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XVII SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS INTEGRADAS

DA UNAERP CAMPUS GUARUJÁ

O EFEITO DA INTEGRAÇÃO SENSORIAL NA QUALIDADE DE VIDA EM


CRIANÇAS COM AUTISMO

Flavia Alves de O. de Aquino¹; Thamirys Alves do Aragão²;

¹ Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP). Guarujá, São Paulo, Brasil. Pesquisador e


docente.flaaquino@hotmail.com

² Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP). Guarujá, São Paulo, Brasil. Discente.


thamrysalves10@gmail.com

Este simpósio tem o apoio da Fundação Fernando Eduardo Lee.

Fisioterapia: Neurofuncional, Infantil.

Formato: Artigo.

Apresentação: Oral (Google Meet)

Resumo
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) atrai a atenção de diversos pesquisadores
devido a presença de características particulares, entre elas a resposta inconsistente
a estímulos sensoriais. Pressupostos de Ayres postulam que a Integração Sensorial
é a base para a aprendizagem e, desta maneira, a construção de estratégias
sensoriais pode ser utilizada com o intuito de contribuir na melhora da qualidade de
vida de pacientes com TEA. Esta revisão sistemática tem como objetivo constatar a
eficácia da Integração Sensorial (IS), quando aplicadas e crianças com do Espectro
Autista, a fim de avaliar se a algum tipo de benefício na qualidade de vida das mesmas.
Foi realizada uma pesquisa no PubMed (Biblioteca Nacional de Medicina), onde, após
inserção das palavras chave, 328 artigos foram analisados de acordo com o critério
de inclusão, apenas 6 corresponderam totalmente aos critérios e foram utilizados na
montagem deste trabalho. Crianças de 2 a 12 anos e grupos de 1 a 133 pacientes,
foram submetidos a diversas intervenções, onde a Integração Sensorial de Ayres foi
a técnica mais utilizada nas crianças que apresentavam TEA. A integração sensorial
mostrou ter um efeito positivo quando aplicada em pacientes com TEA, mais este
estudo mostrou que é necessário ser realizadas mais pesquisas pra comprovar a real
eficácia da IS, tendo em vista o baixo número de artigos encontrados, principalmente
na área da Fisioterapia, tendo em vista que a maior parte dos artigos encontrados as
técnicas foram aplicadas por (TO) Terapeuta Ocupacional.

Palavras-chave: Autismo, Integração Sensorial, Fisioterapia.

1
ABTRACT
Autistic Spectrum Disorder (ASD) attracts the attention of several researchers due to
the presence of particular characteristics, including the inconsistent response to
sensory stimuli. Ayres' assumptions postulate that Sensory Integration is the basis for
learning and, thus, the construction of sensory strategies can be used in order to
contribute to improving the quality of life of patients with ASD. This systematic review
aims to verify the effectiveness of Sensory Integration (IS), when applied and children
with the Autistic Spectrum, in order to assess whether there is any type of benefit in
their quality of life. A search was conducted at PubMed (National Library of Medicine),
where, after inserting the keywords, 328 articles were analyzed according to the
inclusion criterion, only 6 fully met the criteria and were used in the assembly of this
work. Children aged 2 to 12 years and groups of 1 to 133 patients were submitted to
several interventions, where Ayres' Sensory Integration was the most used technique
in children with ASD. Sensory integration has shown to have a positive effect when
applied to patients with ASD, but this study has shown that more research is needed
to prove the real effectiveness of SI, given the low number of articles found, especially
in the area of Physiotherapy considering that most of the articles found, the techniques
were applied by (TO) Occupational Therapist.

Key-words: Autism, Sensory Integration, Physiotherapy.

1. INTRODUÇÃO

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um conjunto de desordens do


neurodesenvolvimento, de causa orgânica, caracterizado por dificuldades
sociocomunicativas, comportamentos estereotipados e/ou interesses restritos
(AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, APA, 2013). Os prejuízos evidenciados
no processamento sensorial de estímulos foram, desde as primeiras descrições do
TEA, concebidos como sintomatologia periférica do quadro clínico (GOMES;
PEDROSO; WAGNER, 2008; HAZEN., 2014; SCHAAF., 2014).
Por impactarem o desempenho funcional dessa população, as alterações
sensoriais são consideradas um dos sintomas centrais do autismo (HAZEN et al.,
2014; ROBERSTON; BARON-COHEN, 2017) sendo reconhecidas, pela quinta
edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), como
um dos critério de diagnóstico do TEA (APA 2013).
A teoria da integração sensorial (SI) foi originalmente desenvolvida por A. Jean
Ayres para se concentrar no processamento neurológico da informação sensorial
articular, graduação de força, direção e ritmo do movimento. Já os sistemas táteis e
visuais, mais conhecidos a senso comum, permitem discriminar informações do
ambiente e produzir uma sequência de ações a partir disso. (Ayres, 1972 )

2. OBJETIVOS

2
2.1 OBJETIVOS GERAIS

Este artigo tem como objetivo geral avaliar se há algum tipo de benefício na
qualidade de vida de crianças portadoras de autismo, quando são expostas a
intervenções com a aplicação da integração sensorial.

2.2 OBJETIVO ESPECIFICO

Este artigo tem como objetivo especifico descrever a respeito do real benefício
da integração sensorial quando aplicada em crianças portadoras de autismo, trazendo
assim mais conteúdo e benefícios para a área da Fisioterapia e saúde em geral e
contribuir para pesquisas futuras.

3. REVISÃO DA LITERATURA

3.1 AUTISMO

O termo autismo foi utilizado pela primeira vez em 1906, pelo psiquiatra Plouller,
para descrever comportamentos diferenciados de onze crianças: falta de contato
emocional com outros indivíduos, ausência de fala ou formas atípicas de
comunicação, fascinação por alguns objetos e destreza no seu manuseio,
comportamento ansioso e possessivo, desejo de manter rotinas, evidências de
inteligência, habilidades com jogos de encaixe e montagem e, especialmente, o sinal
clínico de isolamento. Em 1943, Leo Kanner reformulou o termo, passando a chamá-
lo de distúrbio autístico do contato afetivo, delineando uma síndrome com o mesmo
sinal clínico de isolamento observado num grupo de crianças (BRASIL, 2013).
Atualmente, o autismo infantil é considerado um transtorno global do
desenvolvimento, manifestado antes dos três anos de idade e caracterizado pelo
comprometimento de três áreas: a comunicação, a interação social e a presença de
comportamento, interesses e atividades estereotipados e repetitivos (CARNIEL;
SALDANHA; FENSTERSEIFER, 2010).
A detecção baseia-se na observação clínica de comportamentos característicos
manifestados pela criança como pouco contato visual, dificuldade para dirigir
expressões faciais a outras pessoas e utilização limitada de gestos para comunicar-
se. A capacidade que têm para relacionar-se com os pais ou com seus pares é restrita.
Falta-lhes contato emocional com outros indivíduos, têm preferência por figuras ou
objetos. Carecem de entusiasmo espontâneo, têm dificuldade de engajar-se em
brincadeiras ou inventar histórias com brinquedos (VIDEBECK, 2012)
Apresentam padrões de comportamentos motores estereotipados, como agitar
ou torcer as mãos, girar ou balançar o corpo ou levantar e abaixar a cabeça. Também
têm comportamento ansioso e possessivo, pavor de mudança, imperfeição e desejo

3
de manutenção de uniformidade (VIDEBECK, 2012).
O tratamento do autismo exige suporte multidisciplinar e multiprofissional, para
que os melhores resultados possam ser alcançados. Na psicofarmacoterapia, as
ações concentram-se na redução dos sintomas-alvo representados por agressividade,
agitação e irritabilidade e podem tornar-se um empecilho para programas de
estimulação educacional (ASSUMPÇÃO; PIMENTEL, 2000).
Os demais tratamentos com profissionais da saúde são utilizados com o intuito
de estimular e auxiliar a criança a interessar-se pelo mundo real e pelas relações que
os cercam, bem como auxiliar no desenvolvimento da comunicação, interação com
outros indivíduos, rompimento de rotinas e estimulação do sistema sensório-motor.
Sendo assim, tanto o diagnóstico quanto o tratamento do autismo devem acontecer
de forma intersetorial e interdisciplinar, pois se trata de uma síndrome que atinge
diversos componentes do desenvolvimento humano. Nesse contexto, a família
desempenha papel importante como parte ativa em todas as terapias empregadas na
criança autista, pois cada avanço alcançado reflete significativamente na harmonia e
na qualidade de vida de toda a família (ROTTA; OHLWEILER; RIESGO, 2006).

3.1.1 Níveis de funcionamento para o transtorno do espectro autista

Comportamentos repetitivos, restritos: Nível 1 LEVE – “Necessidade de pouco


apoio”

Sem suportes, os déficits na comunicação social causam deficiências visíveis.


Dificuldade em iniciar interações sociais e exemplos claros de resposta atípica ou
malsucedida a aberturas sociais de outros. Pode parecer ter diminuído o interesse em
interações sociais. (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2013.)
A inflexibilidade do comportamento causa interferência significativa no
funcionamento em um ou mais contextos. Dificuldade de alternar entre atividades.
Problemas de organização e planejamento dificultam a independência. (AMERICAN
PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2013.)

Comunicação social: Nível 2 – “Necessidade de apoio substancial”

Déficits acentuados nas habilidades de comunicação social verbal e não verbal;


deficiências sociais aparentes mesmo com suportes no local; iniciação limitada de
interações sociais; e respostas reduzidas ou anormais à aberturas sociais de outros.
(AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2013.)
A inflexibilidade do comportamento, a dificuldade em lidar com a mudança ou
outros comportamentos restritos/ repetitivos aparecem com frequência suficiente para
serem óbvios para o observador casual e interferir no funcionamento em uma
variedade de contextos. Aflição e/ ou dificuldade em mudar o foco ou a ação
(AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2013.)

4
Transtorno da Comunicação Social (Pragmática)

Nível de severidade: Nível 3 – “Necessidade de apoio muito substancial”

Os déficits severos nas habilidades de comunicação social verbal e não verbal


causam graves prejuízos no funcionamento, iniciação muito limitada das interações
sociais e resposta mínima às aberturas sociais de outros. Por exemplo, uma pessoa
com poucas palavras de fala inteligível que raramente inicia interação e, quando o faz,
faz abordagens incomuns para atender apenas às necessidades e responde apenas
às abordagens sociais muito diretas.
A inflexibilidade do comportamento, a extrema dificuldade em lidar com a
mudança ou outros comportamentos restritos/ repetitivos interferem de maneira
marcante no funcionamento de todas as esferas. Grande aflição/ dificuldade mudando
o foco ou a ação. (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2013.)

3.1.2 Leis implementadas para o autismo infantil

A Lei 8.069/1990, o Estatuto da Criança e do Adolescente, artigo 14, parágrafo


5º, dispõe da obrigatoriedade da “aplicação a todas as crianças, nos seus primeiros
dezoito meses de vida, de protocolo ou instrumento construído com a finalidade de
facilitar a detecção, em consulta pediátrica de acompanhamento da criança, de risco
para o seu desenvolvimento psíquico”. A jurisprudência anterior foi alterada pela Lei
13.438/2017.
A Lei 13.146/2015 assegura que alunos com autismo, ou outro transtorno que
exija tratamento especial, tenham acesso à escola. Além disso, a instituição deve
promover adaptações que favoreçam o desenvolvimento da criança ao espaço em
questão. Fornecimento de material gratuito, caso seja necessário.
A Lei 12.764/2012, responsável por instituir a Política Nacional de Proteção dos
Direitos das Pessoas com Autismo, afirma que todas as pessoas que convivem com
o TEA têm direito a tratamentos, através do SUS, que sejam necessários para o seu
desenvolvimento geral.

3.2 INTEGRAÇÃO SENSORIAL

A terapeuta ocupacional e neurocientista Jean Ayres foi pioneira em descrever


o funcionamento neurocomportamental e a influência dos aspectos perceptivos e
motores na aprendizagem. Seu objetivo era identificar relações entre as sensações
corporais, os mecanismos cerebrais e a aprendizagem (CAMINHA, 2008; MOMO;
SILVESTRE, 2011) de modo a construir uma teoria que articulasse esses
conhecimentos. Em linhas gerais, Ayres fundamentou-se nos pressupostos teóricos
da neurobiologia, da epistemologia genética de Piaget e em abordagens
neurodesenvolvimentistas de reabilitação motora (FONSECA, 2008).
O processamento sensorial refere-se à forma como o cérebro recebe, organiza
e interpreta o input sensorial. A receção, modulação, integração e organização do
estímulo sensorial, incluindo as respostas comportamentais a esse input¸ são
componentes do processamento sensorial (Mailloux & Smith-Roley, 2001). Uma ótima
capacidade de processamento permite à pessoa responder de um modo adaptativo
às exigências do ambiente e envolver-se adequadamente nas suas ocupações

5
diárias. Qualquer atividade em que o individuo se envolve, requer processamento da
sensação ou “integração sensorial” (Humphry, 2002; Lane, Young, Baker, & Angley,
2010).
Integração Sensorial foi uma teoria desenvolvida por Jean Ayres por volta dos
anos 60, sendo definida como o processo neurológico através do qual o sistema
nervoso central recebe, registra e organiza o input sensorial de forma a criar uma
resposta adaptada do corpo ao ambiente. Os aspetos espaciais e temporais das
informações recebidas de diferentes modalidades sensoriais são interpretadas,
associadas e unificadas sendo então emitida uma resposta de acordo com as
exigências do meio - a resposta adaptativa (Ayres, 1979). Ayres (1972) define
resposta adaptativa como uma ação apropriada em que o indivíduo responde, com
sucesso, a alguma resposta ambiental. Respostas adaptativas exigem que o indivíduo
experimente um tipo e uma quantidade de estimulação sensorial que desafia, mas não
sobrecarrega o sistema nervoso central, neste caso, a manifestação de uma resposta
adaptativa é potencializada.
Além da descrição do processo adaptativo, Ayres tratou dos déficits da IS,
compreendidos como a inabilidade do sistema nervoso central em modular,
discriminar, organizar e coordenar as sensações adequadamente (LANE et al., 2000).
Esse modelo foi posteriormente aprimorado por Miller e colaboradores (2007) que,
com vistas a enfatizar o desempenho ocupacional do sujeito, em detrimento dos
mecanismos neurobiológicos, propuseram o termo Transtornos do Processamento
Sensorial (TPS) (MOMO; SILVESTRE, 2011).

4. MATERIAIS E MÉTODOS

O encaminhamento metodológico do presente estudo deus e por meio da


Revisão Sistemática de Literatura que, segundo Cordeiro et al. (2007, p. 429) é um
tipo de investigação científica que tem por objetivo reunir, avaliar criticamente e
conduzir uma síntese dos resultados dos múltiplos estudos
primários. Mancini e Sampaio, (2007) corroboram com o proposto por Cordeiro
(et al. 2007) e acrescentam que a revisão sistemática é extremamente útil, no sentido
de que ela contribui para integrar as informações de um conjunto de estudos
realizados acerca de determinada intervenção terapêutica, na medida em que
apresenta resultados coincidentes ou conflitantes e pontua quais temas necessitam
de evidências, favorecendo o delineamento de investigações futuras.
Foi realizado uma pesquisa no PubMed (Biblioteca Nacional de Medicina) no dia
28 de maio de 2020 onde, foram utilizadas as palavras chaves, Autismo e Integração
Sensorial, foi aplicado um filtro para obter artigos de 2010 a 2020, onde os resultados
foram 331 artigos. Com base no título e a leitura dos resumos foram selecionados 10
artigos que se enquadravam nos critérios de inclusão, que eram estes, Idade,
Intervenção e Avaliação e Efeitos.
Após a separação do artigo foi realizada uma leitura completa dos mesmos para
poder averiguar a veracidade de suas informações e através isso foi criada uma
planilha do Excel onde as informações foram colocadas para melhor montagem deste
trabalho.
Dos 10 artigos analisados apenas 6 se enquadraram totalmente nos critérios
principais, onde não havia disponibilidade de acesso, para que fosse feita a leitura e
a coleta de informações do mesmo, 1 era duplicado, e 2 não correspondiam aos

6
critérios anteriormente impostos.

Observe a tabela abaixo que demostra como ocorreu a separação dos artigos
selecionados para a montagem do trabalho presente.

GRUPO 2
ARTIGOS:
GRUPO - NÃO INTERVENÇÃ EFEITO
NOMES EM ANO IDADE AVALIAÇÃO
1 - TEM TEM O
PORTUGUES

A eficácia do
SIT na
Baseada na melhoria do
Artigo 1 - O técnica SIT, desempenho
efeito da terapia voltada para ocupacional
de integração Short Child melhora da em crianças
sensorial no 3a8 16 15 Occupational atividade diária com TEA
desempenho anos membros membros Profile e melhora da como um fator
ocupacional em 2017 (SCOPE) participação relacionado à
crianças com social voltada saúde é
autismo para ambiente apoiada por
escolhar nossos
resultados.

ASI é uma
Artigo 2 - Uma intervenção
revisão eficaz para
Padrões do
sistemática da essa
Conselho Intervenção
intervenção de população,
4 e 12 20 17 para Integração
integração 2018 principalmente
anos membros membros Crianças Sensorial da
sensorial de para aqueles
Excepcionais Ayres
Ayres em com QI acima
(CEC)
crianças com de 65 e entre
autismo 4 e 12 anos
de idade

Intervenção
do SIT teve
A Escala de
um certo
Classificação
Artigo 3 - Efeito efeito no
do Autismo
da intervenção autismo e é
na Infância Método SIT é
do treinamento de grande
(CARS) e a incorporado
em integração valia para o
5,18 ± 54 54 Lista de principalmente
sensorial nos 2019 desenvolvime
2,94 membros membros Verificação em
comportamento nto futuro de
do treinamentos e
s e qualidade de cursos ou
Comportame jogos
vida de crianças programas de
nto do
com autismo intervenção
Autismo
do SIT para
(ABC)
crianças com
autismo.
PubMed 28 de maio de 2020

7
Artigo 4 - Eficácia A intervenção
da terapia é segura e
Escala de
ocupacional 133 viável de
3 a 12 132 Atingimento Ayres Sensory
usando Ayres 2015 membro implementar,
anos membros de Metas Integration ®
Sensory s aceitável para
GAS
Integration ® : uma pais e
revisão sistemática terapeutas

Artigo 5 - Estudo
piloto: Eficácia da
terapia de
O grupo SIT
integração Miller
mostrou mais
sensorial em 8 Assessment Integração
2a6 12 melhorias em
crianças 2013 menbro for sensorial de
anos membros comparação
japonesas com s Preschoolers ayres
com o grupo
transtorno do (MAP)
GT
espectro do
autismo de alto
funcionamento

Melhoria no
Artigo 6 - Terapia
processamen
ocupacional
to sensorial,
usando integração
Testes de Medida de bem como
sensorial para
1 Nenhum Integração Fidelidade maior
melhorar a 2012 5 anos
membro membro Sensorial e Ayres Sensory participação
participação de
Práxis Integration® nas atividades
uma criança com
domésticas,
autismo: relato de
escolares e
caso
familiares

PubMed 28 de maio de 2020

5. RESULTADOS E DISCUÇÔES
Observe o fluxograma abaixo que descreve o resultado da pesquisa.

8
Palavras Chave
Integration
and
Autism

Não Disponiveis - 1
Duplicados - 1
Incompletos - 2
Total de excluidos - 4

Fonte de Pesquisa
Pub Med 328 -
Artigos

Selecionados
10 Artigos

Refinamento
Ano: 2010-2020
Idioma: Inglês
Total de Inclusos - 6
Tipo de Documento: Artigo

PubMed 28 de maio de 2020


Dos 10 artigos que foram escolhidos, apenas 6 atenderam ao critério de inclusão
que foram: Idade, Intervenção, Avaliação, Autismo e Integração Sensorial.
Foram encontradas crianças de 2 a 12 anos de idade, onde a intervenção foi
realizada em grupos onde a quantidade de pacientes variaram de 1 a 133 membros.
As avaliações que foram utilizadas foram: Short Child Occupational Profile (SCOPE),
Padrões do Conselho para Crianças Excepcionais (CEC), A Escala de Classificação
do Autismo na Infância (CARS), Lista de Verificação do Comportamento do Autismo
(ABC), Escala de Atingimento de Metas GAS, Miller Assessment for Preschoolers
(MAP), Testes de Integração Sensorial e Práxis.
As Intervenções realizadas foram SIT e Ayres Sensory Integration, onde
mostraram efeitos significativos na melhora dos pacientes que foram exposto a essas
intervenções, os efeitos notados foram: Melhora nas atividades funcionais
individualizadas, Melhoria no processo sensorial, bem como maior participação em
atividades domesticas, escolares e familiares, Viável implementação para pais e
terapeutas onde seu uso pode ser de grande valia em cursos e programas de

9
intervenções em crianças com autismo.
Os achados se mostraram bem promissores em relação ao efeito positivo da
Integração Sensorial em crianças com Autismo, mais podemos perceber que a maior
parte das intervenções foram aplicadas por Terapeutas Ocupacionais (TO), e que a
Fisioterapia ainda está ganhando espaço nesse tipo de Intervenção.
Podemos relatar que faltaram clareza em alguns detalhes dos artigos que foram
analisados, pois os mesmos poderiam ser direto para relatar o tipo de intervenção e
seus efeitos, e também foi notado que nos últimos dez anos esse tema tem sido mais
abordado do que anteriormente, mais as pesquisas realizadas mostram que ainda
necessitam de mais estudos para que possamos nos aprofundar ainda mais sobre o
assunto, principalmente na área de Fisioterapia.
A terapia mais utilizada foi a Ayres Sensory Integration (ASI), no qual mostrou
sua maior eficácia nos pacientes portadores de Autismo, que foram submetidos a ela,
do que comparado ao grupo controle que não recebeu essa intervenção.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A integração sensorial é uma técnica que vem sido estudada e aperfeiçoada a


muitos anos, principalmente na área de neuro infantil, o trabalho presente mostrou
que a IS demostra surtir um efeito positivo quando aplicada em crianças do espetro
autista, trazendo melhor qualidade de vida e só para ela mais para os pais e familiares.
Ficou evidenciado que não há uma padronização quando o critério é avaliação, mais
que a grande parte dos terapeuta escolheram trabalhar com a técnica de integração
sensorial de Yres .
Mais estudos necessitam serem realizados tento em vista o baixo número de
artigos encontrados sobre o assunto, e sendo quase inexistentes os que tinham o
enfoque fisioterapêutico. A Integração Sensorial demostra ser uma área promissora e
com grande valia e com mais estudos sobre ela e seus benefícios quando aplicada
em crianças com TEA, podemos afirmar que mais crianças com esta patologia
poderão se beneficiar dessa técnica para alçar melhores resultados em seu
tratamento e em sua vida.

7. REFERÊNCIAS
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transtornos mentais – DSM-5. 5. ed. Washington, 2013. Disponível em:
<https://institutoinclusaobrasil.com.br/diagnostico-transtorno-do-espectro-autista-
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Brasília: 2015. Disponível em:
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Baiana de Enfermagem, Salvador, v. 28, n. 3, p. 271-282, set./dez. 2014. Acesso em:
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