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Eletrotecnia Grandezas e Leis Fundamentais
Eletrotecnia Grandezas e Leis Fundamentais
VAB
A B vR1 vR2
R1
I
Grandezas e Leis Fundamentais
E
+
v
I I
s1
1 2
E
+ VAC - s1
- R2 VBC
I3
+
Es2 - vs2 I4
C vR4
Fontes:
Apontamentos de José Rui Ferreira – ULP
Apontamentos de André Madureira - ULP
Apontamentos de Nuno Fidalgo – FEUP
Fernanda O. Resende Apontamentos de Vladimiro Miranda – FEUP
Circuitos Elétricos de Vítor Meireles 1
ELETROTECNIA
Noção de Condutor
Corpos que possuem partículas carregadas electricamente em
quantidades razoáveis e que se movem com facilidade são
denominados condutores (como os metais) uma vez que neles se
pode estabelecer uma corrente eléctrica no seu interior
Noção de Isolante
Corpos que possuem poucos electrões livres e que resistem ao
fluxo dos mesmos são chamados de isolantes ou isoladores (como
o óleo ou a cerâmica)
Fernanda O. Resende 2
ELETROTECNIA
A Analogia Electro-Mecânica
Analogia Hidráulica
A corrente eléctrica que atravessa um fio condutor é semelhante
à corrente de água num cano
Intensidade Corrente Q
Ampere (A)
I =
t
Corrente permanente (constante no tempo) → Corrente Contínua (CC)
Fernanda O. Resende 3
ELETROTECNIA
A Analogia Electro-Mecânica
W
Tensão V =
Volt (V) Q
Fernanda O. Resende 4
ELETROTECNIA
A Analogia Electro-Mecânica
VA − VB = E (lB − l A )
Fernanda O. Resende 5
ELETROTECNIA
Revisões
Noção de Campo Eléctrico
Intensidade de Campo Eléctrico num ponto é a força que se
exerce sobre a unidade de carga positiva colocada num ponto
do espaço
F 1 Q
E= ou E= e
q 4 d 2 r
Como no
campo
gravítico!
Fernanda O. Resende 6
ELETROTECNIA
A Analogia Electro-Mecânica
Noção de Resistência
O atrito no cano (que impede a água de acelerar e adquirir
velocidade infinita) é o análogo da resistência eléctrica (que,
neste caso, impede a intensidade de corrente de se tornar
infinita
A Analogia Electro-Mecânica
Noção de Resistência
Esta relação é conhecida por Lei de Ohm
V V
V = RI I = =R
R I
Resistência
Ohm (Ω)
George Ohm
Fernanda O. Resende
(1789 – 1854) 8
ELETROTECNIA
A Analogia Electro-Mecânica
Noção de Resistência
Continuando com a analogia, um determinado cano que suporte
grandes pressões e caudais poderá rebentar o que é equivalente
a um determinado fio condutor queimar (ou fundir)
Fernanda O. Resende 9
ELETROTECNIA
A Analogia Electro-Mecânica
Fernanda O. Resende 10
ELETROTECNIA
A Analogia Electro-Mecânica
Noção de Potência Dissipada ou Potência de Perdas
Esta relação é conhecida por Lei de Joule
P= RI 2
James Joule
(1818 – 1889)
Fernanda O. Resende 11
ELETROTECNIA
A Analogia Electro-Mecânica
Noção de Potência
Da conjugação da Lei de Ohm e da Lei de Joule resulta uma
expressão que permite calcular a potência P num dado circuito
eléctrico
P = VI
Potência
Watt (W)
Fernanda O. Resende 12
ELETROTECNIA
A Analogia Electro-Mecânica
Diferenças
No entanto, na analogia seguida existem duas grandes
diferenças entre a estrutura das moléculas de água e a
estrutura das cargas eléctricas:
1 Q1.Q2 m1.m2
F= F =G 2 Cargas,
4 d 2
r distâncias,
forças…
Lei de Coulomb Lei de Newton
Fernanda O. Resende 13
ELETROTECNIA
A Analogia Electro-Mecânica
Diferenças
2. Só existe um tipo de molécula de água mas duas espécies de
partículas com carga (electrões e protões) → Os primeiros
são muito leves e móveis enquanto que os segundos são
pesados e praticamente imóveis)
Fernanda O. Resende 14
ELETROTECNIA
A Analogia Electro-Mecânica
Sentido da Corrente Eléctrica
Como foi visto, a corrente eléctrica resulta de um movimento
ordenado e orientado de cargas eléctricas
Cargas eléctricas positivas movem-se (!) num sentido
Cargas eléctricas negativas movem-se no sentido contrário
E agora qual é
o sentido
adoptado?
Essa é fácil.
Convenciona-se um …
Fernanda O. Resende 15
ELETROTECNIA
A Analogia Electro-Mecânica
Sentido da Corrente Eléctrica
Convencionou-se que o sentido da corrente eléctrica é o sentido
do fluxo de carga eléctrica positiva
Fernanda O. Resende 16
ELETROTECNIA
A Analogia Electro-Mecânica
Noção de Força Eletromotriz
???
Não haverá então, na eletricidade, uma força universal como a
gravidade que mantém constantemente em movimento a matéria?
Como se pode fazer mover a eletricidade num circuito eléctrico?
A Analogia Electro-Mecânica
Noção de Força Eletromotriz
Força Eletromotriz (f.e.m.) E de uma fonte é a razão entre a
energia elétrica W produzida no seu interior durante um certo
intervalo de tempo e a carga Q que durante esse intervalo de
tempo atravessa a sua secção
Weléctrica produzida
E=
Q
Fernanda O. Resende 18
ELETROTECNIA
A Analogia Electro-Mecânica
Fernanda O. Resende 19
ELETROTECNIA
Símbolos
+
R Vs -
Is
+
+
-
-
ou ou
Desprezando a
resistência interna das
Fernanda O. Resende
fontes...
20
ELETROTECNIA
Circuitos
Atenção às convenções
VAB
A B
R1
I
E
+ VAC
- R2 VBC
C
Sistemas de Constantes Concentradas Centro de Massa
Fernanda O. Resende 21
ELETROTECNIA
Exemplos
Ex: É possível pôr em funcionamento um carro com a bateria
descarregada com o auxilio de um segundo carro
i = -40 A
- +
+ - 12 V
12 V
Fernanda O. Resende 22
ELETROTECNIA
Exemplos
Ex: É possível pôr em funcionamento um carro com a bateria
descarregada com o auxilio de um segundo carro
i = -40 A
- +
+ - 12 V
12 V
Exemplos
• Potência dissipada numa resistência
– Efeito de Joule
+
+
50 V 25 W I R V
-
V 2 50 2
P= = = 100 W
R 25
V 50
I = = = 2A P = V I = 50 2 = 100 W
R 25
Fernanda O. Resende 24
ELETROTECNIA
Resistência
• Numa resistência linear verifica-se a lei de
Ohm
• A resistência de um dado corpo depende das
suas dimensões
• 𝜌: 𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 (𝑂ℎ𝑚. 𝑚𝑚 2)/m
R = (W )
L
S • 𝐿: 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 (𝑚)
• 𝑆: 𝑠𝑒𝑐çã𝑜 (𝑚𝑚2)
• A resistividade depende da temperatura
ambiente
= 0 1 + (T − T0 )(W.m ) • 𝜌0: 𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 à
𝑡𝑒𝑚𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑒
Coeficiente de temperatura
Fernanda O. Resende 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 (200𝐶) 25
ELETROTECNIA
Leis de Kirchhoff
E = V
i
i
k
k
+ I1 I2
Ao longo de qualquer percurso Es1 - vs1
fechado, a soma algébrica das I3 vR3
f.e.m. é igual à soma algébrica +
das quedas de tensão nas Es2 - vs2 I4
resistências
V k
k = R I
k
k k vR4
Princípio da
conservação da
energia
Fernanda O. Resende 26
ELETROTECNIA
Leis de Kirchhoff
Dividindo por Q
W fornecida Wconsumida
Q
=
Q
E = V
Fernanda O. Resende 27
ELETROTECNIA
Leis de Kirchhoff
Em qualquer nó de um circuito I5
eléctrico, a soma das correntes
I3 I4
que chegam ao nó é igual à soma
das correntes que saem do nó
I1-I2+I3-I4+I5 = 0
De outra forma
A soma algébrica das correntes que convergem em qualquer nó
de um circuito é zero.
I n =0 Princípio da
n conservação da
carga eléctrica
Fernanda O. Resende 28
ELETROTECNIA
Leis de Kirchhoff
Determine I4.
Fernanda O. Resende 29
ELETROTECNIA
Exemplo
Determine a corrente e a queda de tensão em cada uma das
resistências do seguinte circuito.
–Usando a lei de Kirchhoff das malhas
3W 2W
12 V + 1W
-
+
-
4W 8V
Fernanda O. Resende 30
ELETROTECNIA
Exemplo
Usando a lei de Kirchhoff das malhas VR1 VR2
I
+
-
I (3 + 2 + 1 + 4) = 12 + 8
8V
VR4
(note a soma das resistências)
I=2A
Usando a Lei de Ohm:
VR1 = 3 I = 6 V VR2 = 2 I = 4 V
VR3 = 1 I = 2 V VR4 = 4 I = 8 V
Fernanda O. Resende 31
ELETROTECNIA
Exemplo
Usando o conceito “série” VR1 VR2
Resistência equivalente de uma série I
3W 2W
Req = R1 + R2 + R3 + R4
12 V + 1W VR3
= 3 + 2 + 1 + 4 = 10 W -
4W
+
– Para a série de fontes de
-
tensão VR4 8V
Fernanda O. Resende 32
ELETROTECNIA
Resistência Equivalente
Resistências Série
I
R1
Aplicando a lei das malhas e a lei de Ohm
V = Rn I = Rn I V R2
n n Req
V = R eq I
Para existir equivalência (mesma tensão para a mesma
corrente, para o mesmo exterior), temos
Resistência Equivalente
Resistências Paralelo I
Resistência Equivalente
Resistências Paralelo I
Resistência Equivalente
Resistências Paralelo I
Exemplo:
Calcular o paralelo das duas R1 R2
resistências V
1 1 1 R1 R2
Req = R1 R2 = + Req =
Req R1 R2 R1 + R2
Nota:
A resistência equivalente de uma associação em paralelo é
sempre menor que qualquer das resistências associadas e
quanto maior o número de resistências colocadas em
paralelo menor será a resistência equivalente
Fernanda O. Resende 36
ELETROTECNIA
Resistência Equivalente
Série ou paralelo?
+
+ -
-
+ + +
- - -
Fernanda O. Resende 37
ELETROTECNIA
Resistência Equivalente
Mesmo circuito?
5W
5W
2W 3W 2A
+
- 12 V 2W 3W 2A
12 V
2A
3W
5W
2W
+
- 12 V
Fernanda O. Resende 38
ELETROTECNIA
Resistência Equivalente
+
-
3. Aplicar as leis de Kirchhoff e de
Ohm
Não parece
difícil…
Vamos ver!
Fernanda O. Resende 39
ELETROTECNIA
Resistência Equivalente
R eq = (2 + 4 ) 6 + 5 8 + 2 = 2W 6W
5W
8W
= (6 6 ) + 5 8 + 2 =
= (3 + 5 ) 8 + 2 = 12 V 2W
= 8 8+2 =
+
-
2º passo
= 4+2 =
= 6W I fonte =
12
=2A
6
3º passo
No quadro não!!!
Fernanda O. Resende 40
ELETROTECNIA
Resistência Equivalente
E se RC
substituirmos
o triângulo
por uma
1 estrela?
1
R12 R13
R1
R23
2 3
R2
R3
2 3
Fernanda O. Resende 41
ELETROTECNIA
Resistência Equivalente
Transformação Estrela-Triângulo
Transformação Y-Δ ou Teorema de Kennelly (1899)
Arthur E. Kennelly
(1861 – 1939)
Fernanda O. Resende 42
ELETROTECNIA
Resistência Equivalente
Triângulo Estrela
Agora é
fácil…
RA
1
Mas como
R13 + substituo
R12 R1 - uma pela
outra?
RB
2 R2 R3 3
R23 R eq = ( R A + R1 ) + ( R 3 + R B ) ( R 2 + R C )
RC
Fernanda O. Resende 43
ELETROTECNIA
Resistência Equivalente
Triângulo Estrela I1
1
I1
V12 1 R1
V31 V12 V31
R12 R13
R2
R23 R3
2 3
I2 I3 2 3
I2 I3
V23
V23
Fazendo uso do Princípio da Sobreposição (admitindo que cada
um dos nós é sucessivamente desligado do circuito)
Situação 1: fonte ligada entre os nós 1 e 2 (I3=0)
Situação 2: fonte ligada entre os nós 2 e 3 (I1=0)
Situação 3: fonte ligada entre os nós 3 e 1 (I2=0)
Sobreposição?
Fernanda O. Resende 44
ELETROTECNIA
Resistência Equivalente
Triângulo Estrela I1
1
I1
V12 1 R1
V31 V12 V31
R12 R13
R2
R23 R3
2 3
I2 I3 2 3
I2 I3
V23
V23
R12 ( R13 + R 23 )
Situação 1: R1 + R 2 =
R12 + ( R13 + R 23 )
Resistência Equivalente
Triângulo Estrela
Resolvendo o sistema anterior é possível conhecer R1, R2 e R3
Passagem Y Passagem Y
R12 R13 G1 G2
R1 = G12 =
R12 + R13 + R23 G1 + G2 + G3
R12 R23 G1 G3
R2 = G13 =
R12 + R13 + R23 G1 + G2 + G3
R13 R23 G2 G3
R3 = G23 =
R12 + R13 + R23 G1 + G2 + G3
Fernanda O. Resende 46
ELETROTECNIA
Resistência Equivalente
Transformação Estrela-Triângulo
Dica:
Para encontrar, por exemplo, o R1 basta multiplicar as
resistências do triângulo que lhe estão adjacentes (R12
e R13) e dividir pela soma de todas as resistências do
triângulo (R12 + R13 + R23)
Fernanda O. Resende 47
ELETROTECNIA
Divisor de Tensão
Vs = I (R1 + R2 + R3 ) I =
Vs
v1 v2 v3
R1 + R2 + R3 I
Vs
V1 = I R1 = R1 R1 R2 R3
R1 + R2 + R3 vs +
-
Vs
V2 = I R2 = R2
R1 + R2 + R3
Vs
V3 = I R3 = R3
R1 + R2 + R3
Generalizando
Vtotal
Vi = Ri
Rtotal
Fernanda O. Resende 48
ELETROTECNIA
Divisor de Tensão
Exemplo:
v1 v2 v3
Determine as tensões V1, V2 e V3 I
R1 R2 R3
3 vs +
V1 = 12 = 6V - 3W 2W 1W
3 + 2 +1 12 V
2
V2 = 12 = 4V
3 + 2 +1
Muito fácil…
1 Alguém tem
V3 = 12 = 2V dúvidas?
3 + 2 +1
Fernanda O. Resende 49
ELETROTECNIA
Divisor de Corrente
1 1 1 1 I1 R1
= + + I
Req R1 R2 R3
a I2 R2 b
Vs 1 1 1 vs +
I = = Vs + + - I3 R3
Req R1 R2 R3
1
V 1 I R1
I1 = s = =I Generalizando
R1 R1 1 1 1 1 1 1
+ + + +
R1 R2 R3 R1 R2 R3 1 I total
1 1 In =
Rn 1
R2 R3
I2 = I I3 = I R total
1 1 1 1 1 1
+ + + +
R1 R2 R3 R1 R2 R3
Fernanda O. Resende 50
ELETROTECNIA
Divisor de Corrente
De outra forma I1 R1
I
1 1 1 1
= + + a I2 R2 b
R total R1 R2 R3 vs +
- I3
Gtotal = G1 + G2 + G3 R3
G1 Assim
I1 = I
G1 + G2 + G3 é
mais Generalizando
G2 fácil…
I2 = I
G1 + G2 + G3 I total
I n = Gn
G3 Gtotal
I3 = I
G1 + G2 + G3
Fernanda O. Resende 51
ELETROTECNIA
Exemplos
R1 R3
2W I1 V I3 4W
a
I2
5V + R2 -
3V
- 8W
+
Fernanda O. Resende 52
ELETROTECNIA
Exemplos
Exemplos
I1 + I 2 + I 3 = 0
R1 R3
2W i1 v i3 4W -5 - 2 I1 + 8 I2 = 0
a
-8 I2 + 4 I3 -3 = 0
i2
+ R2 2
-
5V 1 3V
- 8W
+
Resolvendo o sistema:
I1 = -1.5 A
I2 = 0.25 A
I3 = 1.25 A
Fernanda O. Resende 54
ELETROTECNIA
Qual a potência
máxima que pode
fornecer?
Fernanda O. Resende 55
ELETROTECNIA
I
Fonte Real de Tensão Quando é que a
tensão aos
Rint terminais é igual à
V V = E − R in t I f.e.m.?
E +
-
E Icc
I=
R + Rint
Fernanda O. Resende 56
ELETROTECNIA
Fernanda O. Resende 57
ELETROTECNIA
I ca = I cc − I i = 0 Ea
Ii Potência?
V ca = R i I i = R i I cc
Icc Ri Vca
Vca = Ri I cc
Fonte real de
corrente
Fonte ideal de corrente
P=V I
V
Fernanda O. Resende I = I cc − Icc 58
R
ELETROTECNIA
Ri
VCA VCA Icc Ri
+
E -
V ca = R i I cc
Fernanda O. Resende 59
ELETROTECNIA
Ri V E
V RL IL = =
+ R L Ri + R L
E -
Neste caso E E
V E
Ri + R L R L
Fernanda O. Resende 60
ELETROTECNIA
Neste caso
I I
= I RL I I L
Gi + G L G L
Fernanda O. Resende 61