notia do que
iam é de diferente estação.
nestas contas e a re-
O segundo negócio que se denuncia
10 contos para barrarem em moeda provmc ai de
serva de
não há notícia alguma, e o d,sünto
nrata de que no Conselho
a Vossa Majestade, parece o fazer
Slo com que procura servir lhe partic.par a
InoTe que Vossa Majestade o houve com
os negócios da sua mcum
ord m ué manda passar sobre se lhe declare
bência e que se sirva de ordenar presentemente onde se
e para
a uantidide e qualidade desta moeda, con
^manda
no Conselho
distribuir, porque havendo presentemente
mesma mate» na«
to. da Bahia e Pernambuco sobre esta
interpor o seu arbítrio com a consi
poderá sem esta clareza tanto desejam
deração e acerto com que os seus ministros
utilidade da Fazenda
cmpregar-se no serviço real e cuidar na
seus domínios.
de Vossa Majestade e na conservação dos
da Fa-
Ao Conselho parece o mesmo que ao procurador
zenda. Lisboa, 2 de dezembro de 1750.
— 183 —

Satisfaz-se ao que Sua Majestade sôbre


Minas dos
a conta que dá o ouvidor das
do Padre
Goiases das desordens e excessos
vigário da
João Prestelo de Vasconcelos,
e procedi-
Matriz, e da vara daquela vila,
vão todos os
mento que com êle se teve, e
acusam.
papéis que se

Diogo de Mendonça
Por aviso do secretário do Estado
í TZ 11 de setembro deste ano ao Marques de Pe-
CTle Rpliden serv do
d sU Conselho é Vossa Majestade
" do ouvidor das minas dos
veLo e neie
nde a carta inclusa
narpcer
que vendo-se em a qual carta, que sobe
Goiases se lhecônsulec.que P-er,
^q^ ^ ^
com esta a real presença Prestelo de
das desordens e excessos do Padre o
ouvidor
Vasconcelos Espinola, vigaro ^ ^ p ^n(o
vara, retermao
e juntamente vigário da da que^e ^
com eles se tivera por determinação junta a,
e^povo d n*sma
se convocara da Câmara ^ ^ ^
mora-
-ecrsitríra sossego daqueles
JttTÍS
d°repara de Vossa Metade se
satisfazer a esta real ordem os
à dita carta todos pape* qu
mandaram juntar
nela ™«^Td-
sôbre esta matéria e sendo coroa, res-
serve de
Antônio de Oliveira, que ,
seu apenso junl0
J>™™»™ era
nove documento,
pondeu que dos
"ue -^«0^10
^
se acha uma conta do
da Fonseca ouv q
do bacharel Manuel Antunes
Agos
Goiases, duas do atua. ouvidor ^^ 1 J,„ do
dos oficiais da Câmara da me»»*
Marcos ^
capitão general dos Goiases Dom eM^
zados com as certezas dos V^men^e suma o
devassas
próprias cartas, testemunhas, "spirito
cada um pretende apoiar «,sua o do
Perestelo de »ceic^
^coneTos
nando no Padre João r ^
Manuel Antunes^da
interesse e no ouvidor
uniram em todo o tempo q
ção de dominar, não se
— 184 —

u lutfnr nara o qual foi provido o dito padre por

^r^ÍfXrit^o foi lavrando nos


romperam nos absurdos que nao nega
ânimos dos vizinhos, e
bem ponderados, e fielmente des-
o ÒuvTdor; e se acham mais na sua conta do que
cri.o pelo governador capitão general circunstancias que nao
se acrescentaram
Pelo bispo em que o ouvidor se desculpa.
houve nem a afetação com que
influiu, convocou e tez
De todos se vê que este ministro
resolução que ele autorizou e
com que se tomasse a violenta onde estava o
»"u de se entrar pela igreja na sacrist.a
conhecido pelos executores ainda
seu pároco notoriamente
desamparar a sua .greja
"com os hábitos clericais, e o fizeram
Tem
levaram entre .. como
ameaças de maior violência e o
intrometeram-se-lhe a fazei 111-
preso e até sua própria casa
lúcidos intervalos no que.
ventàrio com o fundamento de ter
entregaram-no a oficiais
usurparam a jurisdição eclesiástica,
uma cadeia d
seculares como preso, c estes lhe deitaram
cujos oficiais lhe cieu
ferro que lá no caminho lhe tiraram,
não se pode coones-
ouvidor, cujo fato e defeito de jurisdição
fossem grandes e
lar com qualquer pretexto, pois ainda que
expor ao
escandalosas as culpas daquele pároco se deviam
ministro, ou a
seu prelado, e a menor decência com que este
a que
.ua paixão falou dele assim nos papéis da sua defesa
contas e
nada faziam os ditérios de que ainda usa nas suas
e mais
repreensível, pelo que para satisfação daquele prelado
ouvidor,
da igreja lhe parece se devia mandar prender este
devassar
e ordenar-se a um ministro da Relação da Bahia vá
causa a
da verdadeira origem destes absurdos, e quem deu
eles. .
E como o comissário que mandou o bispo sem embargo
devia
de se ter interposto recurso dos seus procedimentos que
se^ cum-
suspender em veneração da coroa como se pratica até
assento o nao tez
prirem as cartas rogatórias, ou tomar-se fazer,
mas antes passou a fazer seqüestros, o que não pode
excessos
deve escrever ao bispo o quanto desagradam estes
vexaçao
e menos atenção dos seus ministros aos da coroa e a
185 —

o quanto se faz
,„„ forem aos seus vassalos, insinuando-lhe viu nem exarai-
llranho dar provisões para clérigos que não
este motivo destas dissençoes
1u para paroquiarem, como
tinha sido expulso quase da mesma
„ue leio seu mau gênio já
também que tendo noticia
sorte de outras paróquias, como
se deduz, das suas mesmas car-
se haver dele queixas, como
imparcial examinar o motivo
,,s não mandar por pessoa
excesso dos salários que
A-L e que sabendo e estranhando o
dando com esta dissimu-
levou lhos não mandasse restituir
rompesse os foros do respeito
lacão motivo a que aquele povo
se manda castigar, e os moto-
o que se não aprova, mas antes
roga mande superceder em tudo.
res do rompimento e se lhe
ao carcereiro recolher os
Ao novo ouvidor, qne não proiba
lhe entregar, que nas ditas
presos que a justiça eclesiástica
ou usurparem a relação
prisões excederem a sua jurisdição
requererão o que lhes
às partes, ou o procurador da coroa
se seguem das par-
parecer justo e evitem as perturbações que tanto eclesiástica
cialidades e faltas de respeito às justiças
como secular.
a imparcialidade com
Que ao governador se lhe agradeça
sem pertarbaçao nem
(|ue se mostra e que faça por conservar
outra, em equilíbrio dentro
usurpação das jurisdições uma e
dos limites das leis e provisões.
O que visto.
ao P™«™*»£
Ao Conselho parece o mesmo que
o Conselho o desem
Coroa, e que para esta diligencia lembra
Campeio.
bargador Agostinho Felix dos Santos
Costa Corte Real pa^
Ao conselheiro Tome Joaquim da
se devia o ouvidor, e remeterem-se o
roce que logo prender
aponta para depois de ve.
papéis ao ministro que o Conselho o que ha, de
a devassa e o que dela consta se resolver Real.
Cm tejota-
Lisboa, 31 de outubro de 1750. Metclo. Pardinho.
Henriques. Racalhau. Rangel.
— 186 —
Majestade or-
Satisfaz-se ao que Sua
do guarda-mor
aena sobre o requerimento
Minas a respeito da relação
general das Rio de Ja-
Le se tem mandado erigir no
e informações
Ziro, e vão as consultas
que se acusam.

Por aviso do ^^Zl^^ot^TZ

tr mmfdar remeter a êle ™


£ £«£
guarda-mor geraWas ^X^ se lhe deferisse como
se
outeto»n
ou he ultasse ^ o que parecesse naquela
^"L"
fosse justiça que
guarda.mor!
representação a Vossa jywj vas
oficio adm«^J^1'
sendo da obrigação do seu vivem de mmerar petova vastos
salos de Vossa Majestade que
e a, dep^
sertões e povoados daquelas de ag
e ^s ^
a datas de^minas
terras,
que dizem respeito do ouro, sobre que lia rep
descobrimentos e extração

sumariamente as causas dando a cada um aqu


sentenciem
os despachos e de ter»
q„e for seu por dependerem e agravos paraic super
dos guarda-mores de apelações
comarcas «destesJ«a
tendentes que são os ouvidores das das rmnasdisP
Retação da Bahia qne de muitas povoaçoes terra com evtoen
mar e
de 30(1 léguas até 700, em que entra
»^»*
íes perigos e grandes dificuldades e despesas,
minerais anos e «.««^Va°se
pendentes as questões
Mico e dos partienlares, porque V™?^.™™^
serviços minerai
litígios destes gêneros por embargos de
superintendentes.«£
os guarda-mores os desembargam e os
superior porna.terei
assim ficam até se decidir na instância
suspensivo em semelhantes causas as prime™ se
efeito
nas sus.visto™.
tenças e seus guarda-mores os embargam
despachos ou determ
e os superintendentes lhes revogam os as parte
nações vir a ter depois melhoramento na Relação
— 187 —

da demora e distância do tempo em


«nelantes é por razão os haveres que impossi-
pRá se acham extraídos da terra
de Hquidar depois é muito mais dificil o podè-los haver
«is de umas para outras manas
nor se terem umas vezes retirado
'òs e outros os terem gasto e consumado
que as extraíam, mudando
L com o ouro que tiram de seus empregos,
como quotidianamente se expe-
cada dia de fortuna e de terra
causas minerais e das maiores cam
menta por conclusão das
atendendo as representações que
a" o pais, a que por evitar a fazer as câmaras e os
M 2 anos a esta parte começaram
e a informações e respostas que em semelhantes casos
povos servido mandar criar uma
nraticaram, fora Vossa Majestade
"té
nova na cidade do Rio havia mais de dezesseis anos,
RefacãÒ
"em
agora tivesse efeito algum tão justa resolução de
une e aumento das Minas
inteiramente pende a conservação apelações
Tendo os'seus povoadores que as -as
porque difícil, e com a dilaçao de 12
bravos até aqui tinham êxito
em una ou dois meses, quando
e 3Tos e podiam concluir
sé abster de as moverem injustas e nao esta-
muito poderão
o ouro -,-J*
Serviços empatados nem
terra aonde se cria, nem tao pouco a Fazenda Kea
nhas da
dos quintos que do ouro «trato
com preTuizo de se privar a pronta—>
The devem, sem que possa embaraçar
haver no fto d Jane.
tão justa e precisa providência o nao
nela Relaça;P
casa própria que sirva para se fazer ^e
ainda ao P
da Bahia contando mais de um seeulo ^• m
cem mil rmde
tava pagando pelas despesas da justaça ha d
da casa em que se fazem as coiaferenca, como
«uel com ela se fa™,»<l
constar por certidão dos gastos que cou a Bdtago da
na mesma forma podia por ora praticar-se
cidade do Rio de Janeiro na qua, zkm de dois
o ^acaos ^
Vossa Majestade que ocupam governador
ha casa.note« e ap
Fazenda, com quartos mui capazes se
se alugar para êste ministério enxuto
que podiam
podiam eso
cuidava no edifício, que os governadores
com os mm,steo^
melhor conferindo sobre a planta dele
este «
depois que lá estiverem, porque somente
o seu ministério
de saberem os de que necessitavam para
— 188 —

• s« pe noraue na deste projeto não tinha incon-


na execução cmn_
exercício, porque

TniCTRrão rZ lom oito ministros que muito bem


os
c ftndo a Bahia com outros oito, podiam
tbastaÍ. esta-
doiss qu
do dos dez que hoje conserva virem
he restavamordenado
que que Ia tem,
1>e
-oati0n0S™0ü cal um, e já não ficarão à Fazenda
si ministros para satisfazer, que a 6001000
Talta si
com mais lOOfOOO réis que se dao ao chan-
rüs de ordenado meirinho,
p ^ réis aue na Bahia tem o guarda-mor,
de quatrocentos
poi o cap ã fazia tudo a importância
era bem constante e pu-
c nqfenta mil réis, para os quais
a Vossa Majestade so as dua
blSo ZMinas terem oferecido e
câmaras delas dois contos c oitocentos m, reis
principais ma
também no mesmo Rio terem oferecido
,Znotório mil reis em que so viria
òs da marinha duzentos e cinqüenta
a de um conto de réis, a qua
pagaH Fazenda Real quantia esta nova providencia
à mesma Fazenda interessa no que por
dos dias feriados que
deWarâ de dispender com as relações
em a da Bahia para se
e fazem à custa de Vossa Majestade
feitos criminais que importa-
poderem vencer e expedir os
cada um »«• <°™° *
rão o melhor do dito conto de réis em
nao bastando ainda
Vossa Maiestade se havia ter feito certo,
feitos todos, porque
esta providência para se concluírem os
se poderem despachar nas rela-
por serem muitos e por não de um para outro
cões que chama extraordinárias ficaram reprodu-
ano feitos crimes aos centos o que não acontecera
cada uma com
zida na Relação do Rio e da Bahia, e ficando
dezesseis, os
os seus oito ministros, que vem a ser em ambas
mais em duas new
quais naturalmente podiam despachar ficando assim
cões do que os dez que só tem a Relação antiga, os
mais seguros os quintos, e em tudo mais bem providos adm -
vassalos, a Justiça melhor porque mais prontamente ao.
nistrada; e os delitos punidos para exemplo mais perto
dos mesmo*
lugares em que são cometidos, e à vista e face
a cometer por estarem quo-
que os visam, ou que os ajudaram delas
tidianamente servindo das Minas ao Rio os moradores cami-
e víveres, e também de
para se proverem de fazendas
— 189 —

a quem recorram em o mesmo


nho de despachos, achando os ministros infe-
S7« nara se lhe repararem as violências que
fazem, fiados na distância dos recur-
riores omumente lhe
e insolentes tendo vindo por
iTaue os fazem ser absolutos mas depois de vexa-
U alauns dela fugidos e outros presos,
de espoliadas e destruídas as minas
Z o valts, e depois
com irreparáveis danos pelo que pede a Vossa
s mineiros
ordenar qne a d.ta resolução se exe-
Majestade seja servido
o efeito dela as ordens necessárias
fute ogo expedindo-se para
em contrário, e que havendo
em embargo de qualquer dúvida
expedição e brevidade que
Ida alguma se consulte com a
negoTo tão importante e tanto do serviço de Deus e de
DTde esta se neces-
Vos-. Majestade e do bem público, juntando-se
for aos mais papéis que houverem sobre a criação «a
sário
Relação do Rio. _
°0
esta
E mandando-se juntar a
havia sobre esta matéria se deu de tudo vista ao
^^fA°^
naneis que
da Fazenda que disse havia muitos ««os que os
rádor
minas a Vossa Majestade meessantem nte
™ das pediam Vossa
a nova Relação do Rio de Janeiro e que reconhecendo
se servira de lhe
Metade a'justiça deste requerimento mob o porq
de 1734, mas que nao sabia o,
deferir em o ano
ao ano dL^L*^
se não executara esta resolução ate
novas instâncias dos moradores da vila do Prmcipe dera
as
duas consultas que sobem inclusas ao Conelho e
ocasião as
mmist s de um e^
Desembargo do Paço, nas quais os
ser muito co,
tribunal uniformemente assentam
só se podiam r^e"ja
criar-se a dita Relação, em a qual
sucedeipela **n
nitas desordens que quotidianamente
da F^enda e
do recurso, afirmando êle procurador o
a unir-se a este parecer, para «que bastava o que pr
gado alguns ouxidores da
mamente tinha visto em contas de
amoi da qua
minas sobre controvérsias de jurisdição por
o que-ao -<*
se tinha rompido em excessos incrive^ &
reprimisse e moo
a haver uma Relação perto que
se P"*^ȣ.
violência com que por uma e ontra parte
se interpõem aos e
der, e que conheça dos recursos que pe
síásticos que nunca eram julgados desapaixonadamente
— 190 —

raras vezes estavam impar-


ouvidores que nestas matérias
utilidade convinha o chanceler da
cia Que nesta mesma
também confessando que a esta
Bahia informante na carta que
de se erigir outra, pelo que
Reação se não seguia prejuízo
Fazenda que nao pode haver
L parecia a êle procurador da
da justiça e clemência de
dúvida, antes será muito próprio
se execute a sobredita re-
Vossa Majestade mandar que logo de nao ter amda
solução de 3 de julho de 1734, sem embargo
de agosto de 1740 man-
tgado a informação que pela de 24
do Rio dc Janeiro,
dou Vossa Majestade desse o governador
como esta resposta respeita só a casa que se deve fazer
porque
aos povos das Minas, se per-
para a Relação e ao que ofereceu
não ser muito necessário,
suadia êle procurador da Fazenda
ao governador alugue
pois quanto a casa bastava ordenar-se este ministério,
a que por ora julgar mais proporcionada para
à contribuição se
come até aqui se fizera na Bahia, e quanto
dar sem cons-
devia receber a que voluntariamente se quiser
mandar se
trangimento algum, servindo-se Vossa Majestade
a obri-
dê da sua Real Fazenda o que faltar, e de reconhecer
os ministros que sao necessa-
gação que tem de pagar a todos sendo que
rios para administrarem justiça aos seus vassalos,
da des-
à vista das relações que manda o chanceler da Bahia
e oficiais, e da que
pesa ordinária que faz com os ministros dêm os
se evita nas Relações extraordinárias, por pouco que
suma-
moradores do distrito da nova Relação, viria a ser
Real.
mente moderada a que se houver de fazer pela Fazenda
Vossa Ma-
Que a divisão dos distritos está já feita por
número dos ministros
jestade como também determinado o a
e que como muitas vezes era necessário mandar-se alguns
diligências, e podiam outras estar impedidas não lhe parecia
o
conveniente reduzir a menos este número como aponta
guarda-mor suplicante, e tinha informado o chanceler.
o arbítrio
Que também tinha por conveniente seguir-se
minis-
do Desembargo do Paço para efeito de que os muitos
em-
tros que devem vir das três Relações Ultramarinas não
só por-
barecem entrar nas do Reino os que nele servem, não
se acrescentaram
que depois de se ter feito aquela consulta
doze lugares nas Casas da Suplicação, e do porto, pelo que
— 191

o prejuízo que se considerava


mrecia não ser já tão grande
tinha por maior, o que sentiram
Ls também porque sempre
mudanças e viagens, para o que
os desembargadores nas
ajudas de custo, e pagar orde-
Vossa Majestade lhe devia dar despesa da
Idos no tempo do transporte com maior e inútil
o dito embaraço pareça
sua Real Fazenda, sendo que quando
ou com haver so o dito
ainda atendível se podia acautelar
duas Relações ou com se
desembargador em cada uma das
que os deixam servir nelas por oito anos em
determinar
sempre se adiantarão muito os
luaar de seis porque assim
dessa maior dilaçao haveriam os
bacharéis e que sem embargo
a estes lugares. Que se Vossa
mesmos opositores beneméritos se estabeleça a
Majestade for servido mandar que com efeito
fosse para chanceler um
novfRelaçâo não só convinha que
mas que passassem
desembargador da Casa da Suplicação,
houver na Ralua porque era
para ela lois dos mais hábeis que mais que um ministro
n eslio que ao princípio houvesse apren-
soubesse servir em Relação e que só assim podiam
que e estatutos
der os outros as práticas, observâncias
isto era o que êle procurador da Fazenda entendia
Que
era de grande considera-
neste negócio que no seu conceito
e digno de se pôr sem demora na real presença de Vossa
ção
Ma) da^ Coroa
Eamandando-se também ouvir o procuradorRe ação cm
nova
disse que a necessidade e utilidade desta
duvida a dela,Qux a
dará ser indispensável e que ninguém
outra alugada_a seme
falta de casa própria se supria com
dos povos nao chegar
lhança da Bahia, que se a contribuição
a despesa justo parece que Vossa Majestade supra o que
para ora derem pouco nao
íaltar ao menos enquanto os povos que
também tinha P"»»*£
puderem contribuir com mais; que
Fazenda Real neste anpnmento
pouco será o dispêndio da despesasi d s Reta
mmormente cessando por outra parte as;
o arbítrio da consultaMh>
ções extraordinárias da Bahia. Que estes ministros,
Desembargo do Paço a respeito de servirem
e o resto na Bahia,
a metade do seu tempo no Rio de Janeiro,
mais alguma a
sim lhes causará algum descômodo mais, e
Real, que ainda isto
pesa, e também à Fazenda porém,
192 —

menos mal do que virem esses ministros em turmas


parecia
Reino o que ainda se nao evitara
impedir a entrada dos do
lugares novamente acrescentados
èõm o maior número dos
Lisboa, porque os que vierem da
nas Relações do Porto e de
entrar pela do Porto.
Bahia ou Rio sempre hão de
êle procurador da Coroa
E «ue em nenhum caso aprovará
estabelecida a Relação do Rio seja menor de dez o nu-
que
dos ministros dela, porque sendo menos ausentes uns
mero
impedidos outros com moles-
om diligências do serviço, e
relação inútil. Que o mandar-se
tese ver por muitas vezes a
ministros, como também os da Bahia sirvam daqui
quetstes áspero e que os descon-
em diante por oito anos lhe parecia
seis anos, servindo três no
dará mais do que a decisão dos
ainda assim antes con-
Rio e outros três na Bahia, mas que
com menos de dez
vira nos oito anos, do que em Relação
ministros.
esta Relação alem do
Que quanto a mandar-se que para
Suplicação, passem por
chanceler que há de ir da Casa da
da Bahia nao repro-
esta vez dois ministros dos mais hábeis
vava.
da Fa-
Ao Conselho parece o mesmo que ao procurador
deve servir-se
zenda e só acrescenta que Vossa Majestade
alguma da
estabelecer logo estas em Relação sem diferença
no tempo de
da Bahia, nem em número de ministros nem
que
serviço, assim porque os lugares de desembargadores três
e os
Vossa Majestade criou de novo nas Relações do Porto
este prejuízo nao seja
que diminuiu na de fora faz com que ainda o
de forma alguma atendível, como também porque
nao tem
havê-lo era só particular e de alguns opositores que
em haver
comparação com a utilidade pública que se verifica
no ul-
ministros que sirvam sem descômodo nem violência
tramar para onde irão pessoas mais hábeis se entenderem que
conve-
só por este meio se podem adiantar, sendo também
seja
niente que Vossa Majestade determine que o governador
regedor desta Relação.
Ma-
Da mesma sorte se persuade o Conselho que Vossa
deve servir-se decla-
jestade pela sua grandeza e piedade real
— 193 —

se faça à custa da sua


rar aue a despesa toda desta Relação
aos povos nem aquilo que eles
Real Fazenda, sem se pedir
esta pretenção, porque este
ofereceram quando principiaram
se encaminhou a facilitar esta
oferecimento notoriamente
tão largamente para os
,raca e tendo os povos concorrido
que oferece-
ordenados dos ministros e governadores para seiscentos e vinte
ram os direitos das entradas que produzem
não é justo que de novo se
e quatro mil cruzados cada ano,
mais quando no pagamento
lhe imponha este encargo, muito
a sustentação destes
dos salários tornam a concorrer para
estão já privadas ate da-
ministros, além do que as Câmaras
se impuseram para beneficio
queles mesmos subsídios que
o mandou cobrar pela pro-
público porque Vossa Majestade
necessário que se sustentem
vedoria, tanto que a algumas é
também advertir que o ren-
pela Fazenda Real, devendo-se
dela e o que se nac.gasta nas
dimento da Chancelaria e dízimos da Bahia ficara
despesas com as Relações extraordinárias
muito moderada esta de gastos.
Almeida Castelo Branco
Ao conselheiro Diogo Rangel de
e somente nao con-
lhe parece o mesmo que ao Conselho
Relaça ° *«"•*£
corda em que os desembargadores da
anos, e findo_ les v nhum
neiro residam naquela Relação seis
como é costume nos d a Batei por
para a Relação do Porto ordem que este des em
entender ser muito conforme a boa
do Rio, e os outros
bargadores estejam três anos na dita Relação a do Poro
três vão completar à Bahia e dali passem para e
com esta ordem verifica-se o im desejado daque
porque u
de terem Relação no Rio, e se nao aumentam mais
povos dih
de banco, que já no lempo presente se faz
gares primeiro
der primeiro^banc nos
cnltosa a acomodação dos bacharéis entear
lugares da Relação do Porto aonde todos procurau e Vossa
qn
nem contra este seu parecer se encontra cimento
do Porto porque
Majestade fêz dos lugares da dita Relação
de novo para ™
ao mesmo tempo que estes se erigiram
Suphcaçaoseciaram
do Porto, assim como se fêz na Casa da banco neste
também de novo vários lugares de pr.me.ro
erectosna Relação
Reino, que são mais em número que os
mesmo tempo que enlende
pelo que se persuade que no
— 194 —

sua grandeza e real piedade ser servido


Vossa Majestade pela
se nomeiem logo desembargadores para esta nova
ordena
dever ser com a referida mode-
Relação, entende juntamente
forma com a consulta do De-
racâo conformando-se nesta
esta sobe à real presença de Vossa
sembargo do Paço que com
^"Também embaraçar o refe-
entende êle se não poderá
despesa que a Fazenda Real ha
rido com a consideração da
ministros de uma Relação para
de te nos transportes destes
custo que se lhe deve dar por-
outra em razão da ajuda de
se que aprovada a ordem sobredita tanto
quanto persuade
a Fazenda Real, que antes lucra e lhe e-
To em prejuízo lugares com distintos
uHa conveniência, porque criando-se
aos bacharéis do pri-
m n stros, além do prejuízo considerado
dar a mesma ajuda de
meiro banco, há de Vossa Majestade
se costuma dar aos da
eusto ao desembargador do Rio que
os desembargadores para
Balia, e despachando-se deste Reino
os outros três a Balia
o Rm por três anos, e indo completar
de custo moderada naquela parte
pode ser esta segunda ajuda a Bahia,
do que se dá ao embarque dos que lá passam para Real 1 a-
forma sem prejuízo a
persuadindo-se ficar desta dos ma s
zenda de Vossa Majestade e atendida a acomodação
a Vossa Majestade
ministros que em iguais lugares servem
neste Reino.
ao oonse-
Ao marquês presidente parece o mesmo que
a Rela-
lho, e acrescenta que de nenhum modo convém que
menos predicamento que a da
ção do Rio de Janeiro seja de tiverem ser-
Rahia, passando para esta os ministros que nela
toctas
vido três anos porque compreendendo-se no seu distrito
importam
as minas de ouro, e diamantes, serão muito mais a
tes os negócios que nela se tratarem assim pertencentes
vassalos
Real Fazenda de Vossa Majestade como às de seus
em uma
e não lhe parece que estarem os ministros três anos
terão os
Relação e três em outra, evitam os descômodos que
ultramar
bacharéis que querem servir neste Reino, e não no
é vinte, e o número
porque sempre o número de ministros mu-
dos anos é seis, e o detrimento das causas será grande
novos e
dando-se continuadamente de juizes e sendo estes
— 195 —

dos negócios de maior impor-


sem experiência para o exame
da Fazenda Real e dos
tância e multiplicando-se as despesas
fim dos três anos de assistên-
mesmos ministros quando no
navio pronto para irem para
cia em uma Relação não tiverem
demora vençam ordenado e
outra, porque c justo que nesta
vençam o tempo,
aiudas de custo, e como também é justo que
virão a estar menos
não estando por eles a sôbredita demora
do que os seis porque até
anos na Relação da Bahia ou mais
ambas estas resoluções e
agora eram mandados e finalmente
os mesmos incon-
as partes que nelas tiverem pleitos poderão
novos. Lisboa, 3 de de-
venientes de serem sempre ministros
zembro de 1750. Penalva.
Conselho, fa-
À margem — Resolução. Como parece ao
Relações na forma
zendo-se a divisão dos distritos das duas
e mapa a ela junto
que aponta o chanceler na sua informação,
Relação se faça por
e sou servido que toda a despesa da nova
do Desembargo do
conta da minha Real Fazenda, e à mesa
os ministros para a
Paço tenho ordenado que me consulte
Com a rubrica
dita Relação. Lisboa, 26 de fevereiro de 1751.
de Sua Majestade.

Rio
O governador e capitão general do
em
de Janeiro dá conta da incapacidade
Salvador de Melo
que se acha o furriel-mor
e de lhe mandar
para servir o dito posto, mil reis
continuar o seu soldo de quatro
lhe parece justo fique
por mês, em que
reformado.
do Rio, de
O governador e capitão general da capitania
10 de julho de
Janeiro Gomes Freire de Andrada em earta de do pro
1750, dá conta a Vossa Majestade, por este Conselho regimen
novo
vimento que fêz dos tenentes e alferes do
de Melo esta para
tado, e nela diz que o furriel-mor Salvador
o serv.ç, e que
lítico sem esperança de ser capaz de continuar
pelo
tem servido a Vossa Majestade com bom procedimento,
— 196 —

.<>„ cóldn de auatro mil réis por

• •:: =3,: ^r:n- «— — -s


^ Majestade
-r°bem a Vossa
cinco tdirp^tnt
mil reis, porq acrescentamento.
™To "^SoSr ".«andre
Metelo de Souza e Menese,
ao governador. Lisboa, o de jane.ro de
^o mesto que
1751.

o que
Faz presente o mesmo Conselho
"fnçãodeVos-
lhe parece a respeito da
tomar soare
sa Majestade foi servido de prata
levarem em moeda provincial eg-
Ta a capitania do Rio de Jane.ro
vêrno «u
inrnu
oitenta contos que fi-
das Minas osMoeda
aa da-
carem reservados na Casa se
cidade, e vai a consulta que
quela
acusa.
dezembro do ano próximo
Por resolução de dezesseis de Con-lno
tomada na consulta inclusa, em, quete
passado, lhe pareceu sonr
fêz nresente a Vossa Majestade o que da Moeda do R o
se fazem na Casa
iLdes empréstimos que fragatas da coroa, e a reserva
de Janeiro aos comissários das do rendimen da
d o«en a contos de réis que do produto daquela, captama
mesma casa mandou fazer o governador e
Vossa Majestade servido determinar que quanto aos
foi
da Fazenda se azem.« por
préstimos que das provedorias parte a q
L do Brasil aos comissários das fragatas pelaos ditoi com
toca tinha dado a providência ordenando que nos conto, do
conta
sérios no fim dos seus triênios dêem
despesa e que o to
Reino e Casa, com livros de receita e
faria Pr^n
selho tomadas as informações necessárias
S'
armazéns tem
Vossa Majestade que as dividas que os
e as faltas.que
traído com as referidas provedorias, P
das suas folhas,
têm havido de pagamentos aos filhos
— 197 —

ficarãp reservados na Casa


aue respeita aos oitenta contos que
o mesmo Conselho passasse as
da Moeda do Rio de Janeiro,
lavrarem em moeda provincial de
ordens necessárias para se
Rio de Janeiro, o governo das minas
prata para a capitania do
moeda na forma da lei de 3
onde só deve correr nelas esta
do referido mês de dezembro próximo passado.
Fazenda respondeu
E dando-se vista ao procurador da
necessárias para das pro-
uue como já se passaram as ordens
exatas do dinheiro que tem
vedorias se remeterem relações
e dos empréstimos em
entregue aos comissários das fragatas
restava que ordenasse que
aue estão as mesmas provedorias,
das dívidas dos armazéns
v executor formasse outra relação
diligências para saber
mie se lhe tem dado em receita, fazendo
se tem passado sobre o
averiguar todos os conhecimentos que
tesoureiro dos armazéns.
de Vossa
Para se executar a segunda parte da resolução
real presença que na
Majestade era necessário pôr-se na sua
fabricar a que \ossa
Casa da Moeda não há cunho para se
ordenar-se que
Majestade manda fazer e que será necessário
as represen-
se remetam, e como se hão de ver no Conselho
da Casa da
tações e contas do Conde das Galvêas, e provedor
em que se pede
Moeda da Bahia sobre a falsidade das moedas
apontando-se alguma
que se mande fazer moeda provincial, logo êste negocio
diferença, seria justo que se consultasse
Vossa Majestade haja por bem que a dita
porque quando antiga na conta-
moeda seja em alguma coisa diferente da
o cunho para
midade desta resolução é que se há de formar
que agora se mande fazer. a Vossa
Ao Conselho parece que se deve fazer presente
de prata que corra
Majestade que para se lavrar esta moeda
cunho na Casa da
no Rio de Janeiro e no das Minas não ha
com a^uma
Moeda daquela cidade, e havendo-se de abnr
Brasd !»»«¦»£
diferença do da outra moeda provincial do
muitopro
extrair dos governos a que se destina, fica sendo "a
lavrar-se a nova moeda de busto como se prato
prio moedas de ouro
maior parte das cortes da Europa, tanto nas menos
como nas de prata, ficando com esta circunstancia
exposta a falsificar-se.
— 198 —
Majestade
¦ , "ua „ Conselho representar a Vossa
PTd moeda para as
da sua real
reai n »cão lavrar-se estair
que sendo e ficar
Minas onde para se evitar
^;-::S:eo»
moeda que gire o
o pais sem ouro quin
de se extra, os
a ocasião que haveria continen-
a moeda part cular pa
,os, deve neste caso ser ouro e ao ^ ^ ^
^
minas de
tes onde se lavrarem ^
neiro, nem para a êste fim para a
em que se .na0 ^J^«X«
dosf"^'
limites em » jçôes
v que se costumam
os
pra-
delerminaçao P^
dos ug»to. em qu
ticar para a determinação
as mesmas mi ,
direitos das entradas para
dêles ^f^^,^^ÍJriU
ora a ou a moeda P.a
Para o
dela para ^^ que
tem Vossa Majestade dad trocar
que to ^
os re,s que es •vejernnosegi ^ uma e
e ten^o c es q^
aos viandantes ^ ^ ;ws
« proverem de saem se
outra paia
entram para elas, e dc mocua ,7Í„nfiantes
que
também de conceder aos «««dantes sa saírem
fica escusando
cm as despesas do cam.nho o que se **e
com ouro pó para
a respeito da moeda de prata, porque na de cobre
entender
ser comum a P^™
„â„ épreciso tanta cautela e pode com
dos viandantes porque
Al o Brasil para comodidade
de ouro d.gna de
ela se não pode extrair quantidade
™t^^^ não é
servido ordenar assim
bastante quantidade de oitenta
o Consell « s^m P
^os^^^
minas do Brasil, porque entende desta moeda d(:m is
cento e cinqüenta contos para se lavrarem
todo o Bra
da que se faz preciso lavrar-se provincial paraoutra consu^
em
como faz presente a Vossa Majestade
Metelo. Pardmh
Lisboa, 2 de janeiro de 1751. Penalva.
Rangel.
Corte Real. Carvalho. Bacalhau.
— 199 —

Sobre a conta que dá Gomes Freire


de Andrada, governador do Rio de Janeiro
de haver arregimentado os terços daquela
companhia e vai a cópia das ordens e
mapa que se acusa.

e capitão general
Gomes Freire de Andrada, governador
em carta de 10 de julho do
da capitania do Rio de Janeiro,
a Vossa Majestade por este
ano próximo passado representa
17 de julho de 1747, ora Vossa
Conselho, queV ordem de
arregimentasse os três terços
Maiestade servido mandar-lhe
fazer-se com eles a despesa de
da, uela capitania, aprovando
contos setecentos vinte e oito mil e oitocentos reis
Sdois
o cálculo que então remetera, que pela ordem de
regnndo
Vossa Majestade servidorep
22 de outubro de 1749 fora
e ultimamente pela
tir-lhe a execução da mesma diligência,
ano lhe ordena nomeie os te-
de 11 de novembro do mesmo
no arregimentado.
nentes e alferes novamente criados
referidas ordens de que
Que entrando na execução das
e mostraram os
remetia as cópias juntas lhe representaram
nao se lhes ressarcindo
capitães e alferes estarem prejudicados de gineta,
o que perdiam no soldo e farinha de seus pagens lhes cassa-
forma se
e nos segundos tambores que pela nova e a ração
ram, como também os soldos de embandeirados,
de farinha que estes vençam.
obrigava arregimentar
Que este justo requerimento a despesa _que ate
dando a providência possível sem exceder
coronel ate aK««*
ao presente se fêz com os postos de
oitocçnto reis que
dois contos setecentos vinte e oito mil e
de 17 de julho
Vossa Majestade permite se faça pela ordem
tirar o mapa número 2 quemesta a
de 1747. Que mandara
referidos mestre.
despesa qne alé ao presente se fêz com os
seus pagens-de g
de campo, sargentos-maiores, capitães e capitae
neta, alferes e seus embandeirados, fumeis-mores, as raç
com
de companhia, e trinta tambores que se cassam
os atua. otaai.
de fartoha que vencia, e despesa que fazem
contos
da sala e seus oficiais, que tudo importa ™te ^
dezoito mil novecentos trinta e seis réis que juntos
— 200 —

réis faz o
*
setecentos vinte e oito mil e oitocentos
tn« ep vmU a
contos ^ e sete mi,
total vinte e dois contos
^ ^ ^.^ q
e trinta e seis ms. requerimento,
como
setecentos
regi—e ao mesmo
=Odref ^ ^
também a que na nova arrefíimentando-se no exer-
coronéis e a que no «^"^^ tade se os postos de
de Vossa Majes
cito as tropas _c m
teneDtet- ajudantes
^
de suas
rlS-ntdoí
na assistência do general ao
«a excede ^
ordens, e que era P«o
de cassar os trcs
^n^rnSlrTreSrdeU
Sós6 rallnte ^-jjT^^
solvera a formar
soiveici o mapa em t rente, propu
^fi^nk
flp tenente-coronel ate alleies c
^ftaiirr sir z rr T tz^:j7Z lhe parece se c
a Vn«fl Maiestade tem determinado, e ainda
em aportando, que
£jS. beTregmada a mesma
da Fazenda Real doze mil setecentos trinta e sei
fim a favor
de Vossa Majestade se resolv
réi e com» não tinha ordem o que propõe,
nãÕ
"a. mudar a antiga ordem de pagamento para
como também
deterimnação de Vossa Majestade t
saber se devia propor os tenentes-coronus -
esperava 'ospara de campo g
Isultar dois postos de tenentes de mestre
acham vagos por falecimento deJomas Gome
nerais que se
ficam também cassados.
da Silva, e João de Almeida, ou se
aponta que os sargentos-
Que no mapa que apresenta
de soldo, porque^
maiores se lhes deve dar trinta mil réis
ao grande trabalho
e seis que ao presente têm não é bastante
aponta desenov
de que este posto depende. Que aos capitães o soldo e
mil e setecentos réis, respeitando a ressarcir-lhes
vantagem do, tambe,
farinha de seu pagem de gineta, e a
no Brasil que os escravo^do
que por não haverem outros aos alferes no soldo
Capitães fariam em utilidade destes. Que
tostões
de dez mil réis se lhes remunera com de^sseis j
e a tarinna,
embandeirados que é mil e duzentos réis
— 201 —

.i -cantos réis unidos a oito mil e quatrocentos réis que


™i de soldo fasem os dez mil réis que
I/prl^e lam
!,POnOue° se lhes dá a vantagem
aos 011
aToficiais de*ndo
granadeiros
Que a prática que tem do pais,
Lm em mais iguaidade
Sa^rcr^Urd-espesa
- Palda respondeu
TSZ1SSr ÍS^r com o acerto que costuma
em
„ governador procedeu

RegÍrr'sõMo^ue os ditos
porqual,- ml percebiam

SS^Sr^^aponta, servido
r^rV^r soldos o governador
os que
prove e mande dar
-".o Majestade, ser^
-j: ™f«v-»¦»;¦=
Conselho parece queJossa

k,v»;=:
os soldos dos sargentos-mores
dos "8"^,^,
^
trinta e seis mü reis po-«
para vencerem Vossa M^dejte^ J"manda
dez mil réis peto companhia que
sejam uniformes
entregar, e que estes soldos todos
as terras do Brasil. pvtiníiuir os Ppos-
ao Conselho se deven exbx*w
Também parece
tos de tenentes de mestre de campo general^^ nos
nestes oficiais possam os I^^^Ztéa para
regimentos dois oficiais que lhe parecoe ae
^
lhe assistirem as ordens, ate capitães
acupam ™1S
se-lhes o mesmo soldo do posto que s
de um cavalo, e ficando vagos f P
por mês e o sustento
de que estes oficiais saírem. de ca eral i
mestre
E porque os ditos tenentes de
e ajudantes de tenentes ^ ff^J^J^ e te-
de sargentos
acrescentados aos postos imediatos
— 202 —

vagos para se
nentes-coronéis e pode não haver estes postos
devem os que
acomodarem todos os ditos oficiais de ordens
ficar servindo como
não puderem passar para os regimentos
regimentos os postos
atualmente servem, até vagarem nos
e quando entrarem neles ficará
que devem ser acrescentados
de Vossa Majestade para os gover-
praticando-se a resolução tendo maior
nadores escolherem os oficiais que parecer, não
Infantaria na forma que o Con-
patente que a de capitães de neste Reino
selho deixa declarado, como se praticou quando
de 1751.
se arregimentaram as tropas. Lisboa, 16 de janeiro
Corte
Marquês de Penalva. Metelo. Pardinho. Gusmão.
Real. Andrade. Borges. Bacalhau. Castelo Branco.

Sôbre as contas que dão o ouvidor


geral e oficiais da Câmara da ilha de Santa
Catarina a respeito das vexações e violên-
cias que faz àquela povoacão o governador
da mesma ilha Manuel Escudeiro Ferreira
e Souza, e vão os capítulos que se acusam.

O ouvidor general da ilha de Santa Catarina, Manuel José


de Faria, em caria de 4 de abril do presente ano, dá conta a
Vossa Majestade por este Conselho, que o governador daquela
ilha, Manuel Escudeiro Ferreira de Souza, mandou açoutar
rigorosamente ou no pelourinho ou na polê a homens livres,
e que manda apoliar, marcar e meter em galés a escravos
por se dizer furtavam algumas coisas, sem que precedesse
conhecimento algum de causa, nem houvesse sentença con-
denalória, e que finalmente a título de propinas era senhor
de todos os lombos, línguas, miolos das reses que se mata-
vam no açougue por conta da Fazenda Real, e o mesmo pra-
ficava com os dos moradores, estendendo-se até aos porcos,
com mais apêndice das orelhas, e porque lhe parecia não cabia
tanto no poder governatório e ainda outras muitas coisas
real
que por modéstia não referia, punha as sobreditas na
presença de Vossa Majestade.
— 203 —

também uns capítulos que


Com esta ocasião se viram
da mesma ilha contra o mesmo
dão os oficiais da Câmara fa-
referindo as vexações e v.olene.as que esta
governador,
g
I àmiela povoaçao, os quais com esta sobem inclusos.
^ da Fazenda respondeu
F dando! vista ao procurador Vossa Majestade estas
„ue se devia pôr na real presença de
q1\ Catarina e dos oficiais da
do ouvidor da ilha de Santa
mela ilha, para que Vossa Majestade seja ser-
^ra da estas desor-
d^ dar a sua rea
vido real providência^^ para que cessemse ym
e boa conduta
i;a^C/-o-, prudência,
devem principalmente concorrer para a sua
rgovernador
segurança e aumento.
fazer presente a Vossa Majes-
PareTel'Conselho deve
do ouvidor e oficiais da Câmara da ilha de
,ade es a contas
quais e por repetidas noücias consta a
Santa Catarina, pelas de que tem nas-
com que procede este governador
"adificuldade
violenete
se encontra de continuar o transpe,rt
d que
das ilhas dos Açores para a de Sa a Catarina e
dos casais
cessarem estas violências, parece ao Conselho>V*™£_
para recolher logo <£*£?
Majestade seja servido mandar Conselho^tez
sconsultas que
dor nomeando-lhe sucessor na
o deste governo, ou nomeando quem deve
para provimento
conthui " «"*£
rquT o* ÍS EEÍ —o
bacharel ManueTavares^de
Rio de Janeiro, c em sua falta o
ouvidor de 1^»^
Siqueira, que findou o lugar de
a estegovernador
ilha de Santa Catarina tirar residência
estes documentos para conlece na d
remetendo-se-lhe
coutas e notificando ao sindicante^para que se
matéria desas
R,o de Janeiro^donde
retire da dita ilha e vã para a cidade do
«.tanto que^na
uão saia sem ordem do mesmo sindicante,
o sindica o ser pro
residência se provar o que basta para
snidicante, e avise
nunciado o pronuncie à prisão o mesmo
de Janeiro, para que remeta o smd
ao governador do Rio
Majestade, parbe.
cado preso a esta corte à ordem de Vossa
204

do Rio de Janeiro o que Vossa Ma-


pando-se ao governador
a prisão do sindicado para êle go-
jestade for servido sobre novembro de 1751.
vernador assim o executar. Lisboa, 10 de

Sobre a conta que deu o reverendo


bispo do Rio de Janeiro acerca da ruína
em que se acha o palácio da residência dos
bispos daquela diocese suplicando a Sua
Majestade que pela sua Real Fazenda
mande fazer de pedra e cal o exterior an-
tigo do dito palácio, e vai a planta e mais
papéis que se acusam.

O reverendo bispo do Rio de Janeiro, em carta de 30 de


este
setembro de 1747, representou a Vossa Majestade por
fora
Conselho, que o palácio dos bispos daquela diocese que
feito no tempo de Dom Francisco de São Jerônimo, bispo
dela, por esmola que Vossa Majestade lhe fizera era todo no
exterior composto de pau a pique, que era a obra daquele
tempo e o interior serviram as paredes de uma igreja de Nossa
Senhora da Conceição e um pequeno dormitório que tinha
sido dos capuchinhos franceses, e como esta obra de fora era
de madeira, e de tantos anos, em muitas partes ameaçava
ruína, o que punha na real presença de Vossa Majestade para
que fosse servido mandar pôr de pedra este exterior antigo
por não suceder alguma desgraça, porque ainda que a con-
seriassem não tinha firmeza, nem duração e era preciso an-
dar-se sempre com oficiais a reparar da sorte que é possível.
E ordenando-se por provisão de 11 de junho de 1748 ao
provedor ela Fazenda da dita capitania informasse com o seu
parecer mandando examinar a ruína e avaliar a obra e reedi-
ficação dela, apontando os meios da sua despesa, com a pos-
sívei individuação satisfez em carta de Sua Majestade de 8
de março de 1749, dizendo que em cumprimento da real
ordem de Vossa Majestade fora às casas de residência dos
reverendos bispos daquela diocese, e mandando examinar
— 205 —

de pedreiro e carpinteiro o estado


üelos mesteres dos ofícios
exteriores se achavam muito
delas assentaram que as paredes
de pau e sustidas sobre pilares
arruinadas por serem feitas
e mais a obra da-
incapazes, estando podres os vigamentos,
mostrava da certidão inclusa
ela antiga morada, como se
a Vossa Majestade, em quanto à ava-
para que fosse presente
aos meios para esta despesa nao
liavam E pelo que tocava
rendas daquela provedoria por
descobria outros que os das
menos lentidão conforme a
onde se supriria com mais ou
delas, havendo Vossa Majestade por bem se
possibilidade
faça a dita obra.
respondeu que
Dando-se vista ao procurador da Fazenda
individuação que se lhe
o provedor não informara com a
devia declarar era
recomendou porque uma das coisas que
de Vossa Majestade
se o palácio antigo fora feito por ordem
esta tinha de
à custa da sua Real Fazenda, e a obrigação que
mandasse uma
o reeditar Que também seria justo que
outras mais clarezas, sem as quais
planta do mesmo palácio e
convir em uma obra
êle procurador da Fazenda não podia
e cinco contos, e assim lhe pa-
que já vinha orçada em vinte
referido ao gover-
recia se devia pedir informação de todo o
entenda Vossa
nador, ordenando-lhe que para o caso em que
todos os meios
Majestade eleve mandar fazer obra aponte
fazer com mais comodidade e
que lhe ocorrerem para se
menos despesa.
ordenou a
Por provisão de 31 de outubro de 1749 se
capitania m-
Gomes Freire de Andrada, governador da dita
antigo
formasse com o seu parecer declarando se o palácio
da sua
fora feito por ordem de Vossa Majestade e à custa
reechficar e
Real Fazenda e a obrigação que esta tem de o
mais cia-
mandasse uma planta do mesmo palácio e todas as
no caso
rezas que entendesse eram precisas nesta matéria, e
esta
cjue entendesse que Vossa Majestade devia mandar fazer
satis-
obra, apontasse todos os meios que lhe ocorressem para
em
fazer com mais comodidade e menos despesa, satisfez
dar
carta de 20 de maio deste presente ano dizendo que para
anti-
ialeiro cumprimento a esta real ordem fizera buscar as
a carta numero
gas de Vossa Majestade e só se encontrara
— 206 —

da real mão, de que remetia cópia para


primeiro/formada
Fazenda Real.
se fazer esta despesa pela
havia exemplo presente de ser Vossa Majestade ser-
Oue ao bispo da-> Minas
vido mandar comprar ou fazer palácio
São Paulo e se persuadia com
rai e dá-lo de aluguel ao de
se havia praticado o mesmo.
os mais bispos daquele Estado
residia o bispo daquela ca-
Oue o palácio em que atualmente
a pique nas paredes mestras estava
pitania por ser de pau
'ameaçando ha
ruína por serem as madeiras podres, postas
da Fazenda Real na
"ma de quarenta anos. Que o provedor
mais
fazer o exame numero
da ordem número dois mandara
a despesa de vinte eontos
és e por êle constara ser precisa
estado de duração o que visto por
para fazer o palácio em coronel-engenheiro José
êle Gomes Freire de Andrada, e pelo
o sítio do dito palácio,
Fernandes Pinto Alpoim, observando
declararam se lana
estado dele e a despesa que os mestres
abater o dito
nrecisa, acharam seria muito mais conveniente
o terreno do mesmo monte a
palácio e ficar térreo e unindo de fortih-
fortaleza da Conceição, em que estava já princípio
e fechado
cação que mostrava assim se intentara antigamente
um corpo
o elito terreno fazer naquelas casas acomodação para
de eiuarenta
de infantaria, e que era certo que com a despesa
e ficara
ou cinqüenta mil cruzados se fará maior a fortaleza,
com a vantagem de difícil o seu ataque, tendo capacidade para
receber maior guarnição, pois a presente tem quartel para
pequeno número.
de obras decla-
Que com a mesma despesa que os mestres feito
raram ser precisa para reedificação do antigo palácio
uma casa
em o terreno que há na nova praça da Sé ficara
do
capaz de palácio, sendo mais própria a casa da residência
razoes
prelado junto à mesma catedral. E lhe parecia pelas fazer-se
referidas ser mais conveniente com a mesma despesa
Majes-
o palácio do bispo junto à catedral, mandando Vossa
exceda
tade na planta que dele se fizer se atenda, a que não
dízimos
de vinte contos de réis e que estes sejam pagos dos
em cada
daquela capitania, com consignação de quatro contos
fim
um ano, para com esta consignação estar findo no
— 207 —

a catedral em estado
cinco anos, tempo em que se poderá pôr
divinos.
de se celebrarem nela os ofícios
men-
Com a dita carta enviou os documentos de que faz
real presença de Vossa Ma-
cão, os quais sobem com esta à
jestade.
disse
E tornando-se a dar vista ao procurador da Fazenda
com o parecer do governador quanto à
que se conformava esta se deve
obr& do palácio episcopal, porque entende que
se fará a
fazer pela Fazenda Real, e também se persuade que
ficará o
mesma despesa no novo sitio em que sem dúvida
servida a igreja;
bispo mais bem acomodado e seria mais bem
Vossa Majestade,
e pelo que respeitava à obra da fortaleza de
determinaria o que fosse servido.
O que tudo visto.
Real
Parece ao Conselho que ainda que já pela Fazenda
Jerônimo
se mandaram pagar ao bispo Dom Francisco de São
exteriores
os oito mil cruzados que êle despendeu nas obras
Conceição, e no hospício dos
que mandou fazer na igreja da bispos
frades Barbadinhos franceses, que se tinham dado aos
seu palácio com estas novas
para a sua vivenda, formando-se o ces-
obras que se lhe pagaram e com êste pagamento ficou
e
sando a obrigação que tinha a Real Fazenda de dar cento
da
vinte mil réis em cada ano para aposentadoria ou renda
de
casa dos bispos, contudo será muito próprio da grandeza
Vossa Majestade deferir a súplica que o bispo faz, pedindo a
de
Vossa Majestade que pela sua Real Fazenda mande fazer
remetendo-se-lhe
pedra e cal o exterior antigo daquele palácio,
eminente fará
planta da fronteira dele que por estar em sítio
elegante prospecto à cidade, ordenando-se esta planta com
advertência que não faça a obra mais despesas que os vinte
contos de réis que dizem os mestres poderá importar na sua
certidão de avaliação de 5 de maio dêste ano, que sobe às
reais mãos de Vossa Majestade, consignando-se no rendimento
dos dízimos daquela provedoria o pagamento dos vinte contos
de réis, divididos em cinco anos a quatro contos em cada ano,
e não parece ao Conselho se mude o palácio do bispo para
outro sítio, nem o bispo pede esta mudança, quando a vivenda
— 208 —

. dei muito ííirmieza e tem para


,íia largu». P^^ ela já todos os como-*
que »em c ^ ^ ^
se os
r ja^mT eis" despesa inutilmente feita porque
um feito se avaliam em vinte
consertonxteriores em palácio
¦onto cie despesas fica manifesto o que seria necessário para
contos de uc em consequencia de
no^ o ^
sc formar pah, e ^

sS-Brt^-c =.í s*=


55^*^^=-"="?==:
s rTec ssário em algum acidente valerem-se da fortalc a da
do
ela se acha em termos que o mesmo palácio
Concebo em que lhe
Spo serve de defender-lhe a entrada, pela parte
o
vê da mesma planta que remete
Sta a muralha como se estade.
e sobe com esta às reais mãos de Vossa Ma
governador, Vossa Màj-^jí.
A„ Marquês Presidente parece que
¦^^mw.deJ^
sirva mandar ver esta matéria pelo
cidade e pode n o m
José da Silva Paes que esteve naquela
serviço, de Vo sa Majes
o que for mais conveniente ac,
23 de novembro de 1752 ou 1751 (sic). i 4 ^
Lisboa,
Bacalhau.
Penalva. Pardinho. Corte Real. Andrade.
o governador e
A margem - Resolução. Como aponta
de janeiro de 175^.
capitão general. Salvaterra de Magos, 27
Com a rubrica de Sua Majestade.

Rio
O provedor da Fazenda Real do
de
Grande de São Pedro do Sul dá conta es-
daquele
que no hospital dos soldados o
tabelecimento se curava todo gênero de
à custa da tazei
pessoas, pobres e ricas,
— 209

da Real, em grave prejuízo dela, e que su-


se lhe de-
posto mandara este abuso, pede
clare o que nesta parte se deve obrar.

Morais Barba Rica, pro-


O bacharel Manuel da Costa de
Rio Grande de São Pedro do Sul,
vedor da Fazenda Real do
ano passado, expõe a Vossa Majes-
em carta de 9 de maio do
obrigação do seu cargo
tade por este Conselho, em como pela
dele a desterrar muitos a
entrara assim que tomara posse
em prejuízo da Real Fazenda,
usos que se tinham introduzido
curando efetivamente no Hos-
sendo um deles o de se estarem
as pesoas de um e outro sexo,
nital Real dos soldados todas
assim pobres como
Le naquele estabelecimento adoeciam,
e habitadores ricos, filhos
ainda todas as famílias de paisanos
todos à custa de Vossa Ma-
e escravos de que é abundante, e
uma tão excessiva
iestade, fazendo-se com esta desordem
cada mes menos
despesa que ordinariamente não importava
ficando como agora se
de quinhentos e quarenta mil réis,
até oitenta m. re.s, e
achara reduzida à quantia de setenta
compunha de muita pólvora se
que se bem aquela terra se declarar o como
lhe fazia preciso mandar-lhe Vossa Majestade
havendo outro
se deve haver com este em razão de que não
há de ser nao
algum hospital, se chegando a adoecer algum
constar nao
assistido pela Real Fazenda os que totalmente
têm com que se curem, como já admitira alguns, procedendo
a muita pie-
a referida informação, na inteligência de que
despesa.
dade de Vossa Majestade haverá por bem esta
da Fazenda
E dando-se desta conta vista ao procurador
real presença
respondeu que a matéria dela se devia pôr na
sua clemência
de Vossa Majestade e que se devia esperar da
curem neste
e piedade incomparável se sirva declarar que se
nao tive-
hospital à custa da sua Real Fazenda os pobres que
rem meios de se curarem à sua custa, havendo-se o provedor
de poi-
com todo o cuidado na averiguação desta qualidade
vora para que se não afete nem haja pessoas que injustamente
se aproveitem do benefício que Vossa Majestade para conser-
íalta
var a vida daqueles vassalos que havia de padecer na
desta providência.
14
— 210 —

O que visto.
ao procurador da Fa-
Parece ao Conselho o mesmo que
Majestade faz esta esmola
zenda com declaração que Vossa
ora enquanto for ser-
somente aos pobres e necessitados por
estabelecimento alguma casa
vido ' e não houver naquele
se curem os pobres enfermos
pia ou hospital em que
conquistas. Lisboa, 29 de;
como há neste Reino e nas
janeiro de 1752.
Salvaterra de
À margem — Resolução. Como parece.
a rubrica de Sua Ma-
Magos, 9 de fevereiro de 1752. Com
jestade.

O governador Gomes Freire de An-


drada responde à ordem que lhe foi a res-
de réis que se
peito dos oitenta contos
mandaram fazer em moeda provincial
do Rio de Ja-
para girar nas companhias è
neiro e Minas, e informa do que mais
necessário.

16 de dezembro
Pelas resoluções de Vossa Majestade de
ano, tomadas em
de 1750 e de outra de março do mesmo
a Vossa Ma-
consultas deste tribunal, pela quais fêz presente
iestade o que haviam escrito o superintendente e provedor
contos
da Casa da Moeda do Rio de Janeiro, acerca dos oitenta
Freire de
de réis que o governador daquela capitania Gomes
em cuni-
Andrada mandara reservar na dita Casa da Moeda,
de Vossa Majestade,
primento da ordem que para isso tivera
foi Vossa Majestade servido determinar que o referido gover-
mesma
nador Gomes Freire de Andrada, mandasse lavrar na
casa do Rio de Janeiro os ditos oitenta contos em moeda provin-
das
ciai, de prata, para a dita capitania do Rio, e governo
da ei
minas onde só devia correr nelas esta moeda na forma
logo
de 3 de dezembro do dito ano de 1750, e que informasse
211

da quantidade que justamente podia mais ser necessária nas


ditas capitanias em que êste dinheiro havia de girar, declaran-
do-se-lhe também que toda a moeda provincial que se la-
vrasse nas Casas da Moeda daquele Estacio havia de ser uni-
forme, da mesma lei, valor e forma da que atualmente, cor-
respondendo-se-lhe somente de novo a serrilha a que chamam
espinha de peixe, ou flor de liz, e que havendo moeda dimi-
nuta no peso se observaria a lei que havia sobre esta dimi-
nuiçao.
E escrevendo-se na conformidade das referidas resolu-
cões ao governador Gomes Freire de Andrada, por ordem de
22 de março do ano passado de 1751, respondeu em carta de
20 de maio do mesmo ano dizendo que a sobredita real ordem
de Vossa Majestade fazia prontamente cumprir em tudo: que
feitos os oitenta contos de réis de moeda provincial de que já
remetera para as Minas Gerais oitenta mil cruzados lhe pare-
cia que com outros oitenta contos de réis de moeda em prata,
haveria bastante para girar naquelas capitanias. E que caso
a experiência,
que feita esta porção se necessita de mais com
íendo-o Vossa Majestade resoluto se poderia fazer maior lavor
e ultimamente expõem que alguma moeda de cobre será útil
para o miúdo comércio.
E mandando-se juntar à referida conta todos os papéis
ao procu-
que havia sobre esta matéria se deu de tudo vista
rador da Fazenda, o qual respondeu se devia fazer presente
a Vossa Majestade a necessidade que há de maior quantidade
de prata para dar nesta matéria a providência que for servido.
O que visto.
Parece ao Conselho o mesmo que ao procurador da Fa-
zenda. Lisboa, 27 de janeiro de 1752, Marquês de Penalva.
Pardinho. Corte Real. Andrade. Racalhau. Castelo Branco.

À margem — Resolução. Como aponta o governador


em
quanto a fabricar-se somente mais oitenta contos de réis,
feve-
prata, de moeda provincial. Salvaterra de Magos, 9 de
reiro de 1752. Com a rubrica de Sua Majestade.
— 210 —

O que visto.
ao procurador da Fa-
Parece ao Conselho o mesmo que
Vossa Majestade faz esta esmola
zenda com declaração que
por ora enquanto for sei-
somente aos pobres e necessitados
estabelecimento alguma casa
X e não houver naquele
enfermos
em que se curem os pobres
pia,'ou hospital
nas conquistas. L.sboa, 29 de
eòmo há neste Reino e
janeiro de 1752.
Como parece. Salvaterra de
A mamem - Resolução.
9 de fevereiro de 1752. Com a rubrica de Sua Ma-
Magos,
jestade. :

0 governador Gomes Freire de. An-


a res-
drada responde à ordem que lhe foi
contos de réis que se
peito dos oitenta
mandaram fazer em moeda provincial
do Rio de Ja-
para girar nas companhias mais é
neiro e Minas, e informa do que
necessário.

16 de dezembro
Pelas resoluções de Vossa Majestade de
ano, tomadas em
de 1750 e de outra de março do mesmo
a Vossa Ma-
consultas deste tribunal, pela quais fêz presente
o superintendente e provedor.,
jestade o que haviam escrito contos
da Casa da Moeda do Rio de Janeiro, acerca dos oitenta
Freire de
de réis que o governador daquela capitania Gomes
em cum-
Andrada mandara reservar na dita Casa da Moeda,
tivera de Vossa Majestade,
primento da ordem que para isso
foi Vossa Majestade servido determinar que o referido gover-
mesma
nador Gomes Freire de Andrada, mandasse lavrar na
casa do Rio de Janeiro os ditos oitenta contos em moeda provin-
das
ciai, de prata, para a dita capitania do Rio, e governo
da lei
minas onde só devia correr nelas esta moeda na forma
logo
de 3 de dezembro do dito ano de 1750, e que informasse

l
— 211 —

da quantidade que justamente podia mais ser necessária nas


ditas capitanias em cpie este dinheiro havia de girar, declaran-
ila-se-lhe também que toda a moeda provincial que se la-
vrasse nas Casas da Moeda daquele Estado havia de ser uni-
forme, da mesma lei, valor e forma da que atualmente, cor-
respondendo-se-lhe somente de novo a serrilha a que chamam
espinha de peixe, ou flor de liz, e que havendo moeda dimi-
anta no peso se observaria a lei que havia sobre esta dimi-
miiçao.
E escrevendo-se na conformidade das referidas resolu-
de Andrada, por ordem tle
ções ao governador Gomes Freire
22 de março do ano passado de 1751, respondeu em carta de
20 de maio do mesmo ano dizendo que a sobredita real ordem
de Vossa Majestade fazia prontamente cumprir em tudo: cpie
feitos os oitenta contos de réis de moeda provincial cie que já
remetera para as Minas Gerais oitenta mil cruzados lhe pare-
cia que com outros oitenta contos de réis de moeda em prata,
haveria bastante para girar naquelas capitanias. E epie caso
com a experiência,
que feita esta porção se necessita de mais
tendo-o Vossa Majestade resoluto se poderia fazer maior lavor
e ultimamente expõem que alguma moeda de cobre será útil
para o miúdo comércio.
E mandando-se juntar à referida conta todos os papéis
vista ao procti-
que havia sobre esta matéria se deu de tudo
rador da Fazenda, o qual respondeu se devia fazer presente
a Vossa Majestade a necessidade que há de maior quantidade
de prata para dar nesta matéria a providência cpie for servido.
O cpie visto.
Parece ao Conselho o mesmo que ao procurador da Fa-
zenda. Lisboa, 27 de janeiro de 1752. Marquês de Penalva.
Pardinho. Corte Real. Andrade. Bacalhau. Castelo Branco.

À margem — Resolução. Como aponta o governador


«quanto a fabricar-se somente mais oitenta contos de réis, em
feve-
prata, de moeda provincial. Salvaterra de Magos, 9 de
reiro de 1752. Com a rubrica de Sua Majestade.
— 212 —

O governador Gomes Freire de Andrada


dá conta do que tem obrado a respeito do
estabelecimento das casas de fundição nas
a
cabeças das comarcas das Minas para
nova cobrança do quinto, e do mais que
sobre os salários de alguns intendentes
havia determinado, e vai a representação
que se acusa.
Estado Diogo de Mendonça
Por aviso do Secretário de
1750, foi Vossa Majestade
forte Real de 5 cie dezembro de
das Minas que as
«rido mandar declarar ao governador
haver casas de fundição para
cabeças de comarca onde devia
ouro em Vila Rica para onde
fnova cobrança de quinto de
atualmente ass.stia em Ma-
havia de passar o intendente que
andava anexa ao
riana, ficando extinta a Intendência que
da Fazenda de Vila Rica, a segunda o Rio das Mor-
provedor
o Serro do Frio, a qumta o
tes a terceira o Sabará. a quarta
São Paulo, em que por
Goiás, a sexta o Cuiabá, a sétima
o ouvidor.
então havia de servir de intendente
referida ao sobre-
E participando-se êste aviso na forma
pas-
dito governador Gomes Freire de Andrada por provisão
ano, respondeu a
sada no mesmo dia 5 de dezembro do dito
dizendo que em
ela em carta de 21 de maio do ano passado
as quatro
execução da sobredita real ordem mandara formar
dera conta em
casas de fundição, como a Vossa Majestade já
ao inten-
carta de 20 do mesmo mês ele maio, e que ordenara
Intendência da
dente da cidade de Mariana passasse para a
Real, e
Vila Rica, desanexando-a da provedoria da Fazenda
instrumentos para a forma-
que mandara levar a Ti jucá os um so inten-
tura daquela casa por se acharem unidas em
nas quais
dente as duas Intendências de diamantes, e ouro
o bacharel
antes da dita lei se achava nomeado intendente
servido
Sancho de Andrade Magalhães Lancoes, havendo-a Mon-
até sua morte o desembargador Plácido de Almeida
esta
toso, que havendo sabido a Câmara da vila do Príncipe
enviava e
sua determinação lhe fizera a representação que
que
com esta sobe à real presença de Vossa Majestade para
— 213

em cumprimento dela man-


não infringisse a lei, mas que sim
na vila do Príncipe,
dasse estabelecer a Casa de Fundição
das casas que a Câmara
expondo êle governador que alguma
e contra a Real Fazen-
representara eram tão incontestáveis
declarara lei que nas ca-
da de Vossa Majestade que unidas
de fundição o fizera
becas das comarcas se ponham as casas
servisse
dividir a Intendência, declarando ao dito ministro
numa e noutra o
uma delas, posto êle se oferecia a alternar
não só contra o serviço de Vossa Ma-
que era impossível, e
da fazenda de seus vassalos
jestade, mas contra a expedição
diamantes
e que como se resolvera a ficar na Intendência dos
José
nomeara para a do ouro ao ouvidor da mesma comarca
Pinto de Morais, o qual podia fazer o lugar sem embaraço,
tem que fazer
porque o trabalho da ouvidoria pelo pouco que
novo
naquela comarca lhe não tirara, a assistência que o
regimento determina na Casa da Fundição expondo mais que
na união que Vossa Majestade mandara fazer da Intendem
cia de Vila Rica a Provedoria da Fazenda Real da mesma
fora servido mandar se desse ao provedor pelo íraba-
lho dà Intendência, metade do trabalho que levavam os mais
intendentes, e que na união das in tendências dos diamantes
e ouro se praticara o mesmo quando na ausência do desem-
bargador Rafael Pires Pardinho se enviam ambas ao desem-
bargador Plácido de Almeida Montoso; afirmando êle gover-
da
nador que devia o que se tinha praticado como provedor
o
Fazenda Real enquanto Vossa Majestade não determina
re-
contrário, e que mandara praticar com o ouvidor geral
ceba a metade do salário. Que o dito Sancho de Andrade pre-
tendia se lhe pagasse o salário como ao desembargador Pia-
cido de Almeida, protestando fora êle nomeado por Vossa
Majestade na mesma forma e que em tudo determinaria
Vossa Majestade o que fosse servido.
E dando-se desta conta vista ao procurador da Fazenda,
respondeu que os inconvenientes que se ponderaram na carta
junta eram conhecidos e que na atenção deles juntamente
mandara o governador estabelecer a fundição na vila do Prm-
cipe e que na mesma forma fizera bem em encarregar a In-
— 214 —

dar meio ordenado dc


tendência ao provedor, mandando-lhe
ao intendente
intendente e que como êste era o que se pagava
não se lhe
dos diamantes pela união de duas intendências,
dêste maior sala-
devia pagar agora por ter cessado o motivo
em prejuízo
rio, sendo permitido o fundir os ofícios ainda
dos providos quando assim o pede a causa pública, pelo que
tudo o
sendo Vossa Majestade assim servido se podia aprovar
o governador das Minas.
que tinha obrado neste particular
E mandando-se também ouvir o procurador da Coroa
disse-lhe parecia o mesmo que ao procurador da Fazenda.
0 que visto.
Parece ao Conselho o mesmo que aos procuradores ré-
1752. Marquês de Penalva.
gios. Lisboa, 4 de fevereiro de
Pardinho. Corte Real. Bacalhau. Castelo Branco.

À margem — Resolução. Como parece. Salvaterra de


Magos, 15 de fevereiro de 1752. Com a rubrica de Sua Ma-
jestade.

O governador Gomes Freire de An-


drada, expõe a Vossa Majestade o emba-
raço que conhecia fazer ao comércio nas
minas a nova moeda de prata de 640 réis,
con-
que começa a entrar nelas, e insinua a
veniência que fazia o mandar-se lavrar de
600 réis, e respectivo a ela o mais dinheiro
miúdo.

Gomes Freire de Andrada, governador e capitão general


do Rio de Janeiro com o governo das capitanias de Minas
Gerais em carta de 31 de julho do ano passado, expõe a Vossa
Majestade, por êste Conselho, em como a moeda de prata
na
para os pagamentos miúdos nas terras minerais, fabricada
Casa da Moeda da cidade do Rio, na forma das ordens de
Vossa Majestade ia entrando naquela capitania e que a iria
lambem entrando na dos Goiás e Cuiabá,
— 215 —

tinham passado lhe davam


Que aqueles poucos dias que se no
a conhecer que as moedas de 640 réis a que geralmente
as de
Brasil chamam selos e as de trezentos e vinte patacas,
de patacas
cento e sessenta réis meias patacas e as de quarto
oitenta réis, fariam algum embaraço à forma dos pagamen-
livre de
tos nas terras minerais, pois valendo (como vale)
mil e duzentos réis se houvesse
quinto uma oitava de ouro
moeda de seis tostões ficaria direitamente correndo por meia
o
oitava de ouro, e assim no mais dinheiro miúdo se livrará
e
retornar-se a pessoa què paga com um selo de seiscentos
e que como o modo de expli-
quarenta réis os quarenta réis,
oitavas,
car os preços dos gêneros em todas as Minas é a de
ficavam
meia oitava quarto e meio quarto, era sem dúvida
e que
correntes os pagamentos miúdos feitos por esta forma
ao
nem .estes embaraçavam o correrem os selos, patacas que
Brasil, pois serviam ao diante para
presente corriam em todo o se fazem
se incluírem em pagamentos maiores, e para os que
ajustar o valor
nos portos de mar em que são próprios para
de seis mil e quatrocentos réis.
da Fazenda
E dando-se desta conta vista ao procurador
nas terras mi-
disse que duvida que fizesse algum embaraço
se nao
nerais o valor porque correm as moedas de prata por
todos os paga-
acomodar ao das outras, pelo qual se regulam
este mcon-
mentos nas companhias das Minas, porém que
nao merecia o
veniente era de tão pouca consideração que
se segui-
fazer-se mudança alguma nesta matéria, da qual
uma moeda
ram prejuízos mais atendíveis, quais os de haver
das ramas,
provincial em todo o Brasil e outra particular e
sendo por esta causa obrigados os negociantes passageiros
e a embara-
a andarem a cada passo trocando o seu dinheiro
deve antes por em a maior
çar-se mais o comércio que se as mes-
liberdade. Que também se não podia permitir que
e fora delas,
mas moedas tenham diferentes valores nas Minas, desta
do que lhe parecia se incluirá o governador, porque
dos cabedais,
diferença resultará uma continuada mudança
seria; igual-
e conseqüentemente do preço dos gêneros que
concluía ele pro-
mente prejudicial ao negócio, e o que tudo
— 216 —

não devia haver ai-


curador da Fazenda que neste particular
teração alguma.
da coroa
E mandando-se também ouvir o procurador
com o procurador
sobre esta matéria respondeu concordara
da Fazenda.
Ao conselheiro Francisco Pereira da Costa, parece que
o
todo o estabelecimento novo se deve executar conforme
estado e práticas do país e que a sua observância se deve re-
a experiência são mais conve-
guiar pelos meios que mostrar
nientes para o bem comum. E como as Minas sejam um país
há nas
aonde toda a prática do comércio é diferente da que
dos emba-
mais partes do Brasil, se deve dar a providência
das
raços que se descobrem com a experiência na execução
estabe-
ordens e regimentos que Vossa Majestade foi servido
lecer para a dita arrecadação dos seus reais quintos, e que
do
nestes termos conformando-se com o parecer e arbítrio
lhe parece muito con-
governador Gomes Freire de Andrada,
veniente o que aponta pelos fundamentos seguintes.
se regulam os
Que é sem dúvida que em todas as Minas
hoje corre cada uma
pagamentos por oitavas de ouro, que a
pelo valor de doze tostões porque a maior é o quinto que
Vossa Majestade pertence e sendo certo que em pagamentos
miúdos de oitava e meia oitava e mais preços inferiores haverá
um grande embaraço no troco do ouro pela moeda, não sendo
esta correspondente no valor a meia oitava de ouro que sao
seis tostões, parecia ser uma providência muito precisa e con-
veniente ao comércio das Minas e aos passageiros que delas
costumam sair, que Vossa Majestade mande fabricar a moeda
de prata que há de ir para as Minas na forma que declara o
dito governador com as advertências seguintes.
seis
Que a dita moeda há de ter somente o valor e peso de
tostões e a mais inferior a êste respeito. Que há de ter dife-
rente cunho para evitar o engano que pode haver entre a pouca
diferença que se considera nas duas moedas de seis tostões
e seiseentos e quarenta. Que a dita moeda de seis tostões e as
mais inferiores respectivas devem correr não somente nas
Minas mas também em todos os portos do Brasil, porque
— 217 —

evitando a
nesta forma ficam os passageiros comerciantes
na inteli-
opressão que considera o procurador da Fazenda
moeda provincial para as Minas a res-
gência de ir somente
trocar a dita moeda por não correr
peito de lhe ser preciso
nos portos do Brasil.
moeda não recebe a Real Fa-
Que na fábrica desta nova
nem se
zenda de Vossa Majestade prejuízo algum porque
ter somente
altera, nem se diminui o valor dela, pois deve
valor de seus tostões, facilitasse o co-
pelo seu peso o justo as
mércio com mais uma moeda provincial, e assim para
miúdos
Minas, como para os portos do Brasil os pagamentos
do valor desta
ficam sendo muito suaves com a qualidade
cobram deu-
moeda, e sem engano no troco dela, se recebem e
trocarem
tro das Minas os quintos de todo o ouro que por ela se
Majestade
e assim parece a êle conselheiro, pois sendo Vossa
de An-
servido aceitar o arbítrio do governador Gomes Freire
ele
drada, e fabricando-se a moeda com as circunstâncias que
esta
conselheiro adverte se persuade ser muito conveniente
bem comum dos vassalos.
providência para o comércio e
Fran-
Ao Conselho parece o mesmo que ao conselheiro
cisco Pereira da Costa.
Vossa
Ao conselheiro presidente parece que antes que
novas
Majestade seja servido mandar que se fabriquem estas
capita-
moedas devem informar os governadores das outras
dos pie-
nias das Minas o que foram já com mais experiência
Gomes Freire
juízos do comércio em que fala o governador casas
de Andrada e também o que tem sucedido com as novas
de Pe-
de fundição. Lisboa, 8 de fevereiro de 1752. Marquês
Castelo
nalva. Pardinho. Corte Real. Andrade. Bacalhau.
Branco.
Conselho.
À margem — Resolução. Como parece ao
a rubrica
Salvaterra de Magos, 15 de fevereiro de 1752. Com
de Sua Majestade.
— 218 —

Os oficiais da Câmara da cidade do


Rio de Janeiro pedem confirmação dos
seus privilégios e vão as cópias que se
acusam.

Por aviso do secretário do Estado Diogo de Mendonça


feito ao
Corte Real, de 29 de agosto do ano próximo passado,
Majestade ser-
Marquês presidente dêste Tribunal foi Vossa
Ma-
vido mandar-lhe remeter uma representação que Vossa
do Rio de Janeiro, por-
jestade fizera aos oficiais da Câmara
se consultasse a Vossa Majestade
que vendo-se neste Conselho
o que parecesse, na qual expõe em como os Augustíssimos
Senhores Reis predecessores de Vossa Majestade concederam
à Câmara e nobreza daquela cidade os mesmos privilégios que
sobe com os mais à
goza a do Porto constavam da cópia que
soberana presença de Vossa Majestade n.° 1, os quais privi-
se
légios são expressados na cópia n.° 2, nos quais também
e
compreendiam a graça dos que pertencem aos Infancões
ricos homens e se mostrava da cópia n.° 3, sendo todos con-
firmados pela muita alta augusta e fidelíssima Majestade do
Senhor Rei Dom João o 5.°, que descança em glória, como se
via da cópia n.° 4, pelo que rogavam a Vossa Majestade se
eligne de lhes continuar a confirmação deles pois aquela co-
marca e nobreza não tinham nunca faltado ao zelo do real
serviço de Vossa Majestade.
E mandando-se ouvir sobre êste requerimento os pro-
curadores da Coroa e Fazenda responderam se fizesse justiça.
O que visto.
Parece ao Conselho que Vossa Majestade seja servido
fazer mercê de confirmar a esta Câmara os seus privilégios.
Lisboa, 23 de fevereiro de 1752. Marquês de Penalva. Par-
dinho. Bacalhau. Castelo Branco.
— 219 —

Sobre o que representam os oficiais


da Câmara do Rio de Janeiro acerca da
lei dos açúcares, remetendo a súplica que
fizeram àquele Senado os senhores de en-
genho e lavradores do dito gênero, que
vai inclusa.

Os oficiais da Câmara da cidade de São Sebastião do Rio


de Janeiro, em carta de 29 de maio do ano próximo passado,
de Vossa Majestade a súplica que fize-
põem na real presença lavradores
ram àquele Senado os senhores de engenho e
esta-
acerca da lei dos açúcares que Vossa Majestade manda
belecer naquela capitania assinada por eles. Que se oferecia
mais exporem a Vossa Majestade que a dita lei só obrigará
aos senhores das fábricas dos engenhos e lavradores o ven-
derem pelo preço taxado e não obrigará aos compradores a
comprarem-no pelo mesmo preço estipulado na sobredita lei
no que têm os senhores de engenho e lavradores um notável
prejuízo.
assim aos que
Que nesta parte é a lei de notável dano
vivem destas lavouras como aos que se exercitam na mercê-
nária, porque aos primeiros animara os preços do gênero que
esperavam ainda que estes não correspondessem à sua espe-
rança e aos segundos a falta das fazendas que vendem para
as mesmas fábricas, porque extintas estas não podem ter con-
sumo os gêneros que se gastaram neles, ficando deteriorados
os mercadores que na venda deles e nas fazendas que servi-
ram para o vestuário dos negros que neles trabalham e os
senhores dos engenhos não terão com que comprar os escra-j
vos para o fornecimento dos mesmos e deterioradas as fábri-
cas até se segue que não haverá carga para os navios.
Que também a Fazenda Real experimenta os prejuízos
fábricas
que se manifestam porque os dízimos extintas as
hão de ter uma decadência grande, sendo este gênero o que
faz aumentar este contrato, e que se seguia também à dimi-
nuição que há de haver na Alfândega, porque diminuindo-se
os engenhos e não fazendo açúcar será o número das caixas
menor que o que tem entrado nos anos antecedentes e esta

I
— 220

notável neste gênero


diminuição causará um grande prejuízo foi.
até aqui
não sendo a lavoura livre como
a Vossa Majestade que
Que também deviam manifestar
Senado todos os senho-
todas as frotas se convocarão naquele
vivem deste trato e os ho-
res de engenho e lavradores, que
navios onde se ajustava o
mens de negócio e capitalistas de
se devia comprar e a venda de todos
preço racionável por que ou falta que havia,
se lhe dava preço conforme a abundância
lei.
o que ficará cessando pela referida
bas-
Oue para os açúcares terem consumo lhes parecia
sua real grandeza e
tante a graça que Vossa Majestade por
dos direitos sem que se
benignidade tem concedido a favor
com as penas da
taxe aos vendedores daquela cidade o preço
e à vista do que
dita lei ficando livres dela compradores;
inserta espera-
Vossa Majestade referir e da representação
ao que nela
vam que Vossa Majestade se dignasse de atender
se expõe.
faz
Com a dita carta remeteram a representação de que
de Vossa Ma-
menção, a qual sobe com esta à real presença
jestade.
E dando-se vista ao procurador da Fazenda respondeu
a favor dos senhores dos
que a taxa dos açúcares se fizera e uti-
engenhos; porque consistindo toda a sua conveniência
fora do
lidade na extração deste gênero, e na saída para
mo-
Reino; esta só se podia conseguir por meio de um preço
derado e tal que faça com que o açúcar da América portu-
das colônias in-
guêsa saia na Europa pelo mesmo preço dos
de que a diminui-
glesas e francesas; e que nesta atenção e
se servira
ção de valor devia cair sobre todos os interessados e
Vossa Majestade perdoar parte dos direitos que lhe tocarão
taxar juntamente o frete e o preço da primeira venda. Que
contra esta última taxa é que se oferecia a presente represem
expõe
tacão que lhe parece atendível, porque sendo como se
sem frustrar-se o
pelos lavradores e oficiais da Câmara, fabrico e
fim principal da lei que era adiantar e promover o
a saída
cultura dos açúcares e pouco importara facilitar-lhe
conveniência dos
que pertence aos comerciantes, se a falta de
— 221 —

o não plantem e cultivem. Que


lavradores os obrigara que
sofrer a tülação necessária
esta matéria é tal que não pode
as informações necessárias e
oara se pedirem ao governador
fazer presente a Vossa Majestade
assim lhe parece se deve
dar neste negócio a providência
esta conta para que se sirva
seria conveniente a de
«ue for mais justa e no seu conceito
informasse ouvindo a Mesa da
se ordenar ao governador que
se não regulasse a venda dos
Intendência, e que entretanto
determina a lei, mas
açúcares pela taxa fixa e invariável que
frotas se acordar na Ca-
sim por aquela que no tempo das
aprovada pelo governa-
mara como até agora se fazia, sendo
também ter cuidado em
dor ouvida a dita Mesa, que deve
não valham do favor da lei para
que' os homens de negócio se
as vexaçoes que jus-
comprarem mais barato e para fazerem
seu principal cuidado
lamente serão, tendo entendido que o
sobre semelhantes
e a sua primeira obrigação é vigiarem
as fábricas e
violências que se encaminham a destruir
lavouras.
da Coroa disse
E dando-se também vista ao procurador
as razões e inconvenientes
que se não podia persuadir que a taxa dos açúcares
considerados nesta representação contra
de.xassem de sei
ultimamente ordenada por Vossa Majestade
foi servido determina-la e que
presentes ao tempo em que bem informado
sendo assim Vossa Majestade, como mais
da Coroa
da verdade deste negócio, de que êle procurador
este papel, que
não tinha mais instrução que o que lhe dará
mais
também nao admite dilação lhe poderá dar providência
termos é preciso informa-
proporcionada. E que em outros
e em tanto tam-
cão do governador ouvidos os Intendentes;
a dispo-
bém lhe parecia mais seguro suspender nesta parte
a ultima
sição ou lei, enquanto Vossa Majestade não toma
resolução.
O que visto.
servido
Parece ao Conselho que Vossa Majestade seja
Andrada
mandar informar ao governador Gomes Freire de
Casa (ia
sobre o conteúdo nesía representação ouvindo a
metlior
Inspeção, e mais pessoas que tenham deste negocio
— 222 —

à vista de tudo Vossa


conhecimento e dê o seu parecer para
for servido em matéria tao
Majestade tomar a resolução que
importante.
Castelo Branco
Ao conselheiro Diogo Rangel de Almeida
da Coroa.
parece o mesmo que ao procurador
e acrescenta
Ao marquês de Penalva parece o mesmo,
do paternal cuidado de Vossa
que a providência mais própria dos açu-
Majestade é a de ser servido ordenar que as fábricas
das outras nações,
cares sejam também reguladas como as
maior extração que o do Brasil,
que por esta razão têm lhe custam muito
sendo-lhe mui inferior porém os escravos
e nao ne-
menos pelo bem regulado que têm o seu comércio
fábricas,
cessitam de tão grande número deles nas sobreditas
isso
nem de tanta lenha como se gasta na do Brasil, e por
vendem os seus açúcares tão acomodados em grande pre-
superior, e se fosse fabricado
juízo do nosso que lhe é muito fa-
com menos despesa teria tanta saída como antigamente,
Reino.
zendo este governo muito florente o comércio deste
Lisboa, 4 de março de 1752. Marquês de Penalva. Pardinho.
Andrade. Bacalhau. Castelo Branco.

À margem — Resolução. Como parece ao Conselho.


Salvaterra de Magos, 15 de março de 1752. Com a rubrica
de Sua Majestade.

O governador da ilha de Santa Cata-


rina expõe a necessidade que há de se
acrescentar aos filhos dos casais meno-
res de quatorze anos.

O governador da ilha de Santa Catarina em carta cie 15


de abril do ano passado expõe a Vossa Majestade presente em
fevereiro do ano de quarenta e nove, a grande necessidade
de 14 anos
que experimentavam os filhos dos casais menores
era certo que
por se lhes dar tão somente meia ração quando das
os de semelhante idade careciam dela muito maior que a
— 223 —

Vossa Majestade servido, em


pessoas grandes, e que sendo
atenção do que lhe representara mandar no novo assento que
depois se fizera com o assentista atual Francisco de Souza
Fagundes, se assistisse aos menores de três anos para cima
com igual razão que aos de maior idade, subsistindo neles em
ter a indigência mais crescida, se lhe oferecia expô-lo presen-
temente à real compaixão de Vossa Majestade para que sendo
servido a mande remediar assim como houve por bem se pra-
ücasse nos seus transportes.
E dando-se desta conta vista ao procurador da Fazenda
respondeu-lhe parecia justa esta representação e que se devia
fazer presente a Vossa Majestade para a atender sendo
servido.
Ao Conselho parece o mesmo que ao procurador da Fa-
zenda. Lisboa, 6 de março de 1752. Marquês de Penalva.
Pardinho Andrade. Bacalhau. Castelo Branco.

À margem — Resolução. Pratique-se na ilha o mesmo


de Magos,
que se mandou observar no transporte. Salvaterra
15 de março de 1752. Com a rubrica de Sua Majestade.

Sôbre a conta que dá o governador


da ilha de Santa Catarina a respeito da
ordem por que se determinou que aos
no primeiro
filhos dos nossos colonos que
ano da sua chegada casassem se lhes dis-
tribuissem terras, ferramentas, sementes e
armas.

Es-
O governador da ilha de Santa Catarina Manoel
cudeiro Ferreira de Souza, em carta de 18 de fevereiro do
ano passado, representou a Vossa Majestade, por êste Conse-
lho, que pela provisão de 20 de novembro de 1749, foi Vossa
Majestade servido ordenar que aos filhos dos novos colonos
lhes distri-
que no primeiro ano da sua chegada casassem se
buissem terras, ferramentas, sementes e armas e porque de
224 —

idade muitos para dentro de ano tomarem estado,


não terem
se lhes não oferecerem ocasião oportuna de o
p outros por
acontece ou perderem a graça que
fazerem como devem
ou com interesse de o lucrar se casam
Vosta Majestade lhes faz
sc segue viverem ao depois mal,
Lcons de adamente de que
mercê que Vossa Majestade con-
frâudando-se também da
aos mais que por menores não casam se lhes oferece
erfe
ser de equidade que como a
2Va sua real presença, parece
da própria mercê uns e outros
Tobr a em odol igual gozem
assim mesmo os agregados que
enquanto a necessitarem, e
referida esmola sem outra alguma
So d" em ser excluídos da
e cujo desamparo justa-
razão que a de não terem seus pais
mente concilia a mais pia compaixão.
da Fazenda respondeu
F dando-se vista ao procurador tanto
Lbém lhe parecia nl era conveniente limitar-se
„ue
dos novos colonos para goza-
o ê mo de casarem os filhos
lhes concede, porque
em das mercês que Vossa Majestade
inconvenientes que aponta o
ãò evidentes e consideráveis os Voss
e na atenção deles se persuade que sendo
governador, ao tempo de cincoMmos
Maiestade servido pode ou extender
dito termo que até agora era de um ou declarar que a
0
filhos dos novos colo-
Lrcê mencionada se fará a todos os
e me. s para
„os que casarem em tendo idade competente
da sua parte, e entende
isso, não havendo descuido e omissão
a mesma graça se deve permitir aos agregados^que cas.,-
que es a gente pode
rem porque o fim é povoar as terras para que
se evitam os danos
e deve igualmente servir e por este modo
dos mesmos agregados.
que se podem seguir da pobreza Coroa disse que
Sendo também ouvido o procurador da
da Fazenda
convinha no mesmo que respondeu o procurador
aos procuradores
Ao Conselho parece o mesmo que
rCgl Branco
Ao conselheiro Diogo Rangel de Almeida Castelo
para s
e Alexandre Metelo de Sousa e Meneses, parece que
mais po
alterarem as resoluções que se tomam é necessário
e para se a
deração do que para se estabelecerem de novo
e
mentarem tão consideravelmente as despesas J?reclS0
resoluções e saut
rem-se seus fundamentos das primeiras
— 225 —

se pre-
de que parte hão de sair as despesas que novamente
do que
tendem, porque é mais decente não se mandar fazer
não se poder pagar.
Ao marquês presidente parece o mesmo que ao Conse-
Majestade
lho com declaração que os cinco anos que Vossa
comecem
for servido permitir aos novos colonos para casarem
e as
a correr depois deles terem dezesseis anos completos,
Majestade se
mulheres quatorze, parecendo-lhe que Vossa
sobreditos privi-
sirva declarar que eles também gozam dos
com que se
légios para se conseguir mais facilmente o fim
Lisboa, 13 de
fêz aquele estabelecimento tão importante.
An-
março de 1752. Marquês de Penalva. Metelo. Pardinho.
drade. Castelo Branco.

O governador do Rio de Janeiro res-


em se lhe reco-
ponde à ordem que lhe foi
mendava fizesse semear o Unho e pinhões
e que se aumentasse a cultura e a perfei-
ção do arroz.
de 1750 tomada
Por resolução de 29 de novembro do ano
foi Vossa Majes-
em consulta deste Conselho Ultramarino, da
tade servido recomendar ao governador e capitão general
Andrada pusesse
capitania do Rio de Janeiro Gomes Freire de
e em que se
todo o cuidado em fazer semear linho e pinhões,
do arroz, decla-
procure aumentar a cultura e a perfeição lhe remetiam os
rando-lhe que pela secretaria de Estado se
engenhos para o descascar, e quanto ao fardamento que pela
havia cons ar
frota se lhe remetia o que por outra ordem lhe
28 de abril
ao que respondeu o dito governador em carta de
fardamen-
do ano passado, dizendo que ficavam entregues os
e ainda que
tos, e o modelo do engenho de descascar arroz,
os moradores do Brasil são tão morosos fazia muito para que
trotas.
adiantem as lavouras e se remeta arroz nas seguintes
lhe fez uma pro-
Que Antônio Francisco Marques Guimarães
deve ser atendida.
posta em que ouvira a Câmara e lhe parece
15
— 226 —

nao produzem e se dis-


Oue o linho e os pinhões semeados
aquelas sementes requeimadas nos
c«re ser a causa por irem
deles, o que já se expenmentou nas
„a"os, metidas no porão
muito bem o Unho por se trazer a
MiTas Gerais, onde se dá
eom outro cuidado, o que assim sucede com o cebo-
s mente
se dá muito bem e sendo reque.-
liX que chegando fresco indo aquelas sêmen-
«dò não produz, que lhe parece que
se achar nas naus poderão
tes no lugar mais fresco que
produzir.
da Fazenda disse que
E dando-se vista ao procurador
de descascar arroz, e ao requeri-
pelo que respeita à fábrica
Marques Guimarães res-
mento que fêz Antônio Francisco
"ondia
e quanto as sêmen-
na petição que êle fêz nesta Corte,
nesta frota na forma
tes do linho e pinhões se devem remeter
nesta informação, e quanto ao mais
que aponta o governador
fizesse justiça.
que nela se contém se
na real presença de
Ao Conselho parece pôr esta conta
servido haja por bem
Vossa Majestade para que sendo assim de pi-
mandar remeter na presente frota novo provimento
e recomen-
nhões e linhaça de cânhamo com as precauções as se-
dações necessárias para evitar o dano que padeceram
e pelo que
mentes que nas outras monções se remeteram,
Gumia-
toca ao requerimento de Antônio Francisco Marques
em que
rães, como êle fêz neste Reino outro requerimento
tem o Con-
acrescentou muitas circunstâncias e condições,
Gomes
selho mandado informar sobre êste o governador
tem feito
Freire de Andrada, perguntando-se-lhe o uso que se
lhe man-
do engenho de descascar arroz que Vossa Majestade
Metelo.
dou remeter. Lisboa, 29 de março de 1752. Penalva.
Pardinho. Gusmão. Henriques. Bacalhau.

O provedor da Fazenda Real do Rio


de Janeiro dá conta a respeito da falta
cidade se
que na Casa dos Contos daquela
— 227

achara na entrega do ouro vindo das In-


tendências das Minas, pertencente a Sua
Majestade.

O provedor da Fazenda Real do Rio de Janeiro Fran-


cisco Cordovil de Sequeira e Melo, em carta de 23 de setern-
bro do ano próximo passado, dá conta a Vossa Majestade,
entrega que se fi-
por êste Conselho, de que no recebimento e
zera na Casa dos Contos daquela cidade aos capitães de mar e
do governador
guerra das naus dos comboios na presença
Matias Coelho de Souza, dele provedor e dos oficiais da Fa-
zenda Real, do ouro vindo das Intendencias das minas, per-
tencentes a Vossa Majestade, se achara a falta de cento e no-
venta oitavas, pela conta que acompanhara o dito ouro, e
estar advertido) que
porque o condutor dele protestara (por
esta diferença procedia de serem os padrões que Vossa Ma-
aos que se
jestade manda às mesmas Intendencias diminutos
usam naquela provedoria que são os da Casa da Moeda; que
informando
punha o referido na presença de Vossa Majestade
de cpie nesta matéria se oferecia determinasse o que fosse do
seu real serviço por evitar as dúvidas que poderiam correr ao
diante
Com a dita carta remeteu o termo de que faz menção.
E dando-se vista ao procurador da Fazenda respondeu
das Minas.
que devia informar o provedor da Fazenda
O que visto.
Ao Conselho parece que Vossa Majestade seja servido
mandar ver na Casa da Moeda desta Corte esta conta porque
seriam remetidos
presume o Conselho que pela mesma casa
estes novos padrões às casas das fundições das Minas e pelo
recebimento do ouro que veio nesta última frota se terá visto
na mesma Casa da Moeda qual dos pesos confere com os da
dita casa para nessa conformidade ser Vossa Majestade servido
se iguale em todos os mais padrões dos pesos do Brasil, pnnci-
da Fazenda.
palmente das casas de fundição e provedorias ReaL
Lisboa, 9 de março de 1753. Metelo. Pardinho. Corte
Andrade. Bacalhau. Castelo Branco.
— 228 —

Sobre a conta que deve o governador


se
do Rio de Janeiro e representações queacha
em que se
tem feito da incapacidade
e necessidade
a Mfândega daquele Porto
Alfândega, e
aue há de se fazer uma nova se
vão as plantas e documentos que
acusam.

i a ^nitão
c capitão gena capitania do Rio de
general da P
O governador ^
Gomesfreire de^ndnrfa d
janeiro ^ ^ ^ ^
tede, por este Conselho
o
f\ d contrato da dizima
que requerendo-lhe esta
daquela ^T1™^,° ™ d estado em-.que
da Alfândega
nao «"padeciam
^ade
se achava, nao so por consideráveis
recolher as azend. «^
para
tato ^ _ embarg0 de se
avarias, e setmham ^ que e

::hma;::m u"£-... «-* - «£*


V—JSr^~"e
^ tá dita Alfân-
se comprem as casas e an
— „ ma"cttigr
-„ar ft referido e com
a ela»-»"ta'
dega, foi preciso passar
e do que Vos«^J
efeito à vista da sua incapacidade
mandar se assentará o que contem o termo 3
é servido
*^^£'jZ
assistindo a tudo o tenente general
odef«tos
na representação também junta jurada
será conveniente ao serviço de
Alfândega, e o quanto
casas que foiam a
Majestade mudar-se esta para as
capaz de se conservaju„
do Comércio por ficar em situação
a ponte dos
arear o terreno donde se deve formar
se estar ^ti*
„ que não sucede assim na existente, por ^0.—
Real Fazenda podendo
continuamente com grande despesa da formarem
nele se
servir o terreno da dita Alfândega para
naus de guerra e armazéns para
quartéis das guarnições das servem, ou c.seu
os seus preparos e os que presentemente
importancia fazerse a
reno se poder vender, e com a sua
Real de Vossa
dita acomodação, vindo a poupar à Fazenda
se acnci
Majestade os consertos de que necessitam, pois
229 —

última ruína seguindo-se da dita mudança o mais que declara


a dita informação.
À referida conta se mandou juntar outra que também
deu o juiz da mesma Alfândega em carta do mesmo dia 18
de junho, dizendo que em observância das ordens de Vossa
Majestade tinha comprado o seu antecessor duas moradas
de casas para a obra daquela Alfândega, e como ainda não
tivesse a capacidade necessária, nem se tivesse determinado,
falando várias vezes ao governador e capitão general de que
lhe oferecia pôr na sua
já dera conta a Vossa Majestade, se
real presença, que a requerimento do administrador do con-
trato do dízimo da dita Alfândega fora a ela no dia 15 de
engenheiro
junho o dito governador com o tenente general
carece
para efeito de se determinar a obra que precisamente
Vossa Majestade e se
para a boa arrecadação dos direitos de
assentou o que consta dos documentos que remetia, e tam-
bém sobem juntos, aos quais se conforma por lhe parecer o
mais acertado ao serviço de Vossa Majestade.
Das sobreditas contas se deu vista ao procurador da Fa-
zenda e respondeu-lhe parecia se devia ordenar ao governador
do termo junto, encarre-
que mandasse fazer a obra na forma
respeitasse à dita obra
gando-se-lhe a direção e tudo o mais que
faria desne-
porque o zelo, atividade e préstimo do governador
cessaria toda a providência e que se pudesse seguramente
fiar tudo do seu arbítrio e da sua economia.
Vendo-se a dita resposta se respondeu ao governador pelo
expediente deste Conselho, que mandasse fazer uma planta
da nova Alfândega que se pretende edificar e outra planta
da Alfândega atual com os armazéns e mais acessórios que
Comer-
tem e outra planta das casas que foram da Junta do
cio em que se pretende fazer a nova Alfândega, e outra planta
das casas que servem de quartéis aos soldados das guarm-
se pretende
ções das naus; e outra planta dos quartéis que
formar no lugar em que é hoje a Alfândega e mandasse por
em lances a obra da nova Alfândega, e dos novos quartéis
com os aponta-
para os soldados das guarniçôes das naus desse
mentos e condições que parecessem convenientes, e
— 230 —

Alfândega, e a
, i, mpnor lance que tivesse a obra da
separadamente e para se orçar
r gu n S caluma
farão estas obras pusesse também em lances
u defpesa que
de quartéis de soldados e as
de entoas casas que servem
da Alfândega podendo-se
ue se compram e são acessórios
dos quartéis e dessecontadommor
Sasescusar para a obra
casas, remetendo as ditas plantas
lance que tivessem estas a visto
deviam ter um petipé comum a todas para.que
^ a Vossa Majestade
1 sua informação se pudesse consultar
com a clareza que lhe precisa, apontando a con-
Itália
leão se deve fazer para esla obra e em que parte se
s qne
ao juiz da Alfândega se respon
deve conslnar a despesa. E se escreviae.que e
d u di-do-se-lhe o que ao governador sobre os lances que
seu parecer
também informasse com o
nas obras e na venda das casas que, «.ftcam escu-
hotesse
se deve ta,er para esta
sando e sobre a consignação que
despesa.
em carta de
A sobredita ordem satisfez o governador
dizendo que em cumpri-
28 de amio do ano próximo passado,
debaixo de um so petipe
mento dela vinham as plantas todas
do atual quartel
aue postos na provedoria em lance as casas
obras de quartéis e
da Marinha; e a arrematação das novas
vê não haver lance
casa da Alfândega, pela certidão junta se
arrematar estas
algum e chamando alguns oficiais que podiam
não terem capazes
obras lhe responderam não lançaram por
na Corte para com fidelidade seguirem as suas
procuradores atual que se com-
ordens. Que as casas contíguas à Alfândega
real ordem de 8 de março
praram por 30 mil cruzados pela sobram dos ar-
de 1743, para se recolherem as fazendas que
do novo quartel.
mazéns se hão de demolir para a formatura
não pode ser mais própria
Que a consignação para esta obra
e posto que no pre-
que no rendimento da mesma Alfândega
para a
sente as rendas reais estão cheias de consignações
fortificações aumento
grande obra da Sé, tantos presídios, depende daque a
de tropas, Intendência e o mais que hoje de Vossa
capital, sempre se faz preciso pôr na real presença
causa grana
Majestade, que a Alfândega na forma que esta
— 231 --

dano às fazendas que nela entram, e que os quartéis da Mari-


nha em o termo de dois anos ficam de todo incapazes de se
habitarem.
Satisfez também o juiz da Alfândega em carta de 6 de
abril de 1750, dizendo que em observância das ordens de
Vossa Majestade fora o governador Gomes Freire de An-
drada, as casas que foram da Junta do Comércio donde se
ser a paragem mais
pretende que faça a nova Alfândega por
cômoda para êste efeito por não arear tanto como em outra
mandara fazer uma planta
parte, e da capacidade do terreno
disse remetia a Vossa
pelo tenente general engenheiro, o qual
Majestade para ver a sua capacidade que deve ser grande e
suficiente para recolher as muitas fazendas que hoje vão
àquele porto. Que também mandara o dito governador fazer
outra planta da Alfândega atual em que diz hão de ser os
se meterão
quartéis para os soldados das naus e nesta planta
as casas que se compraram místicas à Alfândega, e por esta
razão se não pode pôr em lances a quem mais der, e do mais
daria conta o dito governador pois tomou a si esta incum-
bência e a consignação para esta obra da Alfândega é mais
pronta pelo rendimento dela mesma.
Sobre estas informações foi novamente ouvido o pro-
curador da Fazenda e respondeu que as plantas se podiam
mandar examinar pelo engenheiro que o Conselho escolhesse,
e suposta a necessidade desta obra lhe parecia se não^ deve
demorar mais, cometendo-se logo a execução dela a Gomes
Freire de Andrada, como êle procurador da Fazenda apon-
tara na sua primeira resposta.
deve sair do ren-
Que a consignação também lhe parecia mes-
dimento da Alfândega e se pode regular de sorte que aos
tres possa fazer conta e que não prejudique a outras aplica-
e nao possa
ções a que está destinado êste rendimento, quando a
ser sem lhe fazer alguma falta neste caso deve preferir
con-
obra sem a qual cessará esta renda, ou diminuirá muito
sideràvelmente.
um pequeno di-
Que na Alfândega desta Corte se paga meio
reito para as obras, mas que não se atreve a propor este
— 232 —

*-*-£ -£ -£
porque do negócio £
^Brasil-
outro modo de se satis-
Ztoee^««00^ o qne fica dito e propõe o gover-
C esteia mais que
nad°Por
Diogo Mendonça Corte
aviso do secretário de Estado

siriss -i-j.". r _síí-_


ao Marques de Pc-
r> , £l3 de novembro próximo passado

vendo se no ConseUm e
"no^pX:: rjsrsi
loteTatrInpCpa^V
rda: «™sso
«consultada Vossa Majestade
o que
n^ndo
PareEmeobservância Conse-
desta real ordem se viu logo no
Tdita e outra que no mesmo tempo concorreu
lho pTição
a mesma matéria dos homens de negócio da praça do
ôtee sobem por copia a
mo de Janeiro, nela assinadas, as quais
com os documentos de que
fe ai Írcsença de Vossa Majestade
Bezerra Seixas.
faz menção a petição do dito José
se mandou dar
E juntes as ditas petições aos mais papéis
o qual disse ja respon
vista deles ao procurador da Fazenda,
a >«T^*J^
dera na conta do governador sobre disse, acresceu
fazer uma nova Alfândega e oferece o que jo mais
se mostra que este
tando só que por estas duas petições frota dar a pronta
negocio não sofre dilação e se lhe deve nesta
e positiva providência que é tão necessária.
real ordem de
Para satisfazer inteiramente à sobredita
Majestade continuou o Conselho em mandar que o
Vossa as plantas e
sargento-mor José da Silva Paes, examinando
da Alfândega mfo
vendo as contes do governador e juiz
contem as sobre
masse com o seu parecer sobre tudo o que
satisfez com a
ditas contas, e mais papéis juntos, ao que
formação que por cópia sobe também inclusa.
da Fazendai^sobrc
E sendo também servido o procurador
lhe parece oJ^smo
a dita informação respondeu que ainda
disse e como esta obra é toda uma e se deve fazer
que já
— 233 —

toda do rendimento da Alfândega


iunta entende pode sair
de duas repartições, sendo de
nor não misturar nela dinheiro
dívida do comboio porque
nnuca conveniência o aumentar a
se cobrará já o que se deve desta
com grande dificuldade
^^Oue veja
não desaprova o encomendar-se ao governador
coação alguma querem os homens
se voluntariamente sem
esta obra na forma que aponta o
de negócio concorrer para
advertindo-se porem que
«Lento de batalha informante;
trabalhar pessoalmente o escravo, e não sabsfazer-se a
deve
se não dar ocasião a estabelecer-se
dmheiro o seu trabalho por
como já com semelhaule prmci-
sem autoridade um direito,
outro.
pio se introduziu m-
à obra e forma de se fazer conforma com o
Quanto
f ormante.
ver e examinar as novas
Mandou também o Conselho o
Carlos Mardel, e respondeu
plantas pelo tenente coronel
consta do seu parecer, que também sobe à real presença
ÍI
de Vossa Majestade.
E sendo tudo visto. .
Majestade sejç.servido
Ao Couselho parece que Vossa
no lugar em que estão
mandar edificar esta nova Alfândega ~
rats daLta do Comércio, nas *-—^£
e se acha^ap
sários, pela planta que manda o governadorSilva Faes, e pe
José da_
vada pelo sargento-mor de batalha este «toe o ™
coronel Carlos Mardel, visto constar que
êste edifíeio de que tanto se^ nece sita man
a propósito para se
casas no es «k em que
dando-se primeiro avaliar estas
acham para se pagarem à W**££L^ uCartéis
fazerem se
parece preciso nem conveniente vao nas rotas ma
das naus de guerra que
para os soldados
a que pertence esta despesa kentanda^
quando pela parte
nunca este d vem se
são necessários novos quartéis f cando
lugar da Alfândega que agora serve, porque
descammhos do:«
beira-mar seriam de ocasião para
da uo.te se poder.a
reais da Alfândega, que a toda a hora
dos navios.
por eles introduzir fazendas
234 —

de jornais fazia uma


A obra da nova Alfândega feita toda
à medição ficaria sujeita a
excessiva despesa e ajustada toda
mais conveniente que os
ser falsificada, pelo que parece ser
à medição porque
alicerces se abram ajustados a braços
mas como no encher
neste trabalho não pode haver engano,
da obra se devem
os alicerces consiste a maior segurança
todos os materiais
encher de jornal dando a Fazenda Real
a de pedreiro, como para a
posto ao pé da obra, tanto para
de carpinteiro, cometendo-se a inspeção de toda ela ao coro-
Vossa
nei José Fernandes Pinto Alpoim, recomendando-lhe
Majestade a veja e examine como se fabrica e nomeie um
impedi-
oficial de sua satisfação para que assista nos seus
mentos, tudo às ordens do governador e capitão general.
braços e por
Que as paredes e telhados se arrematem por
novamente em lan-
peças e casas separadas, porque pondo-se um
ces possa haver novos lançadores e nunca convém seja
mes-
só o que faça toda a obra, repartindo-a êle com outros
três, ficando com os grandes avanços o que regularmente
menos convém
praticam quando um a toma toda; e muito
só mestre, nem de
que a obra de carpinteiro se faça por um
de obra não
jornal e menos à medição porque neste gênero
há regra certa, em que todos os medidores se conformem e
convém ajustar-se a obra de empreitadas por preços sepa-
rados, e condições muito individuantes, indo deste Remo
todas as ferragens e cantadas, não só porque a pedra do Rio
de Janeiro não é capaz de obra de lancil, mas porque lavrada
naquela cidade custaria por preço mais que dobrado da que
custará indo deste Reino como se vê na arrematação da obra
da Sé, na qual se arrematou o lagedo a cinco mil réis a vara,
de
tendo-se arrematado no Conselho a 830 réis para a ilha
Santa Catarina.
Os madeiramentos se devem fazer também de jornal
porque deles depende a fortaleza e duração dos telhados que
devem ser à mourisca, mas não devem ser os ferros de estu-
água dos
que que deteriorados ou pela umidade ou por
telhados, fariam muito mais despesa do seu reparo.
— 235 —

servir a
Enquanto se edifica a nova Alfândega deve
melhor modo de bene-
velha e no mesmo tempo se averigue o
a Fazenda Real
ficiar êste edifício e os seus acessórios que
têm bom valor e
tem comprado que pelo sítio em que estão
o seu produto satis-
não há de faltar quem os pague para com
se pode logo ir eus-
fazer grande parte da nova obra, a qual
Alfândega, tendo o juiz
teando pelo rendimento da mesma
com toda a distin-
dela livro separado em que será lançada
o mesmo juiz dará
cão a despesa que se for fazendo, de que
Majestade puder dar
conta em todas as frotas que Vossa
convenientes de seu real
as providências que forem mais
serviço.
o mesmo
Ao conselheiro Rafael Pires Pardinho parece
deve ser servido o pro-
que ao Conselho, mas que primeiro e casas da
vedor dos armazéns pelo que toca aos quartéis
fazer a nova Alfândega.
junta em que se deve
ao Conse-
Ao marquês presidente parece o mesmo que
obras deviam ser feitas
lho e se acrescenta que as plantas das ela fique
ou emendadas por algum arquiteto hábil, para quenas
ao menos partes
com mais formosura, e regularidade
mar; e se conformeo
exteriores dos dois corpos da banda do
obras ainda de mu to
uso do mundo se costumam regular as mais esta
menos despesa pelas regras da arquitetura quanto custos^
ha de ser
mandada fazer por Vossa Majestade que
haja outra porta
Também entende que não é conveniente que
em ver na planta
além da principal da Alfândega e repara
20 de março de 1752.
um dos armazéns para o cais. Lisboa,
Metelo. Pardinho. Andrade. Corte Real.
o P™eurador da
A margem - Resolução. Como aponta
na ultima e assim
Fazenda nas suas respostas, especialmente
Fazenda. Lisboa, 4 de
o mando participar ao Conselho da
Majestade.
abril de 1752. Com a rubrica de Sua
— 236 —

O governador do Rio de Janeiro res-


lhe foi em que se lhe
ponde à ordem que
recomendara fizesse semear o linho e pi-
nhões, e que se aumentasse a cultura e a
perfeição do arroz.
do ano de 1750, tomada
Por resolução de 29 de novembro
foi Vossa Majestade
em consulta deste Conselho Ultramarino
e capitão general da capi-
servido recomendar ao governador
Freire de Andrada pusesse
tania de Rio de Janeiro Gomes
linho e pinhões e em que
todo o cuidado em fazer semear
do arroz, decla-
se procure aumentar a cultura e a perfeição
se lhe remeteriam os
rando-lhe que pela secretaria de Estado
ao fardamento que pela
engenhos para o descascar, e quanto
ordem lhe havia «>ns-
trota se lhe remetia, o que por outra
em carta de 28 de
tar ao que respondeu o dito governador
entregues os lar-
abril do ano passado, dizendo que ficavam
o arroz, e
damentos, e o modelo do engenho de descascar
morosos fazia
ainda que os moradores do Brasil são tão
remeta arroz nas
muito para que adiantem as lavouras, e se
Marques Guirna-
seguintes frotas. Que Antônio Francisco
Câmara e lhe
rães lhe fêz uma proposta em que ouvira a
linho e os pinhões semea-
parece deve ser atendida. Que o irem aquelas
dos não produzem e se discorre ser a causa por
deles, o
sementes requeimadas nos navios, metidas no porão
onde se dá muito
que já se experimentou nas Minas Gerais, cuidado, o
bem o linho por se trazer a semente com outro
chegando fresco se
que assim sucede com o cebolinho, que lhe parece
dá muito bem e sendo requeimado não produz, que
fresco que se achar
que indo aquelas sementes no lugar mais
nas naus poderão produzir.
E dando-se vista ao procurador da Fazenda disse que pelo
e ao requerimento
que respeita à fábrica de descascar arroz,
respondia na
que fêz Antônio Francisco Marques Guimarães,
às sementes do hnho
petição que êle fêz nesta Corte e quanto aponta
e pinhões, se devem remeter nesta frota na forma que
nela se
o governador nesta informação e quanto ao mais que
contém se fizesse justiça.
— 237 —

de
Ao Conselho parece pôr esta conta na real presença
servido haja por bem
Vossa Majestade para que sendo assim
de pinhões
mandar remeter na presente frota novo provimento
recomendações ne.
e linhaça de cânhamo com as precauções e
as sementes que
cessadas para evitar o dano que padeceram
toca ao reque-
nas outras monções se remeteram, e pelo que
Guimarães, como ele
rimento de Antônio Francisco Marques
acrescentou mui-
fêz neste Reino outro requerimento em que
mandado in-
tas circunstâncias e condições, tem o Conselho
Freire de Andrada,
formar sobre êste o governador Gomes
se tem feito do engenho de se
perguntando-se-lhe o uso que
lhe mandou remeter.
descascar arroz, que Vossa Majestade
Metelo. Pardinho.
Lisboa, 29 de março de 1752. Penalva.
Gusmão. Henriques. Bacalhau.

Sobre a conta que deu o reverendo


erigido
bispo do Rio de Janeiro de ter
Santa
novamente em freguesia a igreja de
Rita daquela cidade, e requerimento que
Pinto em que pre-
fêz Inácio Nascentes da dita
tende a confirmação do padroado
se acusam.
igreja, e vão os documentos que

em carta de 28 de
O reverendo bispo do Rio de Janeiro
conta a Vossa Majestade
maio do ano próximo passado, deu Vo sa
êste Conselho, de que por ordem e resolução de
por erigiu noNa
Majestade expedida pelo Tribunal a que pertence
Rita daquela enfade
mente em freguesia a igreja de Santa da
era anexa ou filial da freguesia de Nossa Senhora^
que e por haver
Candelária, e em tudo sujeita a sua to^diçao,
dotando-a em
concorrido para a sua manufatura, e perfeição, ser
a qual depois de estar
parte um Manoel Nascentes Pinto, levanta agora
vindo de freguesia a sobredita igreja se quer
o direito de
eomo padroado dela inteiramente pretendendo
e duetos nas
anresentar e o de ter cadeira na capela-mor
nunca ate
solenidades e as mais regalias de padroeira que
i
— 238 —

a sua regalia de ter uma sepub


presente teve, pois não passara
esta a tem sem título porque
La na mesma igreja, e ainda
conceder e tendo duvidas
seus antecessores não lha quiseram
igreja lhe impediram o uso
com outros benfeitores da mesma
e os mais que repre-
da tal sepultura, e por este fundamento, coisa alguma
centa no papel incluso lhe não deferiu nisto em
alguma lhe parecesse que tinha
por lhe não achar justiça e se na presença de
devia usar dos meios ordinários, o que punha
lhe parecer que a ele
Vossa Majestade por este Tribunal, por
em que pode prejudicar-se a
pertence com a dependência
in solidum ao Ultramar
Coroa a que anda anexo padroado
o que for servido.
para Vossa Majestade mandar
documentos de que
Com as referidas cartas remeto os
à real presença de
faz menção, os quais sobem com esta
Vossa Majestade.
respondeu
E dando-se vista ao procurador da Fazenda
esta igreja é de Vossa Majestade,
que o direito de apresentar a confiança de
nem entende que Inácio Nascentes Pinto teria
do padroado,
o pretender e também crê não lhe toca o direito
as circunstâncias para isso
porque não entende se justificam instrumento
necessárias visto o que o bispo diz e consta do
Nascente se persuade tem
junto, mas quando o dito Inácio
declarando-se sempre
justiça deve usar dos meios ordinários,
se fazer presente a Vossa
que a sentença se não cumpra sem de-
Majestade, e se o bispo observasse o que Vossa Majestade
erigir esta
terminou escusava esta contenda porque antes de
igreja em paróquia se devia ajustar com o chamado padroei-
ro na forma da ordem e resolução de Vossa Majestade.
No mesmo tempo foi Vossa Majestade servido determi-
em
nar por decreto de 4 de novembro do ano passado, posto
cópia as
uma petição de Inácio Nascentes Pinto, de que sobe
Conselho
reais mãos de Vossa Majestade, que se visse neste
a dita petição e com efeito se lhe consultasse o que parecesse,
de o con-
em a qual pede a Vossa Majestade lhe faça a mercê
do Rio
firmar no padroado da igreja de Santa Rita da cidade
de Janeiro, atendendo ao que alega e aos documentos juntos.
com
E tornando-se a dar vista ao procurador da Fazenda
sobre
a conta que deu o reverendo bispo do Rio de Janeiro
- 239 —

esta matéria, disse que o padroado das igrejas do Brasil per-


tence inteiramente a Vossa Majestade de tal sorte que nenhu-
ma outra pessoa o pode conseguir por qualquer título, por-
que está inteiramente doado à ordem de Cristo, e a Vossa
Majestade na qualidade de administrador da mesma ordem,
e nesta certeza é injusta a pretensão do suplicante enquanto
pretende apresentar o pároco da igreja de Santa Rita. Quanto
aos mais direitos e privilégios de padroeiro poderia ser mais
justificada a sua súplica se não houvesse a dúvida que fêz a
este negócio a conta do bispo, e justificação que remete con-
traria à que nesta petição se junta e se não se encontrasse
alguma indecência em se darem as honras devidas aos pa-
droeiros em uma paróquia de uma cidade tão notável e da
apresentação de Vossa Majestade ao suplicante que só as tinha
em uma igreja ou ermida particular, nem a êste respeito se
concedeu coisa alguma na provisão inclusa n.° 1, em que só
se faz menção dos padroeiros para que contra sua vontade se
não fizessem as freguesias interinas nas suas igrejas e se o
bispo assim o observasse se escurava o embaraço que agora
há, e que lhe parece só se pode remediar, ordenando Vossa
Majestade a qualquer ministro da Relação do Rio de Janeiro
que sem figura de juízo examine se há alguma coisa contra
os documentos por onde o suplicante mostra bem que lhe
tocava o padroado desta igreja e não achando nada em con-
trário o participe ao governador para ver se pode com êle
ajustar algum equivalente pelo dito padroado, e não se con-
vindo em ajuste favorável, justo e proporcionado, o mesmo
governador participe ao bispo de ordem de Vossa Majestade
que se mude a freguesia inteiramente para outra igreja e se
procure fazer freguesia, apontando tanto o bispo como o go-
vernador o modo de mais comodamente se fazer.
Sendo também ouvido o procurador da Coroa respondeu
que êste pretendido padroado de Manoel Nascentes Pinto, não
só é impraticável pelo que respeita à apresentação de vigário
de que êle já cede, ou seu filho por serem todos os padroados
da América de Vossa Majestade, mas pela mesma razão lhe
parece muito árduo para os mais efeitos honoríficos do pa-
droado, ou ao menos indecente exceto para o direito da sepul-
— 240 —

tura> « nem consta SlS


£-£?*»£• SnT
ES — Sestalr.. V a. justificações jun-
e necessitam de mais alta indaga-
Ia. se actam encontradas
cão ouvidas as partes.

e se esperar a sua resolução.


ser a pretensão do supli-
A« Conselho parece que visto

êste requerimento, e conta do bispo do R.o de Ja-


íonlultar
e Ordens.
neiro na Mesa da Consciência
visto Vossa Majestade
*„ marquês presidente parece que
Conselho antes que êle diga o que-
ser s" mandar ouvir o
êste negocio o num
"Relação
atende devesse mandar informar sobre e depois
do Rio de Janeiro da maior inteireza
Vossa Majestade ouvir a Mesa da Consciência e Or
dianar-se
ara à vista de tudo possa o Conselho com pleno co
d que
com ete,to de Vossa
nhecimento satisfazendo a esta remissão
ma,s justo L sboa 1 de
Majestade representar-lhe o que for
Metelo. Pardmho. (ms
abril de 1752. Marquês de Penalva.
mão. Bacalhau. Castelo Branco.
- Resolução. Como aponta oprocurador da
A margem
ao Intendente o
Fazenda na sua última resposta e nomeio
1753. Com a rubrica
Alves Simões. Lisboa, 30 de abril de
de Sua Majestade.
241

José da Costa Matos dá conta da ne-


cessidade que há na Casa da Moeda do
Rio de Janeiro dos materiais precisos para
a continuação do lavor futuro da mesma
casa e vai a Relação que se acusa.

José da Costa Matos, em carta de 26 de setembro do ano


a Vossa Majestade, por este Con-
próximo passado, dá conta
selho, em que diz que pela relação junta se vê a necessidade
a continuação do lavor
que há dos materiais precisos para
futuro na Casa da Moeda do Rio de Janeiro, os quais Vossa
Majestade seria servido ordenar ao tesoureiro desta Corte os
remetesse como se praticava, recomendando-se-lhe sempre a
bondade e suficiência dos ditos materiais, pois sendo incapa-
zes era inútil a despesa, e aquela casa fica exposta ao grave
risco e clamor de piorar.
à
Com a dita carta remeteu a relação que sobe inclusa
real presença de Vossa Majestade.
E dando-se vista ao procurador da Fazenda respondeu
Majestade esta conta para
que se devia fazer presente a Vossa
os materiais neces-
pela parte a que toca mandar pôr prontos
sários.
Ao Conselho parece o mesmo que ao procurador da Fa-
zenda. Lisboa, 4 de maio de 1753. Penalva. Metelo. Pardi-
nho. Corte Real. Henriques. Carvalho. Bacalhau. Costa.

O procurador da Casa da Moeda do


Rio de Janeiro dá conta acerca de intentar
sair daquela casa o segundo abridor dela
salário
por se lhe não dar proporcionado
ao seu trabalho, e de recusarem os homens
capazes o servirem de tesoureiro da mes-
ma casa, por ser somente o sen ordenado
de trezentos mil réis por ano.

Janeiro José
O procurador da Casa da Moeda do Rio de
conta a
da Costa Matos, em carta de 18 de maio de 1751, da
16
— 242 —

em que refere que ua


Vossa Majestade, por êste Conselho,
Casa da Moeda ha do.s oficiais
oficina da abrição daquela
venee de ordenado cada dia
filhos da folha. Que o primeiro
seiscentos reis, que o tra-
mi! e quinhentos réis e o segundo
a mesma, mas a dife-
balho de ambos é igual, e a graduação
tem em pouca satisfa-
renea dos ordenados é tão grande que
ao segundo abridor, a qual sabia intentara outros meios
ção
fora da casa para melhor subsistir.
ciente e capaz e lhe parece
Êste oficial serve há 17 anos, é
dia visto ser igual
necessitar de proporcionados salários por
de abrir os ferros dos
com o primeiro abridor do trabalho
êle o demorava
cunhos e no mais da sua obrigação. Que
determiuar-lhe o que
enquanto Vossa Majestade era servido
agrado e serviço, como
fosse mais conveniente ao seu real
mesma casa, que
também a respeito do tesoureiro daquela
servir.
agora se verá bem a repugnância de se
trezentos mil réis por
Que êste ofício tem de ordenado depois do seu
ano, e sendo na série do regimento o primeiro
oficiais da mesa do
lugar e o mais inferior no ordenado dos
daquela tesouraria
despacho, o avultado peso do recebimento
mais ou menos oito
que compreende todos os anos pouco
o evidente perigo
milhões de entrada, a assistência, risco, e
de algum engano no contar o dinheiro às partes, principal-
a exclu-
mente em ocasião de frota, eram bastante motivo para
siva daquela ocupação, visto não ter ordenado correspondente
isso todos
como houvera na Casa da Moeda das Minas, e por
tesoureiro
os capazes se negavam à serventia como o atual
nao valiam
Alexandre de Faria e Silva, que depois de ver lhe
se
requerimentos e escusas se sujeitara involuntário. Que
nave-
estas causas forem admissíveis para o acrescentamento
liber-
ria ao diante menos repugnância nos homens e maior
dade na nomeação deste ofício que devem servir as pessoas
Fazenda
de maior crédito. E dando-se vista ao procurador da
Rio de Ja-
respondeu que devia informar o governador do
abridor,
neiro, e entendendo que tinha justiça êste segundo
esta
fazia toda a diligência pelo conservar até se resolver
conta.
— 243

E ordenando-se por provisão de 3 de fevereiro do ano


passado ao dito governador do Rio de Janeiro informasse com
seu parecer sôbre o conteúdo na dita carta, satisfez em carta
de 11 de agosto do mesmo ano dizendo que o salário do se-
«undo abridor da Casa da Moeda é diminuto, pois seiscentos
réis por dia vence qualquer oficial que trabalha em casa do
mestre de qualquer ministério, e posto o trabalho não é igual
ao primeiro abridor, pois êle trabalha só quando há pouco
em que o fazer, lhe parece que acrescentando ao segundo
abridor sôbre os seiscentos réis mais trezentos réis por dia,
haverá oficiais que pretendam e sirvam êste ofício.
Que o do tesoureiro é em tudo como aponta o provedor,
que eram verdadeiras as causas que dava para não haver
quem o servisse. Que na distância em que estava não podia
averiguar se tem mais algum emolumento, além dos trezen-
tos mil réis de salário que crê o não terá pois o exporia o pro-
vedor e assim lhe parecia que atendendo ao risco e trabalho
deste ofício se faz quem o servir merecedor de mais duzentos
mil réis de ordenado, não servindo de exemplo o salário das
Minas pois se sabe bem as despesas daquela residência.
E sendo outra vez ouvido o procurador da Fazenda disse
era
que se conformava com o parecer do governador, porque
melhor que Vossa Majestade mandasse dar ordenados com-
hábeis
petentes que expor estes lugares a não terem pessoas
meios
que os sirvam, ou que se dêm a quem se utilize por
ilícitos.
O que visto.
Ao Conselho parece o mesmo que ao procurador da
Fazenda.
Ao marquês presidente que o acrescentamento do orde-
nado do tesoureiro seja de trezentos mil réis para ficar com
seiscentos mil réis, como têm alguns tesoureiros nesta Corte
ainda com menor recebimento, e menos risco, e porque os
ordenados da América costumam ser maiores que os deste
Reino. Lisboa, 7 de maio de 1753. Marquês de Penalva. Me-
leio. Pardinho. Racalhau. Carvalho.
244 —

Sobre a conta que dá o desembarga-


dor Manoel da Fonseca Brandão procura-
a respeito
dor da Coroa no Rio de Janeiro,
os padres
dos recursos que interpuseram
Ferreira e os
Antônio Nunes e Francisco
Nossa Senhora
Irmãos da Irmandade de
cidade, e
do Rosário dos pretos daquela
vai a certidão que se acusa.

procurador da Coroa no Rio.de Ja-


O desembargador * julho do
neire Manoe, da Fonseca Hem-o. « -£
£
recorreram os
Z que ao Francisco Ferreira, do vigário geral
lho ^jrr,Coaro:ZueLJRe.açãoP
eles â prisão por auto qne
dlSe Sal pTocUr^
eterida a forma da Constituição e Le, do Reino em
"Te
formou p
com nulidade e violência notória, e tend
substancia,
'provimento as cartas peto que
não cumpriu o vigário gera
nestes termo o caso de
houve de tomar assento. Que posto
veio em dúvida a disposição do § 9o do titulo 8. do
recurso
estarem impedidos os mi-
pimento da mesma Relação por somente o desem-
nistros de agregados, e sem impedimento
Capelo, que e deste o ma
bargador Agostinho Felix Santos João Car
ausência do desembargador
antigo porque pela
Vossa Majestade se acha
dosefde Azevedo, que por ordem de
é ministro de agravos
em diligência na capitania de Goiás, e
de procurador da
Isubdelegado na propriedade do ofício
da casa nesta
Coroa o nomeou o chanceler como governador
Inácio da Cunha de
serventia e naquela ao desembargador
do agravo dos
Teor, ouvidor geral do Cível, que foi adjunto
Agostinho Luis R-
recorrentes. E porque o desembargador
da oficio de
beiro Vieira não tinha chegado e tomada posse o de-
dos Feitos da Coroa foi nomeado nesta serventia
juiz lambem ministro
sembargador Matias Pinheiro da Silva, e
e terceiro juiz o de-
de agravos, que foi o relator no recurso
agravista e ta ei
sembargador Miguel José Vieira, também
sorte que de todos os
assistente como procurador da Coroa de
o sohredito
ministros da casa ficaram desempedidos somente
245

agravo mais antigo é o desembargador Pedro Monteiro Fur-


tado, ouvidor geral do Crime. Que se duvidou porém se êste
no assento por
por não ser ministro de agravos podia ser juiz
chamar o Regimento no dito § 95 dos agravistas os dois mais
antigos que não foram juizes desta opinião, entendendo nesta
devia esperar
parte o Regimento em termos restritos, e que se
se tomar
que chegasse o ministro de agravo ausente para
assento.
do
Que seguram a contrária outros na conformidade
mesmo Regimento no título 2.° § 4.°, ponderada também a
demora pela incerteza da chegada do ministro ausente, além
de que recaia nela o ofício de procurador da Coroa, que havia
como tal assistido ao relator do feito, e que em termos tais era
urgente a necessidade para se entender, o disposto no dito
título 1.° venceram
§ 95, pelo que determina o § 4.° do dito
opinião sobre que se
porém por desempate os votos daquela
tomou o assento copiado na certidão junta. Que chegara o
desembargador Agostinho Luís Ribeiro e tomando posse do
ofício de juiz dos Feitos da Coroa em 26 de maio próximo
da Coroa na sua
passado, pediu serventuário êle procurador e
de agravos por se achar com muitos feitos da Fazenda
Coroa a que devia dar expedição e querendo o chanceler
mês
nomear êste ministro nesta serventia no dia 29 do dito
se moveu dúvida sobre não poder êle juiz no assento, porque
sua
suposto como agravante não ficara impedido, porque a
casa de agravos como tal não tinha impedimento o ficara
haver
como juiz da Coroa porque havia relatar o feito por
no re-
expirado a jurisdição no serventuário que foi relator
curso e para o caso do assento não contraíra certeza e ainda
sem
houve parecer que se devia esperar o ministro ausente
se advertir que recaia nele o mesmo impedimento, porque
esta
com a sua chegada expirava nele procurador da Coroa
serventia, e havia como tal assistir ao relator o feito. Que
nesta ocorrência de dúvidas e na consideração de estarem
ano próximo pas-
presos os recorrentes desde novembro do do
sado, despachado com provimento no primeiro de março
o remédio
presente ano, e que por êste modo ficara prostrado du-
«Ia real proteção, e em uma dilatada demora a decisão desta
_ 246 —

a resolução de Vossa Majestade


vida se houvesse de se esperar
ocorrer, nomeou o dum-
a quem em termos tais se deveria ouvidor gerai do
celer nesta serventia ao desembargador
com o qual e como desem-
Crime durante o seu impedimento,
desempedido se podia tomar
barsador agravista mais antigo
sobre ficar éle exercendo
o assento e movendo-se mais dúvida
Coroa e Fazenda e dar-se-lhe
a serventia de procurador da
ficou em seu vigor
serventuário na propriedade de agravos
impl.canca, e mu.to
a nomeação por parecer que não havia
ele bem conhece
menos depois por lhe sobrevir moléstia. Que
vence por popularidade de
e assim o observa que o que se
seguir-se, porem, como
votos é o que por mais acertado deve
se venceu no caso
o juízo é livre o seu se não acomoda ao que
como pela obrigação do oii-
presente, e não é por esta razão,
idêntico, ou em mais
do, e porque na contingência de caso
virão a ficar inde-
apertados termos por disparidade de votos
de Vossa Majes-
cisos os recursos, lhe parece pôr na presença
se dignar
tade o que se venceu no incidente deste agravo para
seu Regimento
declarar se deve ficar em seu vigor êste assento, e
no citado § 95 do título 8.° admite em caso tal interpretação
1.° para que não só os agra-
pelo disposto no § 4.° do título da casa
vistas, mas nos seus impedimentos qualquer ministro
houverem de se tomar nos
possa ser juiz nos assentos que do pro-
recursos e também se tem lugar o exercício da serventia
causa
curador da Coroa e Fazenda em caso de haver legitima
na Casa de que e
para o mesmo serventuário pedir outro
caso presente. Que a
proprietário como lhe aconteceu no Vossa
mesma razão do ofício o obrigar a pôr na presença de
Majestade que naquela Relação com o exemplo do estilo pra-
nos
tieado na da Bahia costumam os juizes que hão de ser
se
assentos instruísse por casa nos feitos dos recursos, de que
e
seguem largas demoras como no presente se experimenta,
imprati-
porque esta matéria pede pronta expedição, parece ser
cável êste título e que quando se admita deve somente por
algum breve termo em que os juizes possam ver os autos para
declara-
com melhor instrução se haver de tomar assento de
recurso que interpu-
ção de Vossa Majestade. Que em outro Rosário
seram os Irmãos da Irmandade de Nossa Senhora do
— 247 —

dos pretos daquela cidade de um juiz delegado do reverendo


bispo lhes não guarde a forma do seu compromisso na elei-
neles inter-
ção a que foi mandado assistir, indo-lhe os autos
Irmandade era
por novo recurso ex-ofício por achar que a
leiga e tomando ao mesmo juiz juntou este documento na
sua resposta e indo-lhe esta pediu se mandassem tirar dos
autos aqueles documentos, fundado no estilo e caso julgado
do livro 1.° título 3.° § 12,° n.° 762
que refere. Segue a ordem n.° 12
e doutrina de orar de jur patronat na resolução 30
mas vindo os autos conclusos se não admitiu o seu requeri-
mento, entendendo-se que este título e doutrina procedia
nos
somente a respeito das partes e não do juiz. E porque
maior
recursos é o juiz eclesiástico parte legítima e neste com
e recor-
razão em que êle por obrigação do ofício é recorrente
se dá a
rido somente o dito juiz a respeito do qual parece
ainda a
mesma razão que milita a respeito das partes, pois
se agrava não é lícito juntar
qualquer outro juiz de quem nao tem
novos documentos na sua resposta donde parece que
esta nao
lugar o fundamento daquela interlocutória, e que
idêntico ou semelhante e que
pode produzir efeito para caso nem admitir-se
em matéria de recursos não deve sustentar-se
na pre-
aquela inteligência, motivo porque põe também
respeito se lhe
sença de Vossa Majestade a dúvida que a este
estilo e doutrina
oferece, para se dignar declarar se julgado
ou se igual-
alegada, procede somente a respeito das partes,
ele embar-
mente milita no juiz eclesiástico, porque suposto
os embargos por meio
gou a interlocutória e ficam pendentes aresto que em
dos quais poderá não ter reforma, e ficar em
matéria tal parece se não deve sustentar.
de que faz men-
Com a referida carta remeteu a certidão
de Vossa Majestade
ção, a qual sobe com esta à real presença respondeu
E dando-se vista ao procurador da Fazenda
do Regimento sein
que o assento se uniu às formais palavras se nao deve
extensão, nem interpretação alguma, e ainda que
se sirva decla-
alterar, parece-lhe justo que Vossa Majestade
desemba-
rar que quando não há desembargadores de agravos
outros ministros
raçados possam ser juizes nos assentos os
que servirem os outros lugares.
248

é necessário que os juizes


Oue para se tomar assento não
instruir pelos memoriais que
veiam o feito mas só se devem
do juiz da Coroa como se
as partes lhes devem pela Relação
recorrido pode instruir a sua
pratica nesta Corte. Que o juiz
o que tinha visto praticar
resposta com algum documento
ainda que nos autos se nao
muitas vezes sem reparo porque
recurso se não procede
acrescente coisa alguma como neste
modo de petição procurando-se
judicialmente, mas só por um
todos os meios de se
só conhecer a verdade se devem admitir
se recusou
fazer patente, e assim lhe parece que justamente
o requerimento deste ministro.
Francisco Xa-
Sendo também ouvido o desembargador
da Coroa, disse
vier Morato Boroa, que serve de procurador
da Fazenda, e acres-
que se conformava com o procurador tempo adiante
centava que para não haver confusões para o
dois ministros de
se não nomeou para juizes dos recursos os
sempre reservados
agravos mais antigos e que estes fiquem
o haja, sendo os desembargado-
para o assento no caso que Vossa
res de agravos impedidos para o assento, será justo que
desimpedido
Majestade declare que qualquer desembargador
ser juiz no assento, e en-
posto que não seja agravista possa
eclesiástico juntar com a
quanto ao documento que o juiz
estejam nos
sua resposta de que se não tenha recorrido, nem
a deci-
autos principais se deve fazer pouco caso deles para
mandarem
são do recurso por se evitarem dúvidas de se
extrair como por estilo se observa na Casa da Suplicação.
Ao Conselho parece o mesmo que aos procuradores
em vir-
régios, com declaração que na ordem que se passar
tomar
tude da resolução que Vossa Majestade for servido
dos re-
nesta matéria se não declare que os juizes do assento
cursos se devem instruir pelos memoriais das partes, porque
alguns
como estes não dão ajustados como se pratica em
ministros
reinos, não tem autoridade para se instruírem os
por eles. ,
Real
Aos conselheiros Tome Joaquim da Costa Corte
desta
Rafael Pires Pardinho, parece que antes da decisão do
conta devia primeiro informar o chanceler da Relação
Rio.
— 249 —

Ao marquês presidente parece que este assento da Rela-


cão do Rio de Janeiro foi indevidamente tomado por ser con-
tra a disposição do § 4.° do Regimento da Relação que com
expressões muito claras determina como se deve suprir a
falta dos ministros, e que assim seja Vossa Majestade servido
declarar logo para que se não continue em semelhante
aviso e que quanto ao mais que. se refere nesta conta informe
o chanceler da mesma Relação com o seu parecer. Lisboa,
8 de janeiro de 1754. Marquês de Penaíva. Metelo. Pardí-
nho. Corte Real. Bacalhau. Costa.

O provedor da Fazenda Real do Rio


de Janeiro dá conta da despesa que fizera
com as madeiras que por ordem de Sua
Majestade se mandaram fazer naquela
cidade e vão as cópias dos termos que se
acusam.

de Ja-
O provedor da Fazenda Real da capitania do Rio
de 1753,
neiro em carta de 29 de dezembro do ano passado
em como
faz presente a Vossa Majestade, por este Conselho,
tivera
o general Gomes Freire de Andrada, e por aviso que
Real, lhe
do secretário de Estado Diogo de Mendonça Corte
ajustarem
remetera uma relação de várias madeiras para se
toneis, tudo
naquela cidade, como também aduelas para
e foram presentes
pelas bitolas e medidas que se declaram remetia e
aos fabricantes, como constara dos termos que
frota enviara
sobem inclusos e porque nos navios da presente
secretario de
muitas das ditas madeiras à ordem do mesmo
os capi-
Estado, a quem iam os conhecimentos que assinaram
da Fazenda
tães que a receberam, participava êle provedor
se assistira
a Vossa Majestade o referido, e que a esta despesa
com o dinheiro das rendas daquela provedoria.
da Fazenda
E dando-se desta conta vista ao procurador
ordem c
disse se devia aprovar esta despesa, visto ser por
para o serviço de Vossa Majestade.
— 250 —

ao procurador da Fa-
Ao Conselho parece o mesmo que
de 1754. Metelo. Corte Real. Ba-
zenda. Lisboa, 7 de agosto
calham Rangel.
Belém, 10 de
4 margem - Resolução. Como parece.
de Sua Majestade.
agosto de 1754. Com a rubrica

O governador da ilha de Santa Cata-


da
rina dá conta do que obrara a respeito
devia
cultura de árvores de algodão que
e do corte das ma-
plantar cada morador;
deiras, e de haver nomeado um superin-
ma-
tendente da dita cultura e defesa das
man-
deiras e para as obras reais a quem
mês,
dará contribuir com uma porção por
o
enquanto Sua Majestade não ordenara
ano, e vai a cópia
que devia perceber por
do edital que se acusa.

em carta de 21
O governador da ilha de Santa Catarina
Majestade, por
de abril do presente ano representa a Vossa
no
este Conselho, que já dera conta a Vossa Majestade que
daquela ilha, e
exame e averiguações que fizera das produções
a das arvores
seu continente achara ser a de maior conveniência
de algodão, não por se dar em todo aquele país adrmràvelmente
mas por ser este gênero o único em que aqueles povos podem
fora em
fazer utilidade, assim pela extração que há de ter para
como pelas fábricas de
que fazem um bom ramo de negócio,
muitos dos seus moradores
pano do mesmo algodão que já da sua
ali tecem e fabricam, porém como sem embargo
da referida cul-
grande utilidade e benefício que na aplicação
maçao,
tura recebiam os ditos povos os mais deles pela sua
mandio-
e indesculpável preguiça, só se ocupavam em plantar
so lhes
cas, e milhos e outros gêneros de menos valor que
impor-mes
dão o sustento, achara ser muito útil e necessário
árvores de algodão na
por obrigação a referida cultura das a copia,
forma do edital de que a Vossa Majestade remetia
— 251

assentando primeiro com o parecer às pessoas inteligentes


o número de árvores que havia de pôr e plantar cada mora-
dor à proporção das terras que lavrar e cultivar.
não possa
Que também tem ordenado que pessoa alguma
cortar madeiras sem expressa licença sua para mandar pri-
meiro fazer nelas exame e saber se são ou não daquelas qua-
lidades que servem para construções de naus grandes, e que
e reservar e de outras a
para esse fim tem mandado proibir
também são defen-
que chamam paus de lei ou paus reais, que
didas, e em que havia até agora tanta desordem que não só
absolutamente os cortavam aonde quer que os achavam sem
temor ou receio da dita proibição, mas ainda nas próprias
terras de Vossa Majestade, motivos que o obrigam a pôr-lhes
o referido remédio, antes que pelo tempo adiante os viessem
a extinguir.
ordens lhe parecera
Que para o fim da execução destas
de inteligência e capaci-
preciso necessário nomear pessoa cultura
dade que servisse não só de superintendente da dita
e defesa das madeiras, mas também das obras reais em que
Ma-
atualmente se trabalha naquela ilha por ordem de Vossa
com uma moderada
jestade, ao qual tem mandado contribuir
Majestade não é servido
porção por mês, enquanto Vossa
determinar-lhe o quanto lhe há de comodamente arbitrar pelo
cada
trabalho das ditas três obrigações e intendências em
ano. i-i
incluso a
Remeteu com esta a cópia do edital que sobe
real presença de Vossa Majestade.
da lia-
Dando-se da referida conta vista ao procurador
as deter-
zenda, respondeu que lhe parece se podem aprovar
corte da ma-
minações do governador, tanto na proibição do
na planta das
deira, em o que não pode haver dúvida, como
de perai-
árvores, porém lhe parece rigorosíssima a pena
cre que so se
mento das terras pela primeira transgressão e
dez tostões por
deve mandar que pela primeira falta paguem
em dobro, e
cada árvore que tiverem de menos, pela segunda
pela terceira percam as terras.
ao governador que nao
Que se deve também admitir de todo
deve determinar tal número de árvores que embarace
— 252 —

de tal forma esta plantação que


as outras culturas, regulando
de semear outras sementes,
fique a cada um sempre lugar
r i do superintendente. Que quanto lhe parece que podia
ouvidor, conhecendo em cor-
servir' muito bem este lugar o
se deve responder ao gover-
reição desta matéria, que assim
ora este cuidado.
nador e ao ouvidor que se lhe entregue por
ao procurador da
Ao conselheiro parece o mesmo que
de 1754. Metelo. Pardi-
Fazenda. Lisboa, 27 de setembro
nho. Carvalho. Bacalhau. Costa.

O governador da ilha de Santa Cata-


rina dá conta da grande necessidade que
moradores nas
padecem aqueles novos
suas doenqas por falta de meios, pedindo
se lhe declare se os deve recolher no hos-
e incapazes,
pitai, e contribuir às viúvas
com o alqueire de farinha por mês, como
se praticava.
de Santa
Dom José de Melo Manoel, governador da ilha
ano, expõe
Catarina, em carta de 20 de abril deste presente
a Vossa Majestade, por este Conselho, em como por provisão
atei-
de 19 de maio de 1753 fora Vossa Majestade servido
colonos da-
dendo à suma pobreza dos moradores, e novos
hospital daquele presidio
quela ilha, ordenar se curasse no mas que
até ao terceiro ano da sua residência naquele país,
acham
como em toda aquela ilha e seu continente, em que se
somente
estabelecidos não havia médico algum que curasse e
um cirurgião que era o do mesmo presídio, com obrigação
eram
de assistir no dito hospital estavam aqueles povos, que
a
hoje quase infinitos em total desamparo quando chegavam
mas
enfermar, não só pela sua pobreza em que ainda viviam,
ainda quando fossem
por lhes faltarem os meios e remédios, deles
supridas, pelas grandes distâncias em que a maior parte
assistem de muitas léguas de caminhos intratáveis, passa-
em cujos
gens de mar, perigosas, e outras mais dificuldades a
termos quando chegavam a adoecer gravemente acorriam
— 253 —

a cuja instância
pedir os mandasse curar no dito hospital,
não tinha podido eximir-se sem embargo de terem-se para
alguns passado os três anos da graça de Vossa Majestade, pa-
em
recendo-lhe impiedade, e falta de caridade o repeli-los
semelhantes consternações, expondo-os a morrer e certamen-
te ao desamparo e que confiado na grande justiça e infinita
bondade de Vossa Majestade, esperava não só houvesse por
Majes-
bem quanto nesta parte havia obrado, mas que Vossa
e
tade ordene se praticasse daqui em diante a mesma graça
caridade naquelas pessoas em que a necessidade e pobreza
as referidas circunstâncias*
por tão urgente e concorrerem
visto também não haver naquela ilha outro hospital, nem
asilo aigum em que se recolham os doentes.
representar a Vossa
Que também se lhe fazia preciso
das ilhas sem
Majestade que nas condutas destes casais idos
de Vossa Ma-
temor nenhum de Deus, nem respeito às ordens
a quem foi competido aquela
jestade meteram os ministros e torpes, nao
expedição, excessivo número de pessoas inúteis
mas por idades,
só por aleijões outros achaques incuráveis
ficaram na-
sumamente avançadas e decrépitas, que todos
dita torpeza e total incapacidade
quela ilha, não podendo pela
e a outras povoações a que se
passar adiante ao Rio Grande, terem forças,
destinavam, estando sem uso nenhum por não
vigor para
nem préstimo para a cultura das terras, e menos
de que se lhes
a propagação delas, e necessitando sobretudo
a tome,
contribua ainda com o sustento por não perecerem
e o mais
depois de haverem custado a despesa da passagem,
a real
com que depois de chegarem lhes manda contribuir
grandeza de Vossa Majestade.
seguido o desamparo de
Que a esta desordem se tinha transpor-
ficarem muitas mulheres viúvas, vindas nos ditos
viagens,
tes, por lhes morrerem seus maridos nas próprias
e algumas com
e a outros logo depois de chegarem à terra,
com
encargo de quatro e cinco filhos, e todos pequenos que
tinham sido
ciliaram grande piedade, cujos casais também
e menos con-
mandados contra as ordens de Vossa Majestade, com
sideração pelos exporem evidentemente a semelhantes
Ferreira de
tingências. Que seu antecessor Manoel Escudeiro
_ 254 —

desamparo das ditas viúvas;


Souza movido da necessidade e
referido, mandara contribuir a
e pessoas torpes, que tem
com um alqueire de farinha
muitas delas pela Fazenda Real
não dera conta a Vossa Majestade e
por mês de cuja despesa
alguma porque \ossa Ma-
ciue se a deu não achara resolução
razão a mandar suspender, orde-
iestade a aprovasse por cuja atual a dita des-
nando se fizessem à sua custa dele governador
mais eram as viúvas pobres
pesa, porém que como muitas
torpes e decrépitas care-
e desamparadas e as pessoas que por
de nenhuma sorte
ciam da mesma caridade e não podiam
as podiam
viver senão de esmolas em uma terra que poucos
servido ordenar nestas
fazer- pedia a Vossa Majestade seja
com um alqueire de
circunstâncias deve mandar contribuir
e mais famílias que
farinha por mês a cada uma das viúvas
foram das ilhas, torpes e decrépitas.
da Fazenda
E dando-se desta conta vista ao procurador
vassalos, e o
respondeu que a pobreza daqueles miseráveis
bastante causa
interesse de sua conservação parecia davam
sua incomparave
a que Vossa Majestade usasse com eles da
se recebam no hospital
grandeza e piedade, mandando que tenham
os pobres que não tiverem outro recurso, ainda que
havendo ainda hospital pu-
passado os três anos, porque não da
blico, não era justo que perecessem estes miseráveis. Que
se devia
mesma forma e pelos mesmos motivos, entendia
abonar a despesa do alqueire de farinha por mês às pessoas
uma
inábeis na forma que o governador aponta, sendo esta
ex-
despesa moderada e que só podia ocorrer à necessidade
de
trema desta gente, e para se não encher uma colônia nova
em qualquer terra, e
pobres mendigos, que são pouco úteis
menos em um estabelecimento que agora tem o seu princípio.
O que visto.
Parece ao Conselho o mesmo que ao procurador da Fa-
zenda. Lisboa, 27 de setembro de 1754. Metelo. Pardinho.
Carvalho. Bacalhau. Costa.
de
À margem — Resolução. Como parece. Belém, 11
outubro de 1754. Com a rubrica de Sua Majestade.
255 —

O governador da ilha de Santa Cata-


rina faz presente a necessidade que há de
se edificarem ali quartéis para a infanta-
ria da guarnição dela e seus oficiais e que
para as fortalezas se nomeem condestá-
veis como está determinado,

O governador da ilha de Santa Catarina Dom José de


Melo Manoel, em carta de 4 de dezembro do ano passado,
expõe a Vossa Majestade, por êste Conselho, em como fora
Vossa Majestade servido mandar criar na ilha da Madeira
seis companhias de infantaria de 60 homens eada uma, para
daquela de Santa Catarina servirem de defesa, e das duas
fortalezas; e que para elas se fizeram oficiais que uns esta-
vam naquele presídio e outros se achavam ainda no Rio de
Janeiro e porque todos os dias esperava lhe chegasse esta
as ditas fortalezas, mas
gente, de que se haviam de formar
no presídio daquela praça, aonde não havia até agora quar-
tel algum para soldados, nem para oficiais, porque os que
ali se achavam destacados do Rio de Janeiro por esta falta es-
tavam pagando casas à sua custa e que per isso se lhe fazia
a necessidade que
preciso representar a Vossa Majestade
havia de se fazerem naquela vila quartéis competentes em
e quarenta soldados e
que se aquartelem ao menos duzentos
os seus oficiais e que a respeito dos que até agora os paga-
ram à sua custa deviam ser indenizados desta despesa. Que
também fora Vossa Majestade servido por resolução de 27 de
novembro de 1750 ordenar que houvesse em cada fortaleza
daquela mesma ilha um condestavel que servisse igualmente
de almoxarife para dar conta não só dos petrechos de cada
uma delas, mas também dos mantimentos que se distribuíssem
às suas guarnições na forma das mesmas fortalezas, porém
feito semelhantes
que eomo até ao presente se não tenham
oficiais, na sua falta se tinha encarregado o uso das ditas
ocupações a um sargento o qual recebia na fortaleza um que
era nomeado os efeitos dela, repartindo também os nianti-
mentos às ditas guarnições de que dará conta ao almoxarife
da Fazenda, respondendo pelas suas faltas, a cuja obrigação
se não queriam sujeitar sem emolumentos e que nem êle go-
— 256 —

sem violência constrangê-los a isso, o que lhe


.ernador podia
na presença de Vossa Majes-
parecera a êle igualmente pôr
neste particular o que tosse do
Zií para também resolver
S6U
vista ao procurador da Fazenda
Tdaídot desta conta
indispensàvelmente necessária a obra dos
disseie parecia
fazerem como convinba e com a
auartéis mas que para se
se podia ordenar ao mestre
Zmom»2 possível lhe parecia
de Andrada, que quando vier
de c mpo general Gomes Freire
àquela ilha eom o coronel José
da demarcação havendo de ir
Pinto determine pelo seu risco esta obra e a mande
Fernandes
aplicando-lhe a consignação que
pôcmnces, e arrematar,
Que
v, também se devia nomear com eleito os
«ímnyarifes
parece"
parecer justa.
jubut. i sua íalta se
eme na
cs ce que
condestáveis que sirvam de almoxan
serve de almoxanie o mesmo
devia dar ao sargento que
emnrêíío
PE que é devido ao almoxarife.
Conselho ao sargento-
ordenando-se por portaria deste
informasse eom seu pare-
mor de batalha José da Silva Paes o mesmo
"ue sobre esta conta, satisfez dizendo-lhe parecia também ao
cer
ordenasse
ao procurador da Fazenda e que se de
Gomes Freire de Andrada pusesse edita uo Rio
general os que quisessem s r
Janeiro e ilha de Santa Catarina, para
das quatro fortalezas
opositores dos postos de condestáveis
os mais bem-,
daquele porto para haverem de ser providos e petie-
méritos e terem melhor arrecadação os mantimentos na re-
apontara
chos de cada uma das ditas fortalezas como
presentação que fizera.
O que visto. ,üe
Parece ao Conselho o mesmo que ao sargento-moi
batalha José da Silva Paes.
Ao conselheiro Fernando José Marques Bacalhau parece
o mesmo que ao procurador da Fazenda.
o mesm
Ao conselheiro Rafael Pires Pardinho parece
Vossa Majestade seja ser-
que ao Conselho e acrescenta que Gomes Frei
vido encarregar ao governador e capitão general
eleja o sitio
de Andrada que indo à ilha de Santa Catarina
a intan-
mais conveniente para se fazerem os quartéis em que e na
taria esteja mais pronta para socorrer as fortalezas,
— 257

seja na vila de Nossa Senhora do Desterro de que ficam dis-


tantes as tais fortalezas mais de seis léguas. Lisboa, 9 de
setembro de 1754. Pardinho. Carvalho. Bacalhau. BangeL
Costa.

O governador da ilha de Santa Cata-


rina dá conta de haver mandado erigir
uma igreja no sitio da praia comprida, por
não poderem acudir às outras freguesias
a ouvir missa, e exercitar as mais obriga-
ções católicas os povos daquele circuito,
deve
pedindo ainda se lhe determine se
continuar o ordenado dos sacristães de ai-
resolução
gumas freguesias de que não há
de Vossa Majestade para se lhes dar; e
outras matérias
juntamente dá conta de
e sobre a
pertencentes àquele governo,
mesma ilha e vai
produção dos frutos da
o mapa e mais papéis que se acusam.

de Saftta
Dom José ele Melo Manoel, governador da ilha
Catarina, em carta de 30 de novembro do ano próximo pas-
havendo
sado, expõe a Vossa Majestaele por êste Conselho, que
conta a Vossa
tomado posse daquele governo, como já dera
os parti-
Majestade procurando logo informar-se de todos
o seu exame,
ciliares dele no breve tempo que tivera para
de Souza,
achara ter seu antecessor Manoel Escudeiro Ferreira
vinda dos casais
estabelecido somente naquela ilha depois da
no sitio ela lagoa
a freguesia de Nossa Senhora da Conceição,
acha a igreja
três léguas distantes daquela vila em que se
acudir a ouvir
matriz, a cujas duas freguesias não podiam
a multiplici-
missa e exercitar as mais obrigações católicas,
o seu circuito,
dade de povos que se acham situados em todo
léguas e outras
não só por terem ele atravessar cinco e seis
os caminhos intratáveis,
partes mais remotas, mas por serem
conhecida a
e maior o perigo pela passagem do rio, e mais
nele tem su-
sua dificuldade pelas lamentáveis desgraças que
o que o
cedido e cada dia experimentam aqueles miseráveis,
17
— 258 —

tão grande necessidade, erigindo


obriaara logo a ocorrer a esta de
em observância das reais ordens
^eu requerimento, e
no sítio da praia comprida mas
Vossa Majestade outra igreja
três léguas distante da dita matriz, em cuja fartura atual-
de
mrnte se trabalhava. , a
compreende
terra firme em que
Que no contiuente da
mais de setenta e sete léguas,
inrisdicão daquele governo
Francisco até à passagem de Ta-
»„,ada desde o rio de São mais o duo seu ante-
™mand da parte do sul, estabelecera
freguesias de São Miguel, São José, Nossa Senhora
c Ir as
e Santa Ana, em cujas vizinhanças ja havia ha
do Rosário
Antônio dos Anjos fim-
li tos anos a fregnesia de Santo
todas estas freguesias párocos
Zana vila da La^na, tendo
Majestade, além de um sacns-
ttrmaTas ordenf de Vossa
a quem o dito seu antecessor
tâo qúTha em cada uma delas ano, para o que
determinara 19$200 réis de ordenado por
Majestade sem embarge, de
nãoTchara resolução de Vossa
a Vossa Majestade lhe deter-
serem precisos, e por isso pede
o dito ordenado.
mine se deve ou não continuar-lhes
mandara tirar de todos os povos
Que pelo mapa geral que
a Vossa Majestade o nu-
da iliL, e seu continente, constaria
distritos ja estabe
mero de casais que há em ambos aqueles
como dos que,aovamentc
lecidos, assim de moradores antigos,
acham alistados 18 com
eram das ilhas dos Açores, de que se
com mil e trezentos paisanos, todos
panliias da ordenança lugares a que hao
armados de espingardas, e destinados aos
de acudir em casos de necessidade.
da dita ilha chamada de
Que na fortaleza de Santa Cruz
da barra se acham
Ano Tomarim que é a do registo e principal
calibres das quais
cavalgadas 57 peças de artilharia de vários se traba-
são 24 de bronze, e 33 de ferro, na qual atualmente seu ante-
sul, que
lha em um baluarte no extremo da parte do
mandara acres-
cessor com o parecer do general da província
centar ao corpo da dita praça. nn^\Tn
de São João da Ponta Grossa fronteira
Que na fortaleza
de artilharia; na
da dita do registro estão cavargadas 29 peças
está no meio, do
de Santo Antônio da ilha dos Ratones, que
e na de inoss*
canal duas léguas mais distante, daquela 15;
— 259

Senhora da Conceição que defende a barra do sul e sita na-


quele extremo 3. Que para a guarnição destas quatro forta-
lezas e de vários guardas que se põem desde a passagem da
Laguna à de Taramandi, além do corpo de infantaria que é
necessário assistir na vila de Nossa Senhora do Desterro, em
cujo presídio é a residência dos governadores, se não acham
até ao presente naquela ilha mais que cento e trinta e oito
soldados dos destacados da praça do Rio de Janeiro, e alguns
oficiais pertencentes ao mesmo corpo; e que outros que foram
criados para as seis companhias que foi Vossa Majestade ser-
vido mandar levantar para defesa da mesma ilha não tinham
-chegado até agora com grande detrimento do serviço de Vossa
Majestade.
Que da conta geral que mandara tirar daquela provedo-
ria e remetia inclusa constara importar o soldo anual das
ditas tropas congruas de eclesiásticos, ordenados, assistências
de casais, e mais despesas diárias daquela colônia a quantia
de vinte e quatro conto novecentos e oito mil setecentos no-
venta e cinco réis, às quais acrescem outros extraordinários
da dita fregue-
que atualmente se estão fazendo na criação
sia, e obra da referida fortaleza.
até ao presente, nem
Que na dita ilha não há mais fundo
mais rendas que as da Câmara, as quais ainda agora se redu-
zem a tênue porção de quatrocentos mil e tantos réis, que já
tem suas aplicações e as rendas dos dízimos, e armação
do
das baleias que se arrematam, e cobram pela provedoria
des-
Rio de Janeiro, por eles são assistidas todas as referidas
se experimentam faltas
pesas da ilha em que ordinariamente
como agora sucedia, pois se está a dever aos filhos da folha
nao
daquele referido presídio quase um ano, cuja necessidade
terra o que so pode-
podia ali ser possível, pela indigência da consig-
ria remediar-se havendo para a mesma despesa uma
nação efetiva.
continente em que
Que a terra, tanto naquela ilha como e espe-
é firme produz todos os frutos com muita suficiência,
cialmente canas de açúcar, arroz e mandioca. Que do pri-
anual-
meiro gênero já há vários engenhos de aguardente que
mente se tiram bastantes pipas dela. A mandioca correspon-
— 260 —

não só sustentava os seus mora-


dia com tal ferülidade que
daqueles presídios, mas care-
doreTTse proviam os armazéns
rrque^eextraje-«^X^

Grande para sustento daquelas tropas venham as


JTl Rio aondem,£
àquek
mbarcaçóes que o levam recebê-lo no do^c, Rio de Janeiro,
rinha de pau é muito mais barata que
aqueles povos que muito a
Mando por êste modo a viver
não animam a fazer maiores
desejam e de outra sorte se
da dita mandioca, receando ficar-lhes inútil esse
Sabões
onde extrair as ditas farinhas.
Smo^abatho não tendo por
maior conveniência e utilidade que
Que as produções de
algodão, os quais se dao nele
tem o dito pais são o linho e o
e a cuja cultura se vão aplicando seus mo-
admiràvelmente,
tecendo já bastantes panos em um e outro gênero em
radores,
mais, e êle governador cui-
,ue cada dia se vão aperfeiçoando fabricas, ne, espe-
dando muito em fomentar estas pequenas
possam sei de
rança que aumentando-se o seu progresso
não só tendo panos para
Sande benefício àqueles povos,
estranhos, melhorando
tutràs partes sem necessidade dos
vivem. _
neste tráfico a suma pobreza em que
se nao logra
Oue o trigo tem mostrado a experiência
criar, quando chega a
depois de bem criado e grado (.sic) por
se tem abando
estes termos muita ferrugem, razão porque
a do talho, canhamo
nado esta sementeira e da mesma sorte
de nascidos os conso-
e a dos pinheiros, porque logo depois
mem as formigas.
tinha averiguado por intor-
Que em quanto às madeiras
navios que ali se
mação de alguns oficiais de construção de
de prestimo e quaU-
acham haverem algumas competentes
remetia e a
dade para a mesma construção, cujos nomes
secretaria de Estado para que
que também dera parte pela dela para a ri
sendo Vossa Majestade servido aproveitar-se visto
beira das naus, se lhe fazer aviso para ali as por prontas,
receber.
ter g porto capacidade para nele se irem
por provisão de 20 de janeiro de 1748 fora Vossa
Que de batalha José
Majestade servido ordenar ao general
— 261 —

Silva Paes, sôbre a representação que lhe havia feito acerca


da necessidade precisa que já então se encontrara de se fazer
naquela vila de Nossa Senhora do Desterro igreja matriz de
maior grandeza e capacidade, que visto se terem tomado
novas providências sôbre as povoações que se estabelecem
em
yiaquela ilha e seu continente informasse com seu parecer
formar-se vila, que se pu-
que lugar seria mais conveniente
desse aumentar com o comércio e porto de mar, para desem-
for-
foarcadouro das fazendas e aonde seria mais conveniente
mar-se a dita igreja matriz; mas como não achara até agora
se lhe
resolução alguma sôbre esta matéria nas ordens que
o
entregaram, e ali se achavam vários materiais juntos para
emba-
dito edifício e neste Reino se tinham encomendado os
aquele
zamentos, os quais lhe dissera seu antecessor esperava
o risco,
ano para principiar a dita igreja, da qual lhe deixara
assim por não caberem im que
que de muito se necessitava,
sua indecência
existia metade dos seus fregueses como pela
na real pre-
e sobretudo estar-se arruinando de tudo, punha
como atendi-
sença de Vossa Majestade matéria tão piedosa,
honra
vel, assim para bem e devoção dos católicos, como para
e glória de Deus.
de que
Com a dita carta enviou o mapa e mais papeis
de Vossa
faz menção, os quais sobem com esta à real presença
Majestade. _
vista ao da Fazenda respondeu
E dando-se procurador
cuidado com que dese-
que se devia louvar o governador pelo
interesses dela; e que também
jara adiantar esta colônia, e os declarando-
se lhe devia aprovar a ereção das novas igrejas
a numero
se-lhe que quando se aumente e extenda a povoaçao
a pode-
de habitantes de sorte que se necessite de mais alguma
rá mandar fazer dando conta pela Mesa da Consciência para
faculdade.
se lhe aprovar, e usando prudentemente desta
sacristães parece pode
Que suposta a necessidade dos
os dezenove mil
Vossa Majestade haver por bem se lhes dêm
dar Manuel Es-
réis, a eada um, que lhe tinha mandado
^'Que
dos soldados
Vossa Majestade atenderá já à falta deve
não só determinando o número de companhias que
— 262 —

mas ordenando agora


servir a guarnição daquela conquista,
Madeira os soldados necessários para as
que vão da ilha da
completar. , . .,
haja provedoria lhe parecia
Que como naquele governo
dos dízimos e direi-
oue nela se podia receber a importância
andam em arrematação
tos que tocam ao seu distrito, e já
das baleias, para com
separada e da mesma forma a da pesca
a folha eclesiástica e
êste dinheiro se pagar prontamente
de Janeiro e sem que se
secular, sem dependência do Rio
se dever destinar para
confundam estas rendas que primeiro
o referido efeito. .
ao governador o especial cm-
Que se deve recomendar das fábricas, e
dado na continuação da lavoura e aumento
se pode man-
da cultura e que em benefício da de mandioca
de Janeiro a reco-
dar fazer ao governador general do Rio
e lhe parecia
mendaçâo que êste governador aponta aponta,
de trigo, e linho-
se não devia por ora aplicar a sementeira
sua produ-
cânhamo, visto o embaraço que se reconhece na
entretê-los com tra-
ção e não persistir a pobreza destes povos
balho que lhe não seja útil.
Vossa Majestade
Que lhe parece será conveniente que a lista
mande examinar se as madeiras de que se remete
assim seja se pode
poderão servir na Ribeira, porque quando o que
ordenar ao governador remeta as amostras e declare
sorte que se possa con-
pode vir cada ano sem prejuízo, e de
servar e segurar a continuação deste gênero.
igreja da vila
Que no que ultimamente respeita à nova ma-
de Nossa Senhora do Desterro está já determinada esta
teria e que o governador terá recebido a resposta.
Por portaria de 28 de setembro do presente ano se orde-
nou ao sargento-mor de batalha José da Silva Paes, infor-
masse com o seu parecer sôbre o conteúdo nesta carta, a que
satisfez com o que consta do papel que com esta se remete
também incluso.
O que tudo visto.
cui-
Parece ao Conselho que ao governador se louve o
ilha
dado que mostra ter na cultura dos gêneros que naquela
Majes-
se produzem e que se lhe participe a ordem que Vossa
— 263 —

a quem se en-
tade passar ao governador do Rio de Janeiro,
faça embarcar
carregue que na primeira ocasião que houver
Santa Catarina os oficiais e soldados que no
para a ilha de à guarnição da dita
Rio de Janeiro estiverem e pertencerem
Majestade que o trans-
ilha e faz o Conselho presente a Vossa
devem ir da ilha da Madeira se acha
porte dos soldados que
Vossa Majestade foi
contratado com o assentista na forma que
«ervido ordenar.
fazem seja Vossa
Para as despesas que na mesma ilha se
rendimento dos dízimos e
Majestade servido ordenar que o
ao distrito do governo
da pesca das baleias que pertencem
desta, e já para este tim
daquela ilha se receba na provedoria
com esta separa-
se fizeram arrematações destes contratos
criado de novo na
cão- e como há provedor da Fazenda
cessando o do eomissarm
mesma ilha, e eom êste ofício fica
ao governador, visto que
de mostras, o que se deve participar
vem anula incluído o
na relação que êle remete das despesas
eomo lambem o de um
do pagamento do dito comissário,
a incumbência do expe-
oficfal escrevente da vedoria com
fica cessando porque
dtente dos casais, porque êste também
esta °fg^ e par*»
o escrivão da provedoria deve fazer
dos dizimo e^ das
ainda assim não bastam as consignações
suprirem as despesas daquela ilha, pode Vossa
baleias, para
Freire de Andrada
Maiestade ser servido mandar a Gomes
eto?otmeercom
u o seu parecer sobre a -;«,—«
apontando de que parte£
de Santa Catarina nesta matéria Fre*e
suprir estas despesas e que ao mesmo Gomes
poderão
a farinha que houver de n para o mo
se recomende que
ilha de Santa Catarina na forma que aponto
ranUt l
E sobre o qu ogo
José da Silva Paes na sua informação. e sacristo
côngrua
vernador diz a respeito das igrejas, ee
Mesa da Consciência na
dela, como é matéria que toea à
Vossa Majestade ser servido se:vej e se co
que nela pode a resoluçao.que te «^
suite para Vossa Majestade tomar
conveniente, sendo para se ponderar ^"^fsequej «
remete das despesas se teta^
governador se acnan £
côngruas a sete vigários, dois dos quais
exercício.
— 264 —

refere
E pelo que toca às madeiras que o dito governador
Vossa Majestade mande
se produzem na dita ilha, parece que
delas para ver se são
remeter esta lista aonde toca o exame
responder ao
úteis para a construção das naus, e se poder
o que se tiver por mais conveniente
governador nesta matéria, de 1754. Metelo,
ao seu real serviço. Lisboa, 22 de novembro
Costa.
Pardinho. Corte Real. Andrade. Bacalhau. Rangel.
À margem — Resolução. Como parece. Lisboa, 30 de
dezembro de 1754. Com a rubrica de Sua Majestade.

O provedor da Fazenda Real do Rio


de Janeiro dá conta da falta que há de
materiais nos armazéns daquela provedo-
ria, e pede se lhe remetam e vão as rela-
ções que se acusam.
O provedor da Fazenda Real do Rio de Janeiro, em carta
de 7 de outubro do ano passado põe por este Conselho na real
dos materiais
presença de Vossa Majestade a relação junta
que são precisos para os armazéns daquela provedoria que
diz se acham na maior falta, que por esta causa para se acudir
à expedição que Vossa Majestade cometera ao governador e
capitão general Gomes Freire se compraram por preços muito
excessivos pólvora fina e chumbo, assim em pau como em
rolo; e que no armazém da pólvora não ficaram mais que tre-
zentos e cinqüenta barris que sempre se iam gastando, e era
se su-
preciso fosse bastante porque todos os presídios do sul
priram dele.
E mandando-se ouvir sobre esta conta o procurador da
Fazenda disse que esta se devia fazer presente a Vossa Ma-
jestade para as mandar os materiais que se pedem.
E ordenando-se ao tesoureiro deste Conselho respondesse
dos
juntando a relação das duas últimas remessas que faz
materiais que pede este provedor, satisfez com a carta e rela-
ção que sobem às reais mãos de Vossa Majestade.
O que visto.
Pareceu ao Conselho que Vossa Majestade seja servido
mandar remeter para a provedoria do Rio de Janeiro os
— 265

«rtêneros que o provedor pede nas quantias que constar da


relação inclusa, assinada pelo secretário dêste Conselho feita
com atenção ao que foi na última frota, e na nau que tinha
ido de licença, como consta da informação do tesoureiro, que
com esta sobe à real presença de Vossa Majestade e que ao
ordenando-
provedor se responda com a relação da que for,
se-lhe que quando pedir gênero para a provedoria dêm cada
um deles que lhe forem necessários.
Lisboa, 5 de maio de 1755. Metelo. Corte Real. Andra-
dc. Carvalho. Bacalhau. Rangel. Costa.
Resolução. O Conselho mande pôr pronto o conteúdo na
relação assinada pelo secretário dele e a mande para o Rio
de Janeiro na primeira nau de guerra.
Lisboa, 13 de maio de 1755. Com a rubrica de Sua
Majestade.

0 ouvidor geral do Rio de Janeiro dá


conta a respeito de se haver determinado
na Relação daquela cidade em uma causa
e corria
que para ela fora por apelação
das
perante êle como juiz conservador
madeiras da mesma cidade, não ter alçada
alguma aquele lugar, e representando as
razões que lhe obstam para observar esta
determinação para Sua Majestade determi-
nar qual seja a sua alçada e vão as certi-
does que se acusam.

Manoel
O ouvidor geral da comarca do Rio de Janeiro
de 1754 da
Monteiro de Vasconcelos, em carta de 9 de janeiro
refere
conta a Vossa Majestade, por êste Conselho, em que
dos privilégios da real
que naquele Juízo da Conservadoria con-
Casa da Moeda daquela cidade perante êle como juiz
contra Ma-
servador procuradora Maria Ferreira, uma causa
este com-
nuel de Moura Brito, com a intenção de que fosse
terra de que indevida-
pelido a abrir mão de uma porção de defi-
mente estava de posse, e proferindo a favor da sentença
cons-
nitiva apelara o réu à Relação, e preparada a causa por
— 266 —

de cem
i aviação ser o valor dela menos da quantia
h oTeccbera a apelação pelo fundamento de
^,Prt
da causa na sua alçada, visto como peto capi-
™L?valor
ouvidoria que constava da cer-
íuto 5° do regimento daquela daquela capitania
L mnta fora irrogada aos ouvidores
eiveis a alçada até a quantia de cem mi. réis sem
^causas
apelação nem agravo. >
réu do despacho que suprnmra
Porém que agravando o
obtivera provimento e no acórdão se de-
Soà
"arara
sua Relação
conservador das mudei-
não ter alçada alguma o juiz
ter determinado por le, ou
r^or Vossa Majestade o não lhe competisse
iment xpresso, o que quando alguma
tanto importa a pena em contos
serTa de vinte cruzados que
limitada pela ordenação. _
do Senado parece nao se adaptai
Que esta determinação
a qual como ao cargo de
com as regras de direito conforme
fora anexada a jurisdição de conservador dos pri-
ouvidor
compete a mesma
vüegiados da Casa da Moeda, parece-lhe
criação do dito Juízo.da Con-
nas causas daqueles, porque na
de quem ocupasse o togar
servatoria que se anexara ao cargo
Majestade distintamente a
de ouvidor não declarara Vossa
logo parece que
alçada que devia ter como juiz conservador,
a mesma alçadacom
com a jurisdição se anexara também
d,ta cr.açao ^observara
a do mesmo modo; porque desde a
causas dos ditos P"vdegiados
"ser de cem mil réis nas
a alçada
esta dos ouvidores, como constava da certidão unta
por se devia guardar na
estilo este que conforme o direito parece
total falta da lei, e que declarasse a alçada.
nem também parece se pode adaptar que o juiz con-
Que como o declarara
servador como tal não tem alçada alguma
e conferida certa
o dito acórdão, porque a todo o julgador
encontros, porqu
alçada e menos se pode regular estas pelos
so diz respeito ao
os vinte cruzados é imposição penal que
se nao deve reg
transgressor da lei, segundo a qual parece
da ouvidoria sem
lar a dita alçada, mas sim pelo regimento
pre praticado no Juízo da Conservadoria.
naqueles autos anie
Que todo o sobredito se ponderara
— 267 —

de se representarem no dito Senado, e sem embargo disso se


determinara na forma relatada.
À vista do que como presentemente estava conhecendo
nas causas dos ditos privilegiados sem alçada alguma, punha
na presença de Vossa Majestade aquela determinação do Se-
nado e as razões que lhe obstaram para sua observância para
Vossa Majestade determinar qual seja a alçada do juiz con-
servador das madeiras.
Com a dita carta remeteu as certidões que sobem inclu-
sas à real presença de Vossa Majestade.
E dando-se vista ao procurador da Fazenda respondeu
esta conserdoria unida à ouvidoria
que lhe parece que sendo natureza
e havendo costume de se observar nas causas desta
a Rela-
a mesma alçada que nas que o ouvidor julgar podia
estilo, mas que para evitar dúvidas
ção acomodar-se com este ao con-
será melhor que Vossa Majestade se sirva conceder
com o ouvidor.
servador como tal a mesma sua alçada que tem
disse que
Sendo também ouvido o procurador da Coroa
a alçada
lhe parece o mesmo suposto que lhe pareça grande
si só.
de cem mil réis a um ministro que despacha por
seja servido
Ao Conselho parece que Vossa Majestade
Casa da Moeda
examinar que o conservador das madeiras da
têm os ouvido-
do Rio de Janeiro tenha a mesma alçada que
mil reis nos
res da comarca daquela cidade que são dezesseis
seis mil reis nas
bens de raiz, vinte mil réis nos bens móveis, e
declarado no seu regimento.
penas pecuniárias e como está Corte Real. An-
Lisboa, 7 de maio de 1755. Metelo. Costa.
drade. Bacalhau. Carvalho. Rangei.
maio de 1755.
Resolução. Como parece. Lisboa, 23 de
Com a rubrica de Sua Majestade.

do Rio
O provedor da Fazenda Real lhe
de Janeiro responde a ordem que da
deu a respeito
foi sobre a conta que se daquela et-
falta que na Casa dos Contos ouro vindo
dade se achara na entregado
— 268 —

a
das Intendências das Minas, pertencente
Sua Majestade e vai a consulta.

Majestade tomada na con-


Pela real resolução de Vossa
melnsa em 30 de maio de 1753 sobre a conta que deu o
salta Janeiro a respeito da
nr Fazenda Real do Rio de na
na Z
v, dos Contos daquela cidade se achava
intendências
falta uneque das Minas pertence
''"'vZ^aTe
ad fo enádo Vossa Majestade determinar
Casa dos
Fundicões Contos do Rio de Janeiro se igua-
llTpets'd
que os pesos por constar experiência
desta
com os da Casa da Moeda
li: ** —
^^'nassando-se real resolução
na conformidade da dila
Fazenda * Wo ¦*-¦^
ordem SÍ" P-edor da
sobredito ano de 175a, ctizena
em carta de 8 de dezembro do
continha esta real ordem de Vossa Majestade
;* com ela nao ficara
não pusera em efetiva execução porque
se experimentara nos pesos em razão
cessando diferença qne
se « "os Contos daquela cidade conferem com os da
de oue
fundições das Mmas cons-
cLa d Moeda dela, os das sete
no mesmo aju a
tava por experiência certa não estarem
das gerais se actoa faUa
m nio" porquanto no ouro que vem
no de, Sao^Paula Que
e acréscimo no de Goiás, como também
este motivo lhe parecera representar a Vossa Ma es ade
por de Vossa Majes a*
esta dúvida expondo na real presença
comum certeza todos os
seria conveniente mandar por uma Vossa
servem onde se faz recebimento da Real Fazenda de
que fazer a expie^
Majestade, pois de outra sorte se não poderá
da ^.tmehca e apro
são precisa sem uma redução por via
ir «elta*
vando Vossa Majestade este meio deviam
ate uma arroba bem
caixas que contivessem os ditos pesos
regulados, pois lá se não achavam feitos.
mais papeis se ae
Mandando-se juntar a dita carta aos
disse que «*">*"£
vista ao procurador da Fazenda, o qual
da Fazenda ] a esta
dade universal de pesos em todos as casas
falta só mandar-se poi
determinada na resolução inclusa, que
da Fazenda que nas
em execução, visto se dizer pelo provedor
— 269 —

fundições não há os pesos perfeitamente iguais e também lhe


eles se regularem
parece se devem mandar padrões para por
todos os ditos pesos na forma que se pede nesta conta.
Ao Conselho parece que o procurador da Fazenda justa-
mente faz esta representação visto se não acharem unifor-
mes os pesos das casas da fundição, sendo os das Minas Gerais
diminutos e os de Goiás e São Paulo com acréscimo o cpie
desta corte uma caixa de
parece se deve evitar, mandando-se
Moeda para se ajustarem
pesos ajustados pela dita Casa da
e provedorias do Bra-
por eles todos os da Casa da Fundição,
sil, evitando-se desta forma os prejuízos e desigualdades que
do contrário se seguem.
Lisboa, 16 de maio de 1755. Metelo. Corte Real. An-
drade. Bacalhau. Costa.
ao
Resolução. Como parece assim o mando ordenar
Conselho da Fazenda.
de Sua
Lisboa, 17 de junho de 1755. Com a rubrica
Maiestade.

O governador e capitão general do Rio


do
de Janeiro, dá conta da incapacidade
José
tenente da guarnição daquela praça
ne-
Roiz pelos seus anos e achaques e que
cessita de reformaçao.
e capitão da capi-
Gomes Freire de Andrada, governador
8 de março do presente
tania do Rio de Janeiro, em carta de
êste Conselho, em como
ano expõe a Vossa Majestade, por
Coelho de Souza, da
no regimento de que foi coronel Ma.ias
Manoel de Souza Mo-
companhia que foi capitão Francisco
muito velho eja
reira, «a tenente José Rodrigues homem
distinção que o faça reco-
inútil sem que no seu serviço haja
sna^mcapa-
mendável e que como o não obrigavam ja pela
destacamento de Para..,.
cidade ao serviço, recebia o soldo no
mas sem capacidade ou serviço.
ser reformado pelos seus
Que êste oficial necessitava
reformaçao sem o
achaques e anos, mas que repngna pedir
tolerar aquele, of.c.a.s
soldo por inteiro, o que sé se podia
— 270 —

distinção de seus serviços ou por algumas feridas ou


«ue pela
Vossa Majestade famm-se dignos
Toes havidas uo serviço de
em tudo mandana Vossa Majes-
dTsta especial mercê c que
tade o que fosse servido.
a informação do governa-
Ao Conselho parece que vista
seja Vossa Majestade servido
dor Gomes Freire de Andrada
soldo
reformar este oficial com meio
Metelo. Pardinho. Ba-
Lisboa, 3 de setembro de 1755.
CalhRUesoíu°S'. setembro de
Como parece. Lisboa, 23 de
1755. Com a rubrica de Sua Majestade.

da
O governador c capitão general
da
capitania do Rio de Janeiro dá conta
con-
incapacidade cm que se acham para
do
tinuar o real serviço os dois capitães
Colo-
reqimento da província da praça da Xa-
nia Manoel Pinto Santiago e Francisco
vier da Silva pelos seus anos e achaques.
e capitão general
Gomes Freire de Andrada, governador
carta de 16 de abril do
da capitania do Rio de Janeiro, em
Majestade por este
ano próximo passado dá conta a Vossa
da praça da Colon a
Conselho que arregimentando o terço
e anos sem
vira neles dois capitães pelos seus achaques,
o serviço Manuel
esperança alguma de poderem continuar
anos e 11 e
Pinto Santiago, que serve a mais de cinqüenta
leve trabalho e esta
confessara já não poder aturar nem um
de famiha e serviu
muito pobre; porque é muito carregado
com louvor e bom procedimento.
moderno ma*
Francisco Xavier da Silva que é capitão
ele gover-
tão cheio de achaques que em quatorze meses que
só guarda, e me
nador estava naquela praça não fizera uma
saúde por serem
seguravam estar sem esperança de recobrar
incuráveis as suas queixas.
capitão de mais e lanava
Que neste regimento havia um capitães neces-
companhia para o tenente coronel, e estes dois
reformados.
sitavam por serviço de Vossa Majestade serem
— 271 —

Francisco José da Silva que é o mais moderno do regi-


mento lhe parecia devia socorrer com meio soldo e Manoel
Pinto Santiago atendendo ao seu muito serviço, à sua muita
pobreza e grossa família, que há de ir povoar os povos cedi-
dos lhe parecia se fazia digno de Vossa Majestade lhe conce-
der reforma com o soldo inteiro os poucos anos que natural-
mente pode viver.
Ao Conselho parece o mesmo que ao governador.
Lisboa, 8 de outubro de 1755. Metelo. Pardinho. An-
drade. Carvalho. Bacalhau. Costa.

Sobre o solimão e materiais que pede


o intendente geral do Rio de Janeiro para
as fundições do ouro.

O intendente geral do ouro do Rio de Janeiro João Alves


de ja-
Simões deu conta, por este Conselho, em carta de 31
neiro do ano próximo passado, de que naquela intendência
Nossa Se-
entregou o capitão do navio de licença do tabaco
desti-
nhora das Neves, Santo Antônio e Almas os materiais
referia a
nados para o lavor das fundições das minas que
ano antecedente, menos duas
provisão de 21 de outubro do de que, se
arrobas seis libras, e três quartas, que por engano
faltaram o que
fêz nesta corte, ou por diferença do padrão lá
em que ia
se verificou nos exames que se fêz nos caixões
lhe ter batido
fechado, porque nem avaria nem sinal de se
carga ao tesou-
se descobriu, e com este abatimento se fêz
ainda
reiro e como o dito solimão é de fábrica inglesa que
de fábrica por-
com efusão de dobro não obra tanto como o
dele, e recorre
tuguêsa justamente receia a irremediável falta
embarcação que
a Vossa Majestade para que na primeira
se lhe faça remeter outras
passar a qualquer porto do Brasil dez bateloes de
cento e vinte arrobas de solimão, e também
e três quintais; de
água forte, setenta marcos de prata fina
advertência ao porto
chumbo para o ensaio das armas com
maior brevidade se
donde de tudo for remetido que com
transporte àquela cidade.
— 272 —

ao procurador da Fazenda e
Desta conta se deu vista
a Vossa Majestade para
respond u se devia fazer presente
a que toca mande dar a providencia nccessa-
«1 parte
solimão, obr,gando-se o assentista
S sobre a qualidade do necessária de
Ze mande da melhor fábrica e na quanhdade
"orte e que logo se remeta algum para
"dar que não haja falta
que dela pode
a falta que se recebia e o grande prejuízo
""To
ao procurador da Fa-
Conselho parece o mesmo que
sobre a matéria da falta
zenda- declara o mesmo Conselho que Ma-
e experimentou nos caixotes do solimão, tem Vossa
que
ordenado o que se lhe deve escrever a êste intendente
Stade
de 1755 posta en, consulte
rni resolução de 2 de dezembro
de 175b.
dêste Conselho. Lisboa, 8 de janeiro
toca assim o mando
Resolução. Como parece e pelo que
Belém, 27 de janeiro de 1756. Com a rubrica de
ordenar.
Sua Majestaele.

Sobre a conta que dá o juiz da Alfân-


dega do Rio de Janeiro representando
o capi-
sobre o requerimento que lhe fêz
tão da nau Nossa Senhora da Conceição
arribada
Luzitânia, vinda de Macau e e
àquele porto para lhe permitir descarga
liber-
despacho de alguns solimões da sua
e suas
dade e das tomadias que se fizeram
nau,
arrematações pertencentes à mesma
e vai o documento que se acusa.

da Alfândega do
Antônio Martins Rrito, juiz ouvidor -
em carta de 28 de maio do ano próximo pa
Rio de Janeiro
Conselho, que arr
sado, dá conta a Vossa Majestade, por êste
do mesmo ano anau
bando àquele porto em 23 de fevereiro
vinda de Macau*,
Nossa Senhora da Conceição Luzitânia
Ferreira lhe requerer a iram
que era capitão José Rodrigues
lhe concedera em razão de ser o destino da sua des-
quia que mesmo capitão o re-
carga neste porto, porém fazendo-lhe o
— 273 — !

inclusa para lhe permitir descarga de


querimento da cópia
alguns solimões pertencentes à sua liberdade procedera às
ha-
diligências cpie do referido documento constavam e não
vendo ordem de Vossa Majestade que proibisse despacho
de semelhantes fazendas, mas antes uma expressa condição
se lhe
no contrato atual da dízima de lhe pertencer o que
da Real
devesse sobre o que não tivera dúvida o procurador
e despa-
Fazenda lhe deferira ultimamente ao desembarque
tocassem
cho, dando primeiro fiança segura aos direitos cpie
aque-
à Casa da índia fazendo observar nesta descarga todas
as ordens
Ias cautelas e vigias necessárias, conforme dispõem
de Vossa Majestade respeito a não haver extravio algum para
a bordo guarda
o que logo que dera fundo a nau se puseram
rondas de que resultará fazerem-se
pelo mar de dia e de noite cujo líquido
as tomadias que constavam do documento junto,
mil ses-
da sua arrematação importara em cento e quatorze
até Vossa Majes-
senta e cinco réis, que ficarão em depósito
ou aos con-
tade determinar se pertence à sua Real Fazenda
tratadores como pretendem.
faz menção,
Com a dita carta enviou o documento de que
Vossa Majestade.
a qual com esta sobe à real presença de
Fazenda respondeu
E dando-se vista ao procurador da
se havia ordem particular para
que é necessário averiguar-se nao havendo esla
e
se negar os despachos destas fazendas que
é necessário averiguar
bem feito, mas quando seja o contrário
motivo houve para se não observar ou para se ignorar e
que
efeito houve a dita ordem se podia
que para se saber se com se digne de-
consultar esta conta a Vossa Majestade para que
clarar o que há nesta matéria.
da Coroa disse que
Sendo também ouvido o procurador
da Fazenda.
lhe parecia o mesmo que ao procurador
aos procuradores
Ac Conselho parece o mesmo que
Ü' i
• ¦ Metelo Pardinho. Corte
An 17r.fi Mcicio.
Lisboa, 21 de janeiro de 175b.
Real. Carvalho. Costa.

18
— 274 —

O provedor da Casa da Moeda do Rio


de Janeiro pede os materiais de que se
necessita naquela casa para a continuação
do lavor dela e vai a relação que se acusa.

de Janeiro José da
O provedor da Casa da Moeda do Rio
do ano próximo pas-
Costa Matos, em carta de 20 de junho
a continuação do
sado dá conta neste Conselho de que para
casa os materiais que
lavor do futuro se necessitam naquela
constam da relação junta.
tesoureiro desta corte que
Que espera da diligência do
Majestade os mande
a costuma aprontar por ordem de Vossa
com a perfeição e
na futura frota por zelo do real serviço,
casa.
capacidade que pede o grosso lavor daquela
disse que se
E sendo ouvido o procurador da Fazenda
conta para pela
deve fazer presente a Vossa Majestade esta
estes materiais.
parte a que toca mandar-se arrematar da
Ao Conselho parece o mesmo que ao procurador
Fazenda.
Penalva.
Lisboa, 4 de fevereiro de 1756. Marques de
Metelo. Costa. Corte Real. Andrade. Carvalho.
assim
Resolução. Como parece e pela parte a que toca
Com a
o mando ordenar. Relém, 12 de fevereiro de 1756.
rubrica de Sua Majestade.

O provedor da Casa da Moeda do Rio


de Janeiro dá conta do rendimento que
houve naquela casa desde a frota passada
até o presente e do que ficou líquido do
dito rendimento, depois de feitas as des-
se
pesas que declara, e vai o mapa que
acusa.
José
O provedor da Casa da Moeda do Rio de Janeiro,
da Costa Matos, em carta de 2 de junho do ano próximo pas-
de que
sado, dá conta a Vossa Majestade, por êste Conselho,
mostrava o mapa incluso todo o ouro que entrava naquela
— 275 —
I
Casa da Moeda desde a conta da frota passada até o presente,
do seu valor, e o que ficava
que a sua importância resulta Vossa
líquido da sua oriagem (sic) para a Real Fazenda de
Majestade.
De que tudo rebatidas as despesas que se fizeram com
remete a sua
o mesmo valor e materiais que foram de que se
fica-
importância pelo Conselho da Fazenda como é costume,
vinte e
ra líquido duzentos sessenta e nove contos seiscentos
se re-
seis mil quatrocentos e vinte e sete réis de cuja quantia
duas letras
batem vinte e um contos de réis que se passaram
se assistir
seguras sobre o tesoureiro geral dos armazéns por
as despesas das naus
para aquela casa com a dita quantia para
comboio presente
almirante Nossa Senhora da Natividade e
e quarenta
Nossa Senhora do Livramento que ficam duzentos
e vinte
e oito contos e seissentos e vinte e seis mil quatrocentos
da Fazenda
e sete réis dos quais se entregaram ao almoxarife
e trinta mil reis
capitania cinqüenta e seis contos quatrocentos
mandara dar para
mie o general daquela mesma capitania
Senhora de Lampadosa
satisfação das despesas da nau Nossa
Do que se deviam à praça da Colônia.
<e letras
e noventa e dois contos
que ficaram líquidos cento
e vinte e sete reis, que
cento noventa e seis mil quatrocentos
à ordem do mesmo
ficam nos cofres daquela Casa da Moeda
de Andrada, que os esta despendendo
general Gomes Freire
para a conta
conforme as que tem de Vossa Majestade que
e Silva preciso conheci-
I trureiroVxandre de Faria
e um contos de re.s, que
mento em forma dos ditos vinte
remeter.
Vossa Majestade seria servido mandar
feita a carga ao tesou-
E ordenaudo o Conselho que
fizesse as declarações necessárias se deu vista
reiro o escrivão
respondeu que entende que
rProcurador da Fazenda, o qual dele se tem feito
a reserva deste dinheiro, e a despesa que Vossa
Ir0X1 oraem uo
do general
geuc Gomes
~ Freire será pela ordem de
por COnsta é necessária
nâ0 cons
„cplhft nao
Majestade, mas como no Conselho
a Vossa Majesetade esta conta para fazer
fazer presente
ao mais se fizesse justiça.
*" bem e que quanto
«or
ao procurador da Fa
Ao Conselho parece o mesmo que
„;*« q^c vinte e um uu contos de reis, peiu
zenda e no que respeita aos vmie
— 276 —

forma da resposta do escri-


expediente se passou ordem na
descarga do ai-
vão e se remeteram os conhecimentos para
moxarif
* e
Real. Andrade. Car-
Lisboa, 10 de março de 1756. Corte
valho. Rangel. Costa. Coutinho.
20 de maio de 1/56.
Resolução. Como parece. Belém,
Com a rubrica de Sua Majestade.

O governador da ilha de Santa Cata-


se
rina dá conta a respeito da dúvida que
lhe oferece em se mandar o estabelecimento
do governo daquela ilha para outro qual-
esta vila de Nossa
quer lugar do em que
Senhora do Desterro, e aponta ser conve-
da:;
niente fazer um armazém para reparo
embarcações que procuram aquele porto,
de
sobre o'que informa o sargento-mor
carta
batalha José da Silva Paes, e vai a
do governador que se acusa.

ilha de Santa
Dom José de Melo Manoel, governador da
representara
Catarina em carta de 5 de abril do ano passado
em que se
a Vossa Majestade, por êste Conselho o estado
e a inconvenien-
acha a vila de Nossa Senhora do Desterro,
estabelecimento
cia e grande incomidade que há em mandar o
lugar fora do
do governo daquela ilha para outro qualquer
a mu-
em que está expondo as dificuldades que se oferecem
Vossa Majes-
dança para os seus moradores, e que quando
os prepa-
tade seja servido que na mesma ilha hajam todos
aquele porto,
ros precisos para as embarcações que procuram
de Antafo-
se pode fazer um armazém na fortaleza da ilha
de
mirim com o que se supria a falta que pode considerar-se
Senhora
menos comodidade no porto da dita vila de Nossa
inclusa a real
do Desterro, como se vê da sua carta que sobe
presença de Vossa Majestade.
o sargento-
Sobre a qual mandando o Conselho ouvir
vinte de ja-
mor de batalha José da Silva Paes, satisfez em
— 277 —

roeiro do presente ano, dizendo que a representação que faz


a Vossa Majestade o dito governador sobre a dúvida (pie se
lhe oferece em que paragem se deve estabelecer a capital da-
estava dis-
quela ilha para nela residir o governo, lhe parece
solvida na resolução que Vossa Majestade tomara na conta
que lhe dera qaundo se achava encarregado daquele governo,
a respeito da igreja matriz e casa de residência do mesmo
apro-
governo de que mandara as plantas que Vossa Majestade
•vara, e lhe fizera a honra deixar ao seu arbítrio as mandasse
executar e estabelecer donde lhe parecesse mais conveniente
como referia o mesmo governador, e constava da provisão
deste Conselho de 10 de junho de 1748.
a vila
Que depois desta resolução tendo assentado que
de Nossa Senhora do Desterro devia ser a capital querendo
ilhas
entrar na obra da igreja começaram a ir os casais das
dos Açores para a dita ilha de Santa Catarina e empregando-se
igreja
na sua acomodação não pudera dar princípio à obra da
alguns materiais (como atesta o
para a qual se juntaram já
sucessivo à rendê-lo o gover-
governador atual) e indo no ano
lhe deixara as
nador Manuel Escudeiro Ferreira de Souza,
e casa do
referidas plantas e encarregada a sobredita obra
tinha aprovado, a qual êle des-
governo que Vossa Majestade
ao seu arbítrio, parecendo-lhe
prezara, e mandara fazer outra desenhada por
mais acertado a sua idéia do que a que estava
tendo ao
êle sargento-mor e aprovada por Vossa Majestade,
das ruas a sua
mesmo tempo deixado estabelecido a forma
se erigia de novo
regularidade e formatura como de vila que
bem pondera o
e devia ser capital por todas as razões como
atual e parecia barbaridade o intentar (ouvir a una-
governador
onde ficasse exposta a alguma
ginação) mudar-se para parte e fora da for
invasão em um porto tão aberto como aquele
««o quanto
talezas que a defendesse e que se abandonasse de
q. i-
se tem feito naquela vila com o frivolo pretexto sem
das
dando se ficaria mais pronto o desembarque pendas
fazer »"a«a
atender que sendo assim seria preciso ^°
cobrisse, e nova guarnição e ficaria perdida toda
fundo que a
armazéns, e mal
a despesa que se fêz com a casa do governo, naquela vila de
feitas
oficiais da Fazenda Real de que estão
— 278 —

tem feito os particulares


Nossa Senhora do Desterro, e a que
moradores mais distantes daquela
fo cômodo que teriam os
de irem nove e dez léguas
ilha 1 terem o grande trabalho
e tráficos quando achando-se
ratar dos seus requerimentos
todos nos seus recursos
no centro da ilha fica igual para
houvesse naquele porto e
Que seria muito conveniente
armazém como aponta o go-
na fortaleza de Santa Cruz um reparar as em-
vernador com todos os gêneros precisos para terem nele o de
arribadas e
barcações que a buscam nas suas
beneficio com ubhdade da Fa-
que necessitassem em grande os pagam.
zenda Real maneira dos preços por que
atual discorre d.fu-
Finalmente que como o governador
os inconvenientes que se
samente com muito acerto de todos se infor-
seguiriam de se mandar a dita capital (com quemconveniente
e mais
ma) ficara sendo supérfluo o repeti-lo,
do Desterro a capital
conservar-se na vila de Nossa Senhora
em que hoje se acha e este era o seu parecer.
respondeu que
Dando-se vista ao provedor da Fazenda
a edificação da
bastava a consideração de se achar adiantada
e muita no-
vila do Desterro para se não mudar sem grande
mas concordando
tória conveniência a capital deste governo, de
mais o que pondera o governador atual e o sargento-mor
Majestade
batalha José da Silva Paes, lhe parece que Vossa
dúvida determine de positivo
para que se não entre em nova
e se não entre mais em dis-
que esta vila é a capital do governo
ao armazém que aprova
putar esta matéria, que em quanto
José da Silva se conforma com o seu parecer.
disse que
Sendo também ouvido o procurador da Coroa
da
se conforma inteiramente com o que diz o procurador
Fazenda. .
José da Silva Paes de
E mandando-se juntar a conta de
da ordem
25 de setembro de 1746 mencionada na cópia
inclusa.
re-
Ao Conselho parece o mesmo que aos procuradores
Metelo. Pardinho. Corte
gios. Lisboa, 22 de maio de 1756.
Real. Carvalho. Bacalhau. Rangel.
de 17ob.
Resolução. Como parece. Belém, 16 de junho
Com a rubrica de Sua Majestade.
ÍNDICE DE ASSUNTO

CONSULTAS DO CONSELHO ULTRAMARINO

CÓDICE: 1-8,4,17

Carta dos oficiais da Câmara da Vila de Nossa


Senhora da Graça do Rio de São Francisco Xa-
vier pedindo vigário que seja pago pela vila de
Santos
Carta do governador do Rio de Janeiro Luís
Vahia Monteiro, informando a Vossa Majestade
as pessoas que
que mandou voltar para o reino
não tinham passaporte *
Carta dos oficiais da Câmara do Rio de Janeiro
Majestade
a respeito do tratamento que Vossa
ordenou dessem ao bispo
Sacramento
Carta do governador da Colônia do
se fortifi- ^
Antônio Pedro de Vasconcelos sôbre
car a colônia '"''
consultas do
5 - Carta do Conselho referindo-se à
Rio de Janeiro
do bispo e do governador do
a igreja dos
sôbre se mudar a catedral para
do Rosário
pretos da confraria
de Janeiro Luís
6 Carta do governador do Rio
a Vossa Majestade
Vaína Monteiro dando conta
280 —

capuchos faz
das queixas que o visitador dos 12
dos religiosos de São Bento • • • • •
/ — Carta do bispo
do Rio de Janeiro respondendo
da pro-
à ordem para apaziguar os capuchos
do Rio de
vincia da Conceição e da capitania
' 14
Janeiro .*
do Rio de Janeiro
8 — Carta do juiz da Alfândega
à ordem
Manuel Correia Vasques respondendo
de Vossa Majestade sobre se darem livremente
materiais
aos lavradores de açúcar os gêneros e
engenhos, referindo-se
para as lavouras de seus
também à carestia em que ficaram os negros
15
com as minas de ouro
Luís
9 — Carta do governador do Rio de Janeiro
Vahia Monteiro a Vossa Majestade sobre o en-
17
canamento da água do rio Carioca
10 Carta dos oficiais da Câmara da vila de Santo
Antônio de Sá pedindo em nome tle seus mora-
dores que não sejam executados nos seus enge-
nhos e escravos mas só nos seus rendimentos .. 18
11 Carta dos oficiais da Câmara da vila de Parati
informando Vossa Majestade do mau procedi-
mento do coronel Jorge Pedrosa de Souza 19
12 Carla do governador Luís Vahia Monteiro acer-
ca dos fundamentos que teve para desterrar ao
abade de São Bento e ao padre Pascoal de São
Estevão, também o que sobre o assunto escreve
o abade e representa o procurador geral dos
20
mesmos religiosos
13 Carta do governador Luís Vahia Monteiro sobre
a despesa da fortificaçao do Rio de Janeiro; re-
ferindo-se também à obra do prédio para a
24
Casa dos Contos
14 Carta do governador da colônia do Sacramento
a
Antônio Pedro de Vasconcelos informando
Vossa Majestade que a colônia não tem forti-
ficação do lado do mar; informa que foi um
— 281 —

patacho de Cadiz com 12 casais para Monte-


vidéu; também se refere a uns carros de couros
que os castelhanos apreenderam 26
15 — Carta do governador do Rio de Janeiro Luís
Vahia Monteiro expondo a Vossa Majestade o
que tem feito nas fortificações da Lage e ilha
elas Cobras 27
16 Carta do governador do Rio de Janeiro Luís
Vahia Monteiro referindo-se à sublevação dos
negros de Angola 28
17 Carta do governador de São Paulo Antônio da
Silva Caldeira Pimentel sobre a pena de enfor-
camento por crime de morte 31
18 Carta do mestre de campo governador da Co-
lônia do Sacramento representando a Vossa
Majestade que os moradores da colônia pedem
se envie religiosos para o hospício 33
19 — Carta dos oficiais da Câmara elo Rio de Janeiro
isenta os
pedindo prorrogação ela provisão que
lavradores de açúcar de serem executados nos
seus escravos e fábricas por seus credores .... 35
20 — Carta elo governador do Rio de Janeiro Luís
Vahia Monteiro a Vossa Majestade sobre reque-
rimento que faz o capitão ele artilharia Miguel
36
Rodrigues de Sá pedindo melhoria de soldo ..
Luís
21 — Carla do governador do Rio de Janeiro
rece-
Vahia Monteiro respondendo à ordem que
se seria
beu de Vossa Majestade para declarar
contratos
factível passar a administração dos
Fazenda
da Câmara do Rio de Janeiro para a
OO
Real • •
o gover-
22 — Carta elo Conselho sobre queixa que
Vahia Monteiro
nador do Rio de Janeiro Luís
Henriques
faz do comandante da frota Manuel ^
de Noronha .......•••••
do Rio de Janeiro
23 - Carta dos oficiais da Câmara
do tempo da provisão que
pedindo prorrogação de serem exe-
Lenta os lavradores de açúcar
— 282 —

seus
cutados nos seus escravos e fábricas por
," "." '",' 45
credores \" r"
Rio de Janeiro Luis
24 - Carta do governador do
sôbre o ex-
Vahia Monteiro a Vossa Majestade
do Porto
cesso de gente que levam os navios
sem se alistarem 46
para o Rio de Janeiro,
expondo a Vossa
25 - Carta dos oficiais da Câmara
acha a
Majestade as dificuldades em que se
.... 47
capitania com a falta de moeda provincial
do Rio de Janeiro
26 — Carta dos oficiais da Câmara
do
sobre a despesa que se faz com o ordenado
.. 49
escrivão, porteiro e guarda-livros da Câmara
João da
27 — Carta do provedor da Casa da Moeda
50
Cosia Matos sôbre a fundição do ouro
de Janeiro
28 — Carta dos oficiais da Câmara do Rio
expondo a Vossa Majestade o modo com que o
o casa-
governador arrecadou o donativo para 52
mento dos príncipes do Brasil
29 — Carta dos oficiais da Câmara do Rio de Janeiro
Vahia Mon-
queixando-se do governador Luís
leiro os mandar chamar a palácio para confe-
53
rir negócios que se devem tratar em Câmara ..
de
30 ._ Carta do provedor da Fazenda Real do Rio
Janeiro Bartolomeu de Siqueira Cordovil sôbre
se reedificar a igreja matriz da cidade de Cabo
57
Frio
Ma-
31 — Carta do ouvidor gerai do Rio de Janeiro
nuel da Costa Mimoso dando conta da devassa
do co-
que mandou instaurar do procedimento Fift
ronel Jorge Pedrosa de Souza • ¦ •
32 — Carta dos oficiais da Câmara do Rio de Janeiro
representando a Vossa Majestade a suma neces-
60
sidade que a capitania tem de moeda provincial .
33 — Carta do governador do Rio de Janeiro Luís
Vahia Monteiro respondendo a vários particula-
res pertencentes à obra do encanamento da
61
água do rio Carioca ¦
283 —

34 Carta do juiz de fora do Rio de Janeiro Inácio


de Souza Jacome Coutinho a respeito da de-
vassa que instaurou sobre a fábrica de moeda
falsa que se descobriu naquela cidade 63
35 Carta dos oficiais da Câmara do Rio de Janeiro
sobre se requisitarem as embarcações vindas do
Recôncavo, com o pretexto de serem para o ser-
viço de Sua Majestade 65
36 Carta do ouvidor do Rio de Janeiro Manuel
da Costa Mimoso queixando-se do governador
mandar castigar os negros que trazem armas
defesas, sem abrir processo 66
37 __ Carta do ouvidor do Rio dc Janeiro Manuel da
Costa Mimoso a Vossa Majestade sobre a forti-
ficação da Ilha Grande 69
38 — Carta dos oficiais da Câmara do Rio de Janeiro
o preço do
pedindo a Vossa Majestade modere • l
sal por ser excessivo •
Janeiro
39 __ Carta dos oficiais da Câmara do Rio de
representando a Vossa Majestade as repetidas
do procedimento
queixas que o povo tem feito 71
do governador Luís Vahia Monteiro
de
40 — Carta do padre Diogo Soares, da Companhia
Jesus, sobre os mapas do Brasil (pie fêz o padre ^
Domingos Capaci
Janeiro Luís
41 — Carta do governador do Rio de
de ouro
Valha Monteiro sobre um carregamento ¦
¦
que se perdeu por descuido
Antônio da
42 - Carta do governador de São Paulo
demarcação das
Silva Caldeira Pimentel sobre ^
terras daquele governo
Silva Paes infor-
43 - Carta do brigadeiro José da
uma nau de
mando a Vossa Majestade que
da vila da
guerra espanhola encalhou perto de se
Laguna; também expõe a conveniência Rio de
do
unir a vila da Laguna ao governo ^
Janeiro
— 284 —

João da
4-4 Carta do provedor da Casa da Moeda,
necessário
Costa de Matos pedindo material
80
para o lavor da moeda
da Silva Paes infor-
45 — Carta do brigadeiro José
em que se
mando a Vossa Majestade a situação
82
acham as fortalezas de Santa Catarina
46 Carta do brigadeiro José da Silva Paes, gover-
sôbre
nando Santa Catarina, a Vossa Majestade
nesta
uma esquadra inglesa que aportou
cidade
do Rio
47 Carta do governador e capitão general
de Janeiro, Gomes Freire de Andrada, pedindo
a Vossa Majestade recrutas para as guarnições
do Rio Grande e Santa Catarina, referindo-se
85
também ao soldo dos mesmos soldados
de
48 ¦ Carta do mestre de campo Matias Coelho
Souza, governador do Rio de Janeiro, infor-
mando a Vossa Majestade que nesta cidade fal-
86
siíicam moedas
49 Carta do governador de Santa Catarina, briga-
deiro José da Silva Paes, representando a Vossa
Majestade a conveniência de se dar terras férteis
89
aos índios da aldeia de São João de Itanhaem ..
50 Carta do governador da Colônia do Sacramento
Antônio Pedro de Vasconcelos informando a
Vossa Majestade a situação precária em que se
acha esta praça com o bloqueio que os espa- *)0
nhóis impuseram a seus moradores
51 Carta do governador e capitão general do Rio
de Janeiro, Gomes Freire de Andrada, infor-
mando Vossa Majestade da sublevação feita
Rio Grande e
pelo Regimento de Dragões no 92
Santa Catarina
do Rio
52 — Carta do governador e capitão general
de Janeiro, Gomes Freire de Andrada, repre-
se
sentando a Vossa Majestade a despesa que
colo-
faz necessária para conservação da nova
nia, Rio Grande e Santa Catarina, pedindo au-
mento das consignações 98
53 — Carta do governador e capitão general do Rio
de Janeiro, Gomes Freire de Andrada, a Vossa
Majestade sobre uma nau francesa cpie aportou
na Ilha Grande para consertar o mastro grande . 101
54 — Carta do governador de Santa Catarina briga-
deiro José da Silva Paes informando a Vossa
Majestade a despesa que se tem feito com as
fortalezas de Santa Catarina 101
55 Carta do governador de Santa Catarina briga-
deiro José da Silva Paes dando conta a Vossa
Majestade cpie foram a Santa Catarina 3 navios
franceses para se proverem de água e lenha; re-
ferindo-se também à fortificação desta cidade . 102
56 — Carta dos oficiais da Câmara do Rio de Janeiro
cabido
pedindo a Vossa Majestade ordene ao
se abstenha de alterar os costumes usados na
103
procissão do Corpo de Deus
57 Carta do provedor da Fazenda Real do Rio de
Janeiro sobre a trasladação da Sé da igreja de
São Sebastião para a igreja de Santa Cruz ....
58 Carta do governador de Santa Catarina briga-
deiro José cia Silva Paes sobre se mandar for-
; • 107
tificar Santa Catarina
Rio
59 Carta do governador e capitão general do
a
cie Janeiro, Gomes Freire de Andrada, sobre
ordem que recebeu de Vossa Majestade para
convocar uma junta de ministros para julga-
.... 109
rem os culpados no crime, de moeda falsa
Janeiro
60 - Carta dos oficiais da Câmara do Rio de
Majestade para aplicar
pedindo licença a Vossa
30 mil cruzados que sobraram do donativo para
de um
o casamento dos príncipes, na instalação 112
chafariz no Rio de Janeiro • •; * •
briga-
61 - Carta do governador de Santa Catarina
Majestade
deiro José da Silva Paes a Vossa 114
Catarina .
sobre se reforçar a fortaleza de Santa
— 286 —

Bio de Janeiro a Vossa Ma-


62 - Carta do bispo do do ouvi-
iestade queixando-se do procedimento de Men-
Furtado
dor de Vila Rica, Caetano 11b
de Janeiro respondendo
63 - Carta" do bispo' do Bio
enviar ao Conselho
à ordem que recebeu para tem as
uma relação da prata e ornamentos que e Sao
do Carmo
igrejas paroquiais do Ribeirão ' ¦'*'.' ^
Paulo
e capitão general do Rio
64 - Carta do governador
Andrada, respon-
de Janeiro Cxomes Freire de
chafariz no Rio
dendo à ordem para fazer um ^
de Janeiro \'
da vila de Santo Auto-
65 - Carta do juiz ordinário de
nio, distrito do Rio de Janeiro, queixando-semstau-
dois religiosos e enviando devassa que
rou do procedimento deles
Pernaguá informam
66 - Carta do ouvidor geral de do co-
do a Vossa Majestade do procedimento
ao go-
ronel Diogo Cardoso Osório, relativo
do Rio
vêrno que êle exerceu no presídio
Grande de São Pedro do Sul °
os
67 ___ Carta do Conselho sôbre a sublevação que
fize-
religiosos de Nossa Senhora do Carmo
das
ram contra seu provincial frei Francisco
^, 1^'
Chagas
do Rio
68 — Carta do governador e capitão general
ínfor-
de Janeiro, Gomes Freire de Andrada,
mando a Vossa Majestade que Simão Barbosa
aju-
acha-se impossibilitado de continuar como
• •
dante supra de artilharia
do Rio
69 — Carta do governador e capitão general
de Janeiro, Gomes Freire de Andrada, respon-
dendo a uma ordem de Vossa Majestade para
criar o presídio do Rio de Janeiro
70 _ Carta do governador da colônia do Sacramento
a Vos-
Antônio Pedro de Vasconcelos, expondo
— 287 —

sa Majestade a situação precária em que se en-


contram as famílias desta praça 132
71 — Carta de Vossa Majestade sobre o governo de
Cuiabá, Goiás, São Paulo, Santa Catarina e
Colônia 135
72 — Carta do governador de Santa Catarina briga-
deiro José da Silva Paes a Vossa Majestade
sobre três naus francesas 139
73 Carta do governador da Colônia do Sacramento
Antônio Pedro de Vasconcelos informando a
Vossa Majestade da situação em que se acha a
colônia 140
74 Carta do governador de Santa Catarina briga-
deiro José da Silva Paes remetendo a Vossa
Majestade as plantas dos quartéis, casa do go-
vêrno, e igreja para que se lhe ordene o que
deve fazer 14~
75 Carta do governador de Santa Catarina briga-
deiro José da Silva Paes dando conta a Vossa
Majestade da representação que fêz Gomes
Freire de Andrada do estado dos presídios da
143
dita praça
76 — Carta de Pedro de Matos Coelho, capitão de
artilharia do Rio de Janeiro, pedindo a Vossa
Majestade a patente de sargento-mor com o
• •
soldo por inteiro
Rio
77 _ Carta do governador e capitão general do
de Janeiro Gomes Freire de Andrada sobre
as
os materiais e mais gêneros necessários para
149
fortalezas e embarcações da Fazenda Real ....
Mateus
78 — Carta do ouvidor do Espírito Santo
Ma-
Nunes José de Macedo informando a Vossa
houve na capita-
jestade os levantamentos que •
nia da Paraíba do Sul ;
do Rio
79 _ Carta do governador e capitão general
infor-
de Janeiro Gomes Freire de Andrada,
levantado
mando a Vossa Majestade de haver lõ
um hospício para os capuchinhos
— 288 —

Catarina Manuel
RO
8 Carta do governador de Santa
Souza, informando a
Escudeiro Ferreira de
chegado a ilha tres
Vossa Majestade de haverem *<»
navios com casais dos Açores
a representação de
_ Carta do Conselho sôbre
81 "~
do estado em que
José da Silva Paes a respeito
Catarina .... IM»
se acham os presídios de Santa
da Colônia do Sacramento
82 - Carla do governador a respeito da
Antônio Pedro de Vasconcelos ... IM
nesta colônia
fundação "do de um hospício
Marcos de Noro-
83 - Carla governador de Goiás
soldo
nha pedindo aumento de
de Goiás, Marcos de Noro-
84 - Carta do governador recebeu de
nha a respeito das instruções que
os meios de
Vossa Majestade para intensificar
com as de
comunicação das minas de Goiás ' ^
Cuiabá "' _.
do Rio
85 - Carta do governador e capitão general mlor-
de Janeiro Gomes Freire de Andrada
mando a Vossa Majestade das explorações que
fêz no rios Claro e Pilões
Manuel da Cruz,
86 - Carta do bispo de Mariana, frei
dúvida que
representando a Vossa Majestade a
secular em
há entre a jurisdição eclesiástica e ua
bispado . .
tomar as contas das confrarias dêste
a Vossa Ma-
87 — Carta do bispo do Rio de Janeiro
os missionários
jestade pedindo congruas para sertões
reduzirem os gentios bravos que há nos ^
'' *
da capitania '
da
88 - Carta do ouvidor geral e superintendente An-
Casa da Moeda do Rio de Janeiro Francisco
empréstimos
tônio Berço da Silveira, sôbre os
aos comissários das
que se fazem nesta casa " ^
fragatas da Coroa ''
de Men-
89 - Carta do secretário de Estado Diogo
sôbre as
donça Corte Real a Vossa Majestade de
desordens e excessos do padre João Prestelo
289 —

Vasconcelos Espinola, vigário da igreja matriz


da vila de Goiás 183
90 Carta do secretário de Estado Diogo Mendonça
Corte Real a Vossa Majestade sobre requeri-
mento do guarda-mor das Minas do Ouro Preto,
Pedro Dias Paes Leme, a respeito da Relação
que se erigiu no Rio de Janeiro 186
01 Carta do governador e capitão general do Rio
de Janeiro Gomes Freire de Andrada informam
do a Vossa Majestade que o furriel está incapaz
de continuar no seu posto 195
92 — Carta do Conselho sobre resolução de Vossa
Majestade para se mandar moeda provincial de
196
prata para o Rio de Janeiro e Minas Gerais
93 __ Carta do governador e capitão general do Rio
de Janeiro Gomes Freire de Andrada a Vossa
Majestade sobre o Terço da Companhia do Rio
199
de Janeiro
Ma-
94 — Carta do ouvidor geral de Santa Catarina
nuel José de Faria informando a Vossa Majes-
Souza,
tade que Manuel Escudeiro Ferreira de
violências
governador da ilha, tem praticado 202
contra o povo
a
95 _ Carta do bispo do Rio de Janeiro pedindo
o palácio
Vossa Majestade que mande restaurar 204
da residência dos bispos
Real Manuel da
96 - Carta do provedor da Fazenda
informando a
Costa de Morais Rarba Riea,
dos soldados
Vossa Majestade que no hospital
da Fazenda
também se tratam dos civis à custa "_'.¦ 208
Reai ••• ;•;'
e capitão general do Rio
97 - Carta do governador
de Andrada rcspon-
de Janeiro Gomes Freire
de Vossa Majestade
tido à ordem que recebeu ........ 210
sobre mandar fazer moeda provincial
I capitão general d<, B o
98 _ Carta do governador e
de Andrada, a Vossa
de Janeiro Gomes Freire
19
290

co-
Majestade sobre se estabelecer fundição nas
.. 212
marcas das minas para cobrança dos quintos
do Rio
99 „ Carta do governador e capitão general
de Janeiro Gomes Freire de Andrada a Vossa
Majestade sobre a nova moeda de prata que
214
mandou fazer na Casa da Moeda
100 Carta dos oficiais da Câmara do Rio de Janeiro
pedindo equiparação dos mesmos privilégios que
-18
gozam os do Porto
101 Carta dos oficiais da Câmara do Rio de Janeiro
representando os lavradores de açúcar a Vossa
Majestade sobre a nova lei taxando o açúcar .. 219
102 Carta do governador de Santa Catarina Manuel
Escudeiro Ferreira de Souza expondo a Vossa
Majestade a necessidade de aumentar a ração
de farinha para os menores de 14 anos 222
103 — Carta do governador de Santa Catarina, Manuel
Escudeiro Ferreira de Souza a respeito da or-
dem que recebeu determinando que se distri-
buissem terras, sementes, e ferramentas aos
filhos dos colonos que no primeiro ano de sua
chegada se casassem ¦ • • ***
104 — Carta do governador e capitão general do Rio
de Janeiro Gomes Freire de Andrada sobre a
recomendação de Vossa Majestade para mandar
semear linho e pinhões e aumentar a cultura do
arroz 225
105 — Carta do provedor da Fazenda Real Francisco
Cordovil de Sequeira e Melo informando a Vossa
Majestade que há falta de 190 oitavas de ouro
na remessa das Intendencias das Minas **'
106 — Carta do governador e capitão general do Rio
de Janeiro Gomes Freire de Andrada a Vossa
Majestade sobre se aumentar a Alfândega do
Rio de Janeiro
107 — Carta do governador e capitão general Gomes
Freire de Andrada respondendo à ordem de
— 291— i

Vossa Majestade para mandar semear linho,


pinhões, e aumentar a cultura do arroz 236
108 - Carta do bispo do Rio de Janeiro participando
a Vossa Majestade que erigiu a igreja de Santa
Rita em freguesia; junto uma petição de Manuel
Nascentes Pinto para que lhe seja concedido o
237
padroado da dita igreja
109 Carta de José da Costa Matos expondo a Vossa
Majestade a necessidade que há na Casa da
Moeda de material para o lavor da moeda 241
110 Carta do procurador da Coroa Manoel da Fon-
seca Brandão a respeito do recurso que inter-
puseram os padres Antônio Nunes e Francisco
Ferreira e os Irmãos da Irmandade de Nossa
Senhora do Rosário ^4
111 Carta do provedor da Fazenda Real do Rio de
Janeiro a Vossa Majestade sobre remessa de
• 249
madeiras e aduelas para toneis
112 Carta do governador de Santa Catarina José
de Melo Manuel sobre a cultura do algodão;
refere-se também à proibição do corte de ma-
deiras ,
Carta do governador de Santa Catarina José
113
Vossa
de Melo Manuel pedindo autorização a
Majestade para receber no hospital do hospício
se tra-
os moradores por não terem meios para
com
tarem; também pede ordem para socorrer,
estão de
farinha aos incapazes e viúvas que ^
• •• •• •• •
passagem para o Rio Grande
114 Carta do governador de Santa Catarina José
Majestade a
de Melo Manuel expondo a Vossa
necessidade de se fortificar a ilha • • ¦ •
115 Carta do governador de Santa Catarina José
Vossa Majestade
de Melo Manuel informando a
as fre-
a extensão de seu governo, enumerando
dentro de sua Jurisdição re-
guesias que estão trigo, lmho, algo-
fere-se também à cultura do
dão, cânhamo, mandioca
292 —

Real pedindo a
116 — Carta do provedor da Fazenda às forti-
Vossa Majestade munições necessárias 264
ficações para se armazenarem
do Rio de Janeiro Ma-
117 - Carta do ouvidor geral
Vossa Majes-
nuel Monteiro de Vasconcelos a
tade sobre questão de terras, sendo procuradora 2to
Brito ..
Maria Ferreira contra Manuel de Moura
Real do Rio de
118 - Carta do provedor da Fazenda
há falta de
Janeiro expondo a razão porque
vinda das
ouro na Casa da Moeda da remessa
Intendèncias das Minas • • • •; •
do Rio
119 - Carta tio governador e capitão general
de Janeiro Gomes Freire de Andrada pedindo
tenente da
aposentadoria de José Rodrigues, AyJ
Janeiro • ¦
guarnição do Rio de do Rio
120 - Carta do governador e capitão general
de Janeiro Gomes Freire de Andrada pedindo
aposentadoria para dois capitães do regimento
Francisco
da Colônia, Manuel Pinto Santiago e
Xavier da Silva
do Rio de Ja-
121 — Carta do intendente geral do ouro
Vossa
neiro João Alves Simões informando a
Majestade que recebeu o material que pedira
para a Casa da Moeda
Rio de
122 — Carta do juiz ouvidor da Alfândega do
a
Janeiro Antônio Martins Brito dando conta
Vossa Majestade que esteve neste porto a nau
Nossa Senhora da Conceição Luzitânia, vinda
de Macau ''''
de
123 — Carta do provedor da Casa da Moeda do Rio
Janeiro José da Cosia Matos pedindo material
274
para o lavor da moeda
de
124 — Carta do provedor da Casa da Moeda do Rio
Janeiro José da Costa Matos dando conta do
~/,J
rendimento que houve na dita casa •
125 — Carta do governador de Santa Catarina, José
do
de Melo Manuel sobre mudança da sede
* 27 /
governo
ÍNDICE DOS NOMES

274,
6, 9, 13, lo, 235, 264., 265, 267, 269, 271,
Abreu, José de Carvalho,
35, 38, 276.
18, 19, 20, 24, 26, 30, 33, Freire de,
Andrade Henriques, Antônio
43, 46, 48, 52 53, 57-60, 62, 64, 241.
82, 83, 154, 165, 169, 185, 226, 237,
66, 68, 70-72, 75-77, 80, Sancho de,
Andrade Magalhães Lancões,
85, 86.
258. 212, 213.
Açores, Ilha dos, 56, 131, 203, 110.
Angola, reino de, 28, 29, 89,
Aguassum (rio), 75. 258.
Ano Tamarim (ilha),
Alentejo, 146.
Antato-Mirim (ilha), 276.
Almeida, João de, 200.
Bangel Aracati, Ceará, 132.
Almeida Castelo Branco, Diogo conde dos,
217, 218, Arcos, Marcos de Noronha,
de, 193, 202, 211, 214,
165, 168, 171, 183.
222-227, 240.
de, 212, 213. Asseca, visconde de, 152.
Almeida Montoso, Plácido de, 115.
91, 120, Azambuja Ribeiro, Pedro
Alpoim, José Fernandes Piato, 244.
Azevedo, João Cardoso de,
206, 234. 9, 18-20, 23,
Almeida do, 7. Azevedo, José Gomes de,
Amaral, Pedro de 70.
108, 220. 24, 28, 34, 52, 57, 59, 62,
América do Sul, 73, 74, 115.
de, governador Azevedo, Luis Manuel,
Andraãa, Gomes Freire de, 25, 28.
85, 92, 94, 96, Azevedo Fontes, Manuel
do Eio de Janeiro,
114, 120,
98, 100, 101, 108, HO, Marques, 159,
129, 133, 138, Bacalhau, Fernando José
122, 124, 126, 128, 179, 185,
155, 160, 163, 165, 169, 171, 177,
141, 145, 149, 150, 153, 217, 218,
201, 205, 198, 202, 208, 211, 214,
161, 170, 171, 195, 199, 240, 241,
217, 221, 222, 223, 226, 227, 237,
206, 210-212, 214, 216, 255, 257,
237, 243, 243, 249, 250, 252, 254,
225, 226, 228, 231, 236,
275, 276. 265, 267, 269, 270, 278.
249, 256, 263, 269, 270, 93, 118, 140,
Conselho Ultra- Bahia, 36, 37, 87, 88, 91,
Andrade, conselheiro do 188, 190-
165, 202, 152, 153, 182, 184, 186,
marino, 132, 154, 163,
192, 194, 195, 246.
211, 217, 222, 223, 225, 227,
208,
— 204 —

Chagas, Francisco, frei, 127.


Barbosa, Bento Pereira, 55.
Chaves, Pedro Gomes, 57, 58.
Barbosa, Simão, 129.
Chiquitos (povoação), 137.
Bavoni, João Batista, 116, 118.
Clemente, João, padre, 154.
Beneditinos, 12, 24.
Colônia do Sacramento, 9, 10, 26, 33,
Boroa, Francisco Xavier Morato, 248.
84, 90, 97-99, 129, 132, 134, 136,
Brandão, Manoel Fonseca, 244.
82, 100, 140, 141, 147, 150, 151, 163.
Brasil, 6, 29, 33, 46, 47, 73,
115, 116, 137, 151, 157-159, 171, Conceição (fortaleza), 206, 208.
177, 179, 196-198, 200, 201, 215, Conceição, Carlos, frei, 127.
217, 222, 225, 227, 232, 236, 239, Convento de Nossa Senhora do Monte
272. ão Carmo, 113.
Brito, Antônio Martins, 273. Convento ãe Santo Antônio ão Bio de
Brito, Manuel de Moura, 266. Janeiro, 34.
Brito, Manuel Esteves de, 75, 148. Convento de São Bento, 13, 23.
Brito Sá, Domingos de, 122. Convento de São Bento, 13, 23.
Buenos Aires, 26, 90, 148. Convento ãe São Boaventura, 122,
Corintxiba (vila), 131.
Costa, da Mina, 30.
Cabo Frio, 57, 74.
Costa, Antônio Rodrigues da, 6, 9, 11,
Çaiapó (rio), 170, 171.
Camorim (engenho), 21. "3. 13, 15, 16, 18-20, 24, 26, 28, 30,
33-35, 38, 43, 46, 48, 50, 57-60, 62,
Capaci, Domingos, padre,
Cardoso, Diogo Correia, 97. 64, 65, 68, 70, 72, 75-77.
93, 123. Costa, Francisco Pereira da, 216, 217,
Cardoso, Diogo Osório, 92,
241, 249, 252, 254, 257, 264, 265,
Carioca (fonte), 112, 121.
267. 269-271, 274, 276.
Carioca (rio), 17, 18, 41, 42, 61.
244. Costa, João Alves da, 117.
Capelo, Agostinho Felix Santos,
Carvalho, conselheiro do Conselho Ultra- Costa, José da, 274.
marino, 198, 241, 243, 252, 254, Costa ãe Matos, João da, 80.
257, 265, 267, 271, 274, 276. Costa ãe Matos, José da, 181, 241,
275.
Carvalho, Antônio, 50.
Carvalho, João Gomes de, 154. Costa Corte Real, Tome Joaquim da,
Carvalho, José Vaz de, 149. 102, 103, 104, 107, 109, 116, 154,
Carvalho, Lourenço, 58. 163, 165, 169, 171, 177, 179, 185,
Carvalho Leite, Anônio Teixeira de, 92. 202, 208, 211, 214, 217, 227, 235,
Casa da Moeda da Bahia, 197. 241, 249, 250, 264, 265, 267, 269,
Casa da Moeda ãe Minas Gerais, 242. 274, 276.
66,
Casa da Moeda do Bio ãe Janeiro, Costa Mimoso, Manuel da, 49, 58,
50-52, 63, 80, 81, 89, 110, 151, 69.
180, 196, 197, 210, 214, 227, 241, Costa Oliveira, Francisco da, padre,
242, 243, 265, 269, 274, 275. 117.
Casa da Suplicação, 190-193, 248. Coutinho, Antônio Ribeiro, 124.
Casa dos Contos, 226, 227, 268. Cruz, Manuel da, frei, 172.
214.
Castelo, reino de, 10, 90, 146, 164. CniaU,n, 135-138, 165, 168, 212,
Ceará, 131. Cmha ãe Ataide, Francisco da, 46.
...
205 —

Desembargo do Paço, 111, 189, 191, Igreja ãe São Sebastião, 105, 106.
194, 195. Igreja do Bom Jesus, 11.
Ilha da Madeira, 255, 262, 263.
Espírito Santo (capitania).. 151, 152, Ilha das Cobras, 12, 13, 21, 22, 23, 24,
153. 27, 74.
Europa, 108, 161. Ilha Grande, 69, 101, 129.
índia, 84, 116, 139, 162, 163.
Faria, Manuel José de, 202.
Irmandade ãe Nossa Senhora do Bo-
faria e Silva, Alexandre de, 242, 275. sário, 244, 246.
Fazenda Beal, 5, 9, 23, 24, 32, 34, 35, Itanliaem, 89, 145.
36, 38-43, 52, 57, 58, 62, 68, 71,
76, 99, 100, 105, 106, 110, 113, João Y, rei de Portugal, 218.
114, 130-134, 141, 150, 155, 156, Jorge, Antônio, 81.
158, 162, 166, 169, 171, 178, 181, Junta das Missões, 139, 177, 178, 179.
187, 188, 190-195, 200, 202, 204- Junta do Comércio Geral, 228, 229, 231,
209, 212, 213, 217, 218, 226, 227. 233.
228, 234, 235, 264, 268, 273, 275.
Ferreira, Francisco, 244. Lacerda, Gonçalo Manuel Galvão de, 9,
Ferreira, José Eodrigues, 273. 13, 15, 19, 20, 24, 26, 30, 33, 43,
Ferreira, Maria, 265. 50, 52, 58, 59, 60, 62, 64, 66, 68,
Figueiredo, Inácio de, 152. 70,72, 75, 76.
Figueiredo, Patrício Manuel de, 94. Lage (fortaleza), 27, 74.
Fonseca, Francisco Galvão da, 31. Laguna (vila), 79, 80, 123-126, 131, 258,
Fonseca, Francisco Pinheiro da, 117. 259.
Fonseca, Manuel Antunes da, 183. Lavre, Manuel Caetano Lopes de, 89,
Franciscanos, 22. 90, 91, 100, 101, 103, 104, 107, 109,
Francisco, Domingos, 22. 119.
Furtado, Pedro Monteiro, 245. Leme, Pedro Dias Paes, 186.
Lemos, João Pedro de, 6, 13, 15, 16, 13,
Galvêas, André de Melo e Castro, conde
120.
das, 140, 197.
165, Lencastro, Francisco Naper, governador
Goiás, 130, 131, 135, 136, 138, do Rio de Janeiro, 33.
167, 171, 183, 2J2, 214, 244, 268,
Lisboa, 120, 192.
269.
Lopes, Manuel, 75.
Goitacazes, 177.
Gonçalves, André, 37. Macau, 139, 272, 273.
Gralha, Manuel Garcez e, 68. Macedo, Mateus Nunes de,
151.
Guimarães, Antônio Francisco Marques, Maãriã, 137.
225, 226, 236, 237. Madureira, Manuel de Barros
e, 92, 97.
107,
Gusmão, Alexandre de, 102, 104, Maldonado (ilha), 27, 148.
1 116, 118, 120, 121, 171, 202,
226,
178.
Maranhão, 136, 138, 177,
237, 240. 174, 212.
Mariam (vila), 172,
Carlos.
106. Martel, Carlos ver Mardel,
Igreja ãe Santa Crus, 11, 105,
Mordei, Carlos, 121, 233.
Igreja ãe Santa Rita, 237, 238, 239.
— 296

Conceição (forta-
de Pina e de Fossa Senhora da
Martinho ãe Mendonça leza), 102, 259.
97.
Proença, 82, 83, 85, 86,
Nossa Senhora da Conceição Lusitânia
Mascarenhas (ilha), 101.
do Rio (nau), 272, 273.
Mascarenhas, Luís, governador Nossa Senhora da Glória (nau), 91.
de Janeiro, 135, 138.
Nossa Senhora da Graça do Mo ãe
Massa, João, 70. S. Francisco Xavier (vila), 5.
da Encarnação, frei, 13, 21.
Mateus
168, 169. Nossa Senhora da Lampadosa (nau),
Mato Grosso, 137, 138, 181, 275.
50, 52.
Al atos, João da Costa de,
146. Nossa Senhora da N'atividade (nau),
Matos Coelho, João de,
146.
Matos Coelho, Pedro de,
Nossa Senhora da Piedade (nau), 181.
Melo, Salvador de, 195.
de, governador de Nossa Senhora das Neves, Santo Aniô-
Melo Manuel, José nio e Almas (nau), 271.
252, 255,
Santa Catarina, 250,
Nossa Senhora do Desterro (forte), 259.
257, 276.
de, 117. Nossa Senhora do Desterro (vila), Rio
Mendonça, Caetano Furtado de Janeiro, 257, 259, 261, 262,
de, 11, 2b
Mendonça Corte Real, Diogo 276, 278.
22, 183, 186, 212, 218, 249.
frei, 127. Nossa Senhora do Livramento (nau),
Mercante, Silvestre, 275.
Ordens, 104, 124,
Mesa da Consciência e
Nossa Senhora do Monte do Carmo
174, 176, 178, 261, 263, 240.
97, 110, 136, (vila), 147.
Minas Gerais, 73, 75, 92,
214, 226, Nossa Senhora dos Remédios de Parati
.138, 166, 167, 206, 211,
236, 269. (vila), ver Parati (vila).
Nossa Senhora do Rosário (freguesia),
Mochos (povoação), 137.
do 258.
Monteiro, Luís Vahia, governador
20, 22, Nunes, Antônio, 244.
Rio de Janeiro, 6, 12, 16,
44, 46,
24, 25, 27, 30, 36, 38, 43,
75, 77, Oliveira, Antônio, 183.
52, 56, 61, 63, 69, 71, 72,
147. Oliveira, João Antônio de, 173, 183.
Oliveira, José Carvalho de, 181.
Montevidéu, 10, 26, 27, 148. 111 •
Oliveira, Manuel Gomes de,
Morais, José Pinto de, 213.
da Costa Olinda (cidade), 48.
Morais Barba Bica, Manuel de
de, 209. Ordem Terceira da Penitenciária
85, 86, S. Francisco, 163, 164.
Moreira, Tome Gomes, 83,
89, 90, 91, 97, 100, 102, 103,
104, Osório, Diogo, 156.
96, 97.
107, 109, 112, 118, 132, 154. Osório, Tomás Luís, 92, 93,
32.
Outu (vila), S. Paulo, 31,
Moura, José Pereira de, 117.

44. Pará, 137.


Noronha, Manuel Henriques de, 43,
Paracatu (vila), 130, 131.
Nossa Senhora da Candelária (fregue- 153.
Paraíba do Sul, 30, 151,
sia), Rio de Janeiro, 237.
Paraibuna (vila), 129.
Nossa Senhora da Conceição (fregue-
Paraibana (rio), 75.
sia), Santa Catarina, 257.
— 297 —

parati (vila), Rio de Janeiro, 19, 20, 226, 228, 232, 235, 237, 242, 244.
58, 129, 146, 270. 249, 259, 260, 262, 265, 270, 271,
Pardinho, Eafacl Pires 102, 103, 104, 272.
107, 109, 112, 116, 118, 132, 163, Rio Grande dr S. Pedro do Sul ver
165, 169, 171, 185, 198, 202, 208, Rio Grande do Sul.
211, 213, 214, 217, 218, 222, 223, Rio Grande do Sul, 74, 84, 85, 9: í-yü,
224, 226, 227, 235, 237, 240, 241. 97, 98, 123, 124, 129-132, 134, 136,
243. 248, 249, 252, 254, 256, 138, 141, 148, 150, 156, 157, 158,
264, 270, 271. 274, 278. 208, 209, 260, 263.
Passos Coutinho, Manuel dos, 39. Rocha, Miguel Pinto da, 118.
Pcnalva, marquês de, 163, 169, 177, 183, Rocha Pereira, Gaspar, 123.
186, 195, 198, 202, 208, 211, 214, Rodrigues, João, padre. 106.
217, 218, 222, 223, 225, 226, ooo Rodrigues, José, 269.
237, 240, 241, 243, 249, 274.
Pereira, Antônio Guedes, 96, 107. Sá, Diogo Corrêa de, 152.
Pernaguá, 123, 126, 129, 130, 131, 135, Sá, Manuel de, 75.
147, 157, 203. Sá, Miguel Rodrigues de, 36, 37.
Sã e Beneviães, Martins Corrêa de,
Pernambuco, 19, 42, 48, 85, 138, 177.
178, 182. 151, 153.
Pilões (rio), 170. Saldanha, Aires de, 147.
Sampaio, Matutei Peixoto de, 118.
Pinto, Inácio Nascentes, 237, 238, 239.
Santa Ana (freguesia), 258.
Pinto, José Fernandes, 256. '-'7, 82. 83,
Santa Catarina (ilha), 85,
Parto (cidade), 6, 7, 8, 9, 46, 47, 192-,
91-94, 97, 98, 101, 102, 107, 108,
193.
114, 129, 134, 136, 138, 139, 142,
Príncipe, (vila), 212, 213.
143, 145, 150, 156-161, 163, 202,
oao c.o.i 223, 234, 250, ofí 9 95
Ratones (ilha), 258.
256, 257, 263, 276, 277.
Peal Fazenda ver Fazenda Eeal.
102, 147,
Ribeirão do Carmo (cidade), 119. Santa Cru? (fortaleza), 82,
.Ribeiro, Agostinho Luís, 183. 258, 278.
.Ribeiro, João Batista, 49. Santa Crus de Ia Sierra, 137.
122.
Pio Claro, 170. Santa Maria, Antônio, frei.
Mo da Prata, 27, 74, 99, 123, 135. Santa Marta (morro), 78.
Mo das Mortes, 212. Santana, José de, frei, 127.
Mio áe Janeiro, 5, 6, 7, 10-17, 19-22, Santana, Manuel, frei, 127-
1-33-
25, 27, 28, 32, 33, 35, 38, 42, 43, Santiago, Manuel Antunes,
270, 271-
45, 46, 47, 49, 52, 53, 57, 60, 63} Santiago, Manuel. Pinto,
102, 258.
64, 65, 69, 70, 71, 76, 79, 85, 86, Santo Antônio (fortaleza),
88, 89, 91-95, 99, .101, 103, 107s Santo Anlonio dos Anjos (freguesia),
109, 111, 112, 114, 117, 119-122, 25S.
12.
124, 127-130, 133, 135, 138, 139, Santo Antônio, Fernando, frei,
Santo Antônio (morro), 69.
140, 146, 150, 151, 152, 155, 163,
de Ja-
170, 172, 175, 178, 184, 186-190, Santo Antônio (província), Rio
191-199, 203, 204, 217, 219, 225. neiro, 21, 122.
— 298 —

102, 103, 107, 108, 114, 115, 120,


18.
Santo Antônio ãe Sá (vila), 132, 139, 140, 142, 143, 148, 160,
de, padre, 13,
Santo Estêvão, Pascoal 164, 208, 232, 233, 256, 261, 202,
21 ' 22.
263, 276, 278.
„Santos,
< 5,k oi 59 QQ
31, áz, .»y, J-o*, x^-, 138. 165.
134. 136, Eer-
Felis dos, Silva Pereira, Francisco Antônio
jSaníos Cawpete, Agostinho cor da, 203.
185. da,
dos, 67. Silveira, Francisco Antônio Berço
Santos Parreiras, Manuel
180.
São Francisco (vila), 157.
Simão, João Alves, 240, 271.
São Francisco (rio), 258.
204, Siqueira, Ângelo de, padre, 119.
São Geróíiimo, Francisco, padre,
Siqueira, Manuel Tavares de, 203.
207.
Siqueira Cordovil, Bartolomeu de, 57.
São João (fortaleza), 147.
Paraíba áo Sul, Soares, l)io<jo, padre, 73, 74.
São João ãa Barra da
Sousa, Antônio Pereira de, 03.
Souza, Inácio ile, 88.
São João ãa Ponta Grossa (fortaleza),
Souza, João de, 0, 9, 13, 15, 15, 16,
258.
ver Itanhaem. 18, 20, 23, 24, 26, 30, 33, 34, 35,.
São João ãe Itanhaem,
102. 38, 43, 46, 52, 53, 58, 59, 60, 62,
São José (fortaleza),
64, 08, 70, 72, 76.
São José (freguesia), 258.
258. Sousa, Jorge Pedrosa de, 19, 20, 58.
São Miguel (cidade), 148,
75, 77, 80, Sousa, Matias Coelho, governador do
São Paulo, 30, 31, 32, 74,
137, 138. Rio de Janeiro, 86, 88, 227, 269.
89 90. 119, 135, 136,
139, 145, 105, 178, 206,
212, 208, Sousa, Manuel Escudeiro Ferreira de,
269. governador de Santa Catarina, 202,
222, 223, 253, 257, 201, 277.
São Pedro (rio). 27, UO.
ão Sul, 152. Sousa Barros, José de, 11.
São Salvador da Paraíba
Janeiro, ver Souza e Menezes, Alexandre Metelo
São sebastião do Rio de
de, 38, 43, 46, 50, 52, 53, 57, 64,
Eio de Janeiro.
118. 06, 68, 70, 71, 76, 78, 83, 85, 86,
Sarmento, Antônio, padre,
89, 90, 91, 97, 100, 102, 104, 107,
Seixas, João, frei, 122.
.109, 112, 116, 118, 132, 159, 171,
Seixas, José Bezerra, 232.
227. 177, 179, 185, 198, 202, 224-227,
Sequeira e Melo, Cordovil de.
235, 237, 240, 241, 243, 249, 252,
Serro do Frio, 212.
254, 264, 265, 267, 269, 270, 271,
Silva, José Maio da, 94.
274, 278.
Silva, Francisco José da, 271. 223.
271. Sousa Fagundes, Francisco de,
Silva, Francisco Xavier da, 270, 49.
Souza e Velho, Julião Eangel de,
Silva, Matias Pinheiro da, 244. 63.
Souza Jacomc Coutinho, Inácio de,
Silva, Tomás Gomes, 200.
269.
Souza Moreira, Francisco Manuel,
Silva Caldeira Pimentel, Antônio da,
31, 77.
governador de S. Paulo. 259.
de Taramandi (vila), 125, 258,
Silva Paes, José da, governador
Santa. Catarina, 25, 79, 80, 82, 83, Favora, Francisco de, 37.
244.
84, 89, 91, 92, 93, 94, 96-99, 101, Teor, Inácio da Cunha de,
299

Vale, Bernardo Rodrigues do, 31. Vasques, Manuel Correia, 15, 62.
Varges, Manuel Fernandes, 6 ,9, 15, 19, Vieira, Agostinho Luís Eibeiro, 244,
20, 24, 26, 28, 30, 33, 34, 35, 38, 245.
43, 46, 48, 50, 52, 53, 57, 58, 60, Vieira, Miguel José, 244.
62, 64, 70,76 77. Vila do Carmo, 117, 118.
Vasconcelos Antônio Pedro de, gover- Vila Bica, 92, 93, 101, 117. 171, 212,
nador da Colônia do Sacramento, 9, 213.
26, 33, 34, 90, 91, 132, 140, 163.
Vila Rica do Ouro Prelo, 172.
Vasconcelos Esvinola, João Prestelo de,
Vilela, Manuel, frei, 127.
183.
Vasconcelos, Manuel Monteiro de, 265. Vilela, Pedro, frei, 127.

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