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1.Estrada de Belém
Caminhava Maria
E estes médiums que estão na mesa
Orando a Deus para receber os seus Guías
Meu guía é tão bonito
Foi Jesus quem me deu
Para me librar dos males
Com os poderes de Deus
2.Eu esteva em cima da serra
Quando ouvi uma gaita tocar
Chamando Aricurí
Aricuri eu sou
Eu sou de Ipanema eu sou
Eu sou flechador
3.Tupy andou no mundo
Pronto para curar
Valha-me Deus e Tupi nas alturas
Tupy não promete para faltar
Lá em Aledeia, lá na Jurema
Não se faz nada sem ordem suprema
A Aruanda ê, A Aruanda ah
É o caboclo Oxossi na Jurema
É de Aruanda ah!
36.Oh Juremeiro
Oh Juremá
A sua folha caiu serena, oh Jurema
Dentro deste gongá
Salve São Jorge guerreiro
Salve São Sebastião
Salve o povo da Jurema
Que veio dar sua proteção, oh Jurema
Oh Juremeiro
Oh Juremá
A sua folha caiu serena, oh Jurema
Dentro deste gongá
Deus vos salve ó casa santa
Onde Deus fez a sua morada
Onde mora o cálice bento
E a óstia consagrada
Oh Juremeiro
Oh Juremá
A sua folha caiu serena, oh Jurema
Dentro deste gongá
Salve o sol e salve a lua
Yara e meu pai Tupã
Os caboclinhos da Jurema
Saravá Irakitã, ó Jurema
37.Caboclo bom, caboclo bom
Ele vem de Aruanda
Caboclo bom, caboclo bom
Vencedor de demandas
Malunguinho, Malunguinho
Eu estou te chamando
Eu só peço a Malunguinho
Que os contrários vá retirando
Onirê bô
Malunguinho sobô
Onirê bô
Sobô onirê
Sobô onirê má fá
Sobô onirê má fá
Malunguinho Sobô
Pé na estrada e fé no caminho
Estou saudando a corôa do Rei Malunguinho
É um doutor do mundo
É advogado de todos
-Mestre Esmeraldino,
Como vai vossa mercê, anda rei
Anda rei nagô, anda rei
Estava na estrada
E seu chapéu é furadinho
Eu estaba no caminho
Estou saudando a Malunguinho
Eu dei um grito na Jurema
Eu dei outro no Vajucá
É o rei Malunguinho
que acabou de chegar
Sete cidades Malunguinho
Sete cidades
Foi numa delas que
O rei Malunguinho desceu
Arreia nela Malunguinho
Arreia nela
Arreia nela
Quem está mandando sou eu
Malunguinho, Malunguinho,
Malunguinho lodê
Malunguinho, Malunguinho
Malunguinho lodê-ô
Malunguinho é rei
É rei nagô
Mas bate palmas para a coroa de sobô
Dá-lhe Malunguinho
com cipó de caiumbinho
com cipó de caiumbinho
Dá-lhe Malunguinho
Malunguinho já vai
Vai no balanço do vento
Diga-lhe adeus meus filhos
E façam um bom pensamento
A casa do mau vizinho
É morada de Malunguinho
Encruzilhada é
É morada de Malunguinho
Na mata só tem um
Que é o rei Malunguinho
Ele é rei dos caminhos
O rei das matas é Malunguinho
Sentido no mundo
É um sentido real
Toma sentido meu disciplo
Pro disciplo não tombar
- Canta-se finalmente para soprar a pemba. Os padrinhos da casa se dispõe da mesma
forma que anteriormente mencionei para soprar o cachimbo e seguem o mesmo ritual
para soprar o preparo que neutralizará qualquer mal que possa haver resistido, bem
como, evocará a presença de fausta energia para a casa e participantes da cerimônia.
22. Pemba não anda
A pemba voua
Sopra esta pemba
Que a pemba é boa
23. Pemba de Angola mandou me chamar
Pemba de Angola mandou me chamar
Mas se não fosse a pemba eu não vinha cá
-Dá-se então seguimento as evocações dos mestres de Jurema.
24. É hora meu mestre
Meu mestre é hora
O mamoeiro tora com o balanço do vento
Mas eu firmei o meu pensamento
E quero ver você agora
Mano meu, responda meu mano
Um mestre para ser bom mestre
Se comete algum engano?
- Um mestre quando é bom mestre
Não comete nenhum engano!
25. Eu venho tocando a minha gaita mestra
Da cidade da Jurema e um bom mestre
Eu vou chamar
Eu vou, eu vou, eu vou
Eu vou ali já volto já
26. A Jurema “fulorou”
Do Anjico ao Vajucá
Desenrola estas correntes
Deixa o mestre trabalhar
Quem deu este nó não sabia dar
Pois este nó mau dado
Eu desato já
27. Eu trago imburana de cheiro
Do anjico ao Vajucá
Mas eu estou na Jurema
Tô to no Juremá
28. É bonito e tem que ver
Um pau seco “fulorar”
Mas é bonito e tem que ver
Os mestres da Jurema na mesa do Juremá
Eu triunfei, triunfei, vou triunfar
Triunfa senhores mestres na mesa do Juremá
29. A Serra-Negra gemeu
Meu mestre diga o que eu faço
Ele é bom mestre de Jurema
É bom amigo é bom pai
Eu não vi cancela bater
Eu não vi boiada passar
Ele bom mestre de Jurema
é bom amigo é bom pai
30. Lá no pé do dendezeiro
Meu maracá é dendê só
Lá no pé do dendezeiro
Eu não conheço maior
Arreia arreia maiangá
Arreia arreia maiangá
31. Na minha bengala mestra
Eu trago um rico diamante
Nele trago um nome escrito
Mestre Lagoa do Rancho
A minha lagoa não seca
Nem nunca há de secar
A minha lagoa só seca
Quando Deus do céu mandar
32. Salve o mestre Junqueiro
Que vem da lagoa do Junco
Juncando eu venho
Juncando eu vou
E desembaraçando eu venho
E desembarançando eu vou
Na direita eu sou bom mestre
E na esquerda obsessor
- Pontos cantados para a cfalange de Zé:
33. Lá vem Zé, lá vem Zé
Lá vem Zé lá da Jurema
Lá vem Zé lá vem Zé
Lá vem Zé do Juremá
Quando Sr. Zé vem da Jurema
Todo mundo quer lhe ver
Mas Sr. Zé não desce em uma mesa
Que não tenha o que beber
Mas prá Sr. Zé, tem tem tem
E prá Sr. Zé sempre terá
Prá Sr. Zé tem o que beber
Prá Sr. Zé tem o que fumar
34. Do trabalho vem o dinheiro
Do charuto sái a fumaça
E o engenho a moer cana
Para Sr. Zé tomar cachaça
Eu abalei eu abalei
Eu abalei eu vou abalar
Vou abalar o mestre Zé
No tronco do Juremá
35. O relógio trabalha com corda
E o galo só canta se beber
A Jurema trabalha com mestre
E os mestres só trabalham se beber
É uma cobra, é um tigre, é um leão
E a fumaça de Zé bota um no chão
E a garrafa de cana de quem é?
É do mestre Zé
É do mestre Zé
36. Sr. Gosta de cana e a cana gosta de Zé
Sr. Zé vira a cana e a cana não vira Zé
Mas chegou um bêbado no meio do salão
E no meio do salão apanhou de cipó
Mas Sr. Zé, qual é o pó?
37. Oh Sr. Zé, quando vem lá de Alagoas
Tome cuidado com um balanço da canoa
Oh Sr. Ze você e meu camarada
Mas no meio de tantas moças
Roubou a minha namorada
Oh Sr. Ze faça tudo que quizer Sr. Ze
So nao maltrate o coraçao desta mulher.
38. Fui eu que cortei o pau
Fui eu que fiz a jangada
Fui eu que cortei a moça
Eu casei na encruzinhada
Fui eu que cortei o pau
Fui eu quem fez a gamela
Fui eu que robei a moça
Eu mesmo casei com ela
Mas ó Sr. Zé
Mas cadê o seu dinheiro
Para pagar a sua bicada e meter o pau
É no bodegueiro
E meter o pau...
39. Ah Sr. Guarda n]ao me prenda
Nao me leve para o quarte
Eu n]ao vim fazer barulho
Eu vim buscar a minha mulher
40. Eu estava no jogo - oh mulher
Eu estava jogando – oh mulher
O meu dinheiro acabou – oh mulher
E eu fiquei chorando – oh mulher
41. Zé oh Zé, mas que Zé enganador
Que enganava a filha alheia
Com palavras de amor
Mas não fui eu que enganei ela
Foi ela quem me enganou
Quando me via vinha correndo
Vem Zezinho meu amor.
42. Quem foi que viu Zé Pilintra
Brincando neste salão
Com a sua garrafa de pinga
E o seu charuto na mão
Dentro da Vila do Cabo
Ele foi primeiro sem segundo
Na boca de quem n]ao presta
Zé Pilintra é vagabundo
Dentro da Vila do Cabo
Sete vendas se fechou
Foi uma fumaça contrária
Que Zé Pilintra mandou
Sr. Doutor, Sr. Doutor - Bravo senhor
Zé Pilintra chegou - Bravo senhor
Com os poderes de Deus - Bravo senhor
Zé Pilintra sou eu - Bravo senhor
Mas se você não me queria - Bravo senhor
Para que me chamou - Bravo senhor
Ê dilim dilim - Bravo senhor
Ê dilim dilá - Bravo senhor
Viva a Deus primeiramente - Bravo senhor
E Zé Pilintra no gongá
43. O que será será, o que será serei
O que será será, o que será serei
Chapéu amarelo que vem do Pará
É José Pilintra, ai meu Deus, na mesa arriá
Olhe para o céu e veja uma luz
É José Finlintra meu Deus
Que recebeu a luz
E Deus lhe dê maior poder
Da maior força que tem
44. Foi na matriz de Belém
No altar da Conceição
Defumando estes filhos
Com os poderes da Santíssima Trindade
Ó meu bom Jesus, ele queira me guiar
Pois na matriz de Bel[em tem um Pai celestial
Eu rompo matas e brenhas nas varandas do Juremá
Eu me chamo é Zé Prá Tudo,
e prá que mandou me chamar
Naquele pau acima tem um rei
E corre o cipó mocunã
Naquela galha a fora canta o pássaro
É o rei cauã
Canta rei, canta rei cauã
Canta rei, canta rei cauã
45. De Uniforme Branco e sua bengala
Nas encruzilhadas dilim dilim
Sr. Zé dá risadas
Ele não tem parentes e nem aderentes
Na encruzilhada dilim dilim
Sr. Zé tem patente
Zé da Risada é só, é só só
E não tem parente, é só só
Na encruzilhada dilim dilim
Sr. Zé tem patente
46. Zé Filipe andou no mundo
Curando e fazendo o bem
Infeliz de quem Zé odeia
E feliz de quem Zé quer bem
47. Ele se chama Zé Vieira
Nêgo do fé derramado
E quem mecher com os filhos meus
Ou está doido ou está danado
Figurão ...
....Pisa macumba no chão!
48. Sou eu que me deito tarde
Sou eu que me acordo cedo
Sou eu Zé dos montes falado
E das línguas eu não tenho medo
Sou eu que me deito tarde
Sou eu que me acordo cedo
Sou eu Zé dos Montes jurado
E de juras não tenho medo
E quem me dever quem me dever
Olhe para traz e veja quem sou eu
Côcos de roda
191. Mas olha o côco do para-cupaco
Papagaio
Olha o côco do para-cumé
Papagaio
Eu não troco, não vendo nem dou
Papagaio
Eu não troco, não vendo, nem dou
192. Eh piaba, eh piaba
Que piaba danada prá nadar
É piaba fêmea, é piaba macho
É piaba em cima, é piaba em baixo
193. Andrelina, Andrelina
Eu tenho meu amor que é empregado na usina
Que empregado na usina
E que trabalha com vapor
Trabalha com gasolina
É empregado da usina
194. Em Mangueira eu não vou mais
Porque lá eu deixei pena
Por causa de uma morena
Que os olhos dela me atrái
Eu sou um filho sem pai
Meu coração é de todos
O meu pranto é silencioso
Ai chorai meus olhos
Chorai...
195. O povo de Itapissuma
Tem uma sorte mesquinha
No meio de tantos peixes
Mataram logo a Tnunha
Depois da Tuninha morta
Estremeceu e gemeu
Corriam lágrimas dos olhos
Quando a Tuninha morreu
196. Eu vou parar de fumar
E de tomar aguardente
Eu vou ser da lei de crente
De Deus do céu me ajudar
Eu vou ser crente da Baptista
Ou então da Petencostal
Eu comprei garrafa de cana
Levei para o padre benzer
O sacristão olhou e disse
Que na batina do padre tem dendê
Tem dendê, tem dendê...
197. Eu mandei chamar um bom mestre
Para encorar o meu zabumba
Pois a festa em Gameleira
É sábado, domingo e segunda
A festa em Gameleira...
1. Ò jarê
Ò jarê-ô
Ò jarê, senhoras mestras oro
2. Está iluminada a nossa gira
Está cheio de flores o meu Gongá
Senhoras mestras vejam o que eu faço
Senhoras mestras iluminem o caminho
Por onde eu passo
eu quero perfume
eu quero cerveja
prepare a mesa que Paulina chegou
No pé da palmeira
Paulina sentada
Ela é Paulina
A mulher da vida rasgada
No pé da palmeira
Tem dois cabarés
Paulina gosta de homem
É a protectora das mulheres
7. Tá tá tá
Ela é Paulina
Ela é demais
E me sustenta o ponto
E não deixa cair
Que Ritinha chegou
Mas não é daqui.
30. Ó Anália,
Cadê Maria Navalha?
Mas ela é
É da vida rasgada
Mas ela é
É Francisca falada
Cara conheça
Que ela não é condessa mole
E quem com muitas pedras bole
Uma lhe cai na cabeça
Na passagem do riacho
Maria me deu a mão
E prometeu a Zé da Pinga
Que lhe dava um garrafão
O prometido é devido
É chegada a ocasião
Ora iê iê iê iê iê-ô
Arro boboi oxumarê
Ora iê iê iê iê iê-ô
Como é bonita a natureza!
O cabaré se fecha….
Eu vou me vingar….
47. Eu tenho o seu nome gravado
Em meu “sino” Salomão
E tenho seu nome debaixo de meu pé
O seu coração preso na minha mão
Mulher, mulher
Quanto mais carinhosa
Mais falsa ela é
Um dá o outro não dá
Um quer o outro não quer
É um só para me amar
E cinquenta prá me conhecer
É na macumbebê…