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Yukio Mishima

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Yukio Mishima (三島由紀夫 'Mishima Yukio' ? ),


pseudônimo de Kimitake Hiraoka ( 平 岡 公 威 Yukio Mishima
三島由紀夫
'Hiraoka Kimitake' ? ) (Tóquio, 14 de janeiro de
1925 — Tóquio, 25 de novembro de 1970) foi um
novelista e dramaturgo japonês mundialmente
conhecido por romances como Brasil: O Templo do
Pavilhão Dourado /Portugal: O Templo Doirado
金 閣 寺 (Kinkaku-ji ? ) e Cores Proibidas ( 禁 色
'Kinjiki' ? ). Escreveu mais de 40 novelas, poemas,
ensaios e peças modernas de teatro Kabuki e Nô.[1]

Nascimento 14 de janeiro de 1925


Índice Tóquio
Biografia Morte 25 de novembro de 1970 (45 anos)
Origens Tóquio
Início da carreira literária Nacionalidade Japonês
Tentativa de golpe de estado e seppuku Magnum opus Confissões de uma máscara
Obras principais Causa da Suicídio por seppuku
morte
豐饒の海Hōjō no Umi O Mar da
Fertilidade tetralogia: (1969-1970) Assinatura

Referências
Ligações externas

Biografia

Origens

Yukio Mishima era o nome artístico utilizado de Kimitake Nome da caneta


Hiraoka ( 平 岡 公 威 'Hiraoka Kimitake' ? ), que nasceu na Em japonês
capital do Japão em 1925, onde teve uma infância problemática Kanji: 三島 由紀夫
marcada por eventos que mais tarde influenciariam fortemente a
sua literatura. Ainda criança foi separado dos seus pais e passou Hiragana: みしま ゆきお
a viver com a avó paterna, uma aristocrata ainda ligada à Era
Transliterações
Tokugawa. A avó mal deixava a criança sair de sua vista, de
forma que Kimitake teve uma infância isolada.[2] Muitos - Romaji: Mishima Yukio
biógrafos de Mishima acreditam emergir desta época seu
interesse pelo Kabuki e sua obsessão pelo tema da morte.
Nome verdadeiro
Aos doze anos Kimitake voltou a viver com os pais e começou Em japonês
a escrever suas primeiras histórias. Matriculou-se num colégio
Kanji: 平岡 公威
de elite em Tóquio. Seis anos depois, publicou numa revista
literária um conto que posteriormente foi editado em livro. Seu Hiragana: ひらおか きみた
pai, um funcionário burocrático do governo, era totalmente け
contra suas pretensões literárias. Nessa época adoptou o
pseudónimo Yukio Mishima, em parte para ocultar seus Transliterações
trabalhos literários do conhecimento paterno. Foi recrutado - Romaji: Hiraoka Kimitake
pelas forças japonesas durante a Segunda Guerra Mundial,
porém ficou fora das linhas de frente por motivos físicos e de
saúde. Este fato tornou-se depois fator de grande remorso para Mishima que testemunhou a morte de seus
compatriotas e perdeu a oportunidade de ter uma morte heróica. Forçado pelo pai, matriculou-se na
Universidade de Tóquio onde formou-se em direito. Após a graduação conseguiu um emprego promissor no
Ministério das Finanças.[3] No entanto, tornou-se tão desgostoso que, por fim, convenceu o pai a aceitar a
sua carreira literária. Seu pai, um sujeito rude e disciplinador, teria dito que, já que era para ser escritor, era
melhor ele se tornar o melhor escritor que o Japão já viu.

Início da carreira literária

Mishima tinha 24 anos quando publicou Confissões de Uma Máscara ( 仮 面 の 告 白 'Kamen no


Kokuhaku' ? ),[3] uma história com sabores autobiográficos de um jovem talento homossexual que precisa se
esconder atrás de uma máscara para evitar a sociedade. O romance acabou alcançando um tremendo sucesso
literário, o que levou Mishima a um estado de celebridade e seguiu a outras publicações e traduções, de
forma a ficar internacionalmente conhecido. Yukio Mishima concorreu a três Prêmios Nobel de literatura,
sendo o último deles concedido a seu amigo, Yasunari Kawabata[4], que o introduziu aos círculos literários
de Tóquio nos anos 40.

Depois da publicação de Confissões de Uma Máscara, Mishima adquire uma postura mais realista e ativa,
tentando deixar para trás o jovem frágil e obsessivo. Começa a praticar artes marciais e se alista no Exército
de Autodefesa japonês, onde, um ano depois, forma o Tatenokai (Sociedade da Armadura), uma entidade de
extrema direita composta de jovens estudantes de artes marciais que estudavam o Bushido sob a disciplina e
tutela de Mishima. Casou-se em 1958 com Yoko Sugiyama, tendo com ela um filho e uma filha. Nos
últimos dez anos de sua vida, atuou como ator em filmes e co-dirigiu uma adaptação de uma de suas
histórias.

Tentativa de golpe de estado e seppuku

Em 25 de Novembro de 1970, Yukio Mishima, acompanhado de 4 membros do Tatenokai, renderam o


comandante do quartel general das Forças de Autodefesa japonesas em Tóquio. Ele realizou um discurso
patriótico na tentativa de persuadir os soldados do quartel a restituírem ao Imperador os seus poderes.[5]
Notando a indiferença dos soldados, Yukio Mishima cometeu o ritual suicida seppuku, sendo assistido por
Hiroyasu Koga, uma vez que Masakatsu Morita falhou no momento final.[6]

“A vida humana é finita mas eu gostaria de viver para sempre”, escreveu Mishima na manhã antes da sua
morte.[3]

Acredita-se que Mishima tenha preparado seu suicídio por um ano. Segundo John Nathan, seu biógrafo,
tradutor e amigo, ele teria criado este cenário apenas como pretexto para o suicídio ritual com o qual sempre
sonhou.
Mishima reservava para si uma individualíssima marca de nacionalismo ao final de sua vida. Ele foi odiado
pela esquerda, em particular por seu compromisso declarado com o Bushido (o código de honra e conduta
do Samurai), e por nacionalistas tradicionais por causa de sua afirmação, no Bunka Bōeiron (文化 防衛 論,
"A Defesa da Cultura"), que Hirohito deveria ter abdicado e assumido a responsabilidade pela perda de
vidas na guerra.

Quando morreu, Mishima tinha acabado de escrever O Mar da Fertilidade ( 豊 穣 の 海 Hōjō no Umi' ? ).
Encontra-se sepultado no Cemitério Tama, em Fuchū, Tóquio[7].

Obras principais
Título em japonês Título em português (em inglês) Ano
假面の告白
Confissões de uma Máscara 1948
Kamen no Kokuhaku
愛の渇き
Sede de Amor 1950
Ai no Kawaki
禁色
Cores Proibidas 1953
Kinjiki
潮騷
O Tumulto das Ondas 1954
Shiosai
金閣寺
Brasil: O Templo do Pavilhão Dourado /Portugal: O Templo Doirado 1956
Kinkaku-ji*
鏡子の家
A Casa de Kyoko 1959
Kyōko no Ie
宴のあと
Depois do Banquete 1960
Utage no Ato
午後の曳航
O Marinheiro que Perdeu as Graças do Mar 1963
Gogo no Eikō
絹と明察
Seda e Visão 1964
Kinu to Meisatsu
三熊野詣
Mikumano Mōde Atos de Adoração 1965
(conto)
サド侯爵夫人
Sado Kōshaku Fujin Madame de Sade 1965
(peça)
憂國
Yūkoku Patriotismo 1966
(conto)
眞夏の死
Morte no Verão 1966
Manatsu no Shi
葉隠入門
O Caminho do Samurai 1967
Hagakure Nyūmon
わが友ヒットラー Meu Amigo Hitler e outras peças 1968
Waga Tomo Hittorā
(peça)
太陽と鐡
Sol e Aço 1970
Taiyō to Tetsu

豐饒の海
Hōjō no Umi O Mar da Fertilidade tetralogia: (1969-1970)

Título em japonês Título em português Ano

I. 春の雪
1. Neve de Primavera 1969
Haru no Yuki

II. 奔馬
2. Cavalos Selvagem 1969
Honba

III. 曉の寺
Akatsuki no 3. O Templo da Aurora 1970
Tera

IV. 天人五衰
4. A Queda do Anjo 1970
Tennin Gosui

Referências
1. Biografia pela The Internet Movie Database (http://www.imdb.com/name/nm0592758/)
2. Naoki Inose & Hiroaki Sato, Persona: A Biography of Yukio Mishima (Naoki Inose, Hiroaki
Sato) (Stone Bridge Pr 2012)
3. Artigo no jornal ingles “The Guardian” (http://www.guardian.co.uk/books/2011/jun/03/rereading-
yukio-mishima-sea-of-fertility-tetralogy/)
4. Nobel Prize Organization (http://www.nobelprize.org/nobel_prizes/literature/laureates/1968/)
5. Mishima, Yukio; O Hagakure; A Etica dos Samurais; (1987); p 9; Editora Rocco ltda.
6. Biografia de Yukio Mishima (http://www.nndb.com/people/963/000113624/)
7. Lit Hub (26 de Março de 2018). «HOW TO VISIT THE GRAVES OF 75 FAMOUS WRITERS»
(https://lithub.com/how-to-visit-the-graves-of-75-famous-writers/). Consultado em 28 de Março
de 2018

Ligações externas
Ciber Museu Yukio Mishima (http://www.vill.yamanakako.yamanashi.jp/osusume.php) (em
japonês)
Museu Literário Yukio Mishima (http://www.mishimayukio.jp/english/en_guide.html) (em inglês)
Yukio Mishima (http://www.findagrave.com/cgi-bin/fg.cgi?page=gr&GRid=6133770) (em inglês)
no Find a Grave

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Esta página foi editada pela última vez às 14h44min de 17 de outubro de 2019.

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