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MAPA MENTAL - CLIMATOLOGIA - AULA 18/08

CLIMATOLOGIA: A climatologia é o estudo científico dos padrões e das características do clima de uma região ao longo do tempo, incluindo fatores como
temperatura, umidade, precipitação, ventos e outros elementos atmosféricos. Esses processos atmosféricos influenciam os processos nas outras partes do
ambiente, principalmente na biosfera, hidrosfera e litosfera. Do mesmo modo, os processos e as outras partes do ambiente não podem ser ignorados pelo
estudante do tempo e do clima.
 TEMPO E CLIMA: Na ciência da atmosfera, usualmente é feita uma distinção entre tempo e clima, e entre meteorologia e climatologia.
O clima, portanto, refere-se às características da atmosfera, inferidas de observações contínuas durante um longo período. O clima abrange um maior número de
dados do que as condições médias do tempo numa determinada área.
Por tempo (weather) nós endendemos o estado médio da atmosfera numa dada porção de tempo e em determinado lugar.
A meteorologia é geralmente definida como a ciência da atmosfera e está relacionada ao estado físico, dinâmico e químico da atmosfera e às interações entre
eles e a superfície terrestre subjacente.
A climatologia é o estudo científico do clima. Há uma considerável semelhança no conteúdo da climatologia e da meteorologia. O meteorologista e o
climatólogo, contudo, diferem significativamente em sua metodologia. Enquanto o meteorologista emprega as leis da física clássica e as técnicas matemáticas
em seu estudo de processos atmosféricos, o climatólogo utiliza principalmente técnicas estatísticas quando retira informações a respeito do clima a partir das
informações disponíveis sobre o tempo. O Metereologista estuda o tempo e o climatologista estuda o clima.
 Natureza e campo da climatologia
As subdivisões da Climatologia;
1. Climatologia regional — é a descrição dos climas em áreas selecionadas da Terra.
2. Climatologia sinótica — é o estudo do tempo e do clima em uma área com relação ao padrão de circulação atmosférica predominante. A climatologia sinótica é, assim,
essencialmente uma nova abordagem para a climatologia regional.
3. Climatologia física — que envolve a investigação do comportamento dos elementos do tempo ou processos atmosféricos em termos de princípios físicos. Neste, dá-se ênfase à
energia global e aos regimes de balanço hídrico da Terra e da atmosfera.
4. Climatologia dinâmica — enfatiza os movimentos atmosféricos em várias escalas, particularmente na circulação geral da atmosfera.
5. Climatologia aplicada — enfatiza a aplicação do conhecimento climatológico e dos princípios climatológicos nas soluções dos problemas práticos que afetam a humanidade.
6. Climatologia histórica — é o estudo do desenvolvimento dos climas através dos tempos.
OUTRAS;
1. Macroclimatologia — relacionada com os aspectos dos climas de amplas áreas da Terra e com os movimentos atmosféricos em larga escala que afetam o clima.
2. Mesoclimatologia — preocupada com o estudo do clima em áreas relativamente pequenas, entre 10 e 100 quilômetros de largura (por exemplo, o estudo do clima urbano
e dos sistemas climáticos locais severos tais como os tornados e os temporais).
3. Microclimatologia — preocupada com o estudo do clima próximo à superfície ou de áreas muito pequenas, com menos de 100 metros de extensão.
 O desenvolvimento da moderna climatologia
O autor explora a trajetória histórica do interesse humano pelo clima e sua influência nas atividades cotidianas. A evolução, indo da mitologia à ciência, é
evidenciada, com destaque para os gregos como pioneiros nas observações climáticas. Contudo, ele critica a abordagem tradicional da climatologia, que é
descritiva e carece de explicações.
O autor identifica quatro críticas à abordagem convencional: falta de explicação dos processos atmosféricos, enfoque estático em vez de dinâmico,
negligência das interações e simplificação excessiva da classificação climática. Ele defende uma abordagem moderna que priorize a compreensão dos
processos e interações atmosféricas.
O avanço na coleta de dados meteorológicos é abordado, indo de observações simples a satélites avançados. Os benefícios dos satélites são realçados, mas
também se reconhecem as limitações, como a necessidade de compreender as diferenças entre dados satelitais e medições convencionais.
Os dados de satélite encontram uso na previsão do tempo e na modelagem climática, com aplicações como mapeamento climático, classificação inovadora
de climas e estimativas de precipitação em áreas carentes de informações.
Em síntese, o autor ressalta a evolução do estudo climático, critica a abordagem descritiva tradicional e defende uma compreensão mais profunda dos
processos atmosféricos. O papel dos satélites na obtenção de dados climáticos é enfatizado, porém com atenção às suas limitações.
 Desenvolvimentos recentes na climatologia tropical (América Central e do Sul, África, Ásia, Oceania e algumas ilhas do Pacífico.)
O autor aborda o estudo da climatologia tropical, começando pela definição dos trópicos em termos de latitudes e condições climáticas. Ele menciona a falta de estações
frias nos trópicos e a influência das chuvas e umidade na definição das estações nessa região. Os trópicos são divididos em úmidos e secos, com características
específicas.Ele observa que as áreas tropicais têm recebido menos atenção na pesquisa climatológica, devido à escassez de dados e recursos limitados. Aponta que as
necessidades de desenvolvimento nesses países exigem compreensão do clima. A disponibilidade de dados tem melhorado com satélites climáticos, mas as limitações
persistem, especialmente em áreas remotas e com poucos recursos.

O autor destaca que o estudo intensivo do clima tropical começou após a Segunda Guerra Mundial, com a estabelecimento de estações meteorológicas para aviação.
Três modelos descritivos do clima tropical são mencionados: o da escola climatológica, o das massas de ar e o de perturbação. No entanto, o modelo de perturbação,
baseado na escola das perturbações, mostrou ser mais relevante e aplicável às condições tropicais.

O autor ressalta que, graças aos avanços tecnológicos, nossa compreensão do clima tropical evoluiu, identificando sistemas meteorológicos complexos e frequentes.Os
satélites meteorológicos desempenharam um papel crucial na revisão dessa compreensão. Os modelos sinóticos das latitudes médias não são diretamente aplicáveis
aos trópicos, mas esforços estão sendo feitos para desenvolver modelos sinóticos tropicais e métodos de análise adequados.

Em resumo, o autor enfoca a definição dos trópicos e as características climáticas dessa região. Ele destaca os desafios enfrentados na pesquisa climatológica tropical,
ressaltando a importância da escola de perturbação e a evolução de nossa compreensão do clima tropical com o auxílio de satélites e desenvolvimento de novos
modelos.
 A composição da atmosfera
A atmosfera terrestre é uma fina camada de gases, incolor, sem cheiro e sem sabor, presa à Terra pela gravidade. Composta por uma mistura estável de gases, os
principais componentes são nitrogênio, oxigênio, argônio, bióxido de carbono, ozônio e vapor d'água. Outros gases, como néon, criptônio, hélio, metano e
hidrogênio, estão presentes em quantidades muito pequenas. O nitrogênio, oxigênio e argônio mantêm volumes constantes, enquanto o vapor d'água varia com
a temperatura e disponibilidade de água. O ozônio, importante para a proteção contra radiação ultravioleta, está concentrado entre 15 e 35 quilômetros de
altitude.
A composição da atmosfera também inclui aerossóis, partículas suspensas como poeira, fumaça e matéria orgânica, provenientes de fontes naturais e
antropogênicas. A entrada de dióxido de carbono (CO2) é influenciada por atividades biológicas e industriais, como a fotossíntese e a queima de combustíveis
fósseis. O CO2, juntamente com vapor d'água, ozônio e aerossóis, desempenha um papel fundamental na distribuição e troca de energia na atmosfera e na
interface Terra-atmosfera.
Embora os gases mais leves e mais pesados na atmosfera se misturem constantemente devido à turbulência, variações sazonais e espaciais ocorrem nos padrões
de distribuição de aerossóis, bióxido de carbono, vapor d'água e ozônio. Esses componentes têm um impacto significativo na balança de calor do sistema Terra-
atmosfera e na estrutura térmica da atmosfera, afetando a absorção, reflexão e difusão da radiação solar e terrestre.
 Massa Atmosférica
A massa atmosférica se refere à quantidade total de ar que compõe a atmosfera de um determinado local ou região. É a medida da massa total de gases
presentes na atmosfera sobre uma unidade de área na superfície terrestre. A massa atmosférica é uma característica fundamental da atmosfera e desempenha um
papel crucial em diversos processos climáticos e meteorológicos.
A atmosfera terrestre é composta por uma mistura de gases que se estende desde a superfície da Terra até as camadas mais altas. Os gases principais incluem
nitrogênio, oxigênio, argônio, dióxido de carbono e traços de outros gases. A massa de cada tipo de gás é somada para calcular a massa total da atmosfera.
A massa atmosférica não é uniforme em toda a atmosfera, pois a densidade do ar diminui à medida que se sobe em altitude. Isso significa que a maior parte da
massa atmosférica está concentrada nas camadas mais próximas da superfície terrestre. A troposfera, a camada mais baixa da atmosfera, contém a maior parte
da massa atmosférica e é onde ocorrem os fenômenos meteorológicos.
A massa atmosférica também desempenha um papel importante na criação de pressão atmosférica, que é a força que o ar exerce sobre a superfície terrestre. A
pressão atmosférica varia com a altitude, sendo maior ao nível do mar e diminuindo à medida que se sobe em direção às camadas superiores da atmosfera.
A massa atmosférica influencia diretamente as condições climáticas e meteorológicas de uma região. Variações na quantidade de massa atmosférica podem
resultar em diferenças na pressão atmosférica, ventos e movimento do ar, bem como nos padrões de distribuição de temperatura e umidade. Essas variações são
fundamentais para a compreensão do comportamento atmosférico e para a previsão do tempo.
 Estrutura da Atmosfera
A atmosfera da Terra é uma camada de gases que envolve o planeta e é composta por várias camadas distintas, cada uma com suas próprias
características e propriedades. A estrutura da atmosfera é dividida em várias camadas principais, que variam em termos de altitude, temperatura e
composição dos gases. As principais camadas da atmosfera, da mais próxima à superfície terrestre até a mais distante, são:
Troposfera: É a camada mais próxima da superfície terrestre e se estende a uma altitude de cerca de 8 a 15 quilômetros, dependendo da latitude. A troposfera
contém a maior parte da massa atmosférica e é onde ocorrem os fenômenos meteorológicos, como chuva, neve, vento e nuvens. A temperatura geralmente
diminui com o aumento da altitude na troposfera.
Estratosfera: Situa-se acima da troposfera e estende-se até aproximadamente 50 quilômetros de altitude. Uma característica notável da estratosfera é a presença
da camada de ozônio, que absorve grande parte da radiação ultravioleta do sol. A temperatura na estratosfera aumenta com a altitude, devido à absorção de
energia solar pelo ozônio.
Mesosfera: Localiza-se acima da estratosfera, estendendo-se até cerca de 85 quilômetros de altitude. Nessa camada, a temperatura começa a diminuir
novamente com o aumento da altitude. A mesosfera é o local onde muitos meteoroides se queimam ao entrar na atmosfera, criando fenômenos luminosos
conhecidos como estrelas cadentes.
Termosfera: Situa-se acima da mesosfera e estende-se até cerca de 600 quilômetros de altitude. A temperatura nessa camada aumenta significativamente devido
à intensa radiação solar. A termosfera é dividida em duas partes: a íonosfera, onde ocorre a ionização dos átomos devido à radiação solar, e a exosfera, onde os
gases atmosféricos se misturam gradualmente com o espaço exterior.
Exosfera: É a camada mais externa da atmosfera e se estende além da termosfera. Nessa região, os gases se tornam extremamente raros e se misturam
gradualmente com o espaço interplanetário. A exosfera é onde os satélites orbitam a Terra.
A estrutura da atmosfera é essencial para a vida na Terra, pois influencia o clima, a temperatura, a pressão atmosférica e a distribuição de gases vitais como
o oxigênio. Cada camada desempenha um papel específico nos processos atmosféricos e na interação com a radiação solar. O estudo das camadas da atmosfera
ajuda os cientistas a compreenderem melhor os fenômenos climáticos e meteorológicos e a preverem as condições atmosféricas em diferentes altitudes.

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