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Nordestino: Um povo de honra

Por Isabel Cristina de Medeiros Silva

O Brasil é um país que apresenta uma enorme variação linguística devido as várias classes
sociais, regiões geográficas e faixas etárias que estão presentes em nossas terras desde a
colonização do nosso país.

A grande quantidade de povos colonizadores nos gerou essa vasta quantidade de dialetos,
dialetos esses que apesar de serem do mesmo país, nos trazem uma grande diversidade de
variações e culturas, e são essas diferenças que acabam gerando preconceitos entre nossas
regiões. Unanimemente quando falamos do preconceito linguístico, nos vem em mente o
preconceito contra a região nordeste e seus habitantes, pelas regiões sul e sudeste do país.

Quando nossos migrantes tentam buscar uma vida melhor nas regiões mais desenvolvidas, se
bate com velhas frases pejorativas, Oh cabeça chata; baiano é bicho preguiçoso; No norte só
tem índio. Casos típicos ocorrem quando a população sulista necessita de suporte e contata
centrais de cartões de crédito, por exemplo, que estão situadas no Nordeste ou até mesmo no
sudeste, mas são atendidos pelos nordestinos e recusam o atendimento devido achar os
nordestinos menos capacitados para atendê-los, chegando inclusive a xingar e maltratar o
atendente devido o seu sotaque e forma de falar, incluindo um: “Cale a boca ou fale direito”.
Em alguns casos, ultrapassamos a tênue linha do preconceito linguístico com a xenofobia,
onde são disseminadas palavras de ódios e ameaças contra os nordestinos. Como a população,
dita tão evoluída, ainda permite tal preconceito em pleno século XXI?

Os nordestinos, moradores do sul ou mesmo de qualquer outra região, são alvos dos
preconceitos mais violentos possíveis, tendo que a cada dia lutar, não somente para ganhar o
"pão de cada dia", mas lutando para manter sua cultura viva em seu seio. Lutando para manter
viva sua fala e seu sotaque onde quer que habite, com honra e dignidade, em meio aos
sulistas, mas sempre nordestino.

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