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MATERIA : GEOGRAFIA MILITAR


TEMA #2 – ESTUDO DA CLIMATOLOGIA
AULA no2 : Zonas climaticas e tipos de clima.
Objectivos: Instrutivo- Identificar as zonas climaticas e os diferentes tipos de climas
Educativo- Reflectir em torno das alterações climáticas, com vista a adopção de actitudes que
possam mitigar o impacto da acção dos militares nos exercícios e manobras.

Para determinar os climas teremos que nos basear nos diferentes fenómenos meteorológicos que os
constituem: temperatura, pressão, vento, precipitações, etc. Mas se tem que ter em conta todos estes
elementos do clima para fazer uma classificação climática, resultaria um estudo muito complexo e
difícil. Por isso seleccionam os elementos climáticos mais importantes: temperatura e precipitações.
Assim, considerando qual a relação entre as zonas térmicas e as zonas de pluviosidade, distinguem-
se várias zonas climáticas

1a Q/E: ZONAS CLIMATICAS E A SUA LOCALIZAÇÃO NO GLOBO

Zonas climáticas são áreas com climas distintos, que ocorrem em direção a leste-oeste em torno da
Terra e podem ser classificadas utilizando diferentes parâmetros climáticos. Geralmente, as zonas
climáticas são em forma de cinto e circular em torno dos Polos.

Em algumas áreas, as zonas climáticas podem ser interrompidas por montanhas ou oceanos.

As zonas térmicas ou zonas climáticas da Terra são regiões do planeta, representadas no mapa
através de faixas, com diferentes incidências de radiação e iluminação solar. Elas são delimitadas
pelos paralelos Círculo Polar Ártico, Trópico de Câncer, Trópico de Capricórnio e Círculo Polar
Antártico.

Através dessas zonas de iluminação e aquecimento é possível entender os climas da Terra. A


distribuição desigual de luz solar na superfície terrestre afecta a temperatura das regiões e a
formação das paisagens.
As zonas térmicas da Terra são:
 Zona Tropical ou Intertropical: entre os trópicos
 Zona Temperada: entre os trópicos e os círculos polares
 Zona Polar: entre os círculos polares e os polos
A zona tropical, é a região mais exposta ao Sol, sendo assim recebe muita iluminação e
aquecimento já que os raios solares.

Na zona temperada os raios solares atingem a região de forma inclinada fazendo com que apresente
temperaturas amenas. É possível perceber que as estações do ano bem definidas, os dias são mais
longos no verão e mais curtos no inverno.

A zona Polar também chamada de Zona Glacial, apresenta menores temperaturas e menor
incidência de raios solares.
Os dias exibem diferentes durações ao longo do ano por receber raios solares de maneira bastante
inclinada.

Por que as zonas termicas existem ?


Dos factores que estabelecem as zonas térmicas destacamos:
 Forma do planeta;
 Inclinação do eixo da Terra;
 Movimento de translação ao redor do Sol.
Por ser aproximadamente esférica e levemente achatada nos polos, os raios solares não incidem
com mesmo ângulo e intensidade em toda a superfície.
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A Terra apresenta uma forma arredondada e há uma inclinação do seu eixo, que faz com que exista
uma diferença na forma com que a luz e o calor chegam ao planeta.

2a Q/E: A DISTRIBUIÇÃO MUNDIAL DOS CLIMAS

A classificação climática tenta agrupá-los por características comuns, tais como padrões de radiação
solar, vegetação, tipos de solo, ventos, temperaturas, massas de ar e etc. Não é de modo algum uma
tarefa fácil e vários esquemas de classificação diferentes foram concebidos e frequentemente
modificados para refletir mudanças nos ambientes ou obter uma classificação mais precisa.
Optou-se por uma simplificação da classificação de Trewartha, onde ordenaram-se os principais
tipos climáticos, primeiro de acordo com a temperatura e depois de acordo com a precipitação.

Há um clima que pode ser enquadrado em cada uma das zonas acima citadas; CLIMA
MODIFICADO PELA ALTITUDE OU CLIMA DE ALTITUDE
CLIMA EQUATORIAL
O clima equatorial caracteriza-se por ter uma temperatura constantemente elevada e uma
precipitação abundante durante todo o ano. O sol encontra-se sempre perto do Zénite e os dias e as
noites têm praticamente igual duração durante todo o ano.
A precipitação é abundante e distribui-se ao longo de todo ano, não havendo assim um período
distintamente seco. Nenhum mês tem menos de 60mm de chuva. Devido à forte humidade, basta
uma pequena subida de ar e, portanto, uma pequena descida da temperatura, para se dar a
condensação e a precipitação.
CLIMA TROPICAL
O clima tropical caracteriza-se por ter duas estações distintas, uma húmida e outra seca. Na
primeira, dominam as baixas pressões equatoriais ou monção marítima, e na segunda as altas
pressões subtropicais ou a monção terrestre. À medida que se afasta do equador, a estação húmida
vai diminuindo e a seca vai aumentando, até se passar gradualmente para o clima semidesértico e
desértico. O clima é tropical é, pois, um clima de transição entre o clima equatorial, sempre húmido,
o clima desértico, sempre seco. Pode-se assim distinguir um clima tropical húmido, com uma
estação húmida maior do que a estação seca, e um clima tropical seco, com uma estação maior do
que a estação húmida.
A temperatura mantem-se constantemente elevada, pois o sol nunca se encontra muito longe do
zénite e a duração dos dias e das noites não varia muito durante o ano.
A precipitação total é menor do que no clima equatorial, mas é muito variável visto tratar-se de um
clima de transição. Acompanhando o movimento anual aparente do sol, a faixa das baixas pressões
equatoriais desloca-se em latitude e invade as regiões marginais de clima tropical.
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Na África e América do Sul, o clima tropical é modificado pela existência de vastos planaltos.
Trata-se de duas estações nítidas, uma húmida e outra seca, mas a temperatura é notavelmente mais
baixas.
CLIMA DESÉRTICO
O clima desértico caracteriza-se por elevadas temperaturas e grande aridez, sendo a evaporação
superior a precipitação. . Os principais desertos quentes são o Saara, o maior de todos, o de
Calahari, o da Arábia, o de Tar, o da Austrália, o de Atacama e o de Sonora.
A temperatura apresenta grandes oscilações. O céu está quase sempre sem nuvens, pelo que de dia é
grande a insolação e de noite intensa a irradiação. A amplitude diurna alcança 20ºC ou mais.
A precipitação de um modo geral, é inferior a 150mm, por vezes quase nula. Podem-se passar anos
seguidos sem chover. A chuva é sempre localizada, intensa, e muito irregular. Pode ser desastrosa,
ocasionando torrentes que destroem tudo na sua passagem. Devido à falta de vegetação, o
escoamento é rápido e pouco proveitoso, evaporando-se a maior parte da água.
CLIMA MEDITERRÂNEO
O clima subtropical seco caracteriza-se por ter verão praticamente seco e bastante quente, e um
inverno húmido e suave. A insolação é elevada.
A temperatura alcança durante o verão valores elevados de dia e valores baixos de noite, de modo
que as amplitudes diurnas são grandes. Este facto deve-se à secura do ar e a reduzida nebulosidade,
o que permite uma forte insolação de dia e uma rápida irradiação de noite.
A precipitação é em geral pequena em média a volta de 500mmm. Concentra-se nos meses de
inverno, de modo que chove muito pouco durante os meses de verão.
Nebulosidade praticamente nula no verão e reduzida no inverno constitui uma das características
típicas deste clima. Os dias são cheios de sol.
CLIMA MARÍTIMO
O clima marítimo caracteriza-se por um verão suave e um inverno não muito frio, uma precipitação
abundante mas regularmente repartida por todo o ano com ligeiro predomínio no inverno.
A temperatura no verão nunca é muito elevada devido a forte humidade e grande nebulosidade. A
média do mês mais quente não ultrapassa 22ºC.
A temperatura no inverno não é muito baixa, quase sempre bastante superior à que deveria existir
de acordo com a latitude.
A precipitação varia bastante de região para região. Nas planícies, é apenas de 750mm, nas
montanhas de 3500mm. Esta precipitação distribui-se por todo ano, com ligeiro predomínio no
inverno. Em geral, a chuva cai com pouca intensidade, mas durante muito tempo, por vezes dias
seguidos. No inverno, uma parte mais ou menos importante da precipitação faz-se sob a forma de
neve.
CLIMA CONTINENTAL
O clima continental caracteriza-se por um verão quente e um inverno bastante frio, concentrando-se
as chuvas nos meses quentes, se bem que nos meses mais frios também possam ser apreciáveis.
A temperatura no verão é bastante elevada ultrapassando o mês mais quente a média de 22C. Não
sendo extremamente elevadas, as temperaturas são, no entanto, difícil de suportar, em consequência
da humidade que predomina nesta época.
A precipitação não é abundante, a não ser nas regiões altas, onde ultrapassam 750mm. Em certos
anos, pode ser mesmo muito escassa, de modo a comprometer as colheitas.
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CLIMA SUBPOLAR/FRIO
O clima subpolar caracteriza-se por um inverno extremamente longo e rigoroso, e um verão muito
curto e pouco quente.
A temperatura é pouco elevada. A média do mês mais quente ultrapassa 10ºC, verificando-se o
mesmo não em mais de três meses.
A precipitação é normalmente reduzida, inferior a 500mm. So é superior nas regiões litorais, onde a
humidade é também muito maior. A precipitação tende a concentrar-se no verão devido a uma
evaporação maior é a humidade mais alta. No inverno, cai praticamente só neve.
CLIMA POLAR
O clima polar caracteriza-se por temperaturas constantemente baixas. Não há verão, mais um
inverno permanente. As médias anuais da temperatura são as mais baixas do mundo, bem como as
médias dos meses de verão. A precipitação é extremamente reduzida.
A precipitação é muito reduzida, normalmente inferior a 250mm. As baixas temperaturas no Verão
e altas pressões no inverno não favorecem a evaporação e a precipitação, esta quase toda sob a
forma de neve.
CLIMA DE ALTITUDE
A altitude é um factor climático de primeira ordem. Quer se trate de baixas ou altas latitudes, de
regiões litorais ou interiores, o relevo altera sempre profundamente as características da perspectiva
zona. Uma classificação dos climas da respectiva zona. Uma classificação dos climas de altitude
apresenta várias dificuldades, pelo que se torna bastante complexa.
A insolação aumenta com a altitude. O ar torna-se menos denso, mais seco e com menos impurezas.
Por isso, a radiação solar é mais forte nas grandes baixas. Ao mesmo tempo, a proporção das
radiação de pequeno comprimento de onda, como as radiações ultraviolentas, torna-se cada vez
maior com a altitude. Uma das consequências é o escurecimento rápido da pele nas altas
montanhas.
A temperatura diminui com a altitude. Deve-se este facto à decrescente capacidade do ar absorver a
energia solar. A diminuição da densidade, das impurezas e das humidades a partir do certo limite,
reduz cada vez mais a absorção do calor solar por parte da atmosfera. Assim, o decréscimo médio é
de 0,6ºC/100m.
A precipitação aumenta com a altitude. Mas depois de atingido um máximo, nota-se um decréscimo
constante. Uma vez alcançado o nível de condensação, a precipitação aumenta até que a quantidade
de vapor de água na atmosfera tenha diminuído de modo sensível.
A pressão diminui com a altitude. A cerca de 5500m, a pressão atmosférica está reduzida a metade
da que existe ao nível do mar. Por isso, as povoações mais elevadas ficam bastante abaixo desta
altitude. Ao efeito da baixa pressão junta-se a rarefacção do ar. Passados os 4000m, a maior parte
das pessoas começa a sentir os efeitos do chamado “mal da montanha”, que se caracteriza por dores
de cabeça, tonturas náuseas, fraquezas e hemorragias do nariz e ouvidos.
O vento é muito influenciado pelo relevo. A orientação das montanhas determina alterações na
circulação geral. Assim, as vertentes expostas ao vento são em geral mais húmidas e as vertentes
resguardadas menos húmidas.
Os vários tipos de clima indicados distribuem-se à superficie terrestre, em relação evidente com a
latitude e a distância do mar.

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