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ELETROTECNIA

VAB
A B vR1 vR2

R1
I
Grandezas e Leis Fundamentais
E
+
v
I I
s1
1 2

E
+ VAC - s1
- R2 VBC
I3
+
Es2 - vs2 I4

C vR4

Fontes:
Apontamentos de José Rui Ferreira – ULP
Apontamentos de André Madureira - ULP
Apontamentos de Nuno Fidalgo – FEUP
Fernanda O. Resende Apontamentos de Vladimiro Miranda – FEUP
Circuitos Elétricos de Vítor Meireles 1
ELETROTECNIA

Alguns Conceitos Básicos


Noção de Corrente Eléctrica
O fenómeno de condução de corrente eléctrica ocorre sempre
que existe um fluxo ordenado de partículas carregadas
electricamente

Noção de Condutor
Corpos que possuem partículas carregadas electricamente em
quantidades razoáveis e que se movem com facilidade são
denominados condutores (como os metais) uma vez que neles se
pode estabelecer uma corrente eléctrica no seu interior

Noção de Isolante
Corpos que possuem poucos electrões livres e que resistem ao
fluxo dos mesmos são chamados de isolantes ou isoladores (como
o óleo ou a cerâmica)
Fernanda O. Resende 2
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A Analogia Electro-Mecânica
Analogia Hidráulica
A corrente eléctrica que atravessa um fio condutor é semelhante
à corrente de água num cano

Noção de Intensidade de Corrente


O caudal (volume de água que atravessa uma dada secção por
unidade de tempo) é o análogo da intensidade da corrente
eléctrica I (quantidade de carga Q que atravessa uma dada
secção por unidade de tempo t)

Intensidade Corrente Q
Ampere (A)
I =
t
Corrente permanente (constante no tempo) → Corrente Contínua (CC)
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A Analogia Electro-Mecânica

Noção de Tensão (Potencial Eléctrico)


O potencial gravítico (energia por unidade de massa) que gera a
pressão hidráulica é o análogo do potencial eléctrico V (energia
W por unidade de carga Q)

W
Tensão V =
Volt (V) Q

Fernanda O. Resende 4
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A Analogia Electro-Mecânica

Noção de Diferença de Potencial


Mas a água só flui de um ponto a maior pressão para outro a
menor pressão (ou seja, se houver uma diferença de pressão)
pelo que também a corrente eléctrica só flui se existir uma
diferença de potencial eléctrico (ou diferença de tensão VA-VB
entre dois pontos A e B)

VA − VB = E  (lB − l A )

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Revisões
Noção de Campo Eléctrico
Intensidade de Campo Eléctrico num ponto é a força que se
exerce sobre a unidade de carga positiva colocada num ponto
do espaço


 F  1 Q 
E= ou E= e
q 4 d 2 r

Como no
campo
gravítico!

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A Analogia Electro-Mecânica

Noção de Resistência
O atrito no cano (que impede a água de acelerar e adquirir
velocidade infinita) é o análogo da resistência eléctrica (que,
neste caso, impede a intensidade de corrente de se tornar
infinita

Considerando pequenas pressões e caudais, a pressão é


proporcional ao caudal sendo que a constante de
proporcionalidade depende do atrito

Analogamente, para pequenas diferenças de potencial e


intensidades de corrente, a tensão V é proporcional à
intensidade de corrente I, sendo a constante de
proporcionalidade a resistência R
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A Analogia Electro-Mecânica

Noção de Resistência
Esta relação é conhecida por Lei de Ohm

V V
V = RI  I =  =R
R I

Resistência
Ohm (Ω)

George Ohm
Fernanda O. Resende
(1789 – 1854) 8
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A Analogia Electro-Mecânica

Noção de Resistência
Continuando com a analogia, um determinado cano que suporte
grandes pressões e caudais poderá rebentar o que é equivalente
a um determinado fio condutor queimar (ou fundir)

Fernanda O. Resende 9
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A Analogia Electro-Mecânica

Noção de Potência (ou Energia)


A potência (ou energia) libertada pelo atrito da água com o cano
(curvas e estrangulamentos) por unidade de tempo é
proporcional ao quadrado da velocidade da água estando a
constante de proporcionalidade relacionada com o atrito

Analogamente, a potência (ou energia) dissipada em forma de


calor (energia térmica P) pela corrente nas resistências de um
circuito eléctrico é proporcional ao quadrado da intensidade
de corrente I, sendo a constante de proporcionalidade a
resistência R do condutor

Fernanda O. Resende 10
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A Analogia Electro-Mecânica
Noção de Potência Dissipada ou Potência de Perdas
Esta relação é conhecida por Lei de Joule

P= RI 2

James Joule
(1818 – 1889)
Fernanda O. Resende 11
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A Analogia Electro-Mecânica

Noção de Potência
Da conjugação da Lei de Ohm e da Lei de Joule resulta uma
expressão que permite calcular a potência P num dado circuito
eléctrico

P = VI
Potência
Watt (W)

Fernanda O. Resende 12
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A Analogia Electro-Mecânica

Diferenças
No entanto, na analogia seguida existem duas grandes
diferenças entre a estrutura das moléculas de água e a
estrutura das cargas eléctricas:

1. No caso da água, as suas moléculas atraem-se (a água é


coesa, viscosa) segundo a Lei de Newton mas no caso da
electricidade, as partículas com carga semelhante repelem-
se segundo a Lei de Coulomb!

1 Q1.Q2 m1.m2
F= F =G 2 Cargas,
4 d 2
r distâncias,
forças…
Lei de Coulomb Lei de Newton
Fernanda O. Resende 13
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A Analogia Electro-Mecânica

Diferenças
2. Só existe um tipo de molécula de água mas duas espécies de
partículas com carga (electrões e protões) → Os primeiros
são muito leves e móveis enquanto que os segundos são
pesados e praticamente imóveis)

Fernanda O. Resende 14
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A Analogia Electro-Mecânica
Sentido da Corrente Eléctrica
Como foi visto, a corrente eléctrica resulta de um movimento
ordenado e orientado de cargas eléctricas
Cargas eléctricas positivas movem-se (!) num sentido
Cargas eléctricas negativas movem-se no sentido contrário

E agora qual é
o sentido
adoptado?

Essa é fácil.
Convenciona-se um …

Fernanda O. Resende 15
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A Analogia Electro-Mecânica
Sentido da Corrente Eléctrica
Convencionou-se que o sentido da corrente eléctrica é o sentido
do fluxo de carga eléctrica positiva

Mas então não


são os electrões
que se movem?

Sim, mas o sentido foi convencionado antes da descoberta do


electrão
De resto, o sentido convencionado é irrelevante já que os efeitos
da corrente eléctrica são exatamente os mesmos

Fernanda O. Resende 16
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A Analogia Electro-Mecânica
Noção de Força Eletromotriz

???
Não haverá então, na eletricidade, uma força universal como a
gravidade que mantém constantemente em movimento a matéria?
Como se pode fazer mover a eletricidade num circuito eléctrico?

A resposta é simples: como com as bombas hidráulicas que criam


uma diferença de pressão aprox. constante entre a saída e a
entrada, os geradores elétricos geram uma tensão aprox.
constante ou uma corrente aprox. constante
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A Analogia Electro-Mecânica
Noção de Força Eletromotriz
Força Eletromotriz (f.e.m.) E de uma fonte é a razão entre a
energia elétrica W produzida no seu interior durante um certo
intervalo de tempo e a carga Q que durante esse intervalo de
tempo atravessa a sua secção

Weléctrica produzida
E=
Q

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A Analogia Electro-Mecânica

Algumas Notas Importantes


A analogia apresentada diz apenas respeito a circuitos básicos
(lineares) que são conhecidos por circuitos óhmicos porque
respeitam a Lei de Ohm

Existem outros conceitos mecânicos mais avançados (inércia e


elasticidade) que também têm análogos elétricos (capacidade e
indutância) que aparecem em circuitos mais complexos de
Corrente Alternada (CA)!
Não é
Ui! para
agora...

Fernanda O. Resende 19
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Símbolos

Elementos básicos de um circuito

+
R Vs -
Is

Resistência Fonte (ideal) Fonte (ideal)


de tensão de corrente

+
+
-
-
ou ou
Desprezando a
resistência interna das
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fontes...
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Circuitos

Atenção às convenções
VAB
A B

R1
I

E
+ VAC
- R2 VBC

C
Sistemas de Constantes Concentradas Centro de Massa
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Exemplos
Ex: É possível pôr em funcionamento um carro com a bateria
descarregada com o auxilio de um segundo carro

i = -40 A

- +
+ - 12 V
12 V

a) Qual o carro com a bateria “morta”?


b) Se a ligação se mantiver 1.5 min, que energia é transmitida
à bateria morta?

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Exemplos
Ex: É possível pôr em funcionamento um carro com a bateria
descarregada com o auxilio de um segundo carro

i = -40 A

- +
+ - 12 V
12 V

a) Qual o carro com a bateria “morta”?


b) Se a ligação se mantiver 1.5 min, que energia é transmitida
à bateria morta?
a) O amarelo
b) w = p t = v i t = 43200 J
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Exemplos
• Potência dissipada numa resistência
– Efeito de Joule
+

+
50 V 25 W I R V
-

V 2 50 2
P= = = 100 W
R 25

V 50
I = = = 2A P = V I = 50  2 = 100 W
R 25
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Resistência
• Numa resistência linear verifica-se a lei de
Ohm
• A resistência de um dado corpo depende das
suas dimensões
• 𝜌: 𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 (𝑂ℎ𝑚. 𝑚𝑚 2)/m
R =  (W )
L
S • 𝐿: 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 (𝑚)
• 𝑆: 𝑠𝑒𝑐çã𝑜 (𝑚𝑚2)
• A resistividade depende da temperatura
ambiente
 =  0 1 +  (T − T0 )(W.m ) • 𝜌0: 𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 à
𝑡𝑒𝑚𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑒
Coeficiente de temperatura
Fernanda O. Resende 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 (200𝐶) 25
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Leis de Kirchhoff

Lei das malhas ou das tensões


vR1 vR2

 E = V
i
i
k
k
+ I1 I2
Ao longo de qualquer percurso Es1 - vs1
fechado, a soma algébrica das I3 vR3
f.e.m. é igual à soma algébrica +
das quedas de tensão nas Es2 - vs2 I4
resistências

V k
k = R I
k
k k vR4

Princípio da
conservação da
energia
Fernanda O. Resende 26
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Leis de Kirchhoff

Lei das malhas ou das tensões


vR1 vR2
Ao longo de qualquer percurso
fechado, a soma algébrica das
quedas de tensão é nula
+ I1 I2
Es1 - vs1
!!!!!???? I3 vR3
+
Es2 - vs2 I4
Princípio da Conservação de energia

W fornecida = W consum ida vR4

Dividindo por Q
W fornecida Wconsumida
 Q
=
Q
  E = V
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Leis de Kirchhoff

Lei dos nós ou das correntes


 I que chegam =  I que partem I2
I1

Em qualquer nó de um circuito I5
eléctrico, a soma das correntes
I3 I4
que chegam ao nó é igual à soma
das correntes que saem do nó
I1-I2+I3-I4+I5 = 0
De outra forma
A soma algébrica das correntes que convergem em qualquer nó
de um circuito é zero.

I n =0 Princípio da
n conservação da
carga eléctrica
Fernanda O. Resende 28
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Leis de Kirchhoff

Lei dos nós ou das correntes


I1
Exemplo:
Sendo: I2
I1 = 3 A I5
I2 = -2 A I3 I4
I3 = -4 A
I5 = -2 A

Determine I4.

3 – (-2) + (-4) – I4 + (-2) = 0


I4 = -1 A (o sentido positivo de I4 é contrário ao indicado na figura)

Fernanda O. Resende 29
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Exemplo
Determine a corrente e a queda de tensão em cada uma das
resistências do seguinte circuito.
–Usando a lei de Kirchhoff das malhas

3W 2W

12 V + 1W
-

+
-
4W 8V

Fernanda O. Resende 30
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Exemplo
Usando a lei de Kirchhoff das malhas VR1 VR2
I

VR1 + VR2 + VR3 + VR4 – Vs1 – Vs2 = 0 3W 2W


12 V + 1W VR3
-
3 I + 2 I + 1 I + 4 I – 12 – 8 = 0 4W

+
-
I (3 + 2 + 1 + 4) = 12 + 8
8V
VR4
(note a soma das resistências)
I=2A
Usando a Lei de Ohm:
VR1 = 3 I = 6 V VR2 = 2 I = 4 V
VR3 = 1 I = 2 V VR4 = 4 I = 8 V

Fernanda O. Resende 31
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Exemplo
Usando o conceito “série” VR1 VR2
Resistência equivalente de uma série I
3W 2W
Req = R1 + R2 + R3 + R4
12 V + 1W VR3
= 3 + 2 + 1 + 4 = 10 W -
4W

+
– Para a série de fontes de

-
tensão VR4 8V

Veq = Vs1 + Vs2


Série?
(positivos se mesmo sentido…) Ainda não sei o
que é!

– Aplicando a Lei de Ohm


I = Veq / Req = 2 A

Fernanda O. Resende 32
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Resistência Equivalente

Resistências Série
I
R1
Aplicando a lei das malhas e a lei de Ohm
 
V =  Rn I =   Rn  I V R2
n  n  Req

No caso de apenas uma resistência R3

V = R eq I
Para existir equivalência (mesma tensão para a mesma
corrente, para o mesmo exterior), temos

A resistência equivalente a uma


Req = R n associação de resistências em série é
n
igual à soma das resistências associadas
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Resistência Equivalente

Resistências Paralelo I

Aplicando a lei dos nós e a lei de Ohm


V  1  R1 R2 R3
I = I
n
n = n
=    V
Rn  n Rn 
V
Req
No caso de apenas uma resistência
V
I =
Req
Para existir equivalência (mesma tensão para a mesma
corrente, para o mesmo exterior), temos

A resistência equivalente a uma


1 1
Req
= n R associação de resistências em paralelo é
n igual ao inverso da soma dos inversos
das resistências associadas
Fernanda O. Resende 34
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Resistência Equivalente

Resistências Paralelo I

Vamos definir Condutância (G) como sendo


o inverso da resistência R1 R2 R3
V V
V = RI  R =
I Req
então
I 1
I = GV  G =  G =
V R
A regra da associação de resistências em paralelo pode ser
agora enunciada da seguinte forma

A condutância equivalente a uma


G eq = G n associação de condutâncias em paralelo
n é igual à soma das condutâncias
associadas
Fernanda O. Resende 35
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Resistência Equivalente

Resistências Paralelo I

Exemplo:
Calcular o paralelo das duas R1 R2
resistências V

1 1 1 R1  R2
Req = R1 R2  = +  Req =
Req R1 R2 R1 + R2

Nota:
A resistência equivalente de uma associação em paralelo é
sempre menor que qualquer das resistências associadas e
quanto maior o número de resistências colocadas em
paralelo menor será a resistência equivalente

Fernanda O. Resende 36
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Resistência Equivalente
Série ou paralelo?

+
+ -
-

+ + +
- - -

Fernanda O. Resende 37
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Resistência Equivalente

Mesmo circuito?
5W
5W

2W 3W 2A
+
- 12 V 2W 3W 2A
12 V

2A

3W
5W
2W
+
- 12 V

Fernanda O. Resende 38
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Resistência Equivalente

Cálculo da resistência equivalente


4W
Cálculo das correntes e quedas de
tensão neste circuito 5W
2W 6W
1. Calcular a resistência equivalente do 8W
circuito vista dos terminais da fonte
2. Calcular a corrente que passa pela 12 V 2W
fonte – Lei de Ohm

+
-
3. Aplicar as leis de Kirchhoff e de
Ohm
Não parece
difícil…
Vamos ver!

Fernanda O. Resende 39
ELETROTECNIA

Resistência Equivalente

Cálculo da resistência equivalente


4W
1º passo

R eq = (2 + 4 ) 6  + 5 8 + 2 = 2W 6W
5W

8W
= (6 6 ) + 5  8 + 2 =
= (3 + 5 ) 8 + 2 = 12 V 2W

= 8 8+2 =

+
-
2º passo
= 4+2 =
= 6W I fonte =
12
=2A
6
3º passo
No quadro não!!!
Fernanda O. Resende 40
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Resistência Equivalente

Cálculo da resistência equivalente


RA
E agora? +
Não encontro 1
-
séries nem R12 R13
paralelos!
R23 RB
2 3

E se RC
substituirmos
o triângulo
por uma
1 estrela?
1
R12 R13
R1
R23
2 3
R2
R3

2 3
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Resistência Equivalente

Transformação Estrela-Triângulo
Transformação Y-Δ ou Teorema de Kennelly (1899)

Arthur E. Kennelly
(1861 – 1939)

Fernanda O. Resende 42
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Resistência Equivalente

Triângulo Estrela
Agora é
fácil…
RA
1
Mas como
R13 + substituo
R12 R1 - uma pela
outra?
RB
2 R2 R3 3

R23 R eq = ( R A + R1 ) + ( R 3 + R B ) ( R 2 + R C )
RC

Fernanda O. Resende 43
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Resistência Equivalente

Triângulo Estrela I1
1
I1
V12 1 R1
V31 V12 V31
R12 R13
R2
R23 R3
2 3
I2 I3 2 3
I2 I3

V23
V23
Fazendo uso do Princípio da Sobreposição (admitindo que cada
um dos nós é sucessivamente desligado do circuito)
Situação 1: fonte ligada entre os nós 1 e 2 (I3=0)
Situação 2: fonte ligada entre os nós 2 e 3 (I1=0)
Situação 3: fonte ligada entre os nós 3 e 1 (I2=0)
Sobreposição?

Fernanda O. Resende 44
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Resistência Equivalente

Triângulo Estrela I1
1
I1
V12 1 R1
V31 V12 V31
R12 R13
R2
R23 R3
2 3
I2 I3 2 3
I2 I3

V23
V23
R12 ( R13 + R 23 )
Situação 1: R1 + R 2 =
R12 + ( R13 + R 23 )

R23 ( R12 + R13 ) Situação 3:


Situação 2: R 2 + R3 = R13 ( R12 + R23 )
R23 + ( R12 + R13 ) R1 + R3 =
R13 + ( R12 + R23 )
Fernanda O. Resende 45
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Resistência Equivalente

Triângulo Estrela
Resolvendo o sistema anterior é possível conhecer R1, R2 e R3
Passagem  Y Passagem Y 

R12 R13 G1 G2
R1 = G12 =
R12 + R13 + R23 G1 + G2 + G3
R12 R23 G1 G3
R2 = G13 =
R12 + R13 + R23 G1 + G2 + G3
R13 R23 G2 G3
R3 = G23 =
R12 + R13 + R23 G1 + G2 + G3

Fernanda O. Resende 46
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Resistência Equivalente

Transformação Estrela-Triângulo
Dica:
Para encontrar, por exemplo, o R1 basta multiplicar as
resistências do triângulo que lhe estão adjacentes (R12
e R13) e dividir pela soma de todas as resistências do
triângulo (R12 + R13 + R23)

Fernanda O. Resende 47
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Divisor de Tensão

Vs = I (R1 + R2 + R3 )  I =
Vs
v1 v2 v3
R1 + R2 + R3 I
Vs
V1 = I R1 = R1 R1 R2 R3
R1 + R2 + R3 vs +
-
Vs
V2 = I R2 = R2
R1 + R2 + R3
Vs
V3 = I R3 = R3
R1 + R2 + R3
Generalizando
Vtotal
Vi = Ri
Rtotal
Fernanda O. Resende 48
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Divisor de Tensão
Exemplo:
v1 v2 v3
Determine as tensões V1, V2 e V3 I

R1 R2 R3
3 vs +
V1 = 12 = 6V - 3W 2W 1W
3 + 2 +1 12 V
2
V2 = 12 = 4V
3 + 2 +1
Muito fácil…
1 Alguém tem
V3 = 12 = 2V dúvidas?
3 + 2 +1

Fernanda O. Resende 49
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Divisor de Corrente

1 1 1 1 I1 R1
= + + I
Req R1 R2 R3
a I2 R2 b
Vs 1 1 1  vs +
I = = Vs  + +  - I3 R3
Req  R1 R2 R3 
1
V 1 I R1
I1 = s = =I Generalizando
R1 R1  1 1 1  1 1 1 
 + +   + + 
 R1 R2 R3   R1 R2 R3  1 I total
1 1 In =
Rn  1 
R2 R3  
I2 = I I3 = I  R  total
1 1 1  1 1 1 
 + +   + + 
 R1 R2 R3   R1 R2 R3 
Fernanda O. Resende 50
ELETROTECNIA

Divisor de Corrente
De outra forma I1 R1
I
1 1 1 1
  = + + a I2 R2 b
 R  total R1 R2 R3 vs +
- I3
Gtotal = G1 + G2 + G3 R3

G1 Assim
I1 = I
G1 + G2 + G3 é
mais Generalizando
G2 fácil…
I2 = I
G1 + G2 + G3 I total
I n = Gn
G3 Gtotal
I3 = I
G1 + G2 + G3

Fernanda O. Resende 51
ELETROTECNIA

Exemplos

Utilizando a Lei de Kirchhoff dos nós


– Determinar as correntes I1, I2 e I3
(Para isso basta determinar Va. Porquê?)

R1 R3
2W I1 V I3 4W
a

I2
5V + R2 -
3V
- 8W
+

Fernanda O. Resende 52
ELETROTECNIA

Exemplos

Utilizando a Lei de Kirchhoff dos nós


– Determinar as correntes I1, I2 e I3
I1 + I 2 + I 3 = 0
R1 R3
2W I1 V I3 4W Va − 5 Va Va + 3
5V a -3 V + + =0
I2
2 8 4
Red. mesmo denominador
5V + R2 -
3V
- 8W 4 Va − 20 Va 2 Va + 6
+
+ + =0
8 8 8
7 Va = 14
Va = 2 V
Va − 5 Va Va + 3
I1 = = − 1 .5 A I2 = = 0 .25 A I3 = = 1 .25 A
2 8 4
Fernanda O. Resende 53
ELETROTECNIA

Exemplos

Utilizando a Lei de Kirchhoff das malhas


– Determinar as correntes i1, i2 e i3

I1 + I 2 + I 3 = 0
R1 R3
2W i1 v i3 4W -5 - 2 I1 + 8 I2 = 0
a
-8 I2 + 4 I3 -3 = 0
i2
+ R2 2
-
5V 1 3V
- 8W
+

Resolvendo o sistema:
I1 = -1.5 A
I2 = 0.25 A
I3 = 1.25 A

Fernanda O. Resende 54
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Fontes ideais de Tensão

I Fonte Ideal de Tensão


Tensão (V) constante nos terminais, qualquer que
seja a intensidade de corrente (I) cedida ao
E
+ V exterior, que atravesse a fonte
-
V = E  EI = VI  Peléctrica produzida = Peléctrica fornecida   = 100%
Mas é
possível?
Para que V seja constante, qualquer que seja a
corrente I que atravesse a fonte a Resistência
Interna tem que ser nula
Rint = 0

Qual a potência
máxima que pode
fornecer?

Fernanda O. Resende 55
ELETROTECNIA

Fontes reais de Tensão

I
Fonte Real de Tensão Quando é que a
tensão aos
Rint terminais é igual à
V V = E − R in t I f.e.m.?
E +
-

Fonte ideal de tensão


E
Tensão na resistência interna da fonte
V = E − R in t I

P=V I Tensão utilizável para o exterior

E Icc
I=
R + Rint

Fernanda O. Resende 56
ELETROTECNIA

Fontes ideais de Corrente


I
Fonte Ideal de Corrente
Corrente (I) constante nos terminais, qualquer que
I V seja a Tensão (V) entre os terminais da fonte

Para que I seja constante, qualquer que seja a


tensão V aos terminais da fonte, a Resistência
Interna tem que ser infinita (Condutância nula)
Icc
Mas é
possível?
Vcc = 0 , Icc = I
I
Vcc E int
I cc =  E int = 
Rint

Fernanda O. Resende 57
ELETROTECNIA

Fontes reais de Corrente


Ica

I ca = I cc − I i = 0 Ea
Ii Potência?
V ca = R i  I i = R i  I cc
Icc Ri Vca

Vca = Ri  I cc
Fonte real de
corrente
Fonte ideal de corrente

Corrente utilizável Corrente que alimenta


para o exterior a resistência interna
V = I cc ( R Ri ) = R I da fonte

P=V I

V
Fernanda O. Resende I = I cc − Icc 58
R
ELETROTECNIA

Equivalência entre Fontes de Tensão e


Fontes de Corrente


Ri
VCA VCA Icc Ri
+
E -

Em ambos os casos a tensão de circuito aberto é igual ao


produto da resistência interna pela corrente de curto-
circuito

V ca = R i I cc

Fernanda O. Resende 59
ELETROTECNIA

Fonte Real de Tensão e


Fonte Ideal de Tensão
IL

Ri V E
V RL IL = =
+ R L Ri + R L
E -

A Fonte Real de Tensão aproxima-se da Fonte Ideal de


Tensão quando Ri << RL

Neste caso E E
  V E
Ri + R L R L

Fernanda O. Resende 60
ELETROTECNIA

Fonte Real de Corrente e


Fonte Ideal de Corrente
IL
 
 
V = I L RL = I  =
1 I
I Ri V RL
 1 1  Gi + GL
R +R 
 i L 

A Fonte Real de Corrente aproxima-se da Fonte Ideal de


Corrente quando Gi << GL  Ri >> RL

Neste caso
I I
 = I RL  I  I L
Gi + G L G L
Fernanda O. Resende 61

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