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COLÉGIO PEDRO II – CAMPUS REALENGO II

ATIVIDADE 7 DE GEOGRAFIA
1º ANO – ENSINO MÉDIO
4/06/2020

Olá alunos do 1º ano, espero que estejam todos bem e com saúde. Nessa atividade nós
finalizaremos o tema Cartografia. Vamos aprender sobre as latitudes e longitudes, as coordenadas
geográficas, os fusos horários e um pouco de sensoriamento remoto. Lembrando que quem tiver
dúvida em qualquer atividade e/ou quiser corrigir os exercícios realizados, pode encaminhar email
para mariana_abdalad@yahoo.com.br que será respondido prontamente.
Vamos lá!
Os meridianos e os paralelos são linhas imaginárias que cobrem o globo terrestre e foram
criados para localizar, com precisão, qualquer ponto na superfície terrestre, orientar a elaboração dos
mapas e os deslocamentos.
Os meridianos dividem a Terra em dois hemisférios - Ocidental (oeste) e Oriental (leste). O
meridiano 0o é denominado Meridiano de Greenwich e passa sobre a cidade de Londres, na Inglaterra.
Os paralelos são circunferências que estão, em toda sua extensão, a igual distância do Equador
e sempre perpendiculares ao eixo da Terra. Observando-se os polos geográficos, verifica-se que os
paralelos são círculos concêntricos (círculos que tem o mesmo centro), entre os quais o Equador é a
linha mais externa.

Os meridianos (LOGITUDES) e os paralelos (LATITUDES) definem a rede de coordenadas


geográficas que estabelecem a localização de um ponto qualquer da superfície terrestre. Por causa da
esfericidade da Terra, a rede de coordenadas geográficas é formada por linhas imaginárias
estabelecidas com base em medidas angulares, e não lineares, como podemos observar nas figuras
abaixo:
Portanto, qualquer ponto da superfície terrestre apresenta uma coordenada geográfica, o que
permite sua localização precisa no espaço. As latitudes são a distância em graus de qualquer ponto da
Terra em relação à Linha do Equador, e suas medidas vão de -90º S até 90º N. Já as longitudes são a
distância em graus de qualquer ponto da Terra em relação ao Meridiano de Greenwich, e suas medidas
vão de -180º O até 180º L. As abreviações de Sul, Norte, Oeste e Leste foram sublinhadas para
atentar ao fato de que sem essas indicações as coordenadas não fazem sentido. Por exemplo: as
coordenadas do colégio Pedro II de Realengo são 22º 52’35”S e 43º 25’51”W (West em inglês ou
Oeste) VER FIGURA 1 ABAIXO; se trocarmos o S por N e o W por E (East em inglês ou Leste),
essa coordenada (22º 52’35”N e 43º 25’51”E) cairão em um lugar na Arábia Saudita, VER FIGURA
2 ABAIXO.
Figura 1 – Mapa e coordenadas do CP2 Campus Realengo

Figura 2 – Mapa e coordenadas na Arábia Saudita


Vamos exercitar: Dê as coordenadas geográficas dos pontos indicados na figura abaixo. Lembre-se
de colocar S, N, L ou O.

A relação entre a linha de mudança de data e a definição do meridiano principal é o que


estabelece os fusos horários. Até o século XIX não tínhamos os fusos horários. Cada cidade definia
sua própria hora. Nos Estados Unidos as ferrovias precisavam manter tabelas com mais de 300
horários de cidades diferentes do país. Imagina após a Globalização como seria para viajar de um
lugar para outro, por exemplo. Com o fluxo de pessoas viajando o mundo todo diariamente, como
temos hoje, isso seria caótico.
Em 1884 a Conferência Internacional do Meridiano colocou ordem no Planeta estabelecendo
24 fusos horários, já que a Terra leva esse tempo para dar uma volta completa em torno de si mesma
(duração de 1 dia), tendo o meridiano de Greenwich como central, ou hora zero, por uma decisão
política. O Brasil aderiu ao fuso horário internacional somente em 1913.
Observando a Figura 3, podemos analisar que as linhas não são totalmente retas para a divisão
horária de alguns lugares. Vamos observar como é o fuso no Brasil: temos 3 fusos horários (embora
nesse mapa só observemos 2, pois o terceiro fuso é o de Fernando de Noronha, ilha que não aparece
nessa escala. No entanto, seguindo as linhas horárias, o centro do Brasil está dividido seguindo os
limites estaduais (Figura 4). Imagina como seria se um único estado tivesse 2 fusos diferentes? Outra
peculiaridade é em relação ao Acre, deveria estar no fuso -5, mas ficou com -4.
Vocês devem ter observado que a Argentina ficou com o fuso -3, e não o -4, como deveria
ser. Devido a latitude da Argentina, muito ao Sul, eles têm menos luz solar durante o ano, então
decidiram viver em um eterno horário de verão, para terem mais horas com luz nos dias.
Outro país com peculiaridades é a China. Observem no mapa que há apenas 1 único fuso para
o país inteiro. Isso foi uma decisão política do país, que gera algumas distorções: nas cidades mais a
Oeste, às vezes só amanhece às 10 horas e há dias em que já é meia-noite quando o Sol se põe. Talvez
isso seja um problema para poucos chineses, já que a maior parte da população vive na parte Leste
do país e a Oeste seja em grande maioria agrícola.

Figura 3 – Fusos horários mundiais

Figura 4 – Fusos horários do Brasil


A Terra possui 360º de circunferência, sendo 180º para o hemisfério leste e 180º para o oeste.
Existe um marco zero que separa os hemisférios, como dito acima, que passa em Londres. Assim,
quando nos deslocamos em direção ao hemisfério oeste, precisamos diminuir as horas. Quando nos
deslocamos em direção ao hemisfério leste, precisamos aumentar uma hora.
Vamos ver um exemplo:
(UNESP)

Você embarcou em Brasília no dia 18 às 22h00 locais. A rota a ser seguida passa sobre o
continente Africano, o que estabelece 23 horas de viagem. Que dia e horário você chegará em
Melbourne, Austrália?
a) Dia 20 às 18h00. b) Dia 20 às 10h00. c) Dia 18 às 11h00. d) Dia 19 às 21h00. e) Dia 19 às 11h00.
Vamos fazer juntos. Para resolver esse tipo de problema é necessário calcular a hora das duas
localidades no momento de embarque e somar a diferença de tempo voando, a duração do voo. Então,
Melbourne está 13 fusos horários a leste de Brasília (conte as linhas de fuso). Quando em Brasília
eram 22 horas no dia 18 (hora do embarque), em Melbourne eram 11 horas do dia 19 (motivo: estar
13 fusos a leste). Sabendo-se que a viagem entre Brasília e Melbourne dura 23 horas, o voo chegará
às 10 horas do dia 20 (horário de Melbourne). Resposta certa: Dia 20 às 10:00 horas. Se essa pessoa
estivesse voando no fluxo contrário, ou seja, da Austrália para o Brasil, ela chegaria ao seu destino
no passado.

Agora vamos exercitar:


1 - (ENEM, 2014) Um executivo sempre viaja entre as cidade A e B, que estão localizadas em fusos
horários distintos. O tempo de duração da viagem de avião entre as duas cidades é de 6 horas. Ele
sempre pega um voo que sai de A às 15h e chega à cidade B às 18h (respectivos horários locais).
Certo dia, ao chegar à cidade B, soube que precisava estar de volta à cidade A, no máximo, até às 13h
do dia seguinte (horário local de A). Para que o executivo chegue à cidade A no horário correto e
admitindo que não haja atrasos, ele deve pegar um voo saindo da cidade B, em horário local de B, no
máximo à(s):
a) 16h
b) 10h
c) 7h
d) 4h
e) 1h
2 - (ENEM, 2011) Uma família partiu de Porto Alegre (RS), às 8h do dia 1° de maio de 2010 com
destino a Manaus (AM). Apesar da distância, a viagem será feita de automóvel e terá duração de 56
horas. Qual o dia e a hora de chegada dessa família à capital amazonense?

a) Dia 3 de maio de 2010, às 17h.


b) Dia 3 de maio de 2010, às 15h.
c) Dia 2 de maio de 2010, às 15h.
d) Dia 2 de maio de 2010, às 16h.
e) Dia 3 de maio de 2010, às 16h.

3 - Uma pessoa embarcou no aeroporto de Sydney, na Austrália, no dia 20 de maio, domingo, rumo
ao Rio de Janeiro. O voo decolou às 14h e fez uma conexão de 1h em Santiago, no Chile, de modo
que a viagem teve uma duração total de 18h. Sabendo que a diferença de fuso horário entre as duas
cidades é de 13h, o avião chegou ao aeroporto do Rio de Janeiro, às ______________do dia
_________________.

4 - (PUC-RS) Duas cidades, A e B, possuem uma diferença horária de uma hora, entre elas.
Considerando que pela cidade A passa o Meridiano de Greenwich, é correto supor que as cidades A
e B são, respectivamente,
a) Los Angeles e Nova York.
b ) Londres e Paris.
c) Roma e Istambul.
d) Da kar e Nairobi.
e) San Diego e Tegucigalpa.

SENSORIAMENTO REMOTO

Sensoriamento remoto consiste na tecnologia utilizada para captação, por sensores


eletrônicos, de energia proveniente do Sol e emitida pela superfície terrestre (sólida ou líquida). Esses
equipamentos registram e transformam a energia captada em sinais elétricos que são enviados para
as estações de recepção no solo terrestre, como na figura abaixo.
Os sinais recebidos são transformados em dados que podem ser apresentados em forma de
gráficos, tabelas e imagens, que, após interpretados, podem ser transformados em mapas temáticos.
Os sensores são instalados a bordo de satélites artificiais, como os estadunidenses Landsat, os
franceses Spot, a parceria China-Brasil CBERS e os brasileiros SCD que, por ficarem em órbita,
distantes da superfície, são denominados remotos, ou seja, distantes.
Através das imagens de satélite, pode-se gerir melhor um território, elaborar mapas de uso do
solo, monitorar cheias e vazantes de rios, acompanhar desmatamento de áreas florestadas, entre
diversos outros usos.
Segue abaixo algumas imagens.

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