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Capacitando Discípulos
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Santo André
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SUMÁRIO
CAPITULO 2- Introdução
BIBLIOGRAFIA
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A Bibliologia tem para nós, estudantes da Palavra de Deus, a mesma finalidade que tem o
cardápio apresentado pelo garçom em um restaurante ou sorveteria, ou, talvez, a mesma
finalidade que um mapa tem nas mãos daquele que procura por um caminho ou endereço.
Portanto, Bibliologia é o estudo dos assuntos introdutórios à Bíblia.
POR QUE É IMPORTANTE ESTUDAR ESTA MATÉRIA?
Considero importante este estudo, e por isso eu o apresento, por ter ele a capacidade de
nos dar uma visão panorâmica da Bíblia como livro. Antes de conhecermos a mensagem,
é importante conhecermos o livro, sabermos como ele foi escrito, por quem, em que
circunstâncias ele foi escrito, de que maneira foi conduzida a sua tradução, qual a sua
composição, sua estrutura, seus propósitos, sua prova de autenticidade, sua sequência
histórica e cronológica e outros assuntos dessa natureza.
Passo a passo vamos estudar este tema e espero que você seja enriquecido com esse
estudo e se torne bem dinâmico.
CAPITULO 2 –INTRODUÇÃO
Não podemos nos esquecer jamais, de que a bíblia é o Livro dos livros. A verdade de
Deus escrita. O mapa do cristão, rumo aos céus. O maior tesouro de conhecimentos do
mundo.
O Autor da Bíblia é o Pai, embora a Palavra subsista antes da encarnação de Cristo. O
autor da Palavra de Deus é o Pai, pois é o Pai que proclama o Verbo e o Verbo sai de
suas entranhas como Palavra dita e vivificante. Por isso que, depois da ressurreição de
Cristo, encontramos o Verbo explicando o próprio Verbo aos discípulos de Emaús, mas
sempre o Verbo flui da boca do Pai.
A Bíblia contem a palavra de Deus e é, ao mesmo tempo a Palavra de Deus, mas nem
tudo o que esta escrito na bíblia procede da boca de Deus. Aquilo que foi escrito e
canonizado é o registro, pois o registro é inspirado e aquilo que foi escrito, às vezes, é a
narrativa daquilo que um ímpio pronunciou, e tornou-se um registro inspirado, mas não
foi uma palavra que saiu da boca de Deus. Está ali como mecanismo de ensino,
advertência ou com alguma mensagem de vida final. (1 Coríntios 10:11Ora, tudo isto
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lhes sobreveio como figuras, e estão escritas para aviso nosso, para quem já são
chegados os fins dos séculos). Esta era a confusão que o diabo queria gerar em Mateus 4,
quando provando a Cristo no deserto, questionando a sua divindade, sem ter
conhecimento de que o Verbo pode ser escrito ou dito, pois o Verbo dito o venceu e ele
fugiu. E somente o Verbo tem poder sobre o escrito e o poder do dito, isto é, a palavra
profetizada.
Vemos a Palavra procedendo da boca do incrédulo Tomé, de um angustiado Pedro, de
espíritos malignos falando através dos amigos de Jó; mas suas palavras humanas, ou
demoníacas, seus pontos de vista e seus questionamentos, não procediam da boca de
Deus. No entanto, o registro daquilo que eles disseram faz parte do conteúdo bíblico, e
está ali para tirarmos as nossas lições, pois Deus não esconde desejos, pecados,
ansiedades, erros e acertos do homem. Todavia, somente a palavra que procede da boca
de Deus pode nos dar vida.
O poder da Palavra foi dado ao Filho, pois Ele é o Verbo de Deus. A Palavra é dEle. O
Pai é o arquiteto da criação, mas o Verbo é a execução. O Verbo não está. O Verbo é, faz,
profetiza e executa. O Pai dá testemunho da Palavra. Ele ordena que a vejamos, que a
ouçamos e que a leiamos. Como Jesus esta em nosso meio, se agora mesmo Ele está no
trono, junto ao Pai? Ele não está aqui pelo Espírito Santo. O Espírito Santo não substitui
a presença de Cristo, pois Ele é uma pessoa igualmente. O Espírito Santo é uma pessoa
gloriosa. O fato de o Espírito Santo estar aqui, agora mesmo, não invalida nem bloqueia a
onipresença de Cristo. Mas tanto na onipresença, como na onisciência, Ele se revela
através de sua diversidade. Jesus Cristo esta em nosso meio pela sua Palavra.
Como podemos crer na bíblia? Por meio da fé.
No entanto, a bíblia não é um livro comum, mas sim a reunião de acontecimentos de
procedência histórico-humano, divino-espiritual. Para entender a Bíblia requer-se fé. Mas
que é fé? Fé são os olhos da alma. Em lugar dos olhos da alma, Deus desejou que Adão
usasse a fé. Por isso, satanás trata de levar o homem ao desprezo à fé. A fé deveria ser
usada antes ou depois que o homem pecasse, para sua própria salvação. Quando
procuramos profetas, feitiçarias ou coisas semelhantes, procuramos abrir os olhos de
nossa alma, a fim de vermos antecipadamente aquilo que Deus nos vedou. Mas, se
quisermos agradá-lo, devemos andar por fé, pois sem fé é impossível agradar a Deus.
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Jesus disse em Mateus 24:35: “Os céus e a terra passarão, mas as minhas palavras não
hão de passar‖.
O pastor Claudionor de Andrade citando o grande teólogo Wayne Grudem, define a
importância das escrituras assim:
- A bíblia contém todas as palavras divinas que Deus quis dar ao seu povo em cada
estágio da história da redenção e que hoje contém todas as palavras de Deus que
precisamos para a salvação, para que, de maneira perfeita, nele possamos confiar e
a ele obedecer. (Andrade, Claudionor de. Teologia Sistemática Pentecostal, página
44, Rio de Janeiro)
Deus fez o homem capaz e desejoso de conhecer a realidade das coisas. Será que Ele
ocultaria uma revelação que satisfizesse esse anelo? Pelo contrário. Diz o profeta de
Deus: “conheçamos, prossigamos em conhecer ao Senhor; como a alva será a sua saída;
e ele nos virá como a chuva, como a chuva serôdia que rega a terra Os 6:3”.
A revelação de Deus é possível, é progressiva, é certa.
Deus se revela a nós por intermédio de sua santíssima Palavra, a Bíblia, tendo em vista
nossa salvação por meio da fé nela como a Palavra de Deus. Por essa razão todo ser
humano nasce com o grande anseio de conhecer, e cada um busca esse conhecimento de
uma maneira. Nós, servos e servas de Deus, buscamos na Bíblia sagrada.
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pouco, madeiras, perfumes, tecidos, couros e papiro. E é pelo fato de o papiro ser um dos
produtos mais procurados no comércio, que aos poucos foi sendo chamado de biblos, em
homenagem e referência a cidade com o mesmo nome.
Um rolo de papiro de tamanho pequeno era chamado "biblion" e vários destes eram uma
"bíblia". Portanto, literalmente, a palavra bíblia quer dizer "coleção de livros
pequenos". Com a invenção do papel, desapareceram os rolos, e a palavra biblos deu
origem a "livro", como se vê em biblioteca, bibliografia, bibliófilo, etc.
Aproximadamente no ano 400 é que os escritores cristãos gregos começaram a chamar a
Bíblia de ―Os livros‖, no plural indicando uma série de escritos da revelação divina. Mais
tarde, no século XIII, o plural foi mudado para o singular, concordando com a concepção
de que a Bíblia é uma expressão vocal de Deus.
A Bíblia também é conhecida por Escrituras, que é um termo usado no N.T. para os
livros sagrados do A.T., que eram considerados inspirados por Deus. (2ª Tm. 3.16; Rm.
3.2). Este termo também é usado no N.T. com referência a outras porções do N.T. (2ª Pe.
3.16). A Bíblia também é conhecida por Palavra de Deus, este termo é usado em relação
a ambos os testamentos em sua forma escrita (Mt 15.6; Jo. 10.35; Hb. 4.12).
A necessidade desse estudo é que, sendo a Bíblia um livro divino, veio a nós por canais
humanos, tornando-se, assim, divino-humana, como também o é a Palavra Viva - Cristo -
que se tornou também humano (Jo 1.1; Ap 19.13)‖. Pela Bíblia, Deus fala em linguagem
humana, para que o homem possa entendê-lo. Por essa razão, a Bíblia faz alusão a tudo
que é terreno e humano. Ela menciona países, montanhas, rios, desertos, mares, climas,
solos, estradas, plantas, produtos, minérios, comércio, dinheiro, línguas, raças, usos,
costumes, culturas, etc. Isto é, Deus, para fazer-se compreender, vestiu a Bíblia da nossa
linguagem, bem como do nosso modo de pensar. Se Deus usasse sua linguagem, ninguém
o entenderia. Ele, para revelar-se ao homem, adaptou a Bíblia ao modo humano de
perceber as coisas. Destarte, o autor da Bíblia é Deus, mas os escritores foram homens.
Na linguagem figurada dos Salmos e das diversas outras partes da Bíblia, Deus mesmo é
descrito e age como se fosse homem. A Bíblia chega a esse ponto para que o homem
compreenda melhor o que Deus lhe quer dizer. Isto também explica muitas dificuldades e
aparentes contradições do texto bíblico.
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O Antigo Testamento:
Tem 39 livros, e foi escrito originalmente em hebraico, com exceção de pequenos trechos
que o foram em aramaico. O aramaico foi a língua que Israel trouxe do seu exílio
babilônico. Há também algumas palavras persas. Seus 39 livros estão classificados em 4
grupos, conforme os assuntos a que pertencem: LEI, HISTÓRIA, POESIA e PROFECIA.
O grupo ou classe poesia também é conhecido por devocional.
Os livros por cada grupo:
a.LEI. São 5 livros: Gênesis a Deuteronômio.
b. HISTÓRIA. São 12 livros: de Josué a Ester.
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O Novo Testamento
Tem 27 livros. Foi escrito em grego; não no grego clássico dos eruditos, mas no do povo
comum, chamado Koiné. Seus 27 livros também estão classificados em 4 grupos,
conforme o assunto a que pertencem: BIOGRAFIA, HISTÓRIA, EPÍSTOLAS e
PROFECIA. O terceiro grupo é também chamado DOUTRINA.
a. BIOGRAFIA. São os 4 Evangelhos.
b. HISTORIA. É o livro de Atos dos Apóstolos.
c. EPÍSTOLAS. São 21 as epístolas ou cartas. Vão de Romanos a Judas.
• 9 são dirigidas a igrejas (Romanos a 2 tessalonicenses)
• 4 são dirigidas a indivíduos (1 Timóteo a Filemom)
• 1 é dirigida aos hebreus cristãos
• 7 são dirigidas a todos os cristãos, indistintamente (Tiago a Judas)
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As últimas sete são também chamadas universais, católicas ou gerais, apesar de duas
delas (2 e 3 João) serem dirigidas a pessoas.
d. PROFECIA. É o livro de Apocalipse ou Revelação.
A importância da escrita
A Escrita Cuneiforme
A princípio, certa espécie de marca representava uma palavra inteira, ou uma combinação
de palavras. Desenvolvendo-se a arte de escrever, passou a haver 'marcas' que
representavam partes de palavras, ou sílabas. Era este o gênero de escrita em uso na
Babilônia no alvorecer do período histórico.
Origemdo Alfabeto
Tem sido um assunto bastante controvertido a origem do alfabeto. Em geral se aceita que
Três alfabetos foram descobertos: junto do Sinai, em Biblos e em RasShamra, que são
bem anteriores ao tempo de Moisés (1.500 a.C.). Estudiosos modernos, baseados em
evidências irrefutáveis, sustentam que Moisés escolheu a escrita fonética para escrever o
Pentateuco. O arqueólogo W. F. Albright datou esta escrita de início do século XV a.C.
(tempo de Moisés). Interessante é notar que esta escrita foi encontrada no lugar onde
Moisés recebeu a incumbência de escrever seus livros. Em Êxodo 17.14 encontramos a
ordem divina para que Moisés escrevesse num livro.
Como vimos, nem todos aceitam Moisés como sendo o real autor destes livros,
especialmente o de Jó. Os que o fazem, dão Jó como tendo sido o primeiro dos livros
escritos, e Moisés o teria feito quando pastoreava os rebanhos do seu sogro nas campinas
de Midiã, após ter fugido do Egito. Os cinco livros que compõem o Pentateuco foram
escritos posteriormente. Os que não aceitam esta tese, já escreveram muito a respeito do
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inclusive a boa convivência de Moisés com o sacerdote Jetro, cujas religiões eram
fundamentalmente as mesmas.
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e pressão aplicada para ligá-las formando uma folha. Após secar, era polida com
instrumentos de concha ou pedra; depois as folhas eram atadas, formando rolos".
2. Características do Manuscrito
No início do século IX a.C., houve uma reforma na maneira de escrever e uma escrita
com letras pequenas, chamadas minúsculas, era usada na produção de livros. Letras
minúsculas, economizando tempo e material, faziam com que os livros ficassem mais
baratos e pudessem ser adquiridos por maior número de pessoas. Nos manuscritos
bíblicos primitivos, normalmente, nenhum espaço era deixado entre as palavras e até o
século VIII a pontuação era escassamente usada. De acordo com J. Angus em História,
Doutrina e Interpretação da Bíblia, Vol, I, p. 39, somente no século VIII é que foram
introduzidos nos manuscritos alguns sinais de pontuação e no século IX introduziram o
ponto de interrogação e a vírgula. Sentidos distintos têm surgido, quando uma simples
vírgula é mudada de lugar, como se evidencia da leitura da conhecida passagem: "Em
verdade te digo hoje, comigo estarás no paraíso"", ou ―Em verdade te digo, hoje mesmo
estarás comigo no paraíso‖. Muitas outras passagens bíblicas podem ser lidas com
sentido totalmente diferente ao ser mudada a sua pontuação como nos confirmam os
seguintes exemplos: "Ressuscitou, não está aqui." "Ressuscitou? não, está aqui." "A voz
daquele que clama no deserto: preparai o caminho do Senhor"; "A voz daquele que
clama: no deserto preparai o caminho do Senhor."
Manuscritos gregos
f) Pergaminho. A preparação do pergaminho para receber a escrita tem uma
interessante história. De acordo com a História Natural de Plínio, o Velho (Livro XIII,
capítulo XXI), foi o rei Eumene de Pérgamo, uma cidade da Ásia Menor, quem
promoveu a preparação e o uso do pergaminho. Este rei planejou fundar uma biblioteca
em sua cidade, que se rivalizasse com a famosa biblioteca de Alexandria. Esta ambição
não agradou a Ptolomeu do Egito, que imediatamente proibiu a exportação de papiro para
Pérgamo. Esta proibição forçou Eumene a preparar peles de carneiro ou ovelha para
receber a escrita, dando-lhe o nome do lugar de origem – pergaminho.
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a. O hebraico.
A língua hebraica foi a língua dos Hebreus ou israelitas desde a sua entrada em Canaã. A
sua origem é bastante misteriosa, porque além do Velho Testamento só possuímos
escassos documentos para o seu estudo. O mais provável é que o hebraico tenha vindo do
cananeu e foi falado pelos israelitas depois de sua instalação na Palestina. A atual escrita
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b. O Aramaico.
O aramaico foi sem dúvida, desde muito tempo, a língua popular de Babilônia e da
Assíria, cuja linguagem literária, culta e religiosa era o sumero-acadiano. Documentos
assírios mencionam o aramaico desde 1100 a.C. Durante o reinado de Saul e Davi, os
estados aramaicos ou sírios são mencionados na Bíblia (1Sm 14.47; 2Sm 8.3-9; 10.6-8).
O aramaico foi trazido para a Palestina porque os assírios seguiam costume de
transplantar os povos das nações subjugadas, por isso depois de terem vencido o reino de
Israel, trocaram as pessoas e as espalharam através de todo o seu império. 2Rs 17.24
menciona explicitamente que entre os povos trazidos para Samaria a fim de repovoarem a
terra devastada, encontravam-se aramaicos de Hamate. Esta língua dotada de grande
poder de expansão, tornou-se usual nas relações internacionais de toda a Ásia, e na
própria Palestina propagou-se tão largamente, que venceu o próprio hebraico.
O lar original do aramaico foi a Mesopotâmia. Algumas tribos arameanos viviam ao sul
de Babilônia, perto de Ur, outras tinham seus lares na alta Mesopotâmia entre o rio
Quebar (Khabúr) e a grande curva do Eufrates, tendo Harã como centro. O fato de os
patriarcas Abraão, Isaque e Jacó terem conexões com Harã é provavelmente responsável
pelo estatuto feito por Moisés de que Jacó era "arameano". Dt 26.5. Deste seu lar ao norte
da Mesopotâmia o aramaico se espalhou para o sul de toda a Assíria.
Tudo indica que o aramaico foi preferido pelos assírios e babilônicos por ser mais
simples do que a complicada escrita cuneiforme. A prova de sua simplicidade está
relatada em 2Rs 18.26, quando Senaqueribe invadiu Judá no fim do VIII século a.C. os
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oficiais judeus que dominavam tão bem o hebraico quanto o aramaico, pediram ao
general assírio que lhes falasse em aramaico. Esta ainda a razão porque durante os setenta
anos do cativeiro babilônico os judeus se esqueceram muito do hebraico, adotando em
seu lugar o aramaico. Ao voltarem do cativeiro continuaram falando o aramaico, como se
depreende da leitura de Neemias 8.1-3 e 8. O aramaico era a língua usada por Jesus (Mc
5.41; 7.34; 15.34), pela maioria das pessoas na Palestina, bem como pelas primeiras
comunidades cristãs. Segundo outros estudiosos entre os quais se destaca Robertson,
Jesus falava aramaico na conversação diária, mas no ensino público e nas discussões com
os fariseus a língua usada era o grego.
Já antes da Era Cristã suplantou totalmente o hebraico que se tornou a língua morta e
exclusivamente religiosa. Na Ásia Ocidental, a língua aramaica se difundiu largamente,
assumindo naquelas regiões e naquele tempo o mesmo papel que assumem em nossos
dias o francês e o inglês. O aramaico, embora ainda utilizado em certas regiões, vai
cedendo lugar ao árabe, e corre o perigo de desaparecer como língua falada, pois hoje é
falada somente em algumas povoações da Síria. O aramaico desapareceu sob o impacto
cultural do grego e do latim, já que deixou de ser conhecido pelos cristãos. Quem
conhece o hebraico pode com facilidade ler e entender o aramaico, dadas as suas
marcantes semelhanças. As partes do Velho Testamento escritas em aramaico são as
seguintes: A expressão "Jegar-Saaduta" de Gênesis 31.47; O verso de Jeremias 10.11;
Alguns trechos de Esdras 4.8 a 6.18; 7.22-26; Partes do livro de Daniel, entre os capítulos
2.4 a 7.28.
c. O Grego.
Como é do conhecimento geral, o Novo Testamento foi escrito na Koinê, língua na qual
também foi traduzido o Velho Testamento hebraico pelos Setenta. O termo
Koinêsignifica a língua comum do povo entre os anos 330 a.C. e 330 a.D. Com exceção
da Epístola aos Hebreus e da linguagem de Lucas (Evangelho e Atos) que se encontram
num Koinê mais literário, os outros escritos pertencem à língua mais comum ou Koinê
vulgar. O insigne erudito Gustav Adolf Deissmann foi quem primeiro mostrou a
identidade do grego do Novo Testamento, salientando que o grego da Bíblia era o Koinê,
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O vocabulário mais rico não é o de Paulo, mas sim o de Lucas, que emprega 250 palavras
novas no Evangelho e, mais ou menos 500, em Atos. Se a linguagem mais polida e mais
erudita é a de Lucas, a mais pobre e menos aprimorada, quanto ao estilo, é a de Marcos e
a de João, especialmente no Apocalipse. O doutor Benedito P. Bittencour no livro O
Novo Testamento, página 67, chama-nos a atenção para a linguagem pouco aprimorada
do Apocalipse, onde há violações flagrantes dos corretos cânones da gramática.
Os Autógrafos e os Manuscritos
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A literatura judaica diz que a missão da Grande Sinagoga, presidida por Esdras, foi reunir
e preservar os MSS originais do AT, e que os MSS de que se serviram os setenta, foram
esses preservados pela Grande Sinagoga, que encerrou o cânon do AT.
O Texto Massorético
O manuscrito massorético de data mais antiga é o Códice Cairense (895 d.C. atribuído a
Moisés ben Aser. Esse manuscrito compreende os livros tanto dos primeiros profetas
(Josué, Juízes, Samuel e Reis) quanto dos últimos (Isaías, Jeremias, Ezequiel e os 12
Profetas Menores). O resto do Antigo Testamento está faltando no manuscrito [...] Outro
importante manuscrito subsistente atribuído à família Ben Aser é o Códice Alepo. De
acordo com nota conclusiva encontrada no manuscrito, Aron ben Moisés ben Aser foi
responsável por escrever as notas massoréticas e colocar os pontos vocálicos no texto.
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Esse manuscrito continha todo o Antigo Testamento e data da primeira metade do século
X d.C. De acordo com notícias divulgadas, foi destruído em um tumulto antijudaico em
1947, porém mais tarde tal informe comprovou-se ser apenas parcialmente verdadeiro.
Uma grande parte do manuscrito subsistiu e será usada como base para uma nova edição
crítica da Bíblia hebraica a ser publicada pela Universidade Hebraica de Jerusalém [...] O
manuscrito conhecido como Códice Leningradense, atualmente guardado na Biblioteca
Pública de Leningrado, é de especial importância como testemunha ao texto de Ben Aser.
Segundo nota contida no manuscrito, esse códice foi copiado, em 1008 d.C., de textos
escritos por Aron ben Moisés ben Aser. Visto que o mais antigo texto hebraico completo
do Antigo Testamento (o Códice Alepo), não estava disponível aos eruditos no início do
século XX, o Códice Leningradense foi usado como base textual para os populares textos
hebraicos de hoje: a Bíblia Hebraica, editada por R. Kittel, e sua revisão, a Bíblia
Hebraica Stuttgartensia, editada por K. Elliger e W. Rudolf [...] Há um número muito
grande de códices de manuscritos menos importantes, que refletem a tradição
massorética: o Códice de Petersburgo dos Profetas e os Códices de Erfurt. Também há
vários manuscritos que não existem mais, embora tenham sido usados pelos eruditos no
período massorético. Um dos mais distintos é o Códice Hillel, tradicionalmente atribuído
ao rabino Hillel ben Moisés ben Hillel, de aproximadamente 600 d.C. Esse códice era
dito como muito exato e foi usado para a revisão de outros manuscritos. Leituras desse
códice são repetidamente citadas pelos antigos massoretas medievais. O Códice Muga, o
Códice Jericó e o Códice Jerusalmi, também não mais subsistentes, foram igualmente
citados pelos massoretas. [...] A despeito da perfeição dos manuscritos massoréticos da
Bíblia hebraica, um importante problema ainda permanece para os críticos do Antigo
Testamento. Os manuscritos massoréticos, antigos como são, foram escritos entre um e
dois mil anos depois dos autógrafos originais. (COMFORT, 1998, p. 215-219).
O número relativamente reduzido de antigos manuscritos do Antigo Testamento, com
exceção do Cairo Geneza, pode ser atribuído a vários fatores. O primeiro e mais óbvio é a
própria antigüidade dos manuscritos, combinada com sua inerente destrutibilidade; esses
dois fatores concorrem para o desaparecimento dos manuscritos. Outro fator que militou
contra a sobrevivência dos manuscritos foi a deportação dos israelitas à Babilônia e ao
domínio estrangeiro após o retorno à Palestina. Jerusalém foi conquistada 47 vezes, em
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sua história, só no período de 1800 a 1948 d.C. Isso também explica por que os textos
massoréticos foram descobertos fora da Palestina. Outro fator que influi na escassez de
manuscritos do Antigo Testamento diz respeito às leis sagradas dos escribas, que exigiam
que os manuscritos gastos pelo uso ou com erros fossem enterrados. Segundo uma
tradição talmúdica, todo manuscrito que contivesse erro ou falha e todo aquele que
estivesse demasiado gasto pelo uso eram sistemática e religiosamente destruídos. Tais
práticas sem dúvida alguma fizeram diminuir o número de manuscritos que se poderiam
encontrar algures. Por fim, durante os séculos V e VI d.C, quando os massoretas (escribas
judeus) padronizaram o texto hebraico, acredita-se que de modo sistemático e completo
destruíram todos os manuscritos que discordassem do sistema de vocalização (adição de
letras vocálicas) e de padronização do texto das Escrituras. Muitas evidências
arqueológicas e a ausência de manuscritos mais antigos tendem a dar apoio a esse
julgamento. O resultado é que o texto massorético impresso do Antigo Testamento, como
o temos hoje, baseia-se nuns poucos manuscritos, nenhum dos quais com origem anterior
ao século X d.C.
Ainda que haja relativamente poucos manuscritos massoréticos primitivos, a qualidade
dos manuscritos disponíveis é muito boa. Isso também se deve atribuir a vários fatores.
Em primeiro lugar, há pouquíssimas variantes nos textos disponíveis, visto serem todos
descendentes de um tipo de texto estabelecido por volta de 100 d.C. Diferentemente do
Novo Testamento, que baseia sua fidelidade textual na multiplicidade de cópias de
manuscritos, o texto do Antigo Testamento deve sua exatidão à habilidade e à
confiabilidade dos escribas que o transmitiram. Com todo o respeito às Escrituras
judaicas, só a exatidão dos escribas, no entanto, não basta para garantir o produto
genuíno. Antes, a reverência quase supersticiosa que dedicavam às Escrituras é de
primordial importância. Segundo o Talmude, só determinados tipos de peles podiam ser
utilizados, o tamanho das colunas era controlado por regras rigorosas, o mesmo
acontecendo com respeito ao ritual que o escriba deveria seguir ao copiar um manuscrito.
Se se descobrisse que determinado manuscrito continha um único erro, a peça era
descartada e destruída. Tão severo formalismo dos escribas foi responsável, pelo menos
em parte, pelo extremo cuidado aplicado no processo de copiar as Escrituras Sagradas.
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datam de 168 a.C. a 233 d.C. A paleografia (estudo da escrita antiga e de seus materiais)
e a ortografia (redação correta das palavras) marcam a data de alguns desses manuscritos
anterior a 100 a.C. A arqueologia trouxe mais algumas evidências paralelas, mediante o
estudo da cerâmica encontrada nas grutas: descobriu-se que era da baixa Era Helenística
(150-163 a.C.) e da alta Era Romana (63 a.C-100 d.C). Por fim, as descobertas de
Murabba'at corroboraram as descobertas de Qumran.
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O Códice claromontano;
O Códice washingtonian
Os minúsculos; Os minúsculos da família alexandrina são representados pelo ms. 33, "rei
dos cursivos", datado do século IX ou X. Contém todo o Novo Testamento, menos o
Apocalipse. É propriedade da Biblioteca Nacional de Paris.
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pessoas que se deixaram influenciar por ela. Nenhum outro livro tem poder de influenciar
e transformar beneficamente não só os indivíduos, mas nações inteiras, conduzindo-os a
Deus.
A Bíblia é Imparcial.
A imparcialidade da Bíblia está intimamente ligada a sua origem. Se ela fosse originada
no homem, ela não poria a descoberto as faltas e falhas dele. Outra questão digna de nota
é que, os homens jamais produziriam um livro como a Bíblia, que dá toda a glória a
Deus, ao mesmo tempo em que mostra a fraqueza do homem (Jó 27; Sl. 50:21, 22; 51:5;
1° Co. 1:19-25; Jó. 17:1; 14).
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Falsas Teorias:
1-Teoria da Inspiração Dinâmica
A base desta teoria consiste em afirmar que:
―Deus forneceu a capacidade necessária para a confiável transmissão da verdade que os
escritores das Escrituras receberam ordem de comunicar. Isto os tornou infalíveis em
questões de fé e prática, mas não nas coisas que não são de natureza imediatamente
religiosa, isto é, a inspiração atinge apenas os ensinamentos e preceitos doutrinários, as
verdades desconhecidas dos autores humanos. Esta teoria tem muitas falhas: Elas não
explicam como os escritores bíblicos poderiam mesclar seus conhecimentos sobrenaturais
ao registrarem uma sentença, e serem rebaixados a um nível inferior ao relatarem um fato
de modo natural. Ela não fornece a psicologia daquele estado de espírito que deveria
envolver os escritores bíblicos ao se pronunciarem infalivelmente sobre matérias de
doutrina, enquanto se desviam a respeito dos fatos mais simples da história.
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pois Deus usa e não anula as suas vontades. Esta teoria, portanto, enfatiza sobremaneira a
autoria divina a ponto de excluir a autoria humana‖.
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6- Graus de Inspiração:
E por últimos os que defendem a teoria de que há graus de Inspiração, afirmam que: ―há
inspiração em três graus. Sugestão, direção, elevação, superintendência, orientação e
revelação direta, são palavras usadas para classificar estes graus. Esta teoria alega que
algumas partes da Bíblia são mais inspiradas do que outras. Embora ela reconheça as
ditas autorias, dá margem à especulação fantasiosa‖.
A Verdadeira Doutrina da Inspiração
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Credibilidade/Veracidade
A credibilidade de um livro está em relatar veridicamente os assuntos como aconteceram
ou como eles são: e na concordância de seu texto atual com o escrito original. Assim
sendo, credibilidade inclui tanto as idéias de veracidade de registro como a pureza do
texto. Está relacionada tanto ao conteúdo do livro (original), como com a pureza do texto
atual (cópia ou tradução).
Credibilidade do A.T.
A credibilidade do A.T. é estabelecida por vários fatores:
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Autenticado por Jesus Cristo: A forma como Cristo recebeu o A.T. é a principal prova de
sua autenticidade. Cristo o recebeu como relato verídico. Ele ratificou grande número de
ensinamentos do A.T., como, por exemplo:
A criação do universo por Deus (Mc. 3:19), a criação do homem (Mt. 19:4, 5), a
existência de Satanás (Jo. 8:44), o dilúvio (Lc. 17:26, 27), a destruição de Sodoma e
Gomorra (Lc. 17:28-30) a revelação de Deus a Moisés na sarça (Mc. 12:26), a dádiva do
maná (Jo. 6-32), a experiência de Jonas dentro do grande peixe (Mt. 12:39, 40).
Como Jesus era Deus manifesto em carne, Ele conhecia os fatos, e não podia se
acomodar a idéias errôneas, e, ao mesmo tempo ser honesto. Seu testemunho deve,
portanto, ser aceito como verdadeiro ou Ele deve ser rejeitado como Mestre religioso.
a- Histórica: A exatidão das descrições Bíblicas como as temos, são endossadas pelas
provas fornecidas pela história. Sabe-se que Salmanezer IV sitiou a cidade de Samaria,
mas o rei da Assíria, que sabemos ter sido Sargom II, carregou o povo para a Assíria (2°
Rs. 17:3-6). A história mostra que ele reinou de 722-705 a.C. Ele é mencionado pelo
nome apenas uma vez na Bíblia (Is. 20:1).
b- Arqueológica: Assim como as provas históricas são de suma importância para provar
a credibilidade do Antigo Testamento, as provas arqueológicas não são menos
importante.
―Através da arqueologia, a batalha dos reis registrada em Gn. 14, não pode mais ser posta
em dúvida, já que as inscrições no Vale do Eufrates mostram indiscutivelmente que os
quatro reis mencionados na Bíblia como tendo participado desta expedição não são, como
era dito displicentemente, ‗invenções etnológicas‘, mas sim personagens históricos reais.
Anrafel é identificado como o Hamurábi cujo maravilhoso código de leis foi tão
recentemente descoberto por De Morgan em Susa‖. (Geo. F. Wright, O Testemunho dos
Monumentos a Verdade das Escrituras).
―As tábuas Nuzi esclarecem a ação de Sara e Raquel ao darem suas servas aos seus
maridos‖ (Jack Finegan, Ligth from the Ancient Past - Luz de um Passado Antigo).
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―Os hieróglifos egípcios indicam que a escrita já era conhecida mais de 1.000 anos antes
de Abraão‖ (James Orr, The Problem of the Old Testament - O Problema do Velho
Testamento).
―A arqueologia também confirma o fato de Israel ter vivido no Egito, como escravo, e ter
sido liberto‖ (Melvin G. Kyle, The Deciding Voice ofthe Monuments - A Voz Decisória
dos Monumentos).
―A data bíblica para o êxodo foi confirmada recentemente pelas pesquisas de John
Garstang. Ele dá a data como 1447 a.C.‖ ―Jonh Garstang (Os Fundamentos da História
Bíblica: Josué e Juízes)‖.
Poderíamos citar muitas outras provas da veracidade dos relatos das Escrituras, mas
cremos que os acima citados são suficientes para despertar aos desavisados e descrentes.
Quanto àquelas que não temos ainda confirmação, cremos que tela-e-mos a qualquer
momento.
Integridade Cronológica:
A identificação bíblica de povos, lugares e acontecimentos com o período de sua
ocorrência é corroborada pela cronologia Síria e pelos fatos revelados pela arqueologia.
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Integridade Histórica:
O registro dos nomes e títulos das leis está em harmonia perfeita com os registros
seculares, conforme demonstrado por descobertas arqueológicas.
Integridade Canônica:
A aceitação pela igreja em toda a era cristã dos livros incluídos nas Escrituras que hoje
possuímos representa o endosso de sua integridade.
Credibilidade do N.T.
A credibilidade do N.T. é estabelecida por quatro fatos:
Competência de seus escritores; Honestidade de seus escritores; Harmonia dos escritos;
Concordância com a História e Arqueologia.
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muitas coisas, mas não as ensinaram, por exemplo: quanto a terra, as estrelas, as leis
naturais, a geografia, a vida política e social etc.
A infalibilidade não nega a flexibilidade da linguagem enquanto veículo de comunicação.
É muitas vezes difícil transmitir com exatidão um pensamento por causa desta
flexibilidade de linguagem ou por causa de possível variação no sentido das palavras.
Deus é a fonte de onde emanou a Bíblia. Sendo assim, Ele jamais nos daria um livro de
instrução religiosa repleto de erros.
É difícil pensar que um Deus Santo adicionaria o seu nome a algo que não fosse a
expressão exata da verdade
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Cânon e Canonicidade
Canonicidade é a regra pela qual cada livro deve ser provado antes de ser admitido como
uma parte das Escrituras Sagradas. Quando falamos de canonicidade das Escrituras, nos
referimos aos ―padrões‖ determinados e fixos, nos quais os livros incluídos são
considerados partes integrantes de uma revelação completa e divina, a qual, portanto, é
autorizada e obrigatória em relação a fé e a prática.
O Cânon Sagrado é o nome dado aqueles livros, genuínos, autênticos e inspirados que
tomados juntos formam as Escrituras Sagradas.
Significado do nome:
A palavra kanon vem do grego, e deriva da palavra em hebraico kaneh cujo significado é
junco ou vara de medir (Ap. 21:15); daí tomou o sentido de norma, padrão ou regra (Gl.
6:16; Fp 3:16), significando uma decisão autorizada de um concílio da Igreja.
Seu significado em relação às Escrituras, são aqueles livros que foram medidos, e foram
declarados satisfatórios e aprovados como sendo inspirados por Deus, sendo admitido
como uma parte das Escrituras Sagradas.
Provas da canonicidade:
Quatro provas eram aplicadas para provar se um livro era canônico ou não, são elas:
Autoria Divina; Autoria Humana; Genuinidade e Veracidade.
a- Autoria Divina:
Sua fonte de inspiração veio de Deus? Veio do homem ou de Deus através do Espírito
Santo?
b- Autoria Humana:
Seu escritor era um profeta ou um arauto de Deus? Foi editado ou endossado por um
porta-voz de Deus?
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c- Genuinidade:
É autêntico? Há prova histórica quanto à autoria, origem e data? Ou se o escritor não
pode ser nomeado positivamente, pode-o mostrar que contém o mesmo assunto, como
continha quando foi escrito?
d- Veracidade.
É verídico? Registra fatos reais?
A Necessidade do Cânon das Escrituras.
O cânon das Escrituras é necessário para que o povo tenha uma revelação completa de
Deus, para que hoje tivéssemos a Palavra de Deus escrita, para que os manuscritos
possam ser preservados da destruição e corrupção e para que possamos saber quais livros
são realmente inspirados.
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a- Apostolicidade:
Foi o livro escrito por um dos apóstolos ou, senão, tinha o autor do livro um
relacionamento tal com um apóstolo de modo a elevar seu livro ao nível dos livros
apostólicos? (imprimatur apostólico).
b- Universalidade:
Se a autenticidade apostólica era difícil de demonstrar, o critério de uso e circulação do
livro na comunidade cristã universal era considerado para sua aferição canônica. A
pergunta era: era o livro recebido universalmente na igreja? O livro deveria ser aceito
universalmente pela igreja para dela receber o seu imprimatur. Este teste foi o que mais
ajudou a eliminar os livros apócrifos e pseudoepigráficos.
c- Conteúdo do Livro:
Era o conteúdo de um determinado livro de tal natureza espiritual que lhe fosse conferido
o direito a esta categoria? O livro deveria possuir qualidades espirituais, e qualquer ficção
que nele fosse encontrada tornava o escrito inaceitável.
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d- Leitura em Público:
O livro possui características para ser lido em público? Nenhum livro seria admitido para
leitura pública na igreja se não possuísse características próprias. Muitos livros eram bons
e agradáveis para leitura particular, mas não podiam ser lidos e comentados
publicamente, como se fazia com a lei e os profetas na sinagoga. É a esta leitura que
Paulo exorta Timóteo a praticar (1ª Tm. 4:13).
e- Inspiração:
Mostrava o livro evidência de ter sido divinamente inspirado? Este era o teste final. Tudo
tinha que cair diante dele. O livro deveria possuir evidências de inspiração.
Sobre a questão da canonicidade dos livros do N.T., é digno de nota que, já no final do
segundo século, todos os livros, com exceção de sete (Hebreus, 2ª e 3ª João, 2ª Pedro,
Judas, Tiago e Apocalipse) os chamados ―antilegomena eram reconhecidos como
apostólicos, e no final do quarto século, todos os vinte sete livros de nosso cânon atual
haviam sido reconhecidos por todas as igrejas do ocidente, e no oriente a partir do ano
500 d.C., apesar de ainda hoje haver indivíduos ou grupos menores que tem questionado
o direito de alguns livros estarem incluídos no cânon do Novo Testamento.
Preservação
Com base na Aliança de Deus, de que a sua Palavra permanecerá para sempre, temos a
garantia da permanência da Palavra Escrita (Sl. 119:89, 152; Mt. 24:35; 1ª Pe. 1:23; Jo.
10:35). Jesus disse que: ―Os céus e a terra passarão(Hb. 12:26, 27; 2ª Pe. 3:10),mas a
Palavra de Deus permanecerá(Mt. 24:35; Hb. 12:28; Is. 40:8; 2ª Pe. 1:19)‖.
A preservação das Escrituras, como o cuidado divino para a sua criação e formação do
cânon, não foi acidental, nem incidental, mas sim o cumprimento de uma promessa
divina. A Bíblia é eterna, ela permanece porque nenhuma Palavra que Jeová tenha dito
pode ser removida ou abalada; nem uma vírgula ou um ponto do testemunho divino pode
passar até que seja cumprido. ―Quando pensamos no fato da Bíblia ter sido objeto
especial de infindável perseguição, a maravilha da sua sobrevivência se transforma em
milagre... Por dois mil anos, o ódio do homem pela Bíblia tem sido persistentes,
determinados, incansáveis e assassinos. Todo esforço possível tem sido frito para corroer
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Dispensações e Alianças
O que é uma Dispensação? Como medida de tempo, uma dispensação é um período que
se identifica pelo seu relacionamento a algum propósito particular de Deus, um propósito
a ser realizado dentro desse período. As primeiras dispensações, tão remotas do presente,
não estão muito claramente definidas como as últimas dispensações. Por causa disto, os
expositores da Bíblia nem sempre concordam quanto aos aspectos preciosos dos períodos
mais remotos. Portanto, uma Dispensação é um período de tempo no qual o homem é
testado na sua obediência a alguma revelação específica da vontade de Deus. O propósito
de cada dispensação, portanto, é colocar o homem sob uma específica regra de conduta,
mas tal mordomia não é uma condição de salvação. Em cada uma das dispensações
passadas, o homem não regenerado fracassou, ( Mas Deus não se agradou da maior
parte deles, por isso foram prostrados no deserto. 1 Coríntios 10:5) e ele tem
fracassado nesta presente dispensação e fracassará no futuro. Mas a salvação tem sido e
continuará sendo dispensada pela graça de Deus mediante a fé. Algumas das divisões
dispensacionais, descritas pelo homem, mas que não contraria a bíblia veremos a seguir
as três dispensações descritas na bíblia que são: dispensação da plenitude dos
tempos Efésios 1:10; dispensação da graça de Deus Efésios 3:2 e dispensação do mistério
Efésios 3:9. Mas agora apresentaremos aquelas dispensações que todo estudante deve
conhecer– sete - óbvias são as seguintes:
a) Inocência (Gn 1.28).
b) Consciência ou Responsabilidade Moral (Gn 3.7).
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1. Bíblia Hebraica
a) Contém somente os 39 livros do Antigo Testamento.
b) Rejeita os 27 livros do N. T. como inspirados, assim como rejeitou a Cristo.
c) Não aceita os livros apócrifos incluídos na Vulgata (versão Católico-Romana).
2. Bíblia Protestante
a) Aceita os 39 livros do A.T. e também os 27 do N.T.
b) Rejeita os livros apócrifos incluídos na Vulgata, considerados não canônicos.
3. Bíblia Católica
a) Contém os 39 livros do A.T. e os 27 do N.T.
b) Inclui na versão Vulgata os livros apócrifos, ou não canônicos, que são:3º Esdras,
Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico, Baruque, 1º e 2º de Macabeus, seis capítulos e
dez versículos acrescentados no livro de Ester e dois capítulos em Daniel. A seguir a lista
dos livros apócrifos que se encontravam na Septuaginta:
3º Esdras (O livro canônico Esdras aparece como 1Esdras; Neemias aparece como
2Esdras); Tobias; Judite; Adições a Ester (10:4 a 16:22); Sabedoria de Salomão;
Eclesiástico; Baruque (contém a Carta de Jeremias); Acréscimos a Daniel (Oração de
Azarias; Canto das Três Jovens; Susana; Bel e o Dragão); Oração de Manassés, II Cr
33:11-13; 1Macabeus; 2Macabeus.
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livros dos Macabeus, mas eles não foram considerados dignos de inclusão na coleção das
palavras de Deus que vinham dos anos anteriores.
Quando nos voltamos para a literatura judaica, fora do Antigo Testamento, percebemos
que a crença de que haviam cessado as palavras divinamente autorizadas da parte de
Deus é atestada de modo claro em várias vertentes da literatura extra bíblica.
• 1º Macabeus (cerca de 100 a.C.): O autor escreve sobre o altar: ―Demoliram-no, pois, e
depuseram as pedras sobre o monte da Morada conveniente, à espera de que viesse algum
profeta e se pronunciasse a respeito‖ (1Mac. 4.45-46).
Aparentemente, eles não conheciam ninguém que poderia falar com a autoridade de Deus
como os profetas do Antigo Testamento haviam feito. A lembrança de um profeta
credenciado no meio do povo pertencia ao passado distante, pois o autor podia falar de
um grande sofrimento ―qual não tinha havido desde o dia em que não mais aparecera um
profeta no meio deles‖ (1Mac. 9.27; 14.41).
• Josefo explicou: ―Desde Artaxerxes até os nossos dias foi escrita uma história
completa, mas não foi julgada digna de crédito igual ao dos registros mais antigos,
devido à falta de sucessão exata dos profetas‖ (Contra Apião 1:41). Essa declaração do
maior historiador judeu do primeiro século cristão mostra que os escritos que agora
fazem parte dos ―apócrifos‖, mas que ele (e muitos dos seus contemporâneos) não os
consideravam ―digno de créditos igual‖ ao das obras agora conhecidas por nós como
Escrituras do Antigo Testamento. Segundo o ponto de vista de Josefo, nenhuma ―palavra
de Deus‖ foi acrescentada às Escrituras após cerca de 435 a.C.
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• O Novo Testamento: não temos nenhum registro de alguma controvérsia entre Jesus e
os judeus sobre a extensão do cânon. Ao que parece, Jesus e seus discípulos de um lado,
e os lideres judeus ou o povo judeu de outro, estavam plenamente de acordo em que
acréscimos ao cânon do Antigo Testamentotinham cessado após os dias de Esdras,
Neemias, Ester, Ageu, Zacarias e Malaquias. Esse fato é confirmado pelas citações do
Antigo Testamento feitas por Jesus e pelos autores do Novo Testamento.
A ausência completa de referência à outra literatura como palavra autorizada por Deus e
as referências muito freqüentes a centenas de passagens no Antigo Testamento, como
dotadas de autoridade divina, confirmam com grande força o hiato de que os autores do
Novo Testamento concordavam em que o cânon estabelecido do Antigo Testamento,
nada mais nada menos, devia ser aceito como a verdadeira palavra de Deus.
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Melito: A mais antiga lista cristã dos livros do Antigo Testamento que existe hoje é a de
Melito, bispo de Sardes, que escreveu em cerca de 170 d.C. ―Quando cheguei ao Oriente
e encontrei-me no lugar em que essas coisas foram proclamadas e feitas, e conheci com
precisão os livros do Antigo Testamento, avaliei os fatos e os enviei a ti. São estes os
seus nomes: cinco livros de Moisés, Gênesis, Êxodo, Números, Levítico, Deuteronômio;
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Josué, filho de Num; Juízes; Rute; quatro livros dos Reis; os dois livros de Crônicas; os
Salmos de Davi; os Provérbios de Salomão e sua Sabedoria; Eclesiastes; o Cântico dos
Cânticos; Jó, os profetas Isaías e Jeremias; os Doze num único livro; Daniel; Ezequiel;
Esdras‖.
É digno de nota que Melito não menciona aqui nenhum livro dos apócrifos, mas inclui
todos os nossos atuais livros do Antigo Testamento, exceto Ester. Mas as autoridades
católicas passam por cima de todos esses testemunhos para manter, em sua teimosia, os
Apócrifos!
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ADIÇÕES A DANIEL:
Capítulo 13 ―A História de Suzana‖ – segundo esta lenda Daniel salva Suzana num
julgamento fictício baseado em falsos testemunhos.
Capítulo 14 – Bel e o Dragão – Contém histórias sobre a necessidade da idolatria.
Capítulo 3:24-90 – o cântico dos três jovens na fornalha.
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d) Satanás não pode ser expelido pelos métodos enganosos da feitiçaria e bruxaria, e de
fato ele não tem interesse nenhum em expelir demônios (Mt. 12.26).
e) Um dos sinais apostólicos era a expulsão de demônios, e a únicas coisas que tiveram
de usar foi o nome de Jesus (Mc. 16.17; At. 16.18).
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(no céu). E, se eles sofreram tormentos diante dos homens, a sua esperança está cheia de
imortalidade‖.
b) A Igreja Católica baseia a doutrina do purgatório na ultima parte deste texto, onde diz:
―E, se eles sofreram tormentos diante dos homens, a sua esperança está cheia de
imortalidade‖. Eles ensinam que o tormento, em que o justo está, é o purgatório que o
purifica para entrar na imortalidade. Isto é uma deturpação do próprio texto do livro
apócrifo. De modo que a igreja Católica é capaz de qualquer desonestidade textual, para
manter suas heresias, até porque, ganha muito dinheiro com as indulgências e missas
rezadas pelos mortos.
c) Leia atentamente os seguinte textos das Escrituras, que mostram a impossibilidade do
purgatório: IJo. 1.7; Hb. 9.22; Lc. 23.40-43; 16.19-31; ICo. 15.55-58; ITs. 4.12-17; Ap.
14.13; Ec. 12.7; Fp. 1.23; SI. 49.7-8; 2Tm. 2.11-13; At. 10.43.
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jejuar todos os dias da vida é sinal de santidade. Cristo jejuou 40 dias e 40 noites e depois
não jejuou mais.
b) O livro de Judite é claramente uma produção humana, uma lenda inspirada pelo Diabo,
para escravizar os homens aos ensinos da igreja Católica Romana.
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5ª A Septuaginta
6ª A versão de Teodocião
c. Versões siríacas.
1) A Peshita.
2) A versão Filoxênia.
d. Versões latinas.
1) A Antiga Versão Latina.
2) A ítala.
3) A Revisão de Jerônimo
4) A Vulgata.
f. Versões européias.
Das versões européias, vamos destacar apenas três, devido à sua importância, que são:
1) Versões inglesas
As quatro principais versões recentes inglesas são:
a) A Versão Autorizada ou Versão do Rei Tiago
b) A Versão Revisada.
c) A Versão Revisada Americana (American Standard Version).
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a) A Versão de Almeida.
João Ferreira d'Almeida foi ministro do Evangelho da Igreja Reformada Holandesa, em
Batávia, então capital da ilha de Java, na Oceania. (Batávia é agora a moderna Djakarta,
capital da Indonésia) Java era então domínio holandês, conquistada aos portugueses.
Almeida traduziu primeiro o Novo Testamento, terminando-o em 1670; em 1681 foi ele
impresso em Amsterdam, Holanda, isto é, 100 anos antes da primeira edição católica da
Bíblia - a de Figueiredo, 1781! Almeida traduziu o Antigo Testamento até Ezequiel
48.21, quando então faleceu em 1691. Missionários seus amigos completaram a tradução,
especialmente Jacob OpdenAkker. Almeida fez sua tradução do grego e hebraico, línguas
que estudou após abraçar o Evangelho. Utilizou também as versões holandesa (de 1637)
e a espanhola (de Valera, 1602). Seu Antigo Testamento foi publicado em 1753, em
Amsterdam. A Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira começou a publicar o texto de
Almeida em 1809, publicando a Bíblia completa pela primeira vez, em 1819. O texto de
Almeida não era muito bom por ele ter deixado Portugal muito cedo e não ter cultura
profunda.
O texto de Almeida foi revisado em 1894 e 1925. Em 1951, a Imprensa Bíblica Brasileira
(organização batista independente) publicou a "Edição Revista e Corrigida",
abreviadamente ARC.
Uma comissão de especialistas brasileiros trabalhando de 1945 a 1955 apresentou a
"Edição Revista e Atualizada" de Almeida (ARA). É uma obra magnífica com linguagem
qualificada e de melhor tradução. O NT foi publicado em 1951 e o AT em 1958. A
publicação é da Sociedade Bíblica do Brasil. A comissão revisora compôs-se de 30
elementos dos mais abalizados de várias denominações. Foram membros, figuras como
Sinésio Lira, A.C. Gonçalves, Crabtree, R.G. Bratcher, W. C. Taylor. Foi usado o texto
grego de Nestle para o NT, e o hebraico de Letteris, para o AT. Fez-se o melhor possível.
Há uma comissão permanente de revisão acompanhando os progressos da crítica textual.
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3) Datas impressas no texto. Muitas Bíblias antigas, em português, bem como noutras
línguas, trazem datas impressas no texto. São datas da chamada "Cronologia Aceita"
elaborada pelo arcebispo Ussher (anglicano) e inseridas pela primeira vez no texto
bíblico em 1701. Depois de Ussher, surgiram outras cronologias como a de Calmet,
Hales, etc. As investigações modernas e descobertas arqueológicas têm alterado em
muitos pontos a cronologia tradicional. A cronologia é terreno movediço, especialmente
quanto aos primeiros milênios da História.
4) O sumário dos capítulos. São preparados pelos editores, e nada tem com a inspiração e
o texto original. As exceções são algumas frases introdutórias de certos salmos, como o
4, 5, 6, 7, 8, 9, 22, 32, 45, 46, 53, 56, 69, 75, etc. Tais sumários nem sempre
correspondem aos capítulos aos quais se referem. Há casos até negativos, como a
parábola dos "Dez Talentos", quando não são dez; a "Parábola do Rico e Lázaro", quando
não se trata de parábola, e assim por diante.
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Com a divisão em versículos, acontece a mesma coisa, por exemplo: Efésio 1.5 deveria
começar com as duas últimas palavras de 1.4; 1 Coríntios 2.9,10 deveria ser um só
versículo; o mesmo deveria ocorrer com João 5.39,40. Na Epístola aos Romanos, bem
como em Efésios, há diversos casos desses. Também a divisão em versículos não é a
mesma em todas as versões; por exemplo Daniel 3.24-30 da Almeida Revista e Corrigida
(ARC), corresponde a 3.91-97 em Matos Soares; Lucas 20.30 na ARC, corresponde a
Lucas 20.30,31 na "Tradução Brasileira". Marcos 9.49 deve ficar ligado ao versículo 48,
e não como está na ARA, tendo a epígrafe entre os dois versículos.
2) Rasgar as vestes:
Era demonstração de luto, lamento, tristeza. Há 28 casos na Bíblia. Os sacerdotes não
podiam fazer isso (Lv 10:6), mas, o de Mt 26:65 o fez sem razão. Esse ato de rasgar as
vestes obedecia a uma série de regras.
3) O cavalgar sobre jumentas brancas:
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(Jz 5:10). Era então costume exclusivo dos reis, juízes e fidalgos. Isso explica a passagem
em apreço.
6) Um odre na fumaça:
Odres são vasilhas feitas de peles para o transporte de líquidos. Eram postas sobre a
fumaça para ficarem endurecidas pelo calor e fumaça. Isso também fazia aumentar a
espessura de couro através do encolhimento. Nos Salmos fala do estado de alma de Davi.
8) Um casamento oriental:
(Mt 25:1-13). As núpcias duravam 7 ou mais dias. A união definitiva do casal somente
tinha lugar no último dia. Nesse dia o noivo dirigia-se à casa da noiva, à noite, e a
conduzia para sua casa. Às vezes o ato ocorria também de dia. A lua-de-mel durava um
ano ! (Dt 24:5).
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Os poucos casos aqui citados servem para dar uma idéia do valor que há na compreensão
da vida, leis, usos e costumes antigos orientais, conforme vemos na Bíblia. Há inúmeros
casos. Citamos aqui apenas alguns como exemplo. Eles estão na revelação divina,
elucidando muitos de seus aspectos.
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A Saída do Egito
A situação política e social das tribos israelitas, do Egito e dos países do Oriente Médio,
no período que vai da morte de José à época de Moisés, sofreu mudanças consideráveis.
O Egito viveu um tempo de prosperidade depois de expulsar do país os
invasoreshicsos. Este povo oriundo da Mesopotâmia, depois de passar por Canaã, havia
se apropriado, no início do séc. XVIII a.C., da fértil região egípcia do delta do Nilo. Os
hicsos dominaram no Egito cerca de um século e meio, e, provavelmente, foi nesse tempo
que Jacó se instalou ali com toda a sua família. Esta poderia ser a explicação da acolhida
favorável que foi dispensada ao patriarca, e de que alguns dos seus descendentes, como
aconteceu com José (Gn 41.37-43), chegaram a ocupar postos importantes no governo do
país.
A situação mudou quando os hicsos foram finalmente expulsos do Egito. Os estrangeiros
residentes, entre os quais encontravam-se os israelitas, foram submetidos a uma dura
opressão. Essa mudança na situação política está registrada em Êx 1.8, que diz que subiu
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ao trono do Egito um novo rei ―que não conhecera a José.‖ Durante o mandato daquele
faraó, os israelitas foram obrigados a trabalhar em condições subumanas na edificação
das cidades egípcias de Pitom e Ramessés (Êx 1.11). Porém, em tais circunstâncias, teve
lugar um acontecimento que haveria de permanecer gravado, para sempre, nos anais de
Israel: Deus levantou um homem, Moisés, para constituí-lo libertador do seu povo.
Moisés, apesar de hebreu por nascimento, recebeu uma educação esmerada na própria
corte do faraó. Certo dia, Moisés viu-se obrigado a fugir para o deserto, e aliJeová (nome
explicado em Êx 3.14 como ―EU SOU O QUE SOU‖) revelou-se a ele e lhe deu a missão
de libertar os israelitas da escravidão a que estavam submetidos no Egito (Êx 3.1—4.17).
Regressou Moisés ao Egito e, depois de vencer com palavras e ações maravilhosas a
resistência do faraó, conseguiu que a multidão dos israelitas se colocasse em marcha em
direção ao deserto do Sinai.
Esse capítulo da história de Israel, a libertação do jugo egípcio, marcou indelevelmente a
vida e a religião do povo. A data precisa desse acontecimento não pode ser determinada.
Têm-se sugerido duas possibilidades: até meados do séc. XV e até meados do séc. XIII.
(Neste último caso seria durante o reinado de Ramsés II ou do seu filho Meneptá.).
Durante os anos de permanência no deserto do Sinai, enquanto os israelitas dirigiam-se
para Canaã, produziu-se um acontecimento de importância capital: Deus instituiu a sua
Aliança com o seu povo escolhido (Êx 19). Essa Aliança significou o estabelecimento de
um relacionamento singular entre Jeová e Israel, com estipulações fundamentais que
ficaram fixadas na lei mosaica, cuja síntese é o Decálogo (Êx 20.1-17).
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ainda que todas pertencentes ao comum tronco semítico; muitas delas terminaram
absorvidas por Israel (cf. Js 9).
Naquele tempo da chegada e conquista de Canaã, os grandes impérios do Egito e da
Mesopotâmia já haviam iniciado a sua decadência. Destes eram vassalos os pequenos
Estados cananeus, de economia agrícola e cuja administração política limitava-se,
geralmente, a uma cidade de relativa importância nos limites das suas terras. Em relação
à religião, caracterizava-se sobretudo pelos ritos em honra a Baal, Aserá e Astarote, e a
deuses secundários, geralmente divindades da fecundidade.
A etapa conhecida como ―período dos juízes de Israel‖ sucedeu à morte de Josué (Js
24.29-32). Desenvolveu-se entre os anos 1200 e 1050 a.C., e a sua característica mais
evidente foi, talvez, a distribuição dos israelitas em grupos tribais, mais ou menos
independentes e sem um governo central que lhes desse um mínimo sentido de
organização política. Naquelas circunstâncias surgiram alguns personagens que
assumiram a direção de Israel e que, ocasionalmente, atuaram como estrategistas e o
guiaram nas suas ações de guerra (ver, p. ex., em Jz 5, o Cântico de Débora, que celebra
o triunfo de grupos israelitas aliados contra as forças cananéias).
Entre todos os povos vizinhos, foram, provavelmente, os filisteus que representaram para
Israel a mais grave ameaça. Procedentes de Creta e de outras ilhas do Mediterrâneo
oriental, os filisteus, conhecidos também como ―os povos do mar‖, que primeiramente
haviam intentado sem êxito penetrar no Egito, apoderaram-se depois (por volta de 1175
a.C.) das planícies costeiras da Palestina meridional. Ali estabeleceram-se e constituíram
a ―Pentápolis‖, o grupo das cinco cidades filistéias: Asdode, Gaza, Asquelom, Gate e
Ecrom (1Sm 6.17), cujo poder reforçou-se com a sua aliança e também com o monopólio
da manufatura do ferro, utilizado tanto nos seus trabalhos agrícolas quanto nas suas ações
militares (1Sm 13.19-22).
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monarquia e, com ela, uma forma de governo unificado, dotado da autoridade necessária
para manter uma administração nacional estável.
Ainda que a monarquia tenha enfrentado, no início, fortes resistências internas (1Sm 8),
paulatinamente chegou a impor-se e consolidar-se. Samuel, o último dos juízes de Israel,
foi sucedido por Saul, que em 1040 a.C. iniciou o período da monarquia, que se
prolongou até 586 a.C., quando, durante o reinado de Zedequias, os babilônios sitiaram e
destruíram Jerusalém, tendo Nabucodonosor à frente. Saul, que começou a reinar depois
de ter obtido uma vitória militar (1Sm 11) e de ter triunfado em outras ocasiões, todavia,
nunca conseguiu acabar com os filisteus, e foi lutando contra eles no monte Gilboa que
morreram os seus três filhos e ele próprio (1Sm 31.1-6).
Saul foi sucedido por Davi, proclamado rei pelos homens de Judá na cidade de Hebrom
(2Sm 2.4-5). O seu reinado iniciou-se, pois, na região meridional da Palestina, mas
depois estendeu-se em direção ao norte. Reconhecido como rei por todas as tribos
israelitas, conseguiu unificá-las sob o seu governo. Durante o tempo em que Davi viveu,
produziram-se acontecimentos de grande importância: a anexação à nova entidade
nacional de algumas cidades cananéias antes independentes, a submissão de povos
vizinhos e a conquista de Jerusalém, convertida desde então na capital do reino e centro
religioso por excelência.
Próximo já da sua morte, Davi designou por sucessor o seu filho Salomão, sob cujo
governo alcançou o reino as mais altas cotas de esplendor. Salomão soube estabelecer
importantes relacionamentos políticos e comerciais, geradores de grandes benefícios para
Israel. As riquezas acumuladas sob o seu governo permitiram realizar em Jerusalém
construções de enorme envergadura, como o Templo e o palácio real. O prestígio de
Salomão fez-se proverbial, e a fama da sua prudência e sabedoria nunca tiveram paralelo
na história dos reis de Israel (1Rs 5—10).
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O Exílio
Os babilônios permitiram que os exilados do reino de Judá formassem famílias,
construíssem casas, cultivassem pomares (Jr 29.5-7) e chegassem a consultar os seus
próprios chefes e anciãos (Ez 20.1-44); e, igualmente, permitiram-lhes viver em
comunidade, em um lugar chamado Tel-Abibe, às margens do rio Quebar (Ez 3.15).
Assim, pouco a pouco, foram-se habituando à sua situação de exilados na Babilônia.
Em semelhantes circunstâncias, a participação comum nas práticas da religião foi,
provavelmente, o vínculo mais forte de união entre os membros da comunidade exilada; e
a instituição da sinagoga teve um papel relevante como ponto de encontro para a oração,
a leitura e o ensinamento da Lei, o canto dos Salmos e o comentário dos escritos dos
profetas.
Desta maneira, com o exílio, a Babilônia converteu-se num centro de atividade religiosa,
onde um grupo de sacerdotes entregou-se com empenho à tarefa de reunir e preservar os
textos sagrados que constituíam o patrimônio espiritual de Israel. Entre os componentes
desse grupo se contava Ezequiel, que, na sua dupla condição de sacerdote e profeta (Ez
1.1-3; 2.1-5), exerceu uma influência singular.
Dadas as condições de tolerância e até de bem-estar em que viviam os exilados na
Babilônia, não é de estranhar que muitos deles renunciassem, no seu tempo, regressar ao
seu país. Outros, pelo contrário, mantendo vivo o ressentimento contra a nação que os
havia arrancado da sua pátria e que era causa dos males que lhes haviam sobrevindo,
suspiravam pelo momento do regresso ao seu longínquo país (Sl 137; Is 47.1-3).
Retorno e Restauração
A esperança de uma rápida libertação cresceu entre os exilados quando Ciro, rei de
Anshan, empreendeu a sua carreira de conquistador e fundador de um novo império.
Elevado já ao trono da Pérsia (559-530 a.C.), as suas qualidades de estrategista e de
político permitiram-lhe superar rapidamente três etapas decisivas: primeiro, a fundação
do reino medo-persa, com a sua capital Ecbatana (553 a.C.); segundo, a conquista de
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quase toda a Ásia Menor, culminada com a vitória sobre o rei de Lídia (546 a.C.);
terceiro, a entrada triunfal na Babilônia (539 a.C.). Desse modo, ficou configurado o
império persa, que, durante mais de dois séculos, dominou o panorama político do
Oriente Médio.
Ciro praticou uma política de bom relacionamento com os povos submetidos. Permitiu
que cada um conservasse os seus usos, costumes e tradições e que praticasse a sua
própria religião, atitude que redundou em benefício aos judeus residentes na Babilônia,
os quais, por decreto real, ficaram com a liberdade de regressar à Palestina.
O livro de Esdras contém duas versões do referido decreto (Ed 1.2-4 e 6.3-12), no qual se
ampararam os exilados que quiseram voltar à pátria. E é importante assinalar que o
imperador persa não somente permitiu aquele regresso, mas também devolveu aos judeus
os ricos utensílios do culto que Nabucodonosor lhes havia arrebatado e levado à
Babilônia. Para maior abundância, Ciro ordenou também uma contribuição de caráter
oficial para apoiar economicamente a reconstrução do templo de Jerusalém.
O retorno dos exilados realizou-se de forma paulatina, por grupos, o primeiro dos quais
chegou a Jerusalém sob a liderança de Sesbazar (Ed 1.11). Tempos depois iniciaram-se as
obras de reconstrução do Templo, que se prolongaram até 515 a.C. Para dirigir o trabalho
e animar os operários contribuíram o governador Zorobabel e o sumo sacerdote Josué,
apoiados pelos profetas Ageu e Zacarias (Ed 5.1).
O passar do tempo deu lugar a muitos problemas de índole muito diversa. As duras
dificuldades econômicas às quais tiveram que fazer frente, as divisões no seio da
comunidade e, muito particularmente, as atitudes hostis dos samaritanos foram causa da
degradação da convivência entre os repatriados em Jerusalém e em todo Judá.
Ao conhecer os problemas que afligiam o seu povo, um judeu chamado Neemias,
residente na cidade de Susã, copeiro do rei persa Artaxerxes (Ne 2.1), solicitou que, com
o título de governador de Judá, tivesse a permissão de ajudar o seu povo (445 a.C.).
Neemias revelou-se um grande reformador, que atuou com capacidade e eficácia. A sua
presença na Palestina foi decisiva, não somente para que se reconstruíssem os muros de
Jerusalém, mas também para que a vida da comunidade judaica experimentasse uma
mudança profunda e positiva (cf. Ne 8—10).
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O Período Helenístico
O domínio persa no Oriente Médio chegou ao seu fim quando o exército de Dario III
sucumbiu em Isso (333 a.C.) ante as forças de Alexandre Magno (356-323 a.C.). Ali
começou a hegemonia do helenismo, que se manteve até 63 a.C. e que entre os seus
sucessos contou com o estabelecimento de importantes vínculos entre Oriente e Ocidente.
Mas as rivalidades surgidas entre os sucessores de Alexandre (os Diádocos) impediram o
estabelecimento de uma unidade política eficaz nos territórios que ele havia conquistado.
De tais divisões originou-se, com referência à Palestina, a que fora dominada primeiro
pelos ptolomeus (ou lágidas) do Egito e depois pelos selêucidas da Síria, duas das
dinastias fundadas pelos generais sucessores de Alexandre.
Durante a época helenística estendeu-se consideravelmente o uso do grego, e muitos
judeus residentes na ―diáspora‖ (ou ―dispersão‖) habituaram-se a utilizá-lo como língua
própria. Chegou um momento em que se fez necessário traduzir a Bíblia Hebraica para
atender às necessidades religiosas das colônias judaicas de fala grega. Essa tradução,
chamada de Septuaginta ou Versão dos Setenta, foi feita aproximadamente entre os anos
250 e 150 a.C.
Durante o reinado do selêucida Antíoco IV Epífanes (175-163 a.C.), produziu-se na
Palestina um intento de helenização do povo judeu, que causou entre os seus membros
uma grave dissensão. Muitos adotaram abertamente costumes próprios da cultura grega,
divergentes das práticas judaicas tradicionais, enquanto que outros se agarraram com
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tenaz fanatismo à lei mosaica. A tensão entre eles foi crescendo até desembocar na
rebelião dos macabeus.
Essa rebelião desencadeou-se quando um ancião sacerdote chamado Matatias e os seus
cinco filhos organizaram a luta contra o exército sírio. Depois da morte de Matatias,
Judas, o seu terceiro filho, ficou à frente da resistência e, chefiando os seus, reconquistou
o templo de Jerusalém, que havia sido profanado pelos sírios, e o purificou e o dedicou.
A Hannuká ou Festa da Dedicação (Jo 10.22) comemora esse fato. Convertido em herói
nacional, Judas foi o primeiro a receber o sobrenome de ―macabeu‖ (provavelmente
―martelo‖), que depois foi dado também aos seus irmãos.
Depois da morte de Simão, o último dos macabeus, a sucessão recaiu sobre o seu filho
João Hircano I (134-104 a.C.), com quem teve início a dinastia hasmonéia. Ainda viveu a
Judéia alguns dias de esplendor, mas, em geral, durante o governo dos hasmoneus, a
estabilidade política deteriorou-se progressivamente. Mais tarde, entrou em jogo
o Império Romano, e, no ano 63 a.C., o general Pompeu conquistou Jerusalém e a
anexou, com toda a Palestina, à que já era oficialmente província da Síria. A partir desse
momento, a própria vida religiosa judaica ficou hipotecada, dirigida aparentemente pelo
sumo sacerdote em exercício, mas submetida, em última instância, à autoridade imperial.
Israel atual
HOJE o mundo acompanha com apreensão os acontecimentos no Oriente Médio.
Ataques de mísseis, confrontos de milícias armadas e atentados a bomba são comuns.
Acrescente a essa mistura explosiva a possibilidade bem real de serem usadas armas
nucleares. Não é de admirar que pessoas em toda parte estejam preocupadas.
O mundo também acompanhou ansiosamente o que aconteceu no Oriente Médio em
maio de 1948. Naquela época, 62 anos atrás, o mandato britânico de ocupação do que
então era chamado de Palestina estava terminando, e a guerra era iminente. No ano
anterior, as Nações Unidas haviam autorizado a criação de um Estado judeu independente
numa parte dos territórios ocupados. As nações árabes ao redor tinham jurado impedir
isso a todo custo. ―A linha de partilha proposta não será nada mais que uma linha de fogo
e sangue‖, alertou a Liga Árabe.
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fechamento?‘ disse o teu Deus.‖ Jeová Deus deixa claro que seria Ele quem causaria o
nascimento dramático da nação.
O governo do Israel atual é uma democracia secular que oficialmente não afirma confiar
no Deus da Bíblia. Será que os israelenses em 1948 deram o crédito a Jeová Deus pela
formação do Estado de Israel? Não, eles não fizeram isso. Nem o nome de Deus nem
sequer a palavra ―Deus‖ foram mencionados no texto original da declaração. O
livro Great Moments in Jewish History (Grandes Momentos da História Judaica) diz
sobre o texto final: ―Mesmo à 1 hora da tarde, quando o Conselho Nacional se reuniu,
seus membros não conseguiam entrar num acordo sobre que palavras usar na declaração
do estabelecimento do Estado. . . . Judeus conservadores queriam que fosse feita uma
referência ao ‗Deus de Israel‘. Os secularistas não concordaram. Ben-Gurion cedeu e
decidiu que seria usada a palavra ‗Rocha‘ em vez de ‗Deus‘.‖
Até hoje, o atual Estado de Israel baseia sua reivindicação de Estado numa resolução da
ONU e no que chama de direitos naturais e históricos do povo judeu. Seria razoável
esperar que o Deus da Bíblia realizasse o maior milagre profético do século 20 a favor de
um povo que se recusa a dar-lhe o crédito por isso?
Israel ainda é a nação escolhida de Deus? Sim, devido os israelitas terem se afastado de
Deus, o próprio Deus determinou um tempo para tratar com essa nação conforme o
escrito no profeta Daniel Capitulo 9:24 ― Setenta semanas estão determinadas sobre o
teu povo, e sobre a tua santa cidade, para cessar a transgressão, e para dar fim aos
pecados, e para expiar a iniqüidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a
profecia, e para ungir o Santíssimo”.
No ano 33 da era cristã (EC) a nação de Israel perdeu o direito de afirmar ser a nação
escolhida por Deus para proclamar a salvação a toda humanidade quando rejeitou o Filho
de Jeová, o Messias. O próprio Messias expressou isso da seguinte forma: ―Jerusalém,
Jerusalém, matadora dos profetas e apedrejadora dos que lhe são enviados . . . Eis que a
vossa casa vos fica abandonada.‖ (Mateus 23:37, 38) Essa declaração de Jesus se
cumpriu em 70 EC quando as legiões romanas destruíram Jerusalém e seu templo, e
puseram fim ao sacerdócio. Mas o que aconteceria com o propósito de Deus de ter uma
―propriedade especial dentre todos os outros povos, . . . um reino de sacerdotes e uma
nação santa‖? — Êxodo 19:5, 6.
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O apóstolo Pedro, ele mesmo um judeu natural, respondeu a essa pergunta numa carta
escrita aos cristãos — tanto gentios como judeus. Ele escreveu: ―Vós sois ‗raça escolhida,
sacerdócio real, nação santa, povo para propriedade especial‘, . . . porque vós, outrora,
não éreis povo, mas agora sois povo de Deus; vós éreis aqueles a quem não se mostrara
misericórdia, mas agora sois os a quem se mostrou misericórdia.‖ — 1 Pedro 2:7-10.
Assim, os cristãos escolhidos por Deus pertencem a uma nação espiritual, e sua condição
de membros dessa nação não é determinada por nascimento ou por localização
geográfica. O apóstolo Paulo falou desse assunto da seguinte maneira: ―Nem a
circuncisão é alguma coisa nem a incircuncisão, mas sim uma nova criação. E todos os
que andarem ordeiramente segundo esta regra de conduta, sobre estes haja paz e
misericórdia, sim, sobre o Israel de Deus.‖ — Gálatas 6:15, 16.
Ao passo que a atual nação de Israel oferece cidadania a qualquer judeu natural ou
converso, a cidadania no que a Bíblia chama de ―Israel de Deus‖ só é dada aos que são
‗obedientes e aspergidos com o sangue de Jesus Cristo, quer nasce de novo da água e do
espírito‘. (1 Pedro 1:1, 2) Referindo-se a esses membros do Israel de Deus, ou judeus
espirituais, Paulo escreveu: ―Não é judeu aquele que o é por fora, nem é circuncisão
aquela que a é por fora, na carne. Mas judeu é aquele que o é no íntimo, e a sua
circuncisão é a do coração, por espírito, e não por um código escrito. O louvor desse não
vem de homens, mas de Deus.‖ — Romanos 2:28, 29.
Esse texto nos ajuda a entender um comentário polêmico feito por Paulo. Em sua carta
aos romanos, ele comparou os judeus naturais descrentes a ramos de uma oliveira
simbólica que haviam sido cortados para que se pudesse enxertar nela ―ramos‖ gentios
‗bravos‘, ou seja, não cultivados. (Romanos 11:17-21) Na conclusão dessa ilustração,
Paulo disse: ―A obtusão das sensibilidades aconteceu em parte a Israel, até que tenha
entrado o pleno número de pessoas das nações, e desta maneira é que todo o Israel será
salvo.‖ (Romanos 11:25, 26) Será que Paulo estava predizendo que em algum momento
os judeus se converteriam em massa ao cristianismo? Pode-se ver claramente que essa
conversão não aconteceu.
Com a expressão ―todo o Israel‖, Paulo se referia a todo o Israel espiritual — cristãos que
aceitam a Jesus como Senhor e Salvador. Ele estava dizendo que o fato de os judeus
naturais não terem aceitado o Messias não impediria o cumprimento do propósito de
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Deus de ter uma ‗oliveira‘ espiritual cheia de ramos produtivos. Isso está em harmonia
com a ilustração de Jesus em que ele se compara a uma videira com ramos improdutivos
que seriam cortados. Jesus disse: ―Eu sou a verdadeira videira e meu Pai é o lavrador.
Todo ramo em mim que não dá fruto, ele tira, e todo o que dá fruto, ele limpa, para que
dê mais fruto.‖ — João 15:1, 2.
Todo cristão, salvo em Jesus Cristo se torna cidadão da Jerusalém celestial.
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O nome ―Bíblia‖ é uma palavra que não aparece na Bíblia. Ela vem do termo grego
biblos, por causa da cidade fenícia de Biblos, um importante centro produtor de rolos de
papiro usados para fazer livros. Com o tempo, a palavra biblos passou a significar
―livro‖. Bíblia é a forma plural (―livros‖). A Bíblia, na verdade, é uma coleção de livros.
Ela também é conhecida simplesmente como ―o Livro‖, ―o Livro dos Livros‖, ―o Livro
Sagrado‖.
Sendo a Bíblia o "livro de Deus", nos livros de Ester e Cântico dos Cânticos nome
―DEUS‖ não aprece. Esse fato levou muitos judeus e cristãos a argumentarem que Ester e
Cântico dos Cânticos não faziam parte da Bíblia. Outros argumentaram que Deus está
presente também nesses livros. Eles viram o Cântico dos Cânticos como um símbolo
poético do amor de Deus pelo seu povo. E, em Ester, eles viram Deus agindo nos
bastidores, criando uma série de impressionantes ―coincidências‖ que livraram os judeus
de um holocausto na Pérsia.
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Considerações finais
O significado da Bíblia deve-se a sua importância. Ela fala a todas as gerações e esta
verdade só é possível pelo fato de ela ser a Palavra de Deus, eterna e imutável.
A bíblia é um livro singular em todos os aspectos. É o único livro do mundo que sempre
é lido na presença de Seu Autor. É o Livro dos livros. A revelação maior. O guia do
cristão. É a Palavra de Deus, viva e eficaz. Portanto, sigamos o conselho de Deus para
Josué: ―Não se aparte da tua boca o livro desta lei; antes medita nele dia e noite, para que
tenhas cuidado de fazer conforme a tudo quanto nele está escrito; porque então farás
prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido.‖ (Js 1:8).
Os demais livros são lidos e admirados, mas a bíblia é um livro amado por bilhões de
pessoas, das mais diversas culturas d mundo, e durante a maior arte da historia da
humanidade. Ela tem transformado vidas, cidades, reis, pessoas comuns, crianças,
adultos, nações reinos e famílias. Reis, como Davi, amaram-na. Reis como Josias,
acharam-na. Profetas como Samuel, escreveram-na. Poetas como Salomão, recitaram
versos. Doutores como Lucas, organizaram-na. Amigos como Teófilo, encomendaram-
na. Apóstolos como Paulo, viajaram com longos pergaminhos desse livro.
Devemos amar a bíblia por que ela é a bussola do naufrago. Devemos amar a bíblia
porque ela é a bigorna onde o ferreiro molda a sua arte de metal. Devemos mar a bíblia,
porque ela é o balsamo que cura as feridas do homem à míngua e à beira da morte.
Devemos amar a bíblia, por que ela indica o Criador e inspira o culto ao seu nome.
Devemos amar a bíblia, por que ela e a fonte onde a sede de nossa alma eterna encontra a
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Água Viva. Devemos amar a bíblia, por que ela é alimento doce ao nosso paladar e
amargo no ventre, por que deve ser compartida e não guardada egoisticamente. Devemos
amar a bíblia por que ela é chave que abre as portas das revelações celestes. Devemos
amar a bíblia por que ela tem um tempo de ação, a Graça de Jesus Cristo, pois dias virão
em que os homens hão de procurá-la os quatro cantos da Terra, e não a encontrarão. Ele
será arrebatada de dentro do coração de cada servo de Jesus Cristo.
Bibliografia
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Paulo: Vida, 1997.
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A Bíblia; o livro, a história, a mensagem. Rio de Janeiro: CPAD, 1982.
Thiessen, Henry Clarence. Palestras Introdutórias à Teologia Sistemática. São Paulo:
Batista Regular, 2014.
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Grudem, Wayne. Teologia Sistemática; Atual e Exaustiva. São Paulo: Vida Nova, 1999.
Oliveira, Raimundo de. As Grandes Doutrinas da Bíblia. Rio de janeiro: CPAD, 2013.
Sites consultados:
http://www.cacp.org.br/
http://www.sbb.org.br/
Santo André
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