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Hachiko

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A Verdadeira História de
Hachiko
por Rodrigo Amar — publicado em 17 ago 2012 - 09:08

Chu-ken Hachiko (o cachorro fiel Hachiko)


nasceu em Odate, na província de Akita,
no Japão em novembro de 1923.

Em 1924, Hachiko foi enviado a casa de seu


futuro proprietário, o Dr. Eisaburo Ueno,
um professor do Departamento Agrícola
da Universidade de Tóquio.

A história dá conta de que o professor


ansiava por ter um Akita há anos. Mas tão
logo recebeu seu almejado cãozinho, deu-
lhe o nome de Hachi, ao que depois
passou a chamá-lo carinhosamente pelo
diminutivo, Hachiko. Foi uma espécie de
‘amor à primeira vista’, pois, desde então,
se tornariam amigos inseparáveis!

O professor Ueno morava em Shibuya,


subúrbio de Tóquio, perto da estação de
trem. Então, como fazia do trem seu meio
de transporte diário até o local de trabalho,
já era parte integrante da rotina de
Hachiko acompanhar seu dono todas as
manhãs.

Caminhavam juntos o inteiro percurso que


ia de casa à estação de Shibuya. Mas
Hachiko parecia ter um relógio interno, e
sempre às 15 horas retornava à estação
para encontrar o professor, que
desembarcava do trem das 16 horas, para
acompanhá-lo no percurso de volta a casa.

Morte do professor
Ueno
Em 21 de Maio de 1925, o professor Ueno
sofreu um AVC, durante uma reunião do
corpo docente na faculdade e morreu.

Hachiko, que na época tinha pouco menos


de dois anos de idade. Assim, no horário
previsto, esperava seu dono
pacientemente na estação. Naquele dia a
espera durou até a madrugada.

Na noite do velório, Hachiko, que estava no


jardim, quebrou as portas de vidro da casa
e fez o seu caminho para a sala onde o
corpo foi colocado. Assim, passou a noite
deitado ao lado de seu mestre, recusando-
se a ceder.

Outro relato diz que como de costume,


quando chegou a hora de colocar vários
objetos particularmente amados pelo
falecido no caixão com o corpo, Hachiko
pulou dentro do mesmo e tentou resistir a
todas as tentativas de removê-lo.

Depois que o professor morreu a Senhora


Ueno deu Hachiko para alguns parentes
do que morava em Asakusa, no leste de
Tóquio.

Mas ele fugiu várias vezes e voltou para a


casa em Shibuya, um ano se passou e ele
ainda não tinha se acostumado à nova
casa.

Foi dado ao ex-jardineiro da família que


conhecia Hachi desde que ele era um
filhote. Mas Hachiko continuava a fugir,
aparecendo frequentemente em sua
antiga casa. Assim, depois de certo tempo,
aparentemente Hachiko se deu conta de
que o professor Ueno não morava mais ali.

Hachiko à espera do
seu dono na estação
de trem
Todos os dias à estação de Shibuya para
esperar seu dono voltar do trabalho, da
mesma forma como sempre fazia.

Procurava a figura de seu dono entre os


passageiros, saindo somente quando as
dores da fome o obrigavam. E ele fez isso
dia após dia, ano após ano, em meio aos
apressados passageiros. Estes começaram
passaram então a trazer petiscos e comida
para aliviar sua vigília.

Em 1929, Hachiko contraiu um caso grave


de sarna, que quase o matou.

Devido aos anos passados nas ruas, ele


estava magro e com feridas das brigas
com outros cães. Uma de suas orelhas já
não se levantava mais. Além disso, ele já
estava com uma aparência miserável, não
parecendo mais com a criatura orgulhosa
e forte que tinha sido uma vez.

Então, um dos fiéis alunos de Ueno viu o


cachorro na estação e o seguiu até a
residência dos Kobayashi, onde aprendeu
a história da vida de Hachiko.

Coincidentemente o aluno era um


pesquisador da raça Akita, e logo após seu
encontro com o cão, publicou um censo
de Akitas no Japão.

Na época haviam apenas 30 Akitas puro-


sangue restantes no país, incluindo
Hachiko da estação de Shibuya. Então, o
antigo aluno do Professor Ueno retornou
frequentemente para visitar o cachorro e
durante muitos anos publicou diversos
artigos sobre a marcante lealdade de
Hachiko.

Hachiko nos jornais


Sua história foi enviada para o Asahi
Shinbun, um dos principais jornais do país,
que foi publicada em setembro de 1932.

O escritor tinha interesse em Hachiko, e


prontamente enviou fotografias e detalhes
sobre ele para uma revista especializada
em cães japoneses.

Uma foto de Hachiko tinha também


aparecido em uma enciclopédia sobre
cães, publicada no exterior. No entanto,
quando um grande jornal nacional
assumiu a história de Hachiko, todo o povo
japonês soube sobre ele e se tornou uma
espécie de celebridade, uma sensação
nacional.

Sua devoção à memória de seu mestre


impressionou o povo japonês e se tornou
modelo de dedicação à memória da
família. Pais e professores usavam Hachiko
como exemplo para educar crianças.

Assim, em 21 de Abril de 1934, uma estátua


de bronze de Hachiko, esculpida pelo
renomado escultor Teru Ando. Foi erguida
em frente ao portão de bilheteria da
estação de Shibuya, com um poema
gravado em um cartaz intitulado “Linhas
para um cão leal”.

Assim, a cerimônia de inauguração foi uma


grande ocasião, com a participação do
neto do professor Ueno e uma multidão de
pessoas.

Morte do Hachiko
Hachiko envelheceu, tornou-se muito fraco
e sofria de problemas no coração
(heartworms). Então, na madrugada de 8
de março de 1935, com idade de 11 anos e 4
meses, ele deu seu último suspiro no
mesmo lugar onde por anos a fio esperou
pacientemente por seu dono.

A duração total de seu tempo de espera foi


de nove anos e dez meses. A morte de
Hachiko estampou as primeiras páginas
dos principais jornais japoneses, e muitas
pessoas ficaram inconsoláveis com a
notícia. Um dia de luto foi declarado. Próxim
artigo
Chubb
o

A última foto da Hachiko. Aquele cão que esperou o dono morto


na estação por quase 10 anos. Exemplo de lealdade que falta a
muitos seres humanos. A foto foi tirada em 8 de março de 1935.
Hachiko tinha 11 anos. Filme(Sempre ao seu lado).

Seus ossos foram enterrados na sepultura


do professor Ueno, no Cemitério Aoyama,
Minami-Aoyama, Minato-ku, Tóquio.

Sua pele foi empalhada para conservar-lhe


as formas e submetido à substâncias que o
isentam de decomposição. Por fim, o
resultado deste maravilhoso processo de
conservação está agora em exibição no
Museu Nacional da Ciência do Japão em
Ueno. Alguns autores dizem que Hachiko,
esta no Museu de Artes de Tóquio.

Estátua do Hachiko
Durante a 2ª Guerra Mundial, para aplicar
no desenvolvimento de material bélico,
todas as estátuas foram confiscadas e
derretidas. E, infelizmente, entre elas
estava a de Hachiko.

Em 1948, formou-se a “The Society For


Recreating The Hachiko Statue” entidade
organizada em prol da recriação da
estátua de Hachiko. Tekeshi Ando, o filho
de Teru Ando foi contratado para esculpir
uma nova estátua.

Mas a réplica foi reintegrada no mesmo


lugar da estátua original, em uma
cerimônia realizada no dia 15 de agosto.

A estação de Odate, em 1964, recebeu a


estátua de um grupo de Akitas. Anos mais
tarde, em 1988, também uma réplica da
estátua de Hachiko foi colocada próxima a
estação.

A história de Hachiko atravessa anos, passa


de pai para filho, sendo até mesmo
ensinada nas escolas japonesas. No início
do século para estimular lealdade ao
governo, e atualmente, para exemplificar e
instilar o respeito e a lealdade aos anciãos,
essa história era ensinada.

Akita no Japão
Na atualidade, viajantes que passam pela
estação de Shibuya podem comprar
presentes e recordações do seu cão
favorito na Loja localizada no Memorial de
Hachiko chamada “Shibuya No Shippo” ou
“Tail of Shibuya”. Um mosaico colorido de
Akitas cobre a parede perto da estação.

Todos os anos, no dia 8 de março, ocorre


uma cerimônia solene na estação de trem
de Shibuya, em Tóquio. São centenas de
amantes de cães que se reúnem em
homenagem à lealdade e devoção de
Hachiko.

Então, ao nascimento de uma criança, a


família recebe uma estatueta de Akita
como desejo de saúde, felicidade e vida
longa. O objeto também é considerado
um amuleto de boa sorte. Quando há
alguém doente, amigos dão ao enfermo
esta estatueta, desejando pronta
recuperação.

Por causa desse zelo, o Akita se tornou


Patrimônio Nacional do povo japonês,
tendo sido proibida sua exportação.

Então, se algum proprietário não tiver


condições financeiras de manter seu cão, o
governo japonês assume sua guarda.

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Rodrigo Amar AUTOR

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39 Comentários

Joedilson da Silva

Oliveira disse:
5 de julho de 2020 às 20:05
Somente hoje é que assisti
ao filme. Sabia do filme e
mais ao menos sobre o seu
enredo. Achei sensacional e
concerteza é uma
verdadeira demonstração
de lealdade e amor por seu
dono. Acredito que existem
outros casos de lealdade
como do cachorro Hachi.
Nós seres humanos
devemos observar e
aprender com a criação
divina. :);)

Jose Marcos da Silva

disse:
13 de dezembro de 2015 às
15:15
Depois que o professor
morreu a Senhora Ueno deu
Hachiko para alguns
parentes do que morava em
Asakusa, no leste de
Tóquio… Então, essa é a
parte mais triste da história,
inconcebível até para mim,
mesmo com todo esse
amor e ligação do cão com
seu finado marido, a
senhora Ueno não fez
questão de amparar o fiel
companheiro do seu esposo
até o final dos seus dias…
Infelizmente é assim
mesmo, o ser humano é
capaz em alguns casos, de
grandes demonstrações do
mais profundo amor, já em
outros, se mostra capaz da
mais absoluta frieza…
Hachiko merecia ter
terminado os seus dias com
muito mais dignidade…

Dora disse:

9 de setembro de 2014 às
23:14
Choro só de ler essa história
novamente ja vi o filme
varias vezes. E não consigo
acreditar como um
bichinho q dizem ser
irracional pode ter esperado
seu dono por 10 anos. Nem
um ser humano teria essa
capacidade de ser leal…

Antonio Marcos

Nascimento disse:
9 de setembro de 2014 às
22:27
Incrível, Eu assisti o Filme e
me comovi e emocionei
muito e muito .
esse Filme é Muito Lindo de
mais. e ao Ler essa Historia
aqui na Pagina.
Me emociono-se
novamente. Linda Historia.
Adoro Cães. Adoro Animais
!!

brenda disse:

27 de março de 2014 às 16:32


que deus cuide do rachicko
por mim da, dó dele saber
que ele brigava na rua
com outros,cães e de
emocionar!!!323232

Margo Sanguine

disse:
24 de março de 2014 às 19:18
historia de fidelidade amor
e emoçao ,com o dono.

Margo Sanguine

disse:
24 de março de 2014 às 19:16
sempre qndo assisto esse
filme minhas lagrimas
X
caem emociono muito e
lindo e uma historia tao
linda que de fifelidade com
o seu dono amooooo um

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