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MATERIA : GEOGRAFIA MILITAR


TEMA #4 – As coordenadas geograficas
AULA no2 : Formas de representação da terra, mapas e o globo
Objectivos:

1a Q/E: FUSOS HORÁRIOS

O movimento de rotação da Terra (direção oeste-leste) dura em média 24 horas, dando origem ao
dia e à noite, bem como ao chamado movimento aparente do Sol (que se dá no sentido contrário ao
da Terra, de leste para oeste). Na medida em que o movimento de rotação se realiza, áreas que
estavam iluminadas vão gradativamente perdendo luminosidade. Em função de sua forma, o planeta
Terra possui 360o de circunferência. Como a Terra demora aproximadamente 24 horas para girar
completamente ao redor de si mesma, a cada hora que ela gira, cobre uma distância de 15° em
relação ao Sol (360°/24 h = 15°/h). Devido ao movimento de rotação, as horas aumentam para leste
e diminuem para o oeste. Foi estabelecido que o primeiro fuso horário é a partir do Meridiano de
Greenwich, Tempo Universal Coordenado (TUC), sendo que a partir dele traça-se meridianos a
cada 15o (12 horas para cada hemisfério).

Cada fuso horário é delimitado por dois meridianos e todos os lugares situados no seu interior têm a
mesma hora – a hora legal. A hora local é definida pela passagem do Sol pelo meridiano do lugar,
mas a hora legal é definida pelo fuso onde estamos.

"O que é fuso horário?

Um fuso horário é uma faixa dentro da qual os relógios marcam o mesmo horário em todas as
localidades. Essa faixa, ou intervalo, é delimitada por dois meridianos (linha imaginária vertical).
Os fusos horários são chamados também de zonas horárias. O mundo está dividido em 24 fusos
horários, e cada um deles corresponde a um intervalo longitudinal de 15°."

"A metodologia empregada para o cálculo e determinação dos fusos horários é bem simples e leva
em consideração o movimento de rotação do nosso planeta. O tempo que a Terra demora para dar
uma volta completa em torno do seu próprio eixo, realizando portanto um movimento de 360°, é de
aproximadamente 24 horas (23 horas, 56 minutos e 4 segundos), totalizando um dia.

Tendo isso em vista, dividindo a circunferência terrestre (360°) pelo número de horas do dia (24),
chegamos ao valor de 15°. Isso significa que a Terra leva uma hora para percorrer 15°. Sendo
assim, convencionou-se seccionar o planeta em 24 fusos horários, cada um com 15°."

Para que serve o fuso horário?

Os fusos horários foram estabelecidos com o objectivo de padronizar a contagem das horas no
mundo. Antes do seu surgimento, cada país ou território adoptava o seu método próprio de
determinar as horas e a passagem do tempo. A maior parte deles utilizava um mesmo referencial,
que era o Sol.

No entanto, alguns factores demonstraram a necessidade de se adoptar um sistema padrão que


pudesse facilitar estes e outros aspectos do cotidiano:

o avanço das comunicações;

o crescimento das viagens de longa distância;

a intensificação do comércio internacional.


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Como calcular o fuso horário?

Como vimos, o cálculo do fuso horário tem como base a zona horária de Londres, que é a inicial,
tendo como centro o Meridiano de Greenwich. Todas as localidades situadas a leste desse marco
estão com o horário adiantado e têm o seu fuso horário indicado com um sinal positivo.

A cidade de Tóquio, por exemplo, está situada na zona GMT +9, o que significa que ela tem horário
nove horas adiantado em relação a Greenwich. Quando os relógios marcam meio-dia em Londres,
por exemplo, são nove horas da noite na capital japonesa.”

Já as localidades que ficam a oeste de Greenwich têm o seu horário atrasado, e o seu fuso horário é
indicado com um sinal negativo.

Tendo isso em vista, todo cálculo de fuso horário deve levar em conta três informações básicas:

• Cada zona horária representa uma hora;

• Um fuso horário é equivalente a 15° de intervalo longitudinal (entre um meridiano e outro);

• À medida que caminhamos para leste de um referencial, o horário é adiantado (soma).


Quando caminhamos no sentido contrário, para oeste, o horário é atrasado (subtração).

Exemplo 1:Suponhamos que uma pessoa que vive em Brasília precise fazer uma ligação para seu
familiar que vive em Pequim (China) às seis horas da manhã, no horário local de Brasília. Sabe-se
que o meridiano central do fuso horário onde a capital brasileira se encontra é o meridiano de -45°
(oeste), enquanto Pequim se encontra no fuso do meridiano de 120° (leste). Que horas serão em
Pequim no momento da ligação?

Resolução:

Precisamos, inicialmente, identificar o fuso horário em que essas cidades se encontram, já que o
enunciado não trouxe essa informação de maneira direta. Para isso, basta dividirmos o valor do
meridiano central por 15°. Temos, assim:

Brasília: -45° / 15° = -3. Portanto, a cidade está na zona horária GMT -3 horas.

Pequim: 120° / 15° = 8. Portanto, a cidade está na zona horária GMT +8 horas.

O próximo passo é identificar a diferença de horário entre ambas as cidades. Para isso, utilizamos o
fuso horário que encontramos na etapa anterior. Sendo assim:

8 - (-3) = 11 horas

A diferença de horários entre Brasília e Pequim é de 11 horas.

Como Pequim está a leste de Brasília, sabemos que o horário da cidade está 11 horas à frente do
horário da capital brasileira. Assim, soma-se 11 horas ao horário da ligação:

6h (horário de Brasília) + 11h (diferença de fusos horários) = 17h

Dessa forma, serão 17 horas em Pequim no momento da ligação.

Exemplo 2: Uma pessoa pega um voo direto da cidade de São Paulo (GMT -3) para Chicago (GMT
-6), nos Estados Unidos, às 21 horas. Sabendo que a viagem dura em média 11 horas, qual será a
hora na cidade de destino quando o avião pousar?
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Resolução:

Inicialmente, calculamos a diferença de horário entre as cidades com base na zona horária:

 -6 - (-3) = -6 + 3 = -3 horas

O horário em Chicago está atrasado três horas em relação a São Paulo, visto que a cidade americana
se encontra a oeste.

Para sabermos o horário da chegada em Chicago, devemos subtrair a diferença de horários entre as
cidades e somar o tempo de viagem. É importante notar que o tempo de viagem é sempre uma
soma. Assim, temos:

21 horas (horário de São Paulo) - 3 horas (diferença de fusos) + 11 horas (tempo de viagem) =5h

Portanto, serão cinco horas da manhã em Chicago quando o avião pousar."

2a Q/E: O GLOBO

O globo terrestre não é mais do que uma esfera em cuja superfície está desenhada a Terra. Os
globos são a forma de representação mais fiel da Terra e representam-na na totalidade. Têm como
desvantagens serem de difícil transporte e arrumação e representam a Terra de forma muito
reduzida.

Vantagens do globo

 Representação mais fiel da terra;

 Os globos permitem uma visão de todo o planeta, bastando para isso que seja girado para a
posição que se deseja.

Desvantagens do globo

 É de difícil ler, transportar e manusear;

 Alto custo e apresenta poucos pormenores,

 Manuseio do globo é considerado incômodo pela maioria dos usuários e certamente este é
um dos principais motivos do seu pouco uso na sala de aula;

 Os continentes e oceanos apresentam deformações.

3a Q/E: OS MAPAS

O conceito de mapa deriva do termo latim mappa. Trata-se de uma representação gráfica e métrica
de uma porção de território sobre uma superfície bidimensional,

Em Geografia utilizamos diferentes tipos de mapas. Esta distinção faz-se de acordo com a área
representada. Assim, temos:

A) os planisférios - que são representações planas da superfície da Terra

B) os mapas corográficos que utilizamos para representar países


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C) os mapas topográficos que representam áreas relativamente mais pequenas, com muita
informação (aspectos físicos e humanos) e representam o relevo através de uma técnica específica
que são as curvas de nível.

D) as plantas que são representações de áreas muito pequenas com muita riqueza de pormenor.

E) os mapas temáticos que representam um determinado tema seja de geografia física ou de


geografia humana

F) as fotografias aéreas e imagens de satélite são duas formas de representação da Terra muito
recentes, comparativamente, com as anterior e tem muita utilidade quer para fins civis como para
fins militares.

G) as ortofotocartas são formas de representação da superfície terrestre com base nas fotografias
aéreas mas a que se acrescentam os nomes das localidades e ruas.

Vantagens do mapas

 Fácil transporte, leitura e arrumação

 Fornece maior pormenor que o Globo

 Baixo custo e apresenta uma escala

 Permite representar toda superfície terrestre ou parte dela

Desvantagens dos mapas

 Apresenta algumas distorçōes da forma esferica da terra

Elementos fundamentais de um mapa

Independentemente do tipo de mapa que estivermos a utilizar e da área nele retratada ( o mundo, um
continente, um país ou apenas um bairro ) para que a sua leitura seja facilitada e se considere o
mapa completo em termos de concepção deve conter 4 elementos. Estes elementos ( o título, a
orientação, a legenda e a escala) são chamados os elementos fundamentais de um mapa.

O título - é o elemento que nos permite identificar o assunto que está representado no mapa.

Orientação - normalmente aparece sobre a forma da Rosa-dos-ventos desenhada no mapa ou com a


indicação de uma seta que indica um dos rumos da Rosa-dos-ventos, na maior parte dos casos o
Norte.

Legenda - serve para nos ajudar a descodificar o significado das cores, dos símbolos e dos sinais
convencionais utilizados no mapa. É muito importante para que possamos ter uma leitura correcta
do mapa.

A escala - é o elemento de mapa que estabelece a relação entre a área representada nesse mapa e a
correspondente área na realidade. Pode estar representada na sua forma gráfica ou na sua forma
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numérica. No caso da imagem da figura 1 a escala aparece representada na sua forma gráfica (o
segmento branco corresponde a uma distância de 50km).

ESCALA GRÁFICA

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Escala numérica: (proporção) 1 / 250 000 e (fracção)
250 000

A escala numérica representada lê-se da seguinte maneira "um para duzentos e cinquenta mil", isto
significa que 1 centímetro no mapa corresponde a 250 000 centímetros na realidade, ou seja, a
realidade para ser representada foi reduzida duzentas e cinquenta mil vezes.

Nalgumas formas de representação da Terra, podemos ainda ter a indicação da fonte, que é o
organismo que construiu essa representação.

Projeções da superfície terrestre:


 
Para se construir os mapas é necessário representar a forma esférica da Terra numa superfície plana.
A sua correta representação é provavelmente a maior dificuldade da Cartografia aquando da
realização de mapas num plano, visto que os mesmos diferem muito da realidade aproximadamente
esférica da Terra. A técnica que o permite fazer designa-se por projeção cartográfica. No entanto,
todas as projeções cartográficas apresentam deformações do espaço:

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