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CLUBE: CULTURA JAPONESA

HISTÓRIA
Alguns estudos indicam que os primeiros ocupantes do território apareceram no século III a.C. De
acordo com algumas pesquisas, as mais remotas civilizações teriam chegado da Sibéria durante o
período neolítico.
O processo de unificação política do Japão teria acontecido ao longo da dinastia Yamato, que
configurou a presença de um Estado centralizado. Contudo, ao atingirmos o século VI, a existência
do poder real foi perdendo espaço para o poder exercido pelos chefes locais. Após a chamada Guerra
Onin, o poder central perdeu espaço para os senhores de terra que guerreavam constantemente entre
si.
No século VII, os conflitos perderam espaço para a rearticulação da dinastia Yamato, que
conseguiu promover mudanças que recuperaram o governo monárquico. Após algumas disputas, a
monarquia japonesa se tornou praticamente hegemônica durante uma fase de aproximadamente mil
anos.
No século XVI, o contato com os comerciantes espanhóis e portugueses determinou o gradual
processo de abertura da civilização japonesa ao mundo ocidental. A ação de mercadores e clérigos
jesuítas marcou um primeiro momento das transformações culturais que ganharam espaço no Japão.
No século XIX, a ação imperialista estadunidense foi peça chave fundamental para a abertura do
povo nipônico ao Ocidente.
Com a abertura econômica forçada pela esquadra militar dos EUA, os japoneses entraram em
contato com novas ideologias políticas. Em pouco tempo, um forte movimento nacionalista
reivindicou a modernização das instituições do país e o fim da influência estrangeira no território. A
partir de 1868, a chamada Revolução Meiji ordenou a industrialização japonesa e a extinção das
antigas instituições medievalescas.
Rapidamente, os japoneses abandonaram a posição de nação subordinada ao imperialismo para se
transformar em uma potência industrial promotora de tal política dominadora. O auge dessa nova
situação aparece nas primeiras décadas do século XX, quando o governo japonês se envolveu nos
conflitos da Primeira e da Segunda Guerra Mundial.
No fim da Segunda Guerra, temendo a ascensão de uma potência socialista vizinha, os EUA
promovem o lançamento das bombas de Hiroshima e Nagasaki. Esta tragédia nuclear acabou
simbolizando a reconstrução da nação japonesa, que não tinha recursos para se recuperar das
terríveis perdas econômicas e humanas do conflito. Na década de 1970, acabou se reerguendo e
ocupando um importante papel na economia mundial.
Atualmente, os japoneses são sistematicamente associados ao desenvolvimento de tecnologia de
ponta que marca o capitalismo. Os campos de informática, robótica, telecomunicações,
automobilismo são os mais significativos alvos que atestam a posição de vanguarda nipônica. Vez ou
outra, os meios de comunicação divulgam mais um invento ou descoberta proveniente dos
laboratórios japoneses.
ALGUNS COSTUMES
 Curvar-se perante alguém: No Japão, o ato de se curvar perante alguém denota respeito e
consideração pelo interlocutor. Apesar de não ser exigido a quem visita o país que o faça na
perfeição, é aconselhado respeitar o costume.
 Não gostam de chamar a atenção em lugares públicos: Ninguém fala ou atende o telemóvel,
especialmente em espaços públicos com muitas pessoas, como o metro, comboios ou autocarros.
Isto é porque a cultura japonesa está centrada no coletivo, não no indivíduo.
 Não fumar na rua: Muitos japoneses acreditam que o cigarro é como uma arma. Que a ponta de
um cigarro aceso está a centenas de graus centígrados, anda à altura da cabeça de uma criança e,
por isso, é um perigo.
 Não há caixotes de lixo nas ruas: Na cultura japonesa, o lixo é levado para a casa de cada um
(ou para o local de onde ele veio, como um supermercado), razão pela qual não se encontram
caixotes de lixo nas ruas. A exceção são os supermercados e lojas de conveniência que, regra
geral, têm caixotes de lixo no exterior.
 Máscaras hospitalares: A gripe das aves persiste há muitos anos, assim, certos japoneses usam
máscaras em todo lugar onde há aglomerados de pessoas.
 Sorver os noodles com barulho é
normal: No que toca à etiqueta na mesa,
não tenha vergonha de sorver os noodles e
fazer barulho a comer. Pelo contrário, no
Japão é considerado boa educação fazê-lo,
porque mostra o quanto está a apreciar a
comida.
 Oferecer gorjeta é insultuoso: Na cultura
japonesa, tentar oferecer gorjeta a alguém
é considerado um pouco rude.
 Não usar sapatos no tatame: Não é
apropriado utilizar calçados contaminados
no tatame, um tipo de piso muito utilizado
em casas japonesas, pois, ao sujar, é mais
difícil limpar.
 Nunca brindar com “tchim tchim“: Não
é bem um costume japonês, antes um aviso
para não fazer má figura quando sair à
noite com os seus amigos japoneses.
“Ching ching” significa “pênis” em
linguagem coloquial.
ANIME
O Anime surgiu por volta da metade do
século XX. O termo é abreviado da palavra
“animação” em japonês, que se refere a
qualquer animação. Boa parte das animações
japonesas também possui uma versão
em mangá (quadrinhos japoneses).
Uma das características mais marcantes das
animações japonesas é os olhos dos
personagens. Eles são bem destacados,
grandes, bem delineados e com bastante
brilho.
Alguns exemplos de anime são Dragon Ball
Z, Naruto e Pokemon.
IKEBANA e ORIGAMI
Ikebana é a arte de montar arranjos de flores, com base em regras e simbolismo preestabelecidos.
Ikebana é um termo em japonês que significa flores vivas.
Ikebana, ou kado, geralmente são arranjos florais para serem utilizados como oferta religiosa, para
decorar altares, e são montados com flores, folhas, galhos, frutos e plantas secas.
O ikebana teve origem na Índia, onde os religiosos faziam grandes decorações para o altar de
Buda, porém foram os japoneses que tornaram a prática conhecida, e estenderam-na até o Ocidente.
O ikebana é sempre composto por todos os tipos de plantas, como caules, folhas, flores, ramos, e
segundo os japoneses simbolizam o céu, a terra e a humanidade.

Origami é a arte tradicional e secular japonesa de dobrar o papel, criando representações de


determinados seres ou objetos com as dobras geométricas de uma peça de papel, sem cortá-la ou
colá-la.
O Origami usa apenas um pequeno número de dobras diferentes, que, no entanto, podem ser
combinadas de diversas maneiras, para formar desenhos complexos. 
BRINCADEIRAS
Como um país que sofreu muitas influências externas, o
Japão é extremamente diversificado culturalmente. Isso pode
ser notado nas brincadeiras feitas por lá. Algumas delas são:
• Kakurenbo: é uma versão japonesa de esconde-esconde.
• Darumasan Ga Koronda: Uma pessoa deve ficar em
uma extremidade de um grande espaço virada de costas
para os outros jogadores enquanto estes devem se
aproximar dela e tocá-la. Algum dos participantes que
precisam encostar no que está virado perde se ele o vir se
movendo e ganha se alcançar seu objetivo. Se vencer, terá
que trocar de lugar com o alvo.
• Janken pon: é relacionável a Pedra, Papel e Tesoura.
• Ayatori: é conhecido no Brasil como “cama de gato”.
EDUCAÇÃO
As escolas japonesas são extremamente disciplinadas e variam muito das brasileiras. Assim,
abaixo estão algumas características incomuns da educação japonesa:
• Boas maneiras são aprendidas antes do conhecimento didático;
• O ano letivo começa em 1º de abril;
• A maioria das escolas japonesas não contrata faxineiros, pois os próprios alunos cuidam da
limpeza;
• Nas escolas japonesas, o almoço escolar é fornecido em um cardápio padronizado e é comido na
sala de aula;
• Oficinas pós-aula são muito comuns no Japão;
• Além dos assuntos tradicionais, os estudantes japoneses também aprendem caligrafia japonesa e
poesia;
• Quase todos os alunos devem usar uniforme;
• A taxa de presença escolar no Japão é de 99,9%;
• Uma única prova determina o futuro dos estudantes japoneses;
• Os anos de faculdade são os melhores na vida de uma pessoa.
COMIDA
A comida japonesa aguça os paladares de pessoas do mundo todo. Preparada de maneira minuciosa
e com visual encantador, esta culinária apresenta uma grande variedade de pratos e sabores únicos.
Por ser tão apreciada e cheia de riquezas históricas, a culinária japonesa (washoku) foi incluída
pela Unesco na lista de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade em dezembro de 2013.
Durante muito tempo, a comida japonesa se inspirou na chinesa, até adquirir sua própria
identidade. Por conta da escassez de alimentos e por estarem rodeados de oceanos, os japoneses
viviam da caça e da pesca, o que justifica a grande quantidade de pratos à base de peixes e frutos do
mar.
Ao longo dos séculos, por influência de outros países, novos itens ganharam espaço no menu
japonês, como arroz, verduras e outros tipos de carnes.
Os alimentos típicos mais conhecidos são Sushi, Sashimi, Tempurá, Guioza, Temaki, Missoshiru,
Harumaki, Hot Roll, Sunomono e Gohan.
ASPECTOS NATURAIS
O país está localizado próximo ao contato entre quatro placas tectônicas. A maior parte do Japão
está situada em cima da Placa Okhotsk. Além da formação de cadeias montanhosas, essa localização
torna o Japão um país com altos níveis de instabilidade tectônica, com a presença de vulcanismo
ativo. Outra consequência dessa localização é a vulnerabilidade a abalos sísmicos e tsunamis, nas
mais diversas intensidades.
Como quase 80% do relevo japonês é formado por montanhas, as planícies litorâneas concentram a
maioria da população. Em função da grande quantidade de áreas montanhosas, os rios japoneses são
pouco extensos, mas intensamente aproveitados, principalmente para a geração de energia e
irrigação.
Seu clima, ao norte, recebe influência das massas frias e secas. Na porção central do país
predomina o clima temperado. Ao sul, o clima predominante é o subtropical.
Em virtude das variações climáticas e da presença de diferentes altitudes, o Japão possui uma
variedade em seus aspectos de flora e fauna, mas como é um país altamente urbanizado, com grande
concentração populacional, a vegetação nativa do país ocorre em áreas bastante restritas.
MÚSICA
A música japonesa tem origens
asiáticas, principalmente de povos
chineses. Durante o século XIX e
adiante, o Japão, através do
envolvimento de outros continentes,
obteve diversas adaptações musicais de
gêneros já conhecidos, como rock e jazz,
e criou novos, relacionando a cultura
antiga.

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