Você está na página 1de 35

SECRETARIA DE ESTADO DA DEFESA SOCIAL

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE ALAGOAS


DIRETORIA DE ENSINO
CENTRO DE FORMAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO DE PRAÇAS
DIVISÃO TÉCNICA

MANUAL DE ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA PARA DOCENTES

MACEIÓ – AL
2016
CFAP - Manual de Orientação Pedagógica para Docentes 2

APRESENTAÇÃO

Caro docente,

Este Centro de Formação vem, através do presente manual, orientar e


regulamentar alguns procedimentos pertinentes ao ensino-aprendizagem, de modo a
manter a uniformidade e o padrão em suas ações formativas. Nesse sentido, é
imperioso que as orientações expostas a seguir sejam o mais fielmente colocadas em
prática, visando sempre a melhoria da qualidade do ensino, observando-se,
principalmente, as peculiaridades do ensino militar, em que, além do acatamento à
disciplina e à hierarquia, há a questão da classificação (concorrência) entre os
discentes que irá influenciar sobremaneira a ascensão funcional da carreira policial
militar.
Destarte, ao se implementar o presente manual, busca-se contribuir para o
aprimoramento dos processos de interação entre discentes, docentes e a própria
Divisão Técnica do CFAP, resultando na melhoria significativa da qualidade do ensino
desenvolvido neste Centro de Ensino Militar.

Cordialmente,

ERALDO SILVA LIMA – CAP QOC PM


Diretor da DT/CFAP
Mat.
CFAP - Manual de Orientação Pedagógica para Docentes 3

SUMÁRIO

1. FINALIDADE ............................................................................................................................................. 5
2. OBJETIVOS ............................................................................................................................................... 5
3. CARACTERIZAÇÃO DA UNIDADE DE ENSINO ............................................................................................ 5
3.1. MISSÃO .................................................................................................................................................. 5
3.2. CURSOS REALIZADOS ............................................................................................................................. 5
3.2.1 Curso de Formação de Praças – CFP .................................................................................................. 5
3.2.2 Curso de Formação Complementar para Praças - CFCP .................................................................... 5
3.2.3 Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos – CAS ................................................................................. 5
3.2.4 Cursos e Estágios de Especialização .................................................................................................. 6
3.2.5 Cursos da SENASP .............................................................................................................................. 6
3.3. ACOMPANHAMENTO DO ENSINO .......................................................................................................... 6
4. DOCENTES: INSTRUTORES E PROFESSORES.............................................................................................. 6
4.1. INSTRUTORES ......................................................................................................................................... 6
4.2. PROFESSORES......................................................................................................................................... 6
4.3. DIREITOS DOS DOCENTES ....................................................................................................................... 7
4.4. DEVERES DOS DOCENTES ....................................................................................................................... 7
4.5. DAS PENALIDADES AOS DOCENTES ........................................................................................................ 8
5. PROCESSOS DE AVALIAÇÃO ..................................................................................................................... 8
5.1. VERIFICAÇÃO IMEDIATA (VI) - SEM PESO ............................................................................................... 9
5.2. VERIFICAÇÃO ESPECIAL (VESP) ............................................................................................................... 9
5.3. VERIFICAÇÃO CORRENTE (VC) ................................................................................................................ 9
5.4. VERIFICAÇÃO FINAL (VF) ........................................................................................................................ 9
5.5. VERIFICAÇÃO DE RECUPERAÇÃO (VR) .................................................................................................. 10
5.6. VERIFICAÇÃO DE 2ª CHAMADA............................................................................................................. 10
5.7. CORRELAÇÃO ENTRE CARGA HORÁRIA E TIPO DE AVALIAÇÃO............................................................. 10
5.8. MÉDIA FINAL ........................................................................................................................................ 10
5.9. INSTRUMENTOS DE MEDIDAS .............................................................................................................. 10
5.9.1 A Prova Escrita ................................................................................................................................. 11
5.9.2 A Prova Oral ..................................................................................................................................... 11
5.9.3 As Provas Práticas ou de Execução, ................................................................................................. 11
6. CICLO DAS PROVAS.................................................................................................................................11
6.1. SEQUÊNCIA .......................................................................................................................................... 11
6.1.1 Elaboração de Provas ...................................................................................................................... 12
6.1.2 Proposta de Prova............................................................................................................................ 12
6.1.3 Aplicação das Provas: ...................................................................................................................... 13
6.1.4 Instruções aos Aplicadores: ............................................................................................................. 13
6.1.5 Correção .......................................................................................................................................... 14
6.1.6 Mostra de Provas ............................................................................................................................. 15
6.1.7 Revisão de Prova .............................................................................................................................. 16
6.1.8 Apuração ......................................................................................................................................... 17
6.1.9 Aceitação dos Resultados da Prova ................................................................................................. 17
6.1.10 Média da Disciplina ..................................................................................................................... 18
7. DISPOSIÇÕES FINAIS ...............................................................................................................................18
8. REFERÊNCIAS ..........................................................................................................................................19
ANEXO “A” - MONTAGEM DE PROVA .............................................................................................................21
ANEXO “B”- ORIENTACAO DE AVALIACAO ......................................................................................................31
CFAP - Manual de Orientação Pedagógica para Docentes 4

ANEXO “C” - INSTRUÇOES PARA PROVAS........................................................................................................32


ANEXO “D”- AVALIAÇÃO DE VERIFICAÇÕES ESPECIAIS ....................................................................................33
ANEXO “E” - PEDIDO DE REVISAO DE NOTA ....................................................................................................34
CFAP - Manual de Orientação Pedagógica para Docentes 5

1. FINALIDADE
O presente Manual tem por finalidade estabelecer orientações pertinentes aos
procedimentos a serem adotados pelos Docentes titulares de disciplinas ministradas
nos cursos desenvolvidos no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças da
PMAL, no que concerne ao processo de ensino-aprendizagem, buscando uniformizá-
los, visando precipuamente uma melhor qualidade no rendimento do ensino e,
consequentemente, uma formação técnico-profissional condizente com os reclamos
da sociedade alagoana.

2. OBJETIVOS
a. Padronizar as ações de ensino desenvolvidas pelos Docentes;
b. Estabelecer critérios no processo de avaliação do ensino-aprendizagem;
c. Corrigir em tempo útil quaisquer desvios no processo de ensino-
aprendizagem;
d. Normatizar os procedimentos a serem adotados pelos docentes para fins de
regulamentação juntamente ao corpo discente do CFAP;
e. Orientar os docentes, em especial os civis, acerca do regime de ensino
castrense.

3. CARACTERIZAÇÃO DA UNIDADE DE ENSINO

3.1. MISSÃO
O CFAP é um estabelecimento de ensino militar cuja missão é formar,
aperfeiçoar, habilitar e especializar soldados e graduados da Corporação e de co-
irmãs, a critério do Comandante Geral, através de cursos e estágios na área de
segurança pública, objetivando desenvolver e aprimorar no policial militar atributos
morais e profissionais indispensáveis ao perfeito desempenho das atividades da
PMAL, referentes a sua missão constitucional.

3.2. CURSOS REALIZADOS

3.2.1 Curso de Formação de Praças – CFP


O Curso de Formação de Praças é destinado ao público externo, selecionado
através de concurso público, para o cargo de Soldado PM, habilitando-o a galgar até
a graduação de 2º Sargento. Dessa forma, o curso visa preparar o aluno tanto para
as atividades operacionais quanto para as administrativas da Corporação.

3.2.2 Curso de Formação Complementar para Praças - CFCP


O Curso de Formação Complementar para Praças tem por objetivo submeter os
Cabos e Soldados da PMAL, não detentores do Curso de Formação de Praças – CFP,
a uma formação técnico-profissional complementar, de modo a habilitá-los a
ascenderem na carreira militar, galgando às graduações subsequentes, nos termos
da Lei nº 6.544 de 21 de dezembro de 2004, o que não seria possível com o antigo
CFSd, que cursaram.

3.2.3 Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos – CAS


O Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos tem por objetivo aperfeiçoar os 2°
Sargentos da Polícia Militar, atualizando e ampliando seus conhecimentos,
CFAP - Manual de Orientação Pedagógica para Docentes 6

habilitando-os ao exercício das funções inerentes às graduações de 1° Sargento e


Subtenente PM.

3.2.4 Cursos e Estágios de Especialização


Os Cursos e Estágios de Especialização de Praças, como por exemplo, o Curso
de Básico de Direitos Humanos, o Curso de Metodologia do Treinamento Físico
Policial Militar, o Curso de Condutor de Viaturas Policiais e o Curso Policial de
Capacitação Aquática, destinam-se a especializar praças das diversas graduações
para o exercício de funções e atribuições que exijam conhecimentos de técnicas
especiais.

3.2.5 Cursos da SENASP


Cursos diversos destinados aos integrantes dos diversos órgãos e instituições
que fazem parte da Secretaria de Estado da Segurança Pública de Alagoas (SSP),
geralmente realizados em parceria com sua Gerência de Ensino.

3.3. ACOMPANHAMENTO DO ENSINO


Conforme o disposto nas Normas para o Planejamento e a Conduta do Ensino
(NPCE/2016), a Divisão Técnica de Ensino deverá produzir relatório circunstanciado
sobre o conteúdo transmitido e da participação, motivação e aprendizagem do corpo
discente, através de um acompanhamento constante das atividades pedagógicas
desenvolvidas, visando à orientação na contratação e designação de instrutores,
monitores e professores.
Para melhor desenvolver essas ações, a Divisão Técnica de Ensino deverá
elaborar escalas, nas quais concorrerão oficiais e praças com o intuito de observar as
aulas/instruções ministradas, sendo vedada qualquer interferência nas aulas
observadas, cabendo ao observador apenas colher elementos para produção de seu
relatório.

4. DOCENTES: INSTRUTORES E PROFESSORES

4.1. INSTRUTORES
São docentes militares possuidores de curso de nível superior ou com
especialização na área da disciplina para a qual foi selecionado a ministrar,
responsáveis pela construção dos conhecimentos especificados nos planos de
unidade didática a serem repassados nos diversos cursos desenvolvidos neste Centro
de Formação. Devem contribuir diretamente na solidificação dos princípios gerais da
disciplina e da hierarquia policiais militares.

4.2. PROFESSORES
São docentes civis com graduação ou especialização na área da disciplina para
a qual foi selecionado a ministrar, sendo responsáveis pela construção dos
conhecimentos especificados nos planos de unidade didática a serem repassados nos
diversos cursos desenvolvidos neste Centro de Formação. Contribuem indiretamente
na solidificação dos princípios gerais da disciplina e da hierarquia policiais militares.
CFAP - Manual de Orientação Pedagógica para Docentes 7

4.3. DIREITOS DOS DOCENTES


São direitos dos docentes do CFAP, além de outros previstos em leis e
regulamentos:
a. Percepção de gratificação legal por hora-aula; e
b. Tratamento condigno com o cargo que ocupa, dentro ou fora da sala de aula.

4.4. DEVERES DOS DOCENTES


São deveres dos docentes do CFAP, além de outros previstos em leis,
regulamentos ou normas específicas baixadas pela Divisão Técnica de Ensino ou pelo
Comando do CFAP:
a. Ser pontual comparecendo às aulas teóricas ou práticas e lecionando
eficientemente a disciplina a que se propôs, admitindo-se a tolerância máxima
de 15 (quinze) minutos;
b. Lançar no diário de frequência os nomes dos alunos faltosos e retardatários,
conforme o caso;
c. Comparecer às reuniões convocadas pelo Comando do CFAP e aos demais
atos da vida escolar, quando for comunicado para tanto;
d. Apresentar a Divisão Técnica de Ensino o Plano de Disciplina, o Plano de
Conjunto Integrado de Disciplinas, O Plano de Aula ou de Sessão, com
antecedência mínima de 72 (setenta e duas) horas do início da disciplina;
e. Submeter à análise prévia do Conselho de Ensino ou da Divisão Técnica de
Ensino, respectivamente com uma antecedência mínima de 30 (trinta) dias e
72(setenta e duas) horas, antes de sua adoção em sala de aula, os assuntos
de natureza pedagógica sobre livros, regulamentos, manuais e textos
propostos que não constem do plano de ensino aprovado pela Divisão
Técnica de Ensino;
f. Cumprir rigorosamente as diretrizes e os programas de ensino;
g. Aplicar e fiscalizar as provas (verificações), podendo, a critério da Divisão
Técnica de Ensino, ser auxiliado pela administração desta Unidade Escola
(componentes da própria Divisão Técnica de Ensino ou do Corpo de Alunos
ou auxiliares);
h. Fazer correção das provas, entregando-as na Divisão Técnica de Ensino com
as respectivas notas atribuídas, dentro de prazo de até 48 (quarenta e oito)
horas após a sua aplicação;
i. Tomar parte nos Conselhos de Ensino, para os quais for designado;
j. Não dispensar o aluno da sala de aula, sem conhecimento do Corpo de
Alunos;
k. Cumprir as prescrições regulamentares e ordens recebidas com relação ao
ensino;
l. Cumprir o calendário de provas preestabelecido pela Divisão Técnica de
Ensino;
m. Não agendar nenhuma aula (atividade) externa, sem prévio conhecimento da
Divisão Técnica de Ensino
n. Informar a Divisão Técnica de Ensino, com antecedência mínima de 72
(setenta e duas) horas, a pretensão de realização de aula (atividade) externa
que não necessite de provisão de meios;
CFAP - Manual de Orientação Pedagógica para Docentes 8

o. Informar a Divisão Técnica de Ensino, com antecedência mínima de 10 (dez)


dias úteis, a pretensão de realização de aula (atividade) externa que necessite
de provisão de meios;
p. Tratar o discente de maneira compatível com a disciplina policial militar;
q. Comparecer às instruções com apresentação pessoal compatível com a
vivência policial militar. Se militar deverá estar devidamente uniformizado
(conforme o respectivo Regulamento de Uniformes) e se não for militar deverá
trajar-se com a sobriedade e o decoro com que o ambiente castrense requer;
r. Apresentar à Divisão Técnica de Ensino, no fim de cada ano letivo (até 03 dias
úteis após concluir a sua carga horária), relatório escrito, com observações
críticas pessoais decorrentes da experiência docente, assim como apresentar
sugestões julgadas capazes de contribuir para melhor adequação dos Planos
Didáticos;
s. Acompanhar os pareceres sobre os resultados de verificações com índices
anormais, de acordo com os critérios de aceitação;
t. Submeter-se aos instrumentos de avaliação da prática da docência, baseados
em critérios objetivos e estabelecidos pela Divisão Técnica de Ensino.

4.5. DAS PENALIDADES AOS DOCENTES


Todas as faltas e atrasos por parte do docente serão comunicadas, por escrito,
à Divisão Técnica de Ensino pelo Xerife da turma, após haver se esgotado o prazo de
tolerância de 15 (quinze) minutos do início da aula. A Divisão Técnica confeccionará,
consoante a informação prestada, o devido documento (parte, comunicação,
informação, etc), diante do qual o Comando do CFAP, no que couber, instaurará o
devido processo administrativo e, quando lhe faltar competência, fará os devidos
encaminhamentos, para as providências cabíveis a quem de direito.

Os integrantes do Corpo Docente estão sujeitos às seguintes penalidades:


a. Advertência Verbal ou Escrita;
b. Perda da Cadeira – quando, no ano letivo, deixar de cumprir mais de 25% da
carga horária prevista para sua disciplina numa turma, bem como quando
incidir nas hipóteses específicas previstas no Edital de Credenciamento de
docentes, além da aplicação das demais normas e regulamentos vigentes,
conforme o caso especifico para cada docente, seja ele militar ou civil;
c. Perda da Remuneração de Hora Aula - quando deixar de ministrar as aulas
previstas.

5. PROCESSOS DE AVALIAÇÃO

Em cumprimento ao Art. 33 do Regulamento Interno do CFAP, os processos


empregados para a avaliação da aprendizagem são:
a. Verificação Imediata (VI);
b. Verificação Especial (VEsp);
c. Verificação Corrente (VC);
d. Verificação Final (VF);
e. Verificação de Recuperação (VR).
CFAP - Manual de Orientação Pedagógica para Docentes 9

5.1. VERIFICAÇÃO IMEDIATA (VI) - SEM PESO


A Verificação Imediata será realizada durante aula ou bloco de aulas, visando
exclusivamente avaliar o rendimento do aluno após o ensino de determinado assunto
e possibilitar a reavaliação da aprendizagem. A VI não tem efeito classificatório.

5.2. VERIFICAÇÃO ESPECIAL (VESP)


Tem por finalidade orientar o estudo e valorizar o trabalho do aluno ou grupos de
alunos. Essa verificação poderá ser realizada individual ou coletivamente em classe
ou em outros locais. A referida verificação constará de atividades de pesquisas, nas
quais se deve focalizar assuntos de toda a disciplina ou parte dela, unidade didática
ou parte dela, de acordo com a função ou natureza dos objetivos estabelecidos, sendo
que o prazo para sua realização dependerá da tarefa proposta. A avaliação deve ser
criteriosa, obedecendo à avaliação dos critérios contidos nas Fichas de Avaliações
para Verificações Especiais (Avaliação do Trabalho e avaliação da Apresentação),
contida no anexo “D” deste Manual.

5.3. VERIFICAÇÃO CORRENTE (VC)


Tem por finalidade avaliar o progresso conseguido pelo aluno em certa faixa do
programa, não podendo exceder a 02 (dois) tempos seguidos de aulas, excetuadas
as atividades de cunho prático que poderão ter mais tempo disponível, de acordo com
a necessidade.
Visando promover uma maior participação dos alunos nas atividades
pedagógicas, os trabalhos de caráter coletivo serão desenvolvidos por equipes
formadas por 04 (quatro) alunos, sendo admitida em casos específicos a formação
com o máximo de 05 (cinco) alunos.
Qualquer necessidade de quantitativo de alunos na formação de equipes, em
número superior ao estabelecido, só poderá ocorrer com prévia e justificada
solicitação do Docente, que será submetida ao coordenador pedagógico do curso e
somente será aplicada mediante autorização escrita.
As avaliações ocorrerão conforme preconizadas nos planos dos cursos e
estágios, no entanto em decorrência da importância das notas entre os componentes
do corpo discente, será dada ênfase as avaliações de caráter individual, de tal forma
que a quantidade de avaliação baseada em trabalho de equipe (coletivas) seja em
número menor as avaliações de caráter individual.
Nos casos das disciplinas eminentemente práticas, quando previamente
autorizado pela Divisão Técnica de Ensino, poderá haver a combinação para compor
uma determinada verificação corrente (avaliações escritas de caráter individual e
trabalho de equipe com avaliações orais, práticas ou de execução), ficando a prova
escrita com nota máxima de 8,00 (oito) pontos e os demais com nota máxima de 2,00
(dois) pontos, podendo nestes últimos aplicar-se o critério para os trabalhos coletivos.

5.4. VERIFICAÇÃO FINAL (VF)


A Verificação Final (VF) tem a finalidade de avaliar a consecução da totalidade
dos objetos componentes dos planos da disciplina e sua duração não deve ultrapassar
a 02 (duas) horas-aulas, salvo as atividades de cunho prático que poderão ter mais
tempo disponível, de acordo com a necessidade.
CFAP - Manual de Orientação Pedagógica para Docentes 10

5.5. VERIFICAÇÃO DE RECUPERAÇÃO (VR)


Objetiva reavaliar a totalidade dos assuntos ministrados na matéria, devendo ter
um grau de dificuldade maior que o da Verificação Final. Será apenas aplicada
quando, após a VF, o aluno não tiver obtido média de aprovação (5,00). Só pode ser
aplicada em até 03 (três) disciplinas do Curso ou Estágio, pois o aluno que não obtiver
média de aprovação em mais de três disciplinas, antes de ser submetido à VR, será
reprovado.
As verificações finais e de recuperação serão aplicadas individualmente,
mediante o processo de prova escrita, salvo nos casos previamente autorizados pela
Divisão Técnica de Ensino, onde poderão ser aplicados processos de verificação
combinados (prova escrita, oral, prática ou de execução), ficando a prova escrita com
nota máxima de 8,00 (oito) pontos e os demais com nota máxima de 2,00 (dois)
pontos, podendo nestes últimos ser aplicado o critério para os trabalhos coletivos.

5.6. VERIFICAÇÃO DE 2ª CHAMADA


O aluno que faltar a qualquer verificação, desde que devidamente justificada
através de documentos que comprovem sua impossibilidade, terá direito a uma nova
prova de segunda chamada, se a requerer no prazo de 72 (setenta e duas) horas, à
Divisão Técnica de Ensino. Caso a falta se configure transgressão disciplinar, ser-lhe-
á atribuída à nota 0 (zero).

5.7. CORRELAÇÃO ENTRE CARGA HORÁRIA E TIPO DE AVALIAÇÃO


A quantidade e o tipo de verificações são fixados de acordo com a carga horária
prevista para a disciplina, a saber:

CARGA HORÁRIA QUANTIDADE TIPO


20h/a 1 Verificação Final
01 Verificação Corrente
30h/a até 59h/a 2
01 Verificação Final
02 Verificações Correntes
60h/a até 79h/a 3
01 Verificação Final
03 Verificações Correntes
Acima de 79h/a 4
01 Verificação Final

5.8. MÉDIA FINAL


A média final da disciplina é a média aritmética simples do somatório das notas
das verificações realizadas.
É terminantemente vedado ao docente atribuir pontuação extra para qualquer
aluno.

5.9. INSTRUMENTOS DE MEDIDAS


As orientações para a elaboração de cada tipo de questão aqui indicada
encontram-se no anexo “A” deste Manual.
Nos diversos processos de verificação são utilizados os seguintes instrumentos
de medidas, isolados ou combinados:
a. Prova escrita;
b. Prova oral;
c. Prova prática ou de execução.
CFAP - Manual de Orientação Pedagógica para Docentes 11

5.9.1 A Prova Escrita


As avaliações do CFAP podem conter questões dos seguintes tipos:
a. Respostas apresentadas ao aluno: múltipla-escolha, V/F ou C/E,
associação, completamento, ordenação, identificação e respostas curtas ou
simples;
b. Respostas elaboradas pelo aluno: dissertativa, contextualizada, também
conhecida como subjetiva;
c. Resposta mista.

As provas escritas devem contemplar, no mínino,70% das questões de


respostas apresentadas aos alunos e questões de respostas elaboradas pelo aluno,
sendo estas no mínimo 30% para prova.

5.9.2 A Prova Oral


À prova oral, em virtude de sua característica altamente subjetiva, devem ser
atribuídos critérios iguais de correção para todos os alunos, devendo tais critérios ficar
restritos aos objetivos da disciplina ministrada.
Para a aplicação desse instrumento de medida, o docente deve previamente
submeter à apreciação da Divisão Técnica de Ensino uma Ficha de Avaliação com os
critérios a serem observados durante a realização da prova.
O docente deverá ainda, com uma antecedência mínima de 48 (quarenta e oito)
horas, divulgar claramente para a turma tais critérios de avaliação.
Dessa forma, o aluno deverá responder as perguntas que lhe forem feitas pelo
docente, o qual registrará na Ficha de Avaliação o acerto ou erro, divulgando ao final
da avaliação a chave de correção, bem como a nota atribuída, colhendo a assinatura
do discente na referida ficha como forma de comprovação de sua ciência e anuência
no que diz respeito a nota obtida.
O instrumento de medida prova oral só poderá ser utilizado em complemento ao
instrumento de medida prova escrita, podendo compor em até 20% a nota de um dos
processos de avaliação da disciplina.

5.9.3 As Provas Práticas ou de Execução,


Para a aplicação da prova prática, o docente deve previamente submeter à
apreciação da Divisão Técnica de Ensino uma Ficha de Avaliação contendo os
critérios a serem observados durante a realização do exame, bem como divulgar
claramente para a turma e com antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas,
os critérios estabelecidos.

6. CICLO DAS PROVAS


6.1. SEQUÊNCIA
O processamento do ciclo das provas obedece à seguinte sequência de
atividades:
a. Elaboração da prova pelo docente;
b. Encaminhamento ao e-mail da Divisão Técnica de Ensino ou através de mídia
digital, com antecedência mínima de 72 horas (provas escritas) e 04 dias úteis
(para os demais processos) da data marcada para a aplicação;
c. Análise do conteúdo da prova pela Divisão Técnica de Ensino;
CFAP - Manual de Orientação Pedagógica para Docentes 12

d. Aprovação;
e. Impressão;
f. Aplicação pelo docente e, caso seja entendido como necessário pela Divisão
Técnica de Ensino, acompanhamento por um oficial ou graduado do corpo
administrativo do CFAP;
g. Correção pelo docente;
h. Mostra dos resultados aos alunos, os quais cientificam a nota atribuída;
i. Início do prazo recursal. Expirado este último sem que sejam interpostos
recursos ou sanados os gravames, serão computadas as notas e os
instrumentos serão entregues aos discentes, ficando arquivada na Divisão
Técnica de Ensino apenas a relação das notas.

6.1.1 Elaboração de Provas


Seja oral, escrita, ou prática - é essencial para a elaboração de uma prova
considerar os objetivos estabelecidos para as unidades didáticas da disciplina.
A observância dos objetivos na seleção dos tipos de itens e na elaboração das
questões a serem apresentadas aos alunos, é cuidado fundamental para atendimento
dos requisitos técnicos de montagem do instrumento de medida da aprendizagem.
Todas as propostas de verificações deverão estar acompanhadas do respectivo
gabarito. Devem ser observados na elaboração de uma prova os seguintes requisitos
técnicos:
a. Amplitude - representa a abrangência total dos assuntos, com os respectivos
objetivos.
b. Relevância - vinculação efetiva dos itens de provas aos objetivos específicos
dos assuntos explorados na disciplina
c. Dosagem - evidencia os objetivos mais importantes, caracterizados pela
incidência de maior número de itens a eles referenciados.
d. Especificidade - evidência da consecução total ou parcial do objetivo,
assegurado pelos critérios estabelecidos para correção.
e. Redação - aspecto formal que delimita e especifica a natureza do pedido,
assegurando a clara compreensão pelo aluno do objetivo focalizado.
f. Exequibilidade - componente que assegura ao instrumento a potencialidade
de permitir o trabalho do aluno no conjunto de objetivos focalizados
envolvendo clareza nas instruções e destinação de tempo adequado para a
realização da prova. A exequibilidade caracteriza a avaliação realmente
voltada para a verificação dos conhecimentos adquiridos pelo aluno,
excluindo-se todos os outros fatores que constituam obstáculos à
apresentação de suas respostas.

6.1.2 Proposta de Prova


O docente elaborará uma proposta de prova com questões a mais (pelo menos
50%) das que efetivamente pretende cobrar na avaliação, contendo graus de
dificuldades diferenciados, obedecendo todo o processo previsto, devendo ser
entregue pelo professor/instrutor da disciplina na Divisão Técnica de Ensino do CFAP,
para análise do conteúdo e sua aprovação, e para a montagem da prova pelo corpo
técnico daquele setor.
Em princípio, os docentes devem considerar suas propostas aprovadas, porém
caso a Divisão Técnica de Ensino discorde de alguma parte, deve devolvê-las ao
CFAP - Manual de Orientação Pedagógica para Docentes 13

docente, informando o motivo e apontando soluções. Persistindo algum impasse, a


solução será dada pelo Diretor da Divisão Técnica de Ensino, após ciência ao
Comandante do CFAP, e em último grau pelo Conselho de Ensino.

A proposta de prova deverá:


a. Conter Ficha de Orientação de Verificação de Aprendizagem, conforme
modelo constante do Anexo “B” do presente Manual;
b. Trazer o enunciado das proposições (questões, itens e sub-itens) de acordo
com o prescrito na Orientação Pedagógica deste Manual (Anexo “A”);
c. Fazer constar ao lado de cada questão o escore (valor) que lhe é atribuído;
d. Ser, após aprovação, integralmente montada na Divisão Técnica de Ensino,
em dependência a este fim destinada, com vistas à manutenção do sigilo total;
e. Ser, após aprovação, impressa, alceada e embalada pela Seção Técnica de
Ensino, bem como guardada até a data de sua aplicação em local seguro e
de acesso restrito aos integrantes da Divisão Técnica de Ensino.

6.1.3 Aplicação das Provas:


Será de responsabilidade do docente, podendo, a critério da Divisão Técnica de
Ensino, ser auxiliado pela administração do CFAP (componentes da própria Divisão
Técnica de Ensino, do Corpo de Alunos ou auxiliares).
A Seção Técnica de Ensino é responsável pela coordenação da aplicação das
provas, fixando datas, elaborando escalas de fiscalização, dentre outras diretrizes
pertinentes.

6.1.4 Instruções aos Aplicadores:


f. Deverão receber as provas das mãos do Chefe da Seção Técnica de Ensino
até 15 (quinze) minutos antes do dispositivo pronto para realizá-la;
g. Distribuir a documentação da prova 05 (cinco) minutos antes da hora fixada
para seu início;
h. Ler, em voz alta, o que consta na 1ª página (ficha de orientação);
i. Conferir, junto com a turma, o número de páginas, desenhos e anexos que
contém a prova;
j. Proibir que permaneça sobre a mesa qualquer documentação ou material que
não seja autorizada para a realização da prova;
k. Determinar que antes do início da realização sejam preenchidos os locais
destinados à identificação da prova;
l. Autorizar o início da prova no quadro, em local bem visível, onde deve constar
a hora do início e do término;
m. Determinar que as respostas deverão ser assinaladas e/ou redigidas com
caneta azul ou preta;
n. Informar que todas as respostas deverão ser apresentadas nos locais para
isto destinados;
o. Orientar que não serão permitidos empréstimos, trocas de material ou
qualquer contato entre alunos durante a realização das provas;
p. Informar que durante a realização da prova o aluno não poderá afastar-se da
sala, exceto por motivo de saúde, ou para utilização de instalações sanitárias,
neste caso, apenas 01 (um) a cada momento, acompanhado do oficial ou
graduado responsável pelo auxílio ao docente na fiscalização da prova, salvo
CFAP - Manual de Orientação Pedagógica para Docentes 14

se houver diversidade de gênero, caso em que se contatará militar do CFAP


disponível no momento com compatibilidade de gênero para tal fim;
q. Providenciar que, após terminar a prova, o aluno se retire da sala, só podendo
regressar e ela após o encerramento da mesma;
r. Alertar a turma quando faltarem 15 (quinze) minutos para o término de tempo
previsto;
s. Determinar que os 03 (três) últimos alunos remanescentes na sala de aula só
sairão juntos após o término da aplicação da prova;
t. Encerrar a prova ao término do tempo previsto, determinando que os alunos
parem de escrever e levantem-se de suas cadeiras;
u. Conferir e grampear os documentos entregues pelos alunos;
v. Providenciar que toda documentação recebida pelo aluno seja devolvida;
w. Fixar o gabarito logo após o término da prova, em local de fácil acesso aos
alunos (quadro de avisos).
x. Informar que se consideram meios ilícitos utilizar ou ter em seu poder qualquer
meio, objeto ou artifício considerado não permitido, durante a realização de
verificações da aprendizagem, escritas ou práticas, e ainda, toda ação não
permitida que vise à modificação do resultado de qualquer verificação da
aprendizagem.
y. Proceder, no caso de aluno surpreendido com a posse ou utilização de meio
considerado ilícito durante a realização da prova, a apreensão do instrumento
de avaliação imediatamente, interrompendo a execução da prova
especificamente para o aluno flagrado;
z. Anexar, se possível, o meio considerado ilícito utilizado ou na posse do
discente, lavrando incontinenti o respectivo termo e a parte disciplinar.
aa. Apresentar o discente flagrado usando meio considerado ilícito durante a
realização da prova ao Comandante do Corpo de Alunos, que o ouvirá através
de termo de declarações, indicando 02 (duas) possíveis testemunhas de
defesa.

6.1.5 Correção
A correção da prova é atribuição do docente titular da disciplina, devendo
obedecer às seguintes prescrições:
a. Utilizar caneta esferográfica vermelha, assinalando com “C” as ideias ou
marcações consideradas corretas e com um “E” as incorretas, de acordo com
o gabarito.
b. Invalidar todos os espaços em branco com traços vermelhos em diagonal.
c. Registrar na margem esquerda, ao lado de cada item ou questão, o valor
(pontuação) que lhes foi atribuído.
d. Preencher as notas com aproximação até décimos. Exemplos: o valor 8,0
deve ser acompanhado de sua descrição por extenso, “oito inteiros”; já o valor
8,5 deve vir acompanhado da descrição por extenso “oito inteiros e 5
décimos”;
e. Utilizar caneta esferográfica vermelha para lançar qualquer correção na Ata
de Notas;
f. Autenticar com sua rubrica, utilizando caneta esferográfica vermelha,
qualquer correção feita em pontuação anteriormente atribuída em avaliação.
CFAP - Manual de Orientação Pedagógica para Docentes 15

g. Fazer as alterações acima das notas atribuídas anteriormente (tanto no valor


quanto na descrição por extenso), registrando-as no campo destinado a
observações e ressalvas. Ex: Observações e Ressalvas: A nota do aluno foi
alterada de 8,0 (oito inteiros) para 8,5 (oito inteiros e cinco décimos).

Para as disciplinas que exigem menção no seu resultado final tem-se o


seguinte quadro de correspondência entre notas e menção, considerando-se o termo
“Menção” como o conceito atribuído em consequência de nota obtida pelo discente.

Notas Menções
0,00 a 4,99 Insuficiente (I)
5,00 a 5,99 Regular (R)
6,00 a 7,99 Bom (B)
8,00 a 9,99 Muito Bom (MB)
10,00 Excelente (E)

6.1.6 Mostra de Provas


Os alunos tomarão conhecimento dos resultados que obtiveram na prova
durante a mostra da mesma e após a solução do pedido de Revisão de Prova, quando
houver. Com relação a mostra de prova, destaca-se o seguinte:

a. Toda prova escrita ou gráfica de todas as disciplinas, seja ela correspondente


à Verificação Especial (VEsp), Verificação Corrente (VC), Verificação Final
(VF) ou Verificação de Recuperação (VR), após corrigida, deverá ser
obrigatoriamente apresentada aos alunos, em data definida pelo docente e
pela Seção Técnica de Ensino;
b. O prazo da amostragem da prova será definido pela Divisão Técnica de
Ensino e pelo docente após a realização da prova;
c. A mostra de provas poderá ser realizada durante o horário ordinário de aula
da disciplina ou fora dele, em local previamente divulgado, dentro das
dependências do CFAP e durante o horário de expediente escolar;
d. A mostra deverá transcorrer de maneira ordenada e formal, de modo a evitar
aglomerações em torno do docente e questionamentos verbais ao mesmo,
por parte dos alunos;
e. É admissível que o professor, durante a amostragem da prova e mediante
solicitação do aluno, esclareça o correto desenvolvimento de alguma questão
em que ele não tenha obtido sucesso, visando assim auxiliar o aluno na
autocrítica e constatação de suas deficiências;
f. A distribuição das provas, durante a amostragem, fica a critério do docente,
podendo ser feita a todos os alunos ou inicialmente a apenas um grupo do
efetivo, dependendo da quantidade de alunos da turma;
g. Todos os alunos com ou sem as provas distribuídas permanecerão sentados
durante a mostra;
h. O docente deverá deixar o gabarito à disposição para os alunos que
desejarem consultá-lo;
i. É terminantemente proibido o aluno escrever ou apagar qualquer parte da
prova, durante a mostra;
CFAP - Manual de Orientação Pedagógica para Docentes 16

j. É terminantemente proibido o aluno afastar-se da local da mostra portando a


sua prova ou a de outrem, sob qualquer pretexto;
k. É permitido que aluno, durante a amostragem e já de posse de sua prova, se
comunique com os demais discentes, trocando ideias e tecendo comentários
sobre as questões da prova;
l. O professor poderá conceder entrevista individual ao aluno, para
esclarecimentos e elucidações de natureza informativa, sem caráter de
concessão de revisão;
m. Qualquer solicitação de revisão, mesmo somente correção de soma, será feita
exclusivamente por escrito, da forma adiante exposta em formulário próprio
(conforme ANEXO “E” deste Manual);
n. O aluno que constatar erro na soma ou tiver dúvida quanto ao mérito da
correção de alguma questão poderá suscitar a questão junto ao docente
durante a mostra da prova e, caso haja concordância com a fundamentação
do discente, o docente poderá fazer desde logo a devida retificação;
o. Ao discente que, por motivo justificado pelo Corpo de Alunos, não compareça
à amostragem da prova, será dada a oportunidade de mostra individual, sendo
a nova data para isso agendada pela Divisão Técnica de Ensino junto ao
docente da disciplina em até dois dias após a divulgação do resultado da
prova;
p. O aluno que faltar a amostragem da prova por motivo não justificado não terá
direito à mostra individual num outro momento.

6.1.7 Revisão de Prova


O aluno que julgar ter havido alguma falha na correção e/ou apuração de sua
prova poderá solicitar à Divisão Técnica de Ensino a devida revisão, de forma
fundamentada e explícita, observando-se as seguintes condições:
a. Não será admitido o pedido genérico de revisão de prova;
b. As partes da prova com rasuras ou emendas e partes feitas a lápis, exceto
desenhos e gráficos, não serão susceptíveis de revisão;
c. Não poderá requerer pedido de revisão da prova o aluno que não tiver
participado da mostra da prova, coletiva ou individual, por motivo não
justificado;
d. O aluno preencherá o formulário de Pedido de Revisão de Prova fornecido
pela Divisão Técnica, indicando os pontos que julgar falhos na correção,
mencionando itens, questões, etc, e as razões fundamentadas do pedido
(com base em livros, regulamentos, notas de aula e outras fontes do Plano de
Disciplina), citando capítulo ou página das fontes nas quais sustenta o seu
pedido, podendo anexar ao requerimento material didático que ajudará no
embasamento da questão a ser analisada;
e. O pedido de revisão deverá ser preenchido, datado e assinado pelo aluno e
exclusivamente por ele será entregue à Divisão Técnica de Ensino;
f. O prazo para entrada do pedido será de 72 horas, a contar do dia seguinte à
data da ciência do resultado da prova;
g. Serão indeferidos de pleno, recursos cujo teor desrespeite o docente ou lhe
seja ofensivo, sem prejuízo da responsabilidade disciplinar.
CFAP - Manual de Orientação Pedagógica para Docentes 17

6.1.7.1 Trâmite e Apreciação do Pedido de Revisão

a. O pedido de revisão será encaminhado pela Direção da Divisão Técnica ao


Instrutor ou Professor da matéria para efetuar a revisão requerida, no prazo
máximo de dois dias úteis, contados do recebimento das mãos do aluno;
b. A revisão será limitada, unicamente, aos itens e questões solicitadas pelo
aluno, não sendo admitida a recorreção da prova, exceto soma errônea
original de pontos, detectada pelo aluno ou próprio docente;
c. O professor limitar-se-á a emitir parecer por escrito, em local apropriado, no
pedido de revisão, sendo-lhe vedado escrever qualquer ressalva ou
complemento na correção original ou ainda lançamento de comentários ou
anotações referentes à revisão, no corpo da prova;
d. Efetuada a revisão, ainda dentro do prazo de dois dias úteis concedido ao
professor, o pedido deverá retornar à Divisão Técnica de Ensino que emitirá
parecer no local apropriado e, em prazo máximo de dois dias úteis o
submeterá ao Comandante do CFAP, para solução definitiva ao Pedido de
Revisão, neste mesmo prazo, caso não seja necessária a análise do Conselho
de Ensino;
e. A solução será encaminhada à Seção Técnica de Ensino, que providenciará
sua publicação em BI (Boletim Interno), juntamente com os ensinamentos
resultantes do pedido de revisão, se necessário. Será cientificado ao aluno o
conhecimento da solução do pedido de revisão, mediante rubrica do mesmo,
e será arquivado na Seção Técnica de Ensino, após a ressalva do novo grau
da verificação, na ata regular da disciplina, quando for o caso;
f. Não caberá recurso algum, na via administrativa, contra as soluções dos
pedidos de revisão.

6.1.8 Apuração

a. A apuração dos resultados será realizada por meio de processamento de


dados;
b. Os resultados obtidos pelos alunos serão remetidos pelo docente através das
Atas de Notas à Divisão Técnica de Ensino, a qual fará o processamento das
informações, lançando as notas no computador.

6.1.9 Aceitação dos Resultados da Prova

a. Os resultados serão aceitos, para efeito de seleção e classificação, quando


se ajustarem aos critérios de aceitação.
b. Os critérios de aceitação consistem em percentagens máximas permissíveis
de menção Insuficiente (I) e Muito Bom (MB) nos resultados da verificação.

6.1.9.1 Critérios de Aceitação


As percentagens máximas permissíveis são:
a. 40% de notas com menção Insuficiente (I);
b. 90% de notas com menção Muito Bom (MB) e/ou Excelente;
CFAP - Manual de Orientação Pedagógica para Docentes 18

Tais critérios não se aplicarão à verificações de habilidades mecânicas (Ex.:


Educação Física, Equitação, Tiro, etc), bem como à Verificação de Recuperação (VR).
Sempre que uma verificação apresentar resultado que não se enquadre nesses
critérios, assim como, nos casos onde todos os discentes (100% da turma)
alcançarem notas idênticas, será considerada uma situação atípica/anormal, devendo
ser realizada uma pesquisa pedagógica cuja conclusão será apresentada ao Cmt do
CFAP, a fim de que este decida sobre a aceitação ou não desses resultados.
A não aceitação dos resultados da Verificação implicará numa pesquisa
pedagógica sobre o Resultado da Prova (PPRP) por uma comissão designada pelo
Cmt do CFAP (oriunda do Conselho de Ensino). Caso a conclusão seja pela não
aceitação do resultado, após a devida homologação e publicação em BGO, a prova
será anulada e feita outra em substituição.

6.1.10 Média da Disciplina


De responsabilidade da Divisão Técnica de Ensino do CFAP, a média final da
disciplina (MFD) será a média aritmética simples do somatório das notas das
verificações realizadas, nos termos Art. 41 do Decreto nº 1.818/04 (Regulamento do
Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças da PMAL).

7. DISPOSIÇÕES FINAIS

a. As condutas dos docentes que possivelmente ensejarem em falta de ética


serão avaliados pelo Conselho de Ensino que emitirá um parecer técnico,
orientando o Cmt do CFAP sobre a conduta a ser seguida, cabendo ao
Comandante a solução.
b. Condutas irregulares e/ou indisciplinas dos discentes devem ser comunicadas
por escrito, imediatamente, pelo docente junto à Divisão Técnica de Ensino
para as providências legais e regulamentares cabíveis.
c. Ficarão disponíveis para os docentes, na Divisão Técnica de Ensino e
Biblioteca, as leis e regulamentos que regem o ensino no CFAP.
d. As instruções suspensas pelo CFAP serão comunicadas ao docente com
antecedência mínima de 02 (dois) dias úteis, salvo em caso de urgência
comprovada, caso fortuito ou força maior, sendo proposta a data de reposição.
e. O ensino será avaliado no CFAP através de formulários (padrão), junto aos
discentes e aos próprios docentes, além de observações nos locais de
instrução, a fim de detectar falhas no processo de ensino-aprendizagem e
discuti-las em reuniões pedagógicas.
f. É vedado aos alunos contato extraclasse com os docentes para tratar sobre
verificações de aprendizagem ou dispensas de aula, mesmo porque
dispensas de alunos só serão autorizadas pelo Comandante do CFAP ou seu
substituto legal.
g. A tolerância para atraso do docente em sala é de 15 (quinze) minutos. Após
isso, a Divisão Técnica de Ensino deve confeccionar o devido documento
relatando o fato ao Comandante do CFAP.
h. Ao final de cada curso, os alunos serão submetidos ao Exame de Avaliação
do Ensino Militar (EXAEM), cujo objetivo é avaliar o ensino ministrado nas
Instituições de Ensino Militar, traçando um diagnóstico do curso avaliado com
vistas a subsidiar a melhoria do ensino ofertado, conforme determinado nas
CFAP - Manual de Orientação Pedagógica para Docentes 19

Normas para o Planejamento e Conduta do Ensino (NPCE). Para tanto, ao


concluir a carga horária da disciplina, cada docente deve encaminhar para o
e-mail da Divisão Técnica do CFAP 03 (três) questões de sua respectiva
disciplina, a fim de serem incluídas no referido exame.
i. Os casos não previstos serão analisados e discutidos pelo Conselho de
Ensino que emitirá parecer consultivo ao Comandante do CFAP, para
decisão.

8. REFERÊNCIAS
a. Decreto Lei Federal nº 667, de 02 de julho 1969; alterado pelos Decretos
1.072/69; 1.406/75; 2.010/83 e 2.106/84, que reorganiza as PPMM e os
Corpos de Bombeiros dos Estados, dos Territórios e do Distrito Federal;
b. Regulamento para as Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares (R-
200), aprovado pelo Decreto Federal nº 88.777, de 30 de setembro 1983, e
alterado pelo Decreto 95.073/87;
c. Lei nº 9.394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB;
d. Matriz Curricular Nacional para Ações Formativas dos Profissionais da Área
de Segurança Pública – MJ;
e. Lei nº 6.399/03 de 15 de agosto de 2003, Lei de Organização Básica da
PMAL;
f. Lei nº 6.568 de 06 de janeiro de 2005, Sistema de Ensino Militar (PMAL);
g. Normas para Elaboração e Revisão de Currículos (NERC/PMCB) - Ministério
do Exército;
h. Normas para o Planejamento e Conduta do Ensino (NPCE – 2016), publicada
no Aditamento nº 052 ao BGO nº 203 de 05 de novembro de 2015;
i. Regulamento do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças - CFAP,
aprovado pelo Decreto nº 1.818, de 02/04/2004; e
j. Regimento Interno do CFAP, aprovado pela Portaria n°. 053/2004, publicada
no BGO n° 235, de 30/12/2004.

Maceió/AL, 11 de fevereiro de 2016.

JOSE MAWXELL DA SILVA SANTOS – TEN CEL QOC PM


Comandante do CFAP
Mat. 9000-0
CFAP - Manual de Orientação Pedagógica para Docentes 20

ANEXOS
CFAP - Manual de Orientação Pedagógica para Docentes 21

ANEXO “A” - MONTAGEM DE PROVA

ORIENTAÇÕES SOBRE MONTAGEM DE PROVAS – TIPOS DE QUESTÕES

 Questões de Respostas Apresentadas ao/à Aluno(a).


 Questões de Respostas Elaboradas pelo(a) Aluno(a).

REFERÊNCIA: USANDO AS QUESTÕES EFICIENTEMENTE in: FERRAZ, Eraldo S.


Avaliação e Currículo. Maceió: CEDU/NEAD/UFAL, 2006.

É comum a gente perguntar ao/à professor(a): que tipo de questões você utiliza nos
exercícios escolares? A resposta, quase que unânime, é: objetivas e subjetivas. Você
verá que, no entanto, podemos classificá-las em dois tipos.

1. Questões de Respostas Apresentadas ao/à Aluno(a). Nesse tipo agregam-se


todas aquelas questões em que o aluno, ao ler a questão, as respostas aparentemente
já se apresentam. São elas: Múltipla-escolha, Completamento, Falso/Verdadeiro ou
Certo/Errado, Associação, Ordenamento, Identificação e Questões de Respostas
Curtas ou Simples. Vamos conhecer os princípios a serem respeitados na construção
de cada uma delas.

1.1. Múltipla-Escolha: existe um suporte seguido das alternativas.


No pedido inicial do conjunto de itens de múltipla escolha, a orientação para
as respostas deve conter a solicitação no sentido de que o aluno assinale com um
código simples (X) a resposta correta. Não é recomendável pedir que o aluno sublinhe,
envolva com elipse ou faça qualquer outro traçado para assinalar a opção certa, já
que esse procedimento apenas ocupará mais tempo na aplicação do instrumento de
medida.
Deve-se, também, evitar o pedido de que o aluno assinale “a melhor resposta”,
a orientação mais precisa consiste em pedir “a única resposta
certa/correta”.
 Use uma questão direta (em forma de pergunta) ou uma afirmação
incompleta como o corpo da questão;
 Cada questão deve possuir uma e apenas uma resposta correta;
 Baseie cada questão em apenas um problema central;

21
CFAP - Manual de Orientação Pedagógica para Docentes 22

 Redija as alternativas de modo que elas se tornem gramaticalmente


consistentes com a pergunta e equivalentes entre si quanto à forma;
 Se uma ordem cronológica é possível, siga esta ordem na apresentação
das respostas;
 Faça com que as respostas sejam independentes e se excluam
mutuamente;
 Use no mínimo 4 alternativas e no máximo 5;
 Utilize NDR (nenhuma das respostas) ou todas as respostas
corretas/erradas, se for o caso, somente na 5ª (Quinta) alternativa.
 Caso o aluno não tenha assinalado o (x), mas sim outra sinalização
apontando a sua resposta, esta deverá ser considerada como escolha da
alternativa, porém, antes da realização da prova, é conveniente o aplicador
orientar os discentes para que marquem com um “X”.
EXEMPLOS:

QUESTÃO EM ORDEM DIRETA QUESTÃO COM AFIRMAÇÃO INCOMPLETA


1. Qual a parte da planta responsável 1. A parte da planta responsável pela respiração
pela respiração? denomina-se:
a) ( ) Caule a) ( ) Caule
b) ( ) Folha b) ( ) Folha
c) ( ) Flor c) ( ) Flor
d) ( ) Raiz d) ( ) Raiz
e) ( ) Fruto e) ( ) Fruto

1.2. Questões de Completamento. Devemos evitar o seu uso, mas se for


possível, não esquecer de observar os seguintes cuidados:

 Não utilize questões soltas, cujas respostas não podem ser dadas com uma
palavra;
 Não exija mais de uma ou duas respostas a completar em qualquer um dos
itens;
 Coloque o espaço em branco ao fim da frase;
 Utilize conteúdos que exijam memorização para o completamento;

22
CFAP - Manual de Orientação Pedagógica para Docentes 23

 Em problemas que envolvam cálculos, especifique o grau de precisão


esperado: m2, cm, cm2, metro, kilograma etc.

Exemplo

1. A parte da planta responsável pela 2. Numa área que tem 2 metros de frente e 3m de
respiração, denomina-se _________. fundo, correspondem, em m2, a _________.

1.3. Questões de Falso/Verdadeiro ou Certo/Errado. Utilize apenas uma das


duas possibilidades. Não use Falso com Certo ou Errado com Verdadeiro.
 Baseie em afirmações absolutamente verdadeiras ou falsas;
 Destaque o ponto central da questão colocando-o em posição conveniente
na frase;
 Não utilize, na mesma frase, múltiplas afirmações que são só parcialmente
verdadeiras ou só parcialmente falsas;
 Não utilize afirmações longas e prolixas, com muitas orações explicativas;
 No tipo de afirmação que poderá ser modificada, indique a palavra ou as
palavras que devem ser corrigidas;
 Coloque um número maior de afirmações falsas do que verdadeiras;
 Tente evitar, nas afirmativas, expressões do tipo: somente, algumas vezes,
todas, nunca, raramente, talvez etc;
 Também evite utilizar a NEGATIVA (NÃO) para transformar a afirmativa em
falsa;
 Caso nas alternativas de (V) ou (F) o aluno assinale (C) ou (E) ou vice e
versa, a resposta deverá ser considerada como a afirmação e/ou negação
da sentença propositada, contudo é conveniente que o aplicador oriente
bem os alunos antes do início da prova, no sentido de ficarem atentos ao
comando da questão.

23
CFAP - Manual de Orientação Pedagógica para Docentes 24

MODELOS POSSÍVEIS DE SUPORTE PARA QUESTÕES DO TIPO F/V OU C/E


“COLOQUE UM “F” NO PARÊNTESE À ESQUERDA QUANDO A AFIRMATIVA FOR
FALSA E “V” QUANDO FOR VERDADEIRA”.
“COLOQUE UM “C” OU” E” NOS PARÊNTESES A ESQUERDA CONFORME AS
AFIRMATIVAS SEJAM CONSIDERADAS CERTAS OU ERRADAS”

EXEMPLO 1 EXEMPLO 2

1. Coloque (F) se a afirmativa for falsa 1. Coloque (C) se a afirmativa estiver certa e (E)
e (V) se verdadeira, quanto aos se estiver Errada. Caso esteja errada,
vegetais. REESCREVA a afirmativa, no espaço
( ) A parte da planta responsável pela determinado, alterando o elemento sublinhado.
respiração é a raiz.
( ) A parte da planta responsável pela respiração
( ) A fotossíntese é liberada pelos é a raiz.
vegetais durante a noite. (__________________________________)
( ) Os vegetais precisam de água para ( ) A fotossíntese dos vegetais ocorre durante a
viverem. noite.
(__________________________________)
( ) Os vegetais leguminosos se desenvolvem na
terra e na água..
(__________________________________)

1.4. Questões de Associação: consiste na apresentação de duas colunas com o


conceito, palavras ou símbolos, para que sejam associados segundo o critério
de existência de correlação entre os componentes de cada uma das colunas.

 Agrupe somente premissas e respostas homogêneas na mesma questão;


 Conserve a relação de premissas e respostas relativamente pequenas;
 Explique claramente, no suporte da questão, a base sobre a qual os itens
devem ser associados e o procedimento a ser seguido pelo aluno;
 Coloque respostas extras para reduzir a possibilidade de acerto por acaso;
 O número máximo de associação deve ser entre 8 a12 respostas.

24
CFAP - Manual de Orientação Pedagógica para Docentes 25

Exemplo 1:

A primeira coluna contém os tipos de climas e na segunda coluna estão relacionadas as


regiões. Associe as regiões aos seus climas predominantes:

(1) Norte ( ) Moderado


(2) Sul ( ) Quente
(3) Sudeste ( ) Tropical
(4) Centro-Oeste ( ) Frio
(5) Nordeste ( ) Semi-tropical
( ) Úmido

Exemplo 2:
- Associe os postos relacionados na 2ª. coluna com 1ª.
POSTO NA MARINHA POSTO NO EXÉRCITO
( 5 ) Vice-Almirante 1. General de Brigada
( 3 ) Capitão-de-Corveta 2. Coronel
( 1 ) Contra-Almirante 3. Major
( 9 )Capitão-Tenente 4. Tenente-Coronel
( 2 ) Capitão-de-Mar-e-Guerra 5. General-de-Divisa
( 7 ) Almirante-de-Esquadra 6. Capitão
7. General de Exército
8. Segundo - Tenente

1.5. Questões de Ordenamento: caracterizam-se pela apresentação de um


conjunto de elementos (conceitos, fatos, fases de um processo), que deverão
receber numeração correspondente a uma determinada sequência obrigatória. Um
item objetivo de ordenação não é aplicável a qualquer assunto que envolva a
sequência de um processo ou o faseamento de um trabalho. Só cabe o emprego
do item de ordenação quando destinado a medir o conhecimento de sequências,
hierarquizações, graus de complexidade e temas de natureza similar em que haja
definição clara e invariável de uma única sequência numérica a ser admitida como
correta. De acordo com o tema que será objeto do item, torna-se indispensável
indicar se a numeração se fará em ordem crescente ou decrescente. O pedido
referente à ordenação hierárquica ou de grau de complexidade, por exemplo,
requer a indicação focalizada: do superior para o inferior (ou inverso); do simples
para o complexo (ou inverso). O pedido de ordenação cronológica dispensa, de
modo geral, essa indicação, salvo em casos especiais, quando se fará a devida
especificação.

25
CFAP - Manual de Orientação Pedagógica para Docentes 26

 Utilize conteúdos que, de fato, possam exigir uma ordenação crescente ou


decrescente.
 Indique com o numeral 1 (um) o elemento que deve iniciar a ordenação.
 Use com cautela este tipo de questão.

Exemplo 1:

Coloque em ordem CRESCENTE os fatos históricos do Brasil. Lembre-se que o numeral 1


indica o 1º fato, coloque as demais sequências:
( ) Inconfidência Mineira
( ) Guerra da Balaiada
(1) Descobrimento do Brasil
( ) Promulgação da Lei Áurea
( ) Invasão dos Holandeses

Exemplo 2:
Indique na ordem CRESCENTE o trajeto do alimento no corpo humano:

( ) Faringe
( ) Intestino
( ) Estômago
( 1 ) Boca
( ) Esôfago

1.6. Questões de Identificação: têm como característica a apresentação de um


gráfico, um diagrama ou um outro tipo de ilustração, para que o aluno faça o
reconhecimento das áreas ou partes indicadas na figura, associando-as a uma
listagem de termos ou conceitos. Pode-se utilizar a ilustração com os números e
pedir que o aluno numere os títulos listados ou, inversamente, apresentar uma
lista numerada e solicitar que ele coloque os respectivos números nos espaços
indicados na ilustração.

 Prever pelo menos duas ideias (dois títulos ou duas indicações na


ilustração) que não tenham correspondência. A mesma quantidade de
elementos numerados e a numerar propicia o acerto por exclusão, na etapa
final do trabalho.

26
CFAP - Manual de Orientação Pedagógica para Docentes 27

 Indicar com clareza a parte área ou elemento da ilustração a ser


identificada. É essencial que se defina claramente, na ilustração, o objeto
da medida. Uma indicação mal definida, por falta de delimitação precisa da
área ou do elemento a ser identificado prejudica a medida, impedindo que
o aluno apresente.

EXEMPLO 1:
ESCREVA, NOS PARÊNTESES À ESQUERDA DOS CONCEITOS ABAIXO, OS
NÚMEROS QUE OS IDENTIFICAM COM AS PARTES DOS OSSOS DA CABEÇA
ESPECIFICADAS NA FIGURA:

OSSO DA CABEÇA
( ) Occipital
( ) Malar
( ) Parietal
( ) Maxilar inferior
( ) Frontal
( ) Temporal

EXEMPLO 2:
COLOQUE DENTRO DOS CÍRCULOS EM BRANCO O NÚMERO
CORRESPONDENTE AO CONCEITO DA RELAÇÃO QUE IDENTIFICA AS
PARTES ASSINALADAS:

OSSOS DO PÉ
1. Cuboíde
2 Falange
3. Escafoíde
4. Calcâneo
5. Astrágalo
6. Falanginha
7. Cuneiforme
8. Metatarsiano
9. Falangeta

1.7. Questões de Respostas Curtas ou Simples: consistem na apresentação de


uma pergunta que admita resposta imediata e objetiva. A pergunta Curta ou
Simples é adequada para medir conhecimentos do tipo “quem”, “o quê”,
“onde”, “cite”, “qual”, “aponte”, “liste”.

 Apresente sempre o limite máximo para a resposta quando ensejar


quantidade.
 Apresentar perguntas cujas respostas independam de opinião do aluno ou
de apreciação subjetiva do aluno.

27
CFAP - Manual de Orientação Pedagógica para Docentes 28

 Não apresentar perguntas cuja resposta seja “SIM” ou “NÃO”.

Exemplos:

1. Cite as 5 partes da planta.


2. Quais são os componentes do aparelho digestivo?
3. Liste 2 fatos que contribuíram para a Inconfidência Mineira.
4. Em que data se deu a Abolição do Cativeiro, no Brasil?
5. Que nome se dá à membrana que reveste externamente o globo ocular?

2. Questões de Respostas Elaboradas pelo Aluno. São aquelas do tipo


dissertativas ou conhecidas como subjetivas. “O termo dissertação (ou ensaio) implica
uma resposta escrita, cujo tamanho varia de uma ou duas frases a algumas páginas”
(Lindman, 1972). O fato de o aluno expressar-se livremente na questão não impede a
objetividade na resposta. Vejamos alguns princípios:
 Use a questão dissertativa para avaliar objetivos que não podem ser verificados
de modo eficiente por outros tipos de questões;
 Limite e defina a liberdade do aluno ao responder a questão dissertativa;
 Utilize muitas dissertações breves, em vez de uma ou duas questões extensas;
 Indique, claramente, em cada questão a extensão e a profundidade das respostas
desejadas.

Exemplo 1:

Após ler o texto sobre ............ apresente um posicionamento crítico considerando os


argumentos do autor; suposição do autor; perguntas decisivas e avaliação geral do
argumento.

Exemplo 2:
Uma planta está morrendo.
a) Por que é que está acontecendo tal fenômeno?
b) Como poderíamos resolver este problema?

28
CFAP - Manual de Orientação Pedagógica para Docentes 29

Exemplo 3:

Agora que você já estudou o descobrimento do Brasil e o descobrimento da América,


gostaria que associasse 4 elementos comuns entre ambos.

Exemplo 4:

Registre 3 semelhanças e 3 diferenças constatadas entre o descobrimento do Brasil e


o da América.

Exemplo 5:

Disserte sobre a seguinte afirmativa: “A miséria é a mãe da violência”.

Exemplo 6: (foi dado um texto)

No 2º parágrafo da notícia “O nordeste é a região com 60% de analfabetos”,


extraída da revista Veja, ed. Março/2000, são descritos 2 (dois) fatores sociais que
contribuem para esse alto índice de analfabetismo.
Liste esses dois fatores, descrevendo as implicações com os fatores políticos e
econômicos, bem como, comparando com os da região sudeste.

RECOMENDAÇÃO PARA AS QUESTÕES DISSERTATIVAS OU SUBJETIVAS

 Apresentar as questões de forma clara e precisa.


 A redação do item deverá permitir que se comunique claramente ao aluno a
natureza da tarefa que lhe é solicitada. Recomenda-se que sejam evitadas as
formas “Diga o que sabe a respeito de ...”, “Fale sobre..”. As questões deverão
ser mais incisivas e de fato orientadoras da atividade a ser desenvolvida pelo
aluno.
 Não formule questões ligadas entre si, pois quem errar uma já estará
prejudicado na seguinte.
 Ordene as questões segundo o nível de complexidade do processo mental do
simples para o complexo.
 Utilize questões dissertativas somente quando constituir de fato a melhor forma
de medir os propósitos desejados; em geral muito ligados à habilidade de

29
CFAP - Manual de Orientação Pedagógica para Docentes 30

expressar ideias pessoais por escrito, pensamento original ou recordar


informações para a situação problemática de maior complexidade.
 Prepare o roteiro da correção da prova considerando, entre outros, os
seguintes fatores:
a) Planejamento da resposta considerada a melhor.
b) Previsão de variações nas respostas.
c) Aspectos que devem ser observados pelo aluno.
d) Aspectos considerados mais importantes.
e) Ponderações a serem atribuídas às várias partes das respostas.

PROVA PRÁTICA OU DE EXECUÇÃO

Constitui instrumento próprio para avaliar a proficiência com que é executada


uma tarefa. Pede-se aos alunos que executem uma ou mais tarefas específicas e,
depois, se verifique ou se avalia a qualidade do trabalho realizado. Este tipo de prova
consiste na realização de tarefas em que há o predomínio de componentes
psicomotores, tais como nas provas de treinamento Físico Militar, Equitação, Tiro e
outras, embora sempre estejam também presentes os elementos cognitivos e afetivos.
Caracterizam-se, assim, essas provas pela oportunidade propiciada ao
aluno de realizar ou executar algum trabalho, utilizando-se do adequado instrumental.
O importante para o instrutor ou professor, é verificar como o aluno executa a tarefa
proposta e que resultado obtém de seu trabalho.
É importante salientar que, na avaliação feita pelo instrutor/professor na
prova prática, deve-se levar em consideração, o crescimento do aluno na atividade
realizada para efeito de atribuição de notas ou menções. Este lembrete é essencial,
pois existem docentes que somam os resultados obtidos desde o início das aulas;
fazem à média e atribui o resultado. Há de se ressaltar que o aluno inicialmente
desconhecia o uso correto de tal execução, e só após a instrução obterá o resultado
desejável, desta forma fica evidente se houve um crescimento ou não.

30
CFAP - Manual de Orientação Pedagógica para Docentes 31

ANEXO “B”- ORIENTACAO DE AVALIACAO

 FICHA DE ORIENTAÇÃO DE AVALIAÇÃO

DIRETORIA DE ENSINO DA PMAL


CENTRO DE FORMAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO DE PRAÇAS
DIVISÃO TÉCNICA

V I S T O
Em: __/__/___
Diretor(a) da DT

DOCENTE:_________________________________________
CURSO: ___________________________________________

1. Disciplina: _________________________________

2. Instrumento de Avaliação:
□ Escrita □ Prática □ Oral □ Execução/Prática
3. Processo de Avaliação:
□V.E □V.C □V.F □V.R
1. Condições de Espaço e Tempo de Aplicação da Avaliação:

a. Data: ___/___/___ b. Hora: ___:___ c. Duração Estimada: ______min.

d. Local Previsto: ________________ e. data de previsão da amostra: ___/___/___.

2. Assuntos a serem avaliados:

3. Bibliografia Indicada:

4. Material a ser utilizado durante a prova:

5. Outras Prescrições:

Maceió, AL ____de ________________ de 2016.

______________
Docente

31
CFAP - Manual de Orientação Pedagógica para Docentes 32

ANEXO “C” - INSTRUÇOES PARA PROVAS

FICHA DE INSTRUÇÕES PARA PROVA

DIRETORIA DE ENSINO
CENTRO DE FORMAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO DE PRAÇAS
CURSO DE FORMAÇÃO DE PRAÇAS

DISCIPLINA: DIREITO PENAL

INSTRUÇÕES PARA A PROVA

1º. Leia a prova com bastante atenção;


2º. Utilize caneta esferográfica preta e/ou azul para as respostas;
3º. Evite rasuras na prova;
4º. As respostas devem estar de caneta;
5º. Seja claro (a) e objetivo (a) nas questões abertas respondendo dentro do que foi
ministrado nas aulas;
6º. Esta prova contém questões de:______________________________________; fique
bastante atento (a) nas respostas para não rasurá-las e/ou confundi-las;
7º. A duração da prova é de dois tempos de aula (90 min);
8º. A prova tem a valoração de 0,0 a 10,0, conforme pontuação contida ao lado das
questões.
9º. Não é permitido qualquer tipo de consulta.

OBS: A FICHA ACIMA FICARÁ A CARGO DA DT/CFAP, QUE IRÁ ANEXÁ-LA


QUANDO DA MONTAGEM DA PROVA.

32
CFAP - Manual de Orientação Pedagógica para Docentes 33

ANEXO “D”- AVALIAÇÃO DE VERIFICAÇÕES ESPECIAIS

FORMULÁRIO PARA AVALIAÇÃO DE VERIFICAÇÕES ESPECIAIS


DIRETORIA DE ENSINO
CENTRO DE FORMAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO DE PRAÇAS
Divisão Técnica
FICHA DE AVALIAÇÃO DA VERIFICAÇÃO ESPECIAL
(CONTEÚDO E APRESENTAÇÃO)

CURSO:
TEMA:

EQUIPE/ALUNO:

AVALIAÇÃO DO TRABALHO – ESCORES


Quesito Grau máximo Grau atribuído
Conteúdo 0,5
Segurança na Apresentação e Domínio
do Assunto 0,5

Desempenho nos questionamentos 0,5


Correção na utilização dos meios
auxiliares 0,25

Apresentação dentro do tempo previsto 0,25

Grau Total 2,00

Quartel em Maceió/AL,_____ de ______________ de ______.

_________________________________________
Assinatura do Docente (avaliador)

OBS: A AVALIAÇÃO DEVE SER INDIVIDUAL (TODOS OS INTEGRANTES DA EQUIPE


DEVEM APRESENTAR), NOS CASOS EM QUE NÃO OCORRA A PARTICIPAÇÃO
(APRESENTAÇÃO) DE TODOS OS INTEGRANTES DA EQUIPE, SERÁ PROCEDIDO UM
SORTEIO (PELO DOCENTE OU POR UM OFICIAL DA DT/CFAP) NA HORA DA
APRESENTAÇÃO PARA SABER O REPRESENTANTE DA EQUIPE QUE IRÁ DEFENDER
O TRABALHO.

33
CFAP - Manual de Orientação Pedagógica para Docentes 34

ANEXO “E” - PEDIDO DE REVISAO DE NOTA

FORMULÁRIO DE PEDIDO PARA REVISÃO DE PROVA

POLÍCIA MILITAR DE ALAGOAS


DIRETORIA DE ENSINO
CENTRO DE FORMAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO DE PRAÇAS
Divisão Técnica

NOME: ________________________________________________________________
CURSO/TURMA: __________________
DISCIPLINA: ___________________________
TIPO DE AVALIAÇÃO: □V.E □V.C □V.F □V.R
DATA DA REALIZAÇÃO:___/___/___
DATA DA AMOSTRA DA PROVA: ___/___/___

FUNDAMENTAÇÃO DAS QUESTÕES E ITENS A SEREM ANAÍLISADOS

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

Maceió-AL, ___ de ___________________ de ________.

____________________________________________
Discente (Requerente)

34
CFAP - Manual de Orientação Pedagógica para Docentes 35

Verso do pedido
ENCAMINHAMENTO

Encaminho para fins de análise e pronunciamento, o presente pedido de revisão de


prova.

Respeitosamente,

Maceió-AL, ___ de_________ de ______.

________________________________________
Diretor (a) da DT/CFAP

ANÁLISE DO PEDIDO DE REVISÃO


__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
_____________________________________________

Maceió-AL, ___ de_________ de ______.

_______________________________________________
Docente

PARECER DO (A) DIRETOR (A) DA DT/CFAP


__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
______________________________________________________________________

Maceió-AL, ___ de_________ de ______.

_______________________________________________
Diretor (a) da DT/CFAP

SOLUÇÃO DO PEDIDO DE REVISÃO


1. No pedido de revisão de prova do_____________(nome do aluno e turma), pertinente a
avaliação____(VC e ou VEsp), da disciplina ___________(Nome da Disciplina),
ministrada pelo (a) docente________(Nome do docente), após a análise do docente e o
parecer da DT, o comandante do CFAP emitiu a seguinte
solução:________________________________________.
2. Em conseqüência, a nota
________________________________________________________.
3. Publique-se em BI;
4. Dê-se ciência ao aluno desta solução;
5. A DT adote as providências pertinentes.

Maceió-AL, ___ de ________________ de______.

____________________________________________
Cmt do CFAP

35

Você também pode gostar