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Regulamento de Licenciamento

de Clubes para as Competições


FPF

REGULAMENTO DE LICENCIAMENTO DE
CLUBES PARA AS COMPETIÇÕES DA
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE FUTEBOL

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Regulamento de Licenciamento
de Clubes para as Competições
FPF

Índice
PREÂMBULO .................................................................................................................................... 4
Natureza do Sistema de Licenciamento ....................................................................................... 4
Objetivos do Sistema de Licenciamento ....................................................................................... 4
GLOSSÁRIO ...................................................................................................................................... 5
Capítulo I – PARTE GERAL ................................................................................................................. 7
Artigo 1.º Âmbito de aplicação ..................................................................................................... 7
Artigo 2.º Categorização dos Critérios ........................................................................................... 8
Artigo 3.º Normas disciplinares relativas ao sistema de licenciamento ........................................... 8
Artigo 4.º Desenvolvimento do regulamento de licenciamento ...................................................... 8
Capítulo II – ENTIDADE LICENCIADORA E ÓRGÃOS DO SISTEMA DE LICENCIAMENTO ............................ 9
Artigo 5.º Entidade licenciadora ................................................................................................... 9
Artigo 6.º Órgãos decisórios ......................................................................................................... 9
Artigo 7.º Comissão de Licenciamento .......................................................................................... 9
Artigo 8.º Comissão de Recurso .................................................................................................. 10
Artigo 9.º Comissão de Gestão de Licenciamento ........................................................................ 11
Artigo 10.º Dever de independência e de confidencialidade ........................................................ 11
Artigo 11.º Controlo e Fiscalização.............................................................................................. 12
Capítulo III – LICENÇA PARA COMPETIÇÕES DA FPF .......................................................................... 12
Artigo 12.º Termos da Licença .................................................................................................... 12
Artigo 13.º Admissão às Competições da FPF .............................................................................. 13
Capítulo IV – BENEFICIÁRIO DA LICENÇA .......................................................................................... 13
Artigo 14.º Clubes candidatos..................................................................................................... 13
Artigo 15.º Condições de candidatura ......................................................................................... 13
Capítulo V – PROCESSO DE LICENCIAMENTO .................................................................................... 14
Artigo 16.º Princípios gerais ....................................................................................................... 14
Artigo 17.º Informação para o licenciamento .............................................................................. 14
Artigo 18.º Tramitação ............................................................................................................... 15
Capítulo VI – CRITÉRIOS .................................................................................................................. 18
Secção I Critérios Desportivos ......................................................................................................... 18
Artigo 19.º Objetivos ................................................................................................................. 18
Secção II – Critérios Relativos às Infraestruturas ............................................................................... 19
Artigo 20.º Objetivos ................................................................................................................. 19
Artigo 21.º Complexo desportivo ................................................................................................ 19
Artigo 22.º Área de Jogo ............................................................................................................ 20
Artigo 23.º Segurança ................................................................................................................ 21
Artigo 24.º Instalações de Treino ................................................................................................ 21

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Artigo 25.º Balneários ................................................................................................................ 22


Artigo 26.º Infraestruturas de apoio ........................................................................................... 22
Secção III – Critérios Administrativos e Relativos ao Pessoal .............................................................. 24
Artigo 27.º Princípios gerais ....................................................................................................... 24
Artigo 28.º Administração .......................................................................................................... 24
Artigo 29.º Recursos humanos desportivos ................................................................................. 24
Secção IV – Critérios Legais ............................................................................................................. 25
Artigo 30.º Princípios ................................................................................................................. 25
Secção V – Critérios Financeiros ...................................................................................................... 26
Artigo 31.º Objetivos e Princípios ............................................................................................... 26
Artigo 32.º Procedimentos específicos ........................................................................................ 27
Artigo 33.º Critérios Financeiros ................................................................................................. 27
Artigo 34º O licenciamento numa perspetiva financeira .............................................................. 28
Artigo 35.º Disposições finais e transitórias................................................................................. 29

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PREÂMBULO

Natureza do Sistema de Licenciamento


Com a implementação do sistema de licenciamento de clubes para as suas competições,
a FPF pretende garantir a harmonização em todos os clubes que se encontram sujeitos
à sua jurisdição.
No presente Regulamento está descrito o sistema de licenciamento e os critérios e
procedimentos que devem ser observados pelos Clubes com vista à obtenção da Licença
necessária para a participação nas competições organizadas pela Federação Portuguesa
de Futebol, designadamente o Campeonato de Portugal, os campeonatos nacionais de
futsal, os campeonatos nacionais de futebol feminino e os campeonatos nacionais de
Sub-23, Sub-19, Sub- 17 e Sub-15.

Objetivos do Sistema de Licenciamento


A introdução do sistema de licenciamento visa, genericamente, alcançar padrões mais
elevados e uniformes de qualidade para benefício de toda a comunidade do Futebol
Português, através de um processo de certificação da boa gestão dos Clubes nos aspetos
desportivo, infraestrutural, organizativo e de gestão económico-financeira.
O sistema de licenciamento tem como pressuposto o desenvolvimento dos níveis de
qualidade e a aplicação do seu regime à generalidade das competições. Ao introduzir o
sistema de licenciamento de Clubes, a FPF pretende alcançar, em concreto, os seguintes
objetivos:
• Promover o aumento do nível do Futebol Português, nas suas facetas
desportivas, organizacionais e de gestão;
• Promover a formação, acompanhamento e educação dos jovens jogadores;
• Promover a melhoria das infraestruturas e equipamentos desportivos,
adaptando-os às crescentes exigências de segurança, funcionalidade, conforto e
qualidade dos serviços prestados aos espectadores e aos meios de comunicação
social;

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• Assegurar um nível adequado de gestão e organização no seio dos Clubes;


• Assegurar a transparência dos Clubes, proteger a integridade das competições e
a reputação do futebol nacional e garantir a credibilidade da gestão económica
e financeira dos Clubes, atribuindo a necessária importância à proteção dos
interesses dos credores;
• Garantir a equidade das competições, em termos económico-financeiros;
• Promover a verdade desportiva e os princípios do fair-play entre todos os
agentes do futebol, designadamente dirigentes, treinadores, jogadores e
árbitros, melhorando o conhecimento das Leis do Jogo.

GLOSSÁRIO

Procedimento Requisitos processuais definidos pela entidade licenciadora, de


forma a verificar a conformidade com os critérios descritos no
Manual, para efeitos de emissão da licença.

Critérios Requisitos a satisfazer por parte do candidato à licença,


divididos em cinco categorias de critérios (desportivos,
infraestruturais, administrativos e recursos humanos, jurídicos
e financeiros), e em três níveis de cumprimento (imperativo,
obrigatório e mera recomendação).

Documentação relativa A Documentação Financeira de Licenciamento (DFL) é a


ao Licenciamento informação básica a utilizar para avaliação da capacidade de
Financeiro um candidato à licença e compreende as demonstrações
financeiras legalmente exigidas e as que são específicas do
futebol. Inclui, designadamente, os balanços, as

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demonstrações de resultados, os fluxos de caixa, os


orçamentos e os anexos ao balanço.
Licença Certificado que confirma o cumprimento dos requisitos
mínimos obrigatórios por parte do beneficiário da licença e que
concede a admissão para a participação nas competições de
âmbito nacional organizadas pela FPF.

Candidato à licença Clube ou sociedade desportiva que pretenda participar nas


competições organizadas pela FPF.

Beneficiário da licença Entidade que obtenha uma licença por parte da FPF.

Entidade licenciadora FPF, que é o organismo que aprova o sistema de licenciamento


e que concede a licença.

Gestão do Serviço inserido na estrutura da FPF responsável pela gestão


licenciamento das matérias relativas ao licenciamento de clubes ou
sociedades desportivas.

Sistema de Consiste na emissão de três tipos de licenças, emitidas com


licenciamento base em cinco categorias de critérios e com base num
“procedimento”.

Regulamento de Documento no qual se descreve o sistema de licenciamento da


licenciamento de FPF.
Clubes

Associação desportiva de direito privado ou sociedade


Clube
comercial que participa em competições organizadas pela FPF

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ou em competições organizadas por entidades que com ela


tenham celebrado protocolo.

Capítulo I – PARTE GERAL

Artigo 1.º Âmbito de aplicação

1. Os Clubes que se qualifiquem, com base nos respetivos resultados desportivos, para
o campeonato de Portugal, para o campeonato nacional da 1ª divisão de Futsal, para o
campeonato nacional da 2ª divisão de Futsal, para o campeonato nacional da 1ª divisão
feminino, o campeonato nacional da 2ª divisão feminino e para os campeonatos
nacionais de Sub-23, Sub-19, Sub-17 e Sub-15 e que nelas pretendam participar têm de
possuir uma licença, de acordo com as disposições deste Regulamento.
2. A licença a emitir pela FPF pode revestir as seguintes modalidades:
a) Licença A, para os candidatos que participam no campeonato de Portugal e que
pretendam participar, em função do resultado desportivo, na competição
profissional organizada pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional,
campeonato nacional da 1ª divisão de futsal e campeonato nacional de Sub-23;
b) Licença B, para os candidatos que participem no campeonato de Portugal, que
não pretendam participar na competição profissional organizada pela Liga
Portuguesa de Futebol Profissional, bem como para os candidatos que
participam no campeonato nacional da 1ª divisão feminino;
c) Licença C, para os candidatos que participam no campeonato nacional da 2ª
divisão feminino, no campeonato nacional da 2ª divisão de futsal, nos
campeonatos nacionais de Sub-19, Sub-17 e Sub-15, bem como para os
candidatos que participam no campeonato distrital que qualifica para a
participação nos campeonatos nacionais.

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Artigo 2.º Categorização dos Critérios

Os critérios descritos neste regulamento são divididos nas seguintes três categorias:
a) Critério I: Obrigatório
O critério deve ser cumprido, sob pena de não ser concedida a licença.
b) Critério II: Vinculativo
O critério deve ser cumprido, mas o respetivo incumprimento por parte do
candidato à licença é sancionado disciplinarmente, não impedindo a concessão
da licença.
c) Critério III: Recomendado
O Critério consiste numa recomendação que o candidato à licença, num
determinado período transitório, a definir pelo Órgão de Primeira Instância, não
tem obrigação de cumprir.

Artigo 3.º Normas disciplinares relativas ao sistema de licenciamento

Sem prejuízo do recurso para o Conselho de Justiça, as infrações ao sistema de


licenciamento são sancionáveis pelo Conselho de Disciplina da FPF, nos termos das
normas e procedimentos disciplinares estabelecidos pela FPF e, nos casos omissos, pelas
disposições deste regulamento.

Artigo 4.º Desenvolvimento do regulamento de licenciamento

Os critérios que consistem em recomendações podem, no futuro, assumir natureza


obrigatória ou vinculativa, devendo, esta e outras alterações ao presente regulamento,
ser divulgadas através de comunicado oficial, no mínimo, na época desportiva anterior
à da respetiva entrada em vigor.

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Capítulo II – ENTIDADE LICENCIADORA E ÓRGÃOS DO SISTEMA


DE LICENCIAMENTO

Artigo 5.º Entidade licenciadora

1. A entidade licenciadora é a FPF, a quem compete elaborar o Regulamento de


Licenciamento de Clubes para as competições nacionais, contendo a tipologia e o
conteúdo dos critérios que devem ser observados pelos Clubes, bem como o conjunto
de atos, formalidades e documentos que integram o processo administrativo que
antecede a emissão da licença para as competições da FPF.
2. Até 15 de Novembro de cada ano, a FPF comunica aos Clubes a identidade, o endereço
e os contactos da pessoa ou pessoas responsáveis pela coordenação e monitorização do
processo de licenciamento.

Artigo 6.º Órgãos decisórios

1. Os órgãos decisórios do sistema de licenciamento dos Clubes para as competições


nacionais são os seguintes:
- Comissão de licenciamento (CL);
- Comissão de recurso (CR).
2. Os órgãos referidos no número anterior são os únicos com competência para a
concessão de licenças para a participação nas competições organizadas pela FPF.
3. As decisões dos órgãos referidos no presente artigo não podem ser objeto de recurso
nos tribunais comuns.

Artigo 7.º Comissão de Licenciamento

1. À CL compete decidir sobre a concessão ou recusa da licença, de harmonia com o


procedimento estabelecido neste Regulamento.
2. A CL é um órgão executivo da FPF, composto por três (3) membros designados pelo
Presidente da FPF, devendo um deles ser advogado e um outro Revisor Oficial de Contas
ou Contabilista Certificado, possuindo todos eles competência técnica e experiência em
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gestão do futebol.
3. O mandato dos membros da CL é de dois (2) anos.
4. Em caso de impedimento temporário ou definitivo de um dos membros da CL, o
Presidente da FPF designa o seu substituto, cujo mandato não pode, no entanto,
exceder o do membro substituído.
5. Os membros da CL não podem integrar nenhum outro órgão social da FPF ou de um
clube ou sociedade desportiva.
6. As deliberações da CL, sujeitas à jurisdição da Comissão de Recurso (CR), são tomadas
por maioria dos votos dos titulares presentes, podendo o mesmo deliberar se estiverem
presentes, pelo menos, dois dos seus membros.
7. O Presidente ou, na sua ausência ou impedimento, quem o substitua, têm direito a
voto de qualidade.
8. A CL decide se a licença deve ser concedida ao Clube candidato, com base nos
documentos fornecidos e de acordo com as disposições do sistema de licenciamento,
dentro do prazo de candidatura previamente estabelecido.

Artigo 8.º Comissão de Recurso

1. À Comissão de Recurso (CR), composta pelos membros do Conselho de Justiça,


compete decidir sobre os recursos interpostos das decisões da CL.
2. Os membros da CR podem ser assessorados, nas suas decisões, por técnicos
qualificados nas matérias objeto de recurso, designadamente por peritos financeiros.
3.As deliberações da CR são tomadas por maioria dos votos dos titulares presentes,
podendo o mesmo deliberar se estiverem presentes, pelo menos, quatro dos seus
membros.
4. O Presidente ou, na sua ausência ou impedimento, o seu substituto, têm direito a
voto de qualidade.
5. As decisões deste órgão transitam em julgado.

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Artigo 9.º Comissão de Gestão de Licenciamento

1. No âmbito do sistema de licenciamento, a CL é coadjuvada pela Comissão de Gestão


de Licenciamento (CGL).
2. A CGL é um órgão consultivo da CL e é composta por um Coordenador, um
Subcoordenador e por 4 especialistas, devendo dois deles ser, respetivamente,
advogado e contabilista certificado ou revisor oficial de contas.
3. A CGL tem as seguintes competências:
- Preparar, implementar e desenvolver o sistema de licenciamento;
- Prestar assistência aos Clubes durante a época;
- Coordenar a instrução dos processos de candidatura e proceder à verificação dos
critérios previstos no regulamento;
- Emitir parecer favorável ou desfavorável à concessão da licença;
4. Para além do apoio assegurado pelo Coordenador e Subcoordenador do Processo e
da respetiva estrutura de suporte, a CGL pode ser assessorada por especialistas nas
várias matérias.
5. Para o eficaz funcionamento da CGL e o adequado financiamento do processo de
licenciamento, a FPF fixa uma taxa administrativa a cargo do beneficiário da licença, cujo
montante é comunicado aos Clubes através do Comunicado Oficial número 1.

Artigo 10.º Dever de independência e de confidencialidade

1. Os membros dos órgãos de licenciamento são independentes entre si e não podem


pertencer simultaneamente a um órgão social da entidade licenciadora ou de um clube
ou sociedade desportiva.
2. Os membros dos órgãos de licenciamento devem abster-se de intervir em
procedimento ou decisão em caso de dúvida objetiva quanto à sua independência ou
conflito de interesses relativamente a um Clube candidato à licença.
3. Considera-se verificado o impedimento acima referido no caso, nomeadamente, de o
membro, o seu cônjuge ou algum parente ou afim em linha reta, ser acionista, parceiro
comercial, patrocinador ou consultor de Clube candidato à licença.
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4. Os membros dos órgãos de licenciamento e, em geral, todas as pessoas envolvidas no


processo de licenciamento são igualmente obrigadas a respeitar normas de sigilo
rigorosas relativas à informação obtida durante o mesmo, devendo a FPF aprovar as
necessárias cláusulas de confidencialidade.

Artigo 11.º Controlo e Fiscalização

Os órgãos de licenciamento competentes podem, sem necessidade de aviso prévio,


realizar ações de controlo e fiscalização aos Clubes, por si ou através de terceiros
devidamente mandatados.

Capítulo III – LICENÇA PARA COMPETIÇÕES DA FPF

Artigo 12.º Termos da Licença

1. As licenças têm de ser emitidas de acordo com as disposições do presente


Regulamento e permitem ao seu detentor participar nas competições da FPF.
2. Apenas os Clubes ou sociedades desportivas que preencham os critérios obrigatórios
estabelecidos no presente Regulamento, que se tenham qualificado, com base nos
respetivos resultados desportivos, podem participar nas competições da FPF.
3. A licença é válida pelo período de um (1) ano, correspondendo a uma (1) época
desportiva da FPF.
4. A licença caduca, sem pré-aviso, no final da época para a qual foi emitida ou com a
dissolução da competição em questão.
5. A licença pode ser suspensa pela FPF, no decurso da época, se deixar de ser cumprida
qualquer uma das condições para a sua emissão, ou se o Clube violar qualquer uma das
suas obrigações previstas neste Regulamento de Licenciamento de Clubes.
6. A licença não pode ser cedida ou transferida para outra entidade, com exceção dos
casos em que se verifique, entre o momento da sua concessão e o início da competição
para a qual esta se destina, a transformação do Clube em sociedade desportiva.

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7. A FPF pode excluir um Clube no decurso das competições, nos casos e com os
fundamentos previstos nos respetivos regulamentos.

Artigo 13.º Admissão às Competições da FPF

1. O Clube deve preencher todos os requisitos, de acordo com os respetivos


regulamentos competitivos da FPF, de forma a poder participar nas competições.
2. As decisões finais relativas à participação dos Clubes nas competições nacionais são
da competência da FPF.
3. Tais decisões estão sujeitas à jurisdição exclusiva da FPF, de harmonia com os
respetivos Estatutos.

Capítulo IV – BENEFICIÁRIO DA LICENÇA

Artigo 14.º Clubes candidatos

1. Os Clubes participantes nas competições referidas no nº 2 do artigo 1º do presente


regulamento têm de apresentar a sua candidatura nos termos e prazos previstos neste
Regulamento.
2. A licença pode ser igualmente requerida por qualquer Clube participante na principal
divisão dos Campeonatos Distritais, através da associação distrital ou regional, nos
termos e prazos previstos no presente regulamento.
3. O pedido de concessão de licença deve ser formulado por escrito, comprometendo-
se o Clube requerente a cumprir todas as obrigações estabelecidas no presente
Regulamento.

Artigo 15.º Condições de candidatura

1. Os Clubes beneficiários da licença têm de estar filiados na FPF, estando sujeitos à sua
alçada disciplinar.
2. O candidato à licença deve garantir que:
a. Todos os seus jogadores se encontrem inscritos e registados na FPF;
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b. Toda a informação e documentos necessários à instrução do processo de


candidatura sejam recebidos pela FPF, por forma a que o cumprimento de todos
os critérios obrigatórios possa ser adequadamente comprovado.
3. Os Clubes participantes na competição profissional que, em resultado da respetiva
classificação, baixem à competição nacional não profissional, beneficiam de uma
presunção de cumprimento dos critérios desportivos, administrativos e relativos ao
pessoal, infraestruturais e jurídicos, ficando apenas sujeitos a uma verificação do
cumprimento dos requisitos financeiros.

Capítulo V – PROCESSO DE LICENCIAMENTO

Artigo 16.º Princípios gerais

1. A instrução do procedimento de concessão da licença tem por objeto a verificação do


cumprimento dos critérios estabelecidos neste capítulo.
2. São admitidos, no procedimento, os seguintes meios de prova:
▪ Prova por documentos, que podem ser originais, cópias autenticadas ou certidões;
▪ Prova pericial, que pode consistir em exame ou vistoria;
▪ Auto certificação por parte do candidato à licença, mediante declaração, subscrita
pelos seus legais representantes, que ateste a veracidade dos dados certificados.
3. A CGL pode promover e desenvolver oficiosamente todas as diligências necessárias à
verificação do cumprimento dos critérios de licenciamento, nomeadamente aceder
livremente a todos os escritos, registos, instalações ou elementos em geral que sejam
suscetíveis de esclarecer a situação do candidato à licença.

Artigo 17.º Informação para o licenciamento

1. No âmbito do procedimento, os Clubes ou sociedades desportivas têm o dever de


prestar colaboração, respondendo ao que lhes for perguntado, submetendo-se às
inspeções necessárias, facultando o que for requisitado e praticando os atos que forem
determinados pelos órgãos de licenciamento.
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2. Os dados constantes do procedimento são exclusivamente utilizados para a realização


dos fins que determinam o licenciamento.
3. O dever de confidencialidade comunica-se a todas as pessoas que tiverem
conhecimento de quaisquer dados ou elementos protegidos pelo sigilo, nomeadamente
os funcionários, colaboradores, mandatários ou assessores dos órgãos de licenciamento
e mantém-se mesmo após o seu eventual termo de funções.
4. As falsidades, omissões ou inexatidões das declarações e documentos produzidos
pelos Clubes ou sociedades desportivas são puníveis nos termos do presente
Regulamento ou do Regulamento de Disciplina da FPF.
5. A falta de apresentação, nos prazos estabelecidos, ou a inexatidão não culposa dos
dados inscritos nas declarações ou documentos apresentados pelos Clubes, ainda que
passível de sanção disciplinar ou administrativa, não implica a perda imediata do direito
à licença, desde que o Clube proceda à respetiva apresentação ou retificação dentro do
prazo que, para o efeito, lhes for fixado.

Artigo 18.º Tramitação

Com vista à verificação do cumprimento dos critérios obrigatórios previstos neste


Regulamento, é estabelecida a seguinte tramitação processual:
a) Até 15 de novembro do ano anterior à época a licenciar, a CGL deve elaborar e
remeter, por correio registado ou eletrónico, aos Clubes ou sociedades desportivas
participantes nas competições previstas no nº 2 do artigo 1º do presente
regulamento, os formulários relativos ao licenciamento, incluindo a descrição dos
critérios, a indicação da prova documental a apresentar, a informação do valor da
taxa administrativa de licenciamento e, em geral, todas as instruções,
recomendações, questionários ou modelos considerados necessários para o efeito.
b) Até ao dia 30 de dezembro do ano anterior à época a licenciar, os Clubes ou
sociedades desportivas devem requerer, por escrito, a sua candidatura à obtenção
da licença. O requerimento deve ser entregue na Secretaria da FPF, com

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conhecimento á associação distrital ou regional, podendo ser enviado por correio


registado ou por correio eletrónico.
c) Até ao dia 1 de março do ano correspondente à época a licenciar, os Clubes ou
sociedades desportivas devem apresentar à CGL, com conhecimento á associação
distrital ou regional, os formulários devidamente preenchidos, acompanhados da
documentação exigida, nos termos previstos no número anterior, e liquidar a taxa
administrativa sem o que o processo de licenciamento não será iniciado.
d) Recebida a documentação dos Clubes, a CGL verifica se está completa e se foi
apresentada dentro do prazo estabelecido.
e) Em caso afirmativo, a CGL promove a seleção e o registo da documentação recebida
dos Clubes ou sociedades desportivas. Em caso de falta de documentos ou de
irregularidade dos mesmos, a CGL notifica, por correio registado ou eletrónico, os
Clubes para, em prazo não superior a três (3) dias úteis, suprirem os vícios ou
omissões.
f) Até ao dia 15 de abril do ano correspondente à época a licenciar, os especialistas da
CGL procedem à verificação dos critérios obrigatórios previstos no presente
Regulamento, ao exame da documentação apresentada e, bem assim, dos
relatórios das vistorias entretanto efetuadas, com vista à verificação do
cumprimento dos critérios. Para o efeito, os especialistas da CGL remetem ao
Coordenador os seus relatórios e pareceres sobre cada processo de licenciamento,
para competente análise e consequente tramitação.
g) Se, de acordo com os relatórios produzidos pelos especialistas da CGL, subsistirem
ainda falhas e omissões na documentação exigida para efeitos de licenciamento, o
Coordenador pode conceder aos Clubes faltosos um prazo suplementar, não
superior a três (3) dias úteis, para supressão dessas falhas e omissões.
h) Os membros da CGL podem ainda solicitar esclarecimentos ou documentos de
apoio suplementares, bem como proceder à visita de locais ou à realização de ações
inspetivas mais aprofundadas. Na eventualidade de terem sido planeadas visitas, o
Coordenador e os demais especialistas da CGL podem abordar com o Clube

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candidato à licença as áreas problemáticas e as possíveis medidas a adotar pelo


Clube, com vista à retificação ou supressão das eventuais falhas e omissões, dentro
do prazo que, para o efeito, for fixado.
i) Concluída esta fase, o Coordenador da CGL remete à CL todos os processos de
licenciamento, individualmente acompanhados pelos relatórios e pareceres dos
especialistas da CGL com proposta para concessão ou recusa de licença, em função
do cumprimento ou incumprimento dos critérios exigidos no presente Manual.
j) Até ao dia 30 de abril do ano correspondente à época a licenciar, à CL analisa os
processos de licenciamento e comunica aos Clubes o sentido provável da sua
decisão, notificando-os, por correio registado ou eletrónico, para, até ao dia 5 de
maio do ano correspondente à época anterior a licenciar, se pronunciarem sobre o
que tiverem por conveniente. A notificação deve conter os elementos necessários
para que os Clubes fiquem a conhecer os aspetos relevantes para a decisão, nas
matérias de facto e de direito. Na resposta, os Clubes podem pronunciar-se sobre
as questões suscitadas ou suprir os vícios e irregularidades verificados.
k) A decisão final da CL é comunicada aos Clubes interessados, por correio registado
ou eletrónico, até ao dia 15 de maio do ano correspondente à época a licenciar.
l) Da decisão final da CL pode o Clube candidato à licença interpor recurso para o CR,
no prazo de três (3) dias úteis, mediante a apresentação de requerimento escrito,
com conhecimento á associação distrital ou regional.
m) O recurso pode ser entregue pessoalmente, enviado por correio registado ou
eletrónico, no prazo estabelecido no número anterior. O requerimento de recurso
deve conter os fundamentos de facto e de direito e a formulação das conclusões e
do pedido, sob pena de não recebimento.
n) Recebido o recurso, a CR, no prazo de três (3) dias úteis, sustenta a decisão, organiza
o processo e remete-o ao Presidente do CR.
o) O processo tem a natureza urgente e a decisão do CR deve ser proferida até 25 de
maio, transitando de imediato em julgado por dela não caber recurso. Na mesma
data, a decisão é notificada às partes, por correio eletrónico ou registado.

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p) Até ao dia 31 de maio da época anterior à época a licenciar, a FPF publica a lista de
Clubes cuja candidatura tenha sido aprovada e dela dá conhecimento aos clubes,
sociedades desportivas e associações distritais e regionais.

Capítulo VI – CRITÉRIOS
Secção I Critérios Desportivos

Artigo 19.º Objetivos

1. Os critérios desportivos visam incentivar a certificação das entidades formadoras e a


formação de jogadores e encorajar o fair play, fomentando o conhecimento das Leis do
Jogo e a compreensão mútua, entre todos os agentes desportivos, relativamente aos
assuntos da arbitragem.
2. No caso de o candidato à licença ser uma sociedade desportiva, são tomadas em
consideração, para efeitos do disposto no presente critério, as equipas pertencentes ao
respetivo Clube fundador, entendendo-se como tal aquele a quem seja prestado apoio
técnico e financeiro, se situe na mesma cidade ou região e dispute competições
oficialmente reconhecidas pela FPF.
3. O cumprimento dos critérios desportivos depende da certificação dos clubes ou
sociedades desportivas, efetuada pela FPF nos termos do Regulamento e do Manual de
certificação das entidades formadoras, em conformidade com as seguintes regras:
a. Campeonato de Portugal, campeonato nacional da 1ª Divisão de Futsal,
campeonato nacional da 1ª divisão de Sub-23, campeonato nacional feminino
da 1ª divisão: Certificação com 3 estrelas;
b. Campeonato nacional da 2ª divisão de Futsal, campeonato nacional de Sub-19
de Futsal, campeonato nacional da 2ª divisão feminino, campeonato nacional
de Futsal feminino, campeonato nacional da 2ª divisão de Sub-19,
campeonato nacional feminino de Sub-19, Liga Feminina de Sub-19 e
campeonatos nacionais de Sub-19, Sub-17 e Sub-15: Certificação com 2
estrelas.

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Secção II – Critérios Relativos às Infraestruturas

Artigo 20.º Objetivos

Os critérios relativos às Infraestruturas são os constantes dos artigos seguintes e têm os


seguintes objetivos:
a) Garantir que os clubes invistam na melhoria das condições dos seus
equipamentos e infraestruturas desportivas;
b) Garantir que os espetadores sejam acolhidos e acomodados em estádios
seguros, confortáveis e funcionais;
c) Garantir que os representantes dos meios de comunicação social possam desenvolver
o seu trabalho de forma adequada;
d) Garantir que os jogadores e oficiais disponham de instalações adequadas ao
desenvolvimento das capacidades físicas e técnicas.

Artigo 21.º Complexo desportivo

1. O complexo desportivo deve estar obrigatoriamente certificado, através da licença


de utilização emitida pela Autoridade Municipal ou pela licença de funcionamento,
emitida pelo Instituto Português do Desporto e Juventude.
2. O candidato à licença é obrigado a dispor de um complexo desportivo que permita
disputar os jogos da competição em que está inscrito e fazer a prova da respetiva
propriedade ou da titularidade de um direito que permita a utilização durante a época
desportiva.
3. O complexo desportivo deve possuir obrigatoriamente a capacidade e os requisitos
exigidos pela regulamentação desportiva referente à modalidade e competição que nele
vierem a ser disputadas.
4. O candidato à licença está vinculado a garantir que o complexo desportivo disponha
de acessos especiais para espectadores deficientes e seus acompanhantes, através de

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rampas, devendo cada área dos sanitários ser dotada de uma cabina reservada a estas
pessoas.
5. O candidato à licença está vinculado a garantir que o complexo desportivo disponha
de 1 (uma) sala para apoio médico e prestação de primeiros socorros aos diretos
intervenientes no jogo e de fácil acesso aos espectadores, em condições que permitam
fácil comunicação com os sectores e com os percursos de saída para o exterior e à zona
de acesso de ambulâncias. A sala deve estar equipada com uma marquesa, uma mesa
de apoio, duas cadeiras e um armário com produtos médico-farmacêuticos de primeiros
socorros.
6. É recomendável que o complexo desportivo disponha, em cada sector destinado aos
espetadores, de instalações sanitárias, organizados em blocos separados por sexos, em
perfeitas condições de higiene e dimensionados com base no seguinte critério:
a) Para homens: mínimo de 5 urinóis e 2 retretes, por cada 1000 espectadores;
b) Para senhoras: mínimo de 5 cabinas sanitárias com retrete, por cada 1000
espectadores.
c) Para deficientes: mínimo de 1 instalação sanitária por cada 10 lugares.
7. É recomendável que o complexo desportivo esteja preparado para permitir a exibição
de, pelo menos, cinco bandeiras.
8. É recomendável que o complexo desportivo disponha de camarotes ou lugares VIP
para 10 pessoas e de bilheteiras, em número, dimensão e distribuição suficientes, bem
como mecanismos de controlo e fiscalização de entradas.
9. Os requisitos previstos no número 3 do presente artigo são vinculativos para as
licenças do tipo B e recomendados para as licenças do tipo C.

Artigo 22.º Área de Jogo

1. O terreno de jogo deve respeitar obrigatoriamente as exigências, as medidas e os


requisitos exigidos pelas Leis do Jogo. A utilização de relvados sintéticos depende
obrigatoriamente da obtenção de certificação, de acordo com as normas da FIFA.

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2. Os bancos de suplentes devem ter obrigatoriamente dimensões suficientes para


acomodar, pelo menos, 13 pessoas.

Artigo 23.º Segurança


1. É obrigatório que o complexo desportivo tenha um regulamento de segurança,
aprovado em conformidade com a lei e a regulamentação em vigor.
2. É recomendável que o complexo desportivo tenha um plano de evacuação, de modo
a permitir que, em caso de emergência, os espectadores e demais ocupantes alcancem
facilmente o exterior pelos seus próprios meios.
2. O plano de evacuação deve ser elaborado pelo clube, em concertação com as
autoridades policiais, o Serviço Nacional de Bombeiros e Proteção Civil e as autoridades
de emergência e os serviços de emergência médica, sendo validado pelas autoridades
competentes de 3 em 3 anos.
3. É recomendável que os lugares reservados ao público estejam devidamente
sectorizados, com separação destinada a adeptos de uma e outra equipa, através de
estruturas de vedação, devendo cada sector dispor de saídas de emergência em número
suficiente que permitam o rápido escoamento do público, em conformidade com a
legislação em vigor.

Artigo 24.º Instalações de Treino

1. O candidato à licença é obrigado a possuir instalações desportivas de treino, com relva


natural ou artificial e com as dimensões e iluminação regulamentarmente exigidas,
disponíveis durante toda a época desportiva, que permitam, pelo menos, dois treinos
por semana de todas as equipas.
2. O disposto no número anterior é vinculativo para as licenças do tipo B e recomendável
para as licenças do tipo C.
3. O candidato à licença é obrigado a possuir, no caso do futsal, um recinto desportivo
coberto, com piso de madeira ou sintético, apropriado à prática desportiva e com as

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dimensões e iluminação regulamentarmente exigidas, disponível durante toda a época


desportiva, que permita, pelo menos, dois treinos por semana de todas as equipas.
4. O disposto no número anterior é vinculativo para as licenças do tipo B e recomendável
para as licenças do tipo C.

Artigo 25.º Balneários

1. O candidato à licença é obrigado a disponibilizar balneários com as condições exigidas


pelo regulamento referente à competição a disputar no complexo desportivo.
2. É recomendável que os corredores tenham sinais claros e compreensíveis que
indiquem aos jogadores visitantes, árbitros e técnicos a direção para os locais
respetivos.
3. O candidato à licença está vinculado a garantir um acesso direto protegido à área de
jogo, o qual deve ser inacessível ao público e aos meios de comunicação.
4. O candidato à licença está obrigado a disponibilizar, no complexo desportivo, uma
sala destinada ao controlo antidopagem, em instalações adequadas de fácil acesso e
devidamente assinaladas, que garantam condições mínimas de higiene, segurança,
privacidade e conforto aos seus utilizadores, que disponham, no mínimo, de um WC com
sanitário, de um lavatório com espelho, de um chuveiro e de uma secretária com
cadeira. É recomendável a disponibilização de acesso à Internet.
5. É recomendável que o complexo desportivo disponha de uma sala para o delegado
ao jogo próxima de instalações sanitárias, de preferência junto dos balneários das
equipas e dos árbitros, equipada com uma mesa e uma cadeira.

Artigo 26.º Infraestruturas de apoio

1. O candidato à licença deve garantir obrigatoriamente que os veículos de serviço de


emergência, incluindo ambulâncias e viaturas dos bombeiros, tenham acesso à área de
jogo.

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2. É obrigatório que o complexo desportivo disponha de uma área isolada de


estacionamento para clubes, árbitros e outros técnicos, com capacidade para 2 lugares
de estacionamento para autocarros e 4 Lugares de estacionamento para automóveis.
3. O candidato à licença está vinculado a garantir que o complexo desportivo disponha
de instalações adequadas para os representantes dos órgãos de comunicação social,
que incluam, no mínimo, 10 Lugares para a imprensa e acesso reservado aos
representantes da comunicação social, bem como uma sala de conferências de
imprensa com capacidade mínima para 10 pessoas.
4. É recomendável que, no complexo desportivo, sejam mantidas as distâncias previstas
nas competições em que participam os clubes, relativamente aos painéis publicitários.
5. Os painéis publicitários não devem, em circunstância alguma:
a) Estar localizados em posições onde possam constituir um perigo para jogadores,
técnicos ou outras pessoas;
b) Estar instalados, ter uma forma ou ser constituídos de materiais que possam pôr
em perigo os jogadores;
c) Ser constituídos por materiais que possam refletir a luz ao ponto de distrair os
jogadores ou os árbitros;
d) Ser instalados de forma que possa obstruir os espectadores, no caso de uma
evacuação de emergência para a área de jogo, ou as saídas no caso de evacuação
de emergência do terreno de jogo.
5. Nas proximidades do complexo desportivo e dentro dele, é recomendável a colocação
de placas de sinalização que indiquem claramente o percurso de acesso aos diferentes
sectores.
6. Caso se realizem jogos à noite, é obrigatório que o complexo desportivo disponha de
instalações para iluminação artificial do terreno desportivo, com o mínimo de 800 luxes
e, no caso de transmissão televisiva, de 1200 luxes.
7. O candidato à licença está vinculado a garantir que o complexo desportivo disponha
de, pelo menos, um ponto de venda de bebidas e produtos alimentares, o qual deve ser
limpo, de fácil acesso e localizado em posição central.

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8. O disposto no número 3 do presente artigo é recomendável para as licenças dos tipos


B e C.

Secção III – Critérios Administrativos e Relativos ao Pessoal

Artigo 27.º Princípios gerais

Os critérios administrativos e relativos ao pessoal visam garantir que os Clubes sejam


dirigidos de um modo organizado, mediante a colaboração ou assistência de técnicos
especializados e que os jogadores da equipa principal e das equipas jovens estejam
confiados a treinadores qualificados e disponham de apoio médico prestado por
profissionais habilitados.

Artigo 28.º Administração


1. O Clube é obrigado a designar um responsável administrativo que tem por função
coordenar as atividades correntes e representar e vincular o Clube em matéria de
licenciamento.
2. O Clube é obrigado a designar uma pessoa responsável pelo seu departamento
financeiro, que pode ser titular eleito de um órgão social, integrar o seu quadro de
funcionários ou ser pessoa singular ou coletiva mandatada, por meio de contrato
escrito, para o exercício dessas funções. O responsável pelas finanças do Clube é
obrigatoriamente um contabilista certificado ou um revisor oficial de contas.

Artigo 29.º Recursos humanos desportivos

1. O Clube deve ter obrigatoriamente ao seu serviço um treinador principal habilitado


com a qualificação mínima exigida pelo respetivo regulamento desportivo.
2. O candidato à licença é obrigado a nomear um responsável técnico e técnicos das
equipas jovens, em conformidade com o disposto no regulamento e no manual de
certificação das entidades formadoras.

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3. O Clube ou sociedade desportiva é obrigado a indicar a sua equipa médica, integrada


por um médico, enfermeiro ou fisioterapeuta, em regime de contrato de trabalho ou de
prestação de serviços, cujas habilitações académicas ou profissionais sejam certificadas.
4. O Clube ou sociedade desportiva é obrigado a indicar um Diretor de Segurança ou um
Ponto de Contacto com a Segurança, definindo, por escrito, os seus direitos e deveres.
5. O disposto no nº 3 do presente artigo é vinculativo para as licenças do tipo B e
recomendação para as licenças do tipo C.

Secção IV – Critérios Legais

Artigo 30.º Princípios

1. Os Clubes são obrigados a estruturar-se no quadro legal regulador das sociedades


desportivas ou das associações sem fins não lucrativos, consoante a sua natureza
jurídica, devendo cumprir os critérios constantes dos números seguintes.
2. O Clube é obrigado a instruir o processo de licenciamento com originais, cópias
autenticadas ou certidões dos seguintes documentos:
a) Estatutos ou contrato de sociedade em vigor;
b) Declaração de compromisso, subscrita por representante do clube, de aplicar
e observar as disposições e condições do sistema de licenciamento;
c) Declaração, subscrita por representante do clube, comprovativa de que
todos os documentos apresentados estão completos e são verdadeiros;
d) Declaração conferindo à FPF autorização plena para proceder ao exame de
documentos e à recolha de informações que se mostrem relevantes no
âmbito da emissão da licença e de acordo com a legislação nacional.
3. O Clube tem de ser estar obrigatoriamente filiado na FPF e preencher as condições
de adesão definidas nos estatutos e regulamentos.
4. O Clube tem de apresentar obrigatoriamente uma declaração escrita de que apenas
participará nas competições nacionais de futebol organizadas pela FPF.

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5. O Clube deve apresentar obrigatoriamente uma cópia autenticada dos seus Estatutos
ou, tratando-se de sociedade, do contrato de sociedade, que comprove, de modo
atualizado, o nome, sede, forma jurídica, sócios e identidade das pessoas com poderes
para o vincular, designadamente certidão emitida pela Conservatória do Registo
Comercial da área em que estiver situada a sede da sociedade ou, em sua substituição,
a indicação do código de Certidão Permanente, válido e ativo.
6. O Clube deve cumprir obrigatoriamente os deveres de transparência, através de
plataforma informática disponibilizada pela FPF para o efeito e sempre que o
regulamento da Prova o estabeleça.
7. Para cumprimento do disposto no número anterior, o clube deve, através da
Plataforma da Transparência da FPF, dar conhecimento dos elementos de identificação
relativos ao:
A. Clube, Sociedade Desportiva Unipessoal por Quotas ou Sociedade Anónima
Desportiva;
B. Declarante;
C. Titular de participação de, pelo menos, 10% do capital social ou dos direitos
de voto, com identificação e discriminação das percentagens de participação
e dos direitos de voto de cada um, incluindo toda a cadeia de pessoas e
entidades a quem a participação deva ser imputada;
D. Membros dos órgãos da direção, gerência ou administração e das pessoas
que, de facto, exerçam atividades próprias de gestão.

Secção V – Critérios Financeiros

Artigo 31.º Objetivos e Princípios

1. Os requisitos a cumprir pelo candidato à licença, constantes do Artigo 33.º, visam:


a) Assegurar a transparência e credibilidade financeira dos Clubes;
b) Salvaguardar a concorrência leal entre os Clubes participantes;

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c) Reforçar a confiança no futebol, criando um mercado mais atrativo aos


investidores, patrocinadores e Mecenas, que permita a obtenção de receitas
adicionais;
d) Partilhar experiências e informações a todos os níveis.
2. O candidato à licença deve, em síntese, cumprir os requisitos previstos no Artigo 33.º,
através da elaboração das demonstrações financeiras anuais.

Artigo 32.º Procedimentos específicos

1. Os objetivos deste critério visam:


a) Assegurar que a decisão da entidade licenciadora tenha como pressuposto a
atualidade da situação económico-financeira do candidato à licença e consagrar
uma posição de igualdade de tratamento entre os Clubes;
b) Comprovar a inexistência de dívidas decorrentes de transferências de jogadores
relativamente a outros Clubes, bem como a jogadores ou terceiros reconhecidos
pelas competentes entidades nacionais e internacionais;
c) Comprovar da inexistência de dívidas decorrentes de contratos ajustados com
os seus trabalhadores, incluindo as contribuições para a Segurança Social e os
impostos, relativos às importâncias contratualmente devidas.

Artigo 33.º Critérios Financeiros

1. O Clube deve apresentar obrigatoriamente as demonstrações financeiras anuais de


acordo com a legislação contabilística e fiscal em vigor.
2. O Clube é obrigado a evidenciar a inexistência de dívidas vencidas decorrentes de
transferências de jogadores relativamente a quaisquer Clubes filiados numa Federação
ou Liga, bem como a jogadores ou terceiros, reconhecidos pelos competentes
organismos nacionais e internacionais.
3. O Clube é obrigado a evidenciar a inexistência de dívidas em relação aos seus
jogadores, treinadores e demais colaboradores, vencidas à data de 31 de dezembro do
ano anterior à época a licenciar e não pagas até à data da entrega dos formulários e
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demais documentação exigida para o licenciamento. O Clube deve apresentar uma


tabela com a indicação dos credores, números de identificação fiscal, montante em
dívida e data de vencimento, a qual deve ser assinada por todos os elementos nela
previstos e validada por um Revisor Oficial de Contas.
4. O Clube candidato a uma licença do tipo A deve demonstrar obrigatoriamente que
tem a sua situação tributária regularizada perante a Autoridade Tributária e perante a
Segurança Social.
5. O Clube candidato à licença do tipo B deve demonstrar obrigatoriamente a
inexistência de dívidas relacionadas com a atividade desportiva.
6. O Clube candidato à licença do tipo C deve demonstrar obrigatoriamente a
inexistência de dívidas referentes a contribuições para a Segurança Social e a impostos
retidos na fonte.
7. Os Clubes que tenham dívidas pendentes devem demonstrar, mediante declaração
de um Revisor Oficial de Contas, a existência de um acordo, a pendência de um litígio
em Tribunal Judicial ou Arbitral ou apresentar um plano de pagamentos, com a indicação
das datas de pagamento e respetivos montantes.

Artigo 34º O licenciamento numa perspetiva financeira

1. A licença só é concedida se o Clube candidato satisfizer integralmente os critérios


discriminados no artigo anterior.
2. Se o Clube não satisfizer os referidos critérios ou se, no decorrer da avaliação,
existirem outros elementos que revelem diminuição da capacidade financeira ou
económica do Clube, a FPF decide se a licença deve ser concedida ou recusada.
3. A concessão de licença é recusada nos seguintes casos:
a) O Clube candidato não apresentar as demonstrações financeiras elaboradas em
conformidade com a legislação aplicável, dentro do prazo estabelecido;
b) As contas apresentarem dívidas a terceiros resultantes de transferências de
jogadores, em inobservância do disposto no critério previsto no nº 2 do artigo
anterior;
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c) As contas apresentarem dívidas a trabalhadores, em inobservância do disposto


no critério previsto no n.3 do artigo anterior.

Artigo 35.º Disposições finais e transitórias


1. O presente regulamento foi aprovado pela Direção da FPF, na sua reunião de 25 de
junho de 2019, e entra em vigor no dia 1 de julho de 2019, sendo aplicável às
competições que se iniciem a partir do dia 1 de julho de 2021.
2. Sem prejuízo do referido no número anterior, o disposto no presente regulamento é
apenas aplicável a partir da época desportiva de 2022/23 em relação às seguintes
competições:
a. Campeonato nacional da 1ª divisão de Sub-19;
b. Campeonato nacional feminino de Sub-19;
c. Liga feminina de Sub-19;
d. Campeonato nacional da 2ª divisão de Futsal;
e. Campeonato nacional de Sub-19 de Futsal.
3. Sem prejuízo do referido no número anterior, o disposto no presente regulamento é
apenas aplicável a partir da época desportiva de 2023/24 em relação às seguintes
competições:
a. Campeonato nacional da 2ª divisão de Sub-19;
b. Campeonato nacional de Sub-17;
c. Campeonato nacional de Sub-15;
d. Campeonato nacional da 2ª divisão feminino;
e. Campeonato nacional de Sub-17 de Futsal;
f. Campeonato nacional de Sub-15 de Futsal.

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