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funciona
a
Internet
Por
Editores
do
HowStuffWorks
A
Internet
existe
há
poucas
décadas,
e
é
difícil
imaginar
a
vida
sem
ela
agora.
Para
as
gerações
de
antes,
que
buscavam
informação
da
maneira
tradicional
-‐
pesquisando
em
bibliotecas,
entrevistando
pessoas
ou
indo,
literalmente,
atrás
dos
fatos
-‐,
é
até
possível
viver
uma
vida
sem
e-‐mails,
sem
mecanismos
de
buscas,
sem
web
sites.
Para
a
geração
pós-‐internet,
isso
é
mesmo
inimaginável.
A
cada
ano,
engenheiros
criam
mais
dispositivos
para
integrar
com
a
Internet
-‐
telefones
celulares,
tocadores
de
música,
leitores
de
livros
eletrônicos,
laptops,
consoles
de
videogames,
brinquedos,
eletrodomésticos
(a
lista
é
bem
longa).
E
por
quê?
Essa
rede
dá
voltas
no
globo
e
se
estende
até
o
espaço.
Mas
o
que
a
faz
funcionar?
Em
poucas
palavras,
dois
componentes
principais:
• Hardware
-‐
inclui
tudo,
dos
cabos
que
carregam
terabits
de
informação
por
segundo
ao
dispositivo
que
você
está
usando
para
ler
este
artigo.
• Protocolos
-‐
conjunto
de
regras
que
as
máquinas
seguem
para
completar
tarefas.
Vamos
dar
uma
olhada
no
hardware
da
Internet.
O
hardware
também
inclui
roteadores,
servidores,
torres
de
telefonia
celular,
satélites,
rádios,
smartphones
e
outros
dispositivos.
Todos
esses
dispositivos
juntos
criam
a
rede
das
redes.
A
Internet
é
um
sistema
maleável,
que
muda
de
pequenas
formas
à
medida
que
elementos
se
juntam
e
deixam
as
redes
em
torno
do
mundo.
Alguns
desses
elementos
podem
ficar
aparentemente
estáticos
e
formar
o
backbone
da
Internet.
Outros
são
mais
periféricos.
Esses
elementos
são
conexões.
Alguns
são
as
pontas
finais
-‐
o
computador,
o
smartphone
ou
outro
dispositivo
que
você
esteja
usando
para
ler
este
artigo
pode
contar
como
um.
Nós
chamamos
todos
esses
pontos
finais
clientes.
As
máquinas
que
armazenam
a
informação
que
buscamos
na
internet
são
servidores.
Outros
elementos
são
nós
que
servem
como
ponto
de
conexão
ao
longo
de
uma
rota
de
tráfego.
E
então
há
as
linhas
transmissoras
que
podem
ser
físicas,
como
no
caso
dos
cabos
e
fibras
óticas,
ou
sinais
de
satélites
sem
uso,
telefones
celulares
ou
torres
4G,
ou
rádios.
Isso
nos
leva
ao
segundo
componente
principal
da
Internet,
os
protocolos.
Sem
um
conjunto
comum
de
protocolos
que
todas
as
máquinas
conectadas
à
Internet
devem
seguir,
a
comunicação
entre
dispositivos
não
aconteceria.
As
várias
máquinas
seriam
incapazes
de
entender
umas
às
outras
ou
mesmo
enviar
informação
de
forma
inteligível.
Os
protocolos
fornecem
o
método
e
a
língua
comum
que
as
máquinas
usam
para
transmitir
dados.
A
importância
dos
protocolos
Existem
vários
protocolos
na
Internet,
e
você
provavelmente
já
deve
ter
ouvido
falar
de
vários
deles.
É
possível
até
que
você
não
saiba
que
se
tratam
de
protocolos,
apesar
de
usá-‐los
praticamente
todos
os
dias.
Por
exemplo,
protocolo
de
transferência
de
hipertexto
é
o
que
nós
usamos
para
ver
sites
no
navegador
-‐
isso
é
o
que
o
http
na
frente
de
qualquer
endereço
web
quer
dizer.
Se
você
já
usou
um
servidor
de
FTP,
se
baseou
no
protocolo
de
transferência
de
arquivos.
Protocolos
como
esses
e
dúzias
de
outros
mais
criam
a
estrutura
dentro
da
qual
todos
os
dispositivos
devem
operar
para
ser
parte
da
Internet.
Mas
os
dois
mais
importantes
protocolos
são
o
protocolo
de
controle
de
transmissão
(TCP)
e
o
protocolo
de
Internet
(IP).
Nós
quase
sempre
agrupamos
os
dois
-‐
você
vai
vê-‐los
listados
como
TCP/IP.
O
que
esses
protocolos
fazem?
No
seu
nível
mais
básico,
esses
protocolos
estabelecem
as
regras
de
como
a
informação
passa
pela
Internet.
Sem
essas
regras,
você
precisaria
de
conexões
diretas
para
outros
computadores
para
acessar
a
informação
que
eles
guardam.
Você
também
precisaria
que
ambos
os
computadores
-‐
o
seu
e
o
computador-‐alvo
-‐
entendessem
uma
linguagem
comum.
Outro
termo
do
qual
você
já
deve
ter
ouvido
falar
é
endereço
IP,
que
também
segue
o
protocolo
de
Internet.
Cada
dispositivo
conectado
à
Internet
tem
um
endereço
IP.
No
meio
da
rede
massiva,
ele
é
o
endereço
único
do
seu
computador
-‐
nenhuma
outra
máquina
na
Internet
tem
esse
endereço,
o
que
garante
que
uma
máquina
encontre
a
outra
dentro
da
rede.
A
versão
de
IP
que
a
maioria
de
nós
usa
hoje
é
a
IPv4,
que
está
baseada
em
um
sistema
de
endereço
de
32
bits.
Existe
um
grande
problema
com
esse
sistema:
Nós
estamos
ficando
sem
endereços.
É
por
isso
que
a
IETF
(sigla
em
inglês
para
Força
Tarefa
de
Engenharia
da
Internet)
decidiu,
lá
em
1991,
que
era
necessário
desenvolver
uma
nova
versão
do
sistema
IP
para
criar
endereços
suficientes
para
atender
à
demanda.
O
resultado
foi
o
IPv6,
um
sistema
de
endereços
de
128
bits.
Ele
tem
endereços
suficientes
para
acomodar
a
crescente
demanda
por
acesso
à
Internet
em
um
futuro
visível.
Quando
você
envia
uma
mensagem
ou
acessa
informação
de
outro
computador,
os
protocolos
TCP/IP
são
o
que
tornam
a
transmissão
possível.
Sua
requisição
viaja
pela
Internet,
atingindo
os
servidores
de
nomes
de
domínio
(DNS)
ao
longo
do
caminho
para
encontrar
o
servidor-‐alvo.
O
DNS
aponta
a
requisição
na
direção
certa.
Uma
vez
que
o
servidor-‐alvo
recebe
a
requisição,
ele
pode
enviar
uma
resposta
de
volta
para
o
seu
computador.
Essa
abordagem
flexível
para
transferir
dados
é
parte
do
que
torna
a
Internet
uma
ferramenta
tão
poderosa.
Uma
rede
de
pacotes
Para
acessar
este
artigo,
seu
computador
teve
de
se
conectar
a
um
servidor
web
contendo
o
arquivo
do
artigo.
Vamos
usar
isso
como
um
exemplo
de
como
o
dado
viaja
pela
Internet.
Primeiro,
você
abre
seu
navegador
e
conecta-‐se
ao
nosso
web
site.
Quando
você
faz
isso,
seu
computador
envia
uma
requisição
eletrônica
pela
sua
conexão
de
Internet
para
o
seu
provedor
de
acesso.
O
provedor
roteia
o
pedido
para
um
servidor
mais
adiante
na
cadeia
da
Internet.
Geralmente,
o
pedido
vai
atingir
um
servidor
de
nome
de
domínio
(DNS).
Esse
servidor
vai
procurar
por
um
nome
de
domínio
que
case
com
o
nome
de
domínio
que
você
digitou
no
campo
de
endereço
do
seu
navegador
(como
www.hsw.com.br).
Se
ele
encontrar
um
par,
ele
vai
redirecionar
seu
pedido
ao
endereço
IP
apropriado
do
servidor.
Se
ele
não
encontrar
um
par,
ele
enviará
o
pedido
a
um
nível
mais
alto
da
cadeia
para
um
servidor
que
tenha
mais
informação.
O
pedido
geralmente
irá
para
nosso
servidor
web.
Nosso
servidor
vai
responder
enviando
o
arquivo
requisitado
em
uma
série
de
pacotes.
Pacotes
são
partes
de
um
arquivo
que
variam
entre
1.000
e
1.500
bytes.
Os
pacotes
têm
cabeçalhos
e
rodapés
que
dizem
aos
computadores
o
que
está
no
pacote
e
como
a
informação
se
encaixa
com
outros
pacotes
parar
criar
o
arquivo
inteiro.
Cada
pacote
viaja
de
volta
para
a
Internet
e
depois
para
seu
computador.
Os
pacotes
não
tomam
necessariamente
o
mesmo
caminho
-‐
eles
viajam
geralmente
pelo
caminho
com
menos
resistência.
Essa
é
uma
característica
importante.
Porque
os
pacotes
podem
viajar
por
múltiplos
caminhos
para
chegar
ao
seu
destino,
é
possível
a
informação
ser
roteada
em
torno
das
áreas
congestionadas
na
Internet.
Na
verdade,
enquanto
algumas
conexões
permanecem,
seções
inteiras
da
Internet
podem
estar
fora
do
ar,
e
mesmo
assim
a
informação
pode
viajar
de
uma
seção
para
outra
-‐
embora
demore
possa
demorar
mais
tempo
que
o
normal.
Quando
os
pacotes
chegam
até
você,
seu
dispositivo
os
arranja
de
acordo
com
as
regras
dos
protocolos.
É
como
colocar
juntas
as
peças
de
um
quebra-‐cabeças.
O
resultado
final
é
que
você
vê
este
artigo.
Isso
acontece
para
outros
tipos
de
arquivo
também.
Quando
você
envia
um
e-‐
mail,
ele
é
quebrado
em
pacotes
antes
de
viajar
pela
Internet.
Chamadas
telefônicas
sobre
a
Internet
também
convertem
as
conversas
em
pacotes
usando
o
protocolo
voz
sobre
IP
(VoIP).
Podemos
agradecer
a
pioneiros
da
rede
como
Vinton
Cerf
e
Robert
Kahn
por
esses
protocolos
-‐
seu
trabalho
inicial
ajudou
a
construir
um
sistema
que
é
tanto
escalável
quanto
robusto.
Em
poucas
palavras,
é
assim
que
a
Internet
funciona.
À
medida
que
você
olha
mais
de
perto
os
vários
dispositivos
e
protocolos,
você
nota
que
essa
imagem
é
muito
mais
complexa
que
a
visão
geral
que
nós
demos.